HOSPITAL CENTRAL DE MAPUTO 1as Jornadas Científicas do Hospital Central de Maputo 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 1 UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE FACULDADE DE MEDICINA MESTRADO EM SAÚDE PÚBLICA Adesão a terapêutica anti-retroviral (TARV): Experiência dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Central de Maputo Autor: Feliciano Pedro Maurício Cumaquela Supervisores: Mohsin Sidat MD, MSc, PhD César Palha de Sousa MD, MSc, PhD Maio , 2011 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 2 Ordem de apresentação 1. Introdução 1.1. Infecção por HIV no Mundo e em Moçambique 1.2. Tratamento Anti-retroviral em Moçambique 2. Objectivos 2.1. Gerais e específicos 3. Materiais e métodos 3.1. … local, população de estudo, amostragem, etc. 4. Resultados e discussão 4.1. … características sócio-demográficas, adesão ao TARV, etc. 5. Conclusões e recomendações 5.1. Conclusões 5.2. Recomendações 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 3 Infecção por HIV no Mundo e em Moçambique Taxas de infecção por HIV no mundo América do Norte Europa Ocidental 790 000 – 1,2 milhões Taxas de infecção por HIV em Moçambique Europa Oriental e Ásia Central Norte 6,1 % 1.2 – 1.8 milhão 520 000 – 680 000 Asia oriental e Pacífico 0.7 – 1.3 milhões Caraibas Africa do Norte e Medio Oriente Asia do Sul e Sul-oriental 350 000 - 590 000 América Latina 1,3 – 1,9 milhões 470 000 – 730 000 4,6 – 8,2 milhões Centro 14,4% Africa Sub-Sahariana 22,8 milhões INSIDA , 2009 Australia e Nova Zelandia 12 000 - 18 000 Sul 20,2 % Geral 11,5% WHO, 2008 O HIV/SIDA é sem dúvida a pandemia mais devastadora da actualidade. Em 2007, o número estimado de mortes em adultos e crianças por SIDA foi de 2,1 milhões, sendo que 1,6 milhões (76%) desses óbitos ocorreram na África Sub Sahariana, (OMS, 2008) 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 4 Tratamento Anti-retroviral (TARV) • A introdução do TARV contribuiu para a redução da morbi-mortalidade em pacientes infectados por HIV. (Brambatti, 2007) – O TARV diminui a carga viral, aumenta as células CD4, melhora a imunidade e por conseguinte melhora a qualidade de vida dos pacientes. (Nachega e col., 2007) • O sucesso do TARV requere uma adesão ≥ 95%. (Saberi e col., 2008) – Vários métodos possiveis para avaliar a adesão ao TARV (Brambatti, 2007); 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 5 Métodos e recursos para avaliação da adesão ao TARV. (Brambatti,2007) 1. Auto-relato. 2. Monitoramento electrónico dos medicamentos. 3. Contagem de pílulas. 4. Monitoramento dos níveis de medicamentos antiretrovirais. 5. Registo de aviamento de anti-retrovirais (farmácia). 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 6 Objectivos gerais 1. Estimar a adesão ao TARV através dos registos de Farmácia e correlacionar com as características sócio-demográficas e com o estado de progressão da doença por HIV (CD4) 2. Apresentar recomendações para alertar atempadamente o sistema de atenção e cuidados aos pacientes para melhorar a adesão ao TARV. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 7 Objectivos específicos 1 1. Caracterizar os dados dos pacientes em TARV registados por rotina na Farmácia do HDD do HCM; 2. Estimar a taxa de adesão ao TARV através dos registos de Farmácia e avaliar a sua relevância face aos parâmetros de progressão da infecção pro HIV (CD4); 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 8 Objectivos específicos 2 3. Analisar a relação entre a taxa de adesão estimada através dos registos e parâmetros sóciodemográficos; 4. Estimar a adesão cumulativa de todos os pacientes por cada um dos meses de seguimento (12 meses) assim como as medidas de tendência central e de dispersão para adesão cumulativa para este período; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 9 Objectivos específicos 3 5. Recomendar estratégias ao nível da Farmácia para alertar atempadamente o sistema de atenção e cuidados aos pacientes para melhorar a adesão ao TARV. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 10 Materiais e métodos • Local de estudo: Hospital de Dia do Hospital Central de Maputo. (Escolhido por conveniência) • Tipo de estudo: Estudo observacional transversal (retrospectivo). 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 11 População de estudo e amostragem • Foram revistos todos os processos existentes no HDD do HCM. • Foram seleccionados todos os indivíduos em TARV há pelo menos 6 meses, com ≥ 18 anos de idade, que foram atendidos no HDD de 2006 a 2009. • A população total da qual a amostra deveria ser seleccionada resultou em 2,500 pacientes. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 12 Cálculo do tamanho • onde: • n = ?: Tamanho da amostra para o estudo (a ser calculada); • 2 = 4: Nível de confiança escolhido, expresso em número de desvios-padrão; • p = 30: Percentagem com a qual o fenómeno se verifica (o nível de pobre adesão estimada como máximo neste estudo para efeitos do cálculo da amostra) • q = 70: Percentagem complementar (100 - p); • N = 2.500: Tamanho da população de estudo • e2 = 5: Erro máximo permitido n= 296,3 (300 pacientes)= AMOSTRA DO ESTUDO 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 13 Representação do processo de selecção dos pacientes para o presente estudo. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 14 Recolha de dados • O estudo foi baseado no uso e análise de dados secundários, (dados recolhidos na Farmácia de forma rotineira). • Foi elaborada uma ficha de recolha de dados, através dos registos dos processos clínicos e registos da Farmácia. • Foram recolhidos os seguintes dados: dados sóciodemográficos, clínico-laboratoriais, infecções oportunistas e reaviamento de Anti-retrovirais. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 15 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 16 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 17 Análise de dados 1 • Os dados recolhidos foram introduzidos numa base de dados criada para o efeito no pacote estatístico SPSS versão 15.0. • Foi efectuada uma análise descritiva dos dados sóciodemográficos e clínico-laboratoriais. • Foi estimada a adesão cumulativa de todos os pacientes por cada um dos meses de seguimento. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 18 Análise de dados 2 • Com relação ao nível de adesão ao TARV foram diferenciados 2 grupos: os com boa adesão (≥ 95%) e os considerados com pobre adesão (<95%). • Foram feitas análises bivariadas através da adesão estimada pelos registos farmacêuticos para cada paciente e as suas características sócio-demográficas, presença de infecções oportunistas e a evolução temporal de CD4. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 19 Adesão ao TARV: Definições: • “Habilidade da pessoa vivendo com HIV/SIDA em se envolver na escolha, inicio, manutenção do regime terapêutico para controlar a replicação viral e melhorar a função imunológica". (Brambatti, 2007). • Neste trabalho, serão considerados aderentes (óptima adesão), os pacientes que após os cálculos de adesão obtiverem valor de adesão ≥95% e não-aderentes (pobre adesão) os pacientes que tiverem valor de adesão <95%. (Saberi e col., 2008) 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 20 Adesão ao TARV: Cálculos • Foram calculadas medidas de tendência central e de dispersão para adesão cumulativa para o período de 12 meses. • A adesão foi determinada a partir dos registos dos medicamentos reaviados e frequência de reaviamentos subsequentes de acordo com a fórmula proposta pelo Saberi P, et. Al. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 21 Principais limitações deste método de recolha • A exclusão de alguns pacientes pode ter enviesado o estudo por 2 motivos: - pacientes em TARV há pelo menos 6 meses; - pacientes com dados diferentes. • A fiabilidade da informação contida nos registos; • O facto de receber os medicamentos na Farmácia não garante que o paciente vá tomar os mesmos; • O facto de o paciente ter ido reaviar em outra Farmácia. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 22 Resultados e discussão Características sócio-demográficas 1 Características Sócio-Demográficas Sexo: Grupos etários (em anos): Estado civil: 05-11-2015 Masculino Feminino ≤ 20 21-30 31-40 41-50 51-60 ≥ 61 Casado(a) União de facto Solteiro(a) Viúvo(a) Sem informacão Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. Freq. % 118 182 2 91 109 70 22 6 43 113 114 26 4 39.3 60.7 0.7 30.3 36.3 23.3 7.3 2.0 52.0 38.0 8.7 1.3 23 Características sócio-demográficas 2 Características Sócio-Demográficas Escolaridade: Profissão/Ocupação: 05-11-2015 Sem escolaridade Níveis primário e básico Nível médio Nível superior Sem informação Estudante Doméstico(a) Comerciante Técnico(a) Camponês(a) Auxiliar (serventes, outros) Gestor(a) Motorista Operário(a) Professor(a) Sem informação Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. Freq. 15 232 31 7 15 12 142 31 31 2 43 5 17 5 3 9 % 5.0 77.4 10.3 2.3 5.0 4.0 47.3 10.3 10.3 0.7 14.3 1.7 5.7 1.7 1.0 3.0 24 Características sócio-demográficas 3 Características Sócio-Demográficas Distrito/ local onde reside: Pacientes referidos de: Regimes de TARV (iniciais): 05-11-2015 Freq. % Cidade de Maputo 186 62.0 Província de Maputo Outros Sem informação HCM Outros Sem informação D4T-3TC-NVP AZT-3TC-NVP D4T-3TC-EFV AZT-3TC-EFV D4T-3TC-IDV D4T-3TC-RTV-SAQ 101 5 8 210 61 29 251 30 15 1 2 1 33.7 1.7 2.7 70.0 20.3 9.7 83.7 10.0 5.0 0.3 0.7 0.3 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 25 Adesão segundo os parâmetros sóciodemográficos 1 • Apenas 12% (36/300) com pobre adesão <95%; (média = 97.6%; mediana de 98.3%; variação: 85.6% a 100%; e desv. Padrão = 2.4%). Parâmetros avaliados Sexo Idade Estado Civil 05-11-2015 Masculino Feminino ≤40 ≥41 Casado/U. de facto Outros (solteiro, viúvo, etc) Adesão ao TARV (estimada) Óptima Pobre adesão adesão Freq. (%) Freq. (%) 102(86,4) 16 (13,6) 162(89,0) 20 (11,0) 175(86,6) 27 (13,4) 89 (90,8) 9 (9,2) 139(89,1) 125 (86,8) 17 (10,9) 19 (13,2) Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. OR (95% IC) Valor de p 0,79 (0,37-1,68) 0,63 0,66 (0,27-1,54) 0,40 1,24 (0,59-2,64) 0,66 26 Adesão segundo os parâmetros sócio-demográficos 2 Adesão ao TARV (estimada) Parâmetros avaliados Óptima adesão Freq. (%) <=7a classe Escolaridade >7a classe Profissão ou Doméstico Ocupação Outros HCM Referência Outros Regime inicial TARV 05-11-2015 161 (87,5) 90 (89,1) 125 (88,0) 130 (87,2) 188 (89,5) 51 (83,6) D4T+3TC+NVP 250 (89,0) AZT+3TC+NVP 14 (73,7) e outros Pobre adesão Freq. (%) OR (95% IC) Valor de p 23 (12, 5) 0,86 (0,37-1,94) 0,83 11 (10,9) 17 (12,0) 1,07 (0,51-2,98) 0,98 19 (12,8) 22 (10,5) 1,68 (0,69-4,01) 0,30 10 (16,4) 31 (11,0) 2,88 (0,84-9,37) 0,10 5 (26,3) Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 27 Adesão segundo os parâmetros sócio-demográficos 3 Adesão ao TARV (estimada) Parâmetros avaliados Óptima Pobre OR (95% IC) adesão adesão Freq. (%) Freq. (%) Próximo do HCM 20 (91,0) 2 (9,0) 1,38 (0,29-8,93) Local de Outros 240(88,0) 33 (12,0) Residência Distante do HCM 87 (89,7) 10 (10,3) 1,26 (0,55-2,95) Outros 173(87,0) 25 (13,0) CD4 > 250 Contagem 30 4 células/mm3 de CD4 1,03 (0,32-3,68) CD4 ≤ 250 (início) 234 32 células/mm3 Contagem CD4 > 250 117 29 de CD4 (≥ 0,32 (0,12-0,82) CD4 ≤ 250 87 7 6meses) CoCom Tuberc. 19 6 0,80 (0,34-3,10) infecção Sem Tuberc. 95 30 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. Valor de p 0,94 0,70 1,0 0,01 0,80 28 Adesão e os valores de contagem de CD4 Pacientes com CD4 >250 A Pacientes com CD4 ≤250 Pacientes com CD4 >250 Pobre Pobre Pobre Óptimo Óptimo Óptimo 250 200 150 100 50 0 50 100 150 200 250 Frequência absoluta (número de pacientes) B Pacientes com CD4 ≤250 Pobre Óptimo 200 150 100 50 0 0 50 100 150 200 Frequência absoluta (número de pacientes) A Figura A (acima à esquerda) mostra a variação dos valores da contagem de CD4 no início do TARV e a Figura B (acima à direita) a variação dos valores da contagem de CD4 com ≥6 meses de TARV. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 29 Distribuição dos valores da contagem de CD4 no início do TARV e CD4 com ≥6 meses A CD4 com ≥6 meses de TARV 100 50 80 40 Frequência Frequência CD4 no início do TARV 60 40 30 20 20 10 0 0 0 250 500 750 1000 1250 0 05-11-2015 400 200 600 800 1000 Contagem de CD4 Contagem de CD4 n =300 Média = 157.0 Desvio Padrão =112.4 B n =300 Média = 328.0 Desvio Padrão =149.5 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 30 Distribuição dos valores da média de adesão e os dias de atraso cumulativos dos pacientes em TARV. (n=300) Média de adesão 100.00 95.00 90.00 85.00 0 50 100 150 200 250 Dias de atraso cumulativos 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 31 Distribuição dos diferentes níveis de adesão (em %) ao TARV por sexo Masculino Feminino 100.00 100.00 98.00 98.00 96.00 96.00 Nível de 94.00 adesão (%) 94.00 92.00 Nível de adesão (%) 92.00 90.00 90.00 88.00 88.00 86.00 86.00 60 50 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 Frequência 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 32 Nível de adesão (%) Variação das médias de adesão ao longo dos 12 meses de seguimento Meses de seguimento 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 33 Variação das médias de adesão por trimestres Trimestres de seguimento 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 34 Representação gráfica dos dias de atraso no reaviamento dos medicamentos antiretrovirais 300 250 Frequência 200 Sem atrasos 1,5 dias 150 2 a 5 dias Mais de 6 dias 100 50 0 Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Tempo 6 Tempo 7 Tempo 8 Tempo 9 Tempo 10 Tempo 11 Tempo 12 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 35 Frequência Representação gráfica de máximo de Dias de atraso em reaviamentos ao longo dos 12 meses de seguimento dos pacientes Dias de atraso 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 36 Distribuição dos dias de atraso cumulativos dos pacientes com adesão pobre ao TARV.(n=36) Frequência 25 20 15 10 5 N =36 Média = 59.72 Desvio Padrão= 44.954 Mediana= 42.00 0 0 50 100 150 200 250 Dias de atraso cumulativos 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 37 Distribuição dos dias de atraso cumulativos dos pacientes considerados de adesão óptima ao TARV. (n=264) Frequência 30 20 10 n =264 Média= 6.92 Desvio Padrão.= 5.391 Mediana= 6.00 0 0 10 20 30 Dias de atraso cumulativos 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 38 Conclusões e recomendações Conclusões 1 • A amostra era composta maioritariamente por mulheres 61% (182/300); • Apenas 11% (34/300) dos pacientes tiveram que mudar alguma vez o seu regime de TARV inicial neste estudo; • Cerca de 45% (136/300) de pacientes começou o TARV dentro de 27 semanas e cerca de 12% (37/300) começou dentro de 2 semanas; • Cerca de 50% (150/300) tiveram alguma outra enfermidade ou infecção associada à infecção por HIV; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 39 Conclusões 2 • Constatou-se que apenas 4% (12/300) dos pacientes nunca se atrasou para o reaviamento dos seus medicamentos; • Os atrasos nos reaviamentos de 1,5 dias foram o mais comumente observado (84% dos casos ou 252/300); • Cerca de 45% (136/300) de pacientes começou o TARV dentro de 27 semanas e cerca de 12% (37/300) começou dentro de 2 semanas; • Cerca de 50% (150/300) tiveram alguma outra enfermidade ou infecção associada à infecção por HIV; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 40 Conclusões 3 • Os pacientes com óptima e pobre adesão mostraram melhorias nos valores das contagens de CD4 cerca de 6 meses após o inicio do TARV; • Foi encontrada uma associação fortemente significativa para a relação entre a adesão e os valores da contagem de CD4 após 6 meses de TARV (p = 0.01); • A média dos valores da contagem de CD4 no início do TARV era de 157.0 células/mm3 e após 6 meses foi de 328.0 células/mm3 o que corresponde a um aumento de 171.0 células/mm3; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 41 Conclusões 4 • É possível estimar com alguma fiabilidade o nível de adesão ao TARV a partir dos registos da Farmácia confirmando estudos similares noutros países; • Este estudo confirma o facto de que uma boa adesão contribui significativamente para a melhoria dos valores da contagem de CD4; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 42 Recomendações 1 • A principal recomendação é que avaliações de adesão devem ser feitas periódicamente, possivelmente como parte da rotina das consultas integradas de doenças crónicas; • Há necessidade de montar na Farmácia um sistema de alerta informatizado (electrónico) de modo a ajudar a detectar na Farmácia os referidos pacientes faltosos para o reaviamento dos seus medicamentos; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 43 Recomendações 2 • Há necessidade de criação de condições, tais como telefone e fax, ao nível da Farmácia, para a detecção atempada dos pacientes faltosos; • Como a maioria dos pacientes se atrasa entre 1,5 dias no reaviamento dos medicamentos, há necessidade de compreender as razões por detrás desses atrasos (p.e. através de um outro estudo) e definir estratégias apropriadas às evidências obtidas; 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 44 Recomendações 3 • Cerca de 600 dos 3,103 pacientes em TARV e sem critérios representados no processo de selecção não tiveram dados completos, pelo que há necessidade de se realizarem auditorias da qualidade do preenchimento dos processos dos pacientes de forma periódica para detectar e educar sobre este problema. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 45 Lista de Referências 1. Brambatti LP (2007). Compartilhando olhares, diálogos e caminhos: adesão ao tratamento e qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV/AIDS em Maputo, Moçambique. Instituto de Psicologia. Brasília, Universidade de Brasília. Doutoramento. 2. Saberi P, Caswell N, et al. (2008). "Pharmacy-refill measure of adherence to efavirenz can predict maintenance of HIV viral suppression." AIDS Care 20(6): 741-745. 3. Nachega JB, Hyssop M, et al. (2006). "Adherence to Highly Active Antiretroviral Therapy Assessed by Pharmacy Claims Predicts Survival in HIV-Infected South African Adults." Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes 43(1): 78-84 4. MISAU and INE (2009). Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre o HIV e SIDA em Moçambique INSIDA. Instituto Nacional de Saúde, Ministério da Saúde e Instituto Nacional de Estatística. 5. ... 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 46 Muito Obrigado pela Vossa atenção. 05-11-2015 Adesao ao TARV. Autor: Feliciano Cumaquela. 47