Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
Parnasianismo, Interpretação e Gramática
N° 7
Professor: Sérgio Rosa
1.
“Por isso corre, por servir-me
sobre o papel,
a pena, como em prata firme
corre o cinzel.
Corre, desenha, enfeita a imgem,
a ideia veste:
cinge-lhe ao corpo a ampla roupagem
azul-celeste.”
O texto acima explica ideais estéticos da corrente:
a) barroca, pela sintaxe imperfeita, pelo excesso de imagens.
b) romântica, pelo idealismo, pela fuga à realidade que prega.
c) parnasiana, pelo enaltecido da perfeição formal.
d) simbolista, pelo uso de símbolos, pela preferência por um
vocabulário requintado e preciso.
e) modernista, pela linguagem direta, pela crítica implícita aos
modelos que lhe são anteriores.
2. O movimento poético da segunda metade do século XIX, que
se caracteriza pela preocupação com a correção da linguagem,
com a elegância da expressão e com a clareza é o:
a) Romantismo.
b) Naturalismo.
c) Parnasianismo.
d) Simbolismo.
e) Surrealismo.
3. Verifica-se, no Parnasianismo brasileiro:
a) exclusão da sentimentalidade romântica, embora não do
sentimento.
b) uma poesia pseudocientífica, com contêndias anarquizantes.
c) uma volta à sentimentalidade romântica, mas com metáforas
contidas.
d) uma negação total do sentimento, de acordo com os modelos
franceses.
e) uma religiosidade mística, que o reaproxima dos valores
morais da Idade Média.
4.
“E horas sem conta passo, mudo,
A olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.”
Conforme lembra o excerto, a preocupação em exprimir ideias e
pensamentos, o cuidado com rigor da expressão e o abandono
da visão sentimentalista do mundo são características mais
tipicamente visíveis na poesia:
a) dos ultrarromânticos.
b) simbolista.
c) religiosa do Barroco.
d) parnasiana.
e) experimental dos primeiros modernistas.
OSG.: 41384/11
5. A expressão “arte pela arte”, que designa a plena satisfação do
artista com o puro trabalho artesanal da linguagem, sem grande
aprofundamento do conteúdo, condensa os ideais estéticos da
corrente literária a que pertenceram:
a) Gonçalves Dias e José de Alencar.
b) Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
c) Manuel Bandeira e Graciliano Ramos.
d) Olavo Bilac e Raimundo Correia.
e) Cruz e Souza e Raul Pompéia.
● As questões de números 6 a 9 baseiam-se no texto apresentado
abaixo.
Texto
5
10
15
20
25
30
35
Se me pedissem uma definição do voto, eu diria que o
voto é o selo da cidadania; ou que é o atestado do cidadão.
Então, como é que se concilia a ideia de dar um diploma
de cidadão ao jovem que completa 16 anos, quando esse mesmo
jovem se mantém na condição de irresponsável perante a lei,
sob a alegação de que até aos 18 anos ele é ainda menor – ou
“de menor”, como diz o povo?
Se o jovem cidadão (ou cidadã) tem discernimento
suficiente para votar no Presidente da República, como não o
terá para distinguir o bem do mal, o crime da inocência – que
são conceitos muito menos complexos do que as avaliações
políticas que levam ao voto consciente?
Criancinha ainda, antes mesmo de saber o que é um
presidente, um governador, um deputado – essa criança já sabe
que é proibido roubar, ferir os outros e, acima de tudo, matar.
Então, depois da onda ecológica, as crianças cedo
aprendem a respeitar a vida, até a dos bichos – ou principalmente
dos bichos. Quanto mais a vida das pessoas.
É o absurdo da legislação civil que cria esse disparate
legal. Um jovem de 16, 17 anos, em pleno vigor físico de adulto,
capaz de exercer todas as atividades sociais do cidadão (e as
antissociais também), capaz de uma vida sexual plena, inclusive
gerar filhos, podendo já ser um atirador exímio, assaltante,
sequestrador e não apenas “avião” de traficante (que isso é
para crianças), mas traficante propriamente dito – esse adulto
indiscutível – é ainda irresponsável perante a lei – por ser “de
menor”.
Por isso mesmo toda quadrilha que se preze dispõe
de seus contigentes de supostos menores que podem matar,
estuprar, ferir, assaltar impunemente, até os 18 anos completos,
porque a lei os considera crianças. E os profissionais do crime,
aproveitando essa brecha da lei, cada dia usam mais “menores”
nas suas quadrilhas. E esses “menores” assumem até posições
de mando, já que adultos o são biologicamente, e só o olho
vendado da justiça os enxerga como infantes.
Seria isso um disparate se não fosse uma espécie de
conivência legal com o crime. Meninos ou meninas de mais
de 16 anos são responsáveis, sim. É o que nos ensina o bom
senso, a experiência, a lei biológica. Se pode exercer a cidadania,
votando, já é um cidadão, e como tal tem que ser responsável.
Rachel de Queiroz. O Estado de S. Paulo, D10, 28/09/02.
Parnasianismo, Interpretação e Gramática
12. (Med. Santos) Em que alternativa o termo destacado é objeto
direto?
a) Desta prova depende o teu futuro.
b) Cristo ofereceu uma esperança final a todos os homens.
c) Ofendeste a todos com aquelas palavras.
d) Dar-te-ei a resposta oportunamente.
e) De sábio ele se tornou ignorante.
6. O texto:
a) lamenta o fato de o menor já estar marcado com o selo da
cidadania.
b) contrapõe-se à condescendência da legislação relativa à
punição de menores.
c) evidencia a importância da atenção à ecologia na formação
da criança.
d) justifica a atitude de crítica do jovem eleitor perante a lei.
e) analisa as causas da incapacidade do menor em distinguir o
bem do mal.
13. (Cescea) Em “Amo Deus” e “Amo a Deus”, os termos
destacados são:
a) objeto direto o primeiro, e objeto indireto o segundo.
b) objetos diretos, ambos.
c) objetos indiretos, ambos.
d) objeto direto o primeiro, sendo incorreta a segunda oração.
e) não sei.
7. O texto afirma que:
a) os termos da legislação civil são inquestionáveis.
b) escapa ao menor a distinção entre crime e inocência.
c) o direito do voto é uma das configurações da cidadania.
d) o voto consciente resulta de uma formação política perfeita.
e) o respeito à vida é o que mais se exige do menor.
14. (Santa Casa) Observe as duas frases a seguir.
I. No ano passado havia passas no meu pudim.
II. No ano passado existiam passas no meu pudim.
8. Ainda de acordo com o texto:
a) a tolerância da lei explica a participação de menores em
quadrilhas.
b) os profissionais do crime dispensam o apoio do menor.
c) o menor não se envergonha de ser irresponsável perante a
lei.
d) as condições biológicas do menor contrastam com suas
posições de mando.
e) a impunidade incentiva a presença do crime organizado.
Em I, o verbo está no singular e, em II, está no plural porque,
quando é sinônimo de existir, o verbo haver:
a) tem sujeito e é transitivo direto.
b) tem sujeito e é intransitivo.
c) não tem sujeito e é transitivo direto.
d) não tem sujeito e é intransitivo.
e) tem sujeito, mas não tem objeto.
9. Observe as afirmativas que seguem.
I. São inconciliáveis a impunidade do jovem transgressor da
lei e o fato de esse mesmo transgressor exercer, pelo voto,
o direito de cidadania;
II. Os disparates legais geram situações abusivas que ferem
os princípios da justiça social;
III. O voto consciente implica discernimento mais aguçado do
que a percepção necessária para a distinção entre o bem
e o mal.
15. (PUC) Em: “Porque eu continuarei a chamar guerra a toda
esta época embaralhada de inéditos valores...”, as expressões
destacadas são:
1. guerra 2. a toda esta época embaralhada
a) objeto direto
objeto indireto
b) predicativo
objeto indireto
c) objeto direto
objeto direto preposicionado
d) predicativo
objeto direto pelonástico
e) objeto direto
objeto direto
16. (E. S. Propaganda e Marketing) “Quando percebi que o doente
expirava, recuei aterrado, e dei um grito, mas ninguém me
ouviu.” (M. de Assis)
Está de acordo com o texto o que se afirma em:
a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
10. Marque a opção em que os termos destacados mantêm entre
si uma relação morfológica e semântica.
a) “Como oceano encapelado” – O oceano parecia o capeta
de tão furioso.
b) “O busto admiravelmente cinzelado” – O busto parecia ter
sido talhado com cinzel.
c) “O busto (...) ergueu-se altaneiro” – O busto ergueu-se
cheio de altruísmo.
d) “A fisionomia (...) animou-se de luz insólita” – A luz da
fisionomia não tinha solitude.
e) “Os olhos extáticos alçavam-se cheios de esplendor” –
Os olhos estavam parados, como os de uma estátua.
A função sintática das palavras doente – grito – ninguém –
me é, respectivamente:
a) sujeito, objeto direto, objeto direto, objeto indireto.
b) objeto direto, sujeito, objeto direto, sujeito.
c) sujeito, objeto indireto, sujeito, objeto direto.
d) objeto indireto, objeto direto, sujeito, objeto direto.
e) sujeito, objeto direto, sujeito, objeto direto.
17. Assinale a alínea que não contém complemento nominal.
a) Agiu contrariamente às minhas ordens.
b) O regresso à Pátria é um sonho intangível.
c) O amor ao próximo deve sobrepor-se aos conflitos humanos.
d) Ofereci uma caipirinha ao bêbado.
e) Sua resposta ao examinador provocou palmas.
11. (E. S. Propaganda e Marketing) “Sorvete Kibon decora sua
cozinha. E dá nome às latas.” Os termos destacados são,
respectivamente:
18. Substitua os complementos verbais por pronomes pessoais
átonos.
a) sujeito, objeto direto, objeto indireto.
a) Comprei os navios. _________________________
b) objeto direto, sujeito, objeto indireto.
d) sujeito, sujeito, objeto indireto.
b) Falta aos homens fé. _________________________
c) Morreram os homens de fome. _______________________
d) Obedeço aos donos da casa. _________________________
e) objeto direto, sujeito, objeto direto.
e) Beijou as meninas. _________________________
c) sujeito, objeto indireto, objeto direto.
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Parnasianismo, Interpretação e Gramática
19. (UFSC) Observe o período abaixo.
Há carinho preso no cerne deste bom dia – pensa o poeta –
mas a moça não desconfia.
As palavras destacadas são, respectivamente:
a) sujeito, objeto direto, sujeito, objeto indireto.
b) sujeito, adjunto adverbial, objeto direto, sujeito.
c) objeto direto, adjunto adverbial, sujeito, sujeito.
d) predicativo do objeto, predicativo do sujeito, objeto indireto,
objeto direto.
e) objeto direto, objeto indireto, objeto direto, sujeito.
20. (Cescem) Assinale a análise correta do termo destacado.
A terra era povoada de selvagens.
a) Objeto direto.
b) Objeto indireto.
c) Agente da passiva.
d) Complemento nominal.
e) Adjunto adverbial.
GABARITO – Nº 6
1
2
3
4
5
c
a
e
d
e
6
7
8
9
10
c
d
b
a
b
11
12
13
14
15
d
c
d
d
b
16
17
18
19
20
e
d
c
d
a
3
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Anotações
OSG.: 41384/11
Dig.: Vic. 25/03/11 / Rev.: AR
4
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4138411 - linguagens para o enem n.7