ELIZABETH FRANÇA HERMENEGILDO ESTUDO DAS NECESSIDADES INFORMACIONAIS DO CENTRO EMPRESARIAL PARA LABORAÇÃO DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS CELTA: FOCADO NO COMPARTILHAMNETO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO FLORIANÓPOLIS, SC 2004 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA/UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO/CCE DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA ELIZABETH FRANÇA HERMENEGILDO ESTUDO DAS NECESSIDADES INFORMACIONAIS DO CENTRO EMPRESARIAL PARA LABORAÇÃO DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS CELTA: FOCADO NO COMPARTILHAMENTO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado a Coordenação de Biblioteconomia do Centro de Ciências da Educação CCE, como requisito para obtenção de título de Bacharel em Biblioteconomia, com especialização em Gestão da Informação, da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC. Orientador: Mauro Sérgio Boppré Goulart FLORIANÓPOLIS, SC 2004 ELIZABETH FRANÇA HERMENEGILDO ESTUDO DAS NECESSIDADES INFORMACIONAIS DO CENTRO EMPRESARIAL PARA LABORAÇÃO DE TECNOLOGIAS AVANÇADAS CELTA: FOCADO NO COMPARTILHAMENTO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO Trabalho de Conclusão biblioteconomia do de Centro Curso, de apresentado Ciências da a coordenação Educação CCE, de como requisito para obtenção de título de Bacharel em Biblioteconomia, com especialização em Gestão da Informação, da Universidade do Estado de Santa Catarina. Banca examinadora: Orientador: _______________________________________________ Professor Msc Mauro Sérgio Boppré Goulart. UDESC CCE Universidade do Estado de Santa Catarina. Membro: _______________________________________________ Professor Msc, Divino Inácio Ribeiro Junior. UDESC CCE Universidade do Estado de Santa Catarina. Florianópolis/SC A todos os professores(as), pela dedicação e pela coragem da mudança. A minha mãe (Irene), por toda luta e coragem. Aos meus filhos (Gabriella e Jonas), pela paciência e pelos dias sem almoço ou sem janta. Ao meu marido (Mô), por todo amor, companheirismo e por sempre ter acreditado que este dia chegaria. Obrigada a todos. RESUMO Pesquisa realizada no Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas CELTA, para determinar as reais necessidades informacionais desse ambiente. Utilizou-se a metodologia do tipo exploratória indireta e qualitativa, aplicando-se um questionário como base para observação do pretendido. A presente pesquisa visa prestar uma contribuição positiva para viabilização e/ ou implantação futura de um sistema de compartilhamento de informação/conhecimento entre empresas do mesmo ramo/seguimento, porém, organismos totalmente autônomos. Apresenta um referencial teórico, elucidando as questões centrais do foco da pesquisa, que se refere, essencialmente, ao compartilhamento de informações. A análise dos resultados é baseada nas respostas obtidas com o questionário aplicado, seguido das conclusão apuradas. Palavras-chave: Compartilhamento de informação e do conhecimento. Organizações empresariais. T. I. Incubadora tecnológica. Vantagem competitiva. LISTA DE ABREVIATURAS ANPROTEC Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores CELTA Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas CERTI Centro de Referências em Tecnologias Inovadoras CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico DSI Sistema de Informações Seletiva EUA Estados Unidos da América REBEA Rede Brasileira de Educação Ambiental PEBT s Pequenas Empresas de Bases Tecnológicas SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SIG Sistema de Informações Gerenciais T.I Tecnologia da Informação SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................08 1.1. O PROBLEMA................................................................................................................10 1.2. OBJETIVO GERAL........................................................................................................11 1.2.1. Objetivos Específicos.....................................................................................................11 1.3. JUSTIFICATIVA.............................................................................................................12 1.4. ABORDAGEM TEMÁTICA..........................................................................................12 1.5. METODOLOGIA............................................................................................................13 1.6. ESTRUTURA..................................................................................................................14 2. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................................14 2.1. O QUE SÃO E COMO FUNCIONAM AS INCUBADORAS.......................................14 2.1.1. Incubadoras de Base Tecnológica.................................................................................16 2.2 CONCEITOS DE DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO.............................17 2.3 A INFORMAÇÃO E A T.I..............................................................................................18 2.4 INFORMAÇÕES EMPRESARIAIS/NEGÓCIOS..........................................................20 2.5 COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO.......................................................22 2.6 REDES DE RELACIONAMENTO................................................................................24 2.7 REDES LOCAIS..............................................................................................................25 3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS..............................................................26 3.1. CONTEXTUALIZAÇÃO (AMBIENTE).......................................................................26 3.2. DADOS DA PESQUISA E ANÁLISE GRÁFICA.........................................................27 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................36 5. REFERÊNCIAS................................................................................................................38 6. ANEXO A .........................................................................................................................42 8 1. INTRODUÇÃO O modelo precursor do processo de incubação de empresas surgiu em 1959, no estado de Nova Iorque (EUA), quando uma das fábricas da Massey Ferguson fechou, deixando um significativo número de residentes nova-iorquinos desempregados. Joseph Mancuso, comprador das instalações da fábrica, resolveu sublocar o espaço para pequenas empresas iniciantes, que compartilhavam equipamentos e serviços. Além da infra-estrutura física das instalações, Mancuso adicionou ao modelo um conjunto de serviços que poderiam ser compartilhados pelas empresas ali instaladas, como secretaria, contabilidade, vendas, marketing e outros, o que reduzia os custos operacionais das empresas e aumentava a competitividade. Uma das primeiras empresas instaladas na área foi um aviário, o que conferiu ao prédio a designação de incubadora . Nos anos 70, já na conhecida região do Vale do Silício, nos Estados Unidos, as incubadoras apareceram como meio de incentivar universitários recém-graduados a disseminar suas inovações tecnológicas, e a criar espírito empreendedor. O mecanismo, então ali criado, traduziu-se em oportunidade para esses jovens iniciarem suas empresas, através de parcerias, junto a uma estrutura física, que oferecia assessoramento gerencial, jurídico, comunicacional, administrativo e tecnológico, para amadurecerem seus negócios nascentes, que se deu o nome de Incubadora de Empresas. No Brasil, as primeiras incubadoras surgiram a partir da década de 80, quando, por iniciativa do então presidente do CNPq, Professor Lynaldo Cavalcanti, cinco fundações tecnológicas foram criadas em Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). 9 Observa-se, a partir desse momento, um crescente interesse governamental em favorecer as micro e pequenas empresas de bases tecnológicas (PEBT s), principalmente em localidades onde a infra-estrutura científica e tecnológica fosse, de certo modo, mais adequadas ao desenvolvimento dessas atividades (existência de recursos humanos, universidades, institutos de pesquisa, capital, investidores, etc). Desta forma, as incubadoras tecnológicas se tornaram importantes redutos de desenvolvimento à criação de apoio às idéias inovadoras, no intuito de torná-las um negócio viável. Por isso, o seu papel tão importante de gerar empregos e renda, além do estímulo a cultura do empreendedorismo, proporcionando perspectiva de um ambiente sócio-econômico positivo para as localidades onde esses empreendimentos se instalam, obtendo como conseqüência natural um desenvolvimento local e regional. Hoje, no Brasil, após, aproximadamente, 30 anos de experiência em incubação de negócios, totalizam-se 183 incubadoras de empresas registradas em operação no território nacional. O número de negócios abrigados por essas gestoras já ultrapassa a marca de 1.200, e os empregos criados somente pelas empresas residentes somam 7.300 novos postos de trabalho. Segundo dados da mais recente pesquisa da ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), a concentração das incubadoras no setor de base tecnológica reflete uma tendência nacional. A área de atuação software/informática está presente, hoje, em 74% das incubadoras brasileiras, seguidas pelas áreas de eletroeletrônica, telecomunicações e automação, presente em 49% desses estabelecimentos gestores. O ramo de mecânica e automação ficou em terceiro lugar, com presença marcada em 30% das incubadoras setoriais, enquanto a área agroindustrial está presente em 38% das incubadoras envolvidas na pesquisa. Os setores de biotecnologia e 10 química abarcaram, respectivamente, 30% e 23% das incubadoras, enquanto as demais áreas resultam, juntas, em 38% da área de atuação das gestoras. 1.1 O PROBLEMA Uma das funções básicas das incubadoras é oferecer suporte de infra-estrutura física e gerencial, proporcionando a criação de micro e pequenas empresas competitivas. Investir na inovação e na qualidade dos produtos e serviços oferecidos é ponto crucial. Num mundo globalizado, a TI é uma ferramenta destinada a dar suporte informacional a serviço da competitividade e da eficiência. A utilização de tecnologias inovadoras como DSI (Sistemas de informação Seletiva) ou o SIG (Sistema de Informações Gerenciais), entre outros, aparece como parte da solução de problemas na área informacional e até mesmo gerencial de algumas empresas. A utilização da tecnologia apropriada a cada tipo de situação-problema se torna um diferencial, na medida em que fornece a informação correta em tempo real. Porém, várias destas incubadoras, apesar de bem equipadas tecnologicamente e com boa infra-estrutura, ainda não dispõem de sistemas de apoio informacional, que possam atender todas as necessidades informacionais de forma global das empresas ali incubadas, respeitando as especificidades de cada unidade autônoma, tornando-se, desse modo, mais eficiente do ponto de vista gerencial, tecnológico e empresarial, a fim de incorporar um diferencial estratégico. 11 1.2 OBJETIVO GERAL Conhecer e/ou identificar as necessidades informacionais gerais e específicas de uma incubadora tecnológica, partir de coleta de dados feita através de questionário enviado eletronicamente. A coleta destas informações tem como meta gerar condições para que se possa avaliar e sugerir possíveis soluções , que atendam as condições adequadas para o compartilhamento de informações/conhecimento. 1.2.1 Objetivos Específicos - Identificar os atuais sistemas utilizados no acesso, gerenciamento, uso, disseminação e compartilhamento da informações/conhecimento; - Conhecer as necessidades/especificidades informacionais das empresas do centro, e classificá-las; - Sugerir ferramenta/sistema de acesso, gerenciamento, uso e compartilhamento da informação, que supra as atuais necessidades. 12 1.3 JUSTIFICATIVA A presente pesquisa traz uma importante contribuição para a visualização das lacunas existentes nos atuais sistemas compartilhamento de informações e do conhecimento em incubadoras, além servir de base para implantação de sistemas de informação, que venham contribuir/suprir as necessidades informacionais das empresas (usuários), que compõem um ambiente, que, embora incorpore empresas do mesmo seguimento, são unidades totalmente autônomas. 1.4 ABORDAGEM TEMÁTICA As aplicações óbvias das tecnologias da informação já foram exaustivamente ponderadas e difundidas. As organizações, que desejam alcançar o sucesso estratégico, não podem se permitir esperar até que todas as respostas sejam encontradas. O presente estudo não pretende impor padrões de como gerenciar a informação/conhecimento ou apresentar soluções inatingíveis, mas, sim, ser um guia na forma de se pensar o problema à luz da tecnologia. Portanto, faz-se necessário definir a informação correta, em tempo hábil e no local adequado. Para tanto, é necessário que se faça um estudo profundo das necessidades informacionais específicas centrado na tecnologia, sem excluir o fator humano, visando o aumento da competitividade e a eficiência de uma organização com entidades autônomas, utilizando a informação/conhecimento como uma ferramenta estratégica. Porém, não se pretende determinar qual sistema de informação deve ser aplicado em uma determinada 13 organização, sem conhecer a cultura organizacional, seus pontos fortes e suas fragilidades, bem como os interesses e necessidades de seus usuários reais e potencias. Dessa forma, optou-se pelo estudo de usuário de incubadora. 1.5 METODOLOGIA Segundo BARROS; LEHFELD, (1990 p. 57), [...] o pesquisador definirá técnicas apropriadas para coleta de dados . Assim sendo, a pesquisa desenvolvida é baseada em um estudo de usuário , na forma exploratória, numa abordagem qualitativa, utilizando-se como instrumento um questionário estruturado, que foi desenvolvido a partir de entrevistas com o gestor do Centro Empresarial para Elaboração de Tecnologias avançadas - CELTA e literatura da área, contendo perguntas fechadas para conhecimento prévio de como os usuários lidam com os atuais instrumentos de TI disponíveis, objetivando visualizar o conhecimento em termos de tecnologias existentes no mercado, e saber quais a expectativas em termos de aquisição de um sistema de informação, que satisfaça as necessidades informacionais dos clientes/usuários do ambiente em questão. Quanto aos objetivos da pesquisa, a mesma será abordada na forma exploratória, usando referencial bibliográfico. Quanto aos procedimentos técnicos, será realizado um levantamento das necessidades informacionais. (RIBAS, 1999). Quanto à população em questão, usaremos, neste caso, a totalidade, devido ao tamanho da mesma (37 empresas) e as especificidades da composição de uma organização com unidades autônomas. As técnicas de coleta de dados para subsidiar a pesquisa serão as fontes bibliográficas e de natureza administrativas, tecnológicas e empresariais, além de observação pessoal. 14 1.6 ESTRUTURA O trabalho está estruturado de forma a apresentar quatro seções distintas, numa seqüência lógica, encadeando teoria e prática, assim distribuídas: Na primeira seção, apresentará o assunto abordado, contendo um breve histórico, passando pelo problema, objetivos, a justificativa, apresentando a importância da presente pesquisa, e a metodologia escolhida. A segunda seção apresenta referencial teórico, registrando considerações relevantes à construção cognitiva do tema abordado. A terceira seção apresenta análise dos dados coletados e contextualização, ou seja, situa o leitor no ambiente alvo da pesquisa, seguido de tabelas e gráficos explicativos e representativos. A quarta e última seção apresenta as conclusões, tecendo comentários entre pontos fortes e frágeis, as dificuldades encontradas e as recomendações do pesquisador. 15 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O QUE SÃO E COMO FUNCIONAM AS INCUBADORAS A maioria das micros e pequenas empresas, do início de sua trajetória até a consolidação no mercado, enfrentam diversas dificuldades relacionadas à falta de capital, desconhecimento de mercado e inexperiência do empreendedor para administrar o negócio. Muitas dessas empresas, antes mesmo de completar o primeiro ano de vida, transformam-se em sonhos fracassados. A incubação de empresas existe exatamente para que idéias inovadoras e promissoras não sejam desperdiçadas. Ou seja, com a ajuda de uma incubadora de empresas, o empresário e/ou empreendedor pode desenvolver suas potencialidades e fazer sua empresa crescer. Nesse ambiente, ele desfruta de instalações físicas e suporte técnico-gerencial, além de ter a oportunidade de partilhar experiências com os demais incubados, e formar uma rede de relacionamentos. A incubadora de empresas pode ser física, em que os empreendimentos ficam instalados nos módulos dentro da incubadora, ou à distância, processo em que o negócio recebe todo o suporte da incubadora, mas não utiliza seu espaço físico. As empresas incubadas podem desfrutar de diversos benefícios, como espaço físico individualizado para a instalação de escritórios e laboratórios de cada empresa selecionada; espaço físico para uso compartilhado, tais como sala de reunião, auditório, área para demonstração dos produtos, processos e serviços das empresas incubadas, secretaria, recursos humanos e serviços especializados para auxiliar as empresas residentes, tais como gestão empresarial, gestão da inovação tecnológica, comercialização de produtos e serviços no mercado nacional e internacional, assessoria contábil, jurídica e de marketing; e capacitação por meio de cursos e 16 treinamentos de empresários e empreendedores em aspectos como gestão empresarial, gestão da inovação tecnológica, engenharia de produção e propriedade intelectual. As incubadoras são ambientes dotados de capacidade técnica, gerencial, administrativa e infra-estrutura para amparar o pequeno empreendedor. Elas apoiam a transformação de empresas potenciais em empresas crescentes e lucrativas, disponibilizando espaço apropriado e condições efetivas, tais como serviços de apoio financeiro, marketing e administração, para abrigar negócios nascentes, de pequeno porte, mas com grande potencial de inovação. (ANPROTEC, 2004). 2.1.1 Incubadoras de Base Tecnológica Sendo o objetivo de uma incubadora de empresas estimular a criação e o fortalecimento de empresas inovadoras, que compartilhem toda a infra-estrutura, como salas de reunião, de treinamento, de consultoria, show-room e secretaria, com parceria de instituições de ensino e de pesquisa, além de suporte gerencial, administrativo e mercadológico, a empresa poderá desenvolver tecnicamente seu produto. O empreendimento é acompanhado desde a fase de planejamento até a consolidação de suas atividades. Constitui um ambiente especialmente planejado para acolher micro e pequenas empresas nascentes e em operação, que buscam a modernização de suas atividades, de forma a transformar idéias em produtos, processos e serviços. (SEBRAE, 2004). Uma Incubadora de empresa de base tecnológica é a que abriga empresas cujos produtos, processos e serviços são gerados a partir de resultados de pesquisas aplicadas, e nos quais a tecnologia representa alto valor agregado . (DORNELAS, 2002, p. 21). 17 2.2 CONCEITOS DE DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO. Para Oliveira (1997, p. 34) Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação. Informação é o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões . Miranda (apud VALENTIM (2001, p.1) conceitua informação como sendo dados organizados de modo significativo, sendo subsidio útil à tomada de decisão . Já o conhecimento, segundo, Miranda (idem, p.2), distingue três tipos diferentes de conhecimentos: Conhecimento explícito é o conjunto de informações já elucidadas em algum suporte (livros, documentos, etc) e que caracteriza o saber disponível sobre tema específico; Conhecimento tácito é o acúmulo de saber prático sobre um determinado assunto, que agrega convicções, crenças, sentimentos, emoções e outros fatores à experiência e à personalidade; e Conhecimento estratégico é a combinação de conhecimento explícito e tácito, formado a partir das informações de acompanhamento, agregando-se ao conhecimento de especialistas. Acatando as idéias de Beuren (2000, p.15), não se deseja alterar os atuais sistemas de informação em caráter amplo, mas redimensioná-los. Implícita ou explicitamente, pretende-se estabelecer as informações que deverão ser fornecidas, de forma sistemática e permanente, a fim de evitar improvisações e trabalhos não tempestivos, do ponto de vista da gestão empresarial. A literatura da área refere às implicações da competição e cooperação, num mundo de comércio eletrônico, e, também, à forma pela qual os gerenciamentos das informações afetam 18 a execução das estratégias de uma organização: Pouca atenção tem sido dada à forma de encontrar meios de efetivamente investir em informação a partir de um ponto de vista da integração . Antes de se falar em gerenciamento da informação, é importante refletir: A informação não se limita a dados coletados; na verdade, informação são dados coletados, organizados, ordenados, aos quais são atribuídos significado e contexto. Enquanto os dados absolutamente não têm essa missão [...], para que os dados se tornem úteis como informação a uma pessoa encarregada do processo decisório é preciso que sejam apresentados de tal forma que essa pessoa possa relacioná-los e atuar sobre eles. (McGEE e PRUSAK, 1994, p. 24). 2.3. A INFORMAÇÃO E A T.I. A informação tecnológica esta direcionada para dar capacitação tecnológica e competitividade aos diversos setores da empresa. É matéria prima da área de P&D, de marketing, planejamento, suprimentos, etc. Além disso, a informação tornou-se um componente significativo do produto final, em termos de custo e qualidade. (FIGUEIREDO apud VALENTIM, 1997, p. 21). A informação tecnológica se refere, principalmente, às informações sobre transferência e aquisição de tecnologia como incremento ao desenvolvimento social e econômico. (UNISIST, 2004). A verdade é que a era do conhecimento e da TI parece provocar perplexidade quando tratamos a informação como um bem comum. A idéia de compartilhar bens, ainda que intangíveis, pode parecer incomum, porém, em um meio, onde a cultura organizacional já pratica de alguma forma estes princípios, sua implantação, provavelmente, não causará um forte impacto. 19 As TI inovadoras são logicamente as mais desejadas, porque serão elas as responsáveis pela nova maneira de gerir o negócio, criando novos produtos/serviços. Sua implementação trará mudanças estratégicas, culturais e organizacionais, por isso sua avaliação deve ser parte de um processo global da empresa. A informação tecnológica dá condições/conhecimento para que os tecnólogos a utilizem e a transformem em um bem de consumo . (VALENTIM, 1997, p.21). Devido à existência de unidades autônomas na organização, emerge a necessidade de gerenciar a economia da informação. Assim, deve-se pensar em uma arquitetura da informação que contemple a diferenciação frente a integração. Toda a organização deve estar envolvida em todas as etapas desse processo, a fim de encontrar ferramentas que venham a satisfazer os desejos e as necessidades dos usuários reais e potenciais. Os principais objetivos centrados no usuário, que devem estar contemplados numa arquitetura da informação, são1: Definir o espaço de informação da organização, em termos de domínios de interesse de informações essenciais de fluxo de informação; Definir os limites críticos do espaço de informação da organização (o que está dentro e fora dele); Identificar estratégias para a definição das origens, filtragem e redução; Eliminar o ruído das informações; Tornar o comportamento da informação desejada mais fácil; Tornar o comportamento da informação indesejada mais difícil; Aperfeiçoar a adaptabilidade, estabelecendo claramente premissas e políticas de informação; e 1 Fonte: McGEE, James, PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação: aumente a competitividade e a eficiência da sua empresa utilizando a informação como ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 1994 p. 138. 20 Aperfeiçoar as comunicações gerenciais, definindo claramente modelos de informação compartilhada. É bom ter em mente que a tecnologia, por si só, ainda que de última geração, não é solução para os problemas informacionais de uma organização. As organizações são compostas essencialmente por pessoas, que, por sua vez, gerenciam processos, que resultam em produtos/serviços, resultando, portanto, em ciclos, que se realimentam, sempre buscando um diferencial competitivo, visando a melhoria global do negócio. Para se alcançar excelência numa busca de soluções viáveis, deve-se formar uma equipe técnica multidisciplinar composta por profissionais das áreas afins, como programadores, analistas de sistemas, administradores de bancos de dados e/ou bases de dados, gerentes de registros, analistas de negócios, etc., além de bibliotecários com especialização em gestão da informação, sendo que o trabalho deste último deverá iniciar-se muito antes dos demais, posto que, para se conseguir um resultado condizente com as expectativas do cliente, faz-se necessário conhecer suas necessidades informacionais primárias e secundárias, bem como sua cultura organizacional, devendo-se implementar um estudo de usuário para dar subsídios a ações futuras. 2.4. INFORMAÇÕES EMPRESARIAIS/ NEGÓCIOS A informação para negócios é fundamentalmente a base para o bom desempenho de empresas que queiram se desenvolver e crescer no mercado. O termo informação para negócios é usado para designar o conjunto de informações usadas pelos administradores na redução de incertezas. Engloba, por exemplo, informações mercadológicas (tais como análises das fatias de mercado, padrões de consumo e gastos de consumidores, estudos de seus comportamento e estilos de vida, pesquisa de opinião, informação sobre investimento em 21 propaganda por diversos setores e medidas de audiência de canais de rádio e TV s); informações financeiras (tais como desempenho financeiro de empresas, mercado financeiro e outras informações para investimento, disponibilidade de assistência financeira, taxas de câmbio, custo de crédito, etc.) informações estatísticas (tais como recenseamentos, índices econômicos ou estatísticos sobre indústrias) informações sobre empresas e produtos (tais como históricos e informações cadastrais de empresas e informações sobre fusões e aquisições); informações jurídicas (tias como leis, regulamentação de impostos e taxações, etc) e outras informações factuais e analíticas sobre tendências nos cenários político-sociais, econômico e financeiro, nos quais operam organizações empresariais. (BORGES, 1999 - CI). Não existe, atualmente, uma publicação que compile e caracterize as fontes brasileiras de informação para negócios, para um melhor conhecimento destas, identificando, selecionando, descrevendo, compilando e avaliando bases de dados brasileiras, nas áreas de informações jurídicas e financeiras, sobre empresas e produtos, estatísticas e indicadores econômicos, oportunidades de negócios, vocabulário, investimento, biográficas, bem como bases de dados bibliográficas, em temas como administração e economia. Para melhor verificar as descrições destas bases identificadas, elas estão disponibiníveis no URL http://www.eci.ufmg.br/cendon/pesquisa.htm. Este artigo oferece uma visão geral das bases identificadas, narra a metodologia utilizada para seu levantamento e descrição e analisa o conjunto das fontes de informação obtidas e de seus produtores, podendo ser utilizada como uma ferramenta para monitorar o ambiente externo. (ANPROTEC, 2004). 22 2.5 COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO Davenport (2001, p. 115) define o compartilhamento das informações como o ato voluntário de colocá-las à disposição de outros. Não deve ser confundido com relato, é antes de tudo uma troca involuntária de informações rotineiras ou estruturadas. O termo compartilhamento implica em vontade, não em obrigação . O conhecimento organizacional é muito dinâmico. O mercado do conhecimento, como qualquer outro, é um sistema no qual os participantes trocam um bem escasso por um valor presente ou futuro. Todo sistema de mercado está inserido nas realidades sociais e políticas, e é afetado por elas. Se conhecimento é poder, então, quem o possui tem um poder que pode ser dissipado, se for compartilhado. Um dos desafios da gestão do conhecimento é assegurar que compartilhar o conhecimento seja mais lucrativo do que enclausurá-lo. É imprescindível que haja confiança mútua em qualquer iniciativa ligada ao mercado do conhecimento, para que este não fracasse. Tal confiança deverá estar sobre fortes alicerces de um tripé básico, ou seja, a confiança deve ser visível, ser generalizada e deve partir do topo. O mercado do conhecimento é praticamente um organismo em desenvolvimento, por isso, toda gestão do conhecimento pode ser vista como um esforço para aumentar a eficiência dos mercados do conhecimento, onde se dá a compreensão das razões reais quanto à necessidade desse intercâmbio. A consciência compartilhada dos objetivos e estratégias da empresa orienta os indivíduos a focar seu trabalho num objetivo corporativo e faz com que eles sintam que seu trabalho contribui para um objetivo maior . (DAVENPOT; PRUZAC, 1998, p. 59). Os últimos anos intensificaram os novos formatos organizacionais forjados para enfrentar as inovações apresentadas no mercado. Assim, para enfrentar as dificuldades, passaram a ser levados em consideração os variados formatos organizacionais em rede, para 23 promoção da interação entre diferentes agentes, nos quais se mencionam, entre outros, alianças estratégicas, arranjos locais de empresas, clusters e distritos industriais e o ambiente onde este se estabelece. Segundo Lemos (1999, p. 135), há uma crescente tendência de construção de formatos organizacionais específicos entre diferentes tipos de agentes sociais e econômicos em ambientes próprios para geração de inovações, desenvolvendo desde etapas de P&D e produção até a comercialização , promovendo, assim uma fertilização cruzada de idéias, gerando fácil adaptação às alterações, e aperfeiçoando estruturas de pesquisa, produção e comercialização, permitindo as empresas oportunidades tecnológicas e impulsionar o processo inovador, entre outros. As redes enriquecem o ambiente territorial, através de troca de informações, transmissão de conhecimento explícito ou tácito e modalidades de competência. Nesse sentido, deve-se levar em consideração o fato de que, nas últimas décadas, vem ocorrendo um crescente interesse por processos de aprendizagem no âmbito das organizações, em virtude da crença de que aprendizagem e inovação são condições essenciais para que as empresas sobrevivam em ambientes cada vez mais competitivos e em constante mudança. A competitividade baseada no conhecimento é um desafio determinado pela competência gerencial e pela capacidade de alavancar recursos escassos. Assim, faz-se necessário que nossos gestores adotem, pró-ativamente, estratégias de gestão do conhecimento, pois só, então, estarão em condições de participar dos fluxos e acordos internacionais para troca de tecnologia e conhecimento, alinhando-se com o mercado global. 24 2.6 REDES DE RELACIONAMENTO A vida não vingou no planeta através do combate, mas através da parceria, do compartilhamento e do trabalho . (Fritjof Capra) As redes de relacionamentos são partes inerentes de nossa vida cotidiana, fazendo parte de um sistema dinâmico e em crescimento contínuo, que pode ser entendido como um sistema vivo, apenas não focamos nossa atenção para esse detalhe. Estas redes de podem ser divididas em redes espontâneas e redes sociais, sendo que a primeira está mais ligada à teia da vida pessoal (família, escola, amigos), e a segunda se diferencia da espontânea pela intencionalidade de propósito, ou seja, nesse nível, há objetivos comuns e conscientes a serem explicitados e compartilhados. Uma diferença essencial entre os dois sistemas de rede é que os fluxos e ciclos das redes sociais estão permeados e são canais de circulação de informação, conhecimento e valores, são sistemas simbólicos . (AMARAL, 2003, p. 1). Segundo dados da Rede Brasileira de Educação Ambiental REBEA, uma rede de relacionamento formada com o objetivo de compartilhar informação/conhecimento traz algumas características identificáveis, como objetivos compartilhados, construção coletiva, múltiplos níveis de organização e ação, dinamismo e intencionalidade dos envolvidos, coexistência de diferenças, produção, reedição e circulação de informação, empoderamento dos participantes, desconcentração de poder, multi-iniciativas, tensão entre estruturas verticais e processos horizontais, tensão entre comportamento de competição e cooperação e compartilhamento, composição multi-setorial, formação permanente, ambiente fértil para 25 parcerias, oportunidades para relações multilaterais, evolução coletiva e individual para a complexidade e configuração dinâmica e mutante. Assim, novos formatos organizacionais dão lugar aos formatos tradicionais, também apontados como formatos dominantes na atual fase, consolidando a formação de redes como formato organizacional mais adequado para promover o aprendizado intensivo para a geração de conhecimento e inovações. 2.7 REDES LOCAIS Segundo Lemos (1999, p. 134), o grau de interação com que se dá o aprendizado vai variar conforme os agentes envolvidos, o tipo de relação que mantêm entre si, a existência de linguagem comum, identidades, sinergias, confiança, assim como o ambiente em que se inserem. Há uma crescente tendência de construção de formatos organizacionais específicos entre diferentes tipos de agentes sociais e econômicos, principalmente em ambientes onde a P&D e a geração de inovações são o principal produto. Tais formatos devem integrar as diversas unidades dentro da empresa, bem como articular-se com diferentes empresas e agentes. Destacando principalmente instituições de ensino e pesquisa, organismos de infra-estrutura, apoio e prestação de serviços e informações tecnológicas, governos locais, regionais e nacionais, agentes financeiros, associações de classe, fornecedores de insumos, componentes e tecnologias e clientes visando promover uma fertilização cruzada de idéias, e responder e se adaptar às rápidas alterações, com a promoção de mudanças e aperfeiçoamento nas estruturas de pesquisa, produto e comercialização. (LEMOS, 1999, p. 135). 26 Nesse sentido, cabe ressaltar o sucesso dos formatos organizacionais, favorecidos pela proximidade geográfica, baseados em redes locais de cooperação, apresentando alto índice de aprendizado interativo, fomentando a oferta de qualificações técnicas e organizacionais e conhecimentos tácitos acumulados. Um aspecto importante e considerado como fator crítico para o estabelecimento desse tipo de relacionamento é a confiança. Portanto, as possibilidades de sua implantação são grandes em se estabelecer em um ambiente comum de proximidade e identidade entre os agentes envolvidos. 27 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO (AMBIENTE) O presente estudo tem como tema central o momento e a forma em que ocorre a troca/compartilhamento de informação/conhecimento entre empresas do mesmo ramo/seguimento. Tomando por base o Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas CELTA, uma incubadora da Fundação CERTI (Centros de Referências em Tecnologias Inovadoras), localizada na Rodovia SC 401, no Parque Tecnológico Alfa, bairro Saco Grande, em Florianópolis/SC. Atualmente, mantém 37 empresas incubadas, sendo que uma delas se trata de empresa de contabilidade. Em 2001, a incubadora lançou um novo sistema de acompanhamento e avaliação das empresas baseado em Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento, considerado único em incubadoras. O modelo de gerenciamento do CELTA envolve vários seguimentos da sociedade, tais como a Prefeitura Municipal de Florianópolis, o Governo do Estado, a Universidade Federal de Santa Catarina e as entidades de classe do meio empresarial. Sendo considerada hoje a maior incubadora da América Latina, o CELTA dispõe de uma infra-estrutura física e gerencial necessária para o desenvolvimento de empresas de base tecnológica. Estrutura física disponibilizada: - Sistemas de comunicação e informática (central telefônica e acesso a Internet), equipamentos tecnológicos para realização de eventos e apresentações, serviços de suporte operacional (limpeza, segurança, telefonista, office-boy), postos bancários, correios, restaurantes. 28 Suporte Gerencial: - Apoio na busca por financiamentos, apoio logístico junto a organismos de pesquisa e desenvolvimento e intermediação de negócios com clientes, entre outros, no desenvolvimento do negócio. 3.2. DADOS DA PESQUISA E ANÁLISE GRÁFICA Como o foco central da presente pesquisa é o compartilhamento de informação/conhecimento, e com o intuído de conhecer e entender as reais necessidades informacionais das empresas incubadas no CELTA, estabelecendo a maneira do processo de uso e compartilhamento da informação e do conhecimento, foi aplicado um questionário, que passaremos a apresentar os resultados colhidos, a seguir: 29 CELTA 31 Total de Empresas 6 Questionários respondidos Questionários Não respondidos 37 Obs.: Os questionários respondidos correspondem a 16,21% da amostra total. 1- O universo pesquisado apresenta as seguintes características: IDADE (anos) 37 42 38 28 26 SEXO Masculino Masculino Masculino Masculino Feminino CARGO/ FUNÇÃO CATEGORIA Presidente Consolidação Diretor Geral Desenvolvimento Gerente Técnico Desenvolvimento Presidente Não optou Redatora de Não optou Publicidade Masculino Diretor de 32 Pré-Incubada Marketing Obs: Idade Média = 33,83% Masc. 83,3% Fem. 16,6% 2- Numero e média de computadores por empresa: Empresa Quantidade 08 Empresa um 40 Empresa dois 05 Empresa três 21 Empresa quatro 18 Empresa cinco 04 Empresa seis Obs: Média considerada 15,25 computadores por empresa 30 3- Quanto à forma de funcionamento: Em rede com o CELTA Em rede interna Individualmente Obs: A maioria funciona em rede interna 03 04 01 4 Quanto aos meios de comunicação mais utilizados pela empresas: Correspondência escrita Fone/ fax E-mail/ Internet Outlook/ Intranet Vídeo-conferência Outros /Quais? Obs: O meio de comunicação mais utilizado é o e-mail e a internet 01 04 06 03 01 00 5- Como chegam as informações nos diversos níveis da empresa? Empresas Verbalmente Comunicação eletrônica 06 Outros 03 Comunicação interna 01 Quantidade Percentagem % 60 % 20% 100% 0% 00 Obs: 100% das empresas utilizam comunicação eletrônica 6- Como é monitorado o ambiente externo? Opções Quantidade Contatos pessoais, informais. 05 Jornais, revistas, noticiários. 02 Publicações especializadas na área de atuação 05 Simpósios, congressos, conferências, etc. 03 Via Internet 06 00 Outros Obs: 100% monitora o ambiente externo via internet Percentual 83,3% 33,3% 83,3% 50% 100% 00% 31 120 100 Contatos Pessoais 80 Jornais, revistas... 60 Publicações espec. Sim pósios, congressos.. 40 Via Internet 20 Outros 0 Percentuais Obs: Gráfico representativo da tabela 6 7- Quais os meios utilizados pela sua empresa para pesquisa na área de ciência e tecnologia? Opções Quantidade Percentual Contatos pessoais, informais. 02 33,3% Revistas eletrônicas esp./periódicos 03 50% Publicações especializadas da área de atuação/ livros Bases de dados e/ou bancos de dados especializados/ Internet Sites de busca/ Internet (brouser) 06 100% 04 66,6% 05 83,3% Outros 00 00% quais Obs: Os meios mais utilizados na área de P&D são os materiais impressos como livros. 32 100 80 Contatos pessoais, informais 60 ver. Eletrônicas/periódicos Publicação esp./livros Bases de dados/Internet 40 Sites de busca/internet Outros 20 0 Quantidades Percentual Obs: Gráfico representativo da tabela 7 8- Cite as bases de dados e/ou banco de dados estruturados mais utilizados pela sua empresa: do mais utilizado para o menos utilizado Empresa Elementos citados por ordem Empresa um MySQL, Oracle Empresa dois Não fez opção Empresa três SQL. Servidor Internet Empresa quatro SQL Empresa cinco RedHat, Oracle, SUN Empresa seis Portal moveleiro, SEBRAE/SC, FINEP/SC Obs: O SQL foi o mais citado 9 As pessoas na organização, em geral, já tiveram algum contato com os conceitos: Conceitos Sim (%) Não (%) Gestão do conhecimento 04 (66,6) 02 (33,3) Memória organizacional 00 (00) 06 (100) Inteligência competitiva 02 (33,3) 04 (66,6) 05 (83,3) 01 (16,6) Compartilhamento de informação Obs: 100% dos participantes não tiveram contato com os conceitos sobre memória organizacional 33 100 90 80 Gestão do Conhecimento 70 60 Memória organizacional 50 40 Inteligência competitiva 30 20 compartilhamento da inform. 10 0 Sim Sim% Não Não% Obs: Gráfico representativo da tabela 9 10 Sua empresa possui algum software próprio e/ou privado de gerenciamento? Empresas Sistemas citados Empresa um - sim Compartilhamento de dados via Linux Server e Planilhas Excel Empresa dois sim Intranet Empresa três sim Ferramentas desenvolvidas internamente e o fortuna Empresa quatro sim Empresário 2 e softwares próprios SISCOM Empresa cinco sim Empresa seis - sim ACT, Outlook, Money Sig Mobel Obs: Todas as empresas possuem algum tipo de sofwere para gerenciamento 34 11- Sua empresa compartilha informação /conhecimento com outra (s) empresa (s) do mesmo ramo/seguimento? Sim Não 04 (66.6%) 02 (33,3%) Obs: A maioria das empresas compartilha informação/conhecimento (66%) 12 Que tipo de informação/conhecimento sua empresa gostaria de compartilhar? Opção Quantidade 03 Tecnológica 04 Mercadológica 01 Financeira 03 Legal/ jurídica 00 Ambientais 00 Estatísticas 03 Produtos e serviços 03 Inovação Obs: A opção mais desejada é a de compartilhar informação mercadológica. Uma das empresas não assinalou nenhuma das opções. 18% 17% 18% 23% 0% 18% 6% Obs: Gráfico representativo da tabela 12 Tecnológica Mercodológica Financeira legal/ Jurídica Ambientais Estatísticas Produtos e serviços Inovação 35 13 O caminho que a informação colaborativa tem a percorrer para uma solução de sucesso requer a superação de muitos obstáculos. Em sua opinião, quais os pontos mais críticos? Pontos críticos Quantidade Processos de negócios 03 Marketing 00 Fornecedores e clientes 02 Cultura organizacional 05 Obs: O ponto mais crítico é a cultura organizacional 14 Enumere por ordem de importância as vantagens que uma rede de compartilhamento de informação/ conhecimento pode oferecer: Opções de grau de importância Aumento da Competitividade Fomento da rede de relacionamento Otimização do capital intelectual 3 Amplia sinergia do mercado 5 Potencializa o uso das T.I. 4 Empresa A 1 2 Empresa B - 1 2 - - Empresa C 2 - 1 Empresa D 2 3 1 4 5 Empresa E 2 3 4 1 4 Empresa F 1 2 3 5 4 Obs: As opções mais assinaladas foram a otimização do capital intelectual o aumento da competitividade 15 Na sua opinião, em uma rede de compartilhamento de informação/ conhecimento entre empresas de um mesmo ramo/ seguimento, devem participar: Opção Quantidade 00 A alta administração 02 A alta administração e setores estratégicos da empresa 02 Todos os seguimentos da empresa 02 Todos os setores da empresa c/ chaves diferenciadas de acesso para cada nível Obs: Nesse caso a única resposta não assinalada foi a alta administração, as demais opções empataram 36 Alta administração 0% 34% 33% Alta adm./setores estratégicos Todos segmentos 33% Obs: Gráfico representativo da tabela 15 Todos seg. c/ chaves dif. 37 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS No início deste desafio, propomo-nos a diagnosticar situações-problemas inseridas nas estruturas consideradas de ponta, dentre os parâmetros tecnológicos e informacionais, no estado de Santa Catarina, mais, especificamente, no CELTA (Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas). Parte dos objetivos foram alcançados, bem como a identificação dos sistemas mais utilizados no acesso e uso da informação, como os referenciados no item 3.2, pergunta 8. Porém, quanto ao eixo central do levantamento compartilhamento de informação , conclui-se que é um ponto altamente defasado, levando-se em consideração o referencial teórico consultado. Os resultados mostram que havendo a possibilidade de implantação de um sistema de compartilhamento de informação/conhecimento, as informações mais desejáveis aparecem com maior incidência no campo mercadológico, com 23% de aprovação, seguido pelas áreas jurídica, de produtos e serviços e inovação, com 18% e 17%, tendo a área tecnológica como ponto importante nesse tipo de sistema. A maioria refere como ponto positivo a ampliação da sinergia de mercado e a potencialização do uso das tecnologias de informação (T.I). Em contraponto, aparece como obstáculo a essa filosofia de trabalho a cultura organizacional, citada por 100% dos participantes da pesquisa. A metodologia utilizada (questionário eletrônico) apresentou uma certa dificuldade, uma vez que o retorno desse tipo de abordagem é pequeno, porém, na impossibilidade de abordagem direta, os resultados foram satisfatórios, sendo que a literatura da área referencia retorno de 10% a 20% para abordagens indiretas, ficando a presente pesquisa no patamar de 16,21%. 38 Observa-se um distanciamento entre a teoria e a prática sugerida pela literatura referida na pesquisa, pois o paradigma do compartilhamento de informação/conhecimento em todos os níveis ainda é visto com ressalvas pelas empresas. Sugere-se aprofundamento e ampliação do estudo, para uma visualização mais representativa das reais necessidades informacionais, dentro de empresas do mesmo ramo/seguimento. A sociedade do futuro, baseada no compartilhamento da informação e do conhecimento, tratando o conhecimento como um bem comum, ainda é um processo em evolução que está longe de ser amplamente aplicado. 39 5. REFERÊNCIAS DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da informação. 4ª ed. São Paulo: Futura, 2001. 316p. DORNELAS, José Carlos Assis. Planejando de incubadoras de empresas: como desenvolver um plano de negócios para incubadoras. Rio de Janeiro: Campos, 2002. 134p. BEUREN, Ilse Maria. Gerenciamento da informação: um recurso estratégico no processo de gestão empresarial. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000. 104p. MCGEE, James; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação: aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a informação como uma ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 1994. 244p. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais: estratégicas, táticas, operacionais. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. 274p. 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