12
Aná­po­lis, de 06 a 13 de setembro de 2012
Geral
AIDS
Casos diminuem, mas 34 milhões
de pessoas ainda têm HIV no mundo
No ano passado o número de novas infecções chegou à casa dos 2,5 milhões. A descoberta de novos medicamentos
para o controle da AIDS é um dos fatores que inibiram o avanço da doença em todo o mundo
Nilton Pereira/com agências
O
último relatório da
ONU aponta que o
número de mortes por
AIDS, em todo o mundo, caiu
24% entre 2005 e 2011. O total de óbitos passou de mais
de 2,2 milhões há sete anos,
quando atingiu o ápice, para
1,7 milhão em 2011. Este
dado indica uma melhoria
no tratamento com remédios
antirretrovirais e na sobrevida dos pacientes. Na década
de 1980, o tempo de vida dos
soropositivos era, em média,
de cinco meses. Hoje, chega a dez anos ou mais. Em
2011, a quantidade de novos
infectados pelo vírus HIV foi
de 2,5 milhões de pessoas,
dado considerado baixo pela
ONU. Ao todo, 34,2 milhões
de pessoas no planeta são
soropositivas. O número,
relativo a 2011, é o maior já
verificado pela entidade.
De acordo com o Programa Conjunto das Nações
Unidas sobre HIV/AIDS,
34,2 milhões de pessoas
vivem com HIV no mundo, sendo 30,7 milhões de
adultos, 16,7 milhões de
mulheres e 3,4 milhões
de menores de 15 anos. A
África Subsaariana registra
o maior número de pessoas infectadas, com 23,5
milhões, seguida pela Ásia
Meridional e Sul - oriental,
com 4,2 milhões. A Oceania
tem a menor estimativa com
53 mil infectados. Na América Latina, são 1,4 milhão.
Em 2011, 2,5 milhões de
novas infecções foram identificadas no mundo, sendo
2,2 milhões em adultos e
330 mil em menores de 15
anos. O número representa
mais de sete mil novas infecções por dia e 97% delas
foram notificadas em países
de baixa e média renda.
AIDS em Goiás
O Sistema de Informação de Agravos de Notificação registrou, no Estado de
Goiás, desde o início da epidemia em 1984 até junho
de 2011, um total de 10.034
casos da doença em adultos
(maiores de 13 anos de idade) sendo 6.763 (67,4%) casos em indivíduos do sexo
masculino e 3.267 (32,6%)
no sexo feminino. No período compreendido entre
2001 e 2010 foram notificados 5.785 casos de AIDS em
indivíduos adultos (maiores
de 13 anos de idade), o que
representa 98,6% do total
de casos no Estado.
Desde a constatação do
primeiro caso, observaram-se
taxas de incidência crescentes até 1997 com posterior
declínio. A partir de 2000
foi possível observar flutuações nas taxas de incidência,
evidenciando o processo de
estabilização da epidemia,
uma vez que, as notificações
de casos novos de AIDS nos
últimos 10 anos vêm mantendo-se dentro dos limites
da variabilidade estatística,
com registro de uma média
anual de 579 casos novos.
Para o mesmo período as taxas de incidência variaram
entre 11,4 por 100.000 habitantes em 2009 e 16,4 por
100.000 habitantes em 2002
quando se observou o maior
registro de casos diagnosticados. Em 2010 a incidência
foi de 13,0 por 100.000 habitantes. A incidência dos casos, segundo sexo, evidencia
o processo de feminização
a partir de 1988. Naquela
ocasião, registravam-se 13
casos masculinos para um
caso feminino.
Nos últimos 10 anos a
AIDS mostrou predominância nos indivíduos do sexo
masculino, com taxa de incidência média anual de 17,5
casos por 100.000 habitantes.
Entre as mulheres, a taxa de
incidência média foi de 9,9
casos por 100.000 habitantes.
Tanto em homens quanto em
mulheres as maiores taxas de
incidência encontram-se na
faixa etária de 20 a 49 anos.
A razão de sexo (M:F) apresentou média de 1,8, isto é,
nove homens para cinco mulheres doentes. Dados preliminares de 2011 apontam
para uma razão de sexo de
2,2, ou seja, 11 homens para
cinco mulheres.
Mortalidade
Desde o início da epidemia o Sistema de Informação em Mortalidade registrou 4.068 óbitos por AIDS,
com coeficiente de mortalidade médio de 3,8 óbitos
por 100.000 habitantes. As
maiores taxas de mortalidade foram registradas nos últimos quatro anos com índices de 4,3 casos por 100.000
habitantes em 2008 e 2009.
Os dados de mortalidade nacionais revelam coeficiente de 6,2 casos por 100.000
habitantes nos respectivos
anos (dados do Ministério da
Saúde/2010). Em 2010, Goiás registrou um coeficiente
de 4,8 por 100.000 habitantes. Na população jovem, de
15 a 24 anos, residentes no
Estado, o primeiro caso foi
notificado em 1988, sendo
que até junho de 2011, foram diagnosticados 759 casos, dos quais 414 no sexo
masculino (54,5%) e 345 no
sexo feminino (45,5%). Assim, 7,5% do total de casos
notificados em Goiás desde
o início da epidemia ocorre-
ram em jovens, predominantemente do sexo masculino.
Por sexo
A razão de sexos em jovens de 15 a 24 anos, atualmente é de 2,2, ou seja, a
cada 22 homens com AIDS,
existem 10 mulheres em
igual situação. Quanto à incidência em jovens do sexo
feminino a maior taxa foi registrada em 2001 (10,8 por
100.000 habitantes) com
decréscimo de 77,8% em
2010 (2,4/100000 habitantes). Já no sexo masculino
observa-se manutenção das
taxas de incidência, com o
maior índice em 2009 (7,1
por 100.000 habitantes.
Download

No ano passado o número de novas infecções chegou à casa dos 2