Provas de Português e Redação – Modelo C Pág. 1 4º SIMULADO 2011 PARA A: ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO CONCURSO DE ADMISSÃO / 2011 PROVA DE PORTUGUÊS E REDAÇÃO Domingo, 26 de junho de 2011. INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO SIMULADO 1. Confira a Prova – Seu simulado contém 10 (dez) páginas impressas, numeradas de 01 (um) a 10 (dez). – Neste simulado existem 40 (quarenta) questões de Português. Na página 8 (oito) está impressa a orientação para a Prova de Redação. – Além deste caderno de questões, você receberá uma folha para escrever a sua redação. Essa folha deverá ser entregue ao Fiscal do Simulado juntamente com seu Cartão de Respostas. 2. Condições de Execução do Simulado – O tempo total de duração do simulado é de 4 (quatro) horas e 30 (trinta) minutos. Os 15 (quinze) minutos iniciais são destinados à leitura da prova e ao esclarecimento de dúvidas. Os 15 (quinze) minutos finais são destinados ao preenchimento das opções selecionadas pelo candidato no Cartão de Respostas. – O simulado começará às 14 (quatorze) horas e terminará às 18 (dezoito) horas e 30 (trinta) minutos. – Em caso de alguma irregularidade, na impressão ou montagem do seu simulado, chame o Fiscal do Simulado. Somente nos primeiros 15 (quinze) minutos será possível esclarecer as dúvidas. – Ao terminar o seu simulado, coloque o seu Cartão de Respostas no lugar indicado para sua turma. 3. Cartão de Respostas – Escolha a única resposta certa dentre as opções apresentadas em cada questão, assinalando-a, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, no Cartão de Respostas. INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO CARTÃO DE RESPOSTAS – Alvéolos circulares são os pequenos círculos vazios do cartão. O candidato deverá preenchê-los apenas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. – Observe o quadro abaixo para evitar que sua marcação, mesmo certa, seja invalidada pela leitora óptica: Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C Pág. 2 PROVA DE PORTUGUÊS Escolha a única alternativa correta, dentre as opções apresentadas, que responde ou completa cada questão, assinalando-a, com caneta esferográfica de tinta azul ou preta, no Cartão de Respostas. Texto 1 Quando Se É Jovem E Forte Uma vez uma mulher me disse: vocês jovens não sabem a força que têm. Ela falava isto como se colocasse uma coroa de louros num herói. Ela falava isto como se não apenas eu, mas todos os jovens fôssemos um grego olímpico ou um daqueles índios parrudões nos rituais da reserva do Xingu. De certa maneira ela dizia: vocês têm o cetro na mão. E eu, jovem, tendo o cetro, não o via. Aquela frase me fez olhá-la de onde ela falava: do lugar da não-juventude. Ela expressava seu encantamento a partir de uma lacuna. Se colocava propositadamente no crepúsculo e com suas palavras me iluminava. Essa frase lançada generosamente sobre minha juventude poderia ter se perdido como tantas outras de que necessito hoje, mas não me lembro. Contudo ela ficou invisível em alguma dobra da lembrança. Ficou bela e adormecida muitos séculos, encastelada, até que, de repente, despertou e me veio surpreender noutro de minha trajetória. Possivelmente a frase ficou oculta esperandome amadurecer para ela. Só uma pessoa não mais-jovem pode repronunciá-la com a tensão que ela exige. Vocês jovens não sabem a força que têm. Pois essa frase deu para martelar em minha cabeça a toda hora que uma adolescente passa com sua floresta de cabelos em minha tarde, toda vez que um rapaz de ombros largos e trezentos dentes na boca sorri com estardalhaço, gesticulando nas vitrinas das esquinas. Possivelmente é uma luminosa no verão. frase ainda mais E mais irradiantemente bela ainda quando o inverno termina e principia a primavera e tudo recobra força e viço, e a pele do mundo fica eternamente jovem. Outro dia a frase irrompeu silenciosamente em mim como coroamento de uma cena. Uma cena, no entanto, trivial. Estávamos ali na sala de um apartamento e conversávamos. Um grupo, digamos, de pessoas maduras. Cada um com seu copinho de uísque na mão, conversando sobre negócios e banalidades. De repente entra pela sala uma adolescente preparando-se para sair. Entra como faz toda adolescente: pedindo à mãe que veja qualquer coisa em seu vestido ou lhe empreste uma joia. E quando ela entrou tão naturalmente linda, não de uma beleza excepcional, mas de uma beleza que espera que uma jovem tenha, quando ela entrou, um a um, todos foram murchando suas frases para ficarem em pura contemplação. Ali, era disfarçar e contemplar. Parar e haurir. Poder-se-ia argumentar que vestida assim ela parecia uma Grace Kelly, um cisne solicitando adoração. Mas se assim é, por que a mesma cena se repetiu quando entrou outra irmã, impromptamente, de jeans, vinda da rua, espalhando brilho nos dentes e vida nos cabelos? Olhava-se para uma, olhava-se para outra. Olhava-se para os pais que orgulhosos colhiam a mensagem no ar. E surge a terceira filha, também adolescente com aquela roupa displicente que, em vez de ocultar, revela mais ainda juventude. Esta experiência se repete quando numa família são apresentados os filhos jovens. Igualmente quando se entra numa universidade e se vê aquele enxame de camisetas, jeans e tênis gesticulando e rindo entre uma sala e outra, entre um sanduíche e um livro, sentados, displicentes, namorando sob árvores e na grama, como se dissessem: eu tenho a juventude, o saber vem por acréscimo. Infelizmente não vem. E a juventude se gasta. Como as pedras se gastam, como as roupas se gastam, se gasta a pele, embora a alma se tome mais densa ou encorpada. Algo semelhante ocorre diante de qualquer criança. Para um bebê convergem todas atenções na sala. Sorrisos se desenham nos rostos adultos e o ambiente é de tema devoção. É a presença da vida que no jovem parece ter atingido seu auge. Por isto, ver um (uma) jovem no esplendor da idade é como ver o artista no instante de seu salto mais brilhante e perigoso ou ver a flor na hora em que potencializa toda a sua vida e imediatamente nunca mais será a mesma. Claro, há jovens que são foscos e velhos e velhos que são radiosos adolescentes. Não é disto que falo. Estou falando de outra coisa desde o princípio. Daquela frase que aquela mulher depositou na minha juventude e agora renasceu. Gostaria de doá-la a alguém. Penso nisto e a porta se abre. Irrompem, lindas, minhas duas filhas. Extasiado lhes dou um beijo e digo: - Filhas, vocês não sabem que força têm. (Affonso Romano de Sant’ Anna) 1 - “Ela falava isto como se não apenas eu, mas todos os jovens fôssemos um grego olímpico ou um daqueles índios parrudões nos rituais da reserva do Xingu.” Deduz-se da frase que, para a “mulher”, os jovens somente não eram a) b) c) d) e) fracos. esculturais. belos e fortes. saudáveis. inteligentes. 2 - O vocábulo “contudo” (quinto parágrafo) une, semanticamente, as ideias do primeiro e segundo parágrafo, através de uma relação de Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C a) b) c) d) e) conclusão. explicação. oposição. situação. inclusão Pág. 3 8 - “E a juventude se gasta. Como as pedras se gastam, como as roupas se gastam, se gasta a pele, embora a alma se torne mais densa ou encorpada”. Desse parágrafo, inferem-se, respectivamente, ideias de 3 - O texto “Quando se é jovem e forte” é uma crônica. A característica não adequada ao texto em estudo está na seguinte opção: a) Registro de um fato comum, mas de interesse social. b) Corresponde a um flagrante do cotidiano. c) Foi escrita em prosa e a linguagem empregada pelo autor é coloquial. d) Aborda humoristicamente um assunto original. e) É uma narrativa curta, informa e focaliza um tema restrito. 4 - Segundo o autor, a frase “Vocês jovens não sabem a força que têm” “martela” em sua cabeça em determinados momentos. Deduz-se que, apenas a frase não lhe vem à mente quando a) vê um rapaz saudável, rindo com vontade nas vitrinas nas esquinas da cidade. b) passa, em sua tarde, adolescentes com muito ou longos cabelos. c) se depara com jovens envelhecidos, sem brilho, isto é, sem força e vontade de viver. d) viu entrar pela sala, de um apartamento onde estava com um grupo, três lindas adolescentes, talvez filhas de um casal amigo. e) ―adolescente passa com sua floresta de cabelos...‖. 5 - “...a cena se repetiu quando outra irmã, impromptamente, de jeans, vindo da rua...”. Impromptamente indica que a menina entrou a) b) c) d) e) com cuidado de improviso. com estardalhaço. devagarinho mansamente. 6 - Entre a última oração do décimo sexto parágrafo e o primeiro período do décimo sétimo, existe uma relação de a) b) c) d) e) concessão condição contradição explicação temporalidade. 7 - Julgue os itens em relação à expressão “enxame de camisetas jeans e tênis”, contida no décimo sexto parágrafo. I. O emprego do substantivo coletivo “enxame” estabelece uma comparação entre adolescentes e abelhas. II. “enxame” une adolescentes e abelhas pelo “zunzum”, alarde, que ocorre quando cada grupo se reúne. III. O recurso empregado resultou em uma figura de linguagem – a Metonímia. IV. “enxame”, nesse caso, significa: grupo de jovens adolescentes descontraídos, alegres e cheios de vida. São verdadeiras as afirmativas somente. a) b) c) d) e) II e IV I e II III e IV I, II, III e IV II e III a) b) c) d) e) 9- causa e consequência comparação e concessão. comparação e consequência. proporção e concessão. modo e tempo. Se unirmos a primeira e a última oração, do trecho analisado no item anterior e, entre elas, estabelecêssemos relação de proporcionalidade, teríamos. a) A juventude se gasta porque a alma se torna mais densa. b) À medida que a juventude se gasta, a alma se torna mais densa. c) A juventude se gasta tanto, que a alma se torna mais densa. d) Tanto se gasta a juventude quanto se torna densa a alma. e) Porque se torna densa a alma, se gasta a juventude. 10 - A frase “Vocês jovens não sabem a força que têm” foi muito importante para o narrador. Essa importância está representada pelo trecho: a) A frase tanto martelou na minha cabeça que tive vontade de passar para alguém, logo passei para as minhas filhas. b) Quando a frase martelava em minha cabeça lembrava-me de passar para alguém, então pensava em minhas filhas. c) Mesmo que a frase martele em minha cabeça, tenho que passá-la para alguém, logo penso em minhas filhas. d) Se a frase martelasse tanto em minha cabeça, passaria para alguém, portanto para as minhas filhas. e) Embora a frase martelasse minha cabeça, lembrava de passar para alguém, logo pensei em minhas. 11 - Sua escolha recaiu sobre o trecho cujas ideias representam, respectivamente, a) b) c) d) e) tempo, ação, conclusão concessão, compromisso, consequência causa, consequência, conclusão condição, causa, consequência concessão, restrição e conclusão 12 - O trecho “Ficou bela e adormecida muitos séculos, encastelada, até que, de repente, despertou...” significa que a frase ficou esquecida por muito tempo e, de repente, o narrador lembrou. Para indicar o tempo do esquecimento, o autor empregou a expressão “muitos séculos”, ocorrendo assim uma a) b) c) d) e) metáfora hipérbole eufemismo prosopopeia. catacrese 13 - “...mas todos os jovens fôssemos um grego olímpico...” É correto afirmar sobre o trecho que a) a forma verbal ―fôssemos‖ concorda com o sujeito ―todos‖. b) houve um sério desvio conforme as normas gramaticais. c) ocorre silepse de número, isto é, a forma verbal ―fôssemos‖ deveria estar flexionada na primeira pessoa do singular para concordar com o sujeito ―eu‖. Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C Pág. 4 d) o sujeito ―nós‖ — implícito — justifica a flexão verbal na 1ª pessoa do plural; ocorrendo, assim, silepse de pessoa. e) ―silepse‖ é um vício de linguagem. Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de ideias que gera novos textos. 14 - “Claro, há jovens que são foscos e velhos...” A função sintática dos termos destacados, pela ordem, são A internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios. a) sujeito – objeto direto – predicativo do sujeito – predicativo do sujeito. b) objeto direto – sujeito – predicativo do sujeito – predicativo do sujeito. c) sujeito – sujeito – objeto direto – objeto direto. d) objeto direto – objeto direto – adjunto adnominal – adjunto adnominal. e) vocativo – sujeito – adjunto adnominal – complemento nominal. 15 - “Filhas, vocês não sabem que força têm.”. O terno em destaque a) b) c) d) e) restringe-se ao pronome ―vocês‖. é sujeito da forma verbal ―sabem‖. explica o pronome ―vocês‖. é um chamamento. completa, diretamente, o sentido do verbo ―ter‖. 16 - O predicado é verbo-nominal na oração. a) b) c) d) e) ―Eu os observo por um minuto...‖ ―São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga...‖ ―Irrompem, lindas, minhas duas filhas‖. ―...não tenho nada com isso‖. ―e a seus ouvidos parecer exótica‖. 17 - Em “...os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos”, as vírgulas a) b) c) d) e) separam termos de mesma função sintática. isolam aposto enumerativo. isolam vocativos. separam adjuntos adverbiais deslocados. separam orações coordenadas. Texto 2 A Revolução Digital Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro. Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação. Secular, a união não ruirá do dia para noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde. O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose. Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons. A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita. E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma. Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”. Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico. O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”. (SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo). 18 - Com base na leitura feita, é correto afirmar que o objetivo do texto é: a) Defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos. b) Discutir as implicações da era digital no uso da escrita. c) Descrever as vantagens e desvantagens da Internet na atualidade. d) Narrar a história do papel e do texto desde a Antiguidade. e) Comparar a época em que o homem escrevia em pedras com a era do papel. 19 - Considerando a argumentação do autor quanto à relação entre palavra falada e palavra escrita, é correto afirmar que: a) Na comunicação interpessoal, a palavra falada pode emocionar, sensibilizar, convencer, fazer pensar e, com isso, suscitar um grande movimento de ideias e valores. b) No processo social de divulgação de conhecimento, a palavra falada, associada à escrita, exerce um papel fundamental na educação e na formação de opiniões. c) Na produção cultural de ciência e arte, a palavra escrita tem função marcante, porque sua permanência material independe da memória humana e sua circulação instiga a reflexão. d) No processo social de produção e circulação de crenças, a palavra escrita, ao lado da falada, tem papel significativo no desenvolvimento da espiritualidade. e) Na interação, a palavra escrita possui maior valor que palavra falada, visto que a primeira tem maior circulação. 20 - Considerando os procedimentos linguísticos de articulação entre o primeiro parágrafo e os outros parágrafos do texto, é incorreto afirmar que: a) O segundo, o terceiro e o quarto parágrafos se articulam com o primeiro pelo emprego linear do tempo cronológico. b) O terceiro parágrafo está articulado com o primeiro pelo uso de palavras que explicitam significados presentes no primeiro. Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C c) O segundo parágrafo está articulado com o primeiro pelo emprego da palavra que se repete. d) O quarto parágrafo se articula com o primeiro pelo uso de frase que explicita uma ideia sugerida no primeiro. e) O segundo parágrafo se articula com primeiro por explicar ideias trazidas no primeiro. 21 - Observe as expressões destacadas nas frases: “... falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro...” “... vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.” Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta dessas três expressões, na ordem em que aparecem nas frases acima. a) Apesar de ser falada/apesar de ser impressa/se estivesse vivo. b) Quando é falada/quando é impressa/se estivesse vivo. c) Porque é falada/porque é impressa/ainda que estivesse vivo. d) Se é falada/se é impressa/ainda que estivesse vivo. e) Se é falada/apesar de ser impressa/ainda que estivesse vivo. 22 - O período em que há oração subordinada substantiva predicativa é: a) b) c) d) e) Minha vontade é que você passe nos exames escolares. Sou favorável a que o aprovem. Desejo-te isto: que sejas feliz. O aluno que estuda consegue superar as dificuldades. Lembre-se de que tudo passa nesse mundo. 23 - Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração sublinhada é: a) b) c) d) e) Oração Oração Oração Oração Oração subordinada subordinada subordinada subordinada subordinada completiva nominal. objetiva indireta. subjetiva. objetiva direta. predicativa. 24 - Nos versos abaixo, as expressões destacadas têm, respectivamente, funções sintáticas de: E em que Camões chorou no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho. a) b) c) d) e) Adjunto adverbial de modo, complemento nominal. Predicativo do sujeito, adjunto adverbial de modo. Complemento nominal, adjunto adnominal. Adjunto adnominal, adjunto adnominal. Adjunto adnominal, complemento nominal. 25 - Em “E fui eu que o descobri/Veja, murmurou o mineiro.../e vou-lhe mostrar...” as palavras destacadas têm, respectivamente, funções de: a) b) c) d) e) Objeto direto, objeto direto, objeto indireto. Objeto direto, adjunto adnominal, objeto indireto. Adjunto adnominal, adjunto adnominal, adjunto adverbial. Adjunto adnominal, objeto indireto, objeto direto. Objeto indireto, objeto direto,objeto indireto. 26 - Observe as sentenças: I. Durante o carnaval, fico agitadíssimo. (predicado verbal) II. Durante o carnaval, fico em casa. (predicado nominal) III. Durante o carnaval, fico vendo o movimento das ruas. (predicado nominal). Pág. 5 Assinale a alternativa correta quanto classificação dos termos destacados. a) b) c) d) e) à I e II II e III I e III Todas as alternativas estão corretas. Todas as alternativas estão erradas. 27 - Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª I. “O fato é que o futebol não havia previsto a realidade da globalização.” II. “... já tornava híbridos os torneios e contaminava as torcidas futebolísticas.” III. “... virei um seguidor apaixonado do Senegal.” IV. “Os contratos não vêm mais com a chancela do Estado.” (*) O tempo verbal indica ação permanente. (*) O tempo verbal denota um fato passado, mas não concluído. (*) O tempo verbal denota um fato passado já concluído. (*) O tempo verbal denota um fato passado que poderia ter acontecido após outro fato passado. Assinale a alternativa sequência correta: a) b) c) d) e) que apresenta a I, IV, II, III II, I, III, IV IV, II, III, I III, IV, I, II IV, II, I, III 28 - Preencha as lacunas das frases abaixo com os respectivos pronomes, assinalando a opção certa: I. II. III. IV. V. a) b) c) d) e) De presente, deu-lhe um livro para (*)ler. De presente, deu um livro para (*) . Nada mais há entre (*) e você. Sempre houve entendimento entre (*) e ti. José, espere, vou (*) . ele, mim, eu, eu, comigo; ela, eu, mim, mim, eu, consigo; ela, mim, mim, mim, com você; ela, mim, eu, eu, com você; ela, mim, eu, mim,consigo. 29 - Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva, derivação parassintética e composição por aglutinação, respectivamente. a) b) c) d) e) neurose, infelizmente, pseudônimo. ajuste, aguardente, arco-íris. amostra, alinhar, girassol. corte, emudecer, outrora. e) pesca, deslealdade, vinagre. Texto 3 Filosofia dos Epitáfios Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos. (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas) 30 - Do ponto de vista da composição, é correto afirmar que o capítulo “Filosofia dos epitáfios”: Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C Pág. 6 a) É predominantemente dissertativo, servindo os dados do enredo e do ambiente como fundo para a digressão. b) É predominantemente descritivo, com a suspensão do curso da história dando lugar à construção do cenário. c) Equilibra em harmonia narração e descrição, à medida que faz avançar a história e cria o cenário de sua ambientação. d) É predominantemente narrativo, visto que o narrador evoca os acontecimentos que marcaram sua saída. e) Equilibra narração e dissertação, com o uso do discurso indireto para registrar as impressões que o ambiente provoca no narrador. 31 - “Saí, afastando-me dos grupos, e fingindo ler os epitáfios.” Dando nova redação a essa frase, sem alterar as relações sintáticas e semânticas nela presentes, obtém-se: a) Quando me afastei dos grupos, fingi ler os epitáfios e então saí. b) Enquanto me afastava dos grupos e fingia ler os epitáfios, fui saindo. c) Fingi ler os epitáfios, afastei-me dos grupos e saí. d) Ao afastar-me dos grupos, fingi ler os epitáfios, antes de sair. e) Ao sair, fingia ler os epitáfios e afastei-me dos grupos. 32 - Nos trechos: “... não é impossível que a notícia da morte me deixasse alguma tranquilidade, alívio e um ou dois minutos de prazer” e “Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras”, a palavra “que” está introduzindo, respectivamente, orações: a) subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva direta. b) subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva objetiva direta. c) subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva predicativa. d) subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva explicativa. e) subordinada adjetiva explicativa, subordinada substantiva predicativa. 33 - Na poesia lírica amorosa de Castro Alves, observa-se: a) Uma posição platônica em relação ao amor, sobre o qual versifica em linguagem racional e contida. b) A idealização da mulher, cantada constantemente como objetivo inacessível ao poeta. c) A preocupação de ocultar, por meio do excesso de figuras de linguagem, os mais recônditos desejos do poeta. d) Uma renovação em relação à de seus antecessores, pela expressão ousada dos impulsos eróticos. e) A mesma timidez revelada nos devaneios líricos dos poetas da geração byroniana. 34 - Com relação ao romantismo e seus autores, podemos afirmar a) ‖Senhora‖ e ―Lucíola‖ são obras em que José de Alencar estudou os chamados ―perfis femininos‖. b) O índio, presente na literatura romântica, não aparece sempre idealizado. c) O texto ―Harpas Selvagens‖ nos mostra expressivos momentos da poesia indianista de Gonçalves Dias. d) ―Lira dos Vinte Anos‖ reúne grande parte da poesia lírica de Casimiro de Abreu. e) O movimento romântico não teve caráter contestador, pois não trouxe mudanças significativas para a arte e nem para o comportamento. 35 - O gênero “romance” surgiu durante o Romantismo e moldou-se segundo preferências da burguesia em ascensão. Com uma temática diversificada, logo tornou-se o tipo de leitura mais acessível a essa nova classe social. Dentre as afirmativas seguintes, assinale aquela que não corresponde às tendências do “romance romântico”: a) O romance romântico identificado como ―histórico retratou os fatos políticos brasileiros da época, e também do século XIX. b) As narrativas ambientadas na cidade foram rotuladas como ―romances urbanos‖, sendo ainda conhecidas como obras de ―perfis de mulher‖, por privilegiar as personagens femininas e seus pequenos conflitos psicológicos. c) O romance ―indianista‖ enfatizou nossa ―cor local‖ ao retratar as lendas, os costumes e a linguagem do índio brasileiro, acentuando ainda mais o cunho nacionalista do Romantismo. d) A narrativa romântica de caráter ―regionalista‖ tematizou, de forma idelizada, a vida e os costumes do ―brasileiro‖ do interior. e) O romance romântico teve ampla aceitação pela burguesia, espaço que se abriu e fez do romance um dos gêneros mais lidos na atualidade. 36 - O Realismo e o Naturalismo são movimentos surgidos na segunda metade do século XIX, marcado por transformações econômicas, científicas e ideológicas. Sobre esses dois movimentos, assinale a alternativa que não tem relação com as escolas literárias citadas na questão: a) Para o escritor realista, a neutralidade diante do tema é imprescindível. Para isso, usa a narrativa em terceira pessoa. O naturalista observa também esse princípio, acrescentando uma aproximação das ciências experimentais e da filosofia positivista. b) O realismo brasileiro teve poucos seguidores e uma de suas figuras marcantes foi Machado de Assis. Euclides da Cunha, com ―Os Sertões‖, foi outra figura de destaque no movimento. c) O Naturalismo é considerado um prolongamento o Realismo, pois assume todos os princípios e as características deste, acrescentando-lhe, no entanto, uma visão cientificista da existência. No Brasil, o Naturalismo foi iniciado por Aluísio de Azevedo, que publicou ―O Mulato‖, ―Casa de Pensão‖ e ―O Cortiço‖. d) Machado de Assis iniciou-se na estética romântica e posteriormente seguiu a estética realista, como se observa em seus romances ―Quincas Borba‖ e ―Memórias Póstumas de Brás Cubas‖. e) Estruturalmente o romance realista busca renovação: a intriga cede lugar à análise psicológica ou social, com vistas ao conhecimento das causas profundas do comportamento seja do indivíduo, seja da classe a que pertence. 37 - A razão mais profunda do Naturalismo foi a experiência política da geração de 1848: o fracasso da revolução, a repressão, a ascensão de Luís Napoleão- uma torva experiência que obrigou os escritores a uma concentração nos fatos, a um enfrentamento com a realidade, à mais rigorosa objetividade, no plano artístico, e, no plano ético à solidariedade social e ao ativismo político. (Franklin de Oliveira. “Literatura e Civilização.) Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C É exemplo do naturalismo caracterizado no contexto desse trecho o que se lê em: a) Eles olhavam um para o outro como os passarinhos ouvidos de repente a cantar, as árvores pé-ante-pé, as nuvens desconcertadas: como do assoprado das cinzas a espendição das brasas. b) Nunca se deve fazer pouco dos conhecimentos de uma autoridade, por mais boçal que ela se apresente. Ainda mais se for do interior. Aí podemos entrar por um cano que não acaba mais. c) Mas, esse instante, o senhor Justino, o administrador, sem poder mais suportar as cãibras que lhe dava a posição forçada por ele mantida, conseguiu levantar-se, para chegar até junto da parede, onde tentou apoiar-se. d) O mesmo vulto etéreo que se erguera diante de mim na noite precedente sobre as degraus do Palácio ali permanecia à minha frente, com sua caprichosa sombra de melancolia. e) Ao restituir poder denotativo ou intensificador a provérbios esvaziados de sentido, esse escritor, profundo conhecedor de várias línguas, parece ter-se deixado influenciar por idiomas como o alemão ou o russo, em que os sufixos de derivação conservam vigorosa atuação. 38 - Leia o texto e responda. O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre; Sangram, em laivos de ouro, as minas, que a ambição. Na torturada entranha abriu da terra nobre; E cada cicatriz brilha como um brasão. O ângelo plange ao longe em doloroso dobre. O último ouro do sol morre na cerração. E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, O crepúsculo cai como uma extrema-unção. Podemos reconhecer nas estrofes acima, de Olavo Bilac, as seguintes características do estilo de época que marcou sua poesia: a) Interesse pela descrição pormenorizada da paisagem, numa linguagem que procura impressionar os sentidos. b) Uso do vocabulário próprio para acentuar o mistério, a realidade oculta das coisas, que deve ser sugerida por meio de símbolos. c) Valorização do passado histórico, em busca da definição da nacionalidade brasileira. d) Utilização exagerada de hipérboles, perífrases e antíteses, no desejo de não nomear diretamente as coisas, mas de fazer alusão a elas. e) Busca de imagens naturais e vocabulário simples, predileção pelo verso branco e negação de inversões sintáticas Texto para a questão 39: Vila Rica 1 - O ouro fulvo do ocaso as velhas casas cobre; 2 - Sangram, em laivos de outro, as minas, que ambição 3 - Na torturada entranha abriu da terra nobre; 4 - E cada cicatriz brilha como um brasão. 5 - O ângelus plange ao longe em doloroso dobre. Pág. 7 6 - O último ouro do sol morre na cerração. 7 - E, austero, amortalhando a urbe gloriosa e pobre, 8 - O crepúsculo cai como uma extrema-unção. 9 - Agora, para além do cerro, o céu parece 10 - Feito de um ouro ancião que o tempo enegreceu 11 - A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. 12 - Como uma procissão espectral que se move... 13 - Dobra o sino... Soluça um verso de Dirceu... 14 - Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos astros chove. (Olavo Bilac) 39 - Predominam no texto: a) imagens visuais e tácteis b) imagens acústicas e visuais c) imagens acústicas e tácteis d) imagens gustativas e auditivas e) imagens acústicas e olfativas 40 - Leia o fragmento do poema “Antífona” de Cruz e Souza, e responda à questão: Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras... Formas do Amor, constelarmente puras, De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mádicas frescuras E dolências de lírios e de rosas... Indefiníveis músicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume... Esse trecho do poema, que abre o livro Broquéis é considerado uma espécie de profissão de fé simbolista. Reflita sobre as afirmações abaixo: I. O fragmento revela a preocupação do eu lírico pelas formas caracterizadas pela cor branca, pelas cintilações, pela vaguidade, pelo diáfano e pelo transparente. II. O fragmento apresenta uma construção apoiada na justaposição de frases nominais, com o intuito de descrever os objetos com clareza. III. O fragmento mostra alguns procedimentos estilísticos do Simbolismo, como por exemplo, a musicalidade das palavras, o uso das reticências, o emprego de letras maiúsculas e a indefinição do referente. Conforme se verifica, está correto o que se afirma: a) Apenas em I e II. b) Apenas em I e III. c) Apenas em II e III. d) Apenas em I. e) Em I, II e III. Final da Prova de Português Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C Pág. 8 PROVA DE REDAÇÃO “A juventude é uma qualidade, e não uma questão de circunstância.” Frank Lloyd Redija um texto dissertativo-argumentativo com base no tema presente no texto motivador. OBSERVAÇÕES: 1. 2. 3. 4. 5. – – – – – – – – – Seu texto deve ter, obrigatoriamente, de 25 (vinte e cinco) a 30 (trinta) linhas. Aborde o tema sem se restringir a casos particulares ou específicos a uma determinada pessoa. Formule uma opinião sobre o assunto e apresente argumentos que defendam seu ponto de vista. Não se esqueça de atribuir um título ao texto. A redação será considerada inválida (grau zero) nos seguintes casos: modalidade diferente da dissertativa; insuficiência vocabular, excesso de oralidade e/ou graves erros gramaticais; constituída de frases soltas, sem o emprego adequado de elementos coesivos; fuga ao tema proposto; texto ilegível; em forma de poema ou outra que não em prosa; linguagem incompreensível ou vulgar; texto com qualquer marca que possa identificar o candidato; e texto em branco ou com menos de 18 (dezoito) ou mais de 38 (trinta e oito) linhas. 6. Se sua redação tiver entre 18 (dezoito) e 24 (vinte e quatro) linhas, inclusive, ou entre 31 (trinta e uma) e 38 (trinta e oito) linhas, também inclusive, sua nota será diminuída, mas não implicará grau zero. Final da Prova de Redação Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501 Provas de Português e Redação – Modelo C Pág. 9 RASCUNHO DA REDAÇÃO Curso ZERO UM – www.cursozeroum.com.br – (x61) 3201-3501