FACULDADE NORTE CAPIXABA DE SÃO MATEUS - MULTIVIX CURSO DE PEDAGOGIA DIENY DOS SANTOS FERNANDES JEFFERSON DUARTE PACHECO SHEILA ALVES CASTRO DE OLIVEIRA ANALISE DA ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA FRENTE À DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL SÃO MATEUS 2013 2 DIENY DOS SANTOS FERNANDES JEFFERSON DUARTE PACHECO SHEILA ALVES CASTRO DE OLIVEIRA ANÁLISE DA ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA FRENTE À DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Trabalho de conclusão de Curso II apresentado ao Programa de Graduação em Pedagogia da Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, como requisito parcial para obtenção de Licenciatura Plena em Pedagogia. Orientadora: Josete Pertel. SÃO MATEUS 2013 3 FICHA CATALOGRÁFICA 4 DIENY DOS SANTOS FERNANDES JEFFERSON DUARTE PACHECO SHEILA ALVES CASTRO DE OLIVEIRA ANALISE DA ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA FRENTE À DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Programa de Graduação em Pedagogia da Faculdade Norte Capixaba de São Mateus, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. Aprovada em 04 de dezembro de 2013. COMISSÃO EXAMINADORA ________________________________________ Doutora: Josete Pertel Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Orientadora __________________________________________ Professora xxxxxxxxxxxxxxxxx Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Membro 1. ____________________________________________ Professora xxxxxxxxx Faculdade Norte Capixaba de São Mateus Membro 2. 5 RESUMO O sistema educacional contemporâneo tem buscado modelos e estratégias de ensino para uma melhor prática educacional, deste modo, a Educação Especial é uma modalidade de ensino presente dentro das classes de ensino regular. Diante dessa realidade, o professor precisa estar preparado para atender as especificidades da sala de aula. Por isso, este trabalho de pesquisa tem como objetivo analisar a estrutura da grade curricular do curso de Pedagogia de três instituições de ensino superior do Município de São Mateus (ES). As instituições investigadas foram uma Instituição Federal; duas instituições Particulares, sendo que uma é de modalidade presencial e a outra em modalidade de Ensino à Distância. Este estudo visa investigar, se no período de formação acadêmica dos alunosas instituições citadas dentro da pesquisa possuem em sua grade curricular disciplinas que contemplem em seu conteúdo a Educação Especial. A metodologia de pesquisa empregada neste trabalho foi, a pesquisa bibliográfica, o estudo de caso e análise documental, foram analisadas as grades curriculares das instituições de ensino superior citada na pesquisa, bem como, a carga horária da disciplina de educação especial, as legislações vigentes frente à educação em geral e a especial, e as literaturas a respeito do assunto, com a finalidade de aprofundar os estudos, sobre como os acadêmicos em Pedagogia estão sendo preparados para atuar com alunos com necessidades educativas especiais. De acordo com os estudos realizados acerca das grades curriculares das instituições de ensino superior quanto ao oferecimento da disciplina de educação especial, observa-se que a instituição federal e a particular com modalidade presencial possuem a disciplina de educação especial, já a particular em modalidade a distância não possui em sua grade curricular a disciplina de educação especial, e sim a disciplina de Processo Escolar de Inclusão. Quanto à carga horária observa-se que para as disciplinas especificas de educação especial, todas as instituições possuem carga horária de 60 horas. Este estudo aponta á necessidade de organização das grades curriculares e a ampliação da carga horária da disciplina de Educação Especial dentro do curso de Pedagogia das três instituições, aos futuros profissionais da área de ensino, formação adequada à realidade escolar. PALAVRAS-CHAVE: Grade Curricular. Educação Especial. Formação do Professor. 6 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO .................................................................................... 8 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA ........................................................................... 10 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ............................................................................ 11 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................. 11 1.4 OBJETIVOS ................................................................................................. 13 1.4.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................... 13 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................. 13 1.5 HIPÓTESE ................................................................................................... 13 1.6 METODOLOGIA........................................................................................... 14 1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA................................................................... 14 1.6.2 TÉCNICAS DE PESQUISA PARA COLETA DE DADOS ....................................... 15 1.6.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS .............................................................. 16 1.6.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA ............................................................... 16 1.6.5 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS ....................................................... 17 1.6.6 TRATAMENTOS E ANÁLISE DOS DADOS ........................................................... 17 2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................. 18 2.1 BREVE CONTEXTO CURRICULARES HISTÓRICO NACIONAIS, DOS DIRETRIZES PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS E A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO ...... 18 2.2 GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA ....................... 22 2.3 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL ...................... 28 2.4 CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO ................................................................... 35 2.5 OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR ....................................... 40 2.6 EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM ENSINO EM TRANSFORMAÇÃO .................... 43 2.6.1 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ................................. 45 2.7 ESTRATÉGIAS LÚDICAS PARA TRABALHAR COM ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DURANTE A FORMAÇÃO ............. 48 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS/ESTUDO DE CASO 49 3.1 ANÁLISE CURRICULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL .............................. 50 3.2 ANÁLISE CURRICULAR DA FACULDADE PARTICULAR DE MODALIDADE PRESENCIAL ........................................................................................................ 52 7 3.3 ANÁLISE CURRICULAR DA FACULDADE DE ENSINO À DISTÂNCIA ........ 54 3.4 PROPOSTA CURRICULAR PARA O CURSO DE PEDAGOGIA ..................... 57 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ........................................... 59 4.1 CONCLUSÃO .................................................................................................. 60 4.2 RECOMENDAÇÕES ....................................................................................... 61 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................. 61 8 1-INTRODUÇÃO Hoje existem muitas discussões quanto à questão da Formação de Professores e o seu desempenho como profissional para atuar com alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular, onde a mesma parte do pressuposto da importância de seu papel e atributos para uma prática profissional exitosa. Segundo Denari (2006, p.36) relata que: O descompasso observado entre a formação inicial de profissionais de educação especial e a execução desse serviço vem obrigando os agentes responsáveis, quer no âmbito legal, quer no âmbito acadêmico, a realizar ajustes curriculares de acordo com os diferentes enfoques e as necessidades operativas assumidas [...] No Brasil, a educação tem tomado rumos grandiosos e muitos docentes por não terem tido uma formação satisfatória, devido à grade curricular da instituição a qual estudaram, ou por não estarem em constante formação não estão capacitados para atenderem seus alunos em suas mais diversas especificidades. Segundo Santos (2002, p.41), este autor ressalta que o curso de Pedagogia deve “ampliar suas referências epistemológicas, teóricas e metodológicas para assumir educadores capazes de atuar na prática educativa de inclusão de alunos com deficiência”. Muitos desafios estão sendo lançados ao profissional que vai atuar na área de educação especial, por isso, procura-se neste trabalho levantar os pontos relevantes que permeiam os currículos de instituições de ensino superior do curso de pedagogia, onde a educação especial tem sido designada como um tipo de educação diferente. De acordo com Denari (2006, p. 36) este autor diz que “[...] é necessário considerar que o termo educação especial tem sido tradicionalmente utilizado para designar um tipo de educação diferente, que caminha paralelamente à educação geral.”. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Artigo nº 62 (BRASIL, 1996, p.60) esta destaca que: “A formação de docentes para atuar na educação 9 básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades [...]”. Por isso, este trabalho tem como foco estudar a estrutura e a verificação da grade curricular de três intuições de ensino superior. Ao pensar nessas questões vale ressaltar e identificar pontos relevantes na grade curricular, principalmente no que concerne ao seu conteúdo de disciplinas que objetivam preparar o educando para atuar com crianças com necessidades educativas especiais, e a partir disso possibilitar reflexões quanto a este contexto. Vale destacar que a Política Nacional de Educação Especial (BRASIL, 1998, p.10), considera a Educação Especial um processo que tem como objetivo “[...] promover o desenvolvimento das pessoas portadoras de deficiências, condutas típicas e de altas habilidades, e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino”. Nessa perspectiva a Política Nacional de Educação Especial, vem buscando e analisando metodologias e práticas pedagógicas que venham possibilitar uma aprendizagem significativa para o aluno com necessidades especiais, já que anteriormente acreditava-se que a Educação Especial não tinha vinculo com a educação comum. Assim, a Política Nacional de Educação Especial (2007, p.8) ressalta que: Por muito tempo perdurou o entendimento de que a Educação Especial é organizada de forma paralela á educação comum, que seria a forma mais apropriada para o atendimento de alunos que apresentavam deficiência ou que não se adequassem à estrutura rígida dos sistemas de ensino. Deste modo, essa pesquisa segue uma linha de investigação acerca da grade curricular de três instituições de Ensino Superior do curso de Pedagogia, localizadas em São Mateus-ES, com destaque para uma Instituição Federal, e duas particulares. Sendo que dessas instituições particulares uma delas é de modalidade presencial e a outra de Ensino a Distância, visando assim, estudar o conteúdo de disciplinas da área específica de necessidades educativas especiais na grade curricular do curso. A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, o estudo de caso e a análise documental. Através da análise documental, mediante a análise da 10 estrutura curricular referente à educação especial, se teve como base, dados extraídos de pesquisa documental de três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES). 1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA O processo educacional no Brasil vem buscando modelos e estratégias para uma melhor prática pedagógica. Nesse contexto, a Educação Especial é uma modalidade de ensino que está presente em turmas comuns do ensino regular, entretanto é necessário que os professores estejam num processo constante de formação para atender os alunos com necessidades educativas especiais. De acordo com Sampaio (2009, p.45) destaque que: De uma forma geral, a literatura sobre o tema ressalta a importância da qualificação profissional do professor, apontando, como uma das principais barreiras para efetiva inserção dos alunos com deficientes no sistema regular de ensino, o despreparo dos professores para receber essa clientela. É necessário que sejam formados modelos de ensino com práticas pedagógicas diferenciadas e inovadoras para que os alunos sejam atendidos com êxito. Neste sentido, para o desenvolvimento do trabalho do professor na educação especial, são requeridos profissionais com capacidade de improvisar e responder com flexibilidade as novas demandas educacionais. Assim ressalta-se a importância dos cursos de pedagogia em oferecer uma formação que esteja adequada à realidade escolar, possibilitando ao professor estrutura para garantir o seu desempenho em sala de aula. Deste modo, este trabalho torna-se relevante no intuito de discutir e investigar algumas concepções sobre a grade curricular de três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES), com destaque para uma Instituição Federal, e duas instituições particulares. Sendo que dessas instituições particulares uma delas é de modalidade presencial e a outra de Ensino a Distância. 11 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA Este trabalho de pesquisa delimitou-se em investigar a grade curricular de três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES), que possuem na sua grade curricular a disciplinada área específica de Educação Especial no curso de Pedagogia. As instituições investigadas foram uma instituição Federal, e duas instituições Particulares sendo que uma é de modalidade presencial e a outra em modalidade de Ensino à Distância. Este estudo abrange o levantamento das grades curriculares das instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES), trabalho realizado no período de Março a Agosto de 2013. 1.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Essa pesquisa teve como objetivo estudar a grade curricular de três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES),que oferecem o curso de Pedagogia referente à disciplina de Educação Especial. Sabe-se que cada instituição tem a autonomia de propor a grade do seu curso. No decorrer do curso, diante de vários estudos realizados em sala surgiu a necessidade de analisar com profundidade a formação acadêmica do futuro educador que está sendo preparado para lidar com as dificuldades encontradas na sala de aula, mais especificamente no que diz respeito a ações práticas e de qualidade para o desempenho da sua prática pedagógica, frente a crianças com necessidades educativas especiais. Sabe-se que APAE (Associação de Pais e Amigos do Excepcional) têm como missão defender os direitos das pessoas com deficiência, onde buscam serem parceiras na construção de um caminho significativo longo, porém muitas vezes árido. No passado, as crianças com necessidades educativas especiais não tinham em sua realidade um espaço para o atendimento especializado, considerando as suas especificidades, como a APAE. 12 Hoje a APAE, é uma entidade filantrópica que visa atender por meio de um trabalho, terapêutico, social e pedagógico, o aluno com necessidades educativas especiais, para o desenvolvimento da melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência, propondo um atendimento que propicie a superação das suas dificuldades e o desenvolvimento das suas potencialidades. Sabendo que o ensino regular também tem por obrigação oferecer um atendimento educacional especializado, assegurando a igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no ambiente escolar. Logo a escola precisa ter profissionais capacitados e preparados para lidar com diferentes perfis de alunos, trabalhando o processo da inclusão a todo instante. Conforme art. 227 da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n° 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão n.° s 1 a 6/94 ( 2007, p. 144-145): Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. § 1º II- Criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos. A partir deste contexto, levantou-se o seguinte questionamento: No período de formação acadêmica do pedagogo, as três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES), analisadas na pesquisa contemplam na sua grade curricular disciplinas em seu conteúdo, sobre necessidades educativas especiais? 13 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 OBJETIVO GERAL Conhecer o conteúdo e a grade curricular das três instituições de Ensino Superior no Município de São Mateus (ES), frente à disciplina de educação especial. 1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Analisar a grade curricular das três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES), quanto ao levantamento de disciplinas que abordem o conteúdo de necessidades educativas especiais. - Sugerir disciplinas importantes para a grade curricular com a finalidade de contribuir para uma proposta de ensino de qualidade na área de educação especial; - Verificar se as três Instituições de Ensino Superior especificamente no Curso de Pedagogia oferecem aos acadêmicos uma formação em conhecimentos teóricos e práticos para trabalhar com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais. 1.5 HIPÓTESE Conforme Gil (2007, p. 31) este destaca que a Hipótese é: “[...] uma expressão verbal suscetível de ser declarada verdadeira ou falsa. A essa proposição dá-se o nome de hipótese. Assim, a hipótese é proposição testável que pode vir a ser a solução do problema”. Acredita-se que a grade curricular das três instituições de ensino superior necessita de mudanças quanto às disciplinas específicas da área de educação especial, incluindo mais disciplinas e com carga horária maior, que abordem conhecimentos, fundamentos, teorias e práticas de educação especial, que permita uma formação mais abrangente dos educandos, quanto às necessidades educativas especiais encontradas na sala de aula. 14 1.6 METODOLOGIA 1.6.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA Este trabalho empregou-se o estudo da pesquisa exploratória e a pesquisa descritiva. A pesquisa exploratória é bastante especifica, é o contato inicial com tema a ser analisado, com os objetos a serem investigados, e com as fontes secundárias disponíveis, e avaliará quais teorias e conceitos existentes podem ser aplicados no problema proposto, ou se novas teorias ou conceitos precisam ser desenvolvidos. Neste sentido, o pesquisador deve ter uma postura de aceitação as informações e dados da realidade social, e também uma postura flexível. A pesquisa exploratória permite escolher as técnicas mais adequadas de pesquisa, além de decidir sobre as questões que necessitam de atenção e investigação detalhada. No que condiz a pesquisa exploratória, os autores, Cervo; Bervian e Da Silva (2007, p.63) afirmam que: Realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre seus elementos componentes. Esse tipo de pesquisa requer um planejamento bastante flexível para possibilitar a consideração dos mais diversos aspectos de um problema ou de uma situação. Já a pesquisa descritiva tem por finalidade observar, registrar, e analisar os fenômenos, sem entrar no mérito do seu conteúdo. Nela não há a interferência do investigador, que apenas procura compreender com o cuidado a periodicidade com que o fenômeno acontece. Uma das suas principais características, esta na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como questionário e observação sistêmica. Segundo Andrade (2005, p.124) este autor diz que: “Neste tipo de pesquisa, os fatos são obervados, registrados, analisados, classificados e interpretados sem que pesquisador interfira neles”. Verifica-se que para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizadas as pesquisas exploratórias e descritivas, para uma melhor fundamentação acerca do tema. 15 1.6.2 TÉCNICAS DE PESQUISA PARA COLETA DE DADOS As técnicas de pesquisa utilizadas neste trabalho foram a pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de caso, sendo estes técnicas de coletas de dados de grande importância para esta pesquisa. A pesquisa bibliográfica foi muito relevante para este trabalho, já que foi realizado o levantamento, a pesquisa e a observação de todo documento coletado, tendo como importância a ser considerada o primeiro passo de pesquisa cientifica. A pesquisa bibliográfica de acordo com Ferrão e Ferrão (2012, p.61) estes autores afirmam que: “[...] consiste em levantar fichas, relacionar, referenciar, ler, arquivar, fazer resumos, análise de todas as informações produzidas sobre determinado assunto, que foi assumido como tema para a realização de uma pesquisa cientifica.”. A pesquisa bibliográfica, conforme Gil (2007, p. 44) diz que: “é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Realizando esta pesquisa, a mesma ofereceu referências teóricas publicadas em diversos materiais, tais como: livros, artigos científicos e outros. Para um melhor desenvolvimento deste trabalho, foi necessário empregar a pesquisa documental como propósito de descrever e comparar os documentos coletados. Então a pesquisa documental conforme a autora Fachin (2006, p. 146) afirma que: A pesquisa documental corresponde a toda a informação coletada, seja de forma oral, escrita ou visualizada. Ela consiste na coleta, classificação, seleção difusa e utilização de toda a espécie de informação, compreendendo também as técnicas e métodos que facilitam a sua busca e a sua identificação. A pesquisa documental, segundo os autores Cervo; Bervian e Da Silva (2007, p.62) salientam que: A pesquisa documental: são investigados documentos com o propósito de descrever e comparar usos e costumes, tendências, diferenças e outras 16 características. As bases documentais permitem estudar tanto a realidade presente como o passado, com a pesquisa histórica. Para a coleta de dados deste referente trabalho de pesquisa, temos a pesquisa bibliográfica, pois, utilizou-se de materiais já publicados como artigos científicos, livros e sites que possibilitou fundamentação exitosa. Empregou-se a pesquisa documental onde foram analisados documentos a respeito da grade curricular das instituições de ensino superior do Município de São Mateus do Estado do Espírito Santo e o Estudo de Caso que tem como finalidade explorar, descrever, explicar e avaliar sobre o tema pesquisado neste trabalho de pesquisa. 1.6.3 FONTES PARA COLETA DE DADOS Para o desenvolvimento desta pesquisa, utilizaram-se as fontes primárias, pois se utilizou de materiais originais nos quais outras pesquisas são baseadas. E fontes secundárias, pois, vai se constituir das interpretações e avaliações das fontes primárias. Conforme Andrade (2005, p.43) existe duas fontes para coleta de dados: Fontes Primárias são constituídas por obras ou textos originais, material, ainda não trabalhado sobre determinado assunto. As fontes secundárias referem-se a determinadas fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constituem-se em fontes das pesquisas bibliográficas. 1.6.4 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA Esta pesquisa utilizou-se como foco a avaliação da grade curricular de três instituições de ensino superior do Município de São Mateus (ES), a respeito da disciplina que compõe a grade curricular do curso de pedagogia, e o seu conteúdo para formar professores para atuar com crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular, buscando através de estudos analisar se as faculdades estudadas dispõem de disciplinas da área de educação especial e a carga horária que as compõem. 17 1.6.5 INSTRUMENTOS PARA COLETA DE DADOS Para a realização deste estudo o instrumento de pesquisa utilizado para uma melhor fundamentação foi à análise de documentos, que para Caulley (apud LÜDKE; 1986 p.38) diz que: “a analise documental busca identificar informações factuais nos documentos a partir de questões e hipóteses de interesse”. Foram analisadas as grades curriculares de três instituições de ensino superior do município de São Mateus (ES), onde os arquivos disponibilizados foram obtidos por meio da intranet ou site da instituição. Cuja finalidade foi, não expor a instituição para não haver alterações de informações. 1.6.6 TRATAMENTOS E ANÁLISE DOS DADOS Após a coleta de dados, houve a preparação para a digitação e subsequente a apresentação. Segundo Ferrão (2003, p. 107) diz que: A coleta de dados é realizada pelas técnicas de pesquisas, cujos(s) tipo(s) depende do objetivo de trabalho. Realizada a coleta dos dados, com todos os critérios, os mesmos devem ser preparados para digitação e para posterior análise estatísticas. Antes da análise e da interpretação, os dados devem ser submetidos aos seguintes trabalhos: seleção, codificação e tabulação. Depois de coletar os dados, os mesmos foram submetidos à análise e interpretação, onde se observou o quanto é importante à disciplina de educação especial. 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 BREVE CONTEXTO HISTÓRICO DOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO Os Parâmetros Curriculares Nacionais(PCN), Diretrizes Curriculares e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação conhecida com LDB foram criados para dar uma formulação no âmbito educacional, onde os mesmos são considerados satisfatórios por todos os estados brasileiros. De acordo com os Parâmetros Curriculares (2000, p.5) relata que: Esta soma de esforços permitiu que eles fossem produzidos no contexto das discussões pedagógicas mais atuais. Foram elaborados de modo a servir de referencial para o seu trabalho, respeitando a sua concepção pedagógica própria a pluralidade cultural brasileira. Muitos profissionais da educação participaram na elaboração dos PCNs, onde os mesmos servem como instrumento para o ensino contribuindo para a escola, o professor e o aluno para que atingir uma educação exitosa em toda rede pública brasileira, apesar de que a rede privada de ensino também vem adotando os parâmetros. Mediante ao exercício da docência os Parâmetros Curriculares Nacionais (2000, p.7) tem por objetivo: [...] auxiliá-lo na execução de seu trabalho, compartilhando seu esforço diário de fazer com que as crianças dominem os conhecimentos de que necessitem para crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa sociedade. Nesse sentido, o propósito do Ministério da Educação ao consolidar aos Parâmetros, é apontar metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres. Os PCNs têm como objetivo auxiliar os professores no processo de ensino aprendizagem para uma melhor execução de seu trabalho fazendo com que os alunos tornem-se cidadãos críticos e reflexivos, onde o mesmo serve como instrumento para as discussões pedagógicas nas escolas sendo ele flexível e podendo ser adaptado as diversas realidades que a escola estiver instalada. 19 Os Parâmetros Curriculares Nacionais possuem um conjunto de volumes que orientam o professor nas diversas áreas de ensino tais como as disciplinas de: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Geografia, História, Artes, Educação Física e Língua Estrangeira. Além das disciplinas mencionadas o instrumento possui também um conjunto de volumes que abordam os Temas Transversais: Ética, Meio Ambiente e Saúde, Pluralidade Cultural, Orientação Sexual. Os volumes dos parâmetros publicados despertam o desejo para que as crianças realizem um papel ativo em todo o espaço escolar e com a ênfase nas disciplinas interdisciplinares os alunos criarão alternativas para resolver situações problemas que acontecerão no dia a dia e, além disso, possibilita para que a escola venha inovar as didáticas e as práticas pedagógicas melhorando a qualidade do ensino. É necessário realizar a reflexão correspondente aos Parâmetros Curriculares Nacionais se o instrumento está sendo capaz de inovar as instituições de ensino e vale a pena ressaltar quanto à qualificação dos professores, pois é de suma importância que os docentes estejam preparados para exercer a sua função. Segundo os Lombardi e Arbolea (Brasil, 1998, p.2875) relata que: Mas é preciso verificar em que medida os PCN são capazes de modificar as práticas de nossas escolas, e não somente o discurso dos educadores. Para isso, deverão ser acompanhados de investimentos em qualificação de professores, pois sabemos que o peso da inércia e da tradição nas escolas é grande, dificultando as mudanças. Ao colocar em prática as orientações sugeridas pelo o PCN as escolas terão chances para novas mudanças e tornar a educação interdisciplinar e atender as especificidades de todos os seus alunos. As Diretrizes Curriculares Nacionais orientam as escolas para o planejamento curricular para que as instituições de ensino venham ter a sistematização do ensino, sendo as diretrizes normas obrigatórias para a Educação Básica, onde são discutidas e fixadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). 20 Atualmente cada modalidade de ensino existe as diretrizes gerais a: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio que também possuem diretrizes próprias. As diretrizes buscam garantir a qualidade do ensino e fazer com que os conteúdos sejam transmitidos para os alunos, independente do contexto a qual está inserido. As Diretrizes Curriculares Nacionais tiveram origem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), do ano de 1996 que teve como objetivo a união dos estados, distritos federias e município para nortear os currículos e os conteúdos. As definições das diretrizes conta a interação de diversos órgãos tais como: O Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação, a União Nacional de Educação e além de professores da rede pública municipal e estadual de ensino e representantes de diversas escolas privadas. Vários profissionais da educação não sabem diferenciar as Diretrizes Curriculares dos Parâmetros Curriculares, sendo que os parâmetros são: diretrizes das disciplinas separadas para que o professor e o aluno venham promover a reflexão do processo de ensino aprendizagem e discussões pedagógicas referentes à sua prática. Já as Diretrizes Curriculares Nacionais concerne em normas que são obrigatórias para a Educação Básica, onde o mesmo orienta as escolas com relação ao planejamento curricular. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi criada para sistematizar e regulamentar o sistema de ensino público ou privado e da educação básica até o ensino superior. As leis foram criadas para a democratização do processo de ensino no país e no ano de 1996, foi necessário reformular algumas leis, pois muitas lembravam o regime militar dotados de leis que impossibilitavam os direitos e deveres dos brasileiros frente à educação. 21 A proposta quando as leis foram criadas era para fazer com que o Estado desempenhasse um papel fundamental com relação a educação no sistema de ensino. A LDB 9.394/96 reafirma que a educação é o direito de todos assim mencionado pelo Constituição Federal. A educação Brasileira é dividida em: educação básica (constituída por educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e ensino superior. A LDB 9.394/96 reafirma o direito á educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação á educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação nos artigos 29, 32, 35 e 43 da Lei nº 9.394/96, de 20 de Dezembro de 1996 sobre a educação brasileira ela é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior. A Educação Básica corresponde: Art. 29 Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementado a ação da família e da comunidade. Art. 32 Educação Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito pública iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão. Art. 35 Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos. Art. 43 Ensino Superior tem por finalidade: I – estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II – formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento na sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. A educação possui algumas modalidades dentre elas está a educação especial mencionada neste trabalho de pesquisa. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 de Dezembro de 1996, no capítulo V da Lei de número 9.394/96 no seu artigo 58 (2010, p.58) afirma que: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de 22 Educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. De acordo com Cassimiro (2004, p.1) existem três categorias na educação especial são elas: Na categoria dos dependentes: estão aqueles atendidos somente em clínicas, pois, dependem totalmente de serviços necessários para sua total sobrevivência, não conseguem ter hábitos higiênicos, não conseguem se vestir, necessitando de um acompanhamento de 24 horas. Na categoria dos treináveis: estão aqueles que frequentam escolas especiais, eles já conseguem se defender dos perigos, repartir e respeitar os outros, já adquirem hábitos rotineiros de higiene, necessitando somente de ajuda e supervisão. E na maioria dos casos, o retardo é identificado nos primeiros anos de vida. Na categoria dos educáveis: estão aqueles que frequentam classes especiais, esses já possuem vocabulário suficiente para a vida diária, e habilidade de adaptação pessoal e social, geralmente essas crianças atingem na fase adulta, uma idade de desenvolvimento mental entre sete e doze anos. Diante das leis reformuladas principalmente na educação especial é necessário que a escola faça com que o aluno com necessidades educacionais especiais considerese inserido no processo, fazendo com que ele crie possibilidades e venha enfrentar com êxito as dificuldades que irão surgir alo longo do seu processo de ensino aprendizagem. 2.2 GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA De acordo com o contexto histórico da Pedagogia, sua trajetória sofreu várias modificações curriculares, passando por inúmeras políticas publicas de educação, em que dimensionaram a sua estrutura e a identidade dos seus profissionais. Segundo Gallo (2009 p. 805) diz que: “Historicamente, o curso de pedagogia sofreu várias modificações em seus programas de ensino, objetivos do curso, propostas pedagógicas, organizações curriculares, que, interferiram na formação profissional do pedagogo”. No Brasil, a responsabilidade pela formação dos professores das series iniciais está concentrada nos cursos de Pedagogia. 23 De acordo com Cruz e Silva (2009 p. 55) estes autores afirmam que: “o curso de Pedagogia, no Brasil, foi criado na década de 1930, época em que se debatia a implantação das primeiras universidades brasileiras e a influência dos ideários da Escola Nova”. Essa decorrência se deu em meio a muitas discussões educacionais e em uma série de acontecimentos socioeconômicos e culturais da época. O curso de Pedagogia no Brasil foi criado na década de 1930, em meio a muitas discussões educacionais, em decorrência de uma serie de acontecimentos socioeconômicos e culturais da época. Ao longo da história o espaço de atuação do Pedagogo, não era algo muito especifico isso porque, esse profissional era habilitado em uma área técnica indefinida. A licenciatura em Pedagogia permitia ao profissional, ser professor da Escola Normal, responsáveis pela formação de professores, que atuaria na educação primária. Conforme Silva (apud ALMEIDA; LIMA, 2012, p. 452) destacam que: O curso de Pedagogia, ao longo de sua história, teve definidos, como seu objeto de estudo e finalidade precípuos, os processos educativos em escolas e em outros ambientes, sobremaneira a educação de crianças nos anos iniciais de escolarização, além da gestão educacional. Merece ser salientado que, nas primeiras propostas para este curso, a ele se atribuiu o estudo da forma de ensinar, definido, inicialmente, como lugar de formação de técnicos em educação. Um fato importante, que marcou o curso de Pedagogia durante sua história, foi o parecer do Conselho Federal de Educação (CFE) nº 252, de 11 de abril de 1969 no Brasil, de autoria do professor Valnir Chagas, membro do Conselho Federal de Educação. Esse parecer foi acompanhado da Resolução CFE nº 02/69 no Brasil, que se atribuiu em firmar o currículo mínimo e a duração do curso. De acordo com Almeida e Lima (2012, p. 452) estes afirmam que: Essa regulamentação manteve a formação de professores para o Ensino Normal e introduziu, oficialmente, as habilitações para formar os especialistas responsáveis pelo trabalho de planejamento, supervisão, administração e orientação, que constituíram, a partir de então, um forte meio de identificar o pedagogo. As habilitações foram amplamente difundidas, tornando-se nucleares para o curso ao longo de grande parte de sua trajetória. 24 Em seguida veio à segunda regulamentação, que ocorreu através do parecer nº 251 de 11 de Abril de 1969, de autoria também do já citado conselheiro, trazendo mais alterações do conteúdo curricular em Pedagogia. Segundo Cruz e Silva (2009 p. 57) ressaltam que: Foram acrescentadas à primeira regulamentação habilitações para formar especialistas responsáveis por planejamento, supervisão, administração e orientação educacional, a fim de definir sua identidade. A referida regulamentação aboliu o bacharelado, conferindo apenas o grau de licenciatura. O período de vigência desse parecer foi marcado por críticas referentes à função do pedagogo, visto que as habilitações reforçavam o ponto de vista do especialista e a fragmentação do trabalho pedagógico. A década de 1970 é propagada pela indicação e extinção do referido Curso e a aprovação da LDB nº 5.692, de 11 de Agosto de 1971. O professor Valnir Chagas através de indicações nº 67/1975 e 70/1976 apresentam propostas de mudanças na formação do Magistério. Conforme Brzezinski (1996 p. 86) afirma que: “[...] o preparo de especialistas, do professor, para o ensino pedagógico de 2º grau (antiga Escola Normal), assim como do pedagogo em geral, seria realizado em habilitações acrescidas a cursos de licenciatura.”. Na década de 1980 chegou trazendo novas mudanças no cenário educacional, o curso de Pedagogia mostrava a fragmentação de forte caráter tecnicista e a ostentação na divisão técnica do trabalho na escola. De acordo Cruz e Silva (2009 p. 58) relatam que: Entre as décadas de 70 e 80, desencadeou um movimento por nova reformulação do Curso feita por professores e instituições educativas. Para eles, era oferecida uma formação fragmentada, com forte influência tecnicista e uma grande divisão do trabalho na escola. Esse movimento resultou em algumas reformas curriculares, adequando suas habilitações e formando os pedagogos para atuarem nas séries iniciais do 1º grau. Durante esse período, foram marcantes os movimentos pela reformulação dos cursos de formação de profissionais da educação, com o objetivo de um curso de Pedagogia, voltado para a formação de professores para os anos iniciais do Ensino Fundamental. 25 Como são citados por Almeida e Lima (2012 p. 452) esses autores afirmam que: “No entanto, há que se ressaltar que o debate, sempre crescente, nunca foi consensual. Apesar de prevalecer à concepção que tem a docência como o núcleo forte da pedagogia, pelo menos duas outras tendências circulam no debate”. Deste modo, observa-se que desde 1985, o curso de Pedagogia tem oferecido uma sucessão e habilitações, que proporcionou aos profissionais desta área a atuarem em diversos espaços. Conforme Almeida e Lima (2012 p. 453) enfatizam que: Contemplando uma ação pedagógica múltipla, em que o pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não formal, criando formas de educação paralela, desfazendo praticamente todos os nós que separavam escola e sociedade. Porém, a formação especifica para professores das series iniciais fica em um nível menos privilegiado. Após essas transformações na educação, a Pedagogia no Brasil, continuou avançando com as regulamentações vigentes, com o intuito de se ajustar as necessidades momentâneas do sistema educacional. Com a aprovação da nova LDB, Lei nº 9.394, em dezembro de 1996 (BRASIL, 1996), desenvolveram-se mais ações do Ministério da Educação (MEC) e do Conselho Nacional de Educação (CNE), com o objetivo de propor uma redefinição quanto à formação do profissional no magistério, segundo os novos haveres colocados pelo texto legal. A partir de 1996, com a promulgação da nova LDB 9.394/96 (BRASIL, 1996). Ela estabelece, em seu artigo 64, que a formação de profissionais de educação para a administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacionais para a Educação Básica seria feita em cursos de graduação em Pedagogia. Algumas mudanças se fizeram presentes durante esse período, e que merecem ser destacados. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Artigo de número 62 (BRASIL, 1996, p.60) esta destaca que: 26 A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, e graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatros primeiras series do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. De acordo, com o Plano Nacional e Educação (BRASIL, 2001), no período de dez anos, todos os profissionais que operavam na Educação Básica deveriam se ajustar a nova legislação. Com essa nova exigência, procurou-se adequar todos os profissionais que não tinham o ensino superior e que estavam na sala de aula, a fazê-lo. O que não aconteceu no prazo desejável, sendo este prazo extinto pelo governo da época, pela Resolução do CNE/CEB n° 01/2003 de 20/08/2003 (BRASIL, 2003), com resultado de que muitos professores não tinham conseguido alcançar a formação superior dentro do prazo estabelecido. Segundo Almeida e Lima (2012, p. 453) destacam que: “a extinção dos cursos de magistério da rede pública de ensino, que ocorreu após 1996, não somente no Estado do Paraná, mas no país inteiro, fez com que as escolas privadas assumissem, cada vez mais, tais cursos de formação docente”. A partir da promulgação da LDB 9.394/96 (BRASIL, 1996), foi recorde o número produzido de leis, resoluções, decretos, regulamentações e pareceres, que agiu no sentido de definir, formatar, e destituir o Estado da formação de professores. Conforme Freitas (2002, p. 148) analisa que: Todo esse processo tem se configurado como um precário processo de certificação e/ou diplomação e não qualificação e formação docente para o aprimoramento das condições do exercício profissional. A formação em serviço da imensa maioria dos professores passa a ser vista como lucrativo negócio nas mãos do setor privado e não como política pública de responsabilidade do Estado e dos poderes públicos. O „aligeiramento‟ da formação inicial dos professores em exercício começa a ser operacionalizado, na medida em que tal formação passa a ser autorizada fora dos cursos de licenciatura plena como até então ocorria e como estabelece o art. 62 da LDB. Vivemos, portanto, ao contrário do que prega o discurso oficial, um processo de „desprofissionalização‟ do magistério. 27 Posterior a LDB 9.394/96, estabeleceu-se a criação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação e a formação docente em Nível Superior. Segundo Almeida e Lima (2012, p. 454) dizem que: “Todos os cursos de graduação tiveram suas DCN‟s definidas, com exceção do curso de Pedagogia que, apesar de algumas tentativas junto ao Conselho Nacional de Educação (CNE), só em maio de 2006 teve uma Resolução aprovada”. Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (BRASIL, 2006), o curso de Pedagogia passa a ser unicamente uma Licenciatura, que irá qualificar docentes para atuarem na educação infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. Além dessas modalidades já mencionadas, o curso também formará docentes para o Ensino Médio na modalidade Normal (antigo curso de magistério) e para outros cursos de Educação Profissional voltados para a educação. Após a constatação do conteúdo do artigo 4º da resolução CNE/CPD nº 1 (BRASIL, 2006), incluem-se mais dois setores de atuação o de gestão e produção de conhecimento, atingindo uma soma de seis campos de atuação profissional. Além, do artigo 8º, item IV (BRASIL, 2006, p. 5) da mesma resolução, que é incluída a modalidade de Jovens e Adultos para o estágio curricular obrigatório. O docente em Pedagogia é formado em curso de duração mínima de 3.200 horas de efetivo trabalho acadêmico, conforme indicam as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (BRASIL, 2006), e sem previsão de duração mínima em anos, que engloba uma formação inseparável da docência, da gestão dos processos educativos escolares e não escolares, e o desenvolvimento da produção do conhecimento cientifico e tecnológico do campo educacional. Enfim o curso de Pedagogia se faz notório, graças a uma formação integral, lógico que muitas mudanças ainda se fazem presentes e necessárias, mas seu principal objetivo é formar profissionais coerentes com os padrões éticos e humanísticos, 28 capaz de realçar sua atuação crítica, reflexiva e criativa, com ampla consistência de formação significativa do acadêmico. 2.3 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL De acordo com Mazzotta(2005) organização de serviços para o atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos teve o seu inicio já no século XIX, inspirados por experiências norte- americanas e europeias. Este processo se caracterizou como iniciativas isoladas, refletindo o interesse de alguns educadores da época para ao atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educativas especiais. No entanto, a inclusão da educação de deficiente dentro da política educacional brasileira, veio ocorrer somente a partir do século XX. De acordo com Mazzotta (2005, p. 16) diz que: A própria religião, com toda a sua força cultural, ao colocar o homem como imagem e semelhança de Deus, ser perfeito, inculcava a ideia da condição humana como incluindo perfeição física e mental. E não sendo parecidos com Deus, os portadores de deficiências (ou imperfeições) eram postos a margem da condição humana. Deste modo, para compreender o contexto histórico brasileiro é necessário, buscar os primórdios da educação especial no Brasil e sua evolução. Segundo Mazzotta (2005) o atendimento educacional de pessoas portadoras de necessidades especiais até o século XVIII era entendido como algo ligado ao misticismo e ocultismo, não havendo base cientifica para o desenvolvimento de noções realísticas. Sendo este conceito mal compreendido e avaliado na época. De acordo com Mazzotta (2005), o marco histórico da Educação Especial no Brasil, tem se previsto no final do século XIX, com expiração em experiência europeia do Instituto de Meninos Cegos, 1854 sob a direção de Benjamin Constant, e o Instituto de Surdos-Mudos, sob a direção do mestre francês Ernesto Hüet. A criação deste instituto foi considerado, como o primeiro passo concreto para assegurar ao deficiente visual o direito a cidadania, atuando na quebra de 29 preconceitos e propondo a ideia de que a educação e profissionalização das pessoas com essa deficiência não era um mito. Segundo Jannuzzi (1985, p. 23) destaca que: “A educação popular e muito menos a dos portadores de deficiência não era o motivo de preocupação, em uma sociedade pouco urbanizada apoiada no setor rural”. Além da Constituição a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, aprovada pela Assembleia das Nações Unidas, trazia como principal proposta em seu documento o princípio da não discriminação e o reconhecimento do direito de toda a pessoa a educação, incluindo também o portador de necessidades especiais. Apesar do descaso com educação durante esse período, os dois institutos que atendiam os cegos e surdos, já traziam em sua bagagem o destaque na preparação do individuo para o trabalho, uma vez que contavam com oficinas para aprendizagem de ofícios, como por exemplo, oficinas de tricô para meninas, tipografia para meninos cegos e sapataria para meninos surdos. O inicio da República foi marcado pelo fortalecimento da produção industrial, foi um período de conflito entre a burguesia industrial e a classe trabalhadora. De um lado se concentrava a massa de operários empobrecidos em condições miseráveis de vida e do outro a burguesia industrial que se mantinha em buscar riqueza. De acordo com Carmo (2009) relata que: A base da mentalidade dos burgueses de tal época era a exploração máxima da classe trabalhadora – o proletariado – de maneira que pudessem garantir o lucro e manter a massa operária dependente. E esta, na maioria, era oriunda dos cercamentos dos campos realizados na Inglaterra e que forçaram a população rural a trabalhar em meios alternativos no próprio campo ou a migrar para as cidades em busca de empregos – principalmente nas minas de carvão ou nas primeiras fábricas, sobretudo as têxteis, de alimentos, bebidas, cerâmica e outros demais produtos que visavam o nascente mercado consumidor urbano. A luta entre essas duas classes resultou na produção de medidas sociais na tentativa de tornar menos grave os conflitos vividos no contexto social da época. A partir desta realidade social, as escolas são criadas na condição de ocupar o tempo livre das crianças, que também foram alvos das políticas públicas. 30 A divisão imposta pelo emprego da máquina na indústria trouxe em seu cunho a objetivação e simplificação do trabalho, onde passou a permitir o uso da força de trabalho de mulheres e crianças na produção. Segundo Marx (1980, p. 450-451) afirma que: Tornando supérflua a força muscular, a maquinaria permite o emprego de trabalhadores sem força muscular ou com desenvolvimento físico incompleto, mas com membros flexíveis. Por isso, a primeira preocupação do capitalista ao empregar a maquinaria foi a de utilizar o trabalho de mulheres e das crianças. Assim, de poderoso meio de substituir o trabalho e trabalhadores, a maquinaria transformou-se imediatamente em meio de aumentar o número de assalariados, colocando todos os membros da família do trabalhador, sem distinção de sexo e de idade, sob o domínio direto do capital. O trabalho obrigatório para o capital tomou o lugar dos folguedos infantis e do trabalho livre realizado em casa, para a própria família, dentro dos limites estabelecidos pelos costumes. No período de 1898 a 1907, ocorreu o chamado êxodo rural caracterizado pelo deslocamento da população da zona rural em direção as cidades, a crise cafeeira e também o fluxo migratório, todos esses fatores contribuíram fortemente para urbanização das cidades e para o crescimento industrial. O crescimento da mão de obra de mulheres e criança na produção contribui para ampliar a oferta de trabalhadores e para a diminuição dos salários. A baixa remuneração, a falta de leis trabalhistas e as miseráveis condições de vida dos trabalhadores, acabavam disseminando em constantes confrontos entre os operários e os industriais. A partir da regulamentação do trabalho infantil, as crianças que até então eram trabalhadoras das grandes fabricas, passam a frequentar regularmente as escolas, sendo o seu cumprimento obrigatório. E diante deste avanço da época a educação começa a tomar um novo sentido. Com a expansão da escola surgem as campanhas nacionalistas e com elas as reformas educacionais, que passa a ser subsidiada por sentimento de entusiasmo pela educação, no sentido de otimismo quanto às novas propostas pedagógicas, através do ideário escolanovista que surge nas escolas, inovando técnicas e métodos de ensino. 31 Junto com a expansão da educação geral, acontecia também o crescimento da educação especial, que foi muito bem representada pelo Movimento da Escola Nova no Brasil na área de Educação Especial, pela Pedagoga Helena Antipoff. Essa pedagoga fundou, em 1932, a Sociedade Pestalozzi em Minas Gerais, na Fazenda do Rosário, com experiência voltada para educação Rural, Helena Antipoff desenvolveu atividades ocupacionais ligadas à horticultura, jardinagem e outras tarefas rurais. Diante dos trabalhos desenvolvidos por essa profissional a partir das décadas de 20 a 30 pode-se perceber a ampliação dos serviços de atendimento especial em alguns estados. Conforme Mazzotta (2005, p. 43) afirma que: O Instituto Pestalozzi [...] tornou-se uma realidade no Estado de Minas Gerais graças a trabalho incessante e relevante da professora Helena Antipoff, que, em 1932, com a colaboração de suas alunas da antiga Escola de Aperfeiçoamento de Professores Primários, fundara a Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais. [...] proporcionado experiências em atividades rurais, trabalhos artesanais, oficinas e mantendo cursos para preparo de pessoal especializado. Durante um pouco mais da metade do século XX, o atendimento educacional a pessoa com deficiência foi executado através da institucionalização, da fundação de escolas especiais mantidas pela comunidade e de classes especiais nas escolas públicas para os mais diferentes graus de deficiência mental. Não havia uma preocupação com a classificação e conceituação da deficiência, os critérios de seleção não seguia uma lógica, se resumindo apenas no desempenho escolar ruim. Mas foi na década de 60, que os familiares das pessoas com necessidades educativas especiais começaram a visualizar a possibilidade da integração de seus filhos juntos ao ensino regular, com a abertura da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 4.024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação, preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. Segundo Sassaki (2005, p. 55) este afirma que: A fase de integração pode ser entendida como processo onde as pessoas com deficiência buscavam formas de se adaptar à sociedade como esta se encontrava e à escola nos seus modelos pré-estabelecidos (metodologia de 32 trabalho, modelos avaliativos, atividade homogeneizadoras na maioria das práticas pedagógicas) sem que houvesse uma preocupação mais enfática com mudanças nesses setores. Como o sistema público não tinha estrutura para atender a demanda da educação especial, a partir de 1960 observou-se o crescimento das instituições filantrópicas sem fins lucrativos, que eram as APAES (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais), que ofereciam atendimento especializado aos casos mais graves de deficiência mental. Ainda em 1960 surge o movimento da educação popular, que possibilitou estender a matricula até as classes populares, mas sem uma base de estrutura de ensino sólida que acabou resultando em altos índices de reprovações e evasões escolares. Segundo Freitag (1980, p. 61) afirma que: Dos 1000 alunos iniciais de 1960, somente 56 conseguiram alcançar o primeiro ano universitário em 1973. Isso significa taxas de evasão 44% no ano primário, 22% no segundo, 17% no terceiro. A elas se associam taxas de reprovação que entre1967 e 1971 oscilavam em torno de 63,5%. A partir deste problema começa a aparecer uma proporção entre o fracasso escolar e a deficiência mental leve, que faz surgir às classes especiais com objetivo de solucionar esses novos problemas. Esse quadro acabou elegendo que a culpa do fracasso escolar estava a cargo de mais ninguém a não ser a própria criança. Por volta de 1970, havia mais de 800 estabelecimentos que oferecia o ensino especial em todo território nacional. Em junho de 1973, é criado o Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), responsável pela gerencia da educação especial no Brasil. Em 1986, é criada a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE), que tinha como função principal coordenar as ações em Educação Especial. As Diretrizes da Educação Especial da Educação do Estado de São Paulo, de 1987, trazia o seguinte termo “(...) o aluno excepcional deve ser integrado no processo 33 educacional comum para que possa utilizar-se, da melhor maneira possível, das oportunidades educacionais oferecidas aos alunos em geral”. Deste modo a lei amparava o aluno com necessidades educativas especiais, no entanto, observava-se que as crianças especiais por ter limitações eram retiradas do ensino regular e encaminhadas para o ensino especial. Nesta época o processo de remanejamento do ensino regular para o ensino especial era marcado pela segregação e exclusão dos alunos. As avaliações nas crianças eram feitas por profissionais fora do contexto escolar, não havia um processo de trabalho em conjunto com a escola, e a escola concebia a problemática do aluno como algo fora do seu alcance, mascarando assim a sua incapacidade de lidar com as diferenças individuais de sua cliente. Além disso, o Estado não tinha a obrigação formal de garantir uma educação de qualidade a todos os brasileiros, o ensino público era tratado como um favor dado àqueles que não podiam pagar. No Brasil esse direito foi reconhecido apenas com o amparo legal da Constituição Federal 1988, que visava à democratização da educação brasileira. Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil (2007, p. 136) artigo 205 diz que: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Por isso, o direito a educação é definida em nosso ordenamento jurídico como um direito do cidadão e dever do Estado, como parte de uma obrigação amparada por lei em virtude do direito do cidadão. Segundo Mazzotta (2005, p. 80) diz que: é importante registrar a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que estabelece normas gerais para o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência e sua efetiva integração social. 34 Neste sentido, essa lei trata dos interesses difusos e coletivos da Pessoa Portadora de Deficiência além de tratar algumas problemáticas que envolvem uma melhor qualidade de vida dessas pessoas. Essa prevendo como crime a conduta o ato descriminalizar o portador de deficiência, seja nas escolas, hospitais e concursos públicos. De acordo com Rodrigues (2008, p.19) ressalta que: “Em 1990, o Brasil aprova o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que reitera os direitos garantidos na Constituição: atendimento educacional especializado para portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. No sentido de que toda a escola reconhecida pelos órgãos legais, deve prioritariamente atender aos princípios constitucionais, não admitindo qualquer tipo de exclusão a pessoa com deficiência, ou com qualquer outro tipo de peculiaridade. Segundo Rodrigues (2008, p. 19) diz que: Em 1994, dirigentes de mais de oitenta países se reuniram na Espanha, inclusive do Brasil, e assinaram a Declaração de Salamanca [...] Ela proclama as escolas regulares inclusivas como o meio mais eficaz de combate à discriminação, determinando que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais e emocionais. Foi durante esse período que, na cidade espanhola de Salamanca, aconteceu a Conferencia Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, que reuniu representantes de vários países inclusive do Brasil, que resultou na assinatura da Declaração de Salamanca, que se tornou um dos mais importantes documentos de compromisso de garantia de direitos educacionais, que trata de princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação(LDB 9394/96) em seu capitulo V traz que a educação de portadores com necessidades de necessidades especiais deve dar-se preferencialmente na rede regular de ensino. Já em 1988, o MEC (Ministério da Educação e Cultura) apresenta um documento contendo algumas adaptações a serem feitas nos PCN‟s (Parâmetros Curriculares Nacionais) com o objetivo de projetar e colocar em prática estratégias para a 35 educação de alunos com deficiência. Em 2001, o ministério publica as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Atualmente no Brasil, pode-se ver a tentativa de efetivar em todos os campos da educação no que condiz ao ensino regular, o que foi inconstitucionalmente concebido e assegurado aos portadores de deficiência. Mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados. O Plano Nacional de Educação traz como grande proposta ao ensino especial à construção de escolas inclusivas que esteja aberta a diversidade do aluno e profissionais altamente qualificados para atender as especificidades de cada educando. 2.4 CONCEPÇÕES DE CURRÍCULO O currículo dentro do âmbito educacional representa a composição dos conhecimentos e valores dentro do processo social, ele é uma proposta pedagógica nas unidades de ensino. Nesse sentido, educação e currículo têm uma forte ligação com o processo cultural e a construção de identidades, isso porque, ele reflete uma concepção de mundo, sociedade, e educação sendo ele o centro da ação educativa. Vale ressaltar que, currículo, conforme MacLaren (1998, p.116) afirma que: Representa muito mais do que um programa de estudos, um texto em sala de aula ou o vocabulário de um curso. Mais do que isso, ele representa a introdução de uma forma particular de vida; ele serve, em parte, para preparar os estudantes para posições dominantes ou subordinadas na sociedade existente. O currículo favorece certas formas de conhecimento sobre outras e afirma os sonhos, desejos e valores de grupos seletos de estudantes sobre outros grupos, com frequência discriminando certos grupos raciais, de classe ou gênero. Seu conceito é extremamente complexo, se considerarmos que sua formação não se restringe a práticas simplistas ao desenho curricular que os espaços educacionais planejam. Na visão de Goodson (1995, p. 31) “as implicações etimológicas são que, com isso, o currículo é definido com um curso a ser seguido, ou mais especificamente, apresentado”. 36 Deste modo, analisando o contexto histórico de currículo, ele deixou de ser uma área técnica, passando a adotar uma área crítica voltada para as questões sociológicas, políticas, epistemológica. Por isso o currículo traz em sua contextualização uma história intrínseca as formas especificas e contingentes de organização social e educacional. Diante disso, o campo da educação ganhou versões próprias na área do currículo. Além da LDB, das Diretrizes e dos Planos Educacionais, o governo também elaborou, em nível de orientação aos profissionais da área da educação os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN‟s) em 1996 e os Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares 1998. Esses documentos têm por finalidade servir como uma ferramenta ao profissional com o intuito de auxiliar e orientar os professores a desenvolverem ações didático-pedagógica que atendam aos fins da educação contemporânea. Esta pesquisa tem como objetivo relacionar o currículo e o seu desenvolvimento na formação de professores para atuar com alunos com necessidades educativas especiais, considerando as condições reais do seu desenvolvimento a partir de experiência humana. Sacristán (2000, p. 21) argumenta que: Entender o currículo num sistema educativo requer prestar atenção as práticas políticas e administrativas que se expressam em seu desenvolvimento, as condições estruturais, organizativas, materiais, dotação de professorado, a bagagem de ideias e significado que lhe dão forma e que modelam em sucessivos passos de transformação. Desta forma, é de fundamental importância que as grades curriculares do curso de pedagogia ofereçam para a formação dos acadêmicos perspectivas pautadas nas diferenças, sob paradigma da educação especial, tendo em vista a construção de conhecimentos e praticas pedagógicas que assegurem amplamente o direito a diversidade, e o acesso ao conhecimento e a inclusão de todos os educandos em suas mais diversas especificidades. Sob uma perspectiva de currículo no ensino superior, Mantoan (2006, p. 30) descreve que: “a necessidade de que todos os níveis dos cursos de formação de 37 professores devem sofrer modificações em seu currículo, de modo que os futuros professores discutam práticas de ensino adequadas ás diferenças”. De acordo com Rabelo e Amaral (2003, p.209) destacam que: Os currículos de Pedagogia atuais ainda estão estruturados para atender a uma parcela da população, a „considerada‟ normal, ignorando a presença de uma parcela importante de estudantes, aqueles que necessitam de uma atenção diferenciada. É necessário que o curso de formação em sua grade curricular ofereça aos acadêmicos conteúdos e referenciais voltados para uma educação para a diversidade, que contemple significativamente alunos com necessidades educativas especiais. As mudanças referentes à formação de professores para trabalhar com alunos com necessidades educativas especiais ainda se encontram em fase de andamento. Segundo Reis (2006, p. 100) afirma que: Se faz necessário agora e urgente: da maior atenção à elaboração de um currículo interdisciplinar centrado na formação geral para a cidadania critica participativa e na formação ética. Implementar projetos voltados para a formação de professores para a inclusão escolar, desmistificando a ideia de que a inclusão escolar é uma prática difícil de ser concretizada no ensino regular. Neste sentido, uma reformulação da política educacional na formação de professores, principalmente no que concerne ao curso de Pedagogia, em uma perspectiva de educação especial irá fortalecer o campo educacional para a construção de uma sociedade mais humana e sem preconceito. De acordo com Leonardo, Bray e Rossato (2009, p.290) esses autores afirmam que: A inclusão, neste contexto, ganhou força com a Declaração de Salamanca, que se constitui em um importante documento sobre princípios, políticas e práticas relativos às necessidades especiais. A aludida Declaração resultou da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha em 1994. Segundo a Declaração de Salamanca, resultado da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, ocorrida em Salamanca na Espanha em 1994, organizada e financiada pela UNESCO e Banco Mundial tem como princípio fundamental em sua linha de ação que todas as escolas devem acolher todas as 38 crianças, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais linguísticas ou outras. De acordo com Carvalho (2000, p. 56-57) diz que a conferência propõe que: Todas as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos em desvantagem ou marginalizados [...] No contexto dessas linhas de ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou dificuldade de aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e tem, portanto, necessidades educacionais especiais em algum momento de sua escolarização. A escola tem que encontrar a maneira de educar com êxito todas as crianças. Inclusive as que têm deficiências graves. Por isso atender alunos com necessidades educativas especiais no ensino regular, é uma ação amparada por lei e a instituição que receber esta criança tem o dever de sustentar, acompanhar, enriquecer e oferecer tudo que esse educando necessita em suas particularidades de forma significativa. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 de Dezembro de 1996, no capítulo V da Lei de número 9.394/96 no seu artigo 58 (2010, p.58), que trata da educação especial, a referida Lei estabelece que: “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. No entanto, precisa haver uma aproximação maior da formação de professores e da educação especial dentro do currículo das universidades, tendo em vista à construção de conhecimentos e práticas pedagógicas que assegurem o direito a diversidade, objetivos esses que o centro de formação de professores pode atender. As instituições de ensino precisam ampliar a sua visão curricular para atender essas peculiaridades da nova realidade educacional e superar os desafios da sociedade contemporânea, desenvolvendo um trabalho interdisciplinar onde os conteúdos ligados à educação especial seriam colocados em conjunto de forma harmoniosa com outras disciplinas que integram o currículo do curso, com o objetivo de 39 intensificar a formação do acadêmico para atender alunos com necessidades educativas especiais. Os autores Castanha e Freitas (2005, p.1) comentam que: “a universidade é um lugar onde os valores e práticas de educação inclusiva precisam ser vivenciados”. Deste modo a universidade precisa propor uma formação completa que atenda a diversidade dos indivíduos com uma gama de profissionais totalmente preparados para as práticas inovadoras de ensino. Bueno (2001, p. 15) ressalta alguns desafios que a educação especial impõe à educação de professores: Formação teórica sólida ou uma formação adequada no que se refere aos diferentes processos e procedimentos pedagógicos que envolvem tanto o “saber” como o “saber fazer” pedagógico; formação que possibilite analisar, acompanhar e contribuir para o aprimoramento dos processos de escolarização das mais diversas diferenças, entre elas, as crianças deficientes foram incorporadas no processo educativo regular; formação especifica sobre características comuns das crianças com necessidades educativas especiais, como expressões localizadas das relações contraditórias entre a sociedade em geral e a as minorias; formação sobre as características, necessidades e procedimentos pedagógicos específicos a cada uma das necessidades educativas especiais. Essas reflexões nos mostram que as mudanças na formação de professores precisam proporcionar ao acadêmico uma visão maior da diversidade social que se faz presente dentro das instituições de ensino, esse preparo deve ser amplo, tendo em vista que esse novo paradigma da educação traz em sua estrutura o respeito e a valorização das diferenças, abolindo toda a forma de homogeneidade de práticas educativas. Pesquisas desenvolvidas por Rabelo e Amaral (2003, p. 214) nos mostram que no processo de formação de professores a área de educação especial e realidade escolar atual, e sua disciplina no currículo deve atender alguns objetivos, tais como: “evitar a inclusão de disciplinas específicas, que poderiam sobrecarregar o currículo, como evitar a restrição das abordagens teórico - práticas das disciplinas do curso de formação dos profissionais da educação”. 40 O importante é fazer com que sejam ampliadas as discussões acerca de cada ementa do curso, fazendo as alterações significativas para que o trabalho deste profissional ocorra da forma mais completa possível, não se restringindo apenas a atender aos alunos normais, mas as especificidades de cada educando. 2.5 OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR A respeito da qualidade de ensino e da formação de professores, verifica-se que os mesmos não podem ser vistos separadamente. A discussão sobre formação do professor tem realçado a importância de diversas variáveis, com ações e desafios no âmbito de políticas públicas voltadas para a formação de professores e atributos para que o mesmo venha ser bem sucedido na sua profissão. Segundo Denari (2006, p.37) diz que: Um novo plano de estudos deve conter delineamentos específicos que favoreçam a formação dos futuros docentes, contemplando, em primeira instancia, a necessária articulação metodológica e didática para a intervenção e o planejamento de ações de caráter formativo, no sentido amplo da educação – a formação do cidadão. Deste modo se faz necessário, uma reorganização interna das instituições escolares, no desenvolvimento de um ambiente adequado para um processo de ensino aprendizagem significativo, com recursos técnicos e humanos necessários na formação do futuro educador. Atualmente na realidade escolar a formação profissional do professor das séries iniciais está focalizada nos cursos de Pedagogia com o objetivo de desenvolver competências múltiplas para a docência o que exige uma formação ampla deste profissional, em que as instituições de ensino superior vêm tentando oferecer ao futuro professor maior preparo em relação a sua atividade docente. 41 Deste modo a formação do professor acadêmico deve ser pensada no objetivo de contribuir para uma prática pedagógica reflexiva e comprometida ética e politicamente com as exigências do atual contexto educacional. De acordo com Lisita, Rosa e Lipovetsky (2004, p.109-110) relatam que a partir da formação necessita-se: [...] de professores que produzam conhecimentos sobre o pensar e fazer docentes, de modo que o desenvolvimento dessas atitudes e capacidades permita-lhes reconstruir saberes, articular conhecimentos teóricos e práticos e produzir mudanças no trabalho docente O professor ainda em processo de formação deve ser mais bem preparado, pois a instituição de ensino superior além de proporcionar o conhecimento teórico com fundamentação embasada, deve oferecer práticas pedagógicas, fazendo com que de fato haja uma relação da práxis, teoria e prática do conhecimento que aprendeu. De acordo com Pletsch (2009, p. 145) afirma que: [...] a formação deve atender as necessidades e aos desafios da atualidade. Para tanto sugerimos que o professor seja formado de maneira, a saber, mobilizar seus conhecimentos, articulando-os com suas competências mediante a ação e reflexão teórico-prática. Para isso os professores precisam de preparo que vai além do conhecimento científico, visto que no ambiente acadêmico, assim como em qualquer outro ambiente, temos singularidades e conflitos de valores. De acordo com Proposta de Diretrizes para Formação de Professores da Educação Básica (BRASIL, 2000, p.5) delineia exigências que se colocam para o desempenho do papel do educador frente às novas concepções de educação do mundo contemporâneo e relata que: Orientar e mediar o ensino para a aprendizagem dos alunos; responsabilizar-se pelo sucesso da aprendizagem dos alunos; assumir e saber lidar com a diversidade existente entre os alunos; incentivar atividades de enriquecimento curricular; elaborar e executar projetos para desenvolver conteúdos curriculares; utilizar novas metodologias, estratégias e material de apoio; desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe. Neste sentido, a educação encontra-se em uma constante evolução, por outro lado é notável a carência de políticas públicas voltadas para a formação de professores, 42 onde as redes de ensino estão em uma grande expansão em curto espaço de tempo. Anteriormente, acreditava-se que, quando terminada o processo de graduação, o profissional estaria apto para atuar na sua área o resto da vida. Hoje a realidade é diferente, principalmente para o profissional docente que pode encontrar diversas peculiaridades. Para Nunes e Naujorks (apud PLESTCH, 2009 p. 145) afirma que: Para tanto, faz-se necessário elaborar políticas publicas educacionais voltadas para práticas mais inclusivas, adequar a formação de professores as novas exigências educacionais e definir um perfil profissional do professor, ou seja, habilidades e competências necessárias aos professores de acordo com a realidade brasileira. É necessário que o profissional esteja consciente de que sua formação é apenas a base, sendo que o mesmo estar em uma constante formação continuada, para atender as necessidades da realidade das escolas e os gestores também serem aliados neste processo. Nesse sentido, Schön (1997, p. 87) nos diz que: Os responsáveis escolares que queiram encorajar os professores a tornarem-se profissionais reflexivos devem criar espaços de liberdade tranquila onde a reflexão seja possível. Estes são os dois lados da questão – aprender a ouvir os alunos e aprender a fazer da escola um lugar no qual seja possível ouvir os alunos – devem ser olhados como inseparáveis. As problemáticas que o profissional docente enfrenta atualmente são grandes, como por exemplo, manter-se atualizado e desenvolver práticas pedagógicas eficientes. De acordo com Nóvoa (2002, p. 23) ressalta que: “o aprender contínuo é essencial se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”. Para ele, a formação continuada se dá de maneira coletiva e depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise, onde todos os profissionais envolvidos no âmbito devem se inovar. 43 Portanto, a formação de professores é uma questão a ser discutida, é preciso sensibilizar para que o professor invista na sua formação, porém as políticas públicas, precisam se mobilizar para que de fato a educação possa alcançar um ensino de qualidade, tanto para os educadores quanto para os educandos. 2.6 EDUCAÇÃOESPECIAL: UM ENSINO EM TRANSFORMAÇÃO Nas últimas décadas o termo Educação Especial tem se denominado uma área tanto de conhecimento quanto uma área de atuação profissional, onde a Educação Especial tem se caracterizado para o ensino de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 20 de Dezembro de 1996, no capítulo V da Lei de número 9.394/96 no seu artigo 58 (2010, p.58): “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. As pessoas com necessidades educativas são indivíduos que possui algumas necessidades especificas, por apresentarem alguma limitação física, motora, sensorial, cognitiva, linguística, síndromes variadas, alta habilidade, conduta desviante, etc. De acordo com a Declaração de Salamanca (1994, p.18) relaciona: “a expressão necessidades educativas especiais referindo-se a todas as crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua capacidade ou de suas dificuldades de aprendizagem”. Este conceito vem fortalecer a ideia de que as escolas precisam se adequar as especificidades de toda a sua clientela, respeitando a diversidade humana. A educação especial direciona suas ações para o atendimento ás especificidades de alunos no processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, 44 orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identificação de recursos, serviços e o desenvolvimento de práticas colaborativas. Segundo a Nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2007, p.8) diz que: Por muito tempo perdurou o entendimento de que a educação especial organizada de forma paralela á educação comum, seria a forma mais apropriada para o atendimento de alunos que apresentavam deficiência ou que não se adequassem á estrutura rígida dos sistemas de ensino. Essa concepção exerceu impacto duradouro na história da educação especial, resultando em práticas que enfatizam os aspectos relacionados à deficiência, em contraposição á sua dimensão pedagógica. O desenvolvimento de estudos no campo da educação e dos direitos humanos vem modificando os conceitos, as legislações, as práticas educacionais e de gestão, indicando a necessidade de se promover uma reestruturação das escolas de ensino regular e da educação especial. Além dessa reestruturação do ensino, a escola também deve estar preparada para acolher essas crianças com necessidades especiais, assim dispõe (BRASIL, 2006, p.330) que “as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras”. O conceito de necessidades educacionais especiais, que passa a ser amplamente disseminado, ressalta a interação das características individuais dos alunos com o ambiente educacional e social. No entanto, mesmo com uma perspectiva conceitual que aponte para organização de sistemas educacionais inclusivos, que garanta o acesso de todos os alunos e os apoios necessários para sua participação e aprendizagem, as políticas implementadas pelos sistemas de ensino não alcançaram esse objetivo. Acredita-se que o problema está na falta de uma política de educação que considere, respeite e promova o acesso dos deficientes à educação. 45 Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação inicial e continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado, aprofunda o caráter interativo e interdisciplinar da atuação nas salas comuns de ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de ensino superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial. Para assegurar a intersetorialidade na implementação das políticas públicas a formação deve contemplar conhecimentos de gestão de sistema educacional. Os sistemas de ensino devem organizar as condições de acesso aos espaços, aos recursos pedagógicos e á comunicação que favoreçam a promoção de aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender as necessidades educacionais dos alunos. 2.6.1 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL É preciso considerar o professor da Educação especial como parte integrante na formação de profissionais da educação. Ainda que as discussões estejam em passos lentos sobre este educador sendo necessário prepará-lo para ensinar a todos com deficiência sem praticar nenhum tipo de exclusão ainda é um desafio a ser enfrentado. Embora se construindo historicamente, vem acompanhando a evolução não só da medicina, psicologia, mas também da pedagogia e esquece-se que apesar de suas especificidades, a educação especial tem se organizado com e para pessoas que para sociedade são caracterizadas como “normais” ou “deficientes”, porém é preciso que os profissionais estejam preparados para atenderem esses indivíduos com necessidades educativas especiais, cabendo a escola tal reciclagem. 46 Segundo Bueno (2003, p. 10): As escolas devem reciclar seu corpo docente e seus servidores para o atendimento adequado aos portadores de necessidades educativas especiais, estabelecendo ainda que professores efetivos possam atuar, em caráter provisório, nas salas de recursos e no atendimento itinerante. No caso de não haver professores que atendam às exigências, admitir-se-á a atuação de professores em designação temporária. Definiu-se que, em todas as hipóteses, o professor deverá possuir curso de especialização de, no mínimo, 120 horas. A formação diferenciada para professores somente vem reforçar o modelo individualista de ensino numa produção baseada na seleção dos melhores do mercado e na exclusão social de muitos, e fundado em uma visão errônea da realidade e do indivíduo, não atendendo de fato a realidade que o aluno com necessidades educativas especiais vivencia. No ponto de partida da formação dos professores muitos negam o princípio integrador, não só do deficiente na rede regular de ensino, como também do profissional da educação na realidade educacional existente, sendo que o grande desafio é viver com as diferenças mesmo que alguns educadores coloquem o aluno como o centro da aprendizagem. Com ênfase na referida formação, mesmo na dificuldade neste processo o Decreto nº 7.611/2011 dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado em seu art. 5, parágrafo 2º (inciso III e IV) estabelece que: A união prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino [...] III - Formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com baixa visão; Formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do braile para estudantes cegos ou com baixa visão. IV - Formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para educação na perspectiva da educação inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e na criação de vínculos interpessoais. O professor que pretende atuar no atendimento educacional especializado deverá ter afetividade, habilidade, competências e disposição para adaptarem-se as peculiaridades que a função exige no momento de sua atuação, uma vez que, atuará diretamente com alunos que possuem necessidades educativas especiais, 47 sendo necessária uma formação que atualmente é específica para cada área da função que ira exercer, tais como: deficiência mental, visual, auditiva dentre outras. Segundo Jerusalinsky e Paez (2001, p.35) estes autores afirmam que: São poucas as experiências onde se desenvolvem os recursos docentes e técnicos e o apoio específico necessário para adequar às instituições escolares e os procedimentos pedagógico-didaticos às novas condições de inclusão. Em uma relação da práxis realizando a formação teórica e prática, básica e comum a todos, independente da clientela os professores que ensinaram no futuro, garantirá ao seu aluno uma leitura crítica não só da educação, mas também do mundo e da realidade a qual será inserido e garantirá consciência clara das determinações sociais, políticas e econômicas. O profissional que trabalha com educação especial deve ser um professor qualificado. Além disso, há de ser também um profissional voltado para as práticas sociais que venham atender os alunos e a escola, visando uma consciência lúcida de sua realidade histórica e dos problemas que irá enfrentar. Somente dessa maneira poderá contribuir para a diminuição da exclusão das diferentes formas e contribuir para uma educação igualitária. No processo de graduação em pedagogia, tem-se em foco a formação dos profissionais da educação em dois ramos: os que deverão atuar no ensino regular e os que atuarão na educação especial. Diante das mudanças e de novas descobertas das ciências na educação, é preciso que os docentes estejam abertos à pesquisa, à busca de novas metodologias, redescobrindo modelos, estratégias e práticas que possibilite o repensar para uma prática significativa e exitosa. Na formação do professor para as classes do ensino regular, das salas multifuncionais ou das escolas especiais não deve ter diferenças, pois todos são educadores e devem ter uma formação comum e continuada, uma vez que o interesse deve ser a educação do ser humano. 48 2.7 ESTRATÉGIAS LÚDICAS PARA TRABALHAR COM ALUNOS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DURANTE A FORMAÇÃO COM Na Educação Especial é necessário que o docente após o seu período de formação esteja preparado para atender alunos com necessidades educativas especiais, pois muitos profissionais acabam tornando-se meros reprodutores de conhecimentos. Segundo Kishimoto (1996, p.93) destaca que: O professor torna-se, assim, um profissional capaz, apenas de, transmitir um saber pronto, estabelecido para o desenvolvimento social e intelectual do aluno. Consequentemente, faz-se uma opção por métodos e técnicas que não aceitam a atividade assimiladora da inteligência na construção dos conhecimentos. Quando não ocorre o processo de ensino aprendizagem de forma significativa, a educação ao invés de uma experiência bem-sucedida acabará tornando-se uma experiência sem construção e uma série de aprendizagens inúteis, onde não contribuirá para o desenvolvimento do educando. Algumas das estratégias que podem auxiliar nesse contexto são as atividades lúdicas por meio de jogos e brincadeiras. Nos jogos, por exemplo, as crianças ficam motivadas a usar a inteligência, assim irá se esforçar para vencer os obstáculos e ficarem mais ativas para solucionar os problemas que sofrerão ao longo de sua vida. Além de proporcionar prazer, alegria e diversão o jogo também tem a função didática, fazendo com que esta experiência torne-se exitosa e significativa possibilitando novos rumos, autodescoberta e integração com o mundo que vive. Assim, os jogos conforme Kishimoto (1996, p.96) afirma que: (...) possibilita à criança deficiente mental aprender de acordo com o seu ritmo e suas capacidades. Há um aprendizado significativo associado á satisfação a ao êxito, sendo este a origem da auto-estima. Quando esta aumenta, a ansiedade diminui, permitindo á criança participar das tarefas de aprendizagem com maior motivação. A brincadeira é uma ação educativa que contribui para o processo de aprendizagem com alunos de necessidades educativas especiais para uma melhor socialização, 49 interação com o meio onde as crianças recriaram brincando aquilo que conseguiu assimilar. Nas brincadeiras, as crianças agirão de maneira informal, fazendo com que suas ações cotidianas sejam transferidas em objetos diversos. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p.27) refere-se que nas brincadeiras, as crianças: Transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brinca. Por exemplo, para assumir um determinado papel numa brincadeira, a criança deve conhecer alguma de suas características. Seus conhecimentos provêm da imitação de alguém ou de algo conhecido, de uma experiência vivida na família ou em outros ambientes, do relato de um colega ou de um adulto, de cenas assistidas na televisão, no cinema ou narradas em livros etc. A fonte de seus conhecimentos é múltipla, mas estes encontram-se, ainda, fragmentados. O ato de brincar irá resultar em diversas mudanças de percepção, na mobilidade física dos alunos com necessidades educativas especiais; a sua relação com objetos; o pleno desenvolvimento da linguagem oral e gestual e as brincadeiras de faz-de-conta, jogos de construção e jogos tradicionais irão proporcionar a ampliação dos conhecimentos e habilidades por meio de atividades lúdicas. Para que o professor possa de fato atender as necessidades do educando especial é necessário práticas pedagógicas inovadoras para que o aluno venha ser bem sucedido no ambiente que vive. 3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS/ESTUDO DE CASO Observa-se que não se pode olhar a Educação Especial como um ensino fora do Ensino Regular, pois ambas são partes integrantes do sistema. De acordo com Oliveira (2011, p.252) é necessário que: [...]um conjunto de recursos pedagógicos e de serviços de apoio que facilitem a aprendizagem de todos em turmas regulares. Isso se dará por meio da interação e mediação do adulto com estas crianças e de expressa importância para sua aprendizagem e desenvolvimento significativa. Para que de fato aconteça uma aprendizagem significativa é necessário que haja entre o professor e o aluno interação, participação e principalmente afetividade. 50 Além do atendimento com êxito, o docente pode contar com recursos que o ajudará no momento de sua intervenção garantindo ao aluno uma aula prazerosa e de descobertas no decorrer de sua aprendizagem. Para que de fato aconteça uma aprendizagem significativa é necessário que haja entre o professor e o aluno interação, participação e principalmente afetividade. Além do atendimento com êxito, o docente pode contar com recursos que o ajudará no momento de sua intervenção garantindo ao aluno uma aula prazerosa e de descobertas no decorrer de sua aprendizagem. 3.1 ANÁLISE CURRICULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL A partir da análise documental com objetivo do foco qualitativo realizada nas três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus do Estado do Espírito Santo, as mesmas possuem grades curriculares diferenciadas no que diz respeito à disciplina de Educação Especial. Na Universidade Federal o curso de Pedagogia é oferecido desde 07 de Dezembro de 1951, onde anteriormente o curso passou por formulações deixando de ser chamado Curso de Formação de Professores para Licenciatura em Pedagogia. A disciplina com o nome de Introdução a Educação Especial possui carga horária de 60 horas, sendo o curso presencial. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação da Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, no seu Artigo 43 no inciso II relata que as universidades e as faculdades devem: “formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua”. 51 TABELA 1 – GRADE CURRICULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DISCIPLINAS Introdução a Filosofia Sociologia da Educação Introdução a Psicologia da Educação História da Educação I Introdução a Pesquisa Educacional Filosofia da Educação Politica e Organização da Educação Básica Psicologia da Educação II História da Educação II Pesquisa, Extensão e Prática Pedagógica Infância e Educação Introdução a Educação Especial Alfabetização I Movimentos Sociais e Educação de Jovens e Adultos Pesquisa, Extensão e Prática Pedagógica II Arte e Educação Didática Alfabetização II Educação, Corpo e Movimento Pesquisa, Extensão e Prática Pedagógica III Matemática I (Conteúdo e Metodologia) Introdução á Gestão Educacional Português (Conteúdo e Metodologia) Ciências Naturais (Conteúdo e Metodologia) Pesquisa, Extensão e Prática Pedagógica IV Matemática II (Conteúdo e Metodologia) Fundamentos de Língua Brasileira de Sinais Trabalho e Educação Tecnologia de Informação e Comunicação como Apoio Educacional Gestão Educacional Trabalho Docente na Educação Infantil Currículo na Educação Infantil Geografia (Conteúdo e Metodologia) Estágio Supervisionado da Educação Infantil Trabalho de Conclusão de Curso I História (Conteúdo e Metodologia) Currículo dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Educação, Diversidade e Cidadania Estagio Supervisionado dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental Trabalho de Conclusão de Curso II Continuação... CARGA HORÁRIA 75 60 60 60 60 60 60 60 60 105 60 60 60 60 PERÍODO (continua) 1º Período 1º Período 1º Período 1º Período 1º Período 2º Período 2º Período 2º Período 2º Período 2º Período 3º Período 3º Período 3º Período 3º Período 105 60 60 60 60 105 60 60 60 60 105 60 60 60 60 3º Período 4º Período 4º Período 4º Período 4º Período 4º Período 5º Período 5º Período 5º Período 5º Período 5º Período 6º Período 6º Período 6º Período 6º Período 60 60 75 75 135 75 75 75 6º Período 7º Período 7º Período 7º Período 7º Período 7º Período 8º Período 8º Período 60 135 8º Período 8º Período 75 8º Período 52 Continuação... DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA PERÍODO (conclusão) Estagio Supervisionado em Gestão 135 9º Período Educacional Optativa I 60 9º Período Trabalho Docente na Gestão Educacional 75 9º Período Optativa II 60 9º Período Seminário de TCC 45 9º Período Fonte: Site da Instituição e informação não divulgada devido à natureza do trabalho De acordo com a TABELA 1 da análise da grade curricular da universidade federal, verificou-se que a disciplina de educação especial faz parte da proposta curricular de ensino da instituição, sendo trabalhada no terceiro período de ensino, sem extensão. Contudo, este estudo indica a necessidade de ampliação desta carga horária, devido à necessidade de uma formação mais ampla e abrangente do futuro educador, para trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais. Por isso, foi constatado na TABELA 1, dentro da grade curricular da instituição federal, que a universidade pode estender a disciplina de educação especial ampliando a sua carga horária, bem como, propondo o estágio supervisionado dentro da área de educação especial e realizando um trabalho transversal com outras disciplinas. 3.2 ANÁLISE CURRICULAR DA FACULDADE PARTICULAR DE MODALIDADE PRESENCIAL O curso de Pedagogia da instituição particular presencial foi implantado desde 2010 contendo a carga horária de 60 horas com a disciplina de Educação Inclusiva com ênfase na Educação Especial, como mostra a TABELA 2. Além da disciplina de educação especial que possui na sua carga horária 60 horas, a faculdade juntamente com a Professora participa de projetos de inclusão, onde os alunos realizam na prática todo conhecimento que foi adquirido em sala. Sendo assim, essa oportunidade da vivência prática é fundamental para a formação do pedagogo. 53 TABELA 2 – GRADE CURRICULAR DA FACULDADE PARTICULAR DE MODALDADE PRESENCIAL DISCIPLINAS Fundamentos Epistemológicos da Pedagogia Filosofia da Educação I Sociologia da Educação I Metodologia do Trabalho Científico Leitura e Produção de Textos Pesquisa e Prática Pedagógica I Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Pesquisa Filosofia da Educação II Sociologia da Escola História da Educação I Psicologia da Educação Pesquisa e Prática Pedagógica II Dificuldades de Aprendizagem História da Educação II Didática Currículo: Políticas e Práticas Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Alfabetização Pesquisa e Prática Pedagógica III Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Língua Portuguesa Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Alfabetização II Política Educacional Brasileira Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Matemática Educação, Arte e Movimento Pesquisa e Prática Pedagógica IV Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Geografia Antropologia Cultural Estatística Aplicada a Educação Fundamentos da Educação Infantil Fundamentos Teóricos e Metodológicos das Ciências Naturais Pesquisa e Prática Pedagógica V Gestão Democrática da Educação (semipresencial) Literatura Infanto-Juvenil Educação Inclusiva Continua... CARGA HORÁRIA 60 60 60 60 60 60 60 PERÍODO (continua) 1º Período 1º Período 1º Período 1º Período 1º Período 1º Período 1º Período 60 60 60 60 80 60 60 60 60 60 2º Período 2º Período 2º Período 2º Período 2º Período 3º Período 3º Período 3º Período 3º Período 3º Período 80 60 3º Período 4º Período 60 4º Período 40 60 4º Período 4º Período 60 80 40 4º Período 4º Período 5º Período 40 60 80 60 5º Período 5º Período 5º Período 5º Período 80 60 5º Período 6º Período 40 60 6º Período 6º Período 54 Continua... DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA 60 PERÍODO (conclusão) 6º Período Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino Fundamental Fundamentos Teóricos e Metodológicos da 40 6º Período História Estágio Supervisionado I 150 6º Período Educação Ambiental 20 6º Período Princípios e Métodos da Supervisão Escolar 60 7º Período Trabalho de Conclusão de Curso I 80 7º Período (Elaboração de Projeto) Escola, Família e Comunidade 40 7º Período Organização do Trabalho na Escola 60 7º Período (Semi-presencial) Língua Brasileira de Sinais no Ensino 60 7º Período Fundamental Optativa I 40 7º Período Estágio Supervisionado II 150 7º Período Avaliação Educacional 60 8º Período Princípios e Metodológicos de Administração 60 8º Período Escolar Relações Ético-Raciais e Cultura Afro40 8º Período Brasileira Alternativa de Educação no Campo 40 8º Período Optativa II 60 8º Período Ética Profissional 20 8º Período Trabalho de Conclusão de Curso II 100 8º Período Fonte: Site da instituição e informação não divulgada devido à natureza do trabalho 3.3ANÁLISE CURRICULAR DA FACULDADE DE ENSINO À DISTÂNCIA Na Faculdade de Ensino à Distância o curso de Pedagogia foi formalizado no ano de 2006, porém a mesma não atende na sua grade curricular a disciplina de Educação Especial e sim faz menção Processo Escolar de Inclusão. De acordo com os estudos realizados, dentro da grade curricular da faculdade de modalidade de Ensino a Distância, a disciplina de Educação Especial não é inserida na grade curricular e sim faz menção a disciplina de Processo Escolar de Inclusão a qual a sua inserção na grade ocorreu no ano de 2010 com a carga horária de 60 horas, conforme mostra a TABELA 3. 55 A faculdade desenvolve aulas diferenciadas que proporcionam atividades em grupo realizando assim troca de experiências e conhecimento. Além dessas aulas, os alunos participam de seminários e fóruns de educação onde os mesmos ficam atualizados de acordo com a realidade educacional. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação da Lei número: 9.394 de 20 de Dezembro de 1996, no seu Artigo 59 no inciso III diz que as instituições de ensino devem garantir aos alunos com necessidades educativas especiais “professores com especialização adequada em nível médio ou superior para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns”. TABELA 3 – GRADE CURRICULAR DA FACULDADE DE ENSINO A DISTÂNCIA DISCIPLINAS Educação á Distância Processo Educativo no Contexto Histórico Filosófico Comunicação e Linguagem Sociedade e Diversidade no Contexto Educacional Seminário I Compreensão e Raciocínio Psicologia da Educação: Desenvolvimento e Aprendizagem Trabalho do Pedagogo nos Espaços Educativos Metodologia Científica Seminário II Compreensão e Raciocínio Políticas Públicas na Educação Básica Fundamentos da Gestão Educacional Currículo Escolar e as Tecnologias em Educação Seminário III Compreensão e Raciocínio Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil: Reflexão e Pesquisa Continuação... CARGA HORÁRIA 20 120 PERÍODO (continua) 1º Período 1º Período 60 120 1º Período 1º Período 60 10 120 1º Período 1º Período 2º Período 120 2º Período 60 60 10 120 2º Período 2º Período 2º Período 3º Período 120 3º Período 120 3º Período 60 10 120 3º Período 3º Período 4º Período 56 Continuação... DISCIPLINAS CARGA HORÁRIA 60 120 60 10 60 PERÍODO (conclusão) 4º Período 4º Período 4º Período 4º Período 5º Período Ludicidade e Educação Alfabetização e Letramento Seminário IV Compreensão e Raciocínio Ensino de Matemática na Educação Infantil Ensino de Artes e Música 120 5º Período Ensino de Natureza e Sociedade 60 5º Período Seminário V 60 5º Período Estágio Curricular Obrigatório I 100 5º Período Gestão Organização do Trabalho 120 6º Período Pedagógico – Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Reflexão e Pesquisas Ensino de Língua Portuguesa 60 6º Período Ensino de Educação Física Escolar 60 6º Período Seminário VI 60 6º Período Estágio Curricular Obrigatório II – 100 6º Período Educação Infantil Ensino de Matemática 60 7º Período Ensino de Ciências e Saúde Infantil 120 7º Período Ensino de História e Geografia 120 7º Período Seminário VII 60 7º Período Estágio Curricular Obrigatório III – 100 7º Período Ensino Fundamental Língua Brasileira de Sinais 60 8º Período (LIBRAS) Educação de Jovens e Adultos 8º Período Processos Escolares de Inclusão 60 8º Período Seminário VIII 60 8º Período Projeto de Ensino em Educação 60 8º Período Fonte: Site da instituição e informação não divulgada devido à natureza do trabalho. Quanto ao oferecimento da disciplina de educação especial dentro das grades curriculares de todas as instituições pesquisadas, pode-se verificar que na instituição federal e na faculdade particular de modalidade presencial a disciplina de educação especial esta presente dentro da proposta curricular das instituições, com carga horária de 60 horas, como mostra a TABELA 1 e TABELA 2. Na faculdade a distancia a disciplina de educação, entra na grade curricular da faculdade como Educação Inclusiva com ênfase na Educação Especial, contendo a carga horária de 60 horas, de acordo com TABELA 3. 57 3.4 PROPOSTA CURRICULAR PARA O CURSO DE PEDAGOGIA A portaria nº 1.793 do Ministério da Educação e Cultura (BRASIL, 1994) propõe aos cursos de formação superior, o preparo de profissionais que atuem com pessoas com deficiência, a inserção, na matriz curricular do curso, da disciplina: Aspectos Ético-Politico-Educacionais da Normatização e Integração da Pessoa Portadora de Necessidades Especiais. De acordo, com a investigação acerca da grade curricular de três instituições de Ensino Superior do Município de São Mateus (ES), inicialmente pode-se fazer um levantamento da composição da estrutura dessas grades curriculares, na qual foram listados por tópicos, as disciplinas, o período escolar, e a carga horária, com objetivo de levantar dados sobre a disciplina de educação especial. Diante dos dados analisados, verificou-se que cada instituição de ensino superior tem aptidão de organizar a grade curricular do seu curso, de acordo com as especificações do Ministério da Educação. A distribuição das disciplinas dentro das matrizes curriculares do curso de Pedagogia das três instituições de ensino superior analisadas nesta pesquisa realça a eminência do perfil próprio da constituição de cada unidade de ensino. Mesmo com heterogeneidade e especificidade de cada instituição de ensino superior, foram encontradas disciplinas especificas no que tange a Educação Especial. Quanto à oferta da disciplina de Educação Especial em cada instituição de ensino superior chegou-se as seguintes informações: a instituição de ensino federal possui a disciplina de educação especial com uma carga horária de 60 horas, na instituição particular de modalidade presencial também é oferecida a disciplina com a carga horária de 60 horas, e na instituição de ensino superior de modalidade a distância, a disciplina de educação especial não é inserida na grade curricular e sim a disciplina de processo escolar de inclusão, com a carga horária de 60 horas. 58 Sabendo da complexibilidade que é estar à frente de uma sala de aula, as instituições de ensino superior devem estar preparadas para formar professores capazes de desenvolver uma prática pedagógica pautada na reflexão critica e comprometida ética e politicamente com as exigências do atual contexto escolar. E mais especificamente, propiciar uma formação adequada ao acadêmico para lidar com as especificidades dos alunos com necessidades educativas especiais, já que os mesmos são uma realidade dentro das salas de aula do ensino regular com direito garantido por lei. Deste modo, a proposta desta pesquisa é sugerir, que as instituições de ensino superior façam uma reformulação da sua grade curricular, agrupando disciplinas com carga horária mais extensas, oferta de estagio supervisionado, atividades extras curriculares, e um trabalho transversal com outras disciplinas, no que concerne o tema de educação especial, aliando a teoria e a prática pedagógica, para que o acadêmico possa enfrentar todo o desafio que educação especial dispõe. Neste sentido, a proposta de reformulação das grades curriculares deve fazer com que o professor acadêmico esteja inserido em um processo de experiência profissional, para que ele venha ser bem sucedido, no ato de realizar práticas pedagógicas exitosas frente ao atendimento ao aluno com necessidades educativas especiais, tanto no que se refere à formação do professor, como na estruturação do seu serviço, de modo que aplique na prática tudo que ele aprendeu na teoria. Ainda no que tange a formação inicial de professores, é necessário estimular a formação continuada e ampliação dos cursos de pós- graduação dentro da área da educação especial, como estratégia de desenvolvimento profissional. A formação continuada de professores no campo da educação especial compreende um momento de atualização do professor, para sua atuação no atendimento educacional especializado. Essa formação, atualmente, é um assunto que está presente dentro das propostas educacionais, nos mais diversos espaços onde visa discutir e efetivar as ações de formação interligada com as universidades, como parte de atualização e capacitação em serviço. 59 Conforme Cunha e Fernandes (1994, p.208-209) relatam que: - a formação contínua de professores deve alimentar-se de perspectivas inovadoras, que não utilizem as “práticas tradicionais”, mas que procurem investir nas alternativas que têm a escola como referência; - a formação contínua deve valorizar as alternativas de formação participada e de formação mútua, estimulando a emergência de uma nova cultura profissional no seio do professorado; - a formação contínua deve alicerçar-se numa reflexão na prática sobre a prática, através de dinâmicas de investigação ação e de investigação formação, valorizando os sabres de que os professores são portadores; - é necessário incentivar a participação de todos os professores na concepção, realização e avaliação dos programas de formação contínua e consolidar redes que viabilizem uma efetiva cooperação institucional; - a formação contínua deve capitalizar as experiências inovadoras e as redes de trabalho que já existem, investindo na sua transformação qualitativa em vez de instaurar novos dispositivos de controle e enquadramento. Essa ostentação, na formação continuada é o resultado de objetivos que tem embasado o perfil do profissional da educação em suas mais diversas áreas de atuação. Por isso, espera-se que os cursos de Pedagogia, possam ao longo dos quatros anos de formação acadêmica, capacitar os egressos para o total domínio da educação especial e construção de atitudes favoráveis ao processo de inclusão, para que os futuros educadores sejam hospitaleiros em relação às diferenças e diversidades encontradas no atual contexto escolar. 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 60 4.1 CONCLUSÃO A análise das informações levantadas para a elaboração desta pesquisa permitiu concluir, que todas as instituições de ensino superior em Pedagogia possuem em sua matriz curricular apenas uma disciplina que contemple o tema Ético-PoliticoEducacionais da Normatização e Integração da Pessoa Portadora de Necessidades Especiais, proposto pelo Ministério da Educação para os cursos de formação superior, que preparam profissionais para atuarem com pessoas com deficiência. Quanto ao primeiro objetivo foi verificada que das três instituições analisadas na pesquisa, duas delascontemplam dentro de suas grades curriculares a disciplina de Educação Especial, sendo que e a outra possui uma disciplina fragmentada da disciplina, onde a mesma não tem o foco com relação ao atendimento de criançascom necessidades educativas especiais e sim menciona o contexto histórico de Inclusão, e cada uma delas destina apenas 60 horas para falar de um tema tão amplo e complexo que é a educação especial. É necessário que as instituições de ensino superior analisem as suas grades curriculares, disponibilizando disciplinas com carga horária mais extensa, que agreguem mais conhecimento com relação à Educação Especial, ofertando o estagio supervisionado dentro desta área, e propondo atividades extracurriculares, para uma melhor fundamentação do acadêmico no que concerne o trabalho com alunos com alunos com necessidades educativas especiais, em suas mais diversas especificidades. Já o segundo objetivo específico proposto que foi sugerir disciplinas importantes para a grade curricular com a finalidade de contribuir para uma proposta de ensino de qualidade na área de educação especial, este foi atendido no item 2.5.4. Vale ressaltar queénecessário que as instituições de ensino superior venham acrescentar conhecimentos e práticas á respeito do atendimento a crianças com necessidades especiais na sua grade com disciplinas que aborde esse tema em suas mais diversas peculiaridades para que de fato aconteça um ensino de qualidade, pois assim realizará uma formação de qualidade e o professor não sairá da instituição despreparado para trabalhar com esses alunos. 61 No terceiro objetivo, verificou-se que as três instituições de ensino superior, disponibilizam somente 60 horas para contemplar o tema Ético-Politico-Educacionais da Normatização e Integração da Pessoa Portadora de Necessidades Especiais, proposto pelo MEC. Diante da complexidade referente ao atendimento dos alunos com necessidades especiais, é necessário que as instituições analisem se a carga horária oferece aos acadêmicos uma formação abrangente e qualitativa referente disciplina de educação especial. Portanto, não somente as instituições de ensino superior analisadas, mas retratando-se de instituições educacionais que visam uma educação com qualidade e que desejam garantir uma formação exitosa para os seus graduandos , a sugestão é que analisem, observem e refletem ao elaborar as grades curriculares, frisando não somente o reconhecimento da faculdade e sim também o bem estar profissional do seu aluno para que diante da dificuldade ele venha por em prática todo o conhecimento que foi adquirido. 4.2 RECOMENDAÇÕES No contexto escolar atual, fala-se muito sobre a necessidade da formação dos professores para atuar com alunos com necessidades educativas especiais, onde o mesmo representa uma lacuna que deve ser preenchida, com base em uma formação sólida e abrangente para atender e saber lidar com os problemas e as diversidades da sala de aula. Diante do exposto recomenda-se que os cursos de formação superior em Pedagogia ofereça a disciplina de educação especial, agrupando as mesmas com cargas horárias mais extensas, oferta de estágio supervisionado, atividades extras curriculares, e um trabalho transversal com outras disciplinas, no que concerne o tema de educação especial, aliando a teoria e a prática pedagógica, para que o 8 acadêmico possa enfrentar todo o desafio que educação especial dispõe. 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 62 1 ALMEIDA, Marlisa Bernadi; LIMA, Maria das Graças. Formação Inicial de Professores e o Curso de Pedagogia: reflexões sobre a formação matemática. Ciência e Educação, v. 18, n. 2, p. 451-468, 2012. 2 ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7º. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 3 BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Rio de Janeiro: 2000. 4 BRASIL. Ministério da Educação. 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