Brasil Colônia
O Brasil pré-colonial
 Nas três primeiras décadas do século
XVI, o litoral do Brasil permaneceu uma
espécie de terra de ninguém. Da
mesma forma que em relação à costa
africana, foram sucessivas as
expedições que dominaram as
condições de navegação,
reconheceram e batizaram os acidentes
geográficos e estabeleceram relações
com os indígenas.
 Faltavam recursos para proceder de maneira
mais sistemática. Envolvidos pelo comércio
altamente lucrativo com a Índia, nem a Coroa
nem os particulares portugueses mobilizaram
capitais e homens para colonizar o novo
território.
Mapa do Brasil dando
destaque ao pau-brasil,
primeira riqueza da
colônia.
O Pacto Colonial
Produtos Manufaturados
Colônia
Colônia
Metrópole
Matéria - prima
O Ciclo do Açúcar
 O primeiro grande ciclo econômico
brasileiro foi a produção do açúcar
através do cultivo da cana.
A produção
do açúcar
centrada
no
Nordeste
litorâneo
Outros produtos:




GADO (exploração do interior, couro,
tração, carne, leite, pecuária extensiva,
trabalho livre).
FUMO (troca por escravos na África).
DROGAS DO SERTÃO: produtos extraídos
da floresta amazônica com relativo valor
na Europa, tais como anil, guaraná, salsa,
corantes, e sobretudo o cacau.
Agricultura de subsistência.
União Ibérica (1580-1640)
Domínio Espanhol sobre Portugal
D. Sebastião desapareceu em
1578 sem deixar herdeiros.
Museu das Janelas Verdes.
Filipe II rei da
Espanha, é coroado
rei de Portugal
A União Ibérica 1580-1640

Período em que Portugal e Espanha foram
governados pelo mesmo rei. Portugal foi
dominada pela Espanha.
 A morte prematura do rei (1578) levou o Inquisidor-
Geral do Reino e Cardeal de Lisboa, D. Henrique
(tio-avô de D. Sebastião), a assumir a Coroa
 Idoso e doente, D. Henrique faleceu em 1580, sendo
substituído por seu sobrinho bastardo, D. Antônio,
Prior do Crato
 A disputa pelo trono cresceu entre quatro
pretendentes, até que as tropas espanholas,
lideradas pelo Duque de Alba, entregaram o trono
português ao rei espanhol Felipe II
A União Ibérica 1580-1640
 O apoio do clero português devia-se ao
interesse da Igreja em ver as duas poderosas
monarquias católicas ibéricas, unidas e
fortalecidas
 A burguesia portuguesa interessava-se no
promissor mercado espanhol que, com a
União Peninsular, estaria aberto aos
produtos e escravos vendidos por Portugal
A União Ibérica 1580-1640
 Durante a União Peninsular não houve fusão
dos territórios nacionais nem coloniais
 O Brasil passou ao domínio espanhol
 Embora não tenha desaparecido a Linha de
Tordesilhas, a União estimulou expedições
pelo interior da América do Sul, que partiam
do lado português em direção ao lado
espanhol
 Durante a União o Brasil foi alvo de
constantes invasões estrangeiras
Consequências da união das Coroas
Ibéricas para o Brasil
 Tornou sem efeito a linha divisória do Tratado
de Tordesilhas, o que estimulou o avanço dos
portugueses em direção ao interior, no sul da
colônia e na Amazônia.
 Trouxe problemas para os domínios
portugueses, uma vez que Portugal herdou
os inimigos dos espanhóis.
Invasões Holandesas
 Origens:
União Ibérica (1580/1640)
Período onde as Coroas de Portugal e
Espanha estiveram unidas, sob o
domínio desta última.
 Maio de 1624- A Bahia,
capital do Brasil, foi
escolhida pela Companhia
das Índias Ocidentais para a
sua primeira investida
colonizadora nas terras da
América. A esquadra
holandesa, trazia homens,
armas e marinheiros,
divididos em 26 navios.
A esquadra Holandesa em Frente a
Salvador, Coleção P. M. Bardi, São
Paulo
1625 – uma esquadra luso-
espanhola bem armada
retomou a capital da colônia
Invasões Holandesas
 A dependência holandesa do açúcar
brasileiro era enorme;
 Entre 1625 e 1630 a Holanda dedicou-se aos
ataques de corsários, no litoral brasileiro e
região do Caribe, chegando a ocupar a
península do Panamá para saquear o
carregamento anual da prata peruana;
 Os saques serviriam para montar uma
grande ocupação do Nordeste brasileiro.
Invasões Holandesas
1630 – uma armada holandesa
ocupou Olinda e o Recife.
A Ocupação de Pernambuco –
1630/1654
 Entre 1632 e 1635, com reforços vindos da
Europa e a ajuda de moradores da terra, os
holandeses conquistaram pontos decisivos
como a Ilha de Itamaracá, a Paraíba, o Rio
Grande do Norte e, por fim, o Arraial do Bom
Jesus, consolidando a ocupação de
Pernambuco.
A Ocupação de Pernambuco –
1630/1654
 Foi de grande importância para a Holanda a
ação de espiões, como o cristão-novo
Antônio Dias, o Papa-robalos
 De grande valia foi a colaboração de
Domingos Calabar, ex-comandante da
resistência luso-brasileira, que aceitou as
propostas de melhoria dos holandeses e
entregou as posições das tropas leais a
Portugal , no Arraial do Bom Jesus.
A Formação da
Nova Holanda – 1630/1637
 Um dos pontos
decisivos para
entendermos o
sucesso da ação
da WIC, no
Brasil, foram
suas propostas
de melhorias das
condições sócioeconômicas das
áreas ocupadas Barra do Recife com barcos holandeses
A Formação da Nova Holanda
 Enviado como
administrador da
Nova Holanda,
em 1637 pela
WIC, o Conde de
Nassau foi
responsável por
uma verdadeira
transformação nas
estruturas das
áreas ocupadas
Maurício de Nassau, obra de
Frans Post, 1653.
Administração de Nassau
(1637/44)
 Nassau encontrou a produção açucareira em
total desorganização, devido à:
- retirada de inúmeros proprietários rurais
para a Bahia;
- destruição de engenhos e canaviais;
- fugas de escravos.
Administração de Nassau
(1637/44)
 Para reconstrução da economia açucareira,
Nassau:
- concedeu empréstimos para a aquisição
dos engenhos abandonados e aquisição dos
destruídos;
- Para garantir o fornecimento de mão-deobra para a Nova Holanda, foi ordenada, a
partir de 1637, a ocupação de entrepostos de
escravos na África.
Administração de Nassau
(1637/44)
 Para contornar as crises de
abastecimento:
- os proprietários de terras deveriam
cultivar mandioca na proporção do
número de pessoas que teriam que
alimentar.
As iniciativas de Nassau fizeram
com que
boa parte dos senhores de engenho
estabelecesse vínculos cordiais com
os
invasores.
Administração de Nassau
(1637/44)
 Houve a urbanização do
Recife com a construção
de pontes, prédios,
praças e fontes
 A Cidade Maurícia foi
erguida entre os rios
Capibaribe e Beberibe,
e deveria estar a altura
da Nova Holanda
Nassau era conde, militar e
mecenas, todavia, gostava
mesmo de ser chamado pelo
título de Príncipe. Sua
ambição pessoal levantaria
suspeitas sobre suas
intenções sobre o Brasil.
Administração de Nassau
(1637/44)
 Vieram cientistas
como G. Marcgraf e
Willem Piso
 Artistas com Frans
Post e Albert
Eckhout
 Literatos e médicos
Pela 1ª vez a fauna, a flora
e o cotidiano do Brasil
colonial, foram
sistematicamente
estudados e retratados
O Mulato de A. Eckhout
A RESTAURAÇÃO
PORTUGUESA (1640)
Desgastados pelos altos
impostos cobrados pela
Espanha, consumida na
Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648), os
portugueses retomaram
sua autonomia, sob a
liderança do Duque de
Bragança, coroado D.
João IV de Portugal.
A RESTAURAÇÃO
PORTUGUESA (1640)
 Em 1640, Portugal libertou-se do domínio espanhol.
 D. João IV inaugurou a 3ª dinastia portuguesa
 A Guerra da Restauração, arrastou-se por mais de
três anos, arruinando a economia portuguesa e
passando o reino a dependência da Inglaterra
 Com o fim da União Ibérica, Portugal e Holanda
assinam a Trégua dos Dez Anos (1641-1651), onde os
holandeses comprometiam-se a deixar o Brasil assim
que recuperassem seus investimentos
 O envolvimento holandês na Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648), ampliou a necessidade de capitais e
levou a WIC a demitir Nassau (1644), que se opunha a
exploração intensa da Nova Holanda.
 No início de 1644, choques entre Nassau e
a direção da Companhia resultaram na
demissão do governador e no seu retorno
à Europa.
 Esse episódio encerrou o período da
expansão holandesa no Brasil.
Insurreição Pernambucana
Pintura de Victor Meireles (1831-1903) retratando as Batalha dos Guararapes,(164849) vencidas pelos luso brasileiros da insurreição pernambucana. As batalhas
puseram um fim às invasões holandesas e são o marco de criação do Exército
Brasileiro.
A Insurreição Pernambucana e o
Fim do Domínio Holandês
 O açúcar brasileiro enfrentava dificuldades devido à
queda dos preços no mercado europeu e à
diminuição da safra.
 Esta conjuntura abalou as relações da Companhia
das Índias Ocidentais com os senhores de engenho.
 De um lado, estavam os produtores, pressionados
pela cobrança das dívidas atrasadas;
 De outro, estavam os credores, exigindo receber a
qualquer custo.
A Insurreição Pernambucana e o
Fim do Domínio Holandês
 Em 1645, eclodiu a insurreição.
 Motivações:
- interesses dos proprietários: alguns
queriam fugir das dívidas com os
holandeses, enquanto outros,
refugiados na Bahia, tentavam reaver
suas propriedades.
A Insurreição Pernambucana e o
Fim do Domínio Holandês
 A necessidade de expulsar os holandeses produziu
uma rebelião nativista, onde somaram-se as três
raças da colônia;
 Portugal, sem interesse de opor-se a Holanda, adiou
sua entrada no conflito (1647);
 A expulsão definitiva dos holandeses só foi possível
com a assinatura da Paz de Haia (1661);
 Os holandeses foram indenizados:63 ton. de ouro.
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A União Ibérica 1580-1640