AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE PRESUNTO FATIADO COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE PAU BRASIL-BA 1 2 3 Adenilson Soares de Sena , Marcel Vieira Santana , Gedeany Alves Nascimento , Thiago das Virgens Santos4, Lucas Ribeiro de Carvalho5 1 Graduado em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] Graduado em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] 3 Graduanda em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] 4 Graduando em Farmácia pela Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] 5 Professor/Orientador da Faculdade do Sul-FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia/[email protected] 2 Palavras-Chave: Presunto Fatiado, Máquina fatiadora, Microrganismos. INTRODUÇÃO: O Brasil destaca-se, dentre os países produtores de carne suína, como uma grande potência. A carne suína é destinada ao consumo in natura e também na fabricação de embutidos como salame, linguiça, presunto, entre outros. O presunto constitui-se um alimento que se classifica dentro dos alimentos cozidos e possui um relevante consumo no mundo e no Brasil. Esse trabalho objetivou avaliar as características microbiológicas de presunto fatiado comercializado no município de Pau Brasil, Bahia. estabelecimento B, com o passar das semanas, ou seja, supôs-se que os manipuladores passaram a realizar medidas de higiene por conta da pesquisa. Tabela 01 – Resultados Microbiológicos de presunto fatiado coletado nos estabelecimentos A, B e C. MAM EB CT CTT E E. coli (UFC/g) (UFC/g) (NMP/g) (NMP/g) 3 3 >1.100 <3,0 AUS 3 1,3x10 >1.100 <3,0 AUS 6,3x103 5,1x102 <3,0 <3,0 AUS >103 1,2x103 >1.100 <3,0 AUS 6,4x103 >1.100 <3,0 AUS 5,0x10 2 MATERIAL E MÉTODOS: As amostras de presunto fatiado foram coletadas em 3 supermercados do município, entre os meses de agosto e setembro de 2014. Para cada supermercado foram coletadas 3 amostras (1 amostra por semana), totalizando 9 amostras. A cada coleta, realizou-se um esfregaço com swab estéril nas máquinas fatiadoras. As amostras de presunto fatiado foram analisadas para a Contagem Total de Microrganismos Aeróbios Mesófilos (Método de Plaqueamento em Profundidade), Enterobactérias (Método de Plaqueamento em Profundidade com Sobrecamada), Coliformes Totais, Coliformes Termotolerantes (Coliformes a 45°C) e Escherichia Coli (Método do Número Mais Provável), já as amostras provenientes dos swabs foram analisadas para a presença de Enterobactérias, de acordo com as recomendações do Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos (SILVA et al., 2007). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados mostraram-se negativos para Coliformes Termotolerantes e Escherichia coli, contudo verificou-se a presença de Microrganismos Aeróbios Mesófilos no intervalo de 1,3x10 a 6,3x103 UFC/g, Coliformes Totais no intervalo de <3,0 a >1100 NMP/g e Enterobactérias no intervalo de <10 a 6,4x103 (Tabela 01). Os resultados demonstraram a presença de Enterobactérias em 6 (66,7%) amostras de swab da superfície das maquinas fatiadoras. No estabelecimento B uma amostra apresentou Incontáveis UFC/swab; no estabelecimento A, a maior contagem verificada foi de 38 UFC/swab; e no estabelecimento C não houve crescimento de Enterobactérias na superfície da máquina fatiadora. Verificou-se que no estabelecimento C não houve crescimento de Enterobactérias na máquina fatiadora e no presunto, já nos estabelecimentos A e B, a presença de Enterobactérias pode ter sido originada da não higienização ou higienização incorreta das máquinas fatiadoras e também da contaminação cruzada com o manipulador. Foi observado que o número de Enterobactérias foi diminuindo, principalmente no A 7,0x10 B 3,7x102 2,2x10 10 >1.100 <3,0 AUS 3 <10 <3,0 <3,0 AUS C 2,9x10 3 <10 7,4 <3,0 AUS 1,3x10 <10 >1.100 <3,0 AUS 1,2x103 1,3x10 E – Estabelecimento; MAM – Microrganismos Aeróbios Mesófilos; EB – Enterobactérias; CT – Coliformes Totais; CTT – Coliformes Termotolerantes; UFC/g – Unidade Formadora de Colônia por grama; NMP/g – Número Mais Provável por grama; AUS – ausente. Fonte: Resultados obtidos com a pesquisa. CONCLUSÃO: As 9 amostras analisadas estavam em condições sanitárias satisfatórias e o alimento próprio para o consumo. Constatou-se que as máquinas fatiadoras foram a provável fonte de contaminação por Enterobactérias. Os resultados sugerem a presença de controle sanitário, evidenciando que as condições higiênicas durante o fatiamento, operações de limpeza e condições de armazenamento seguem um padrão de qualidade de acordo com a legislação vigente. AGRADECIMENTOS: Faculdade FACSUL/UNIME-Itabuna-Bahia. do Sul- REFERÊNCIAS: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento Técnico sobre Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2001. SILVA, N. et al. Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. 3. ed. São Paulo: Livraria Varela, 2007.