Secretaria de Educação a Distância – SEED – MEC
Universidade Federal do Rio Grande
Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação
Curso de Especialização em Mídias na Educação
A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚCIDAS DA MÍDIA
IMPRESSA
Andréia Teixeira Leão
Orientadora: Profª. Dra. Eliana Pinho de Azambuja
Santa Vitória do Palmar/RS, 2009
ANDRÉIA TEIXEIRA LEÃO
A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES LÚCIDAS DA MÍDIA
IMPRESSA
Monografia apresentada ao Programa de Formação
Continuada em Mídias na Educação, da Universidade
Federal do Rio Grande, como requisito para a
obtenção do Título de Especialista em Mídias na
Educação.
Orientadora: Profª. Dra. Eliana Pinho de Azambuja
Santa Vitória do Palmar/RS, 2009
AGRADECIMENTOS
Agradeço a ajuda de minha orientadora Eliana, pela paciência e carinho
com que sempre me acolheu;
Agradeço às tutoras e ao coordenador do Mídias, Alexandre, pela
orientação dada no decorrer do curso;
Agradeço aos meus colegas, e equipe da EMEF General Artigas, pelo
apoio prestado.
RESUMO
Este trabalho buscou refletir sobre a importância de atividades lúdicas para o processo ensinoaprendizagem de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, por meio da mídia impressa
veiculada através de uma revista chamada Edugart. Esta mídia possibilita refletir sobre situações
vivenciadas na escola, bem como explorar, no meio educacional, atividades lúdicas que reforçam
a importância da interação, descontração, troca de idéias, através de um ambiente propício e
motivador para a busca e construção do conhecimento. Desta forma, buscou-se incluir, na prática
pedagógica, a utilização da mídia impressa, propiciando diversidade de gêneros textuais e
realização de atividades lúdicas, oportunizando condições para uma aprendizagem significativa e
participativa na vida dos alunos.
Palavras-chave: Edugart, revista, mídia impressa, lúdico
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................
OBJETIVOS .................................................................................................
JUSTIFICATIVA ...........................................................................................
REFERENCIAL TEÓRICO ...........................................................................
A educação e as mídias ................................................................................
Mídia impressa no cotidiano escolar .............................................................
A ludicidade ..................................................................................................
A mudança no processo educativo ...............................................................
METODOLOGIA ...........................................................................................
Tipo de estudo ..............................................................................................
Local do estudo .............................................................................................
Sujeitos do Estudo .........................................................................................
Coleta de dados ............................................................................................
Análise de dados ..........................................................................................
Aspectos éticos .............................................................................................
RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................
REFERÊNCIAS ............................................................................................
ANEXO .........................................................................................................
APÊNDICES .................................................................................................
INTRODUÇÃO
As pessoas vivem em constante interação e comunicação umas com as
outras em diversos momentos e ambientes como em casa, no trabalho, na escola,
no mercado, entre outros. Mesmo quando distantes, encontram formas de se
comunicar e de interagir.
Diversos meios de comunicação podem ser utilizados nesses contatos,
entre eles: fala, carta, internet, relatórios profissionais, ou seja, cada pessoa se
apropria das diferentes tecnologias que estão presentes em seu cotidiano de vida,
de estudo, de trabalho para estabelecer a comunicação e para se relacionar com
outras pessoas.
A escola, como um espaço onde são aprendidos e ensinados diferentes
conteúdos e onde se estabelecem diferentes formas de relações e comunicações
entre as pessoas, deve se preocupar em contextualizar o ensino com os
diferentes modos de viver dos alunos e em incorporar as diferentes tecnologias
que fazem parte de seus contextos de vida, buscando, na aproximação com suas
realidades, uma forma possível e efetiva de produção de conhecimentos.
A exploração dos diferentes gêneros textuais que compõe a mídia
impressa, o uso do computador e da internet, são alguns exemplos de como a
tecnologia pode ser utilizada, estimulando o aluno a ler, a analisar, a refletir e a
interagir com os outros, enriquecendo o vocabulário, adquirindo e produzindo
novos conhecimentos, enfim, tornando-se participante ativo do processo ensinoaprendizagem.
Ao valorizar e reconhecer a importância dos avanços tecnológicos que
“invadem”, não só o cotidiano escolar, mas, também, a vida social de cada aluno,
o educador estará contribuindo para a formação da cidadania e do sujeito crítico,
participativo, pois os assuntos que possuem significados para os educandos,
tendem a favorecer uma melhor compreensão, reflexão e posicionamento diante
das novas situações a serem vivenciadas, além de motivar sua participação neste
processo. Uma educação voltada para o exercício da cidadania necessita estar
alerta para criar condições que possibilitem analisar e refletir sobre as diversas
ações/situações que podem estar relacionadas ao contexto social dos alunos e
ser inseridas no contexto escolar.
A filosofia da escola pode e deve enfatizar uma educação para o
desenvolvimento da autonomia, senso-crítico, sociabilidade e construção do
saber, de acordo com o regimento escolar e o projeto político pedagógico
norteador do processo ensino-aprendizagem. Assim sendo, faz-se necessário
buscar novas práticas de ensino, coerentes com a proposta escolar, que contemplem
as diversas áreas do saber de uma forma prazerosa, motivadora, e que oportunize a
participação dos alunos bem como os incentive para a busca da construção do
conhecimento e da cidadania.
Nessa perspectiva, a mídia impressa contempla uma diversidade de gêneros
textuais que proporciona o contato direto com a linguagem, em diferentes situações e
interações,
contribuindo
para
um
ensino
contextualizado
e
não fragmentado.
Dependendo da forma como é utilizada, pode proporcionar prazer e estimular o aluno a
relacionar a leitura de diferentes textos com seu cotidiano de vida e vice-versa. O aluno
pode trazer para sala de aula, textos que lhe instigam a reflexão e que, coletivamente,
possam contribuir para a construção do saber.
Por acreditar na importância da mídia impressa, como resultado final da
participação no ciclo intermediário do curso Mídias na Educação, foi elaborada e
concretizada uma revista denominada EDUGART (Educação General Artigas) com
turmas de primeiro ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) General
Artigas, onde foram explorados diversos gêneros textuais como notícias, entrevistas,
informações, atividades lúdicas.
Ao incluir a mídia impressa no contexto escolar, foi possível proporcionar, aos alunos,
informação, comunicação e atividades que colaboraram, de forma significativa, no seu
processo de ensino-aprendizagem.
Dando continuidade a esta iniciativa, no decorrer do curso de especialização em
Mídias na Educação, foi utilizada, novamente, a mídia impressa na forma de revista,
como um meio de comunicação através do qual, atividades lúdicas foram trabalhadas
com os alunos das séries iniciais (primeiro ano do ensino fundamental). Para tanto, é
importante analisar suas influências no processo ensino-aprendizagem, salientando suas
contribuições e os avanços considerados significativos.
As atividades lúdicas expostas na revista foram desenvolvidas no sentido de
tornar o ensino mais dinâmico, pois, ao realizá-las, os alunos têm a oportunidade de
brincar, trocar ideias, descontrair-se e, através da interação social, construir seu próprio
conhecimento e participar da construção coletiva destes.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
- Avaliar a importância das atividades lúdicas para o processo ensino-aprendizagem no
contexto educacional de alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental da Escola
Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) General Artigas, utilizando a mídia impressa
na forma de revista como meio de veiculação das atividades propostas.
Objetivos específicos:
- Observar a aceitação da mídia impressa pelos alunos.
- Apontar aspectos considerados significativos ao realizar atividades lúdicas pedagógicas.
- Despertar o interesse e participação dos alunos no processo ensino-aprendizagem
através de seu envolvimento com as atividades propostas na revista.
- Identificar a influência das atividades lúdicas no processo ensino-aprendizagem.
JUSTIFICATIVA
Estamos envolvidos em uma diversidade de tecnologias que se tornam
essenciais em nossas vidas; assim sendo, é de fundamental importância que as
mesmas façam parte, igualmente, do fazer pedagógico, uma vez que alunos e
professores estão inseridos neste contexto tecnológico.
Sabe-se da relevância de considerar o meio educacional como um espaço
motivador e dinâmico, respeitando e valorizando a bagagem cultural dos alunos,
bem como a sociabilidade e a troca de experiências e de informações. Buscar um
intercâmbio entre os saberes já adquiridos e os que devem ser construídos no
espaço escolar, com reflexão e participação ativa no processo educativo, é uma
necessidade emergente nos meios escolares.
Partindo do conhecimento de que a mídia impressa na forma de revista faz
parte das mídias utilizadas pelas crianças que estudam na Escola Municipal de
Ensino Fundamental General Artigas, utilizada para leitura, para diversão, entre
outros fins, e corroborada pelo estudo anterior que evidenciou o quanto os alunos
se sentiram motivados à leitura da revista EDUGART, esta mídia foi escolhida
para ser, novamente, trabalhada com os alunos em sala de aula.
Na perspectiva de resgatar a importância atribuída à mídia impressa na
escola como um todo, é que foi desenvolvido o presente estudo, utilizando a
EDUGART para propor diferentes atividades lúdicas aos alunos das séries iniciais
buscando enfatizar a importância destas atividades no processo ensinoaprendizagem. Acredita-se que os alunos, ao brincarem, podem aprender,
construir conhecimentos e estabelecer um clima de interação, diálogo e troca de
saberes, despertando o interesse e a motivação para participar das atividades
propostas.
Em busca de novas práticas de ensino, é interessante explorar as mídias
presentes no cotidiano dos alunos, podendo ser um grande auxilio nas práticas
pedagógicas, como uma forma de tornar as aulas mais atrativas, dinâmicas e
interessantes.
Este estudo enfatizou, então, as atividades lúdicas proporcionadas pela
revista EDUGART como uma forma de mediação entre o prazer e o conhecimento
a ser construído.
REVISÃO DE LITERATURA
A educação e as mídias
No mundo atual que vivemos podemos constatar a influência que os meios
de comunicação exercem na vida das pessoas, podendo ocasionar benefícios ou
malefícios à educação, levando em conta que a mesma não está restrita somente
à escola, mas acontece, também, no contexto social que o indivíduo vivencia.
Comunicar-se faz parte do cotidiano de qualquer pessoa, sendo uma forma
de conhecer e compreender o mundo e as pessoas, integrar-se ao meio social,
político, educacional, enfim, relacionar-se. Conforme Moran (2007, p. 35-36)
“comunicamo-nos para sentir o prazer de estarmos juntos; para realizar-nos em
todos os níveis possíveis - no emocional, no intelectual, no familiar, no
profissional”.
Nas diferentes formas de comunicação, as mídias vêm ocupando um
espaço cada vez maior na vida das pessoas, influenciando em diversos aspectos
como em certas atitudes, comportamentos, linguagens, pensamentos.
Cabe a escola preocupar-se com a formação do indivíduo como cidadão,
para ser capaz de utilizar essas tecnologias e mídias de modo que favoreçam
positivamente sua vida social, usufruindo, assim, dos conhecimentos adquiridos
para intervir no meio em que vive. Dessa forma, é preciso entender que a
educação escolar necessita evoluir, abrangendo a diversidade de informações e
comunicações que circulam no meio social, para possibilitar a reflexão e o
discernimento de verdades, intenções e posicionamentos diante da realidade
apresentada.
Conforme afirma Moran (2000, p. 155-166)
(...) Aqui reside o ponto crucial da educação: ajudar o educando a
encontrar um eixo fundamental para sua vida, a partir do qual possa
interpretar o mundo (fenômenos do conhecimento), desenvolva
habilidades específicas e tenha atitudes coerentes para sua realização
pessoal e social.
Atualmente, mídias como a televisão e o computador são os meios que
mais despertam a atenção das crianças, proporcionando lazer, diversão e
entretenimento. O aluno, por sua vez, vai para a escola e encontra uma sala com
um quadro, cadeiras e mesas, sendo este o lugar onde irá adquirir informação.
Como que este espaço pode se tornar mais estimulante e dinâmico? Este
questionamento deve acompanhar o professor, constantemente, em seu processo
ensino-aprendizagem.
É fundamental buscar meios para que a escola se torne atrativa e
interessante para os alunos. Os professores precisam tirar proveito dessas
informações trazidas pelas mídias, como músicas, comentários surgidos, filmes,
foders, revistas e, assim, proporcionar um ambiente acolhedor, favorecendo a
troca de experiências e a construção ou reformulação de conhecimentos, pois os
alunos, ao entrarem na escola, já possuem uma “bagagem” de conhecimentos,
que não devem ser esquecidos ou desconsiderados pelo professor, mas
respeitados e explorados na sala de aula. Conforme Freire (1996, p.52), o
professor deve estar imbuído do seguinte pensamento:
Quando entro em uma sala de aula devo estar sendo um ser aberto a
indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, às suas inibições;
um ser crítico e inquiridor, inquieto face da tarefa que tenho – a de
ensinar e não a de transferir conhecimento.
Dessa forma, a mídia impressa merece destaque, pois mesmo com a
evolução de diferentes mídias que hoje circulam no meio social, ela continua a
fazer parte do cotidiano das pessoas, por ser uma mídia de fácil acesso, popular,
adaptável ao ritmo do leitor, permitindo leituras e releituras, podendo ser
destinada a um público alvo e integrar-se perfeitamente a outras formas e meios
eletrônicos. Torna-se fundamental que os meios impressos estejam em constante
atualização, utilizando-se de diversas cores, imagens, com informações atuais
para que o assunto exposto desperte o interesse e atenção, possibilitando meios
de explorá-lo no fazer pedagógico de uma forma que contribua para o processo
ensino-aprendizagem.
É necessário abordar diversidade de assuntos, não como um produto, mas
como um processo de buscar o verdadeiro significado, refletir e analisar as
intenções comunicativas e os objetivos a serem alcançados a partir de imagens e
temas abordados, percebendo a importância de produzir, de expressar-se, de
buscar o conhecimento a partir de contextos situacionais, conforme o material
disposto no Curso Mídias (módulo intermediário material impresso).
Nesse intuito, é que a revista EDUGART foi explorada, oportunizando a
participação efetiva dos alunos, bem como possibilitando o desenvolvimento de
habilidades a partir de temas que estão sendo vivenciados na escola. Nesta, foi
possível explorar, também, atividades lúdicas, jogos que oportunizam aos alunos
a busca, a troca de experiências, novas descobertas e a interação com os
colegas e professores. Neste sentido, Vygotsky (1992) afirma que a interação de
crianças umas com as outras oportuniza uma aprendizagem significativa.
No contexto educacional, o lúdico passou a ter um significado especial,
diante das evoluções tecnológicas que hoje fazem parte do dia a dia das pessoas,
inclusive dos alunos nas séries iniciais. A palavra “lúdico” origina-se do latim ludus
que significa brincar. Porém, segundo Almeida (1998), a educação lúdica não
pode ser encarada como um passa tempo, diversão superficial. A ludicidade
caracteriza-se por estar pleno naquilo que faz com prazer.
As atividades lúdicas reforçam a interação entre as crianças favorecendo e
facilitando a socialização e o processo de aprendizagem dos alunos. Essa
interação, diálogo, troca de idéias, pode provocar euforia, inquietações, cabendo
ao professor conduzir e orientar o processo para atingir as metas a serem
alcançadas. Segundo Almeida (1998, p.123) “o bom êxito de toda atividade
lúdico-pedagógica depende exclusivamente do bom preparo e liderança do
professor”.
Neste contexto é que se busca uma prática educativa que oportunize o
ensino de uma forma lúdica, motivadora, priorizando a ação dialética e a
construção do conhecimento.
A inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na
prática pedagógica oportuniza um avanço no fazer pedagógico, possibilitando a
contextualização do ensino e a formação de indivíduos participativos, críticos,
reflexivos, capazes de utilizar os conhecimentos construídos na escola em sua
vida, e vice-versa. Para isso, é fundamental que o professor estabeleça um
intercâmbio entre a mídia e o saber a ser construído, através de uma interação
social, prevalecendo o diálogo, a discussão e a formação de opiniões próprias.
As TICs tornam-se cada vez mais indispensáveis na vida das pessoas,
podendo assumir uma conotação de aquisição, divulgação ou coletivização de
informações; ou de entretenimento e distração. São capazes de influenciar,
diretamente ou indiretamente, nas idéias, modos e costumes de cada um,
positivamente ou não.
Este assunto é muito pertinente no que se refere à educação, pois os
alunos de hoje, convivem com os avanços tecnológicos diariamente, adquirindo
conhecimentos de diferentes temáticas. As informações estão ao alcance das
pessoas, com muita facilidade e rapidez e, por isso, não cabe mais a escola
apenas transmitir verticalmente informações, mas sim, orientar os alunos a buscar
novos conhecimentos, a construir seus valores e conceitos, a estabelecer
diferenças, a discernir o certo e o errado, possibilitando um ensino que contemple
a realidade vivenciada.
Nesse sentido, o uso das TICs pode contribuir positivamente para estimular
a reflexão, para a formação de opiniões e para a construção do seu próprio
conhecimento, já que estão inseridas no contexto social e cultural dos educandos.
“As tecnologias podem trazer, hoje, dados, imagens, resumos de forma rápida e
atraente. O papel do professor – o papel principal – é ajudar os alunos a
interpretar, a relacioná-los, a contextualizá-los” (MORAN, 2000, p. 29 e 30).
A atuação do professor é de fundamental importância para estimular o
desenvolvimento do senso crítico diante do que é lido, visto ou vivenciado. Para
isso é indispensável proporcionar, na escola, um ambiente de interação,
discussão, reflexão sobre as informações e a importância de nosso papel como
cidadãos no meio em que vivemos.
É importante a visão que o educador tem diante da linguagem e da
informação. Segundo Kenski (2007), a linguagem oral é a principal forma de
comunicação e trocas
de informações. Nessa perspectiva, como
uma
característica marcante desde a antiguidade, a escola utiliza a fala como uma
forma de ensinar e verificar a aprendizagem e, em muitos casos, o aluno apenas
ouve, absorve as informações e, por diversas vezes, mesmo o professor
utilizando os recursos tecnológicos, assumem o papel de narrar fatos e histórias,
e de transmitir informações. Em se tratando da linguagem escrita, surge uma
nova forma de interação, onde se faz necessário a compreensão do que se
escreve e do que se lê, para que a comunicação realmente se efetive.
Dessa forma, torna-se importante que o educador reflita sobre sua prática
pedagógica de acordo com a visão que tem diante do processo educativo: de
como se constrói o conhecimento, como se dá a formação do cidadão, que tipo de
sociedade se quer. É importante salientar que as crianças desde cedo, no seu dia
a dia, já mantém contato direto com a linguagem oral e escrita em diferentes
formas, tanto no cotidiano familiar como no contexto tecnológico. A linguagem oral
e escrita tornam-se inseparáveis, ambas influenciam-se mutuamente no processo
de aprendizagem.
No meio educacional os alunos terão a chance de conhecer os diversos
gêneros textuais ao explorar as mídias, seja através de textos que podem ser
lidos, como através de imagens, som, imagens com movimento, enfim, as mídias
possibilitam o acesso a um leque de informações, que poderão beneficiar o
processo ensino-aprendizagem dos educandos, contando com o planejamento e
orientação dos educadores.
Incluir a mídia no contexto escolar não significa servir como um apoio, um
recurso a mais às aulas do professor. Conforme Kenski (2007) é necessário que
as mídias sejam incorporadas pedagogicamente na prática educativa, onde faz-se
necessário que o educador busque formas adequadas de uso, que possibilitem o
alcance dos objetivos pedagógicos previstos. A atuação do professor como
mediador é primordial para que aprendizagem realmente se efetive.
Mídia impressa no cotidiano escolar
A mídia impressa é um meio de fácil acesso as pessoas. É composta por
diversas informações através da escrita e imagens.
Mesmo com os avanços tecnológicos, na era digital, o material impresso
continua a existir e fazer parte do nosso cotidiano, seja através de folders,
revistas, jornais ou livros. A diferença existente é que esta mídia só invade a casa
das pessoas, se estas assim o permitirem, pois depende do próprio leitor a busca
e o interesse pelas informações apresentadas.
É importante salientar que o leitor tem a possibilidade, através da mídia
impressa, de ter contato direto com diferentes formas e gêneros textuais, que o
possibilita ampliar conhecimentos e seu próprio vocabulário. Embora atualmente
existam outros meios de interação e comunicação que oferecem atrativos mais
convincentes ao público-alvo, a mídia impressa tem um valor único que deve ser
estimulado desde cedo.
De acordo com o programa de formação continuada aos professores de
séries iniciais: Pró letramento: Alfabetização e Linguagem (2007, p 40):
(....) não é necessário que a criança espere a ler para ter acesso ao
prazer da leitura: pode acompanhar as leituras feitas por adultos, pode
manusear livros e outros impressos, tentando ‘ler’ ou adivinhar o que
está escrito.
Proporcionar aos alunos o contato direto com diferentes textos, como
entrevistas, bilhetes, cantigas, histórias, contos, torna-se fundamental no
processo ensino-aprendizagem, pois a partir de diversos assuntos e gêneros
textuais é possível refletir e formar opiniões, como também avançar no processo
de compreensão do sistema de leitura e escrita.
O contato com diferentes gêneros textuais possibilita compreender a
escrita como uma forma de interação e comunicação. A Revista Nova Escola, no
artigo “Como trabalhar com gêneros” (MOÇO, 2009) enfatiza a importância de
discutir na sala de aula por que e para quem escrever uma mensagem, qual é o
objetivo de determinada informação, sendo necessário que os alunos vivenciem
no cotidiano escolar essas práticas, extrapolando o hábito de ler ou escrever
simplesmente para o professor avaliar.
É preciso entender que todo texto é uma informação, e que esta
informação pode se apresentar de diversas formas na vida das pessoas, como
através das revistas ou dos jornais. No entanto, é preciso que o leitor tenha uma
postura crítica diante da leitura que faz, para que possa analisar e interpretar a
informação com clareza. E esta criticidade pode e deve ser estimulada na escola
para que o aluno possa desenvolver a capacidade de questionar, de se posicionar
diante de uma informação, interagindo com ela.
Segundo Faria (2003), faz-se necessário que o professor conheça a
ideologia, as intenções da mídia com qual irá trabalhar na escola, para que possa,
assim, usufruir deste instrumento de forma positiva para o processo ensinoaprendizagem. Para isso, é importante que estas ações estejam claras e definidas
no planejamento pedagógico, com finalidades a serem alcançadas. O professor
deve estabelecer critérios para que a mídia se torne um instrumento pedagógico
efetivo, considerando a faixa etária dos alunos, o nível intelectual, o tempo
determinado para desenvolver tal trabalho, o tipo de assunto a ser discutido.
Conforme Faria (2003) convém salientar que, mesmo com crianças que
não dominam a escrita, o professor pode tornar-se um “um professor-escrevente”,
pois os alunos, segundo a autora, possuem suas idéias e conceituações, e o
professor pode instigá-los a pensar, a levantar dados, e assim, coletivamente,
realizar produções. Assim, o professor estará enfatizando, em sua prática
pedagógica, o uso funcional da escrita.
É importante que os alunos se sintam sujeitos do processo, que façam
suas próprias produções, que sejam estimulados a criar, a imaginar e a realizar
ações.
Dessa forma, a revista Edugart enfatiza a participação efetiva dos alunos,
valorizando a concretização de ações, a exposição de suas idéias e de seus
desejos, despertando o interesse e a curiosidade de folhear a revista; de interagir
junto ao grupo nas discussões propostas a partir da escrita e de imagens
expostas; e possibilitando a todos envolvidos uma interação através da
linguagem.
A interação do aluno no seu processo de conhecimento é fundamental para
que a aprendizagem se torne verdadeiramente significativa. Nesse sentido, é
importante possibilitar, através do ensino, momentos de interação e construção do
conhecimento, onde seja possível o diálogo, a troca de informações e a reflexão
constante.
A escola que se preocupa com a formação da cidadania, propiciando
atividades que exigem interação, formação de grupos, estará explorando,
igualmente, a importância da sociabilidade e de uma boa convivência no ambiente
escolar e a importância de nossa participação ativa no meio em que vivemos.
Conforme MORAN (2000, p. 17),
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos
curiosos e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as
melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e
parceiros de caminhada do professor- educador. Alunos motivados
aprendem e ensinam, avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los
melhor.
Dessa forma, é imprescindível manter, na sala de aula, um ambiente
propício e acolhedor que desperte a motivação dos alunos para participar da aula,
das atividades propostas, enfim, que o aluno sinta-se participante do processo
ensino-aprendizagem.
As atividades lúdicas expostas na revista possibilitam o avanço na
aprendizagem de uma forma dinâmica, interativa. A mídia impressa, na forma de
revista, além de proporcionar informação em diferentes áreas do conhecimento,
torna-se um suporte pedagógico que possibilita a resolução de atividades que
oportunizam
interação,
desenvolvimento
da
reflexão
e
construção
de
conhecimentos.
A ludicidade
A realidade histórica da educação exerce grande influência sobre a
atuação docente e, conseqüentemente, na formação social do educando.
Com o passar do tempo, foi possível constatar uma grande evolução no
que se refere a concepções de educação e a visão diante do processo ensinoaprendizagem, o que provoca, nos educadores, a constante necessidade de se
desacomodar diante do novo, de refletir sobre o que está sendo pesquisado em
educação, de incorporar, em seu fazer, as inovações que passam a ocupar os
diferentes espaços da vida social.
Numa perspectiva mais tradicional de educação, a aprendizagem tende a
ser reproduzida de forma receptiva e mecânica, concentrando-se na memorização
e na exposição verbal da matéria, por meio de modelos. A autoridade do
professor exige atitude receptiva do aluno, ou seja, o professor fala e o aluno
escuta, conforme afirma Aranha (1989).
Dentre as concepções pedagógicas mais atuais, destaca-se a perspectiva
progressista, onde a aprendizagem é o produto crítico do conhecimento ao qual
se chega pelo processo de compreensão, reflexão e crítica. O professor é um
animador, um mediador que se coloca junto aos alunos, influenciando-se pelas
suas características e adaptando-se ao desenvolvimento próprio de um grupo.
Elimina-se então, toda a relação de autoridade, sendo que o diálogo proporciona
uma autêntica relação entre professor e aluno, e através de questionamentos,
troca de informações é possível criar condições para reflexão, compreensão e
construção de conhecimentos. Freire (1996) é um estudioso que defende a
educação nesta perspectiva.
Em busca de uma prática pedagógica inovadora, o lúdico tem muito a
contribuir, pois proporciona momentos de prazer, diversão, entretenimento e, ao
mesmo tempo, condições de aprimorar e construir conhecimentos.
Um exemplo de atividade lúdica que pode ser citado são os jogos. A
palavra jogo habitualmente é confundida como uma competição, um brincar
simplesmente, aproximando-se, assim, da origem etimológica da palavra lúdico
como um divertimento apenas. Porém, os jogos didáticos quando desenvolvidos
na sala de aula, tornam o processo ensino-aprendizagem mais interativo e
motivador, sendo que é proposto com uma intenção educacional e finalidade
pedagógica. Conforme Antunes (2003), os jogos estimulam o crescimento e a
aprendizagens quando são propostos pelo educador que tem objetivos previstos e
definidos a serem alcançados. Desta forma, faz-se necessário um planejamento
diário pelo professor, o estabelecimento de regras, para que tais jogos possam
propiciar um ambiente dinâmico, acolhedor, que possibilite o desenvolvimento de
habilidades e o alcance de uma aprendizagem significativa.
Para que os jogos tenham esta conotação o educador deve adequá-los a
faixa etária, segundo Antunes (2003), diversificando-os, explorando a construção
do conhecimento nas diferentes áreas, priorizando a sociabilidade e a importância
de adaptar-se para uma boa convivência no grupo. É importante que as regras do
jogo estejam bem claras e bem definidas, para que possam ser obedecidas por
todos os envolvidos alcançando, assim, bom êxito.
A aprendizagem é tão importante quanto o desenvolvimento social e o
jogo constitui uma ferramenta pedagógica e ao mesmo tempo promotora
do desenvolvimento cognitivo e do desenvolvimento social
(ANTUNES,2003, p.14).
Não apenas os jogos, mas igualmente o desenvolvimento de outras
atividades lúdicas reforçam a ideia de buscar uma prática pedagógica baseada no
diálogo, na troca de informações, na interação, na busca de encontrar soluções
frente aos desafios que são propostos.
Acredito que um espaço possível para que estas atividades sejam
desenvolvidas com os educandos, é a mídia impressa na forma de revista.
Nesta perspectiva, foi elaborada a revista EDUGART, explorada nas classes de
primeiro ano do Ensino Fundamental, que oportunizou o contato direto com
informações, com diferentes gêneros textuais e com atividades a serem
realizadas na própria revista.
A partir de diversas atividades expostas na revista, o ensino pode se tornar
motivador, interessante, dinâmico; os alunos ajudam-se na busca por soluções
frente aos desafios apresentados e discutem as diversas temáticas presentes na
revista, socializando informações.
O “brincar” é essencial para a faixa etária dos alunos das séries iniciais.
Daí torna-se fundamental o professor buscar meios para que as atividades
propostas tenham realmente significado para a vida dos alunos, diante da grande
evolução tecnológica presente no seu cotidiano, sendo que “o poder de ensinar e
o prazer de aprender são grandes benefícios do ensinar aprendendo” (TIBA,
1998, p.25)
Dessa forma, as mídias, que já exercem grande influência na vida das
pessoas, tornam-se aliadas para o processo ensino-aprendizagem. A revista
EDUGART, adequada para a faixa etária dos alunos do primeiro ano do Ensino
Fundamental, pode estimular os alunos a ter prazer pela leitura e pela escrita e a
desenvolver o raciocínio lógico, sendo valorizados e reconhecidos em outras
atividades que exigem tais habilidades, como gincanas e feiras de ciências. Além
disso, estas habilidades podem auxiliar a desenvolver a criticidade, o trabalho
coletivo, a cidadania dos educandos e a importância da atuação de cada um,
como parte integrante de uma sociedade.
A mudança no processo educativo
O texto “Quando a escola é de vidro” (anexo 1) nos faz refletir sobre o tipo
de educação que é desenvolvido e o tipo de educação que queremos.
O hábito de ficar dentro dos vidros, visa modelar o comportamento dos
educandos, proporciona a comodidade daqueles que se sentem confortáveis,
quando não é necessário pensar, questionar, buscar. Outros, porém, sentem-se
contrariados, devido suas diferenças não serem respeitadas, nem valorizadas,
sentindo a falta de estímulos e oportunidades para refletir. Assim, não há
comunicação, troca de ideias e experiências, e sim, um relacionamento vertical de
apenas falar e ouvir.
Nesse sentido, é importante refletir se esse é o procedimento que se quer
no processo educativo, todos pensando e agindo da mesma forma, mesmo diante
dos avanços tecnológicos e da influência das mídias no cotidiano escolar.
As relações que professor e aluno mantém não são ativas de ambas as
partes, nem mesmo entre os próprios alunos, sendo que o vidro interfere de forma
a dificultar o relacionamento, não permitindo trocas, e sim, a imposição de ideias
e atos. Nessa trajetória, muitas perguntas não são respondidas, e até nem
chegam a ser realizadas, ou ficam apenas no ideário dos alunos.
No entanto, com o passar do tempo, os alunos dentro dos vidros acabam
se cansando do ritmo monótono de sua vida escolar, adoram Educação Física,
pois através do corpo podem expressar pensamentos, contentamentos e
descontentamentos. Sendo assim, há muitas formas de aprender, devendo estas,
serem disponibilizadas aos aprendizes. Para isso, há a necessidade de respeitar
as individualidades dos alunos, valorizando-os como seres pensantes, ativos,
capazes e sujeito de sua própria aprendizagem. O professor é um mediador que
tem condições de explorar as tecnologias e as mídias, as informações, as
situações vivenciadas, como uma forma positiva para a reflexão e para formação
de opiniões e ações coerentes para um cidadão atuante no meio em que vive.
É importante construir uma “Escola Experimental” onde, a cada dia que
passa, surgem novidades; uma escola preparada para encarar desafios,
conectada a essa nova realidade vivenciada, consciente e sabendo utilizar
tecnologias e mídias em prol da educação e do desenvolvimento integral de seus
alunos em seus aspectos cognitivo, afetivo e social.
Um dia teremos a revolução dos vidros e a diferença será valorizada! Ou
quem sabe já estamos vivenciando esta revolução! Os espaços abertos para
reflexão em sala de aula, as crescentes buscas por uma educação
problematizadora, que considere os conhecimentos que os alunos trazem de suas
vivências cotidianas em outros espaços da vida que não apenas a escola são
alguns indicativos que a revolução está sendo vivenciada. Diante disso, é
necessário buscar caminhos para inovar, para colocar-se no novo, no desafio
constante das mídias, de forma a dar um novo significado a aprendizagem.
METODOLOGIA
Tipo de estudo:
Foi realizada uma pesquisa pedagógica, com uma abordagem qualitativa
da realidade, sendo evidenciada a mídia impressa no cotidiano escolar dos alunos
de primeiro ano de Ensino Fundamental.
É possível, neste caso, a participação direta do pesquisador/professor que,
através de observações e entrevistas, e de uma interação junto aos alunos na
concretização e elaboração da mídia impressa, pode oportunizar situações
significativas para o processo ensino-aprendizagem bem como analisar dados e
contribuições constatadas na realidade vivenciada.
Local de estudo:
O estudo foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental General
Artigas, na cidade do Chuí, que atende, aproximadamente, 380 alunos,
distribuídos entre a pré-escola, 1° a 3° ano, e 4ª a 8ª série do Ensino
Fundamental, totalizando 19 turmas. Trabalham na escola, aproximadamente, 28
professores.
A escola possui duas turmas de primeiro ano, com uma professora cada
uma, totalizando, atualmente, vinte e nove alunos e duas professoras.
Sujeitos envolvidos:
A pesquisa foi realizada com os alunos do primeiro ano do Ensino
Fundamental das séries iniciais da EMEF General Artigas, com suas respectivas
professoras, totalizando 29 crianças.
Coleta de dados:
Um novo número da revista EDUGART foi elaborado e distribuído aos
alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. Foi observado o desempenho
dos alunos do primeiro ano, como motivação, interesse, participação para
manusear a revista e para realizar as atividades lúdicas propostas. Foram
filmados momentos de interação das turmas com a mídia impressa, para que
fosse possível analisar, detalhadamente, o envolvimento e a atuação dos alunos
ao trabalharem nas atividades lúdicas expostas na revista. Durante a aula, os
alunos tiveram a oportunidade de expor suas opiniões sobre o trabalho realizado,
a partir de questionamentos orais (apêndice 1).
Uma das professoras foi entrevistada com o objetivo de identificar suas
percepções diante do trabalho proposto (apêndice 2) .
Para coleta de dados foram utilizados, portanto, observação dos alunos no
desempenho das atividades, conversa com os mesmos que foi gravada, e
entrevista com professora, através de registros escritos.
Análise de dados:
A análise foi realizada a partir de sucessivas e intensas leituras dos dados,
usando o referencial teórico como base para tais análises.
Aspectos éticos:
Foi solicitado à equipe diretiva da escola autorização para realização do
estudo (apêndice 3), para a qual foi dada resposta afirmativa. Aos pais foi
explicado o objetivo do estudo, além de explicitar como seria desenvolvido, e foi
solicitado que assinassem o termo de consentimento livre e esclarecido (apêndice
4). Os mesmos assinaram estando cientes e concordando com o projeto a ser
realizado na escola, envolvendo a participação dos alunos do primeiro ano do
Ensino Fundamental.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Proporcionar a mídia impressa, na forma de revista, foi uma experiência
muito gratificante para o trabalho desenvolvido com os alunos do primeiro ano do
Ensino Fundamental.
Os alunos, ao manusearem a revista (apêndice 5) e realizarem as
atividades lúdicas propostas, demonstraram motivação e interesse em fazer as
atividades, folheavam a revista com entusiasmo e curiosidade, observando as
imagens, lembrando das ações realizadas pelos alunos da escola, através de
fotos referentes aos eventos escolares, bem como trabalhos realizados pelos
próprios alunos.
A mídia impressa, através das atividades lúdicas, proporcionou maior interação
entre os alunos. Permitiu a troca de ideias, a ajuda mútua ao realizarem as
atividades propostas, dentre elas os jogos dos quais os alunos participaram
ativamente.
Os jogos proporcionados contribuíram positivamente com processo ensinoaprendizagem, pois foi possível explorar conteúdos de uma forma espontânea. La
Taile, Oliveira e Dantas (1992) destacam que Vygotsky enfatiza a importância das
relações estabelecidas na interação e o quanto favorecem, positivamente, a
construção do conhecimento. Sendo assim, constatei que o brincar possibilita
prazer, entretenimento, bem como o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo.
No entanto, é fundamental a intervenção do professor, conforme afirma
Antunes (2003), como orientador para que as regras sejam respeitadas e para
que o ambiente se torne propicio ao desenvolvimento de habilidades e valores,
possibilitando assim através do jogo o alcance dos objetivos esperados.
Os jogos possibilitam, também, o competir. E esta competição que nasce
do jogo pode ser saudável ou não, e para que seja saudável, depende
diretamente da intervenção e atuação do professor.
Ao explorar, na sala de aula, a revista Edugart foi possível vivenciar
momentos de prazer, de discussão, de um bom relacionamento. Os alunos,
quando questionados sobre a revista, relataram ter gostado muito da mesma, com
destaque especial para as atividades lúdicas propostas; outros disseram que
gostaram das músicas, de brincar e de pintar.
Opinião dos alunos do 1º ano 11
e 12 em relação a revista Edugart
Ótimo
Bom
Regular
Durante o momento em que os questionei sobre a revista constatei que a
preferência da maioria dos alunos foi para as atividades lúdicas. Referem que
proporcionam:
“Divertimento” (fala de aluno).
Destacam, ainda, que realizar as atividades lúdicas:
“É bom” (fala de aluno).
“É legal” (fala de aluno).
Segundo Moran (2000, p 24), “aprendemos pelo prazer, porque gostamos
de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o
estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem”.
Para as próximas edições, a maioria dos alunos enfatizou a importância
das
atividades
lúdicas
propostas
que
possibilitou
prazer,
interação
e
entretenimento, fatores considerados importantes e positivos para o processo
ensino-aprendizagem (ALMEIDA, 1998). Os alunos demonstraram curiosidade e
ansiedade para realizar tais atividades como jogo dos cinco erros, jogo da
memória, trilha do alfabeto. Foi possível propiciar situações interativas, através da
conversa e discussão, para encontrar soluções frente os desafios apresentados.
Os alunos demonstram maior motivação quando a atividade realizada propiciava
discussão, formação de grupos, interação. Além disso, a revista possibilitou o
contato dos alunos com uma diversidade de gêneros textuais que os levou a
momentos de reflexão, de leitura e de escrita em diferentes contextos,
considerando a importância do uso funcional da leitura e escrita, conforme
salienta Faria (2003).
A aula tornou-se mais dinâmica através das atividades nela propostas:
músicas, análise de textos e poesias que contribuíram para a reflexão de vários
assuntos pertinentes na construção de conhecimentos e da cidadania.
A professora entrevistada acredita que a revista pode ser uma
Fonte de possibilidades (fala da professora).
E que pode ser utilizada em diferentes situações de ensino-aprendizagem,
pois a Edugart, além de proporcionar atividades lúdicas proporcionou, também,
informação referente a acontecimentos escolares.
Foi
possível
perceber
o
quanto
é
importante
a
interação
aluno/professor/aluno no processo educativo, tornando-se necessário que as
práticas educativas sejam inovadoras e que incentivem os alunos, que os envolva
no processo de construção do conhecimento e que mostre a cada um o quanto
são capazes de buscar, de produzir e de aprender mais e mais.
O conteúdo tornou-se significativo, pois os assuntos partiram de ações
praticadas e vivenciadas por todos na escola, sendo reconhecidos e valorizados
através da mídia impressa. A revista tornou-se uma das formas de incluir, no fazer
pedagógico, a utilização da mídia impressa na sala de aula em prol do processo
ensino-aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Utilizando as mídias como instrumento pedagógico as aulas tornam-se
dinâmicas, contextualizadas; a escola pode acompanhar a realidade vivenciada
por todos. Os alunos podem realizar suas próprias produções utilizando a mídia
como um recurso que contribui para esse processo educativo de criar, de
pesquisar, aprimorando seus conhecimentos tecnológicos, além de serem sujeitos
no processo ensino-aprendizagem.
É fundamental um aperfeiçoamento constante para que o educador saiba
lidar com os equipamentos e tecnologias que estão presentes na escola, e
possibilitar o avanço no desempenho dos alunos, levando em conta a importância
de uma escola que prima por oportunizar recursos e condições para que seus
educadores possam realizar esse tipo de trabalho.
A EDUGART, como uma mídia impressa, é uma revista criada e adaptada para os
alunos do primeiro ano do Ensino fundamental, que contemplou diversas
informações, de diferentes contextos e formas. Os alunos tiveram a oportunidade
de se sentirem valorizados pelo que fazem, participando ativamente nas
atividades lúdicas propostas na mesma.
A leitura/escrita, bem como ideias da lógica matemática foram trabalhadas
de diferentes maneiras, ora cantando, ora jogando, ou mesmo com cruzadinhas,
poesias, desafios apresentados como: o que é, o que é.
Os alunos observaram a revista como um todo; foi explorado o reconhecimento
dos numerais, mesmo pelo simples fato de chegar a uma determinada página;
observaram as imagens da revista e discutiram as ações realizadas pelos alunos
da escola, refletindo a sua importância como, por exemplo, a feira de ciências, a
gincana do agasalho, valorizando as ações realizadas por todos os alunos.
A EDUGART proporcionou a participação efetiva dos alunos; além disso,
professor e aluno realizaram discussões sobre diversos assuntos para a edição
da próxima revista, enfatizando produções coletivas, como por exemplo: carta do
leitor, formação de perguntas para a página “Tire as dúvidas”, procurando
propiciar meios para a reflexão e o avanço no processo de leitura e de escrita.
Desta forma, outros números de revistas já estão sendo pensadas, buscando
formas para que os assuntos abordados sejam realmente atrativos e
interessantes ao público-alvo.
Os alunos tornam-se co-autores nesse processo, sentindo-se motivados para
realização de tais tarefas. O professor torna-se o orientador que os estimula a
atuar, incentivando a pensar e a dialogar com os colegas, salientando o momento
de falar e de ouvir, ou seja, a importância da sociabilidade para uma boa
convivência em grupo.
Aos alunos em processo de alfabetização é indispensável o contato direto
com as diferentes formas de escrita, e a revista tem muito a contribuir, seja
através de informações, cantigas, como também através de atividades lúdicas
expostas para serem resolvidas pelos alunos, que os estimulam a pensar, a
interagir, realizando-as com interesse e motivação.
Os alunos tiveram a oportunidade de familiarizar-se com a mídia impressa
de uma forma positiva, enfatizando as várias formas de comunicação e interação
através da escrita e leitura, em diferentes abordagens. É possível conceber que o
processo é contínuo e gradual, e que cabe ao professor criar e oportunizar
condições para que os alunos possam avançar e alcançar uma aprendizagem
significativa.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. SãoPaulo: Loyola,1998. Disponível em
www.books.google.com acesso em 15/11/2008.
ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e ouvir:
Petrópolis, RJ: Vozes, 2003
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989.
FARIA, Maria Oliveira. Como usar o jornal na sala de aula. São Paulo: 8ed. Contexto, 2003.
Disponível em www.books.google.com acesso em 24/08/09.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia:saberes necessários à
Paulo: Paz e Terra, 1996.
prática educativa. São
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus,
2007. Disponível em www.books.google.com acesso em 23/08/09.
LA TAILE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kholde; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallow:
teorias psicogenéticas em discussão: São Paulo: Summus, 1992.
MASETTO, Marcos; MORAN, José; BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação
pedagógica. Campinas: Papirus, 2000. Disponível em www.books.goole.com acesso em
20/08/2009.
MOÇO, Anderson, Gêneros, como usar, Revista Nova Escola, nº 224, pág 48, agosto/2009.
Brasília: Seed/mec.
MORAN, José Manuel. Desafios na comunicação
Disponível em www.eca.usp.br acesso em 13/05/2009.
pessoal:
3ed.
Paulinas,
2007.
MORAN, José Manuel. Mudanças na comunicação pessoal: São Paulo:Paulinas, 2000.
Disponível em www.eca.usp.br acesso em 17/12/2008.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS/Língua Portuguesa. Ministério da Educação.
Secretaria da Educação Fundamental. 3ed. Brasília: A Secretaria, 2001.
PRÓ-LETRAMENTO: Programa de formação continuada de Professores dos Anos/Séries iniciais
do Ensino Fundamental: alfabetização e linguagem. Ministério da Educação, Secretaria de
Educação Básica. Brasília, 2007.
PROINFO: Programa de Formação Continuada Mídias na Educação. Módulo básico material
impresso. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2007.
PROINFO: Programa de Formação Continuada Mídias na Educação. Módulo intermediário
material impresso. Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed,
2008.
REGIMENTO ESCOLAR E PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO da Escola Municipal de Ensino
Fundamental General Artigas.
ROCHA, Ruth. Citações e referências a documentos eletrônicos.
<http:centrorefeducacional.pro.br> Acesso em 17 de agosto de 2009.
Disponível
em:
TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: Como superar os desafios do relacionamento professoraluno em tempos de globalização. São Paulo: Editora Gente, 1998.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente.São Paulo:Martins Fontes,1988. Disponível em
www.clubedoprofessor.com.br acesso em 17/12/2008.
ANEXOS
ANEXO 1
QUANDO A ESCOLA É DE VIDRO
Ruth Rocha
Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito.
Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes...
Eu ia pra escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, logo, eu tinha que me
meter no vidro.
É, no vidro!
Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um,
não!
O vidro dependia da classe em que a gente estudava.
Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho.
Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior.
E assim, os vidros iam crescendo á medida em que você ia passando de ano.
Se não passasse de ano era um horror.
Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado.
Coubesse ou não coubesse.
Aliás nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros.
E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.
Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam
afundados no vidro, nem assim era confortável.
Os muitos altos de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, ás
vezes até batiam no professor.
Ele ficava louco da vida e atarrachava a tampa com força, que era pra não sair mais.
A gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam
o que a gente falava...
As meninas ganhavam uns vidros menores que os meninos.
Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabia nos vidros, se
respiravam direito...
A gente só podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física.
Mas aí a gente já estava desesperado, de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar,
a bater uns nos outros.
As meninas, coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. e na aula de educação física
elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinha jeito
nenhum para Educação Física.
Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em casa.
E alguns meninos também.
Estes eram os mais tristes de todos.
Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada á toa, uma tristeza!
Se agente reclamava?
Alguns reclamavam.
E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ia ser assim o resto da vida.
Uma professora, que eu tinha, dizia que ela sempre tinha usado vidro, até pra dormir, por
isso que ela tinha boa postura.
Uma vez um colega meu disse pra professora que existem lugares onde as escolas não
usam vidro nenhum, e as crianças podem crescer a vontade.
Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunistas. Ou
até coisa pior...
Tinha menino que tinha até de sair da escola porque não havia jeito de se acomodar nos
vidros. E tinha uns que mesmo quando saíam dos vidros ficavam do mesmo jeitinho,
meio encolhidos, como se estivessem tão acostumados que até estranhavam sair dos
vidros.
Mas uma vez, veio para minha escola um menino, que parece que era favelado, carente,
essas coisas que as pessoas dizem pra não dizer que é pobre.
Aí não tinha vidro pra botar esse menino.
Então os professores acharam que não fazia mal não, já que ele não pagava a escola
mesmo...
Então o Firuli, ele se chamava Firuli, começou a assistir as aulas sem estar dentro do
vidro.
O engraçado é que o Firuli desenhava melhor que qualquer um, o Firuli respondia
perguntas mais depressa que os outros, o Firuli era muito mais engraçado...
E os professores não gostavam nada disso...
Afinal, o Firuli podia ser um mal exemplo pra nós...
E nós morríamos de inveja dele, que ficava no bem-bom, de perna esticada, quando
queria ele espreguiçava, e até mesmo que gozava a cara da gente que vivia preso.
Então um dia um menino da minha classe falou que também não ia entrar no vidro.
Dona Demência ficou furiosa, deu um coque nele e ele acabou tendo que se meter no
vidro, como qualquer um.
Mas no dia seguinte duas meninas resolveram que não iam entrar no vidro também:
- Se o Firuli pode por que é que nós não podemos?
Mas Dona Demência não era sopa.
Deu um coque em cada uma, e lá se foram elas, cada uma pro seu vidro...
Já no outro dia a coisa tinha engrossado.
Já tinha oito meninos que não queriam saber de entrar nos vidros.
Dona Demência perdeu a paciência e mandou chamar seu Hermenegildo que era o
diretor lá da escola.
Seu Hermenegildo chegou muito desconfiado:
- Aposto que essa rebelião foi fomentada pelo Firuli. É um perigo esse tipo de gente aqui
na escola. Um perigo!
A gente não sabia o que é que queria dizer fomentada, mas entendeu muito bem que ele
estava falando mal do Firuli.
E seu Hermenegildo não conversou mais. Começou a pegar as meninos um por um e
enfiar á força dentro dos vidros.
Mas nós estávamos loucos para sair também, e pra cada um que ele conseguia enfiar
dentro do vidro - já tinha dois fora.
E todo mundo começou a correr do seu Hermenegildo, que era pra ele não pegar a
gente, e na correria começamos a derrubar os vidros.
E quebramos um vidro, depois quebramos outro e outro mais dona Demência já estava
na janela gritando - SOCORRO! VÂNDALOS! BÀRBAROS!
(pra ela bárbaro era xingação).
Chamem o Bombeiro, o exército da Salvação, a Polícia Feminina...
Os professores das outras classes mandaram cada um, um aluno para ver o que estava
acontecendo.
E quando os alunos voltaram e contaram a farra que estava na 6° série todo mundo ficou
assanhado e começou a sair dos vidros.
Na pressa de sair começaram a esbarrar uns nos outros e os vidros começaram a cair e
a quebrar.
Foi um custo botar ordem na escola e o diretor achou melhor mandar todo mundo pra
casa, que era pra pensar num castigo bem grande, pro dia seguinte.
Então eles descobriram que a maior parte dos vidros estava quebrada e que ia ficar muito
caro comprar aquela vidraria tudo de novo.
Então diante disso seu Hermenegildo pensou um bocadinho, e começou a contar pra
todo mundo que em outros lugares tinha umas escolas que não usavam vidro nem nada,
e que dava bem certo, as crianças gostavam muito mais.
E que de agora em diante ia ser assim: nada de vidro, cada um podia se esticar um
bocadinho, não precisava ficar duro nem nada, e que a escola agora ia se chamar Escola
Experimental.
Dona Demência, que apesar do nome não era louca nem nada, ainda disse timidamente:
- Mas seu Hermenegildo, Escola Experimental não é bem isso...
Seu Hermenegildo não se perturbou:
- Não tem importância. A gente começa experimentando isso. Depois a gente
experimenta outras coisas...
E foi assim que na minha terra começaram a aparecer as Escolas Experimentais.
Depois aconteceram muitas coisas, que um dia eu ainda vou contar...
APÊNDICES
APÊNDICE 1
Entrevista com os alunos.
1. Vocês gostaram da revista EDUGART? Por quê?
2. O que mais lhe chamou atenção?
3. Quais os temas ou curiosidades que vocês gostariam que a EDUGART
abordasse nas próximas edições.
APÊNDICE 2
Entrevista com a professora do primeiro ano
1. Qual é a sua opinião sobre a revista EDUGART?
2. Você acredita que a revista EDUGART pode contribuir para o processo ensinoaprendizagem dos seus alunos? Por quê?
3. Qual foi a reação dos alunos diante da revista?
4. A revista despertou o interesse dos alunos na sala de aula? Exemplifique
5. As atividades lúdicas despertaram o interesse dos alunos? Exemplifique
APÊNDICE 3
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
Chuí, março de 2009.
Prezada Professora,
Como aluna do curso de Educação à distância Mídias na Educação, solicito
autorização para desenvolver, nesta escola, o Projeto de Pesquisa intitulado “A
importância das atividades lúdicas através da mídia impressa, que tem como objetivo:
Avaliar a importância das atividades lúdicas para o processo ensino-aprendizagem no
contexto educacional dos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental, utilizando a
mídia impressa na forma de revista como meios de vinculação das atividades propostas.
O projeto será realizado com alunos por meio de entrevistas e observações.
O período para desenvolvimento do mesmo deverá ocorrer nos meses de abril a
outubro de 2009.
No aguardo de seu parecer, subscrevo-me
Atenciosamente
__________________________
ANDRÉIA TEXEIRA LEÃO
Ilma. Sra.
ISABÉL CRISTINE DA SILVA BARBOSA
Diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental General Artigas
N/Cidade
APÊNDICE 4
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
PROGRAMA MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezados Pais ou Responsáveis
Meu nome é Andréia Texeira Leão. Estou realizando uma pesquisa intitulada: “A
importância das atividades lúdicas através da mídia impressa”, vinculada ao Curso de
Educação à Distância Mídias na Educação, que tem como objetivo: Avaliar a importância
das atividades lúdicas para o processo ensino-aprendizagem no contexto educacional
das séries iniciais, utilizando a mídia impressa na forma de revista como meio de
veiculação das atividades propostas.
Para sua concretização, será
necessária
a realização de
entrevistas/observação das atividades.
Neste sentido, gostaria de contar com a sua participação. Se você tiver
alguma dúvida em relação ao estudo antes ou durante seu desenvolvimento, ou
desistir de fazer parte dele, poderá entrar em contato comigo pessoalmente ou
através do telefone (0xx53) 81169656. Se você estiver de acordo em participar,
posso garantir que as informações fornecidas serão confidenciais, sendo que os
nomes dos/as participantes não serão utilizados em nenhum momento. As
informações coletadas poderão ser utilizadas em publicações como livros,
periódicos ou divulgação em eventos científicos.
Sua participação poderá contribuir para a melhoria no processo ensinoaprendizagem pela utilização das mídias no cotidiano da sala de aula.
Atenciosamente,
ANDRÉIA TEXEIRA LEÃO
_____________________________________________________________
Consentimento Pós-informação
Eu,................................................................................, fui esclarecido(a) sobre a pesquisa
“A importância das atividades lúdicas através da mídia impressa” e concordo em
participar da mesma.
Nome do participante (aluno):___________________________
Assinatura do responsável pelo aluno_______________________________________
Assinatura da responsável pela pesquisa______________________________________
Local e data: __________________________________________________
Nota: O presente Termo terá duas vias, uma ficará com a pesquisadora e a outra via com
a participante da pesquisa.
Download

a importância de atividades lúcidas da mídia impressa - NEAD