BOLETIM CUSTOS E PREÇOS
Novembro de 2013
Milho: Neste mês o mercado de milho registrou comportamento diferenciado. Em
algumas localidades ocorreram quedas nos preços, caso do Paraná, e sustentação em
outras, como o Mato Grosso, por exemplo. Entretanto, no final do mês, a demanda
interna voltou a aquecer sustentando os preços do milho no Brasil. Indústrias
consumidoras que aguardavam quedas nos preços, em função do grande excedente do
produto, voltaram a ficar mais ativas no mercado. Segundo pesquisadores do Cepea,
isso ocorreu porque grande parte dos compradores está em regiões onde há déficit na
oferta de milho, casos de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que precisam
renovar seus estoques.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou o mês em R$ 26,45/saca de 60 kg, uma
variação positiva de 6,8%. Em Sorriso/MT, o preço do produto apresentou aumento de
14,4% em relação ao mês anterior, sendo comercializado a R$ 15,00 a saca de 60
quilos. Comparado com mesmo período do ano passado, os preços recuaram 33%. Em
Unaí/MG, o preço do grão manteve-se praticamente estável, apresentando leve
recuperação, de 0,2%, em relação ao mês anterior, sendo comercializado a R$ 23,53 a
saca. Entretanto, com relação a setembro de 2012, ocorreu uma desvalorização de 26%.
Em Londrina/PR, a cotação média da saca de 60 quilos aumentou 13% em relação a
outubro, sendo comercializada a R$ 21,94, valor insuficiente para cobrir a
desvalorização de 29,9%, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No mercado externo, a atenção continua voltada para dois pontos centrais: as variações
climáticas na América do Sul e as decisões sobre o Mandato do Etanol nos Estados
Unidos. Caso ocorra redução no uso do cereal para a produção de etanol, os EUA
poderão elevar o excedente exportável, ampliando a participação daquele país no
mercado internacional. A China, um dos maiores importadores globais de milho, deverá
reduzir drasticamente a compra do cereal dos EUA. Isso porque autoridades sanitárias
daquele país encontraram variedades de organismos geneticamente modificados não
aprovados por Pequim.
De acordo com dados divulgados pelo World Agricultural Outlook Board (WAOB), os
estoques de passagem mundiais de milho, para a safra 2013/2014, estão estimados em
164,33 milhões de toneladas, 21,85% superior aos da safra 2012/2013 (134,86 milhões
de toneladas). O consumo mundial passou de 860,30 milhões para 933,36 milhões de
toneladas, crescimento de 8,49%. A estimativa para a relação estoque/consumo, em
novembro, apresentou pequena elevação (1,14%) com relação à média de 15,24%
apresentada nos últimos três anos.
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Soja: Em novembro, o mercado interno de soja apresentou oscilações diferenciadas nos
referenciais de preços. Com as atenções dos produtores ainda voltadas para o plantio,
apenas negócios isolados foram registrados. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa
(produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) ficou estável na última
semana de novembro, a R$ 77,25/saca de 60 kg –o maior patamar desde setembro de
2012.
Segundo levantamento da Consultoria Safras & Mercado, até o final de novembro já
havia sido semeado 88% da área total projetada, 3% acima dos 85% que foi a média dos
últimos cinco anos. Em Sorriso/MT, a saca de soja foi comercializada, em média, a R$
63,40, mostrando leve valorização de 3,4% em relação ao mês passado, quando o
produto estava cotado em R$ 61,31. Em comparação ao mesmo período do ano anterior,
a cotação média do grão apresentou queda de 2,3%. Em Londrina/PR, o grão foi
comercializado ao preço médio de R$ 73,47, aumento de 1,6% em relação ao preço
praticado no mês de outubro. Com relação a novembro de 2012 os preços apresentaram,
em média, uma redução de 0,9%.
Segundo dados da Secex/MDIC, o Brasil exportou, em novembro, 647,9 mil toneladas
de soja, gerando receita de US$ 349,3 milhões contra US$ 819,7 milhões de outubro,
quando as exportações foram 56,9% maiores. No entanto, em relação a novembro de
2012, houve crescimento de 150% na quantidade exportada. E de 110% na receita. Em
novembro, o preço médio da soja exportada foi de US$ 539,20/tonelada, enquanto, em
outubro, esse valor era 1% maior (US$ 545,10). Na comparação com o mesmo período
de 2012, o recuo foi de 16% (US$ 641,60/tonelada).
No cenário internacional, o quadro é de preços sustentados. Isso porque a relação entre
oferta e consumo está bastante ajustada. Na visão dos os analistas, até a entrada efetiva
da safra sul-americana, o mercado deve enfrentar um aperto nos estoques. Segundo
números do USDA, do total de 39,5 milhões de toneladas projetado por aquele
Departamento - para ser exportado pelos EUA - 37 milhões de toneladas de soja (93%),
já estão comprometidas para o ano comercial que se encerra em agosto de 2014. No
final de novembro, o mercado externo apresentou oscilações mistas nos contratos
futuros do chamado complexo soja, com ganhos no grão (1,3%) e no farelo (6,7%) e
queda de 2,3% no óleo.
Os números do World Agricultural Outlook Board (WAOBO) indicam que, em
novembro, os estoques finais de soja estão em 70,23 milhões de toneladas, aumento de
16,84%, comparado com os volumes registrados na safra anterior (60,11 milhões de
toneladas). A estimativa de consumo passou de 258,44 para 270 milhões de toneladas,
representando aumento de 4% em relação ao ano anterior. Dessa forma, a relação
estoque/consumo ficou em 26,01%, valor superior em 2,4% à média registrada nas
últimas cinco safras.
Feijão: O mês de novembro apresentou pouco movimento de compradores e pequenas
negociações. Quase todas as variedades do feijão carioca apresentaram desvalorização
nos preços, mesmo sendo um período de entressafra com oferta reduzida. O preço do
feijão carioca extra ficou, em média, 10% abaixo do registrado em outubro e 41%
inferior ao registrado no ano anterior. O mercado nordestino vem suprindo suas
necessidades de consumo, com produtos originários dos Estados do Ceará, Sergipe,
Alagoas, Bahia e do agreste pernambucano, refletindo, desta forma, menor interesse de
compras na Região Centro-Sul e dificultando a melhoria das cotações. Em Unaí/MG o
feijão carioca foi comercializado a R$ 112,50 a saca de 60 quilos, valor 19,1% inferior
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ao registrado em outubro e 19,8% no mesmo período do ano passado. Como no mês
anterior, a demanda pelo feijão preto manteve-se retraída, com preços estáveis, sendo o
mercado abastecido praticamente com feijão importado da China. O feijão preto extra
foi cotado, em média, a R$ 162,50 e o especial a R$ 152,50. Nos estados do Rio Grande
do Sul e do Paraná, o preço médio da saca de feijão preto aumentou 1%, embora tenham
ocorrido quedas em alguns municípios. Nesses estados o preço pago aos produtores
está, em média, a R$ 142,00 a saca de 60 kg.
Café: De acordo com o Cepea, durante o mês de novembro o mercado de robusta no
Brasil apresentou sinais de recuperação nos preços. A maior necessidade de compra por
parte de alguns agentes e poucos vendedores ativos no mercado foram os responsáveis
por tal comportamento. Cabe registrar que, do início do ano até novembro, o café
acumulou desvalorização de 27% Na última semana do mês, o Indicador
CEPEA/ESALQ, para o robusta tipo 6, peneira 13, apresentou alta de 4% ( R$
209,92/saca de 60 kg). Em novembro este Indicador subiu 12,48%.
Com relação ao mercado de arábica, os preços da variedade também aumentaram no
final do mês. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na
capital paulista, fechou em R$ 254,87/saca de 60 kg. Em novembro, a recuperação nos
valores do arábica foi modesta, comparado com o robusta, de 5,31%. Em Luís Eduardo
Magalhães/BA, o preço do produto caiu 5,7%, com a saca sendo cotada a R$ 225,31
contra R$ 238,91 em outubro. Comparado com o mesmo período do ano anterior, o
preço do produto caiu 32,3%. A cotação média da saca de café, em Ribeirão do
Pinhal/PR, foi de R$ 219,69 em outubro. Queda de 6,9% em comparação ao mês de
outubro. Em Iúna/ES, a cotação da saca de café caiu 13,2%, sendo comercializada a R$
165,00. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior houve queda de 42,5% no
preço da saca. Em Santa Rita do Sapucaí/MG, a saca do produto foi comercializada a
R$ 232,50, 1,7% mais barata que no mês anterior (R$ 236,52). Com relação a novembro
de 2012 a desvalorização chegou a 31,7%.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) indicam que, nas três
primeiras semanas de novembro, foram exportadas 2,028 milhões de sacas de 60 quilos
de café em grão, com receita de US$ 280,9 milhões e preço médio de US$ 138,50 por
saca. Neste período de 2012 as exportações brasileiras de café totalizaram 2,503
milhões de sacas. Noticia relevante foi a decisão do Governo de permitir a renegociação
das parcelas vencidas e vincendas, no período de 1º de julho de 2013 a 30 de junho de
2014 para as operações de crédito rural referentes a custeio, investimento e
comercialização. A dívida poderá ser paga em até cinco parcelas anuais com a primeira
parcela devendo ser paga somente em 2015.
No cenário externo, cabe destacar a política de incentivos do governo colombiano, que
pagou, no último ano, US$519 milhões em subsídios diretos aos produtores, como
forma de compensar os baixos preços, insuficientes para cobrir os custos de produção.
Dados do USDA indicam que a produção colombiana, na safra 2013/2014, deve ser de
10,9 milhões de sacas de 60 kg. Aumento de 9,6% em relação à temporada anterior,
quando foram produzidas 9,95 milhões de sacas. Entretanto, os preços baixos e a
redução dos prêmios pagos no mercado internacional pelos cafés colombianos, devem
reduzir os tratos culturais e limitar o potencial de expansão da produção em anos
posteriores.
A Junta Nacional de Café (JNC) do Peru, divulgou que, em 2014 o país produzirá 3,6
milhões de sacas de 60 quilos de café em 2014, uma queda de 8% em comparação com
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a produção prevista para este ano e de 18% em relação à colheita de 2012. De acordo
com dados divulgados pela Organização Internacional do Café (OIC), entre janeiro e
setembro deste ano as exportações mundiais de café alcançaram 74,76 milhões de sacas,
1,4% inferiores ao mesmo período do ano anterior.
Algodão: Em novembro foi tranquilo o comportamento dos preços no mercado interno,
sem grandes variações nos referenciais das cotações. Na parcial do mês (até o dia 26), o
Indicador CEPEA/ESALQ acumulou elevação de 0,56%, com média de R$
68,91/arroba. Em Luís Eduardo Magalhães/ BA o preço médio da arroba apresentou
desvalorização de 2,5%: passou de R$ R$ 68,38, em outubro, para R$ 66,68. Com
relação a novembro de 2012, a valorização da cotação da arroba de algodão foi de
35,7%. De acordo com o Instituto de Economia Agropecuária (Imea), no acumulado de
2013 a Indonésia foi responsável por 21% do total de algodão exportado pela Bahia
(58,8 mil toneladas), seguida pela Coréia do Sul, 20%, e pela China, 17%.
Em Minas Gerais, o crescimento da produção de algodão poderá ser frustrada devido a
presença maciça na região da lagarta Helicoverpa armigera . A Conab prevê que a
produção de algodão, na safra 2013/2014, alcance 31,5 mil toneladas de algodão em
pluma. Um aumento de 19,5% em relação ao ano anterior (26 mil toneladas), No
período, a infestação da lagarta causou perdas próximas a 10%, acarretando R$ 15
milhões de prejuízos.
No cenário internacional, Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), sobre a evolução da colheita das lavouras de algodão, indica 68% da
área colhida até o final do mês, aumento de 47% em relação ao mês anterior, mas 14%
inferior ao registrado no mesmo período da ano anterior (82%). Conforme Boletim
Semanal da Conab, no encerramento do mês os preços médios dos contratos de algodão
negociados na Bolsa de Nova Iorque apresentaram acréscimo de 2,4%. A cotação média
do contrato mais próximo saiu do patamar de US 75,58 Cents/lbs para o valor atual de
US 77,43 Cents/lbs. O mercado físico exibiu uma leve redução de 0,6%, fechando o
mês com cotação média de US$ 28,08/a arroba.
Estimativas divulgadas em novembro pelo World Agricultural Outlook Board
(WAOBO) indicam que os estoques de passagem mundiais de algodão, na safra
2013/2014, estão em 20,84 milhões de toneladas, aumento de 8,7% em relação à safra
passada (19,17 milhões de toneladas). A previsão de consumo apresentou pequeno
aumento de 2,3%: passando de 23,32, na safra 2012/2013, para 23,87 milhões de
toneladas em 2013/2014. Desta forma, a relação estoque/consumo ficou em 87,3%,
valor bem superior à média das últimas cinco safras, que é de 46,14%.
Arroz: De acordo com o Cepea/Esalq, no mês de novembro observou-se uma maior
liquidez no mercado de arroz, puxada pelo interesse comprador. As beneficiadoras estão
mais ativas, visando atender contratos de exportação e do mercado interno. O Indicador
do Arroz em Casca Esalq/BM&FBovespa valorizou 4,35% no mês, fechando a R$
35,02/saca de 50 kg. Na cidade de Uruguaiana/RS, a cotação média do produto em
novembro permaneceu em R$ 32,78. No entanto, se comparado ao mesmo período do
ano passado, a desvalorização da saca de arroz foi de 14,7%. Considerando os
municípios produtores do Estado do Rio Grande do Sul, o preço médio pago ao
produtor aumentou 2,5%, em relação a outubro. Mas, com relação a novembro do ano
passado, a desvalorização foi de 9,4%, estando o arroz em casca cotado, em média, em
R$ 33,22 a saca de 50 kg. Nos Estado do Mato Grosso, o preço médio do produto
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recuou 10,99% em relação ao mês de outubro, e, no ano, acumulou uma desvalorização
de 31,76%, estando o produto cotado no patamar de R$ 36,12 a saca de 60 kg.
Em novembro a cotação média do arroz vietnamita (US$ 407 a tonelada) valorizou
1,2%,comparado ao mês anterior. Contudo, em relação a novembro do ano anterior, a
desvalorização foi de 10,8%, quando estava cotado a US$ 456 a tonelada. O preço
médio do arroz tailandês (US$ 411 a tonelada) ficou 1,5% menor que o registrado em
outubro e 27,4% em relação a novembro de 2012, quando estava cotado a US$ 566 a
tonelada. Com o proposito de controlar os preços do cereal, o governo do Egito manterá
a proibição das exportações de arroz, apesar de um excedente estimado em cerca de 800
mil toneladas. De acordo com o USDA, a produção de arroz do Egito, na safra
2013/2014, deverá atingir a 4,9 milhões de toneladas. Enquanto o consumo deverá ser
de 4 milhões de toneladas.
No Mercosul, mais precisamente no Uruguai e na Argentina, o preço do produto subiu
1,61% em relação a outubro, e no ano, o produto acumula uma baixa de 1,56%. De
acordo com a Conab, a recente desvalorização do real aparece como variável inibidora
na captação de arroz do Mercosul pelo mercado nacional: comportamento esse
observado nos superávits de 17,5 mil toneladas e de 89,3 mil toneladas da balança
comercial do arroz para os meses de setembro e outubro, respectivamente, de acordo
com Secex/MDIC.
Dados divulgados em novembro pelo World Agricultural Outlook Board (WAOBO)
indicam que os estoques de passagem mundiais do cereal, na safra 2013/2014 (160,52
milhões de toneladas) não apresentaram grandes variações em relação à última safra
(106,44 milhões de toneladas). A estimativa do consumo mundial registrou leve
crescimento, de 1,3%, passando de 467,03 para 473,10 milhões de toneladas. Com isso,
a relação estoque/consumo ficou em 22,52%, 0,34 pontos percentuais acima das últimas
cinco safras.
Cacau: Segundo o analista de mercado Thomas Hartmann, o preço do cacau avançou
gradativamente ao longo do mês. Os preços do produtor atingiram R$100,00/arroba,
valor visto pela última vez em fevereiro de 2009, época em que as cotações na Bolsa de
Nova Iorque eram US$ 150 mais baixas. Ocorre que a taxa do dólar era mais alta e o
prêmio pago ao produtor superava US$200/t, contrastando com o atual prêmio em torno
de US$100. A cotação média da arroba de cacau, em Ilhéus/BA e em Gandu/BA,
apresentou aumento de 5% em relação ao mês passado, sendo comercializada a R$
94,16. Com relação ao mesmo período de 2012 houve valorização de 42,1% na cotação
do produto.
Estimativas da agência estatal, Projeto para o Desenvolvimento do Cacau (CDP),
indicam que a produção de cacau em Uganda, na safra 2013/14, deverá atingir 24 mil
toneladas de amêndoas contra as 19 mil toneladas produzidas em 2012/2013. Condições
climáticas favoráveis e o programa de renovação das plantações, iniciado cinco anos
atrás, foram responsáveis pelo crescimento de 26% na produção. De acordo com a
agência, o objetivo do governo é elevar a produção para 50 mil toneladas anuais nos
próximos três anos.
Boi: As cotações do boi gordo no mês de novembro mantiveram-se firmes na maioria
das regiões, influenciadas, sobretudo, pela demanda aquecida e uma oferta restrita.
Segundo operadores, não há gado disponível nem no pasto nem nos confinamentos. No
Estado do Rio Grande do Sul, o preço médio da arroba passou de R$ 95,08, em outubro,
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para R$ 100,29 em novembro. Isso significa aumento de 5,5%. Comparado com o
mesmo mês do ano anterior o preço médio da arroba valorizou 10,3%. No Estado de
São Paulo, o preço médio do boi gordo manteve-se praticamente estável sendo
comercializado a R$ 107,48 a arroba. Em Mato Grosso a arroba do boi foi cotada, em
média, a R$ 95,52, leve desvalorização de 0,4% com relação ao preço registrado no
mês anterior e aumento de 8,5% em comparação com novembro de 2012. O preço
médio da arroba em Goiás alcançou R$ 99,46 em outubro, pequeno aumento de 0,4%,
em relação ao mês anterior e de 5,8% em relação ao mesmo período de 2012. As
exportações brasileiras de carne bovina alcançaram entre janeiro e novembro, o recorde
de 6,04 bilhões de dólares, superando números de 2012: US$ 5,7 bilhões. A expectativa
é que, computados os dados de dezembro, as transações superem o valor de US$ 6,5
bilhões – valor 15% superior aos US$ 5,7 bi registrados em 2012. Em volume, o país já
superou a marca de 1,35 milhão de toneladas destinadas a mais de 130 países.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), esta
quantidade não é um recorde, uma vez que em 2007, os exportadores embarcaram 1,62
milhão de toneladas. Conforme dados do Secex/MDIC, os principais países
compradores de carne brasileira este ano foram Hong Kong, com participação de 21,8%
do total vendido, seguido de Rússia (18,7%), Venezuela (11,9%), Egito (7,5%) e Chile
(6,1%).Dados do Departamento da Agricultura dos EUA (USDA) indicam que neste
ano o Brasil encerrará o ano à frente da Índia, Austrália e EUA.
Leite: Pela primeira, em 2013, o aumento na captação de leite, recuperação dos pastos,
devido ao retorno das chuvas, além do enfraquecimento da demanda interna
pressionaram o valor médio pago ao produtor. O preço médio bruto nacional (“média
Brasil”) pago ao produtor (que inclui frete e impostos) foi de R$ 1,1011/litro em
novembro, redução de 1,5% em relação a outubro. Segundo pesquisas do Cepea, os
preços do leite caíram em quase todos os estados acompanhados, com exceção da Bahia
e de Santa Catarina, onde as altas foram de 1,41% e de 0,21%, respectivamente.
Dentre os estados incluídos na chamada “média Brasil”, Minas Gerais apresentou a
maior cotação em novembro, R$ 1,13/litro, seguido por Goiás, com média de R$
1,13/litro, o que representou uma queda de 2,01% e 2,19%, respectivamente, em relação
ao mês anterior. Paraná e São Paulo fecharam em R$ 1,10/litro; Santa Catarina, R$
1,08/litro; Bahia, R$ 1,06/litro; e o Rio Grande do Sul, R$ 1,03/litro. Quanto aos
estados que não compõem a “média Brasil”, houve queda de 2,07%, situação do Rio de
Janeiro e 0,33% no Espírito Santo. Já em Mato Grosso do Sul e no Ceará, os aumentos
foram de 2,04% e 0,35%, respectivamente.
Leite - Série de preços médios pagos ao produtor
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MÉDIA BRASIL PONDERADA (GO,MG,RS,SP,PR,BA,SC)
VALORES REAIS - R$/LITRO (Deflacionados Base "Out/13")
1,15
1,10
2013
1,05
2011
1,00
0,95
2012
0,90
2009
2010
Média
2002 a 2012
0,85
0,80
0,75
0,70
JAN
FEV
MAR
ABR
2009
MAI
2010
JUN
2011
JUL
2012
AGO
2013
SET
OUT
NOV
DEZ
Média histórica
Fonte: Cepea-Esalq/USP.
De setembro para outubro, o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-L/Cepea)
aumentou 3,93%, passando para 162,24, patamar recorde. Com exceção do Rio Grande
do Sul e do Paraná, todos os demais estados registraram alta na captação de leite em
outubro, com destaque para Goiás e Minas Gerais, onde os crescimentos foram de
15,1% e de 6,25%, respectivamente.
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Boletim Custos & Preços - Novembro de 2013