PREFEITURA MUNICIPAL DE GUAÇUÍ PROJETO DE SUBSTITUIÇÃO DA REDE ADUTORA DE ÁGUA BRUTA, CAPTAÇÃO SÃO FELIPE À ETA CRISTO. GUAÇUÍ DEZEMBRO - 2014. 1 APRESENTAÇÃO O presente Relatório Técnico tem como objetivo apresentar à Fundação Nacional de Saúde – FNS – Vitória (ES), informações necessárias para melhorias no sistema de adução de água bruta na cidade de Guaçuí (ES) conforme Plano de Trabalho n°ES1407117430. Este documento se constitui em Memorial Justificativo, Descritivo, Cálculo e Projetos de Engenharia relativo ao sistema projetado. 2 SUMÁRIO 01 - Dados Gerais do Município 04 02 - Memorial Justificativo e Descritivo 09/13 03 - Descrições das Obras 14/15 04 - Memorial de Cálculo 15/20 05 - Especificações Técnicas 20/23 06 - Serviços Preliminares 24/37 07 - Anexos 37 3 01 - Dados Gerais do Município: “O Município de Guaçuí localiza-se a uma latitude sul de 20º 46’ 21” e “uma longitude oeste de Greenwich de 41º 40’ 20”, e, possui uma área de 462,0 km2, equivalente a 1,01% do território estadual. Limita-se ao norte com o município de Divino de São Lourenço e Ibitirama; ao sul com São José do Calçado; a leste com Alegre e a oeste com Dores do Rio Preto e o Estado do Rio de Janeiro. Distante de Vitória cerca de 220 km. Além da sede, com altitude de 590m, é compreendido pelos distritos de São Pedro de Rates e São Tiago. O relevo apresentado varia de fortemente ondulado a montanhoso. A bacia que compõe a paisagem hidrográfica do município é a do Rio Itabapoana, cuja área é de 462,0 km2, destacando-se como principais rios: Veado e Itabapoana. Os solos predominantes são os classificados como Latos solo Vermelho Amarelo, com fertilidade variando de média a baixa em terrenos relativamente baixos e pH em torno de 4,5 a 5,0. Possui 53,09% de suas áreas com declividades entre 30 e 100%. O clima é saudável, mais ameno, típico das regiões serranas do Estado, com precipitações pluviométricas mais intensas nos meses de outubro e abril. O inverno é seco e de certa forma rigoroso influenciado pela altitude da região. População De acordo com a Tabela abaixo, e, conforme dados do Censo Demográfico De 2011feito pelo IBGE, a população total do município é de 27851 habitantes. Região Urbana Rural Total Guaçuí São Pedro de Rates São Tiago 19.290 596 231 3.962 1.089 2.682 23.252 1.685 2.914 Total 20118 7.735 27.851 Características Urbanas A cidade de Guaçuí apresenta topografia bastante acidentada, estando à ocupação urbana localizada nas encostas que se desenvolvem ao longo do Rio. Em geral, os logradouros públicos são pavimentados com paralelepípedos e massa asfaltica. 1.1 - Vias de acesso e transporte 1.1.1 - Do Sistema Viário Urbano 4 O sistema viário urbano é constituído das seguintes tipologias de vias de transporte: I. trechos urbanos das rodovias estaduais e federais; II. vias arteriais; III. vias coletoras; IV. vias locais; V. ciclovias VI. vias de circulação prioritária para pedestres. É considerado trecho urbano no âmbito da atual lei, parte da Rodovia BR 482, acesso para Guaçuí Sede através Rodovia ES 185. 1.1.2 - Do Sistema Viário Rural O sistema viário rural é constituído pelos seguintes tipos de vias de transporte: I. trechos rurais das rodovias federais e estaduais; II. trecho rural de via arterial; III. estradas municipais principais – faixa de domínio de 16,0 m (dezesseis metros), medidos 8,0m (oito metros ) do eixo atual da via; IV. estradas municipais secundárias – faixa de domínio de 10,0m (dez metros) medidos 5,0m (cinco metros ) do eixo atual da via. Rodovias são as vias estaduais ou federais, as quais têm as suas faixas de domínio definidas, respectivamente, na área de competência federal e estadual, devendo ser respeitada uma faixa não edificante de 15m (quinze metros) a partir da linha limítrofe da faixa de domínio em vigor por época da aprovação dos projetos das edificações ou dos loteamentos. Os trechos rurais das rodovias federais e estaduais considerados no âmbito da lei atual são os seguintes: 5 I. Rodovia BR 482, no trecho dentro dos limites municipais e fora do perímetro II. Rodovia ES 185, no trecho dentro dos limites municipais e fora do perímetro III. Rodovia ES 387, no trecho dentro dos limites Municipais; IV. Rodovia ES 493, no trecho dentro dos limites Municipais; V. Rodovia Transitória 484, no trecho dentro dos limites Municipais. urbano; urbano; Trecho rural de via arterial é considerado o segmento rural que dá continuidade a via arterial localizada dentro do perímetro urbano: a) faixa de domínio mínima de 32,0 m (trinta e dois metros); b) duas pistas de rolamento; c) presença de canteiros centrais e passeios laterais largos; d) implantação da seção proposta por etapas. Estradas municipais são todas as vias públicas existentes ou planejadas no território municipal, exceto as rodovias federais e estaduais e as vias urbanas. 1.2 - Sistemas de Saúde A Secretaria Municipal de Saúde é um órgão diretamente ligado ao Chefe do Poder Executivo Municipal, tendo como âmbito de ação o planejamento, a coordenação, a execução e o controle das atividades relativas à assistência médico-odontológico à população, ao mapeamento das necessidades e ao desenvolvimento dos padrões de saúde do Município. A Secretaria Municipal de Saúde exerce suas atividades através das seguintes Superintendências, Gerências, Pronto Socorro Municipal, Postos de Atendimento – US-2, Unidade Sanitária de Guaçuí – US-3 e Departamentos, sob sua subordinação: I) Superintendências: 01 Superintendência de Saúde; 02 Superintendência de Serviço e Agendamento. 6 II) Gerência: 01- Gerência de Serviços de Saúde; 01 - Gerência de Contabilidade da Saúde. III) Departamentos: 1. Departamento de Saúde Pública e Ações Programáticas; 2. Departamento de Vigilância Sanitária; 3. Departamento de Vigilância Epidemiológica; 4. Departamento de Veículos e Equipamentos Motorizados 1.2.1 - Unidades de atendimento: a) Centro integrado a saúde Dr.Paulo Cesar Antunes (Policlínica), endereço Rua: Angel Martinez Gonzales, s/n° Próximo a Santa Casa de Guaçuí. b) Centro de especialidades da mulher Vovó Niquinha, endereço Av. José Alexandre, n°854 Guaçuí. c) Centro de atenção psicossocial Fernandinho, endereço Rua: Francisco Ourique, n°128 – centro Guaçuí. d) Centro de reabilitação física Dona Gaby, endereço Rua: Rio Grande do Norte, s/n° Guaçuí. e) CEO Drª Iza Vidal Ferreira Leal, endereço Av.Marechal Floriano,86 Centro - Guaçuí. f) ESF Antonio de Oliveira Catatau, endereço BR482 Km96 Bairro Balança - Guaçuí. g) ESF Dr. Abelha I, endereço Rua: Rio Grande do Norte, s/n Guaçuí. h) ESF Dr. Abelha II, endereço Rua: Rio Grande do Norte, s/n Guaçuí. i) ESF Dr.José Rezende Vargas, endereço Loteamento Antônio Francisco Moreira s/n° Guaçuí. 7 j) ESF José Theodoro, Vale do Sol s/n Guaçuí. l) ESF Padre Galeno, endereço Alameda Francisco Pinto n° 53 Guaçuí m) ESF Pedro Vieira Neto, endereço BR 482 Km93 Guaçuí. n) ESF São Pedro de Rates, Distrito de São Pedro de Rates, Guaçuí. o) ESF São Tiago, Distrito de São Tiago, Guaçuí. 1.3 - Energia Elétrica O fornecimento de energia elétrica às unidades consumidoras no município de Guaçuí, é de responsabilidade da Espírito Santo Centrais Elétricas S.A - ESCELSA, que possui as seguintes características técnicas: 1. Corrente alternada na freqüência de 60 Hertz; 2. Sistema com neutro aterrado e 3. Nas seguintes tensões padronizadas: a) Tensão secundária, 220/127 volts em sistemas trifásicos e 127 volts em sistemas monofásicos. Excepcionalmente nas localidades de Alegre, Rive, Guaçuí e Celina, ocorrem as tensões de 380/220 Volts, em sistemas trifásicos e 220 Volts em sistemas monofásicos (fase - neutro), ambas neutro aterrado com as tensões secundárias praticadas). b) Tensões Primárias 1 - 11.400 e 13.800 Volts entre fases. 2 - Importante: As tensões de fornecimento poderão variar de acordo com os limites mínimos e máximos fixados pela Aneel através da Resolução 505 de 26.11.2001. 1.4 – Serviços de saneamento 1.4.1 - Sistema de abastecimento de água existente A Cidade de Guaçuí conta com um sistema de abastecimento de água administrado pelo SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgotos, que é uma autarquia municipal. A Estação de tratamento de água existente é do tipo convencional, contando com unidades com: dosagem de produtos químicos, mistura rápida e lenta (floculadores), decantadores, filtros e reservatórios. O sistema de abastecimento de água conta ainda com uma rede de distribuição que abastece cerca de 7.681 ligações no município e distritos. 8 1.4.2 - Sistema de esgoto existente A Cidade de Guaçuí, ainda não conta com sistema de esgotamento sanitário adequado. Os despejos gerados e coletados são lançados no Rio Veado. Esta construção uma Estação de Tratamento de Esgoto com capacidade de 30l/s, com uma etapa útil que atenderá 15% das residências do Município. 1.4.3 – Sistema de drenagem de águas pluviais existente O sistema de drenagem de águas pluviais conta com tubulação de concreto que fazem a captação e conduzem os deflúvios ao Rio. Os maiores diâmetros observados são da ordem de 800 mm. 1.5 - Coberturas Vegetais De um modo geral, a sede do Município de Guaçuí apresenta boa cobertura vegetal, inclusive com resquícios de mata atlântica. Como a cidade se desenvolve ao longo do Rio Veado, foi identificada, à jusante da mesma, uma área coberta em sua quase totalidade, por capim. 02 – MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO 2.1 – Identificação do Tipo de Ação: A destinação dos recursos contempla as seguintes áreas: SEDE DO MUNICÍPIO DE GUAÇUÍ - ES 2.2 – Justificativa Social O investimento em obras de infra-estrutura no município de Guaçui tem por finalidade a melhoria de água tratada para população com mais de 22.400 pessoas. A construção de uma nova adutora de água bruta, ligando a captação de São Filipe a ETA - Cristo (Estação de Tratamento de Água). Eliminará as interrupções constantes no sistema de abastecimento de água na Cidade de Guaçuí - ES. 2.3 – Justificativa Técnica A substituição da rede adutora de água bruta DN 250mm a 200mm de ferro fundido, por uma rede DN 300mm PVC DEFOFO, se faz necessário pelo motivo da atual adutora ter sido construída com tubos de ferro fundido a mais de 50 anos, muitos pontos ao longo da 9 rede adutora esta comprometidos por conta da erosão em determinados locais, e com a rugosidade dos tubos muito avançada, esta causando constantes rompimentos na rede e comprometendo o abastecimento de água na cidade de Guaçuí- ES. Fotos da adutora de São Felipe: 01 - Adutora São Felipe (Mendonça) Dezembro/2009. 02 - Adutora São Felipe (localidade da pataca) Maio/2010. 10 03 - Adutora São Felipe (localidade dos Mendonça) Fevereiro//2011. 04 - Adutora São Felipe (localidade dos Mendonça) Fevereiro//2011. Nas pag. 12 e 13 está anexada o diagnóstico feito em 2010 pela ANA (Agência Nacional das Águas) que propõe a adequação e ampliação no sistema antes que o mesmo entre em colapso total e que não venha prejudicar um bom atendimento a população. A destinação das obras será definida através dos estudos, plantas e planilhas de cálculo do presente projeto, levando-se em conta as necessidades do município, bem como a previsão dos gastos em cada intervenção. Os serviços executados estarão em consonância com as normas técnicas brasileiras, ABNT. As especificações construtivas estarão em anexo. 11 ESPÍRITO SANTO: RESULTADOS POR MUNICÍPIO Aglomerados Urbanos Sítuação da Oferta de Água Planejamento Colaboradores no Estado e Municípios Página Inicial POPULAÇÃO Capital, município integrante de Região Metroplitana e/ou com população superior a 250.000 hab. Município com população entre 50.000 e 250.000 habitantes Município com população inferior a 50.000 habitantes Município sem informação Limite de Região Metropolitana Guaçuí ES GUAÇUÍ - ES Dados do Município 19.392 habitantes Demanda Urbana (Cenário 2015): 51 L/s Prestador de Serviços: SAAE-Espírito Santo Situação do Abastecimento (2015): Requer ampliação sistema Sub-bacia Hidrográfica: ITABAPOANA (ES) Investimento Total em Água (2025): Pop Urbana (2007): ver Croqui Sistemas Existentes: 4 milhões ver Croquis Sistemas Propostos: Avaliação Oferta/Demanda de Água 12 Mananciais Sistema Participação no abastecimento do município Situação (até 2015) Outros Municípios atendidos Ribeirão São Tiago, Ribeirão Santa Catarina Isolado Guaçuí 1 90 % Requer ampliação de sistema --- Córrego Lobato Isolado Guaçuí 2 10 % Satisfatória --- Soluções Propostas para Oferta de Água Sistema R$ mil (jul 2010) Natureza das Obras Observações Outros Municípios atendidos Isolado Guaçuí 1 Ampliação 4.242 Ampliação/adequação do sistema existente. --- --- Mananciais Captações a jusante do município Manancial Carga orgânica a remover (kgDBO/dia) R$ mil * (jul 2008) Status do Tratamento de Esgotos --- Página anterior: ES (Estado) Pop Urbana (2007): 19.392 habitantes Demanda Urbana (Cenário 2015): 51 L/s Prestador de Serviços: SAAE-Espírito Santo Situação do Abastecimento (2015): Requer ampliação sistema Sub-bacia Hidrográfica: ITABAPOANA (ES) Investimento Total em Água (2025): ver Croqui Sistemas Existentes: 4 milhões ver Croquis Sistemas Propostos: Mananciais Sistema Participação no abastecimento do município Situação (até 2015) Outros Municípios atendidos Ribeirão São Tiago, Ribeirão Santa Catarina Isolado Guaçuí 1 90 % Requer ampliação de sistema --- Córrego Lobato Isolado Guaçuí 2 10 % Satisfatória --- Mananciais Manancial Sistema R$ mil (jul 2010) Natureza das Obras Observações Outros Municípios atendidos Isolado Guaçuí 1 Ampliação 4.242 Ampliação/adequação do sistema existente. --- --- Captações a jusante do município Carga orgânica a remover (kgDBO/dia) Status do Tratamento de Esgotos R$ mil * (jul 2008) --- 13 03 – DESCRIÇÕES DAS OBRAS O presente memorial tem como objetivo apresentar a descrição sucinta e o dimensionamento da adutora de água bruta responsável pelo abastecimento da ETA Cristo, pertencente ao Sistema de Abastecimento de Água do Município de Guaçuí. A ETA Cristo, atualmente, é abastecida pela adutora de São Felipe que realiza a captação de água do manancial Ribeirão São Tiago. Para suprir as demandas futuras de água no município de Guaçuí, faz-se necessária a implantação de uma nova adutora de água bruta. De acordo com as características da área em estudo, e com vistas às determinações constantes das Normas Brasileiras da ABNT e demais dispositivos legais, inclusive dos critérios adotados pelo SAAE de Guaçuí, foram fixados os parâmetros que norteiam o desenvolvimento do projeto. A Adutora de Água Bruta São Felipe é uma adutora por gravidade. Para elaboração deste projeto foi realizado um levantamento topográfico na região do caminhamento da adutora previamente estabelecido. 3.1 – Intervenções a serem realizadas no município de Guaçui – Sistema de Abastecimento de Água - SAA: Listamos, a seguir, as intervenções a serem realizadas para a melhoria do SAA : As intervenções consistem basicamente de: a) Construção de 11.950 metros de Redes PVC DEFOFO DN 300 mm para Adução de Água Bruta. b) Os projetos foram desenvolvidos e serão executados de acordo com as normas técnicas brasileiras vigentes, em consonância com a ABNT. Será confeccionada ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – de cada projeto. Os projetos formulados contemplam um alcance de 20 anos, discriminando de forma clara e objetiva todas as unidades do sistema, e composto basicamente de: - Levantamento topográfico da adutora e caminhamento; - Memorial descritivo e justificativo; - Memorial de cálculos; - Orçamentos; - Especificações construtivas; - Plantas da rede adutora; 14 Os projetos foram desenvolvidos e serão executados de acordo com as normas técnicas brasileiras vigentes, em consonância com a ABNT. Será confeccionada ART – Anotação de Responsabilidade Técnica – de cada projeto. Nesta primeira faze do projeto, foram feitos levantamentos do SAA existente, sendo especificada melhoria/ampliação. 4 - MEMÓRIAS DE CÁLCULO 4.1 - Parâmetros de Projeto 4.1.1 - Período de alcance do projeto O período de alcance considerado neste projeto foi o ano de 2030. 4.1.2 - Per capita Adotou-se um consumo per capita de água na região de estudo de 200 l/hab.dia, por determinação do SAAE de Guaçuí. 4.1.3 - Coeficiente de máximas demandas Como não existem dados locais comprovados oriundos de pesquisas, utilizou-se o valor recomendado por norma, assim considerou-se: • Coeficiente de máxima vazão diária (K1) utilizado foi 1,2; • Coeficiente de máxima vazão horária (K2) utilizado foi 1,5. Metas de atendimento O índice de atendimento para a região é de 100%. 15 4.2 -População e vazões de projeto 4.2.1 - População A população de projeto foi estimada a partir da população de 2010, considerando a taxa de crescimento populacional de 1,41%, conforme estabelecido. A Tabela 0.1 apresenta o resultado da estimativa da população do município de Guaçuí durante os anos de projeto, até 2030. Tabela 0.1 – Projeção da população da área de estudo. Ano População (hab) Ano População (hab) 2010 19 290 2021 22 503 2011 19 562 2022 22 820 2012 19 838 2023 23 142 2013 20 118 2024 23 468 2014 20 402 2025 23 799 2015 20 690 2026 24 135 2016 20 982 2027 24 475 2017 21 278 2028 24 820 2018 21 578 2029 25 170 2019 21 882 2030 25 525 2020 22 190 A população obtida para a área de estudo no final de plano é, portanto, de 25 525 habitantes. 4.2.2- Cálculo da vazão de água Considerando-se os parâmetros de projetos relacionados no item 4.1, o cálculo da vazão de projeto foi obtido a partir de: Q= P × q × K1 , em l/s; 86400 P = População de projeto; q = Consumo per capita de água em l/hab/dia; K1 = Coeficiente do dia de maior consumo; onde: A vazão calculada para o final de plano é de 70,90 l/s. 16 4.3 - Concepção da adutora de água bruta 4.3.1 - Generalidades A Adutora de Água Bruta São Felipe foi assim nomeada devido a localidade da captação de água, no córrego São Tiago. Este córrego, de acordo com as análises físicoquímicas realizada pelo SAAE de Guaçuí, possui boa qualidade de água, caracterizando-se como um ponto de tomada ideal. A adução da água bruta é realizada por gravidade, partindo da captação até a ETA Cristo no município de Guaçuí. Sua concepção foi dada a partir da necessidade de construir uma nova adutora de água bruta pelo motivo da atual adutora construída em ferro fundido estar muito deteriorada em função dos mais de 60 anos em operação, comprometendo atualmente a produção de água tratada na ETA Cristo. 4.3.2 - Caminhamento da adutora O caminhamento da adutora foi previamente estabelecido, considerando as vias de acesso, de modo a facilitar o assentamento dos tubos, bem como toda obra de implantação, além de promover a operação e manutenção da rede adutora de água bruta ao longo dos anos de operação. A figura 4.3.3 apresenta uma imagem esquemática do caminhamento da adutora de água projetada, desde a captação até a ETA Cristo. 17 GUAÇUÍ Legenda Adutora de Água Bruta Projetada Ponto de captação de água ETA Cristo Figura 4.3.3.3 – Caminhamento da AAB Projetada. 18 4.4 - Dimensionamentos das unidades 4.4.1 - Generalidades Definida a concepção do sistema, dimensionaram-se a adutora de água bruta, bem como os dispositivos de descargas e ventosas presentes na mesma. 4.4.2 - Adutora de Água Bruta A adutora projetada apresenta os seguintes aspectos físicos: • Extensão: 11 950,00 m;(projeto Inicial em 2011) • Aditivo: • Total: • Quantidade de rede construída até o presente momento = 3.419,50m • Quantidade de rede que falta construir até o presente momento = 8.875,50m 316,50m(aprovado pela Funasa) 12.316,50m Material: PVC DeFoFo. As condições operacionais previstas para o ano de 2030 são as seguintes: • • Coeficiente de rugosidade (C): 130; • Vazão de projeto: 59,08 l/s; • Cota a montante: 710,711 m; Cota a jusante: 656,050 m. O diâmetro da adutora é obtido a partir da perda de carga linear, calculado através da expressão: ∆h J= L • onde: J = Perda de carga unitária, m/m; ∆h = Desnível geométrico, m; L = Extensão da rede, m. Tem-se a perda de carga unitária, J = 0,0045 m / m O diâmetro da tubulação foi calculado por Hazen - Williams: O diâmetro da adutora é, portanto, 300 mm. No dimensionamento de adutoras é 10,65 × Q 1,85 D = 1,85 C ×J 1 4 ,87 19 importante, ainda, calcular a velocidade média na tubulação. É recomendável que a velocidade não ultrapasse 2,0 m/s. Esta verificação foi realizada considerando: V= 1 2 3 12 RH J n Considerando o coeficiente de manning n igual a 0,010, a velocidade média obtida pela expressão acima é de 1,20 m/s, dentro da faixa recomendável. 4.5 - Dimensionamentos das descargas As descargas são dispositivos que auxiliam na limpeza da tubulação. São necessariamente alocadas em pontos de cotas baixas de maneira que seja evitado o acúmulo de materiais ao longo dos trechos. A necessidade de esvaziamento da adutora acontece em 02 (duas) ocasiões: inicialmente para limpeza e desinfecção da adutora e posteriormente para serviços de manutenção quando necessário. Neste projeto, foram consideradas 6 descargas de diâmetro 100 mm. 4.6 - Dimensionamentos das ventosas As ventosas são dispositivos inseridos nas redes adutoras de água que atuam na proteção das tubulações, controlando a entrada e a saída de ar. A tendência do ar acumulado nos pontos altos é comprometer o escoamento, reduzindo a seção útil do conduto com o aumento, consequente, da perda de carga. Dessa forma, são alocadas nos pontos altos da rede de água. Para a AAB São Felipe foram considerada 6 ventosas ao longo da rede, de diâmetro 100 mm. 05- ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS 5.1 – Disposições Gerais Todos os serviços deverão ser executados em consonância com o projeto e prescrições contidas nestas Especificações, Normas e Especificações Técnicas da ABNT, Legislação Municipal, Normas e Procedimentos de Segurança do Trabalho. Fica reservado à CONTRATANTE, o direito e competência de resolver todo caso singular e por ventura omissa no Projeto ou nestas Especificações. A supervisão da execução dos serviços estará sempre a cargo de um engenheiro credenciado pela CONTRATADA junto à CONTRATANTE. A fiscalização será 20 supervisionada por engenheiro devidamente designado pela CONTRATANTE. É indispensável a qualificação adequada do pessoal na execução das obras e serviços. A CONTRATADA se obriga a afastar todo e qualquer elemento que, a critério exclusivo da FISCALIZAÇÃO, possa prejudicar a qualidade dos serviços, a ordem e o bom andamento da obra. A CONTRATADA sempre prestará à FISCALIZAÇÃO, todos os esclarecimentos e informações sobre programação e andamento dos trabalhos, suas peculiaridades e tudo mais julgado necessário ao desempenho de suas atribuições. A CONTRATADA acatará, de imediato, às solicitações e ordens da FISCALIZAÇÃO, que terá plena competência para suspender os serviços da obra, total ou parcialmente, por meios amigáveis ou não, sempre que julgar conveniente, por motivos de ordem técnica, disciplina ou segurança do trabalho. A existência e atuação da FISCALIZAÇÃO em nada diminuem a responsabilidade única, integral e exclusiva da CONTRATADA, no que concerne às obras e suas aplicações imediatas e remotas, sempre de conformidade com as condições contratuais e, de modo especial, com a legislação vigente. A CONTRATADA manterá sempre à disposição da FISCALIZAÇÃO, todos os meios necessários e aptos a permitir a medição dos serviços, bem como, a inspeção das instalações da obra, dos materiais e dos equipamentos. A CONTRATADA é a única responsável pela segurança do pessoal, pela guarda e conservação de todos os materiais, equipamentos, ferramentas e utensílios, assim como pela proteção destes e da obra como um todo. Todos os materiais a serem empregados na obra, ou sua eventual reposição, serão de boa qualidade e satisfarão às especificações e padrões da ABNT. Os materiais e equipamentos serão armazenados em local apropriado, de acordo com a sua natureza e atendendo às recomendações dos fabricantes. Nestes locais não será permitido guardar materiais que não se destinem à obra, nem aqueles que, pôr qualquer motivo, não forem aceitos pela FISCALIZAÇÃO. Compete à CONTRATADA os serviços de limpeza e regularização das áreas, bem como os serviços de locação da obra. 5.2 – Instalação do Canteiro de Obras Compete à CONTRATADA, a quem cabe também o ônus de sua manutenção, executar as instalações do canteiro de obras, previamente aprovadas pela CONTRATANTE, em construção fixa ou móvel, com indispensável segurança e boas condições de higiene e 21 adequabilidade dos depósitos. No final da obra, a CONTRATADA promoverá a completa restauração da área ocupada pelas instalações da obra. 5.3 – Adutoras: 5.3.1 – Tubulações, Conexões e Peças Na adutora serão empregados tubos e conexões de PVC DEFOFO, tipo PBA, com junta elástica, DN 300mm conforme o projeto. 5.3.2 – Registros e Ventosas Os registros utilizados em descargas na linha adutora serão de gaveta, chato, com bolsa, JE e cabeçote e diâmetros conforme o projeto. Os registros de "Parada” dos barriletes de recalque serão de ferro fundido dúctil, com flange e vedação em cunha de borracha. As ventosas serão do tipo “Simples” com flanges (VSF 16). 5.3.3 – Escavação e Regularização da vala As valas para assentamento da tubulação terão largura equivalente ao diâmetro do tubo + 30cm, não podendo ser inferior a 100 cm. A profundidade será tal que assegure o recobrimento mínimo de 70 cm, medidos a partir da geratriz superior do tubo. Os fundos das valas deverão ser regularizados, de modo a garantir um perfeito contato do tubo com o solo. No caso do fundo da vala ser de natureza rochosa, ou conter material indeformável, será necessário o aprofundamento da vala, de modo a permitir a execução de um embasamento para o tubo, com material desagregado, de boa qualidade, de preferência com areia, com espessura não inferior a 10 cm. 5.3.4 - Assentamento Antes do assentamento, toda a tubulação deverá ser examinada e limpa. Não serão empregados tubos e conexões com trincas ou qualquer defeito que possa comprometer sua estanqueidade. O assentamento das tubulações será feito de acordo com as instruções dos 22 fabricantes, devendo ser observadas as recomendações quanto ao transporte, manuseio e inspeção. Para ancoragem de conexões e registros, serão construídos blocos de concreto simples, nas dimensões adequadas. 5.3.5 - Reaterro Será executado com materiais finos, provenientes, ou não, das escavações, até 30 cm acima da geratriz superior, com compactação manual, tendo-se o cuidado de aplicar os esforços somente na lateral do tubo, a fim de não danificá-lo. O restante da vala deverá ser preenchido com materiais também provenientes das escavações, em camadas de 20 cm e com compactação tal que resulte num aterro com características equivalentes às do solo adjacente. Se os materiais provenientes das escavações apresentarem fragmentos de rocha ou pedras soltas, que possam danificar o tubo, o reaterro dos 30 cm acima da sua geratriz superior, será executado com material de empréstimo, de preferência areia fina. 5.3.6 - Caixas de Registro e Ventosa Serão executados em alvenaria de tijolo maciço, assentes sobre lastro de concreto simples, com 10 cm de espessura. As tampas serão em concreto armado, no traço 1:2:4 (cimento:areia:seixo ou brita). Serão revestidas internamente, com argamassa de cimento e areia, no traço 1:4. 5.3.7 - Registros Os registros de parada e de descarga, instalados na rede, serão de gaveta, chato, com bolsas, JE e cabeçote, PN 1Mpa, em ferro fundido com diâmetro de 300 mm e 100mm. 23 06 - SERVIÇOS PRELIMINARES 6.1 - Serviços de Apoio Técnico e Topográfico São os serviços iniciais de campo, necessários à implantação da obra, que deverão obedecer às normas seguintes: 6.2 – Serviços Topográficos Para a execução dos serviços de topografia, a CONTRATADA deverá manter, quando necessário, a critério da FISCALIZAÇÃO, no canteiro de trabalho 1 (um) topógrafo devidamente habilitado e 2 (dois) auxiliares de topógrafo. A CONTRATADA deverá aceitar as normas, métodos e processos determinados pela FISCALIZAÇÃO. As locações feitas serão verificadas pela FISCALIZAÇÃO antes do início das obras, permanecendo todavia, a responsabilidade da CONTRATADA. 6.3 -Apoio Nas plantas fornecidas pela CONTRATANTE estão localizados RN's que servirão de base para o levantamento altimétrico. 6.4 – Locação e Nivelamento A locação e nivelamento das tubulações e peças serão feitas de acordo com o projeto. A CONTRATADA procederá à locação dos eixos das valas a serem escavadas. A locação será procedida a partir dos marcos de apoio. 6.5 - Croqui Será feito croqui de toda quadra servida por rede de distribuição onde deverão ser apresentados os seguintes elementos: 24 . Nome e alinhamento das ruas; . Divisão e numeração dos lotes dentro da quadra; . Locação da rede de distribuição com relação ao alinhamento das ruas; . Extensão e diâmetro do trecho; . Amarração dos trechos iniciais da rede de distribuição em relação ao alinhamento da rua mais próximas; . Amarração da ligação ao seu respectivo lote. 6.6 - Planta Serão apresentados em planta todos os elementos do croqui. As plantas serão desenhadas, escala 1:1000 e plotadas no formato A1. 6.7 - Pesquisa de Interferências A CONTRATADA deverá proceder à pesquisa de interferências existentes no local, para que não sejam danificados quaisquer tubos, cabos, postes e outros elementos ou estruturas que estejam na zona atingida pela escavação ou em área próxima à mesma. Existindo outros serviços públicos situados nos limites das áreas de delimitação das valas, ficará sob a responsabilidade da CONTRATADA a não interrupção daqueles serviços, até que os respectivos remanejamentos sejam autorizados. 6.8 - Remanejamento A CONTRATADA deverá providenciar os remanejamentos de instalações que interferirem com os serviços a serem executados. Os remanejamentos deverão ser programados pela CONTRATADA com a devida antecedência e de acordo com a FISCALIZAÇÃO, proprietários e/ou Concessionários dos serviços cujas instalações precisarem de remanejamento. Os danos que porventura sejam causados às instalações existentes durante o remanejamento são de responsabilidade exclusiva da CONTRATADA que deverá obter todas as informações a respeito das instalações a remanejar. 25 6.9 – Indicações Fornecidas pela Fiscalização A FISCALIZAÇÃO fornecerá as indicações de que dispuser sobre as interferências existentes, podendo, entretanto, ocorrerem outras não cadastradas cuja sustentação deverá ser programada de forma a não prejudicar o início previsto dos serviços. Não possibilidade de sustentação, a critério da FISCALIZAÇÃO, havendo proceder-se-á ao remanejamento da interferência, que poderá ser definitivo ou provisório. 6.10 - Cuidados Especiais A CONTRATADA deverá procurar minimizar as interferências dos trabalhos sobre o comércio e o trânsito de veículos e pedestres. 6.11 - Sinalização e Segurança de Trânsito 6.11.1 - Sinalização A sinalização deverá obedecer às posturas municipais e exigências de outros órgãos públicos locais ou concessionárias de serviços. Neste caso, independentemente do que for assim exigida, a CONTRATANTE á no mínimo a sinalização preventiva com painéis de tapume móvel, cavaletes com placas de advertência, grades portáteis, cones de sinalização com pintura refletiva e iluminação ao longo da vala. As grades portáteis deverão ser utilizadas nas obras rápidas e pequenas, ou seja, quando de serviços em poços de visita no leito carroçável ou nas calçadas. Para tanto, as grades devem ser portáteis e dobráveis, a fim de cercar o local em obras com flexibilidade. As grades deverão ser colocadas em volta da área de trabalho, de modo a proteger os trabalhadores, pedestres e motoristas. No caso de serviços no leito carroçável, deverão ser fixadas bandeirinhas na grade. Além disso, o local deverá ser devidamente sinalizado com cones ou balizadores. Para serviços noturnos, deve-se utilizar dispositivo luminoso de luz intermitente ou fixa, dependendo da periculosidade do local, bem como da duração dos trabalhos e facilidade de implantação dos mesmos dispositivos. Sempre que necessário, a critério da FISCALIZAÇÃO, essa sinalização deverá ainda ser colocada a diferentes distâncias das frentes de trabalho, como advertência aos serviços. 26 Deverá ser procedida manutenção permanente de todos os elementos da sinalização, seja na estrutura, seja na pintura, devendo ser reparados ou substituídos quando apresentarem deterioração. Em desenhos a serem fornecidos pela CONTRATANTE serão apresentados detalhes de elementos da sinalização. 6.11.2 - Segurança de Trânsito: a)- Faixas de Segurança Deverão ser providenciadas faixas de segurança para o livre trânsito de pedestres, especialmente junto às escolas, hospitais e outros locais de concentração, em perfeitas condições de segurança durante o dia e à noite. b)- Passagens Temporárias Quando necessário, deverão ser construídas passagens temporárias nos cruzamentos de ruas, e acesso para veículos defronte estacionamentos e garagens. Nas frentes de serviços deverá ser providenciada sinalização diuturna adequada, especialmente nos casos de eventuais inversões de tráfego. c)- Fechamento de Vias e Acessos As vias de acesso fechadas ao trânsito deverão ser protegidas e possuir a devida sinalização de desvio, devendo durante a noite, serem iluminadas e em casos especiais, deverão ser postados vigias e sinaleiros, devidamente equipados. os cruzamentos ou em outros locais onde não for possível utilizar desvio, o serviço deverá ser efetuado por etapas, de modo a não bloquear o trânsito. Os serviços deverão ser executados sem interrupção, até a liberação da área, podendo ser programado para fins-de-semana ou para as horas de menor movimento. 27 6.12 - Prevenção Contra Acidentes Na execução dos trabalhos, deverá haver plena proteção contra o risco de acidentes com pessoal da CONTRATADA e com terceiros, independentemente da transferência desse risco às companhias ou institutos seguradores. Para isso a CONTRATADA deverá cumprir fielmente o estabelecido na Legislação Nacional concernente à segurança e higiene do trabalho, bem como obedecer todas as normas próprias e específicas para a segurança de cada serviço. Em caso de acidente no canteiro de obras, a CONTRATADA deverá: a) prestar socorro imediato à vítima; b) paralisar imediatamente a obra no local do acidente a fim de não alterar circunstâncias relacionadas com o mesmo; c) solicitar imediatamente o comparecimento da FISCALIZAÇÃO no local da ocorrência, relatando o fato. 6.13 - Proteção às Propriedades Públicas e Privadas Deverão ser protegidas todas as propriedades públicas e privadas contra qualquer perigo devido aos serviços. Não deverá ser interrompido o funcionamento de qualquer serviço de utilidade pública. Para isso deverá ser protegido, envidando-se todos os esforços e meios possíveis, à plena integridade das instalações relacionadas a tais serviços. Os danos causados às propriedades e utilidades públicas devido à imperfeição ou descuido na execução, deverão ser reparados no menor prazo possível. 6.14 - Equipamentos de Segurança Será de responsabilidade da CONTRATADA a segurança, guarda e conservação de todos os materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios e instalações da obra. A CONTRATADA deverá manter livre o acesso aos extintores, mangueiras e demais equipamentos situados no canteiro a fim de poder combater eficientemente o fogo na eventualidade de incêndio, ficando expressamente proibida a queima de qualquer espécie de material no local das obras. 28 6.15 - Vigilância A CONTRATADA deverá manter permanentemente, sistema de vigilância, efetuada por pessoal devidamente habilitado e munido de apitos e, eventualmente, de armas de fogo, com respectivo porte concedido pelas autoridades policiais. 6.16 – Escavação de Vala A escavação compreende a remoção de qualquer material abaixo da superfície natural do terreno até as linhas e cotas especificadas no projeto. A escavação será preferencialmente mecânica, podendo também ser manual, levandose em conta as particularidades existentes, a critério da CONTRATADA. Ao iniciar a escavação, a CONTRATADA deverá ter feito a pesquisa de interferências, para que não sejam danificados quaisquer tubos, caixas, postes, etc., que estejam na área atingida pela escavação ou próximos à mesma. Deverá ser mantida pela CONTRATADA a limpeza das sarjetas, bocas de lobo e beira das valas, deixando livres de terra os passeios das ruas durante toda a fase de execução das obras. A extensão máxima de abertura de vala observará as imposições do local de trabalho, tendo em vista o trânsito e o necessário à progressão da construção. As valas serão escavadas segundo a linha de eixo, de jusante para montante, respeitados os alinhamentos e as cotas indicadas no projeto com as eventuais modificações pela FISCALIZAÇÃO. Deverão ser abertas com as larguras fixadas em função da profundidade da vala, do diâmetro da tubulação e do tipo de escoramento, conforme desenhos a serem fornecidos pela CONTRATANTE. A critério da FISCALIZAÇÃO a largura da vala poderá ser aumentada ou diminuída de acordo com as condições do terreno e em face de outros fatores que se apresentarem na ocasião. Qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da vala não será considerado para efeito de pagamento e deverá ser preenchido com areia, pó de pedra ou outro material de boa qualidade. O excesso de material escavado deverá ser transportado pela CONTRATADA. 6.17 - Escavação em Terra/Cascalho Esse tipo de escavação poderá ser feito por retro-escavadeira em solos como: argila, terra em geral, cascalho, piçarra, pedregulho, aglomerado, e rocha decomposta. 29 6.18 - Greide Final de Escavação Quando o greide final da escavação estiver situado dentro do terreno cuja pressão admissível não for suficiente para servir como fundação direta, a escavação deve continuar até a profundidade apta a comportar colchão de brita nº03, ou outro material granular, devidamente compactada em camadas de 20 cm de espessura até a profundidade a ser indicada pela FISCALIZAÇÃO. Eventualmente, dependendo da espessura do colchão, e, a critério da FISCALIZAÇÃO, o enchimento da super-escavação poderá ser feito com areia compactada. 6.19 - Material Proveniente da Escavação Quando o material escavado for, a critério da FISCALIZAÇÃO, apropriado para utilização no aterro será, em princípio, depositado ao lado ou perto da vala aguardando o aproveitamento. Em qualquer caso, o material deverá ser depositado fora das bordas da vala, à uma distância mínima pelo menos equivalente à profundidade da mesma. Nos casos dos materiais aproveitáveis serem de natureza diversa, deverão ser distribuídos em montes separados. 6.20 - Excesso de Escavação Qualquer excesso de escavação por desmoronamento de material, ruptura hidráulica de fundo de cava, deficiência de escoramento ou ficha inadequada, será de responsabilidade da CONTRATADA. 6.21 - Aterro e Reaterro O aterro das valas será processado após a realização dos testes na rede até o restabelecimento dos níveis anteriores das superfícies originais. Deverá ser executado de modo a oferecer condições de segurança às estruturas e tubulações e bom acabamento da superfície. O aterro deverá também ser desenvolvido em paralelo com a remoção dos escoramentos. No caso do material proveniente da escavação não se prestar para a execução do aterro, deverá ser utilizado material adequado importado de empréstimo. Os serviços de aterro só poderão ser iniciados após autorização e de acordo com indicação da FISCALIZAÇÃO. 30 6.22 - Nivelamento e Compactação Manual de Fundo de Vala Quando a escavação em terreno de boa qualidade tiver atingido a cota indicada no projeto será feita à regularização e a limpeza do fundo da vala. Nos terrenos firmes, o fundo da vala deverá ter uma depressão para o assentamento da bolsa do tubo, devendo o corpo da tubulação ser apoiada sobre um berço que abrange um setor de 90º da seção transversal. Caso ocorra a presença de água, a escavação deverá ser ampliada para conter o lastro de brita. Essas operações só poderão ser executadas com vala seca e/ ou com a água do lençol freático totalmente deslocado para drenos laterais, construídos em uma faixa de 40 cm de largura junto ao escoramento. 6.23 - Aterro Compactado de Vala (Sem Controle de GC) Toda vala será preenchida com aterro isento de pedras e corpos estranhos, compactados manualmente com maço de 10 kg em camadas não superiores a 20 cm, até 20 cm acima da geratriz superior do tubo. 6.24 - Aterro de Valas em Passeios com Calçamento ( Sem Controle de GC ) Será como no item 4.2.2 até 20 cm acima da geratriz superior do tubo. O restante do aterro deverá ser executado de maneira que resulte densidade aproximadamente igual à do solo que se apresenta nas paredes das valas, utilizando-se de preferência o mesmo tipo de solo isento de corpos estranhos. Sua compactação será em camadas de 30cm até o fechamento do corpo da vala, utilizando-se compactadores mecânicos tipo sapo ou placa vibratória. 6.25 - Aterro de Valas em Passeios S/ Calçamentos e Ruas Não Pavimentadas Será como no item 6.6.2. até 20cm acima da geratriz superior do tubo. O restante da vala será fechado sem compactação, com enchimento e acerto da superfície manual ou mecânica. 6.26 - Aterro Compactado de Vala Com Controle de Compactação 31 Esse tipo de aterro será executado em ruas pavimentadas. Será como no item 6.6.2 até 20 cm acima da geratriz superior do tubo. Para o restante do aterro deverá ser feita compactação mecânica a 95% do Proctor Normal, com desvio de umidade de 2%. O material do aterro deverá ser isento de pedras e corpos estranhos e poderá ser proveniente da própria escavação ou importado, a critério da FISCALIZAÇÃO. A compactação mecânica a 95% do Proctor Normal ( Método Brasileiro MB-33) deverá ser executada com equipamentos apropriados devendo sua execução ser autorizada pela FISCALIZAÇÃO, que providenciará ensaios para determinação do grau de compactação e desvio da umidade. Os controles de verificação das camadas acabadas serão determinados de acordo com as normas vigentes. Caso o resultado dos ensaios venha a apresentar valores inferiores aos especificados, os serviços deverão ser refeitos sem ônus para a CONTRATANTE, devendo, da mesma forma, serem refeitos os serviços de reposição de pavimentação tantas vezes quanto forem necessárias, caso ocorram arriamentos. Os controles de ensaios de compactação serão feitos baseando-se nos critérios estabelecido pelo Método Brasileiro MB-33, e conforme determinações da FISCALIZAÇÃO. Métodos expeditos poderão ser usados para o controle de umidade no campo, permitindo o avanço da obra. 6.27 - Escoramento de Valas Toda vez que a escavação, em virtude da natureza do terreno, possa provocar desmoronamentos, a CONTRATADA deverá providenciar o escoramento adequado. O escoramento compreende o fornecimento de material, execução e retirada posterior de todo o material empregado. Será obrigatório o escoramento para valas de profundidade superior a 1,30 m. Em casos especiais, dependendo do tipo de solo: arenoso, encharcado, argila muito mole e outros similares, as valas com profundidade inferior a 1,30m deverão ser escoradas continuamente. O escoramento deverá acompanhar a escavação e será feito na mesma jornada de trabalho. Os tipos de escoramentos a serem utilizados serão determinados pela FISCALIZAÇÃO e serão aplicados de conformidade com o solo encontrado e profundidade da vala. Obedecerão aos desenhos a serem fornecidos pela CONTRATANTE. 32 6.28 - Pontaleteamento A superfície lateral da vala será contida por tábuas de madeira de 0,027 X 0,20m, espaçadas de 1,35m, travadas horizontalmente com estroncas de eucalipto de 0,20m de diâmetro. Esse tipo de escoramento, em solos normais, será adotado para valas até 2,0m de profundidade. 6.29 – Escoramento Descontínuo A superfície lateral da vala será contida por tábuas de madeira de 0,027 x 0,15m, espaçadas de 0,32m, travadas horizontalmente por longarinas de madeiras de 0,06 x 0,16m, em toda sua extensão, e estroncas de eucalipto de 0,20m de diâmetro, a cada 1,35 m, a menos das extremidades das longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40 m. Esse tipo de escoramento, em solos normais, será adotado para valas de 2,0m a 3,0m de profundidade. 6.30 - Escoramento Contínuo A superfície lateral da vala será contida por tábuas de madeira de 0,027 x 0,15m, com ficha de 0,15m abaixo da cota de escavação, encostadas uma às outras, travadas horizontalmente por longarinas de madeira de 0,06 x 0,16m em toda a sua extensão, e estroncas de eucalipto de 0,20m de diâmetro, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades das longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. Esse tipo de escoramento será adotado de acordo com o tipo de terreno. Em terrenos normais será utilizado para valas com profundidade de 3,0m a 4,0m de profundidade. 6.31 - Cuidados Especiais Todo cuidado deve ser tomado na colocação das estroncas para que as mesmas fiquem perpendiculares ao plano do escoramento. Para se evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado será colocado a uma distância da vala, equivalente, no mínimo, à sua profundidade. Para se evitar a percolação de água pluvial para dentro da vala, a CONTRATADA deverá: 33 a) No aparecimento de trincas laterais à vala, providenciar a vedação e a impermeabilização das mesmas com asfalto. b) Vistoriar junto às sarjetas se não está ocorrendo penetração de água. Em caso positivo, vedar com asfalto. Sempre que forem encontradas tubulações no eixo da vala as mesmas deverão ser escoradas com pontaletes junto às bolsas, no máximo de dois em dois metros, antes do aterro da vala. 6.32 – Alterações no Projeto A FISCALIZAÇÃO se reserva o direito de proceder a alterações no projeto dos sistemas de escoramentos caso haja conveniência de ordem técnica econômica. 6.33 – Esgotamento e Drenagem Sempre que se fizer necessário será feito o esgotamento de águas a fim de permitir a execução dos trabalhos e impedir que a água se eleve no interior da vala pelo menos até que o concreto e materiais das juntas e embasamentos dos poços de visita atinjam o ponto de estabilização. Nas valas inundadas pelas enxurradas, findas as chuvas e esgotadas as valas, os tubos já assentados deverão ser limpos internamente e aqueles cujas extremidades estiverem fechadas serão convenientemente lastreados de maneira que não flutuem quando inundadas as valas. As bordas das valas serão protegidas contra a inundação de águas superficiais, a critério da FISCALIZAÇÃO. 6.34 - Esgotamento Com Bombas A CONTRATADA deverá dispor de equipamentos suficientes para que o sistema de esgotamento permita a realização dos trabalhos a seco. As instalações de bombeamento deverão ser dimensionadas com suficiente margem de segurança e deverão ser previstos equipamentos de reserva, incluindo grupo moto-bomba Diesel, para eventuais interrupções de fornecimento de energia elétrica. A CONTRATADA deverá prever e evitar irregularidades das operações de esgotamento, controlando e inspecionando o equipamento continuamente. Anomalias deverão ser eliminadas imediatamente. A água retirada deverá ser encaminhada para local adequado a fim de evitar danos às áreas vizinhas ao local de trabalho. 34 Quando necessário, serão feitos drenos laterais no fundo da vala junto ao escoramento, fora da área de assentamento da tubulação, para que a água seja coletada pelas bombas em pontos adequados. Os crivos das bombas deverão ser colocados em pequenos poços internos a esses drenos e recobertos de brita a fim de se evitar a erosão. 6.35 - Esgotamento e Drenagem das Unidades Localizadas Ao redor da área escavada serão construídas valetas para drenagem das águas pluviais. O fundo da valeta deverá ser regularizado e apiloado, e as paredes acabadas deverão apresentar uma superfície lisa que favoreça o escoamento. O esgotamento da área será feito por bombas superficiais. 6.36 – Fornecimento de Tubos e Peças Os tubos e peças serão fornecidos pela CONTRATADA. A carga e descarga serão efetuadas pela CONTRATADA com os cuidados necessários, evitando-se choques. 6.37 - Assentamento da Tubulação O assentamento da tubulação deverá seguir paralelamente à abertura da vala e deverá ser executado no sentido de jusante para montante, com a bolsa voltada para montante. Antes do assentamento os tubos deverão ser cuidadosamente vistoriados quanto à limpeza e defeitos. Sempre que for interrompido o trabalho, o último tubo assentado deverá ser tamponado a fim de evitar a entrada de elementos estranhos. Antes da execução de qualquer junta deve ser verificado se as extremidades dos tubos estão perfeitamente limpas. A ponta do tubo deverá ficar perfeitamente centrada em relação à bolsa. 6.38 - Testes e Limpeza Final Antes do completo recobrimento da tubulação serão realizados testes para verificação da montagem. Será efetuado no mínimo, testes de infiltração, teste com água e teste com fumaça, a critério da FISCALIZAÇÃO. Caso ao terminar a montagem, não haja, por qualquer motivo, condições de realizar os testes, a CONTRATADA ficará com a responsabilidade pelos serviços executados até a realização dos testes. 35 Antes de solicitar o Recebimento Técnico Provisório da Obra, a CONTRATADA deverá proceder à limpeza da tubulação, deixando a linha completamente desimpedida de lama, tocos de madeira, restos de concreto e de todo elemento que prejudique o fluxo. 6.39 - Pavimentação (Remoção e Reposição de Superfícies) 6.39.1 - Remoção de Pavimentação No caso de remoção da pavimentação, além das instruções peculiares a cada caso a serem dadas oportunamente pela FISCALIZAÇÃO, deverá ser observado o seguinte: a) nos casos de materiais aproveitáveis, serão retirados e arrumados em locais adequados. b) Quando houver necessidade de remoção de guias, a operação será realizada até o ponto de concordância com logradouros adjacentes. Antes de sua arrumação deverão ser limpos da massa de rejuntamento aderente. c) A largura de remoção da pavimentação não deverá ultrapassar a largura da vala de 30 a 20 cm respectivamente para o pavimento e passeio. 6.39.2 – Recomposição de Pavimentação As vias de terra, após o fechamento da vala, deverão ter o seu leito regularizado com motoniveladora. Para as vias revestidas a reposição da pavimentação asfáltica deverá ser compatível com a pavimentação danificada e estar de acordo com as normas da Prefeitura Municipal e/ ou DNIT. 6.40.3 - Recomposição de Passeio Deverá ser feita como a existente anteriormente considerando-se fundamentalmente, dois tipos: a) Acabamento comum: Será de concreto com consumo mínimo de 210 kg de cimento por metro cúbico, na espessura mínima de 7 cm, sendo 5 cm de espessura de concreto e 2 cm de argamassa de cimento e areia. 36 b) Acabamento superior: Deverá obedecer às características dos materiais existentes de forma a reconstituir o mais perfeitamente possível as condições iniciais. 07 - ANEXOS 37