Secretaria de Educação a Distância – SEED – MEC Universidade Federal do Rio Grande Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação Curso de Especialização em Mídias na Educação A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚCIDAS DA MÍDIA IMPRESSA Andréia Teixeira Leão Orientadora: Profª. Dra. Eliana Pinho de Azambuja Santa Vitória do Palmar/RS, 2009 ANDRÉIA TEIXEIRA LEÃO A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚCIDAS DA MÍDIA IMPRESSA Monografia apresentada ao Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação, da Universidade Federal do Rio Grande, como requisito para a obtenção do Título de Especialista em Mídias na Educação. Orientadora: Profª. Dra. Eliana Pinho de Azambuja Santa Vitória do Palmar/RS, 2009 AGRADECIMENTOS Agradeço a ajuda de minha orientadora Eliana, pela paciência e carinho com que sempre me acolheu; Agradeço às tutoras e ao coordenador do Mídias, Alexandre, pela orientação dada no decorrer do curso; Agradeço aos meus colegas, e equipe da EMEF General Artigas, pelo apoio prestado. RESUMO Este trabalho buscou refletir sobre a importância de atividades lúdicas para o processo ensinoaprendizagem de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, por meio da mídia impressa veiculada através de uma revista chamada Edugart. Esta mídia possibilita refletir sobre situações vivenciadas na escola, bem como explorar, no meio educacional, atividades lúdicas que reforçam a importância da interação, descontração, troca de idéias, através de um ambiente propício e motivador para a busca e construção do conhecimento. Desta forma, buscou-se incluir, na prática pedagógica, a utilização da mídia impressa, propiciando diversidade de gêneros textuais e realização de atividades lúdicas, oportunizando condições para uma aprendizagem significativa e participativa na vida dos alunos. Palavras-chave: Edugart, revista, mídia impressa, lúdico SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................. OBJETIVOS ................................................................................................. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... A educação e as mídias ................................................................................ Mídia impressa no cotidiano escolar ............................................................. A ludicidade .................................................................................................. A mudança no processo educativo ............................................................... METODOLOGIA ........................................................................................... Tipo de estudo .............................................................................................. Local do estudo ............................................................................................. Sujeitos do Estudo ......................................................................................... Coleta de dados ............................................................................................ Análise de dados .......................................................................................... Aspectos éticos ............................................................................................. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... REFERÊNCIAS ............................................................................................ ANEXO ......................................................................................................... APÊNDICES ................................................................................................. INTRODUÇÃO As pessoas vivem em constante interação e comunicação umas com as outras em diversos momentos e ambientes como em casa, no trabalho, na escola, no mercado, entre outros. Mesmo quando distantes, encontram formas de se comunicar e de interagir. Diversos meios de comunicação podem ser utilizados nesses contatos, entre eles: fala, carta, internet, relatórios profissionais, ou seja, cada pessoa se apropria das diferentes tecnologias que estão presentes em seu cotidiano de vida, de estudo, de trabalho para estabelecer a comunicação e para se relacionar com outras pessoas. A escola, como um espaço onde são aprendidos e ensinados diferentes conteúdos e onde se estabelecem diferentes formas de relações e comunicações entre as pessoas, deve se preocupar em contextualizar o ensino com os diferentes modos de viver dos alunos e em incorporar as diferentes tecnologias que fazem parte de seus contextos de vida, buscando, na aproximação com suas realidades, uma forma possível e efetiva de produção de conhecimentos. A exploração dos diferentes gêneros textuais que compõe a mídia impressa, o uso do computador e da internet, são alguns exemplos de como a tecnologia pode ser utilizada, estimulando o aluno a ler, a analisar, a refletir e a interagir com os outros, enriquecendo o vocabulário, adquirindo e produzindo novos conhecimentos, enfim, tornando-se participante ativo do processo ensinoaprendizagem. Ao valorizar e reconhecer a importância dos avanços tecnológicos que “invadem”, não só o cotidiano escolar, mas, também, a vida social de cada aluno, o educador estará contribuindo para a formação da cidadania e do sujeito crítico, participativo, pois os assuntos que possuem significados para os educandos, tendem a favorecer uma melhor compreensão, reflexão e posicionamento diante das novas situações a serem vivenciadas, além de motivar sua participação neste processo. Uma educação voltada para o exercício da cidadania necessita estar alerta para criar condições que possibilitem analisar e refletir sobre as diversas ações/situações que podem estar relacionadas ao contexto social dos alunos e ser inseridas no contexto escolar. A filosofia da escola pode e deve enfatizar uma educação para o desenvolvimento da autonomia, senso-crítico, sociabilidade e construção do saber, de acordo com o regimento escolar e o projeto político pedagógico norteador do processo ensino-aprendizagem. Assim sendo, faz-se necessário buscar novas práticas de ensino, coerentes com a proposta escolar, que contemplem as diversas áreas do saber de uma forma prazerosa, motivadora, e que oportunize a participação dos alunos bem como os incentive para a busca da construção do conhecimento e da cidadania. Nessa perspectiva, a mídia impressa contempla uma diversidade de gêneros textuais que proporciona o contato direto com a linguagem, em diferentes situações e interações, contribuindo para um ensino contextualizado e não fragmentado. Dependendo da forma como é utilizada, pode proporcionar prazer e estimular o aluno a relacionar a leitura de diferentes textos com seu cotidiano de vida e vice-versa. O aluno pode trazer para sala de aula, textos que lhe instigam a reflexão e que, coletivamente, possam contribuir para a construção do saber. Por acreditar na importância da mídia impressa, como resultado final da participação no ciclo intermediário do curso Mídias na Educação, foi elaborada e concretizada uma revista denominada EDUGART (Educação General Artigas) com turmas de primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) General Artigas, onde foram explorados diversos gêneros textuais como notícias, entrevistas, informações, atividades lúdicas. Ao incluir a mídia impressa no contexto escolar, foi possível proporcionar, aos alunos, informação, comunicação e atividades que colaboraram, de forma significativa, no seu processo de ensino-aprendizagem. Dando continuidade a esta iniciativa, no decorrer do curso de especialização em Mídias na Educação, foi utilizada, novamente, a mídia impressa na forma de revista, como um meio de comunicação através do qual, atividades lúdicas foram trabalhadas com os alunos das séries iniciais (primeiro ano do ensino fundamental). Para tanto, é importante analisar suas influências no processo ensino-aprendizagem, salientando suas contribuições e os avanços considerados significativos. As atividades lúdicas expostas na revista foram desenvolvidas no sentido de tornar o ensino mais dinâmico, pois, ao realizá-las, os alunos têm a oportunidade de brincar, trocar ideias, descontrair-se e, através da interação social, construir seu próprio conhecimento e participar da construção coletiva destes. OBJETIVOS Objetivo geral: - Avaliar a importância das atividades lúdicas para o processo ensino-aprendizagem no contexto educacional de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) General Artigas, utilizando a mídia impressa na forma de revista como meio de veiculação das atividades propostas. Objetivos específicos: - Observar a aceitação da mídia impressa pelos alunos. - Apontar aspectos considerados significativos ao realizar atividades lúdicas pedagógicas. - Despertar o interesse e participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem através de seu envolvimento com as atividades propostas na revista. - Identificar a influência das atividades lúdicas no processo ensino-aprendizagem. JUSTIFICATIVA Estamos envolvidos em uma diversidade de tecnologias que se tornam essenciais em nossas vidas; assim sendo, é de fundamental importância que as mesmas façam parte, igualmente, do fazer pedagógico, uma vez que alunos e professores estão inseridos neste contexto tecnológico. Sabe-se da relevância de considerar o meio educacional como um espaço motivador e dinâmico, respeitando e valorizando a bagagem cultural dos alunos, bem como a sociabilidade e a troca de experiências e de informações. Buscar um intercâmbio entre os saberes já adquiridos e os que devem ser construídos no espaço escolar, com reflexão e participação ativa no processo educativo, é uma necessidade emergente nos meios escolares. Partindo do conhecimento de que a mídia impressa na forma de revista faz parte das mídias utilizadas pelas crianças que estudam na Escola Municipal de Ensino Fundamental General Artigas, utilizada para leitura, para diversão, entre outros fins, e corroborada pelo estudo anterior que evidenciou o quanto os alunos se sentiram motivados à leitura da revista EDUGART, esta mídia foi escolhida para ser, novamente, trabalhada com os alunos em sala de aula. Na perspectiva de resgatar a importância atribuída à mídia impressa na escola como um todo, é que foi desenvolvido o presente estudo, utilizando a EDUGART para propor diferentes atividades lúdicas aos alunos das séries iniciais buscando enfatizar a importância destas atividades no processo ensinoaprendizagem. Acredita-se que os alunos, ao brincarem, podem aprender, construir conhecimentos e estabelecer um clima de interação, diálogo e troca de saberes, despertando o interesse e a motivação para participar das atividades propostas. Em busca de novas práticas de ensino, é interessante explorar as mídias presentes no cotidiano dos alunos, podendo ser um grande auxilio nas práticas pedagógicas, como uma forma de tornar as aulas mais atrativas, dinâmicas e interessantes. Este estudo enfatizou, então, as atividades lúdicas proporcionadas pela revista EDUGART como uma forma de mediação entre o prazer e o conhecimento a ser construído. REVISÃO DE LITERATURA A educação e as mídias No mundo atual que vivemos podemos constatar a influência que os meios de comunicação exercem na vida das pessoas, podendo ocasionar benefícios ou malefícios à educação, levando em conta que a mesma não está restrita somente à escola, mas acontece, também, no contexto social que o indivíduo vivencia. Comunicar-se faz parte do cotidiano de qualquer pessoa, sendo uma forma de conhecer e compreender o mundo e as pessoas, integrar-se ao meio social, político, educacional, enfim, relacionar-se. Conforme Moran (2007, p. 35-36) “comunicamo-nos para sentir o prazer de estarmos juntos; para realizar-nos em todos os níveis possíveis - no emocional, no intelectual, no familiar, no profissional”. Nas diferentes formas de comunicação, as mídias vêm ocupando um espaço cada vez maior na vida das pessoas, influenciando em diversos aspectos como em certas atitudes, comportamentos, linguagens, pensamentos. Cabe a escola preocupar-se com a formação do indivíduo como cidadão, para ser capaz de utilizar essas tecnologias e mídias de modo que favoreçam positivamente sua vida social, usufruindo, assim, dos conhecimentos adquiridos para intervir no meio em que vive. Dessa forma, é preciso entender que a educação escolar necessita evoluir, abrangendo a diversidade de informações e comunicações que circulam no meio social, para possibilitar a reflexão e o discernimento de verdades, intenções e posicionamentos diante da realidade apresentada. Conforme afirma Moran (2000, p. 155-166) (...) Aqui reside o ponto crucial da educação: ajudar o educando a encontrar um eixo fundamental para sua vida, a partir do qual possa interpretar o mundo (fenômenos do conhecimento), desenvolva habilidades específicas e tenha atitudes coerentes para sua realização pessoal e social. Atualmente, mídias como a televisão e o computador são os meios que mais despertam a atenção das crianças, proporcionando lazer, diversão e entretenimento. O aluno, por sua vez, vai para a escola e encontra uma sala com um quadro, cadeiras e mesas, sendo este o lugar onde irá adquirir informação. Como que este espaço pode se tornar mais estimulante e dinâmico? Este questionamento deve acompanhar o professor, constantemente, em seu processo ensino-aprendizagem. É fundamental buscar meios para que a escola se torne atrativa e interessante para os alunos. Os professores precisam tirar proveito dessas informações trazidas pelas mídias, como músicas, comentários surgidos, filmes, foders, revistas e, assim, proporcionar um ambiente acolhedor, favorecendo a troca de experiências e a construção ou reformulação de conhecimentos, pois os alunos, ao entrarem na escola, já possuem uma “bagagem” de conhecimentos, que não devem ser esquecidos ou desconsiderados pelo professor, mas respeitados e explorados na sala de aula. Conforme Freire (1996, p.52), o professor deve estar imbuído do seguinte pensamento: Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, às suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento. Dessa forma, a mídia impressa merece destaque, pois mesmo com a evolução de diferentes mídias que hoje circulam no meio social, ela continua a fazer parte do cotidiano das pessoas, por ser uma mídia de fácil acesso, popular, adaptável ao ritmo do leitor, permitindo leituras e releituras, podendo ser destinada a um público alvo e integrar-se perfeitamente a outras formas e meios eletrônicos. Torna-se fundamental que os meios impressos estejam em constante atualização, utilizando-se de diversas cores, imagens, com informações atuais para que o assunto exposto desperte o interesse e atenção, possibilitando meios de explorá-lo no fazer pedagógico de uma forma que contribua para o processo ensino-aprendizagem. É necessário abordar diversidade de assuntos, não como um produto, mas como um processo de buscar o verdadeiro significado, refletir e analisar as intenções comunicativas e os objetivos a serem alcançados a partir de imagens e temas abordados, percebendo a importância de produzir, de expressar-se, de buscar o conhecimento a partir de contextos situacionais, conforme o material disposto no Curso Mídias (módulo intermediário material impresso). Nesse intuito, é que a revista EDUGART foi explorada, oportunizando a participação efetiva dos alunos, bem como possibilitando o desenvolvimento de habilidades a partir de temas que estão sendo vivenciados na escola. Nesta, foi possível explorar, também, atividades lúdicas, jogos que oportunizam aos alunos a busca, a troca de experiências, novas descobertas e a interação com os colegas e professores. Neste sentido, Vygotsky (1992) afirma que a interação de crianças umas com as outras oportuniza uma aprendizagem significativa. No contexto educacional, o lúdico passou a ter um significado especial, diante das evoluções tecnológicas que hoje fazem parte do dia a dia das pessoas, inclusive dos alunos nas séries iniciais. A palavra “lúdico” origina-se do latim ludus que significa brincar. Porém, segundo Almeida (1998), a educação lúdica não pode ser encarada como um passa tempo, diversão superficial. A ludicidade caracteriza-se por estar pleno naquilo que faz com prazer. As atividades lúdicas reforçam a interação entre as crianças favorecendo e facilitando a socialização e o processo de aprendizagem dos alunos. Essa interação, diálogo, troca de idéias, pode provocar euforia, inquietações, cabendo ao professor conduzir e orientar o processo para atingir as metas a serem alcançadas. Segundo Almeida (1998, p.123) “o bom êxito de toda atividade lúdico-pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do professor”. Neste contexto é que se busca uma prática educativa que oportunize o ensino de uma forma lúdica, motivadora, priorizando a ação dialética e a construção do conhecimento. A inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na prática pedagógica oportuniza um avanço no fazer pedagógico, possibilitando a contextualização do ensino e a formação de indivíduos participativos, críticos, reflexivos, capazes de utilizar os conhecimentos construídos na escola em sua vida, e vice-versa. Para isso, é fundamental que o professor estabeleça um intercâmbio entre a mídia e o saber a ser construído, através de uma interação social, prevalecendo o diálogo, a discussão e a formação de opiniões próprias. As TICs tornam-se cada vez mais indispensáveis na vida das pessoas, podendo assumir uma conotação de aquisição, divulgação ou coletivização de informações; ou de entretenimento e distração. São capazes de influenciar, diretamente ou indiretamente, nas idéias, modos e costumes de cada um, positivamente ou não. Este assunto é muito pertinente no que se refere à educação, pois os alunos de hoje, convivem com os avanços tecnológicos diariamente, adquirindo conhecimentos de diferentes temáticas. As informações estão ao alcance das pessoas, com muita facilidade e rapidez e, por isso, não cabe mais a escola apenas transmitir verticalmente informações, mas sim, orientar os alunos a buscar novos conhecimentos, a construir seus valores e conceitos, a estabelecer diferenças, a discernir o certo e o errado, possibilitando um ensino que contemple a realidade vivenciada. Nesse sentido, o uso das TICs pode contribuir positivamente para estimular a reflexão, para a formação de opiniões e para a construção do seu próprio conhecimento, já que estão inseridas no contexto social e cultural dos educandos. “As tecnologias podem trazer, hoje, dados, imagens, resumos de forma rápida e atraente. O papel do professor – o papel principal – é ajudar os alunos a interpretar, a relacioná-los, a contextualizá-los” (MORAN, 2000, p. 29 e 30). A atuação do professor é de fundamental importância para estimular o desenvolvimento do senso crítico diante do que é lido, visto ou vivenciado. Para isso é indispensável proporcionar, na escola, um ambiente de interação, discussão, reflexão sobre as informações e a importância de nosso papel como cidadãos no meio em que vivemos. É importante a visão que o educador tem diante da linguagem e da informação. Segundo Kenski (2007), a linguagem oral é a principal forma de comunicação e trocas de informações. Nessa perspectiva, como uma característica marcante desde a antiguidade, a escola utiliza a fala como uma forma de ensinar e verificar a aprendizagem e, em muitos casos, o aluno apenas ouve, absorve as informações e, por diversas vezes, mesmo o professor utilizando os recursos tecnológicos, assumem o papel de narrar fatos e histórias, e de transmitir informações. Em se tratando da linguagem escrita, surge uma nova forma de interação, onde se faz necessário a compreensão do que se escreve e do que se lê, para que a comunicação realmente se efetive. Dessa forma, torna-se importante que o educador reflita sobre sua prática pedagógica de acordo com a visão que tem diante do processo educativo: de como se constrói o conhecimento, como se dá a formação do cidadão, que tipo de sociedade se quer. É importante salientar que as crianças desde cedo, no seu dia a dia, já mantém contato direto com a linguagem oral e escrita em diferentes formas, tanto no cotidiano familiar como no contexto tecnológico. A linguagem oral e escrita tornam-se inseparáveis, ambas influenciam-se mutuamente no processo de aprendizagem. No meio educacional os alunos terão a chance de conhecer os diversos gêneros textuais ao explorar as mídias, seja através de textos que podem ser lidos, como através de imagens, som, imagens com movimento, enfim, as mídias possibilitam o acesso a um leque de informações, que poderão beneficiar o processo ensino-aprendizagem dos educandos, contando com o planejamento e orientação dos educadores. Incluir a mídia no contexto escolar não significa servir como um apoio, um recurso a mais às aulas do professor. Conforme Kenski (2007) é necessário que as mídias sejam incorporadas pedagogicamente na prática educativa, onde faz-se necessário que o educador busque formas adequadas de uso, que possibilitem o alcance dos objetivos pedagógicos previstos. A atuação do professor como mediador é primordial para que aprendizagem realmente se efetive. Mídia impressa no cotidiano escolar A mídia impressa é um meio de fácil acesso as pessoas. É composta por diversas informações através da escrita e imagens. Mesmo com os avanços tecnológicos, na era digital, o material impresso continua a existir e fazer parte do nosso cotidiano, seja através de folders, revistas, jornais ou livros. A diferença existente é que esta mídia só invade a casa das pessoas, se estas assim o permitirem, pois depende do próprio leitor a busca e o interesse pelas informações apresentadas. É importante salientar que o leitor tem a possibilidade, através da mídia impressa, de ter contato direto com diferentes formas e gêneros textuais, que o possibilita ampliar conhecimentos e seu próprio vocabulário. Embora atualmente existam outros meios de interação e comunicação que oferecem atrativos mais convincentes ao público-alvo, a mídia impressa tem um valor único que deve ser estimulado desde cedo. De acordo com o programa de formação continuada aos professores de séries iniciais: Pró letramento: Alfabetização e Linguagem (2007, p 40): (....) não é necessário que a criança espere a ler para ter acesso ao prazer da leitura: pode acompanhar as leituras feitas por adultos, pode manusear livros e outros impressos, tentando ‘ler’ ou adivinhar o que está escrito. Proporcionar aos alunos o contato direto com diferentes textos, como entrevistas, bilhetes, cantigas, histórias, contos, torna-se fundamental no processo ensino-aprendizagem, pois a partir de diversos assuntos e gêneros textuais é possível refletir e formar opiniões, como também avançar no processo de compreensão do sistema de leitura e escrita. O contato com diferentes gêneros textuais possibilita compreender a escrita como uma forma de interação e comunicação. A Revista Nova Escola, no artigo “Como trabalhar com gêneros” (MOÇO, 2009) enfatiza a importância de discutir na sala de aula por que e para quem escrever uma mensagem, qual é o objetivo de determinada informação, sendo necessário que os alunos vivenciem no cotidiano escolar essas práticas, extrapolando o hábito de ler ou escrever simplesmente para o professor avaliar. É preciso entender que todo texto é uma informação, e que esta informação pode se apresentar de diversas formas na vida das pessoas, como através das revistas ou dos jornais. No entanto, é preciso que o leitor tenha uma postura crítica diante da leitura que faz, para que possa analisar e interpretar a informação com clareza. E esta criticidade pode e deve ser estimulada na escola para que o aluno possa desenvolver a capacidade de questionar, de se posicionar diante de uma informação, interagindo com ela. Segundo Faria (2003), faz-se necessário que o professor conheça a ideologia, as intenções da mídia com qual irá trabalhar na escola, para que possa, assim, usufruir deste instrumento de forma positiva para o processo ensinoaprendizagem. Para isso, é importante que estas ações estejam claras e definidas no planejamento pedagógico, com finalidades a serem alcançadas. O professor deve estabelecer critérios para que a mídia se torne um instrumento pedagógico efetivo, considerando a faixa etária dos alunos, o nível intelectual, o tempo determinado para desenvolver tal trabalho, o tipo de assunto a ser discutido. Conforme Faria (2003) convém salientar que, mesmo com crianças que não dominam a escrita, o professor pode tornar-se um “um professor-escrevente”, pois os alunos, segundo a autora, possuem suas idéias e conceituações, e o professor pode instigá-los a pensar, a levantar dados, e assim, coletivamente, realizar produções. Assim, o professor estará enfatizando, em sua prática pedagógica, o uso funcional da escrita. É importante que os alunos se sintam sujeitos do processo, que façam suas próprias produções, que sejam estimulados a criar, a imaginar e a realizar ações. Dessa forma, a revista Edugart enfatiza a participação efetiva dos alunos, valorizando a concretização de ações, a exposição de suas idéias e de seus desejos, despertando o interesse e a curiosidade de folhear a revista; de interagir junto ao grupo nas discussões propostas a partir da escrita e de imagens expostas; e possibilitando a todos envolvidos uma interação através da linguagem. A interação do aluno no seu processo de conhecimento é fundamental para que a aprendizagem se torne verdadeiramente significativa. Nesse sentido, é importante possibilitar, através do ensino, momentos de interação e construção do conhecimento, onde seja possível o diálogo, a troca de informações e a reflexão constante. A escola que se preocupa com a formação da cidadania, propiciando atividades que exigem interação, formação de grupos, estará explorando, igualmente, a importância da sociabilidade e de uma boa convivência no ambiente escolar e a importância de nossa participação ativa no meio em que vivemos. Conforme MORAN (2000, p. 17), As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor- educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Dessa forma, é imprescindível manter, na sala de aula, um ambiente propício e acolhedor que desperte a motivação dos alunos para participar da aula, das atividades propostas, enfim, que o aluno sinta-se participante do processo ensino-aprendizagem. As atividades lúdicas expostas na revista possibilitam o avanço na aprendizagem de uma forma dinâmica, interativa. A mídia impressa, na forma de revista, além de proporcionar informação em diferentes áreas do conhecimento, torna-se um suporte pedagógico que possibilita a resolução de atividades que oportunizam interação, desenvolvimento da reflexão e construção de conhecimentos. A ludicidade A realidade histórica da educação exerce grande influência sobre a atuação docente e, conseqüentemente, na formação social do educando. Com o passar do tempo, foi possível constatar uma grande evolução no que se refere a concepções de educação e a visão diante do processo ensinoaprendizagem, o que provoca, nos educadores, a constante necessidade de se desacomodar diante do novo, de refletir sobre o que está sendo pesquisado em educação, de incorporar, em seu fazer, as inovações que passam a ocupar os diferentes espaços da vida social. Numa perspectiva mais tradicional de educação, a aprendizagem tende a ser reproduzida de forma receptiva e mecânica, concentrando-se na memorização e na exposição verbal da matéria, por meio de modelos. A autoridade do professor exige atitude receptiva do aluno, ou seja, o professor fala e o aluno escuta, conforme afirma Aranha (1989). Dentre as concepções pedagógicas mais atuais, destaca-se a perspectiva progressista, onde a aprendizagem é o produto crítico do conhecimento ao qual se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica. O professor é um animador, um mediador que se coloca junto aos alunos, influenciando-se pelas suas características e adaptando-se ao desenvolvimento próprio de um grupo. Elimina-se então, toda a relação de autoridade, sendo que o diálogo proporciona uma autêntica relação entre professor e aluno, e através de questionamentos, troca de informações é possível criar condições para reflexão, compreensão e construção de conhecimentos. Freire (1996) é um estudioso que defende a educação nesta perspectiva. Em busca de uma prática pedagógica inovadora, o lúdico tem muito a contribuir, pois proporciona momentos de prazer, diversão, entretenimento e, ao mesmo tempo, condições de aprimorar e construir conhecimentos. Um exemplo de atividade lúdica que pode ser citado são os jogos. A palavra jogo habitualmente é confundida como uma competição, um brincar simplesmente, aproximando-se, assim, da origem etimológica da palavra lúdico como um divertimento apenas. Porém, os jogos didáticos quando desenvolvidos na sala de aula, tornam o processo ensino-aprendizagem mais interativo e motivador, sendo que é proposto com uma intenção educacional e finalidade pedagógica. Conforme Antunes (2003), os jogos estimulam o crescimento e a aprendizagens quando são propostos pelo educador que tem objetivos previstos e definidos a serem alcançados. Desta forma, faz-se necessário um planejamento diário pelo professor, o estabelecimento de regras, para que tais jogos possam propiciar um ambiente dinâmico, acolhedor, que possibilite o desenvolvimento de habilidades e o alcance de uma aprendizagem significativa. Para que os jogos tenham esta conotação o educador deve adequá-los a faixa etária, segundo Antunes (2003), diversificando-os, explorando a construção do conhecimento nas diferentes áreas, priorizando a sociabilidade e a importância de adaptar-se para uma boa convivência no grupo. É importante que as regras do jogo estejam bem claras e bem definidas, para que possam ser obedecidas por todos os envolvidos alcançando, assim, bom êxito. A aprendizagem é tão importante quanto o desenvolvimento social e o jogo constitui uma ferramenta pedagógica e ao mesmo tempo promotora do desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento social (ANTUNES,2003, p.14). Não apenas os jogos, mas igualmente o desenvolvimento de outras atividades lúdicas reforçam a ideia de buscar uma prática pedagógica baseada no diálogo, na troca de informações, na interação, na busca de encontrar soluções frente aos desafios que são propostos. Acredito que um espaço possível para que estas atividades sejam desenvolvidas com os educandos, é a mídia impressa na forma de revista. Nesta perspectiva, foi elaborada a revista EDUGART, explorada nas classes de primeiro ano do Ensino Fundamental, que oportunizou o contato direto com informações, com diferentes gêneros textuais e com atividades a serem realizadas na própria revista. A partir de diversas atividades expostas na revista, o ensino pode se tornar motivador, interessante, dinâmico; os alunos ajudam-se na busca por soluções frente aos desafios apresentados e discutem as diversas temáticas presentes na revista, socializando informações. O “brincar” é essencial para a faixa etária dos alunos das séries iniciais. Daí torna-se fundamental o professor buscar meios para que as atividades propostas tenham realmente significado para a vida dos alunos, diante da grande evolução tecnológica presente no seu cotidiano, sendo que “o poder de ensinar e o prazer de aprender são grandes benefícios do ensinar aprendendo” (TIBA, 1998, p.25) Dessa forma, as mídias, que já exercem grande influência na vida das pessoas, tornam-se aliadas para o processo ensino-aprendizagem. A revista EDUGART, adequada para a faixa etária dos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, pode estimular os alunos a ter prazer pela leitura e pela escrita e a desenvolver o raciocínio lógico, sendo valorizados e reconhecidos em outras atividades que exigem tais habilidades, como gincanas e feiras de ciências. Além disso, estas habilidades podem auxiliar a desenvolver a criticidade, o trabalho coletivo, a cidadania dos educandos e a importância da atuação de cada um, como parte integrante de uma sociedade. A mudança no processo educativo O texto “Quando a escola é de vidro” (anexo 1) nos faz refletir sobre o tipo de educação que é desenvolvido e o tipo de educação que queremos. O hábito de ficar dentro dos vidros, visa modelar o comportamento dos educandos, proporciona a comodidade daqueles que se sentem confortáveis, quando não é necessário pensar, questionar, buscar. Outros, porém, sentem-se contrariados, devido suas diferenças não serem respeitadas, nem valorizadas, sentindo a falta de estímulos e oportunidades para refletir. Assim, não há comunicação, troca de ideias e experiências, e sim, um relacionamento vertical de apenas falar e ouvir. Nesse sentido, é importante refletir se esse é o procedimento que se quer no processo educativo, todos pensando e agindo da mesma forma, mesmo diante dos avanços tecnológicos e da influência das mídias no cotidiano escolar. As relações que professor e aluno mantém não são ativas de ambas as partes, nem mesmo entre os próprios alunos, sendo que o vidro interfere de forma a dificultar o relacionamento, não permitindo trocas, e sim, a imposição de ideias e atos. Nessa trajetória, muitas perguntas não são respondidas, e até nem chegam a ser realizadas, ou ficam apenas no ideário dos alunos. No entanto, com o passar do tempo, os alunos dentro dos vidros acabam se cansando do ritmo monótono de sua vida escolar, adoram Educação Física, pois através do corpo podem expressar pensamentos, contentamentos e descontentamentos. Sendo assim, há muitas formas de aprender, devendo estas, serem disponibilizadas aos aprendizes. Para isso, há a necessidade de respeitar as individualidades dos alunos, valorizando-os como seres pensantes, ativos, capazes e sujeito de sua própria aprendizagem. O professor é um mediador que tem condições de explorar as tecnologias e as mídias, as informações, as situações vivenciadas, como uma forma positiva para a reflexão e para formação de opiniões e ações coerentes para um cidadão atuante no meio em que vive. É importante construir uma “Escola Experimental” onde, a cada dia que passa, surgem novidades; uma escola preparada para encarar desafios, conectada a essa nova realidade vivenciada, consciente e sabendo utilizar tecnologias e mídias em prol da educação e do desenvolvimento integral de seus alunos em seus aspectos cognitivo, afetivo e social. Um dia teremos a revolução dos vidros e a diferença será valorizada! Ou quem sabe já estamos vivenciando esta revolução! Os espaços abertos para reflexão em sala de aula, as crescentes buscas por uma educação problematizadora, que considere os conhecimentos que os alunos trazem de suas vivências cotidianas em outros espaços da vida que não apenas a escola são alguns indicativos que a revolução está sendo vivenciada. Diante disso, é necessário buscar caminhos para inovar, para colocar-se no novo, no desafio constante das mídias, de forma a dar um novo significado a aprendizagem. METODOLOGIA Tipo de estudo: Foi realizada uma pesquisa pedagógica, com uma abordagem qualitativa da realidade, sendo evidenciada a mídia impressa no cotidiano escolar dos alunos de primeiro ano de Ensino Fundamental. É possível, neste caso, a participação direta do pesquisador/professor que, através de observações e entrevistas, e de uma interação junto aos alunos na concretização e elaboração da mídia impressa, pode oportunizar situações significativas para o processo ensino-aprendizagem bem como analisar dados e contribuições constatadas na realidade vivenciada. Local de estudo: O estudo foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental General Artigas, na cidade do Chuí, que atende, aproximadamente, 380 alunos, distribuídos entre a pré-escola, 1° a 3° ano, e 4ª a 8ª série do Ensino Fundamental, totalizando 19 turmas. Trabalham na escola, aproximadamente, 28 professores. A escola possui duas turmas de primeiro ano, com uma professora cada uma, totalizando, atualmente, vinte e nove alunos e duas professoras. Sujeitos envolvidos: A pesquisa foi realizada com os alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental das séries iniciais da EMEF General Artigas, com suas respectivas professoras, totalizando 29 crianças. Coleta de dados: Um novo número da revista EDUGART foi elaborado e distribuído aos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. Foi observado o desempenho dos alunos do primeiro ano, como motivação, interesse, participação para manusear a revista e para realizar as atividades lúdicas propostas. Foram filmados momentos de interação das turmas com a mídia impressa, para que fosse possível analisar, detalhadamente, o envolvimento e a atuação dos alunos ao trabalharem nas atividades lúdicas expostas na revista. Durante a aula, os alunos tiveram a oportunidade de expor suas opiniões sobre o trabalho realizado, a partir de questionamentos orais (apêndice 1). Uma das professoras foi entrevistada com o objetivo de identificar suas percepções diante do trabalho proposto (apêndice 2) . Para coleta de dados foram utilizados, portanto, observação dos alunos no desempenho das atividades, conversa com os mesmos que foi gravada, e entrevista com professora, através de registros escritos. Análise de dados: A análise foi realizada a partir de sucessivas e intensas leituras dos dados, usando o referencial teórico como base para tais análises. Aspectos éticos: Foi solicitado à equipe diretiva da escola autorização para realização do estudo (apêndice 3), para a qual foi dada resposta afirmativa. Aos pais foi explicado o objetivo do estudo, além de explicitar como seria desenvolvido, e foi solicitado que assinassem o termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice 4). Os mesmos assinaram estando cientes e concordando com o projeto a ser realizado na escola, envolvendo a participação dos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. RESULTADOS E DISCUSSÕES Proporcionar a mídia impressa, na forma de revista, foi uma experiência muito gratificante para o trabalho desenvolvido com os alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. Os alunos, ao manusearem a revista (apêndice 5) e realizarem as atividades lúdicas propostas, demonstraram motivação e interesse em fazer as atividades, folheavam a revista com entusiasmo e curiosidade, observando as imagens, lembrando das ações realizadas pelos alunos da escola, através de fotos referentes aos eventos escolares, bem como trabalhos realizados pelos próprios alunos. A mídia impressa, através das atividades lúdicas, proporcionou maior interação entre os alunos. Permitiu a troca de ideias, a ajuda mútua ao realizarem as atividades propostas, dentre elas os jogos dos quais os alunos participaram ativamente. Os jogos proporcionados contribuíram positivamente com processo ensinoaprendizagem, pois foi possível explorar conteúdos de uma forma espontânea. La Taile, Oliveira e Dantas (1992) destacam que Vygotsky enfatiza a importância das relações estabelecidas na interação e o quanto favorecem, positivamente, a construção do conhecimento. Sendo assim, constatei que o brincar possibilita prazer, entretenimento, bem como o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo. No entanto, é fundamental a intervenção do professor, conforme afirma Antunes (2003), como orientador para que as regras sejam respeitadas e para que o ambiente se torne propicio ao desenvolvimento de habilidades e valores, possibilitando assim através do jogo o alcance dos objetivos esperados. Os jogos possibilitam, também, o competir. E esta competição que nasce do jogo pode ser saudável ou não, e para que seja saudável, depende diretamente da intervenção e atuação do professor. Ao explorar, na sala de aula, a revista Edugart foi possível vivenciar momentos de prazer, de discussão, de um bom relacionamento. Os alunos, quando questionados sobre a revista, relataram ter gostado muito da mesma, com destaque especial para as atividades lúdicas propostas; outros disseram que gostaram das músicas, de brincar e de pintar. Opinião dos alunos do 1º ano 11 e 12 em relação a revista Edugart Ótimo Bom Regular Durante o momento em que os questionei sobre a revista constatei que a preferência da maioria dos alunos foi para as atividades lúdicas. Referem que proporcionam: “Divertimento” (fala de aluno). Destacam, ainda, que realizar as atividades lúdicas: “É bom” (fala de aluno). “É legal” (fala de aluno). Segundo Moran (2000, p 24), “aprendemos pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem”. Para as próximas edições, a maioria dos alunos enfatizou a importância das atividades lúdicas propostas que possibilitou prazer, interação e entretenimento, fatores considerados importantes e positivos para o processo ensino-aprendizagem (ALMEIDA, 1998). Os alunos demonstraram curiosidade e ansiedade para realizar tais atividades como jogo dos cinco erros, jogo da memória, trilha do alfabeto. Foi possível propiciar situações interativas, através da conversa e discussão, para encontrar soluções frente os desafios apresentados. Os alunos demonstram maior motivação quando a atividade realizada propiciava discussão, formação de grupos, interação. Além disso, a revista possibilitou o contato dos alunos com uma diversidade de gêneros textuais que os levou a momentos de reflexão, de leitura e de escrita em diferentes contextos, considerando a importância do uso funcional da leitura e escrita, conforme salienta Faria (2003). A aula tornou-se mais dinâmica através das atividades nela propostas: músicas, análise de textos e poesias que contribuíram para a reflexão de vários assuntos pertinentes na construção de conhecimentos e da cidadania. A professora entrevistada acredita que a revista pode ser uma Fonte de possibilidades (fala da professora). E que pode ser utilizada em diferentes situações de ensino-aprendizagem, pois a Edugart, além de proporcionar atividades lúdicas proporcionou, também, informação referente a acontecimentos escolares. Foi possível perceber o quanto é importante a interação aluno/professor/aluno no processo educativo, tornando-se necessário que as práticas educativas sejam inovadoras e que incentivem os alunos, que os envolva no processo de construção do conhecimento e que mostre a cada um o quanto são capazes de buscar, de produzir e de aprender mais e mais. O conteúdo tornou-se significativo, pois os assuntos partiram de ações praticadas e vivenciadas por todos na escola, sendo reconhecidos e valorizados através da mídia impressa. A revista tornou-se uma das formas de incluir, no fazer pedagógico, a utilização da mídia impressa na sala de aula em prol do processo ensino-aprendizagem. CONSIDERAÇÕES FINAIS Utilizando as mídias como instrumento pedagógico as aulas tornam-se dinâmicas, contextualizadas; a escola pode acompanhar a realidade vivenciada por todos. Os alunos podem realizar suas próprias produções utilizando a mídia como um recurso que contribui para esse processo educativo de criar, de pesquisar, aprimorando seus conhecimentos tecnológicos, além de serem sujeitos no processo ensino-aprendizagem. É fundamental um aperfeiçoamento constante para que o educador saiba lidar com os equipamentos e tecnologias que estão presentes na escola, e possibilitar o avanço no desempenho dos alunos, levando em conta a importância de uma escola que prima por oportunizar recursos e condições para que seus educadores possam realizar esse tipo de trabalho. A EDUGART, como uma mídia impressa, é uma revista criada e adaptada para os alunos do primeiro ano do Ensino fundamental, que contemplou diversas informações, de diferentes contextos e formas. Os alunos tiveram a oportunidade de se sentirem valorizados pelo que fazem, participando ativamente nas atividades lúdicas propostas na mesma. A leitura/escrita, bem como ideias da lógica matemática foram trabalhadas de diferentes maneiras, ora cantando, ora jogando, ou mesmo com cruzadinhas, poesias, desafios apresentados como: o que é, o que é. Os alunos observaram a revista como um todo; foi explorado o reconhecimento dos numerais, mesmo pelo simples fato de chegar a uma determinada página; observaram as imagens da revista e discutiram as ações realizadas pelos alunos da escola, refletindo a sua importância como, por exemplo, a feira de ciências, a gincana do agasalho, valorizando as ações realizadas por todos os alunos. A EDUGART proporcionou a participação efetiva dos alunos; além disso, professor e aluno realizaram discussões sobre diversos assuntos para a edição da próxima revista, enfatizando produções coletivas, como por exemplo: carta do leitor, formação de perguntas para a página “Tire as dúvidas”, procurando propiciar meios para a reflexão e o avanço no processo de leitura e de escrita. Desta forma, outros números de revistas já estão sendo pensadas, buscando formas para que os assuntos abordados sejam realmente atrativos e interessantes ao público-alvo. Os alunos tornam-se co-autores nesse processo, sentindo-se motivados para realização de tais tarefas. O professor torna-se o orientador que os estimula a atuar, incentivando a pensar e a dialogar com os colegas, salientando o momento de falar e de ouvir, ou seja, a importância da sociabilidade para uma boa convivência em grupo. Aos alunos em processo de alfabetização é indispensável o contato direto com as diferentes formas de escrita, e a revista tem muito a contribuir, seja através de informações, cantigas, como também através de atividades lúdicas expostas para serem resolvidas pelos alunos, que os estimulam a pensar, a interagir, realizando-as com interesse e motivação. Os alunos tiveram a oportunidade de familiarizar-se com a mídia impressa de uma forma positiva, enfatizando as várias formas de comunicação e interação através da escrita e leitura, em diferentes abordagens. É possível conceber que o processo é contínuo e gradual, e que cabe ao professor criar e oportunizar condições para que os alunos possam avançar e alcançar uma aprendizagem significativa. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. SãoPaulo: Loyola,1998. Disponível em www.books.google.com acesso em 15/11/2008. ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir: Petrópolis, RJ: Vozes, 2003 ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989. FARIA, Maria Oliveira. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: 8ed. Contexto, 2003. Disponível em www.books.google.com acesso em 24/08/09. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:saberes necessários à Paulo: Paz e Terra, 1996. prática educativa. São KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007. Disponível em www.books.google.com acesso em 23/08/09. LA TAILE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kholde; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallow: teorias psicogenéticas em discussão: São Paulo: Summus, 1992. MASETTO, Marcos; MORAN, José; BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. Disponível em www.books.goole.com acesso em 20/08/2009. MOÇO, Anderson, Gêneros, como usar, Revista Nova Escola, nº 224, pág 48, agosto/2009. Brasília: Seed/mec. MORAN, José Manuel. Desafios na comunicação Disponível em www.eca.usp.br acesso em 13/05/2009. pessoal: 3ed. Paulinas, 2007. MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal: São Paulo:Paulinas, 2000. Disponível em www.eca.usp.br acesso em 17/12/2008. PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS/Língua Portuguesa. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3ed. Brasília: A Secretaria, 2001. PRÓ-LETRAMENTO: Programa de formação continuada de Professores dos Anos/Séries iniciais do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Brasília, 2007. PROINFO: Programa de Formação Continuada Mídias na Educação. Módulo básico material impresso. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2007. PROINFO: Programa de Formação Continuada Mídias na Educação. Módulo intermediário material impresso. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2008. REGIMENTO ESCOLAR E PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO da Escola Municipal de Ensino Fundamental General Artigas. ROCHA, Ruth. Citações e referências a documentos eletrônicos. <http:centrorefeducacional.pro.br> Acesso em 17 de agosto de 2009. Disponível em: TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: Como superar os desafios do relacionamento professoraluno em tempos de globalização. São Paulo: Editora Gente, 1998. VYGOTSKY, L. A formação social da mente.São Paulo:Martins Fontes,1988. Disponível em www.clubedoprofessor.com.br acesso em 17/12/2008. ANEXOS ANEXO 1 QUANDO A ESCOLA É DE VIDRO Ruth Rocha Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito. Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes... Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, logo, eu tinha que me meter no vidro. É, no vidro! Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não! O vidro dependia da classe em que a gente estudava. Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho. Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior. E assim, os vidros iam crescendo á medida em que você ia passando de ano. Se não passasse de ano era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado. Coubesse ou não coubesse. Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros. E pra falar a verdade, ninguém cabia direito. Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados no vidro, nem assim era confortável. Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, ás vezes até batiam no professor. Ele ficava louco da vida e atarrachava a tampa com força, que era pra não sair mais. A gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava... As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos. Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabia nos vidros, se respiravam direito... A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros. As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. e na aula de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito nenhum para Educação Física. Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em casa. E alguns meninos também. Estes eram os mais tristes de todos. Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma tristeza! Se agente reclamava? Alguns reclamavam. E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser assim o resto da vida. Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado vidro, até pra dormir, por isso que ela tinha boa postura. Uma vez um colega meu disse pra professora que existem lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças podem crescer a vontade. Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunistas. Ou até coisa pior... Tinha menino que tinha até de sair da escola porque não havia jeito de se acomodar nos vidros. E tinha uns que mesmo quando saíam dos vidros ficavam do mesmo jeitinho, meio encolhidos, como se estivessem tão acostumados que até estranhavam sair dos vidros. Mas uma vez, veio para minha escola um menino, que parece que era favelado, carente, essas coisas que as pessoas dizem pra não dizer que é pobre. Aí não tinha vidro pra botar esse menino. Então os professores acharam que não fazia mal não, já que ele não pagava a escola mesmo... Então o Firuli, ele se chamava Firuli, começou a assistir as aulas sem estar dentro do vidro. O engraçado é que o Firuli desenhava melhor que qualquer um, o Firuli respondia perguntas mais depressa que os outros, o Firuli era muito mais engraçado... E os professores não gostavam nada disso... Afinal, o Firuli podia ser um mal exemplo pra nós... E nós morríamos de inveja dele, que ficava no bem-bom, de perna esticada, quando queria ele espreguiçava, e até mesmo que gozava a cara da gente que vivia preso. Então um dia um menino da minha classe falou que também não ia entrar no vidro. Dona Demência ficou furiosa, deu um coque nele e ele acabou tendo que se meter no vidro, como qualquer um. Mas no dia seguinte duas meninas resolveram que não iam entrar no vidro também: - Se o Firuli pode por que é que nós não podemos? Mas Dona Demência não era sopa. Deu um coque em cada uma, e lá se foram elas, cada uma pro seu vidro... Já no outro dia a coisa tinha engrossado. Já tinha oito meninos que não queriam saber de entrar nos vidros. Dona Demência perdeu a paciência e mandou chamar seu Hermenegildo que era o diretor lá da escola. Seu Hermenegildo chegou muito desconfiado: - Aposto que essa rebelião foi fomentada pelo Firuli. É um perigo esse tipo de gente aqui na escola. Um perigo! A gente não sabia o que é que queria dizer fomentada, mas entendeu muito bem que ele estava falando mal do Firuli. E seu Hermenegildo não conversou mais. Começou a pegar as meninos um por um e enfiar á força dentro dos vidros. Mas nós estávamos loucos para sair também, e pra cada um que ele conseguia enfiar dentro do vidro - já tinha dois fora. E todo mundo começou a correr do seu Hermenegildo, que era pra ele não pegar a gente, e na correria começamos a derrubar os vidros. E quebramos um vidro, depois quebramos outro e outro mais dona Demência já estava na janela gritando - SOCORRO! VÂNDALOS! BÀRBAROS! (pra ela bárbaro era xingação). Chamem o Bombeiro, o exército da Salvação, a Polícia Feminina... Os professores das outras classes mandaram cada um, um aluno para ver o que estava acontecendo. E quando os alunos voltaram e contaram a farra que estava na 6° série todo mundo ficou assanhado e começou a sair dos vidros. Na pressa de sair começaram a esbarrar uns nos outros e os vidros começaram a cair e a quebrar. Foi um custo botar ordem na escola e o diretor achou melhor mandar todo mundo pra casa, que era pra pensar num castigo bem grande, pro dia seguinte. Então eles descobriram que a maior parte dos vidros estava quebrada e que ia ficar muito caro comprar aquela vidraria tudo de novo. Então diante disso seu Hermenegildo pensou um bocadinho, e começou a contar pra todo mundo que em outros lugares tinha umas escolas que não usavam vidro nem nada, e que dava bem certo, as crianças gostavam muito mais. E que de agora em diante ia ser assim: nada de vidro, cada um podia se esticar um bocadinho, não precisava ficar duro nem nada, e que a escola agora ia se chamar Escola Experimental. Dona Demência, que apesar do nome não era louca nem nada, ainda disse timidamente: - Mas seu Hermenegildo, Escola Experimental não é bem isso... Seu Hermenegildo não se perturbou: - Não tem importância. A gente começa experimentando isso. Depois a gente experimenta outras coisas... E foi assim que na minha terra começaram a aparecer as Escolas Experimentais. Depois aconteceram muitas coisas, que um dia eu ainda vou contar... APÊNDICES APÊNDICE 1 Entrevista com os alunos. 1. Vocês gostaram da revista EDUGART? Por quê? 2. O que mais lhe chamou atenção? 3. Quais os temas ou curiosidades que vocês gostariam que a EDUGART abordasse nas próximas edições. APÊNDICE 2 Entrevista com a professora do primeiro ano 1. Qual é a sua opinião sobre a revista EDUGART? 2. Você acredita que a revista EDUGART pode contribuir para o processo ensinoaprendizagem dos seus alunos? Por quê? 3. Qual foi a reação dos alunos diante da revista? 4. A revista despertou o interesse dos alunos na sala de aula? Exemplifique 5. As atividades lúdicas despertaram o interesse dos alunos? Exemplifique APÊNDICE 3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE PROGRAMA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO Chuí, março de 2009. Prezada Professora, Como aluna do curso de Educação à distância Mídias na Educação, solicito autorização para desenvolver, nesta escola, o Projeto de Pesquisa intitulado “A importância das atividades lúdicas através da mídia impressa, que tem como objetivo: Avaliar a importância das atividades lúdicas para o processo ensino-aprendizagem no contexto educacional dos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, utilizando a mídia impressa na forma de revista como meios de vinculação das atividades propostas. O projeto será realizado com alunos por meio de entrevistas e observações. O período para desenvolvimento do mesmo deverá ocorrer nos meses de abril a outubro de 2009. No aguardo de seu parecer, subscrevo-me Atenciosamente __________________________ ANDRÉIA TEXEIRA LEÃO Ilma. Sra. ISABÉL CRISTINE DA SILVA BARBOSA Diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental General Artigas N/Cidade APÊNDICE 4 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE PROGRAMA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Prezados Pais ou Responsáveis Meu nome é Andréia Texeira Leão. Estou realizando uma pesquisa intitulada: “A importância das atividades lúdicas através da mídia impressa”, vinculada ao Curso de Educação à Distância Mídias na Educação, que tem como objetivo: Avaliar a importância das atividades lúdicas para o processo ensino-aprendizagem no contexto educacional das séries iniciais, utilizando a mídia impressa na forma de revista como meio de veiculação das atividades propostas. Para sua concretização, será necessária a realização de entrevistas/observação das atividades. Neste sentido, gostaria de contar com a sua participação. Se você tiver alguma dúvida em relação ao estudo antes ou durante seu desenvolvimento, ou desistir de fazer parte dele, poderá entrar em contato comigo pessoalmente ou através do telefone (0xx53) 81169656. Se você estiver de acordo em participar, posso garantir que as informações fornecidas serão confidenciais, sendo que os nomes dos/as participantes não serão utilizados em nenhum momento. As informações coletadas poderão ser utilizadas em publicações como livros, periódicos ou divulgação em eventos científicos. Sua participação poderá contribuir para a melhoria no processo ensinoaprendizagem pela utilização das mídias no cotidiano da sala de aula. Atenciosamente, ANDRÉIA TEXEIRA LEÃO _____________________________________________________________ Consentimento Pós-informação Eu,................................................................................, fui esclarecido(a) sobre a pesquisa “A importância das atividades lúdicas através da mídia impressa” e concordo em participar da mesma. Nome do participante (aluno):___________________________ Assinatura do responsável pelo aluno_______________________________________ Assinatura da responsável pela pesquisa______________________________________ Local e data: __________________________________________________ Nota: O presente Termo terá duas vias, uma ficará com a pesquisadora e a outra via com a participante da pesquisa.