Introdução ao Estudo da Imagem em Educação
Mestrado em Tecnologia Educativa 2004/05
Da Pintura
à Era Digital
e
Manipulação de
Imagens
Paulo Moreira & Sandra Tavares
Junho de 2005
Objectivos do Trabalho

A Imagem através dos tempos:
- Pinturas rupestres/ Renascimento / Perspectiva
- Aparecimento das primeiras fotografias (evolução)
* Daguerreótipo / Calótipo / Ambrótipo / Cores



Exemplos de Máquinas fotográficas
Formatos de ficheiros
Manipulação de Imagens
Caracterização da Imagem
“Todas las imágenes se caracterizan por el grado (variable)
de figurativo, por el porcentaje (variable) de iconicidad,
por el coeficiente de complejidade; sus cualidades
técnicas (contraste, formato, fijo o animado) no intervienen
sensiblemente, ya que lo esencial es poner de manifiesto
las leyes de unión entre elementos visuales que tienden a
un todo ordenado.”
Anne-Marie Thibault-Laulan - Imagen Y comunicacion (1973)
A Imagem tem então uma função:
“La función de una imagen o más exactamente el uso que
se puede hacer de ella, es susceptible de variar com el
tiempo. Hay que insistir una vez más sobre la importância
del contexto – histórico, cultural, geográico – para la
significación de una imagen: la «subjectividad» puede
convertirse
en
testimonio,
el
documento
objectivo
aureolarse de lirismo, la imagen fantástica servir a la
publicidad.”
Anne-Marie Thibault-Laulan - Imagen Y comunicacion (1973)
Pinturas Rupestres
Desde o princípio da Humanidade, na Era Paleolítica (entre 40.000 e 10.000 A.C)
houve a necessidade da comunicação. O Homem retratava nos seus primeiros dias o
que era a sociedade desses tempos, a casa, os animais, a convivência entre tribos,
através das pinturas rupestres, aplicando pigmentos sobre rochas e paredes.
Renascimento
A perspectiva geométrica, foi descoberta em Itália no séc.XV, por Alberti, um grande
humanista do Renascimento, e foi criada, essencialmente, para dar profundidade, às
vezes mais do que na realidade, na pintura e na escultura. Na pintura foram então
introduzida novas técnicas: perspectiva, harmonia, realismo, equilíbrio da composição
e naturalismo.
Perspectiva - Fidelidade


Sugestão de profundidade → espaço tridimensional numa tela bidimensional
Solução matemática → redução proporcional de acordo com as medidas reais
Estudo de perspectiva do Séc. XV
Esse foi o ponto de partida. Ainda faltava conquistar (além do espaço) a
forma, o movimento, a cor, a expressão dos sentimentos humanos...
A Câmara Escura
"Se não sabes pintar, com este procedimento pode desenhar o contorno das
imagens com um lápis. (...) Isto consegue-se projectando uma imagem sobre
uma mesa de desenho com um papel".
Giovanni della Porta
Máquina Fotográfica – Olho Humano
Limitações da Máquina Fotográfica

A câmara fotográfica é, estruturalmente, um olho. A tampa da
máquina será comparada à pálpebra; o diafragma abre e fecha para
regular a luz reproduzindo o papel da pupila.

No entanto, o filme não tem a mesma capacidade da retina, de
"esquecer" imagens recebidas para receber outras, num virar de
cabeça. Para obter novas imagens, avançamos o filme. Cada
negativo (ou diapositivo) corresponde a um olhar.

Outras limitações estão relacionadas com "latitude" e "temperatura
de cor".
“Latitude” é a capacidade de perceber detalhes
simultaneamente em áreas iluminadas e áreas sombreadas. Estando
ao ar livre e submetidos a luz solar directa, somos capazes de
identificar um objecto ou uma pessoa situada numa área de
sombra. O filme não é capaz da mesma proeza.
Limitações da Máquina Fotográfica
Joseph Nicéphore Niépce

Começou em 1793 a realizar algumas experiências químicas com
materiais sensíveis à luz, para fixar a imagem da câmara escura.

Se conseguisse fixar a imagem sobre a pedra litográfica
sensibilizada, poderia transpô-la como uma gravura, obtendo bons
resultados (perfeitos, sob o ponto de vista estético da época).

Em Julho de 1822 conseguiu sua primeira fotocópia - uma gravação
em chapa de cobre exposta ao sol e, em seguida, colocada sobre
uma chapa de cristal recoberta com betume da Judeia (que era
usado em gravações por causa de sua resistência à corrosão). Nos
anos seguintes, ele substituiu a chapa de vidro por zinco, e baptizou
o processo de Heliografia.
Joseph Nicéphore Niépce
Esta é a primeira fotografia realizada com êxito por Niépce, em 1826. É
uma vista da janela do seu quarto. Note-se que ambos os lados do
pátio estão iluminados pelo sol: resultado de uma exposição de oito
horas num dia de Verão.
Daguerre e Fox Talbot

No ano de 1839, Fox Talbot e Daguerre anunciavam a fixação de
imagens captadas pela câmara escura. No entanto, o inglês e o
francês chegaram a resultados um tanto diferentes.

O invento de Talbot seria mais importante para o desenvolvimento
da fotografia nos anos seguintes: uma imagem monocromática
fixada em papel, invertida em sua posição e em seus tons - um
negativo, tratado depois quimicamente para ser revertido .

Daguerre descobriu que uma imagem latente poderia ser revelada
com vapor de mercúrio, reduzindo o tempo de exposição para 20 ou
30 minutos, e em 1837 encontrou o fixador necessário: o sal
comum.

O Governo Francês
Daguerreótipo.
compra
o
seu
invento
:
nascia
o
Daguerre e Fox Talbot
À esquerda, o primeiro manual fotográfico do mundo, lançado na
Alemanha em Julho de 1839, provavelmente por Karl von Frankstein
em Graz.
À direita, a primeira edição do manual de Daguerre, publicado logo no
mês seguinte.
Daguerre e Fox Talbot

Daguérre e modelo de
seu daguerreótipo. Foto feita
por ele mesmo em 1839.
Daguerre e Fox Talbot

Algumas imagens de Fox Talbot.
Daguerre e Fox Talbot
O calótipo poderia ser inserido em livros, álbuns, ser colado em
documentos, enviado por carta e, talvez Talbot nem tenha imaginado,
mas abria caminho para as imagens serem futuramente impressas em
livros e jornais.
A porta aberta, calótipo de Talbot, 1843
Os Rápidos Avanços

Cianótipo - Astrónomo inglês John Herschel em 1839 conseguiu
a primeira fotografia em vidro. Também é dele a primeira cópia azul.
Cunhou os termos Fotografia e Fotográfico.

Albumina e o Halótipo - Abel Niépce, começou a utilizar com
sucesso a clara de ovo (albumina) como emulsão para a chapa de
vidro, reduzindo o tempo de exposição para cerca de 5 a 15
minutos. Isso levou aos chamados halótipos. Graças à transparência
perfeita, esse processo se mostrou excelente para diapositivos de
projecção - lanternas mágicas e imagens estereoscópicas
Os Rápidos Avanços

Ambrótipo - variante do primeiro processo de Archer, era um
ambrótipo sobre vidro. Obtinha-se com o branqueamento de um
negativo subexposto e colocado sobre papel aveludado, entre
molduras douradas, era um substituto barato para o daguerreótipo.
Ambrótipo da sra. William Blake
No Ambrótipo o fundo escuro
forma uma imagem positiva
sobre um negativo (na figura
acima, na parte esquerda o
fundo escuro foi removido)
As Cores
Foto atribuída a Félice Beato, "Mulher usando cosméticos", Yokohama, 1868, álbum
publicado.
Uma foto impressa no papel albuminado, recebia em seguida a aplicação a cores.
As Cores

Thomas Young, 1801,estudou o funcionamento e as funções do
olho humano, incluindo os dados fisiológicos da sensação da cor.

O ponto de partida da nova óptica foi a sua teoria tricromática, que
tomava por base as reacções fisiológicas às três cores-luz primárias:
o vermelho, o verde e o azul-violetado, assimiladas por três
diferentes conjuntos de fibrilas nervosas em que Young dividiu a
retina.

O fisiologista alemão Herman von Helmholtz, já em meados do
século XIX, traçou as curvas representativas da acção dessas três
cores sobre essas três categorias de fibrilas.

A teoria tricromática ficou então sendo chamada de YoungHelmholtz.
As Cores

Em 1861, James Clark Maxwell, autor da teoria electromagnética
da luz, reproduziu pela primeira vez uma imagem em cores por
síntese aditiva, inaugurando a aplicação prática dessa teoria.
Vista de Angoulême, primeira fotografia
colorida conservada, de Louis de
Hauron, 1877. Uma Heliocromia ou
cópia carnobada.
As Cores
" Sem título",
fotografia tirada entre
1907 e 1915, pelos
irmãos Lumière.
Um bom exemplo do
processo de
Autocromo
As Cores

Em 1942 a Kodak lançou o Kodacolor negativo/positivo.

Produzia-se uma imagem negativa em cores complementares, que
em seguida era copiada sobre papel recoberto com a mesma
emulsão do primeiro negativo, obtendo-se uma cópia positiva.
Louise Dahl-Wolfe, The covert look 1949.
Transparência colorida (Kodachrome)
Evolução das Máquinas Fotográficas

Uma câmara escura
do tipo Daguerre.

Uma das usado por
Talbot e Daguerre
Evolução das Máquinas Fotográficas

Câmaras discretas- as chamadas
câmaras
secretas
ou
"detective"
foram uma verdadeira obsessão até o
início
do
século
XX.
O desenho à esquerda mostra um
modelo
acoplado ao botão da camisa.

1906 - de película - Já esta câmara
e tirava 25 fotografias sobre película.
Evolução das Máquinas Fotográficas

Propaganda Máquinas Fotográficas Kodak 1922
Evolução das Máquinas Fotográficas
Formatos de Ficheiro

RAW ou NEF

TIFF (Tagged Image File Format)

JPEG (Joint Photographic Expert Group)

GIF (Graphics Interchange Format)

PNG (Portable Network Graphics)
Manipulação de Imagens

Adobe Photoshop

Jasc Paint Shop Pro

Corel PhotoPaint

Gimp

NeatImage
Manipulação de Imagens
Alterações dimensionais (Crop e Resize)
 Canais e Layers (RGB e CMYK)
 Ajustes de cor (Levels e Curves)
 Preto e Branco
 Clonagem
 Filtros (Blur, Sharp, distorção e efeitos)
 Panoramas

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Paulo Moreira e Sandra Tavares