ambiente
Publicação da Marelli
Ambientes Racionais
Ano 9 - nº 21
Outubro de 2013
Ricardo Guimarães
O mago que
descomplica
o branding
Destaque
Competências humanas como diferencial
Artigo Técnico
A cor nos espaços corporativos
Boas Práticas Corporativas
Sustentabilidade Certificada
Julio Soares
Diferentes
por opção
Ainda comemorando nossos 30 anos, não há
como não debruçar-se um pouco sobre o que
foi feito, o que estamos fazendo e, obviamente,
programar os muitos caminhos que teremos à
frente.
Acho que temos bem marcado o que fizemos até
aqui, com muitas estratégias nas quais tivemos
virtudes e outras, nem tanto. Porém, digo que
uma delas, que considero diferenciadora, foi a
de não seguir estritamente os mandos do nosso
setor, essencialmente no que tange a Foco e
Posicionamento.
Não quero que entendam como arrogância, mas
no nosso entendimento não dá para ofertar tudo
a todos. Na medida em que a oferta se alarga
demais, proporcionalmente enfraquecemos
a capacidade de atender bem. Queríamos
sim o reconhecimento pela oferta, “embora
mais estreita”, porém consistente. Ter uma alta
avaliação pela qualidade, rapidez, melhores
serviços, sem necessariamente ser mais cara, era
a nossa convicção.
Demoramos algum tempo até sermos
compreendidos, diante da larga oferta que a
maioria dos nossos concorrentes costumavam
apresentar. Alguns anos se passaram e hoje
nossos clientes e arquitetos nos percebem como
uma empresa de alta relação custo-benefício.
Somos reconhecidos em todas as pesquisas feitas
pelos melhores veículos especializados nacionais,
como uma empresa de excelência operacional.
Somos a maior em faturamento, a melhor em
lucratividade. Nossa rede chega este mês ao
número de 40 lojas exclusivas e padronizadas. Por
falar em padronização, digo que pioneiramente,
no final de setembro 10 delas estarão certificadas
pela ISO 9001, com previsão de chegarmos a 20
no final de 2014.
Escolhemos ser diferentes no trato com as
pessoas e guindados pela inteligência, força e
determinação delas, somos disparadamente
a mais produtiva do setor. Nos últimos 10
anos sempre tivemos nosso nome listado nas
pesquisas de “Melhores Empresas para Trabalhar”
e bom ambiente de trabalho é um potencial fator
de resultado.
Enfim, para continuar à frente, o nosso ciclo
precisa ser renovado constantemente. Temos
que continuar identificando as melhores
oportunidades, estejam elas no mercado ou na
operação, porém em todas elas: sem medo de
sermos diferentes!
Rudimar Borelli
Presidente
Sumário
06
12
Espaço Aberto
O mago que descomplica
o branding
Cases
Conheça os projetos instalados
pela Marelli nas empresas AES,
Agriness, EPL e El Deber
27
38
44
Errata
Diferente do divulgado na página
49 da Revista Ambiente nº 20, as
Perspectivas 3D do Escritório-conceito
da Marelli foram desenvolvidas pela
empresa WD Projetos.
12
27
Destaque
Competências humanas
como diferencial
Artigo Técnico
A cor nos espaços corporativos
Boas Práticas Corporativas
Sustentabilidade
certificada: selo Leed
atesta internacionalmente
“construções verdes”
38
Expediente
Foto: Acervo pessoal
06
44
A revista Ambiente é uma publicação da Marelli
Ambientes Racionais editada em português e espanhol.
Dirigida a arquitetos, especificadores, clientes,
fornecedores e entidades do segmento de mobiliário
corporativo e arquitetura no Brasil, Bolívia, Paraguai,
Chile, Peru e Uruguai.
Sede: BR 116, Km 142, nº 11.760
CEP 95059-520 – Caxias do Sul – RS
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Diretor Publisher: Augusto Bellini
Textos: Adriana Schio (MTb 8107), Domenique Grigolo
(MTb14540), Guilherme Arruda (MTb 3691) e Vivian
Kratz (MTb13620)
Jornalista
Responsável:
Domenique
Grigolo
(MTb14540)
Direção de criação: Anderson Trassi
Arte-final: Anderson Fochesato
Revisão: Sheila da Rocha e Sabrina Leme
Produção gráfica: Thaís Coll Pigozzo
Impressão off-set: Editora São Miguel
Tiragem: 17.000 exemplares em português
e 1.500 exemplares em espanhol
Versão e revisão para o espanhol: Milton H. Bentancor
É permitida a reprodução
de artigos e matérias,
desde que citada a fonte.
Os artigos assinados são
de responsabilidade de
seus autores, não refletindo,
necessariamente, a opinião
da Marelli e da StudioDesign.
Espaço Aberto
O mago que
descomplica
o branding
O que vem à sua mente quando a imagem da maçã
da Apple aparece na sua frente? De modo geral,
associa-se a produtos de fácil utilização, bonitos e que
proporcionam diversão. Estes são alguns dos atributos
agregados a esta empresa. É possível adicionar outros,
como segurança, mas o que importa mesmo é que o
consumidor acaba formando uma cultura unificada à
Apple que lhe permite fazer comparações com outros
produtos e, no final das contas, fazer a opção. Pense
agora por um momento no nome Natura. O que lhe
vem à mente? Se você respondeu que é um jeito de
se relacionar com beleza, com a natureza, de vender e
consumir saiba que uma das pessoas que participou
desse esforço foi Ricardo Guimarães, 64 anos, sócio
diretor da Thymus, de São Paulo. Guimarães é um dos
mais respeitados profissionais na gestão de marcas e
um dos introdutores do branding no Brasil, reconhecido
internacionalmente.
O branding é o conjunto de atributos intangíveis
associados a uma empresa, como se viu nos exemplos
6
Revista Ambiente | Outubro 2013
da Apple e da Natura, e difere da marca, que são as
características tangíveis de uma marca ou empresa.
Branding é a relação que o consumidor tem a respeito
de um produto ou serviço, um reconhecimento, uma
associação positiva, é a imagem que reúne o sentimento
que se tem por determinada marca, portanto, vai além
da logomarca e da imagem visual. Esse conceito se
estende aos funcionários, conta Guimarães. Qualquer
funcionário de uma empresa trabalha lá porque a
empresa o escolheu, deu aval para que ele fizesse
parte do grupo. É como se, indiretamente, a empresa
dissesse: Bem, este cara é legal. Quando esta pessoa
participa de um evento o que costumeiramente se diz?
Chegou o cara da empresa tal.
É assim, de forma descontraída, que Guimarães nos
insere neste fantástico mundo. Dono de uma carteira
de clientes do porte das Organizações Globo, Banco
do Brasil, Monsanto e HP, ele falou à revista Ambiente
no seu espaçoso escritório na Avenida Brigadeiro Faria
Lima, em São Paulo.
Fotos: Divulgac,ão
Ricardo
Guimarães
Entrevista
Ambiente Existe uma receita para posicionar uma marca
no mercado?
Ricardo Guimarães Posicionamento de uma empresa
é o terceiro estágio de definição de identidade dentro de
um contexto de mercado. A primeira tarefa do branding
é conscientizar a empresa sobre o pensamento dela para
fazer aquele negócio. Por exemplo: a Apple diz que o
homem não deve se submeter às máquinas e aí decidem
fazer máquinas cada vez mais fáceis de serem usadas e
os valores passam a ser beleza, simplicidade e diversão.
Isto é a essência, a inspiração da Apple. Bem, aí ela
coloca isso nas experiências que vai proporcionar, seja
nas lojas, seja em um produto, seja num atendimento
telefônico. Tudo vai ter este jeitão – de ser simples,
bonito e divertido. Além disso, começa a ter algumas
comparações com outras marcas. Você acaba tendo
uma circunstância de mercado em que o consumidor
tem uma cultura de experiência de consumo ao formar
critérios para perceber uma marca ou outra. Você decide
como você quer se posicionar e que atributos quer que
sejam percebidos na sua experiência de marcas. Além
de simples, bonito e divertido você quer ser percebido
como seguro. É outro atributo. Você define atributos que,
no conjunto, vão diferenciar sua marca.
Ambiente A empresa, sozinha, consegue perceber isso
ou precisa de ajuda para identificar que atributos ela quer
passar para o público?
RG É difícil ter uma regra. Em geral, uma empresa com
determinado porte e a presença do fundador não
precisa de ajuda externa. Na medida em que ganha
concorrentes e ela própria (a empresa) cresce, começa
a aparecer gente com muita opinião, divergência sobre
visões estratégicas, bem, aí é bom ter ajuda externa para
alinhar estas visões. Graças a Deus, porque aí consigo
oferecer alguns serviços (risadas).
Ambiente Marca regional sofre algum tipo de preconceito
em relação a uma marca nacional?
RG O regional pode ser bom como pode ser ruim. Não
tem uma lei. Vinho, por exemplo, tem o terroir que faz
toda a diferença de uma região.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Espaço Aberto
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Ambiente O propósito de uma marca
é agregar rentabilidade ao negócio da
empresa?
RG No sentido de que reduz custo do
crescimento, um dos benefícios é a
rentabilidade, sim. Pode ser também
a agilidade de crescimento; depende
da estratégia da empresa.
Ambiente
Uma marca bem
posicionada reduz o esforço de venda?
RG Com certeza. Veja as filas que
se formam nas lojas que vendem
produtos da Apple. Já viu propaganda
da Apple? O produto fala por si.
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é muito importante, mas será que ele
está gerenciando, alocando recursos
necessários? Não sei.
Ambiente Marcas bem posicionadas
podem ser referências no mercado,
mesmo não sendo líderes no seu
segmento?
RG Com certeza. A TAM, por exemplo,
nunca foi líder de mercado enquanto
existiu a Varig. E era referência em
atendimento e serviço, lembra?
Quando a Varig saiu de cena é que ela
virou líder. Você não precisa ser líder
em volume. Pode ser líder em outros
aspectos, em qualidade, inovação....
Ambiente Como recuperar o valor
de
uma
marca
quando ela tem
sua
imagem
arranhada?
RG Há marcas
que saem dos
problemas melhor
do que quando
entraram.
Toda
organização está
sujeita a acidentes
de
percurso.
Quando acontece
alguma crise este
é o momento no
qual a marca exibe
seus valores. Há
cases interessantíssimos de marcas
de alimentos que tiveram linhas
sabotadas e o presidente veio a
público e disse: não comprem este
produto. O fato de ele dizer isso
aumenta a credibilidade da marca
daquela empresa.
Ambiente Pesou muito a figura do
comandante Rolim...
RG Com certeza. É aí que destaco a
presença do presidente; ele ajuda a
construir a marca. Se ele é o fundador,
sempre ajuda. É a figura mais visível
de uma organização.
Ambiente Os empresários, de um
modo geral, sabem o valor das marcas
que possuem em mãos?
RG Há dias que eles sabem e há
outros que não sabem (risadas). É
conforme a lua. Você não registra o
valor da marca no balanço. Mensurar
o valor da marca como ativo é muito
difícil e eles acabam negando, não
porque não achem que tem valor,
mas porque não sabem medir.
Se você perguntar para qualquer
empresário ele vai dizer que a marca
Ambiente Uma marca precisa estar
constantemente bem alimentada?
RG Não existe nada pronto. O que faz
a vida divertida é que nada é igual
de um minuto para outro. Não diria
alimentar, diria cultivar. Marca é um
significado. O que é este significado?
É algo alimentado por experiências;
experiências que consumidores,
funcionários,
investidores
e
fornecedores têm. É uma interação
permanente. Se a marca pega, o
consumidor se julga dono dela. Ele se
Revista Ambiente | Outubro 2013
identifica. Sempre falo que a empresa
é um instrumento de criação de valor
para a marca. Não é a marca um
instrumento da empresa.
Ambiente Para ter uma marca não
significa que precisa sair fazendo IPO
(Oferta Pública Inicial) por aí?
RG Não, claro que não. Marca
independe de você ter um valor
econômico de mercado.
Ambiente Como lidar em um mercado
onde não há fidelidade do consumidor
a uma marca?
RG Nunca fomos fiéis a nada.
Achávamos que éramos fiéis porque
não
havia
alternativas.
Antigamente
éramos fiéis a
uma loja porque
não havia opção.
Hoje a marca
fica
importante
justamente
porque os vínculos
são mais frágeis.
E porque hoje o
ritmo de inovação
é muito grande.
Ninguém é bobo.
Se outra empresa
oferece os mesmos
benefícios e é mais barato vou ficar
fiel por quê? O consumidor hoje é fiel
e inteligente.
Ambiente Consumidor pode derrubar
uma marca?
RG Pode, se ela tiver pé de barro.
Sujeito entra na Internet, posta um
comentário e se tiver um fundo
de verdade, corre como rastilho
de pólvora. Agora, se postou uma
mentira, pode acreditar, os próprios
consumidores vão se encarregar de
desmentir.
Ambiente Excesso de informação
influencia a construção de uma marca?
RG Acredito que não. Se há muita
informação sobre aquele assunto, o
valor da marca vai dar um significado.
O que é uma revista? É um bando
de gente, que entende de uma
determinada área, que tem olhar
sobre aquele segmento, e que
combina com os leitores o seguinte:
de vez em quando eu vou vir aqui
contar o que está acontecendo no
mundo que vai te interessar. Quanto
mais assunto tiver sobre este ramo,
mais este título de revista vale, porque
você vai pegar tudo que há no mundo
e organizar para seu leitor. Ele vai ficar
sossegado e dizer: que bom que esta
revista existe.
Ambiente Marca é um conjunto de
significados, certo? Como mensurar o
valor de uma marca?
RG Depende. Para que você quer
saber o valor de uma marca? Vai
vender para alguém?
Ambiente Se for por pura curiosidade,
apenas...
RG Bem, aí você faz a conta que
quiser. Inventa uma fórmula, reúne
várias marcas e faz comparações
umas com as outras. Se você
quer vender, precisa saber o que
o comprador vai fazer com sua
marca. A marca tem dois valores.
Tem o valor para a empresa, na qual
gerencia um ativo para reduzir custo
de crescimento. Veja o exemplo da
Unilever. Quando diz que 15% de
intenção de compra são atingidos,
isto representa um custo para ela,
seja em velocidade ou financeiro
– a publicidade que deixa de usar,
promoções que deixa de fazer. O
outro valor é o de mercado caso
você queira vender para alguém,
mas precisa ver o que o sujeito vai
fazer com a marca.
Ambiente Há algum significado
nos rankings que apontam marcas
mundiais como a Apple valendo US$
150 bilhões?
RG Isto tem a ver em geral com
empresas de capital aberto. Aí existe
a possibilidade de fazer avaliações;
determinar valor de mercado,
projeções de resultados futuros,
porque informam estes números ao
mercado. Se você não for vender,
Revista Ambiente | Outubro 2013
Espaço Aberto
9
não serve para nada.
Ambiente
Existe descompasso
entre a evolução das sociedades e a
evolução das marcas?
RG Nunca pensei nisso. Não sei dizer,
porque o conceito de marca muda
ao longo do tempo. Antigamente,
marca era imagem; a logomarca,
a identidade visual. Depois virou
imagem. Hoje marca é uma cultura.
Veja o caso da Natura. Natura é um
jeito de se relacionar com beleza,
com a natureza; um jeito de extrair
produto, de transportar produtos;
de vender e um jeito de consumir
produto. Existe um jeito Natura de
pensar e fazer.
Ambiente Este é um daqueles cases
típicos que poderíamos classificar
como case ideal?
RG É um dos cases mais fortes que
temos. De qualquer ângulo que você
entra em contato com a empresa
percebe uma consistência de sua
identidade. Todas as experiências
pertencem a um corpo de ideias, de
uma visão de mundo.
Ambiente O ideal seria que as
empresas tivessem este conjunto?
RG Exatamente.
Ambiente E quando a segunda
geração entra na empresa, como isso
funciona?
RG Se o herdeiro estudou, o que
acontece? Esse filho vai sistematizar
a organização, colocará padrões e
controles para garantir expansão.
Isto é um processo para garantir
a qualidade; o crescimento com
qualidade. Esta é a segunda fase
de toda empresa. Hoje está claro
que, se deixar a empresa com estes
controles, ela não inova.
10
econômico, mas, em geral, em uma
cultura de padrões de controles,
as pessoas foram educadas para
concordar e não para discordar.
Precisa fazer a ruptura. Precisa fazer
com que as pessoas tenham as suas
próprias ideias. Uma pessoa que ama
o controle e padrões é uma heresia.
Ambiente Não há o risco de se formar
uma marca bipolar; uma hora age de
um modo; outra hora de outro?
RG Interessante a pergunta. Empresa
em si não tem valores. Quem tem
valores são as pessoas que dirigem
esta empresa. A marca tem um
significado e aí você já perde o
controle sobre a marca, mas você
pode influenciar a marca. Se há
troca de liderança na empresa e
esta liderança não pensa como os
antecessores, à medida que vai
tomando decisões as pessoas que
alimentam aquela marca começam a
se perguntar: não estou entendendo.
Em geral, ou este CEO (ou diretoria)
é demitido, porque não consegue
atender ao mercado, ou estes caras
apresentam um padrão novo de
evolução e o pessoal continua, mas
existe uma interação. É muito vivo,
não há fórmula, receita. Precisa
estudar o caso.
Ambiente Vivemos uma época de
customização. Uma marca lida com
customização?
RG Compre um carro e veja isso de
perto. Antigamente, customizar
custava caro. Hoje não. É de fazer o
(Henry) Ford virar na tumba.
Ambiente Ela fica engessada?
RG Ele engessa de propósito.
Ambiente O fato de as pessoas
estarem mudando seus hábitos de
forma mais frequente, impactará na
forma como elas percebem as marcas
com as quais estão acostumadas?
RG Marca é um compromisso
intangível que vai ser materializado
com as tecnologias da época.
Ambiente E a inovação?
RG Inovação nasce da crítica. É
quando alguém diz: isto pode
ser mais rápido; pode ser mais
Ambiente O que pode influenciar
uma pessoa a mudar de opinião sobre
uma marca?
RG Tudo. Uma marca pode optar por
Revista Ambiente | Outubro 2013
um segmento, por um estilo ou uma
tecnologia que a pessoa não gosta.
Ela muda o conjunto de benefícios
ofertados. O que aconteceu quando
foi descoberto que o tênis da Nike
fabricado na China empregava mão
de obra infantil? O preço da ação caiu
20 pontos na bolsa de Nova Iorque.
Quem foi que provocou isso? As
crianças, que leram a notícia. A rede
distribuidora também deixou de
comprar, os investidores recuaram,
ou seja, não tem nada a ver com o
conforto, benefícios ou o preço do
tênis. Nada disso.
Ambiente Como ela contornou isso?
RG A Nike nunca tinha se dado
conta que a marca era muito maior
que a empresa (a Nike não tem
fábricas próprias). Doença vem para
desenvolver saúde, não é mesmo?
Depois disso ela se tornou a melhor
recrutadora, a melhor capacitadora
e a melhor fiscalizadora de
terceirizados no mundo. Ela
desenvolveu uma competência
de gestão dos terceirizados
extraordinária. Gerenciar a marca
atualmente tem um tanto de
criação de valor e um tanto de
gerenciamento de risco.
Ambiente Fazer propaganda basta
para recuperar uma marca?
RG De jeito nenhum. Primeiro precisa
saber o problema. Por que perdeu
valor? Por que perdeu confiança?
Por que perdeu clientes? Deve
ter perdido a criatividade. Precisa
reconectar as fontes de inspiração.
Começa dentro da empresa. É
preciso recrutar gente que tenha
as mesmas crenças da empresa,
os mesmos valores. Roteiro de
entrevista não pergunta quais são os
seus valores - em que você acredita,
por exemplo. Aí mora o perigo ou a
chance do sucesso. O branding fala
em procurar o perfil do profissional
da marca; que fala das habilidades,
das competências e dos valores.
Ambiente Muitos especialistas já
falam em um Novo Branding, com
estratégias cada vez mais focadas em valores. É verdade?
RG Sim. A gente vive uma época de muita inovação.
De muito aprendizado. Produzindo conhecimento
sobre todos os aspectos; ciência, corpo humano,
natureza, numa velocidade absurda. Estamos vendo
que muitas coisas que acreditávamos estarem certas,
estavam erradas. Antigamente, as pessoas vendiam
produto numa faixa de preço e num ponto de venda
em que a propaganda falava dos benefícios: dura mais;
é mais gostoso. O produto é que era vendido. Nesse
ritmo de inovação, mudam-se os benefícios, os canais
de distribuição. Você precisa ter compromisso com o
consumidor que não é o produto em si, mas a marca.
Inicia-se o processo de intangibilização. O compromisso
da marca é a eficiência, a franqueza, o meio ambiente e
a agilidade, que ela vai entregar com a tecnologia que
for, com o canal que for, com a variedade que for.
Ambiente Os fabricantes de aparelhos de celulares são
exemplos típicos disso?
RG Exatamente. Veja o exemplo da Unilever. Quando
estragava a roupa a pessoa queria reclamar com o
senhor OMO, que não existia. Ela tinha 1600 marcas de
produtos e você não sabia da marca Unilever. Na medida
em que a sociedade foi evoluindo e os consumidores
foram vendo seus direitos, ela amadureceu e começou
a relação do consumidor com a marca corporativa.
Chegou a tal nível de gerenciar a relação que nem era
mais o produto apenas; era com a empresa que tinha
algumas competências: de qualidade, de práticas
socioambientais corretas, de distribuição, política de
preço justo. Não importa o produto que a Unilever
vai fazer. Esses produtos serão beneficiados por essas
competências corporativas. Quando a empresa leva
isso ao mercado, ela já tem o benefício de saber que
a dona de casa, ao ver que um determinado produto
é da Unilever, tem 15% de intenção de compra desse
produto, sem saber que produto é. É o que se chama de
goodwill (ativo intangível) que faz com que se reduza
o custo de crescimento da empresa ou do produto. É
por isso que no branding marca é tratada como ativo
estratégico e não como instrumento de marketing.
Instrumento de marketing é simplesmente para
vender. O ativo estratégico reduz custo de crescimento.
Ou seja, não é só vender. É vender a um custo menor.
“Toda organização
está sujeita a
acidentes de
percurso. Quando
acontece alguma
crise este é o
momento no qual
a marca exibe seus
valores.”
Revista Ambiente | Outubro 2013
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Cases
O projeto baseado no
compartilhamento de estações
de trabalho pedia um mobiliário
funcional e moderno.
Espaços compartilhados
Solução
O novo momento da empresa com a inauguração da nova
sede e a integração dos profissionais pedia um mobiliário
que oferecesse a funcionalidade e a modernidade,
propostas num projeto de compartilhamento de estações
de trabalho. Dessa forma, os móveis Marelli mostraram-se a
escolha mais adequada para compor as áreas operacionais
e gerenciais, além de salas de reunião e treinamento,
trazendo aos ambientes interação, versatilidade de layout,
conforto e estética.
12
Revista Ambiente | Outubro 2013
1
1 – Seguindo o conceito open space, com
estações de trabalho amplas e pequenas
divisórias, a linha Open foi a escolhida para o
conforto dos usuários nas Salas de Treinamento.
2
2 – A identidade visual da empresa foi
reforçada com a aplicação das cores da marca
nas divisórias das Salas de Treinamento,
possibilidade que a linha Open oferece.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Cases
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Projeto
Ficha Técnica
Foram adotadas cores neutras para as estações
de trabalho a partir da linha Job, um mobiliário
contemporâneo que une praticidade e eficiência,
ajudando a organizar e simplificar o dia a dia.
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Revista Ambiente | Outubro 2013
Cliente: AES Brasil
Local: Barueri - SP
Instalação do projeto: Setembro de 2012
Área total: 16.000 m²
Postos de trabalho: 1.600 postos
Produtos utilizados: Linhas Open e Job
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Cláudia Andrade
e Marcos Azevedo – Andrade Azevedo Arquitetura Corporativa
Loja responsável pela execução: Marelli São Paulo – Vila Olímpia
Fotos dos ambientes: Arnaldo Pereira
Situação
A AES Brasil, empresa do Grupo AES Corp.,
atua no setor elétrico brasileiro, desde 1997,
com empresas de geração, comercialização
e distribuição de energia: AES Eletropaulo,
AES Sul, AES Uruguaiana e AES Tietê. A
empresa necessitava reunir em um mesmo
espaço os 1.600 funcionários que estavam
espalhados em quatro locais. Por isso,
foi instalada uma nova sede para que os
colaboradores estivessem integrados num
único prédio, este com sete andares no
bairro Alphaville.
Foto: Luiz Fernando Macian
O objetivo primordial
era a centralização da
empresa em um único
endereço para padronizar
as instalações com maior
qualidade e conforto
para seus funcionários
e reforçar a imagem da
empresa em relação às suas
preocupações ambientais e
de inovação.
Cláudia Andrade e Marcos Azevedo,
sócios-diretores da Andrade Azevedo
Arquitetura Corporativa
Cases
Com a inauguração da nova sede veio
a necessidade de renovar o mobiliário
corporativo do ambiente para abrigar a
equipe de forma sinérgica e confortável.
Integração renovada
Solução
A expansão da empresa e a inauguração da nova
sede originou a necessidade de renovar o mobiliário
corporativo. Assim, entraram em cena os móveis Marelli
para possibilitar maior integração entre as equipes, aliando
ergonomia e design em um espaço de 650 m².
O novo projeto foi pensado visando à reestruturação dos
ambientes com um mix de produtos que trazem harmonia
e praticidade. A capacidade de adaptação dos layouts é
outra característica marcante do projeto, privilegiando a
mobilidade nos locais e propiciando fácil readequação das
estações de trabalho.
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Revista Ambiente | Outubro 2013
1
1 – No Staff, a versatilidade no gerenciamento dos
cabos que a linha Open oferece torna o ambiente
mais organizado e amplia a otimização do trabalho. As
cadeiras Vegas primam pelo bem-estar de quem as utiliza,
oferecendo a ergonomia necessária para longos períodos.
2
2 – As mesas da Direção e da Sala de Reuniões
confeccionadas com tampo Teka, opção na linha Open,
dão um toque sofisticado e diferenciado ao projeto.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Cases
17
Projeto
Ficha Técnica
Os painéis divisórios da linha Reasons permitem a
privacidade visual ao mesmo tempo em que possibilitam
a interação entre os funcionários, em uma configuração
flexível das estações de trabalho.
18
Revista Ambiente | Outubro 2013
Cliente: Agriness Sistemas de Tecnologia da Informação
Local: Florianópolis - SC
Instalação do projeto: Abril de 2013
Área total: 650 m²
Postos de trabalho: 50 postos
Produtos utilizados: Linhas Open, Reasons e Vegas
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico:
Guilherme Moki – Guilherme Moki Arquitetura
Loja responsável pela execução: Marelli Florianópolis
Fotos dos ambientes: André Alem Gómez
Situação
A Agriness, fundada em 2001, é uma
empresa de Tecnologia da Informação
voltada para soluções e modelos de gestão
para o Agronegócio, com forte atuação no
ramo da suinocultura. Consolidando-se cada
vez mais como uma empresa de inteligência
de negócios referência na área, a Agriness
vem expandindo seus negócios. Nesse novo
cenário veio a necessidade de modernizar
as instalações em uma nova sede, agora
própria, para abrigar a equipe, de forma
sinérgica e confortável.
Foto: Arquivo pessoal
Dentro do conceito
aplicado à Agriness,
os produtos Marelli
atenderam a todas as
exigências do projeto,
através do design e da
funcionalidade, agregando
muito ao resultado
final e responderam às
expectativas do cliente.
Guilherme Moki, arquiteto e diretor
da Guilherme Moki Arquitetura
Cases
Integrar as equipes e racionalizar
os espaços para trabalhar grandes
projetos foi o desafio desta obra.
Sofisticação na medida certa
Solução
A criação de uma empresa pública para gerir o transporte
e a logística no país requeria a implantação de sua sede em
um curto período de tempo. Para mobiliar os ambientes,
era indispensável realizar rapidamente o projeto de
forma a atender com design e praticidade aos 220 postos
de trabalho, além das salas de reunião e conferência,
recepção, presidência e diretoria. Esse objetivo foi
alcançado com uma combinação de produtos Marelli,
que demonstram por meio da inovação e da praticidade a
importância do trabalho do novo órgão.
20
Revista Ambiente | Outubro 2013
1
1 – A racionalização dos espaços no Staff foi
conseguida com a aplicação da linha Open, que
1 traz em seu design a simplicidade e a interatividade
necessárias à equipe de trabalho, além do bem-estar
oferecido pela cadeiras da linha Energy.
2
2 – Na Sala de Conferências, as mesas componíveis
da linha Sistema Z permitem a mudança de layout
conforme a necessidade da reunião, enquanto as
cadeiras Vegas dão o toque sofisticado ao ambiente.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Cases
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Projeto
Ficha Técnica
Cliente: EPL - Empresa de Planejamento e Logística S.A.
Local: Brasília - DF
Instalação do projeto: Janeiro de 2013
Área total: 3.600 m²
Postos de trabalho: 220 postos
Produtos utilizados: Linhas Open, Reasons, Sistema Z, One,
Perfecta, CXO, Boss, Energy e Vegas.
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Sérgio Borges –
Atiwa Arquitetura
Loja responsável pela execução: Marelli Brasília
Fotos dos ambientes: Clausem Bonifácio Filho
A Diretoria da empresa conta com um mix de produtos em
sua sala, somando o que de melhor oferecem os móveis
das linhas Sistema Z, One, Perfecta, Vegas e Energy.
22
Revista Ambiente | Outubro 2013
Situação
Criada em 2012, a EPL – Empresa de
Planejamento e Logística é um órgão
público federal constituído para estruturar
e qualificar o processo de planejamento
integrado de logística no país, interligando
rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e
hidrovias. A sede da nova organização,
que ocupa uma área total de 3.600 m²,
precisava abrigar e integrar as equipes para
trabalharem de forma conjunta em grandes
projetos, além de racionalizar os espaços
que poderiam sofrer modificações de
acordo com a necessidade da empresa.
Foto: Clausem Bonifácio
Tínhamos um prazo muito
curto e precisávamos de
uma empresa que pudesse
atender às demandas de
mobiliário com um padrão
de qualidade compatível,
custo acessível e prazo de
entrega de acordo com o
cronograma definido. A
Marelli conseguiu atender a
todos os requisitos e, assim,
pudemos nos dedicar à
inovação do projeto.
Sérgio Borges, arquiteto e diretor
da Atiwa Arquitetura
Revista Ambiente | Outubro 2013
23
Cases
A reestruturação do ambiente e
das equipes de trabalho requeriam
otimização dos espaços e melhor
acomodação da fiação dos
equipamentos.
Open space multimídia
Solução
Com 60 anos completos em 2013, a El Deber vive um
momento de crescimento em circulação e em publicidade,
o que permitiu investimentos nas mídias digitais da
empresa. Com isso, veio a exigência de integrar as equipes
de profissionais para que trabalhassem sob o conceito de
multimídia, aumentando a produtividade e a velocidade
com que a informação é produzida e repassada. Nesse
sentido, a troca do mobiliário era urgente, situação que
foi resolvida com a agilidade e a qualidade presentes
na marca Marelli, cujos produtos foram escolhidos para
otimizar os espaços, aproximar os funcionários e acomodar
a fiação dos equipamentos.
24
Revista Ambiente | Outubro 2013
As cores claras selecionadas na linha Open
trazem leveza e funcionalidade, enquanto os
painéis divisórios na cor institucional da empresa
oferecem privacidade sem isolar os membros da
equipe. As cadeiras da linha Active proporcionam
conforto para os cerca de 130 funcionários que
precisam trabalhar de forma conjunta e em
regime de plantões.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Cases
25
Situação
Fundada em 1953, a El Deber é uma
empresa de comunicação social com a
maior circulação de periódicos na Bolívia,
entre revistas e jornais. Ocupando uma
área de 388 m², o grupo empresarial
projeta expandir os negócios a partir da
reestruturação do espaço e da reformulação
das equipes, além do fortalecimento
da marca. Em um primeiro momento
apenas a parte de jornalismo passou por
modificações, planejando-se integrar à área
os setores administrativos e comercial.
Foto: Arquivo pessoal
O cliente precisava otimizar
seu espaço, melhorar
a circulação, setorizar
áreas, aumentar salas de
reunião, melhorar áreas de
arquivamento, ordenar seu
cabeamento, e todos estes
pontos foram atendidos no
projeto.
Marco Justiniano, arquiteto e gestor
da Marelli Santa Cruz de la Sierra
Projeto
Ficha Técnica
Cliente: El Deber
Local: Santa Cruz de la Sierra – Bolívia
Instalação do projeto: Novembro de 2012
Área total: 388 m²
Postos de trabalho: 127 postos
Produtos utilizados: Linhas Open, Sistema Z, Active e Mix
Arquiteto especificador e projeto arquitetônico: Carolina Rios
e Marcelo Valverde
Loja responsável pela execução: Marelli Santa Cruz de la Sierra
Fotos dos ambientes: Daniela Eguez
26
Revista Ambiente | Outubro 2013
Ferenc Szelepcsenyi / Shutterstock.com
Competências
humanas como
diferencial
Imagine uma orquestra. Cada músico toca um
instrumento diferente e contribui com uma
parte da música que encanta quem ouve.
Imagine, então, que nessa orquestra todos
tocam de ouvido. A música acontece com
muitas imperfeições. Suponha agora que os
músicos toquem através de uma partitura.
A música acontecerá com maior harmonia
e perfeição. Do mesmo modo funciona
uma organização. As competências de cada
Destaque
profissional podem ser comparadas à partitura
que rege a banda e ajudará as pessoas a
compreenderem melhor o seu papel.
A analogia é do professor e diretor geral de
Recursos Humanos da Universidade de São
Paulo (USP), Joel Dutra, especialista em um
modelo de gestão que busca auxiliar as pessoas
e a empresa a definirem com maior precisão
o que se espera delas – a chamada gestão por
competências.
Revista Ambiente | Outubro 2013
27
Estabelecer uma relação ganhaganha, em que profissionais e
organizações andem de mãos dadas
para atingir metas e objetivos, é um
desafio constante e cada vez mais
presente na vida das empresas de
todos os segmentos e portes.
As novas gerações, em especial, – e
todos os profissionais que desejam
ver seu trabalho reconhecido
– associam carreira à satisfação
individual e à valorização das próprias
potencialidades. Nesse cenário, mais
do que estratégias para maximizar
resultados, as ferramentas de gestão
de recursos humanos, quando bem
adotadas, podem ser peça-chave
para o desenvolvimento contínuo
de pessoas e empresas.
A dificuldade se dá quando não
está claro o que é esperado de
determinado profissional ou se o
28
Revista Ambiente | Outubro 2013
perfil desejado pela empresa não
corresponde àquele que a pessoa
apresenta no cargo. Alinhar essas
necessidades é imprescindível para
o sucesso de qualquer negócio
– e para a satisfação pessoal de
qualquer um.
É nesse contexto que surge a
gestão por competências, uma
metodologia que mapeia o capital
humano por meio da identificação
de competências profissionais e
pessoais, e que procura conhecer
possíveis
gaps
que
estejam
interferindo negativamente no
alcance dos níveis almejados de
desempenho. Mais do que isso, a
gestão por competências permite
localizar talentos internos e
desenvolver habilidades necessárias,
componentes essenciais quando
se fala em um mercado focado em
resultados.
Em outras palavras, a gestão por
competências pode ser traduzida
como um sistema de práticas
de recursos humanos voltado à
excelência do desempenho e ao
desenvolvimento
permanente
de competências técnicas e
comportamentais. Tido como uma
evolução das práticas de RH que
vem ocorrendo na última década nas
organizações de ponta do mundo,
esse modelo de gestão inova ao
trazer métricas que vão além da
usual percepção gerencial.
“A ideia é simples: não se administra
aquilo que não se conhece. Para
isso, faz-se necessário conhecer
os colaboradores através de
medidas objetivas. Deve-se medir o
desempenho do indivíduo, avaliar
suas competências frente aos
desafios da sua função e atividades e estimular o desenvolvimento
permanente de novas competências, que farão a empresa ter
sucesso no presente e no futuro”, ensina o consultor Pedro Paulo
Carbone, diretor da Inteletto, empresa especializada em programas
de gestão por competências, e professor da Fundação Getulio
Vargas (FGV) e do Centro de Superación de Havana (Cuba).
Sendo o primeiro modelo de gestão de pessoas integralmente
voltado ao desempenho, o sistema de gestão por competências
apoia-se na prática do gerenciamento de performance, podendo
utilizar-se de mecanismos de avaliação conjugados a métodos de
incentivo por remuneração variável.
Na Marelli, o programa de remuneração que leva em conta
competências e habilidades é uma realidade desde 1999 e promoveu
uma verdadeira quebra de paradigmas. A implementação exigiu
um detalhado levantamento de informações e atingiu todos os
níveis hierárquicos da organização. A ideia inicial era premiar os
profissionais que apresentavam performance superior e ajudar
a desenvolver as competências necessárias para cada cargo,
com base em critérios claros e com a participação de todos os
envolvidos. Atualmente, remunerar de acordo com a evolução
dessas competências é apenas uma das ferramentas utilizadas.
Adair Citton, gestor de RH, enfatiza o conceito de remuneração
total, que inclui benefícios flexíveis e participação nos resultados.
“A preocupação que cada profissional da Marelli deve ter com
desenvolvimento técnico é fundamental”, entende.
“Esse modelo de gestão de pessoas reconhece que a criação de
conhecimento na empresa é uma fonte de vantagem competitiva
sustentável”, complementa Carbone. Diferente de um simples plano
de cargos e salários, que consiste, muitas vezes, em uma prática
isolada, a gestão por competências configura-se em um sistema
sinérgico de ações de alta performance. “Os cargos normalmente
descrevem as tarefas e atividades da pessoa, já as competências
procuram descrever as entregas da pessoa e como essas entregas
devem ser efetuadas”, pormenoriza Dutra.
REFLEXO NOS RESULTADOS
Em ambientes organizacionais cada vez mais competitivos, onde
as diferenças são obtidas por meio de vantagens milimétricas, as
pessoas fazem toda a diferença. Identificar se o profissional tem as
qualidades comportamentais e técnicas exigidas para a função que
desempenha e se está pronto para lidar com diferentes níveis de
complexidade e desafios ainda maiores torna-se vital e é tendência
nas organizações, assegura o professor.
Pesquisas têm comprovado que pessoas mais satisfeitas são mais
produtivas e lucrativas para as empresas. “Naturalmente, se a
organização consegue explicitar com clareza suas expectativas
sobre as pessoas é possível obter maiores resultados”, afirma o
especialista. Profissionalização dos quadros, alinhamento dos
objetivos de gestores, acionistas e profissionais, e clarificação
das metas que sustentam o negócio estão entre os benefícios da
utilização do método. “O principal resultado é existir parâmetros
mais adequados para avaliação, desenvolvimento e valorização das
pessoas”, resume o professor da USP.
Como
implantar a
gestão por
competências?
O primeiro passo para implementar
um projeto de gestão por
competências é formar o pessoal da
área de RH no tema. “Introduzir esse
tipo de tecnologia de gestão sem
um preparo adequado da equipe
interna é insucesso certo”, previne
o consultor e professor Pedro Paulo
Carbone. Em seguida, é a hora do
diagnóstico, quando se mapeiam
as competências desejadas e as
que os colaboradores já possuem.
Logo após implanta-se o sistema
de avaliação de competências e
desempenho, o primeiro enquanto
um instrumento qualitativo de
avaliação do comportamento de
entrega do profissional e, o segundo,
tomando por base o plano de
metas individuais e das equipes de
trabalho, alicerçado em indicadores
quantitativos.
A partir daí implementa-se o
sistema de desenvolvimento
de competências, enfocando
os gaps a serem preenchidos. É
possível estruturar um sistema
de aprendizagem para o
compartilhamento de competências.
A última etapa é a implantação da
remuneração por competências,
baseada em um sistema de avaliação
do desempenho.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Destaque
29
Destaque
De geração em
geração: o complexo
processo DA
Sucessão Familiar
Empresarial
Segundo dados do Sebrae – Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas, cerca de 85%
das empresas do país são familiares. Nesse cenário
em que este perfil de empresa predomina, é esperado
que a maioria das empresas consolidadas no mercado
passe por processos sucessórios. Diante dessa situação
depara-se com muito mais do que a escolha de um novo
líder empresarial. Estão em jogo também a manutenção
da fonte de renda da família e a continuidade do sonho
do empreendedor que a fundou.
Por isso, o processo de sucessão familiar nas empresas
é tão complexo e envolve diversos aspectos como
jurídicos, psicológicos e de gestão. Pesquisas apontam
que de cada 100 empresas com perfil familiar, apenas
30 delas sobrevivem à segunda geração e somente
cinco à terceira. Assim, a profissionalização do processo
de sucessão configura-se como a melhor alternativa
30
Revista Ambiente | Outubro 2013
para a perpetuação dos negócios e a harmonia da
família. Este recurso permite, sobretudo, diferenciar os
interesses familiares dos empresariais, estabelecendo
limites claros na gestão e diminuindo possíveis
conflitos.
A contratação de profissionais especializados no
assunto facilita a separação entre racional e emocional
e, com isso, auxilia na identificação de quem se encaixa
no perfil da empresa para assumir o seu comando.
“A profissionalização do processo ajuda a resolver
muitas situações que não estão transparentes e que,
se não trabalhadas, tendem a provocar sérios atritos,
tanto no ambiente empresarial quanto no familiar”,
observa a psicóloga organizacional Letícia Becon
Vargas, consultora estratégica comportamental pelas
empresas Sucessor RH e Planef Consultoria, ambas em
Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
As dúvidas
Quando a empresa/família decide iniciar o processo
de sucessão, muitos e diversos são os desejos e
as preocupações que pairam sobre a cabeça do
fundador. “Podemos apontar que o receio de gerar
conflitos com os familiares por abordar assuntos
difíceis, o medo de perder o poder e de que alguém
tome o seu lugar deixando-o de lado, fazem com
que o fundador adie essas discussões”, analisa o
advogado Jairo Silva Melo, especialista em Direito
Empresarial e sócio da Ciclos Empresas Familiares,
em Maceió, Alagoas.
Os herdeiros também passam por variados
sentimentos e dúvidas como a pressão para
assumir um negócio com o qual não se
identificam, gerir a empresa à sombra do
fundador ou serem constantemente comparados
a ele. “É preciso que o herdeiro que assume
como sucessor tenha um envolvimento com a
gestão do negócio, tenha um sentimento de
pertencimento com aquela empresa. Ele deve
ser aceito e respeitado pelos funcionários, e não
ser conhecido somente como o filho do dono”,
afirma a psicóloga Letícia.
Para os especialistas em sucessão familiar
empresarial não existe um momento ideal para
iniciar a transição. Algumas vezes o processo
começa quando os filhos são ainda crianças, com
o pai instigando o interesse deles pelo negócio
da família; outras vezes o processo ocorre a partir
de um fator emergencial, como doença ou morte
do fundador. O mais indicado, segundo eles,
é que esta decisão parta do próprio fundador,
ainda em vida, e seja de comum acordo entre os
envolvidos.
O advogado Jairo avalia que o planejamento
sucessório deve estar integrado ao planejamento
estratégico e financeiro da empresa. “O
enfrentamento das questões que envolvem a
sucessão, o quanto antes, ainda é a melhor forma
de evitar uma lacuna no poder. Essa atitude é
um claro sinal de concretização do desejo de
perpetuar o legado do fundador do negócio
familiar, pois é mais comum do que parece não
haver sucessor para os negócios na própria
família do fundador.”
“A profissionalização do
processo ajuda a resolver
muitas situações que não estão
transparentes e precisam ser
trabalhadas”, avalia a psicóloga
Letícia Vargas.
O que para a psicóloga Letícia não deve ser
motivo para desentendimentos: “às vezes,
o melhor sucessor é um funcionário que
fez carreira na empresa, que possui laços
de lealdade e que, além da competência
técnica exigida, tem competência política. É
um processo longo, que vai amadurecendo
até se achar alguém, familiar ou não, com
perfil adequado para seguir com o projeto
do fundador. Porém, também acontece de
a melhor solução para todos ser mesmo a
venda da empresa.”
A decisão
Assim, para que a empresa siga de forma
competitiva no mercado e os laços familiares
permaneçam fortalecidos, a transparência e a
harmonia são elementos primordiais ao longo
de todo o processo de sucessão empresarial e
também após a conclusão dele. Independente
da decisão tomada pela família, seus
desdobramentos devem ser formalizados por
meio de algumas ferramentas. O advogado
Jairo cita algumas delas: protocolos familiares,
instituição de Conselhos de Família e de
Conselhos de Administração, formalização
de reuniões e deliberações dos sócios ou
acionistas em atas, alteração de contratos e
estatutos sociais das sociedades empresárias,
entre
outros
instrumentos
jurídicos
necessários para assegurar as deliberações da
família.
Família essa que repassa seus valores nos
negócios tendo a empresa como uma
extensão da casa. De acordo com a psicóloga
Letícia, o atual perfil de família reflete na
sociedade e isso inclui o mercado empresarial.
“Antes, tínhamos pais que se aposentavam
cedo, até pela expectativa de vida ser
menor, e filhos que saíam de casa cedo para
constituir suas próprias famílias. Hoje, os pais
param de trabalhar cada vez mais tarde e os
filhos postergam a saída da casa deles pela
comodidade e segurança proporcionada.
Tudo está interligado. É um ciclo.”
Para o advogado Jairo
Melo, “o enfrentamento das
questões que envolvem a
sucessão, o quanto antes,
ainda é a melhor forma de
evitar uma lacuna no poder.”
Foto: Arquivo pessoal
Domingos
Ricca
Entrevista
Domingos Ricca, sócio-diretor da DS Consultoria Empresarial e Educacional e da Revista Empresa Familiar, conversou
com a revista Ambiente para esclarecer alguns pontos a respeito da sucessão familiar empresarial. Autor de livros
sobre o tema, o especialista aponta que existem fatores fundamentais e específicos para que este complexo processo
ocorra de forma tranquila e profissional. Confira a entrevista:
Revista Ambiente Quais são os fatores que mais
facilitam e os que mais dificultam o processo de sucessão
familiar numa empresa?
Domingos Ricca A identidade de uma empresa
familiar está pautada em quatro pilares, que foram
adotados pelo fundador no início do negócio:
Credibilidade, Perseverança, Liderança e Cultura.
Garantir a perpetuação dessas bases, transmitindo-as
aos sucessores, é o principal meio para perpetuar os
negócios de família. A grande vantagem dos processos
de sucessão familiar está no fato do sucessor entender
perfeitamente quais são os valores impressos na
empresa. A cultura da empresa familiar está respaldada
em valores, atitudes e comportamentos validados na
família e transferidos para o meio organizacional. O
32
Revista Ambiente | Outubro 2013
sucessor que cresceu neste núcleo familiar assimila a
cultura da empresa com mais facilidade. Uma questão
importante a ser considerada é que, em qualquer que
seja o modelo de sucessão implementado na empresa
familiar, haverá a necessidade de conduzir o processo
de maneira profissional, deixando de lado os aspectos
emocionais. Isso é o que chamamos de Profissionalização,
e não o fato de trazer um profissional de fora da família
para assumir um cargo de comando.
Ambiente As empresas familiares tiveram importante
papel como base da história da economia brasileira. Hoje,
quais são os principais desafios e perspectivas desse tipo de
empresa?
DR A passagem da segunda para a terceira geração é
o momento em que filhos, genros,
noras, netos, são inseridos na
dinâmica empresarial, o que pode
comprometer a gestão corporativa
em função de desentendimentos
e competições. A mortalidade
precoce que aflige muitas empresas
de natureza familiar é decorrente de
conflitos entre parentes, causados,
principalmente, por disputas pelo
poder. Este é o cenário perfeito para
compradores de todo o mundo que,
por meio de fusões e aquisições
adquirem, muitas vezes a preços
módicos, um negócio já consolidado.
Não se deve transferir discussões
de família para os corredores da
empresa, nem levar o ambiente
empresarial para os encontros
familiares informais. As discussões
de família envolvendo os negócios
pertencentes a ela devem ser
realizadas e mantidas nas reuniões
do Conselho de Administração. Para
evitar que os conflitos prejudiquem
o desenvolvimento da companhia,
é necessário que esta possua uma
administração bem estruturada,
vinculada aos princípios de
transparência, equidade e prestação
de contas, bases da Governança
Corporativa.
Ambiente Como a profissionalização
da sucessão familiar empresarial pode
colaborar para a permanência e o
crescimento delas?
DR O importante não é contratar
um administrador profissional para
a empresa familiar, mas fazer com
que a família assuma uma postura
profissional diante dos negócios.
Ser profissional é estabelecer regras
e obedecê-las. Outra questão
importante é a seguinte: não é viável
contratar quem não possa demitir. É
preciso ser competente para gerir
um empreendimento. A gestão do
negócio tem de ser profissional.
Existe um ditado que retrata bem
a falta de profissionalização nas
empresas familiares: “Pai rico, filho
nobre, neto pobre.”
“O importante não é contratar um
administrador profissional para
a empresa familiar, mas fazer com
que a família assuma uma postura
profissional diante dos negócios.”
Ambiente A partir do seu
conhecimento na área, empresas
familiares que passaram por
processos sucessórios possuem mais
ou menos longevidade e sucesso que
as empresas não familiares?
DR Duas questões podem fazer
com que as empresas familiares
sobrevivam e se mantenham
saudáveis por longo prazo. Se estas
bases forem respeitadas, a empresa
familiar pode ter uma longevidade
tão grande quanto aquelas que não
são:
- A empresa deve ser tratada como
empresa, sem fazer aflorar nas
dependências da organização,
conversas e discussões inerentes à
família. A família deve estar restrita
ao âmbito familiar e ser tratada como
família, sem que haja a interferência
de problemas profissionais que
poderão dissolver a solidez desta
relação. A propriedade deve ser
respeitada, pois conflitos sérios que
possam rachar a família, também
podem fragmentar o patrimônio
que levou muito tempo e esforço
para ser construído;
- As mudanças sempre ocorrem.
Entendendo isso, é possível
observar que a empresa de ontem
pode não se adaptar ao mercado
atual. Implementar valores e uma
mentalidade
desenvolvimentista
faz com que as pessoas sejam
mais flexíveis a variáveis internas
e externas e mantenham um grau
de adaptabilidade crucial para a
perpetuação dos negócios.
Ambiente Qual é o melhor momento
para uma empresa familiar iniciar o
processo sucessório?
DR O processo de sucessão está
pressuposto a partir do momento
que os herdeiros começam a atuar
na empresa. A transição deve ser
conduzida dentro dos seguintes
parâmetros:
- Quando ainda há a presença do
fundador (a melhor sucessão é
aquela que tem o fundador no
comando);
- Quando a segunda geração já está
em atuação na empresa;
- Monta-se o Conselho de
Administração e aloca-se a família
neste Conselho, que pode ser criado
independentemente do tamanho
da empresa. Esta é a forma mais
adequada de se tratar os assuntos da
empresa dentro da própria empresa;
- Prepara-se um sucessor com o perfil
do cargo e da empresa (vínculo com
os valores do fundador);
- Só então oficializa-se o sucessor.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Destaque
33
Lançamentos
Beleza e
modernidade
para receber
os bons
negócios
34
Revista Ambiente | Outubro 2013
A solução perfeita para salas de recepção e espera, lounges,
áreas de descompressão e ambientes corporativos está na
poltrona Prima, a mais nova opção da linha Recepção no
que diz respeito à ergonomia e modernidade.
Desenvolvida com materiais nobres como o alumínio
e o aço inox, a Prima demonstra a atenção da Marelli
na busca permanente pela inovação, apresentando um
design diferenciado e a possibilidade de composição em
duas cores: uma para o encosto e outra para o assento.
São mais de 20 cores disponíveis em catálogo para criar a
composição que mais se adapta ao perfil institucional.
Para assegurar o conforto, a poltrona foi desenvolvida
em formato de concha, propiciando aconchego para
quem a utiliza. Também possui assento com função de
autorretorno, voltando para a posição inicial após o uso, o
que proporciona melhor organização ao espaço. Além de
bonita e confortável, o produto ainda tem acabamento em
PP e revestimento em tecido e poliuretano.
Mais uma opção
para quem
exerce o poder
Linha One com novo
acabamento Tamburato
O design de linhas retas e a ampla superfície de trabalho
oferecidos pelo mobiliário da linha One traduzem requinte
e ousadia, integrados a características funcionais e estéticas
que ambientes de alto nível exigem. E agora a linha conta
com mais uma alternativa para compor o ambiente de
quem toma as decisões mais importantes da organização:
é o novo acabamento Tamburato, um material que
acompanha tendências mundiais de design, aliando beleza,
praticidade e economia em conjuntos de mesa.
O Tamburato apresenta características de leveza,
resistência e respeito à natureza, pois utiliza em sua
composição madeira prensada, matéria-prima certificada
e ecologicamente correta, o que atesta a preocupação
ambiental e sustentável dos produtos Marelli.
Conforto para
a coletividade
1001i
Integrante da linha de cadeiras Vegas, a Marelli está trazendo
ao mercado a Vegas 1001i, com encosto em tela e mola
autoajustável, proporcionando maior comodidade. Possui
apoia-braços com ajuste horizontal de profundidade. A
prancheta é escamoteável e possui dois porta-objetos com
nichos para clip e para copo e porta-canetas. Para facilitar
alterações de layout rápidas, a cadeira conta com rodízios nas
ponteiras dos pés traseiros. E para favorecer a organização,
acompanha conectores para o alinhamento de fileiras. Além
disso, tem assento rebatível, que possibilita o acoplamento
horizontal, propiciando ágil recolhimento e armazenagem.
Tudo para permitir infinitas possibilidades em ambientes
como salas de treinamento, auditórios e anfiteatros.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Lançamentos
35
Mercado
A Marelli Ambientes Racionais possui a maior rede especializada
em mobiliário corporativo da América Latina, somando 41 lojas que
disponibilizam a marca. Em 2013, a empresa passou a oferecer seus produtos
em oito novas praças: três delas em novos Estados (Rondônia, Mato Grosso
e Alagoas); uma nova operação no Rio de Janeiro para atender aos Órgãos
Públicos; a sexta loja no Estado de São Paulo; a segunda em Santa Catarina;
e a nova loja que vai prover o mercado corporativo de todo o Chile. Veja no
mapa quem são os gestores das novas lojas:
Lojas em operação
Brasil
Marelli | Aracaju (79) 3246.2263
Marelli | Belém (91) 4006.5000 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Belo Horizonte (31) 3225.7667
Marelli | Blumenau (47) 3326.7463
Marelli | Brasília (61) 3321.5151 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Campinas (19) 3255.2000
Marelli | Campo Grande (67) 3043.7335
Marelli | Caxias do Sul (54) 3228.2911 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Cuiabá (65) 3624.3856
Marelli | Florianópolis (48) 3244.7100
Marelli | Fortaleza (85) 3241.0532
Marelli | Goiânia (62) 3087.4066
Marelli | João Pessoa (83) 3133.4000
Marelli | Joinville (47) 3433.4133
Marelli | Maceió (82) 3235.6011
Marelli | Natal (84) 4006.5757 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Novo Hamburgo (51) 3593.9509
Marelli | Porto Alegre (51) 3019.1010 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Porto Velho (69) 3224.6734
Marelli | Recife (81) 3325.0897 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Ribeirão Preto (16) 3234.3292
Marelli | Rio de Janeiro (21) 2524.2584 (loja certificada ISO 9001)
Marelli | Rio de Janeiro - Órgãos Públicos (21) 2532.3389
Marelli | Salvador (71) 3358.5895
Marelli | Santo André (11) 4436.8000
Marelli | São José do Rio Preto (17) 3304.5989
Marelli | São Luís (98) 3235.0244
Marelli | São Paulo - Faria Lima (11) 3035.1434
Marelli | São Paulo - Moema (11) 5051.7311
Marelli | São Paulo - Órgãos Públicos (11) 2061.8077
Marelli | Sorocaba (15) 3031.3001
Marelli | Teresina (86) 3233.9144
Marelli | Uberlândia (34) 3215.0050
Marelli | Vitória (27) 3314.6777
Marelli | Porto Velho
Gestor: Jander Azevedo
Marelli | Campo Grande
Gestor: Celso Moreira
Exterior
Bolívia - Marelli | La Paz (591) (2) 211.4358
Marelli | Santa Cruz de la Sierra (591) (3) 359.8808
Chile - Marelli | Santiago (562) 227.59920
Paraguai - Marelli | Asunción (595) (21) 60.6057
Peru - Marelli | Lima (51) (1) 717.6396
Uruguai - Marelli | Montevideo (598) (2) 403.0832
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Revista Ambiente | Outubro 2013
Marelli | Chile
Gestor: Freddy Teodovich
Marelli | Maceió
Gestores:
Hiran Malta e Flávio Andrey
Marelli | Rio de Janeiro
Órgãos Públicos
Gestores: Marcelo e
Graça Lugão
Marelli | SÃO PAULO FARIA LIMA
Gestores: João Figueira e Sílvia Serbe
Marelli | Sorocaba
Gestor: Samir Oliveira
Marelli | Blumenau
Gestor: Carmo Ziehlsdorff
Revista Ambiente | Outubro 2013
Mercado
37
São Paulo Corporativa
Encurtamos distâncias para
você ampliar a produtividade.
Para suprir as necessidades do maior
centro de negócios do Brasil, a
Marelli está qualificando ainda mais o
atendimento da sua rede de lojas em
São Paulo.
A Marelli dividiu a cidade em duas
regiões, são duas lojas para o
atendimento de empresas privadas.
Além disso, possui uma loja com foco
para atender empresas públicas.
São Paulo Corporativa
Rede Exclusiva
Marelli em São Paulo.
Zona Norte
Marginal Tietê
Rua Belmonte
R2
Av. Dr. Arnaldo
R1
Zona Oeste
Marelli São Paulo
Faria Lima
Av. Brig. Faria Lima, 1800 - 10º andar
Pinheiros - CEP 01451-001 - São Paulo - SP
Fone (11) 3035.1434
Gestor: João Figueira e Sílvia Serber
Centro
Av. Paulista
Av. Santo Amaro
Av. Brig. Luís Antônio
Av. dos Bandeirantes
Zona Leste
Av. Afonso Taunay
Av. dos Imigrantes
Para dúvidas e
informações, entre em
contato com a fábrica:
[email protected]
0800 720 9999
R2
R1
Zona Sul
Marelli São Paulo
Moema
Av. Eucaliptos, 532 - Moema
CEP 04517-050 - São Paulo - SP
Fone (11) 5051.7311
Gestor: Anir Deco
e-mail: [email protected]
R3
Marelli São Paulo
Órgãos Públicos
Rua Leôncio de Carvalho, 306 - Conjunto 101
Paraíso - CEP 04003-010 - São Paulo - SP
Fone (11) 2061-8077
Gestor: Tadeu Fernandes
e-mail: [email protected]
Marelli. Há 30 anos,
transformando escritórios em
espaços cheios de vida.
www.marelli.com.br
Artigo Técnico
A COR NOS
ESPAÇOS
CORPORATIVOS
Por João Carlos de Oliveira Cesar *
Os escritórios, ou os espaços corporativos,
nos últimos 60 anos vêm sofrendo profundas
alterações na forma como são concebidos. De
alguma maneira, sempre refletem a cultura
das empresas, como se estruturam, como são
administradas e como encaram as suas relações
de trabalho.
Até o final dos anos 1950, independentemente
da atividade, esses ambientes reproduziam
o chamado ‘fordismo’, ou o sistema de
produção industrial, onde as mesas se
colocavam enfileiradas e os documentos
circulavam de mesa em mesa, com uma
valorização da hierarquização. Os ambientes
não apresentavam qualquer preocupação
com a chamada ‘qualidade ambiental’,
seja no que tange à ergonomia aplicada
ao mobiliário ou ainda nas questões de
conforto térmico, acústico, lumínico, etc.
apresentando, consequentemente, um baixo
índice de produtividade. Não havia qualquer
preocupação com os aspectos visuais, embora
Revista Ambiente | Outubro 2013
normalmente muitos compensassem com janelas que
permitiam uma integração com o exterior.
Já nos anos 1960, com o surgimento do chamado
‘landscape office’ ou os escritórios abertos, os espaços
corporativos começaram a apresentar uma maior
preocupação com a qualidade ambiental, com forte
foco nas questões ergonômicas. Ainda, a ambientação
era relegada a um segundo plano, gerando, em muitos
casos, ambientes monocromáticos e frios. Os espaços
apresentam iluminação fluorescente, de alta temperatura
de cor, em substituição à iluminação natural reduzindo
substancialmente a faixa do espectro cromático,
tornando os espaços cada vez mais impessoais. Há uma
supervalorização da hierarquia nas empresas, dada pelo
tamanho da superfície de trabalho e altura do espaldar
da cadeira.
Com o desenvolvimento da Tecnologia da Informação
(TI), os escritórios precisam se adequar a uma nova
forma de trabalho. Já não há mais papéis circulando, as
lajes corporativas são cada vez maiores, os custos mais
elevados e percebe-se que a melhoria no ambiente de
trabalho pode propiciar maior ganho de produtividade.
Há necessidade de se pensar o espaço não mais como
um depósito de pessoas, mas como um lugar agradável
onde as pessoas possam desenvolver as suas atividades,
de forma a suportar um grau de pressão e cobrança como
nunca antes houvera. A qualidade do espaço passa a ser
fundamental, sob o risco de se perder colaboradores
preciosos. A cor assume um papel no processo de
concepção desse novo espaço de fundamental
importância. Surgem escritórios como os do Google,
nos Estados Unidos, quebrando antigos paradigmas e
gerando novas possibilidades.
As cores têm um importante papel na ambientação,
na medida em que remetem sempre a uma relação do
homem com a natureza. Ao colocar um ser humano
em ambientes de longa permanência, quanto mais
monocromático for o ambiente, mais ele se sentirá
isolado do seu ambiente natural. Isto não quer dizer
que ambientes corporativos devam ser multicoloridos,
mas o ideal é que sempre apresentem alguma variação
cromática, se o que se pretende é gerar uma sensação
de acolhimento.
Muitos critérios podem ser adotados na escolha das cores.
Um deles é perguntar para quem aquele ambiente será
feito. Muitas vezes ele é feito para impressionar o cliente,
reforçando uma sobriedade ou por vezes valorizando
aspectos de alta tecnologia. Outras vezes, para o
funcionário. Outras, ainda, para acalmar o acionista. Para
cada caso, um tipo de composição cromática.
Outro critério pode ser em função do tipo de atividade.
Escritórios de advocacia, cuja atividade exige um
altíssimo grau de concentração para leitura e escrita,
podem requerer um tipo de composição cromática,
normalmente de baixa saturação, diferente de uma
agência de propaganda, cuja atividade requer uma
postura mais criativa e que se adapta melhor com maior
variação de matizes.
Empresas de telemarketing que apresentam um alto
índice de ocupação e ruído, diferem de um escritório de
projetos de engenharia e exigem estudos específicos
visando adequar as cores a cada espaço. O importante é
considerar o tipo de iluminação, se natural ou artificial, e
se de alguma forma as cores podem compensar alguma
deficiência.
Alguns psicólogos recomendam que nesse tipo de
ambiente, os espaços sejam claramente definidos e
percebidos e para isso é bom que o piso seja mais
escuro que as paredes e estas mais escuras que o teto
(combinação muito usada em hospitais no exterior).
Arquitetos desenvolveram projetos de instalações de
empresas em grandes espaços abertos, com resultados
bastante significativos, aplicando alguns conceitos
urbanísticos, onde as cores foram de grande utilidade.
Um exemplo são os chamados ‘pontos de referência’,
tão importantes nas cidades e que numa grande área de
escritório podem ser úteis, ou seja, aquelas referências
de localização, que fazem que de qualquer ponto do
ambiente as pessoas sempre saibam onde estão. Até
mesmo conceitos de ‘bairros’, esquina, etc.
O importante é que as cores não sejam usadas de forma
personalizada. O ideal é que se evite, por exemplo, usar
as cores do logotipo da empresa em todo o escritório,
no mobiliário, nas paredes, nas persianas, pois nem
sempre são as mais adequadas. Ou então as cores que
o administrador goste, com todo o respeito, podem não
ser as que se adaptem melhor aos objetivos da empresa
naquele momento.
Nem sempre, dependendo do tamanho do espaço e do
orçamento, é possível ter uma palheta de cores muito
grande à disposição. Por vezes, sair de padrões pode
implicar em custos e prazos maiores. Cabe a quem está
desenvolvendo o projeto ser criativo, pois é possível
desenvolver projetos de instalação de empresas, criando
espaços com boas condições ambientais, mesmo com
todas as restrições encontradas, e torcer para que, em
curto espaço de tempo, possamos chegar ao padrão
das empresas americanas e europeias, onde as opções
cromáticas são muito maiores, certamente por exigência
de um mercado consciente da importância da cor no
espaço corporativo.
* Doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e professor da
Universidade de São Paulo
Revista Ambiente | Outubro 2013
41
Divulgação IPT
Perfil
Por Fernanda Giannotti da Silva Ferreira
e Alessandra Lorenzetti de Castro *
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas
e sua atuação no desenvolvimento
da construção sustentável
A construção civil tem papel fundamental para atingir os
objetivos do desenvolvimento sustentável, uma vez que
o setor consome grande quantidade de recursos naturais
e gera expressiva quantidade de resíduos sólidos e gases
poluentes, não só na fase de extração das matériasprimas, mas também na fabricação, transporte, uso,
manutenção e descarte.
Segundo a Agenda 21 para Construção Sustentável,
publicada em 1999 pelo International Council for Research
and Innovation in Building and Construction (CIB), os
principais desafios da construção sustentável envolvem:
processo e gestão, execução, consumo de materiais,
energia, água e impactos no ambiente urbano e no meio
ambiente natural, além das questões sociais, culturais e
econômicas.
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de
São Paulo, em particular o Laboratório de Materiais de
Construção Civil, desenvolve projetos voltados para a
construção sustentável, entre eles o aproveitamento de
resíduos de construção e demolição (RCD) e de resíduos
de cerâmica vermelha (RCV). O primeiro é baseado
na obtenção de um cimento alternativo a partir das
frações finas de RCD, enquanto o segundo contempla a
aplicação do RCV como adição mineral para a produção
de cimentos compostos, concretos e blocos de concreto.
Essas novas tecnologias permitirão produzir cimentos de
baixo custo e reduzido impacto ambiental.
Estima-se que a geração de RCD na região metropolitana
da cidade de São Paulo é de aproximadamente 11
milhões de toneladas/ano, calculada com base no Índice
de Desenvolvimento Humano e dados disponíveis entre
1995 e 2005. As rotas convencionais atuais de reciclagem
de RCD, apesar de importantes para solucionar o
problema ambiental das cidades, são capazes de gerar
apenas brita graduada de baixa qualidade. Através do
42
Revista Ambiente | Outubro 2013
cimento obtido pela tecnologia proposta no projeto
em curso, tornam-se possíveis novos usos do RCD,
como base de pavimento estabilizada, revestimentos
de pavimentos e reaterro quimicamente estabilizado de
valas de água e de esgoto dentro da malha urbana.
Em relação ao RCV, as perdas em processos de fabricação
de produtos como blocos de vedação e telhas são,
em grande maioria, superiores a 5%. Considerando
a produção nacional de itens de cerâmica vermelha,
estima-se que a quantidade de resíduo gerada seja
superior a 50 toneladas/mês, o qual atualmente é
vendido sem qualquer beneficiamento para execução
de bases e sub-bases de pavimentos de estradas vicinais.
Com o intuito de reduzir passivos ambientais gerados
pelas indústrias, diminuir custos operacionais e
agregar valor aos produtos, pesquisas contemplando
o aproveitamento de RCV como adição mineral para
cimento e concreto estão em desenvolvimento. O
emprego de adições minerais com o objetivo de
melhorar as propriedades de argamassas e concretos
tem aumentado, e contribui para a sustentabilidade
porque subprodutos industriais são reciclados, emissões
poluidoras durante a produção são reduzidas, matériasprimas são preservadas e energia é economizada.
Além desses, há projetos multidisciplinares nos quais
diferentes unidades do IPT estão envolvidas, como a
busca de alternativas para redução das emissões de
CO2 pela indústria de cimento e a avaliação do ciclo de
vida de materiais da construção civil, buscando adquirir
dados ambientais que auxiliem na seleção dos materiais.
A fim de aplicar a sustentabilidade na construção civil, é
imprescindível a incorporação de inovações pelo setor.
* Doutoras em Ciências e Engenharia de Materiais e
pesquisadoras do IPT
Bruna Cicarelli
Espaço do Arquiteto
Por Dante Della Manna e Antonio Mantovani Neto*
Ambientes de trabalho
lúdicos e funcionais
A evolução da atividade humana provocou mudanças
nos espaços onde o homem exerce suas tarefas e passa
a maior parte do dia. Hoje, cada vez mais, os ambientes
de trabalho são reflexo do mundo dos negócios e da
sociedade em que estão inseridos. As multitarefas
cotidianas passaram a exigir espaços diferenciados, com
condições de conforto e requerimentos funcionais e
estéticos específicos. Os escritórios tornaram-se locais
dinâmicos e de alta sinergia e conectividade.
Estudos científicos comprovam que espaços agradáveis,
bem planejados e equipados com mobiliário, iluminação,
acústica e conforto térmico adequados favorecem a
harmonia e o bem-estar e, consequentemente, elevam
os níveis de produtividade.
Ao planejar os espaços corporativos, em especial o
projeto de mobiliário, é preciso observar atentamente
três importantes pontos:
- as adaptações tecnológicas para a utilização eficiente
das novas ferramentas e facilidades proporcionadas
pelos avanços constantes da tecnologia, que trazem
novas demandas e necessidades para os escritórios;
- a conceituação de uso e de ocupação do espaço, que
deve permitir soluções que atendam aos requerimentos
do projeto e das atividades dos usuários;
- os acabamentos, que requerem versatilidade nas cores
e materiais para proporcionar um espaço agradável e
harmônico.
Além disso, um grande desafio é fazer com que o
escritório seja um espaço mais lúdico, aconchegante
e acolhedor, porque nessa área é muito fácil cair
na armadilha de um projeto apenas funcional. Os
ambientes de trabalho requerem vida, personalidade,
funcionalidade e aconchego. Acrescentaria ainda que
requerem sofisticação do projeto, o que não significa
ser mais caro ou usar materiais e produtos de alto valor.
Significa, sim, ter uma atitude e um planejamento mais
refinado do projeto, com um design mais sofisticado e
não apenas funcional.
O mercado caminha, indubitavelmente, para a
customização. Esse conceito, cada dia mais presente nos
mais variados segmentos, nos proporciona refinamento
do projeto, criatividade, ludicidade e personalização do
espaço de acordo com a atividade e a identidade de cada
negócio e organização.
Os fabricantes que entenderem essa necessidade como
uma oportunidade de negócios, de gerar valor e uma
forma de se diferenciar, levarão vantagem. Felizmente,
hoje, o mercado nacional está bem servido de soluções
para atender à dinâmica dos novos espaços corporativos.
Os fabricantes evoluíram bastante nos últimos 10 anos
e conseguiram acompanhar as demandas do mercado.
É claro que ainda temos pequenas deficiências e a
falta de alguns requerimentos que, conforme o grau
de sofisticação do projeto, exigem soluções trazidas
da Europa, Ásia ou América do Norte. Mas com o que
é ofertado pela indústria nacional, associado a fatores
como qualidade, prazo e confiabilidade das marcas,
temos todas as condições para planejar ambientes
de trabalho inovadores e prazerosos, cheios de vida,
conforto e ergonomia.
* Arquitetos e sócios da Dante Della Manna Arquitetura
Revista Ambiente | Outubro 2013
Espaço do Arquiteto 43
Boas Práticas Corporativas
Fotos: Divulgação Gafisa
Sustentabilidade
certificada
O Eldorado Business Tower, em São Paulo, que recebeu o selo Leed Platinum C&S, em 2009, já nasceu
com a premissa de ser um dos mais modernos do mundo e com preceitos ecologicamente corretos
Edificações ambientalmente responsáveis, que se
preocupam com questões que vão desde a redução da
poluição e a eficiência no consumo de água e energia
até a infraestrutura para uso de transporte alternativo,
são um desejo eminente e uma realidade que cresce
44
Revista Ambiente | Outubro 2013
no Brasil e no mundo todo. Com o intuito de garantir
projetos, processos e operações de construções
sustentáveis, aumenta o número de empreendimentos
que procuram o selo Green Building – conhecido como
“selo verde”.
Quarto no ranking mundial em número de edificações
em busca do selo verde com maior reconhecimento
internacional no setor da construção civil – a certificação
Leed (Leadership in Energy and Environmental Design) –
o Brasil possui 769 empreendimentos registrados e 109
certificados. Em breve, o país deve assumir a terceira
posição na lista pela média de empreendimentos
registrados mensalmente, desbancando os Emirados
Árabes Unidos e ficando atrás apenas da China e dos
Estados Unidos.
Criado e conferido pelo USGBC (United States
Green Building Council) há 13 anos, o Leed é o
sistema internacional de certificação e orientação
ambiental para edificações comprometidas com a
sustentabilidade, utilizado em 143 países. De acordo
com dados do GBC Brasil, ONG responsável por
promover a certificação no país e fomentar a indústria
de construção sustentável, ao todo são 130 mil
empreendimentos registrados no mundo, sendo 54 mil
comerciais. Desses, 37 mil já receberam o certificado,
dos quais 17 mil são comerciais. Os Estados Unidos são
os campeões em certificações: 16 mil prédios com o
selo estão lá. O Brasil ocupa o quinto lugar, perdendo
para EUA, China, Canadá e Índia.
Trazendo benefícios não apenas ambientais, mas
econômicos e sociais, as construções que levam em
conta os “critérios verdes” ganham com a diminuição
de custos operacionais, melhora na segurança e saúde
dos trabalhadores e ocupantes, uso racional dos
recursos naturais, entre outras vantagens.
No Brasil há oito categorias do principal selo de
construção sustentável, que variam conforme o tipo de
obra (veja o quadro na página seguinte). Os projetos
que desejam conquistar a certificação são avaliados
em sete dimensões. Cada uma delas apresenta
práticas obrigatórias, os pré-requisitos, e créditos –
recomendações que, quando atendidas, garantem
pontuações. O nível da certificação é definido pela
quantia de pontos adquiridos, podendo ir do certificado
(40 pontos) ao nível platina (até 110 pontos).
Já foi lançada a quarta versão do Leed, mais restritiva,
mas é possível utilizar a versão anterior até julho de
2015. A finalidade é elevar o grau de dificuldade sempre
que o mercado se atualiza ao ponto de conseguir o selo
com mais facilidade. O GBC Brasil oferece cursos de
capacitação focados no selo e em áreas específicas que
colaboram para a obtenção do certificado.
Selo Leed atesta internacionalmente
“construções verdes” que atendem a
critérios sustentáveis, com benefícios
ambientais, econômicos e sociais.
No site da organização (www.gbcbrasil.org.br) há
guias de referência e check lists das certificações.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Boas Práticas Corporativas
45
Foto: Divulgação GBC Brasil
As sete dimensões avaliadas
Espaço sustentável
Encoraja estratégias que minimizam o impacto no ecossistema
(1 pré-requisito e 26 pontos possíveis)
Eficiência do uso da água
Promove o consumo racional da água enfocando alternativas de
tratamento e reuso (1 pré-requisito e 10 pontos possíveis)
Energia e atmosfera
Enfatiza a eficiência energética nas edificações por meio de estratégias
simples e inovadoras (3 pré-requisitos e 35 pontos possíveis)
Materiais e recursos
Incentiva o uso de materiais de baixo impacto ambiental, redução de
resíduos e descarte consciente (1 pré-requisito e 14 pontos possíveis)
O Edifício JK, também em São
Paulo, é certificado nível ouro
no Leed EB-OM, de prédios já
existentes
Qualidade ambiental interna
Enfoca a escolha de materiais com baixa emissão de compostos
orgânicos voláteis, conforto térmico e priorização de espaços com vista
externa e luz natural (2 pré-requisitos e 15 pontos possíveis)
Inovação e processos
Incentiva a busca de conhecimento sobre Green Buildings e a criação de
medidas não descritas nas categorias do Leed (nenhum pré-requisito
e 6 pontos possíveis)
Créditos de prioridade regional
Leva em conta as prioridades regionais de cada país, conforme as
diferenças ambientais, sociais e econômicas (nenhum pré-requisito
e 4 pontos possíveis)
Categorias utilizadas no Brasil
1. Leed NC, para novas construções ou grandes projetos de
renovação.
2. Leed ND, para projetos de desenvolvimento de bairros,
englobando ruas, casas, escritórios, shoppings, mercados e
áreas públicas.
3. Leed C&S, para edificações que comercializarão os espaços
internos. Engloba toda a área comum do empreendimento,
assim como seu “esqueleto”.
4. Leed Retail NC e CI, para lojas de varejo.
5. Leed Healthcare, para unidades de saúde.
6. Leed EB-OM, para projetos de manutenção de edifícios já
existentes.
7. Leed Schools, para escolas.
8. Leed CI, para projetos de interior ou edifícios comerciais.
46
Revista Ambiente | Outubro 2013
Números no país
Atualmente o Brasil possui 109
empreendimentos certificados
em quatro níveis:
Selo Leed
Certified
(mais de 40 pontos)
Selo Leed
Silver
(mais de 50 pontos)
Selo Leed
Gold
(mais de 60 pontos)
Selo Leed
Platinum
(mais de 80 pontos)
21
34
51
3
Fotos: Divulgação
Perspectiva
Hotéis
flutuantes
O céu é o limite
O futuro prédio mais alto do mundo
começou a ser construído em junho na
cidade de Changsha, na China. A torre,
apelidada de Sky City, terá 838 metros
de altura, 10 a mais que o arranha-céu
mais alto da atualidade, o Burj Khalifa,
de Dubai. O edifício, desenvolvido pela
empresa chinesa Broad Sustainable
Construction, será considerado um
modelo para a urbanização chinesa na
verticalização de suas cidades. A sua
estrutura, com 202 andares, incluirá
escritórios, um hotel, uma escola e
um hospital, com acesso feito por 92
elevadores, escadas de 9,6 km e 17
heliportos.
O Catar, país sede da Copa do Mundo
de 2022, está considerando desenvolver
hotéis flutuantes para abrigar visitantes
durante os jogos. O conceito foi
desenvolvido como uma estratégia de
economia de espaço e uma estrutura
energeticamente eficiente, que acolherá
os visitantes mar adentro. O hotel terá um projeto independente de tratamento
de esgoto, geração de energia e reciclagem de lixo. O escritório de arquitetura
finlandês Sigge Architects, em parceria com a Global Accomodation Management,
será responsável pelos projetos.
Maior parque eólico no mar
O maior parque gerador de energia eólica
na água foi inaugurado, em julho, no Reino
Unido. Com uma área de 100 km², o London
Array é um gigante que emerge no Mar do
Norte com suas 175 turbinas aerogeradoras,
capazes de produzir energia suficiente para
abastecer quase meio milhão de casas por
ano. O projeto de 630mw é de propriedade
da empresa Dong Energy, da Dinamarca,
da alemã E.On e da Masdar, de Abu Dhabi.
Anualmente, segundo o consórcio, o parque eólico deverá evitar emissões
de 925 mil toneladas de CO2.
Edifício mais
correto
Estação de metrô
COm design
DE deserto
O King Abdullah Financial District Metro
Station é um projeto ousado da arquitetura
mundial, que deve ficar pronto em quatro
anos em Riad, capital da Arábia Saudita.
O projeto de 20 mil m2 é composto por
quatro andares com seis plataformas e
dois níveis de estacionamento para carros
no subsolo. O escritório de arquitetura
Zaha Hadid Architects é o responsável
pelo desenvolvimento do projeto, que tem
o design baseado em uma sequência de
ondas com composições inspiradas nos
padrões gerados pelos ventos do deserto
nas dunas de areia, onde as múltiplas
frequências e repetições geram complexas
formações naturais.
Dubai tem o edifício mais
ambientalmente correto do mundo,
segundo a certificação Leed Platinum.
O prédio em questão é o The Change
Initiative, uma loja de produtos
ecológicos de dois andares, com
estilo elegante que demonstra que a utilização de materiais sustentáveis na
estrutura não a torna necessariamente rústica. Além disso, ela comercializa
produtos relacionados com a conservação de energia, gestão de resíduos e
alimentos orgânicos.
Em formato de ovo
O Cybertecture Egg é um projeto que tem a intenção
de mostrar como um prédio seria no futuro. O prédioconceito tem 13 andares e enfrenta o desafio de criar
um escritório diferente de tudo o que já existe em
Mumbai, na Índia. O formato de ovo faz com que ocupe
de 10% a 20% menos área de superfície do que um
edifício convencional. Sua forma alivia, também, o
ganho solar do edifício. No topo há um jardim que realiza a dissipação de calor
a partir da superfície. Ele traz, ainda, uma turbina eólica que ajuda a gerar
eletricidade. Por fim, para reforçar o conceito sustentável, o prédio possui um
sistema que filtra a água para irrigação.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Perspectiva
47
Sustentabilidade
Reaproveitando a história
Fernando Stankuns
Materiais que seriam descartados são sinônimo de sustentabilidade
em projetos contemporâneos de arquitetura e decoração
Reforma de sobrado no Butantã fez uso de dormentes, peroba rosa e tijolos de
barro, preservando características de antigas construções
Construções sustentáveis, que unem cuidado com o
meio ambiente, tecnologia, customização e inovação. O
que um dia já foi uma residência ou espaço comercial
pode se transformar e voltar a compor a arquitetura de
um ambiente contemporâneo, preenchendo-o de vida
e consciência socioambiental. A madeira ou os tijolos,
que à primeira vista seriam descartados, ganham a
cena e status de objetos de decoração – quase uma
obra de arte preservada. É a reutilização de materiais
de demolição, opção que vai muito além da estética,
traduzindo um jeito de reduzir os impactos na natureza
e reaproveitar recursos esgotáveis. A tendência inclui
48
Revista Ambiente | Outubro 2013
até o uso de componentes que antes não faziam parte
do cenário da construção civil, como os containers
navais.
Seja com o apelo da afetividade trazida pelos materiais
que já fizeram parte da história de algum lugar, ou
atendendo a uma clara tendência de retorno ao
passado por meio de releituras de épocas antigas, o
reaproveitamento integra, cada vez mais, projetos
residenciais e comerciais. Presentes em execuções
capazes de conferir sofisticação aos espaços, as
iniciativas fazem um bem enorme ao planeta ao reduzir
o problema urbano da destinação dos resíduos sólidos.
Walda Marques
Walda Marques
Linha executiva do projeto do Sebrae no Polo Moveleiro
de Paragominas (PA), assinada pelo designer Carlos
Alcantarino, utiliza sobras de madeiras
Com cidades em permanente reconstrução, nem
sempre a preservação histórica e ambiental é uma
preocupação. No entanto, o aparente entulho de casas
demolidas pode revelar riquezas e emprestar graça a
novas criações.
Para o designer paraense Carlos Alcantarino,
reconhecido por trabalhos socioambientais com
materiais de descarte, essa é uma direção para a qual
o mundo todo está voltado. “Acabo de projetar uma
casa para mim onde o conceito da reciclagem foi
muito utilizado, seja nas vigas metálicas que foram
compradas em ferro velho ou no piso de tacos de
peroba arrecadados nas caçambas pela rua. Acho
inacreditável que as pessoas arranquem esse tipo de
piso e coloquem cerâmicas no lugar”, admira-se.
O aspecto rústico que pode ser explorado é um dos
atrativos desses materiais, mas para que o propósito
de diminuir o impacto ambiental seja atingido não
basta incluir no projeto coisas que iriam para o lixo. É
preciso encontrar fornecedores que estejam próximos
à obra (para reduzir a emissão de carbono gerado pelo
transporte) e estar atento aos acabamentos necessários.
“Quanto menor o deslocamento ou a transformação
do material, menor o impacto ambiental”, entende
a arquiteta e urbanista Mirian Vaccari, mestre em
edifícios sustentáveis e energeticamente eficientes
pela Oxford Brookes University. “Não adianta nada
trazer uma madeira do interior da Bahia para São Paulo,
por exemplo, pois a energia utilizada no transporte
acaba não compensando em termos ambientais se
comparado a um material novo de um fornecedor
local”, observa.
Defensora da ideia de que não existem projetos de
construção sustentáveis, e sim de baixo ou menor
impacto ambiental, Mirian lembra que cabe ao
arquiteto pensar em todo o ciclo de vida de um
edifício, desde a extração da matéria-prima até
a produção dos materiais, passando pelo uso de
energia, até a demolição e reutilização dos materiais
nele empregados. No caso do material de demolição,
a diminuição do impacto se dá tanto na obra de onde
ele foi retirado quanto na que ele se destina, já que não
é utilizada energia nem matéria-prima em uma nova
produção e o descarte não ocorre, deixando de gerar
entulho de construção.
Tirando proveito da resistência de madeiras nobres,
praticamente extintas no mercado e na natureza, como
a peroba rosa, é possível chegar a resultados únicos e
cheios de estilo. As possibilidades são infinitas. Com
criatividade e bom gosto consegue-se reaproveitar
quase tudo: tijolos, azulejos, ladrilhos, metais, madeiras
e até portas e janelas inteiras.
Na reforma de um sobrado geminado no Butantã,
em São Paulo, assinada por Mirian e pela arquiteta
Camila Pessoa, foi construído um banco de dormentes
Revista Ambiente | Outubro 2013
Sustentabilidade
49
Sustentabilidade
(madeiras de antigos trilhos de trem) na varanda e
deixados aparentes os tijolos de barro descobertos
durante a própria obra, no living. O piso dos dormitórios
é de peroba rosa. “O design sustentável é aquele que se
adapta ao longo do tempo e que considera as gerações
passadas e garante recursos para as gerações futuras.
Os materiais de demolição são exemplos de materiais
‘vivos’, reutilizados e desprovidos de grandes processos
industriais”, define a arquiteta.
Assim como a sustentabilidade por meio da reutilização
está presente em projetos arquitetônicos, o design
também se utiliza da reciclagem de materiais. Alcantarino
conta que logo percebeu que não poderia trabalhar
de outra forma. Na criação de uma linha de móveis
que utilizou sobras de madeiras para um projeto do
Sebrae no Polo Moveleiro de Paragominas (PA), cidade
estigmatizada pela devastação de florestas, mostrou aos
fabricantes locais que era possível produzir um móvel
mais leve e viável. “Acredito que eles mudaram a maneira
de pensar, entenderam a importância que é agregar valor
em um bem tão raro como é a madeira.”
É possível, ainda, aproveitar móveis antigos trocando
apenas portas e dobradiças e conferindo novo
revestimento. “Feitos de madeira maciça, e não
compensado ou MDF, é um crime transformá-los em
entulho”, opina a arquiteta Mirian. Mas é preciso estar
atento, pois, por terem se tornado tendência, existem
no mercado materiais intitulados de demolição que na
realidade não passam de produtos novos com aspecto
demolido. Nesse caso, o impacto é dobrado, pois são
usadas energia e matéria-prima para produzi-los e para
desgastá-los.
Israel Monteiro
Do mar para as construções
Recém-inaugurada, Cidade dos Containers da Feevale, no Rio Grande do Sul,
destina espaço à convivência dos estudantes.
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Revista Ambiente | Outubro 2013
Voluntary Architects Network e arquiteto Jurek Latka
A arquiteta Mirian Vaccari acompanhou, no
Japão, o trabalho do arquiteto Shigeru Ban,
que idealizou residências temporárias para
vítimas de desastres naturais com containers e
é pioneiro no uso de papelão como material de
construção
Tidos anteriormente como uma solução apenas
para instalações temporárias, com criatividade e
tecnologia os containers marítimos ganham novo
uso, transformando-se em soluções construtivas
práticas e modernas. Munidos de vantagens
como a rapidez e a limpeza da obra, em muitos
casos associadas ao custo menor de instalação,
se comparado a uma construção de alvenaria,
os compartimentos criados para transportar
mercadorias em navios já viraram conjuntos
residenciais, rede de lojas, escritórios e até espaço de
convivência de ambientes acadêmicos – e diga-se
de passagem, com muito conforto, funcionalidade
e sofisticação. A Universidade Feevale, de Novo
Hamburgo (RS), acaba de inaugurar a Cidade dos
Containers, espaço de quase 150 m2 que abriga
laboratórios, sala para exposições e até uma
temakeria – tudo em containers navais.
Mentora do projeto e coordenadora do curso
de Design de Interiores da Feevale, a professora
Luciana Néri Martins conta que foi preciso fazer
adaptações na parte interna para resolver questões
como conforto térmico. Profissionais especializados
e primor no acabamento são essenciais para o
sucesso desses empreendimentos. Já a necessidade
de instalação de ar-condicionado ou aquecedores
para tornar o espaço habitável é um complicador na
redução do impacto ambiental.
Os containers podem ser também um meio de
expandir os negócios. Prova é a trajetória do Grupo
Container, iniciada em 2008. Da necessidade de
ampliar os pontos de vendas de roupas, o empresário
gaúcho André Krai vislumbrou a oportunidade de
transformar velhos containers em boutiques, criando
uma rede de franquias com apelo sustentável inédita
no mundo. A ideia deu tão certo que, hoje, o grupo
atende a diferentes segmentos. Uma das empresas
do grupo é a Box Container, focada em projetos
de construção civil para diferentes necessidades,
inclusive escritórios de alto padrão para obras,
moradias, showrooms, entre outros.
Em Amsterdã, na Holanda, estudantes vivem em
apartamentos instalados em containers equipados
com banheiro, água quente, cozinha, varanda,
sistema de aquecimento e ventilação. O projeto,
batizado de Keetwonen, é um sucesso e se tornou
referência por ser considerada a maior vila de
containers do mundo.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Sustentabilidade
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Panorama
Marcas de Quem Decide 2013
Mais uma vez a Marelli é destaque na categoria “Móveis para
Escritório”, na pesquisa Marcas de Quem Decide 2013, realizada
pela Qualidata Pesquisas e Conhecimento Estratégico em
parceria com o Jornal do Comércio. Em sua 15ª edição, a
pesquisa ouviu 590 lideranças, sendo 60% proprietários e/
ou sócios de empresas, seguidos de gestores de negócios e
profissionais liberais de 47 municípios, em todas as regiões do
Rio Grande do Sul.
Marelli entre as
pequenas e médias
empresas
que mais
crescem
no Brasil
Marelli é Top Executivo
2013 no segmento de
móveis de escritório
Estar na lembrança dos gaúchos como a marca de móveis
para escritório líder no Rio Grande do Sul já faz parte do dia
a dia da Marelli há quatro anos. Mais uma vez a empresa foi
eleita Top Executivo 2013, na categoria Móveis de Escritório,
sendo mencionada por 19% dos entrevistados na pesquisa
espontânea de lembrança de marca. O Top Executivo integra o
Top of Mind | As Marcas do Rio Grande, levantamento realizado
pela Revista Amanhã em parceria com a Segmento Pesquisas.
A festa de premiação aconteceu no dia 13 de maio, em Porto
Alegre. Na foto, Ieda Bonness, diretora da Able Center, entrega
o prêmio Top Executivo 2013 para o gerente de vendas e
marketing da Marelli, Daniel Castilhos.
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Revista Ambiente | Outubro 2013
Bravence
Consolidada entre as companhias que
apresentam desenvolvimento permanente
e sustentável, a Marelli marca presença no
ranking das 250 Pequenas e Médias Empresas
que Mais Crescem no Brasil, segundo pesquisa
realizada pela Deloitte em parceria com a
revista Exame PME. Revelado em evento no
Sheraton São Paulo WTC Hotel, em 15 de
agosto, o levantamento traz as organizações
mais bem-sucedidas em suas estratégias
de expansão ao longo dos últimos três anos
(2010 a 2012). A Marelli acumula crescimento
de 36,6% no período pesquisado e uma
expansão média anual de 16,9%.
Top Marcas 2013
A Marelli é apontada também entre as marcas mais
lembradas do Brasil nas categorias “Mobiliário de
Escritório” e “Cadeiras” conforme o levantamento Top
Marcas 2013, promovido pela Revista Projeto Design e
Portal ArcoWeb. Foram coletadas as opiniões de 3.528
arquitetos, designers, construtores e estudantes de
todo o Brasil. A pesquisa aponta as três marcas mais
lembradas por profissionais da construção civil em 15
categorias de especificação.
Marelli padroniza
rede de lojas do
Brasil na Norma
ISO 9001
Das 41 lojas exclusivas da marca Marelli, sete delas
estão certificadas internacionalmente pela norma de
qualidade ISO 9001:2008. A Marelli Rio de Janeiro foi
a primeira loja a receber a recomendação, ocorrida
em novembro do ano passado. Em seguida vieram
as certificações das lojas de Brasília, Porto Alegre,
Recife, Natal, Belém e Caxias do Sul. As lojas passaram
por auditoria da certificadora DNV, num projeto
que objetiva padronizar e elevar a qualidade dos
serviços prestados aos clientes no ponto de venda. O
projeto segue com a implementação da norma nas
demais lojas da marca instaladas no país, sendo que
as unidades na Bolívia e no Uruguai já contam com
certificação ISO 9001 desde 2011.
Marelli é, pela oitava vez, uma das 150 Melhores
Empresas para Trabalhar no Brasil
A Marelli figura entre as 150 organizações brasileiras que mais esbanjam felicidade no
trabalho, apontadas no ranking do Guia Você S/A 2013 – As Melhores Empresas para
Trabalhar, uma das maiores e mais conceituadas pesquisas de clima organizacional do
Brasil. A Marelli participa desde 2003 da pesquisa, e nesses 11 anos foi premiada oito
vezes, sendo o quinto ano consecutivo. Também é a única representante do segmento de
mobiliário corporativo a despontar no ranking. A pesquisa é elaborada em parceria com
a Fundação Instituto de Administração, da Universidade de São Paulo. Nesse ano foram
avaliados os dados enviados por 481 empresas inscritas. Dessas, 234 foram selecionadas
para visitas técnicas feitas pela equipe do Guia, que ouviu 4,7 mil funcionários e apontou
as 150 campeãs. As companhias presentes no Guia conquistaram as melhores pontuações
no Índice de Felicidade no Trabalho (IFT), calculado com base no Índice de Qualidade no
Ambiente de Trabalho (que mede a percepção do funcionário sobre a empresa) e o Índice
de Qualidade da Gestão de Pessoas (que avalia o que a empresa oferece aos empregados).
A Marelli conquistou 77,7 de IFT.
Revista Ambiente | Outubro 2013
Panorama
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É muito bom trabalhar
num ambiente assim:
saudável
Marelli. Há 30 anos, transformando
escritórios em espaços cheios de vida.
www.marelli.com.br
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O mago que descomplica o branding Ricardo Guimarães