A Terapia de Contra-pulsação © Datascope Corp. 2001 A Terapia de contra-pulsação Introduzida na prática clínica no final dos anos 60. O BIA é posicionado descendente toráxica da aorta, distal a artéria subclávia esquerda. A contra-pulsação é uma terapia estabelecida para inúmeros tratamentos médicos e cirúrgicos. O balão é ajustado para inflar e desinflar em harmonia com o ciclo mecânico cardíaco aumentando a oferta de oxigênio e diminuindo a demanda de oxigênio pelo miocárdio. A terapia de Contra Pulsação • A bomba de balão intra-aórtico é um equipamento de assistência cardíaca temporária • A disponibilidade deste equipamento de assistência mecânica permite a sobrevivência do paciente enquanto o tratamento definitivo é executado. Indicações 1. Angina instável refratária 2. Infarto iminente 3. Infarto agudo do miocárdio ( IAM) 4. Falha ventricular refratária Indicações 5. Complicações do infarto agudo do miocárdio (ex. Defeito do septo ventricular, Regurgitação mitral aguda, ruptura do músculo papilar) 6. Choque cardiogênico 7. No suporte para procedimentos percutâneos diagnóstico ou de revascularização Indicações 8. Isquemia intratável relacionada a arritmia ventricular 9. Choque séptico 10. Geração de fluxo pulsátil intraoperatório 11. Desmame de extra-corpórea Indicações 12. Suporte cardíaco para procedimentos cirúrgicos não cardíacos 13. Suporte profilático na preparação para cirurgía cardíaca 14. Disfunção miocárdica pós cirúrgica / síndrome de baixo débito cardíaco Indicações 15. Contusão do miocárdio 16. Ponte mecânica na assistência a outros devices 17 No suporte cardíaco seguido a correção de defeitos congênitos Contra-indicações 1. Insuficiência aortica severa 2. Aneurisma abdominal e/ou aórtico 3. Calcificação aorto-ilíaca severa ou doença vascular periférica 4. Inserção sem bainha em pacientes com obesidade severa e muitas cicatrizes no local de inserção Ciclo de eventos - Falha ventricular esquerda Infarto do miocárdio Cirurgia cardíaca Trauma cardíaco Perda da viabilidade de contração ventricular do miocárdio Aumento da Aumento da Isquemia isquemia no miocárdio no miocárdio Diminuição da oferta de oxigênio Diminuição da função do VE Aumento nos batimentos cardíacos Diminuição da perfusão coronária Diminuição da pressão sanguinea Aumento na demanda por oxigênio Decréscimo do débito cardíaco Aumento de sobrecarga Falha Ventricular Esquerda Demanda Oferta MVO2 Objetivo da Terapia Oferta = MVO 2 Deman da A Aplicação da Terapia de ContraPulsação A seleção do catéter balão > Tamanho do catéter > Volume do Balão Métodos de inserção percutânea > Com Bainha > Sem Bainha Localização do catéter balão BIA Fidelity 8Fr. Design Co-lumen Inserção c/s Bainha Ponta macia em formato taper >Lumen de pressão Bainha reforçada BIA 9.5 Fr. True Sheathless Inserção s/ bainha Guia de .030” 50 cc > 6’ [183 cms] 40 cc 5’4”- 6’ [163 183 cms] 34 cc 5’- 5’4” [152 163 cms] 25 cc < 5’ [152 cms] Bolsa de infusão Pressão mantida a 300mmHg Device de flush contínuo Cabo de pressão de 240 Cm.no max. Conector Y Conexão do luer na Bomba Monitorização da pressão através do lumen central Colocação do catéter balão Intra-aórtico: • Preferencialmente deve ser colocado usando fluoroscopia Pressão arterial Balão Console • A ponta do balão deve estar posicionada aproximadamente de 1 a 2 cm. Distal a subclávia esquerda. • No caso de indisponibilidade da fluoroscopia, posicione a ponta do balão no angulo externo de Luis até o umbigo, então oblíquamente até o local de inserção na femural. [Nota: Deve se tirar um raio X do paciente logo após a inserção para que se verifique a localização correta. O catéter BIA deve estar posicionado entre o segundo e terceiro espaço intercostal Correto Incorreto A bomba do balão intra Fácil operação: • Liga • Tela de Ajuda • Preferências do usuário • Transportável Automatizada: • Sincronização • Procedimento de re-carg do hélio • Remoção da condensaç Seleção de disparo: Electrocardiogram R Ponto de disparo T P Q S Tempo exato: Nó dicrótico Marcador de inflação Pressão arterial Diástole: Inflação do BIA • Aumenta a perfusão coro Sístole: Deflação do BIA •Diminui o esforço card •Diminui o consumo de oxigênio •Aumenta o débito card Efeitos primários da terapia de contrapulsação Deflação do BIA = Oferta MVO Inflação do BIA 2 Deman da Efeitos fisiológicos da terapia de contra-pulsação Pressão VE Aórtica Cardiaco Sistólica pós-carga Volume Fluxo Sanguineo Fluxo Pressão no VE Sistólica coronário Diastólica Pre-carga Trabalho Débito cardíaco Distólica Final de ejeção Maccioli, GA, et al; Journal of Cardiothoracic Anesthesia Fluxo 1988 June; 2(3):365-373 Tensão Avaliação da sincronização Perfusão da artéria coronária aumentada 120 C mm Hg D F 100 B B 80 A A = Ciclo cardíaco completo B = Pressão aórtica diastólica final desassistida C = pressão sistólica desassistida D = Aumento diastólico E = Pressão aórtica diastólica final reduzida F = Pressão sistólica reduzida E Demanda por O2 pelo miocárdio reduzida Aumento sub-ótimo 120 mm Hg 100 80 Sístole Diástole Fatores responsáveis pelo aumento diastólico 1. A Hemodinâmica do Paciente • Batimentos cardíacos • Volume de ejeção • Pressão arterial média • Resistência vascular sistêmica Fatores responsáveis pelo aumento diastólico 2. Catéter BIA • BIA com bainha • BIA não desdobra • Posição do BIA • BIA com vazamento • Baixa concentração de Hélio Fatores responsáveis pelo aumento diastólico 3. Bomba de BIA • Sincronização do tempo • Posição do controle de aumento da Bomba de BIA Sincronização de tempo Sincronização ótima Erros de sincronização - 1 Inflação precoce Erros de sincronização 1 Inflação precoce Características na formação da onda: - Inflação do BIA antes do nó dicrótico - O aumento diastólico invade a sistole (identificação complexa) Efeitos Fisiológicos: - Possível fechamento precoce da válvula aórtica - Aumento do stress na parede ventricular esquerda ou regurgitação aórtica - Aumento na demanda por O2 Erros de sincronização - 2 Inflação Tardia Erros de sincronização - 2 Inflação Tardia Caracteristicas na formação da onda: - Inflação do BIA após o nó dicrótico - Ausência de V profundo - Aumento diastólico sub-ótimo Efeitos Fisiológicos - Perfusão sub-ótima da artéria coronária Erros de sincronização - 3 Deflação precoce Erros de Sincronização 3 Deflação Precoce Características da formação da onda: - Deflação do BIA é verificado com uma queda abrupta seguido ao aumento diastólico - Aumento diastólico sub-ótimo - Pressão aorto diastólico final assistida pode ser igual ou menor que a pressão diastólica final não assistida - Pressão sistólica assistida pode aumentar Efeitos Fisiológicos: - Perfusão coronária sub-ótima - Possibilidade de fluxo sanguineo retrógrado das coronárias e carótidas - Angina pode ocorrer como resultado do fluxo sanguineo retrógrado das coronárias - Redução sub-ótima da pós-carga - Aumento da demanda por oxigênio Erros de Sincronização - 4 Deflação Tardia Erros de sincronização 4 Deflação Tardia Características da formação da onda: - Pressão aórtica diastólica final assistida pode ser igual a pressão aórtica diastólica final desassistida - Taxa de aumento da sístole assistida é prolongada - Aumento diastólico pode parecer extendido Efeitos Fisiológicos: - Redução da pós-carga é praticamente ausente - Aumento no consumo de O2 devido ao fato do VE ejetar contra uma grande resistência assim como uma fase prolongada de contração isovolumétrica - O BIA pode impedir a ejeção do VE e aumentar a pós-carga Possíveis efeitos colaterais e complicações Isquemia (1) Sangramento no local de inserção (2) Trombocitopenia (3) Trombose -Imobilidade do balão (4) Vazamento do balão (5) Infecção (6) Dissecção aórtica (7) Síndrome de compartimento (8) Isquemia de membros (1) Varia em complição desde perda de pulso a perda de membro Fatores de Risco: Mulheres Diabéticos Doença vascular periférica Avaliação Inicial: Tome o pulso distal das duas pernas e braço esquerdo, a cor, temperatura e enchimento capilar, a cada 30 min. por 2 horas, e após a cada 2horas verifique diferença de temperatura dos artelhos / pés Após a remoção do balão: a cada 15 minutos por 2 horas e após de hora em hora por duas horas Cont.…. Isquemia de membros (1) Varia em complição desde perda de pulso a perda de membro Prevenção: Inserção do BIA s/ bainha sempre que possível Posicionamento correto do BIA Use o menor balão e bainha disponível Use o membro com o melhor pulso distal Tratamento: Remova a bainha e observe o local para sangramento troque o balão para o outro membro e se possível insira sem bainha Faça um bypass na artéria femural Use lidocaina subcutânea no caso de espasmo arterial Sangramento no local de inserção (2) Avaliação: Observe o local de inserção antes e após a remoção do BIA para sintomas de hematoma Prevenção: - Técnica de inserção cuidadosa - Monitore os anticoagulantes - Prevenção da movimentação do cateter no local de inserção Tratamento: - Aplique pressão manual - Monitore o pulso distal - Reparo cirúrgico Trombocitopenia (3) A redução no número de plaquetas Avaliação Contagem diária de plaquetas Prevenção Evite o uso excessivo de heparina Tratamento De acordo com opinião médica, transfusão de plaquetas Trombose -Imobilidade do Balão (4) O Balão não deve permanecer inativo por mais de 30 minutos Avaliação: Verifique a presença do traço de pressão aumentada Observe o indicador de status do BIA na tela e/ou câmara de segurança para movimentação Prevenção: Manter o disparo adequado Tratamento : Caso se observe a inoperancia do sistema, disconecte o BIA da sua extensão e usando uma seringa e uma torneira de 3 vias, infle o balão manualmente a cada 3 a 5 min.. Notifique o médico ! Vazamento no balão(5) Vazamento de gás devido a ruptura do balão Avaliação: A única prova definitiva é o aparecimento de sangue no catéter ou sua extensão Alarmes frequentes por aumento baixo, perda de gás podem indicar a possibilidade de vazamento de gás no BIA, mesmo sem a presença de sangue no cateter e/ou extensão. Prevenção: Posicionamento correto do BIA Tamanho do BIA adequado, especialmente para pacientes < de 1,64 cm. de altura Retirada cuidadosa do BIA de sua embalagem. Tratamento: No caso de presença de sangue no BIA ou sua extensão, recomendamos a remoção cirúrgica do balão.. O médico deve ser notificado imediatamente Infecção (6) Avaliação: Observe atentamente o local de inserção, faça exames de sangue para sintomas de infecção Prevenção: Use técnicas de esterilização durante a inserção e troque os campos etc. de acordo com o protocolo de prevenção de infecções do hospital Tratamento: Antibióticos Dissecção aórtica (7) Avaliação: Avalie as queixas de dor entre os ombros do paciente Exames de hematócritos diários Em caso de suspeita um aortograma Prevenção: Inserção do BIA sobre a guia e sob controle de fluoroscopia Tratamento: Remoção do Balão Reparo Cirúrgico Síndrome de Compartimento (8) (Após a remoção do balão) Avaliação: Observação dos membros para inchaço e/ou endurecimento Medir a circunferência da panturrilha Monitoramento de pressão intersticial Prevenção: Use o menor BIA e inserção s/ bainha Mantenha adequada a pressão colóidal osmótica Tratamento: Em caso necessário, fasciotomia Bolsa de infusão Pressão mantida a 300mmHg Device de flush contínuo Cabo de pressão de 240 Cm.no max. Conector Y Conecção do luer na Bomba Monitorização da pressão através do lumen central Lumen Central- Cuidados e Recomendações -Flush a cada hora para preservar a patencia do lumen -Transdutor a Zero de acordo com o protocolo -Não faça o flush manual no lumen central com a seringa -Suspenda a contra-pulsação antes da amostra de sangue por precaução Central lumen- Cuidados e Recomendações Administrando problemas com o lúmen central: -Aspire 3cc de sangue do lúmen central no caso de queda da linha de pressão. - Na presença de resistência, considere o lumen como obstruido, não use o lumen central para tomar pressão sanguinea e coloque um tampão do tipo luer no conector Y e conector do cateter. - Elimine dobras no catéter e mude aposição do balão. -Assegure-se que todas as recomendações para estabelecer a pressão sanguinea sejam seguidas. Logística - Um raio X deve ser tirado diariamente para verificar o posicionamento do BIA - Tenha sempre a mão um cilindro extra de Hélio no caso de se fazer necessário uma troca de cilindro no sistema Paciente: Cuidados Paciente: - Descanso - O encosto do leito não deve ser inclinado a mais de 30 a 45 graus - Não dobre as pernas ou o joelho onde o BIA esta colocado. - Dorsiflexão do pé da perna involvida Desmame Operação do console no desmame e encerramento da contra-pulsação ( Caso as condições do paciente permitam) - Reduza progressivamente a frequencia de 1:1 para 1:2 e então 1:3. - É também possível a redução progressiva da tecla aumento - Os métodos de desmame descritos acima podem ser combinados Os intervalos entre a e/ou aumento variam entre 3 a 4 horas de acordo com o protocolo do hospital e critério médico. Desmame Inflação 1:2 Inflação 1:3 Desmame Decréscimo no aumento REMOÇÃO DO BIA 1. Interrompa a contra-pulsação e considere diminuir ou descontinuar a terapia anti-coagulante. 2. Desconecte o catéter do contra-pulsador deixando que o balão expulse todo o gás. 3. Retire todos os pontos de sutura e afrouxe o obturador da bainha, caso tenha sido utilizado. 4. Retire o catéter pela bainha até o encontro do balão com a bainha, caso tenha sido utilizado. ADVERTÊNCIA: NÃO TENTE RETIRAR A MEMBRANA DO BALÃO ATRAVÉS DA BAINHA. REMOÇÃO DO BIA Retire o balão e a bainha caso tenha sido utilizada, conjuntamente. ADVERTÊNCIA: CASO O OPERADOR PERCEBA ALGUMA RESISTÊNCIA DURANTE A RETIRADA DO BALÃO, INTERROMPA O PROCESSO IMEDIATAMENTE E CONSIDERE A RETIRADA VIA ARTERIOTOMIA. O CASO DE UMA RETIRADA COM MUITA DIFÍCULDADE PODE DEVER-SE AO CASO DE FORMAÇÃO DE COÁGULO DENTRO DO BALÃO POR UMA FUGA DE GÁS NÃO DETECTADA E UMA POSSÍVEL SECAGEM DESTE COÁGULO. 6. Pressione com os dedos em baixo do ponto de punção durante a extração do balão / catéter. Deixe que o sangue flua livremente na parte proximal durante alguns segundos. Cont.. REMOVENDO O BIA …. Estabeleça a hemostase aplicando pressão no local de inserção por aproximadamente 30 minutos. 7. Examine cuidadosamente o membro na parte distal a inserção para uma perfusão adequada. AVISO: NO CASO DE OBSERVAÇÃO DE ISQUEMIA DE MEMBRO APÓS A REMOÇÃO DO BIA, UM PROCEDIMENTO VASCULAR PODE SER INDICADO. NOTA: CASO SEJA NECESSÁRIO A CONTRA-PULSAÇÃO APÓS A REMOÇÃO DO BIA, USE A INSERÇÃO PERCUTÂNEA CONTRA-LATERAL. NÃO USE O MESMO LOCAL DE INSERÇÃO. Após o desmame e retirada do BIA - Após o término da contra-pulsação, retire a extensão, eletrodos e cabos do paciente, assim como o transdutor de pressão. - Fechar o cilindro de hélio. - Leve o equipamento ao local de armazenamento e conecte o cabo na fonte de energia mais próxima. OBRIGADO !