RETA FINAL ICMS – São Paulo
Disciplina: Contabilidade
Módulo IV
Prof.: João Imbassahy
MATERIAL DE APOIO - PROFESSOR
CONTABILIDADE (CUSTOS, GERAL E AVANÇADA)
MÓDULO 4: DOAR
A Demonstração das Origens e Aplicações de recursos (DOAR) deixou de ser obrigatória por força da lei
11.638/07, a qual alterou de forma significativa a lei 6.404/76. A referida demonstração foi substituída
pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC).
No entanto, entendemos ser importante abordar a DOAR no desenvolvimento do presente trabalho, tendo em vista os seguintes motivos:
1) A DOAR constitui-se em importante introdução ao estudo da DFC, especificamente em relação ao
seu método indireto;
2) O estudo da DOAR proporciona uma grande quantidade de informações de interesse dos usuários
da contabilidade;
3) A DOAR permite um excelente meio de avaliação dos conhecimentos de contabilidade adquiridos
pelos concursandos na medida em que aborda grande parte dos assuntos anteriormente estudados.
Assim, com base nos motivos expostos, analisaremos os principais aspectos desta demonstração.
DESCRIÇÃO DAS ORIGENS E DAS APLICAÇÕES
APLICAÇÕES
ORIGENS
a- Das próprias operações
A . Dividendos Destinados.
Resultado Líquido do Exercício
(+) Despesas que NÃO afetam o CCL
(-) Receitas que NÃO afetam o CCL b. Aquisição de Direitos do Imobilizado.
(+/-) Resultados Diferidos
b. Dos Proprietários
Realização do Capital Social e
Contribuições para Reservas
Capital.
c. De Terceiros
Aumento do PNC,
Redução do ARLP,
Alienação de Investimentos,
Imobilizado e Intangíveis.
c. Aumento do Ativo Realizável a Longo
Prazo (ARLP), dos Investimentos e
de
Intangíveis.
d. Redução do Passivo Não Circulante
(PNC).
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Exemplo (1)
Com base nos dados a seguir apresentados elaborar a DRE e a DOAR (valores em milhares de reais):
1) Receita de Vendas para recebimento a curto prazo no montante de R$ 300;
2) CMV correspondente de R$ 120;
3) Despesas Gerais para pagamento a curto prazo no valor de R$ 40;
4) Despesas de Depreciação no valor de R$ 20;
5) Integralização de Capital Social em dinheiro no valor de 200;
6) Integralização de Capital Social em imóveis no valor de 700;
7) Empréstimo a longo prazo em dinheiro no valor de R$ 90;
8) Financiamento a longo prazo para aquisição de equipamentos no valor de R$ 130;
9) Empréstimo a sócio no valor de R$ 100;
10) Destinação de Dividendos no valor de 60;
11) Aquisição de Participação Societária no valor de R$ 80;.
12) Aquisição de Veículo em dinheiro no valor de R$ 30.
Exemplo (2)
Com base nos dados apresentados, elabore a DRE e a DOAR, em 31.12.X2.
1. Na DRE foram apurados os seguintes fatos:
1.1. Receitas de Vendas, para recebimento no exercício subseqüente, no valor de R$ 120.000,00. O CMV
das referidas vendas foi no valor de R$ 40.000,00 e os estoques vendidos estavam classificados no ativo
circulante.
1.2. Receita de Vendas, para recebimento após o final do exercício subseqüente, no valor de R$
30.000,00. O CMV das referidas vendas foi no valor de R$ 10.000,00 e os estoques vendidos estavam
classificados no ativo circulante.
1.3. Resultados Positivos por Equivalência Patrimonial (GEP) no valor de R$ 15.000,00.
1.4. Outros Resultados (antes da MP 449/08: Resultados Não Operacionais) positivos de R$ 10.000,00
(venda de bem do Imobilizado por R$ 50.000,00, cujo custo de aquisição foi de R$ 40.000,00).
1.5. Despesas Operacionais, incorridas em X2, no valor total de R$ 20.000,00.
1.6. Encargos de Depreciação, Amortização e Exaustão, no valor de R$ 10.000,00.
1.7. Variações Monetárias Passivas, relativas a obrigações de longo prazo, no valor de R$ 5.000,00.
2. Receitas Diferidas (Aluguéis recebidos antecipadamente com cláusula de não devolução), no valor de
R$ 5.000,00.
3. Realização de Capital Social, em moeda, no valor de R$ 25.000,00.
4. Empréstimo obtidos a Longo Prazo, em moeda, no valor de 15.000,00.
5. Direitos Realizáveis a Longo Prazo convertidos para o circulante em função do vencimento ocorrer no
período X3, no valor de R$ 20.000,00.
6. Dividendos a Distribuir no valor de R$ 20.000,00.
7. Aquisição de Bem do Imobilizado no valor de R$ 30.000,00.
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8. Empréstimo concedido a longo prazo no valor de R$ 10.000,00.
9. Aquisição de Participação Societária Permanente no valor de R$ 15.000,00.
10. Gastos com Projetos Científicos e Tecnológicos na fase de desenvolvimento e implantação no valor
de R$ 25.000,00.
11. Transferência de Obrigação de Longo Prazo para o Passivo Circulante, no valor de R$ 10.000,00.
O Ativo Circulante e o Passivo Circulante da empresa, em 31.12.X1, eram de R$ 60.000,00 e 10.000,00,
respectivamente. Informar o valor do Capital Circulante Líquido, em 31.12.X2.
CONTABILIDADE (CUSTOS, GERAL E AVANÇADA)
MÓDULO 5
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - DFC
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) tornou-se obrigatória a partir do ano de 2008 por força da
Lei nº 11.638/07. A partir da referida lei, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)
deixou de ser obrigatória. A lei dispensa as companhias fechadas com Patrimônio Líquido inferior a R$
2.000.000,00 (dois milhões de reais) da elaboração da DFC.
Enquanto que o objetivo na DOAR é o de evidenciar as Origens e Aplicações (grupos não circulantes)
que alteram o Capital Circulante Líquido, na DFC a finalidade é a de evidenciar os fatores que provocaram as alterações nas Disponibilidades da empresa, ou seja, de verificar as Entradas e Saídas de recursos nas contas Caixa, Bancos conta Movimento e Aplicações de Liquidez Imediata (Equivalente-Caixa).
Aqui, vamos adotar o conceito de Caixa como o de Disponibilidades.
A Demonstração do Resultado do Exercício é elaborada com base no Princípio da Competência, no qual
as Receitas e Despesas são computadas em função da ocorrência de seus fatos geradores, independentemente dos respectivos recebimentos e pagamentos.
No entanto, para a tomada de decisões é necessária a obtenção de informações quanto às Disponibilidades de recursos. A Demonstração do Fluxo de Caixa permite a análise dos fatores que provocaram e irão
provocar as Entradas e Saídas das disponibilidades na empresa.
Na DFC, separam-se as atividades em três categorias:
a) Atividades Operacionais;
b) Atividades de Financiamento;
c) Atividades de Investimento.
Existem dois modelos para elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa; Direto e Indireto.
2.1 – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – MODELO DIRETO
Por este modelo, parte-se da Receita Operacional Bruta Recebida e demonstram-se as demais entradas
e saídas de Caixa ocorridas no período.
2.2 – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA – MODELO INDIRETO
A diferença entre os dois modelos diz respeito às atividades operacionais. No modelo direto o lucro financeiro é calculado confrontando-se as receitas recebidas com as despesas pagas no período. Já no
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modelo indireto, parte-se do Lucro Líquido do Exercício, que é econômico, e, por meio de ajustes, chega-se ao Lucro Líquido Financeiro (Lucro Caixa) que representa a diferença entre as entradas e saídas
de Disponibilidades.
Exemplo (1)
A Cia Alfa apresentou as seguintes informações relativas a sua contabilidade (valores em milhares de reais):
31.12.X1
31.12.X2
Caixa
0,00
?
Clientes
1.000,00
900,00
PDD
70,00
63,00
Receita de Ven- 1.000,00
1.500,00
das
Despesa c/ PDD
70,00
63,00
Reversão da PDD
0,00
30,00
Perdas com Clien0,00
0,00
tes
Com base nos dados apontados, identificar o valor das vendas recebidas em X2;
Exemplo (2)
A Cia Alfa apresentou as seguintes informações relativas a sua contabilidade (valores em milhares de reais):
31.12.X1
31.12.X2
Caixa
0,00
?
Clientes
1.000,00
1.200,00
PDD
70,00
84,00
Receita de Ven- 1.000,00
1.500,00
das
Despesa c/ PDD
70,00
84,00
Reversão de PDD
0,00
0,00
Perdas com Clien0,00
20,00
tes
Com base nos dados apontados, identificar o valor das vendas recebidas em X2;
Exemplo (3)
A Cia Alfa apresentou as seguintes informações relativas a sua contabilidade (valores em milhares de reais):
31.12.X1
31.12.X2
Caixa
0,00
Clientes
1.000,00
1.500,00
PDD
70,00
105,00
Receita de Ven- 1.000,00
1.500,00
das
Despesa c/ PDD
70,00
65,00
Reversão da PDD
0,00
0,00
Perdas com Clien0,00
0,00
tes
Com base nos dados apontados, identificar o valor das vendas recebidas em X2;
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Exemplo (4)
No período X2, a Cia Alfa efetuou vendas, baixando os estoques que possuía em 31.12.X1,
assim como os adquiridos em X2 (valores em milhares de reais):
31.12.X1
31.12.X2
Caixa
600,00
Clientes
0,00
0,00
Estoques
200
0,00
Fornecedores
0,00
400,00
Receita de Ven- 600,00
1.000,00
das
CMV
200,00
600,00
Despesas
100,00
100,00
Contas a pagar
0,00
0,00
Calcular os Resultados Econômico e Financeiro do período X2.
QUESTÕES DE CONCURSOS SELECIONADAS
(ESAF – AFRF 2002) Dadas as informações a seguir:
I - As Demonstrações Contábeis, de três períodos consecutivos da Cia. Maracanã, registram
nas contas abaixo, os seguintes saldos:
Saldos Finais
Vendas
CMV
Despesas
com
PDD
Clientes
Estoques
PDD
Reversão de PDD
Fornecedores
Despesas do Período
Contas a Pagar
Perdas com Clientes
1999
15.000.000
8.500.000
10.000
2000
25.000.000
14.500.000
12.000
2001
32.000.000
18.000.000
15.000
13.000.000
30.000
10.000
1.450.000
3.000.000
22.000.000
65.000
12.000
2.600.000
4.500.000
26.000.000
70.000
15.000
4.000
3.900.000
5.000.000
220.000
350.000
8.000
-
400.000
-
II – O Balanço Patrimonial de 1998 evidenciava como saldos finais das contas a seguir os
valores:
Estoques
Fornecedores
Clientes
PDD
100.000
1.070.000
3.000.000
3.000
Contas a Pagar
150.000
II – A empresa utilizava Contas a Pagar somente para registrar despesas a prazo.
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Com base unicamente nas informações fornecidas, responda às questões de 1 a 4.
01) O valor das compras efetuadas pela empresa em 2001 é:
a) 18.005.000
b) 17.935.000
c) 16.705.000
d) 14.535.000
e) 13.385.000
02) O valor de ingresso no Fluxo de Caixa, nos três períodos, proveniente das Vendas é:
a)
b)
c)
d)
e)
1999
15.000.000
13.000.000
12.997.000
9.007.000
4.997.000
2000
25.000.000
22.002.000
22.000.000
21.992.000
15.982.000
2001
32.000.000
31.998.000
31.992.000
27.988.000
27.992.000
03) No período de 2000 os pagamentos efetuados pela empresa aos fornecedores foram no
valor de:
a) 18.005.000
b) 17.935.000
c) 16.705.000
d) 14.535.000
a) 13.385.000
04) (ESAF – AFRF 2002) Das operações listadas a seguir, indique aquela que não tem como
conseqüência alteração nas disponibilidades.
a) diminuição de financiamentos por amortizações
b) novos investimentos de longo prazo
c) aumento do imobilizados por reavaliações
d) créditos concedidos a coligadas e controladas
e) operações com debêntures conversíveis em ações
05) (AFRF 2002-2/ESAF) A composição da diferença entre o Lucro Contábil com o Fluxo de Caixa Operacional Líquido é evidenciada:
a) na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
b) no Fluxo de Caixa Indireto.
c) na Demonstração de Resultados.
d) no fluxo gerado por Investimentos.
e) na composição dos financiamentos de Caixa.
06) (AFRF 2002-2/ESAF) O valor de resgate referente a aplicações financeiras de longo prazo é classificado no Fluxo de Caixa como item:
a) de Empreendimentos
b) de Financiamentos
c) de Operações
d) de Amortizações
e) de Investimentos
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Das demonstrações contábeis da Cia. Azulão foram extraídas as contas abaixo com os seus respectivos
saldos:
Contas/Período
Fornecedores
CMV
Compras
Vendas
Despesas Antecipadas
Despesas Totais do Período
Depreciação do Período
2000
23.000
800.000
750.000
2.500.000
15.000
1.200.000
320.000
2001
32.000
1.300.000
1.200.000
6.500.000
240.000
4.000.000
540.000
07) (AFRF 2002-2/ESAF) O valor pago pelas compras no ano de 2001 foi:
a) 1.300.000
b) 1.200.000
c) 1.191.000
d) 1.101.000
e) 1.091.000
08) (AFRF 2002-2/ESAF) Se o valor do estoque final for 90.000, o estoque inicial será:
a) 190.000
b) 180.000
c) 120.000
d) 100.000
e) 90.000
09) (AFRF 2002-2/ESAF) Considerando que o Passivo Circulante da empresa era formado unicamente
pela rubrica fornecedores e o Balanço Patrimonial não evidenciava a existência de Realizável a Longo
Prazo, pode-se afirmar que o valor das Despesas pagas no período é:
a) 3.220.000
b) 3.445.000
c) 3.460.000
d) 3.685.000
e) 4.000.000
ICMS/SP/2006
Instruções: Das demonstrações publicadas da Cia. Poente foram extraídas algumas informações organizadas na tabela abaixo. Com base nesses dados, identifique os valores, em (R$), solicitados nas questões de números 01 a 03.
Itens
Estoques
Fornecedores
Clientes
CMV
Despesas c Crédito de Liquidação duvidosa
Perdas com Clientes
Vendas
Despesas Antecipadas
Contas a Pagar
Provisão p/ Créditos em Liquidação Duvidosa
2003
110.000
125.000
228.000
1.200.000
6.600
2.500.000
24.000
15.000
6.600
2004
208.000
232.000
450.000
2.600.000
13.500
1.400
3.300.000
36.000
26.000
13.500
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10). Valor das compras de estoques efetuadas em 2004:
(A) 2.932.000,00
(B) 2.906.000,00
(C) 2.808.000,00
(D) 2.725.000,00
(E)) 2.698.000,00
11) Valor pago aos fornecedores no último período:
(A)) 2.591.000,00
(B) 2.698.000,00
(C) 2.725.000,00
(D) 2.808.000,00
(E) 2.906.000,00
12) Valor dos ingressos de caixa gerados pelas receitas de vendas:
(A) 3.068.000,00
(B)) 3.070.000,00
(C) 3.106.000,00
(D) 3.294.600,00
(E) 3.289.400,00
CONTABILIDADE (CUSTOS, GERAL E AVANÇADA)
MÓDULO 6
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
A empresa LM era subsidiária integral da Cia. ABC, que também possuía 60% do capital da Cia. XY. Em
31/12/19x1 os balanços patrimoniais da Cia. ABC e de suas controladas eram os seguintes
Controladora ABC
Controlada LM
Controlada XY
Ativo Circulante
Disponibilidades
1.000
15.000
22.000
Valores a Receber
25.000
5.000
34.000
Estoques
45.000
5.000
34.000
Ativo Permanente
Investimentos – Parti- 20.000
cipação Societária Cia.
LM
Participação Societária 60.000
Cia. XY
Imobilizado Líquido
100.000
10.000
54.000
TOTAL DO ATIVO
251.000
30.000
130.000
Passivo Circulante
Valores a Pagar
16.000
5.000
Passivo Exigível a
Longo Prazo
Empréstimos Bancários 35.000
10.000
25.000
Patrimônio Líquido
Capital Social
200.000
20.000
100.000
TOTAL DO PASSIVO
E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
251.000
30.000
130.000
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Outras Informações:
• O saldo da conta Valores a Pagar da Cia XY correspondia a operações de repasses financeiros realizados com a controladora.
• Em 31/12/19x1 a Cia. LM tinha a receber R$ 2.000 de sua controladora.
Com base nas informações anteriores, identifique as respostas das questões 46 a 51.
01. (AFTN 96) O valor apurado na consolidação dos demonstrativos para as participações minoritárias é:
a) 20.000
b) 200.000
c) 100.000
d) 120.000
e) 40.000
02. (AFTN 96) Em 31/12/19x1 o grupo tinha a receber de terceiros:
a) 57.000
b) 64.000
c) 34.000
d) 5.000
e) 25.000
03. (AFTN 96) O valor consolidado do capital do grupo era:
a) 320.000
b) 200.000
c) 300.000
d) 220.000
e) 100.000
04. (AFTN 96) Em 31/12/19x1 as obrigações totais do grupo eram:
a) 14.000
b) 70.000
c) 84.000
d) 16.000
e) 51.000
05. (AFTN 96) O valor do Ativo Permanente Consolidado em 31/12/19x1 era:
a)
b)
c)
d)
e)
244.000
224.000
234.000
164.000
184.000
06. (AFTN 96) O valor do Patrimônio Líquido Consolidado é:
a)
b)
c)
d)
e)
200.000
240.000
300.000
220.000
120.000
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MÓDULO 7
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
DEFINIÇÃO: A Demonstração do Valor Adicionado ou Agregado tornou-se obrigatória por força da Lei
11.638/07. A CVM já havia incluído no ante-projeto de reformulação da Lei 6.404/76 a obrigatoriedade
da divulgação da DVA, de acordo com os dispositivos do Ofício-Circular/CVM/SNC/SEP 01/2006)
A DVA tem por objetivo quantificar a geração de riqueza (valor adicionado) efetuada pela sociedade,
assim como representar a distribuição desta riqueza. O valor adicionado é distribuído para os seguintes
agentes:
1) Empregados, na forma de salários e encargos;
2) Governo, na forma de impostos e contribuições;
3) Credores como despesas de juros;
3) Sócios, na forma de dividendos e juros sobre o capital próprio e
4) Lucros retidos na sociedade.
Assim, o total da riqueza gerada (valor adicionado) será igual ao total do valor distribuído.
Exemplo: De acordo com modelo
Circular/CVM/SNC/SEP 01/2006).
elaborado
pelo
FIPECAFI
e
adotado
pela
CVM
(Ofício-
A Cia. Alfa apresentou os seguintes dados em sua contabilidade para fins de elaboração da DVA. (valores em milhares de reais)
Custo das Mercadorias e Serviços Vendidos
Depreciação, Amortização e Exaustão
Juros e aluguéis
Juros sobre o capital próprio e dividendos
Impostos, taxas e contribuições
Lucros retidos/prejuízos do exercício
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
Matérias-primas consumidas
Baixa de valores do ativo
Provisão para devedores duvidosos
Receitas financeiras
Receitas não operacionais
Resultado de Equivalência Patrimonial
Salários e encargos
Vendas de mercadorias, produtos e serviços
Elaborar a DVA.
300
40
20
40
100
100
60
30
5
40
10
15
100
170
1.000
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Solução
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
1. Receitas
1.1 Vendas de mercadorias, produtos e serviços
1.2 PDD
1.3 Receitas não operacionais
2. Insumos Adquiridos de 3ºS (Inclui ICMS, IPI, PIS e COFINS)
2.1 Materiais consumidos
2.2 Custo das mercadorias e serviços vendidos
2.3 Materiais, energia, serviços de 3ºs e outros
2.4 Baixa de ativos
1.000
(40)
15
(30)
(300)
(60)
(5)
3. VALOR ADICIONADO BRUTO
580
4. Retenções
4.1 Depreciação, amortização e exaustão
(40)
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE
540
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
6.1 Resultado de equivalência patrimonial
6.2 Receitas financeiras
100
10
7. VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR (5 + 6)
650
8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8.1 Salários e encargos trabalhistas (Empregados)
8.2 Impostos, taxas e contribuições (Governo)
8.3 Juros e Aluguéis (Credores)
8.4 Juros sobre o capital próprio e dividendos (Sócios)
8.5 Lucros retidos
(170)
(100)
(20)
(40)
(320)
CONTABILIDADE (CUSTOS, GERAL E AVANÇADA)
MÓDULO 8
1) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
DEFINIÇÃO ⇒ A Análise das Demonstrações Financeiras (ou Contábeis) é a técnica contábil que tem
como objetivo interpretar estas Demonstrações. Consiste no conjunto de procedimentos que visam retratar a situação patrimonial e financeira da entidade por meio da decomposição, comparação e interpretação dos elementos integrantes das demonstrações contábeis.
O estudo é desenvolvido por meio de índices e quocientes obtidos por relações entre os grupos de
contas integrantes das demonstrações financeiras, subgrupos e contas patrimoniais e do resultado
visando fornecer subsídios aos administradores, acionistas, sócios e terceiros interessados na situação da entidade para a tomada de decisões.
A Análise das Demonstrações Financeiras é efetuada utilizando-se, basicamente, três técnicas: Análise Horizontal, Análise Vertical e Análise por Quocientes.
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1.1 – ANÁLISE HORIZONTAL ⇒ Nesta análise, é efetuada a comparação de cada elemento patrimonial (grupo, subgrupo ou conta) entre vários períodos seqüenciais visando identificar se as tendências são
normais ou atípicas. Cada período será representado por duas colunas, sendo a primeira representativa
do valor do elemento a ser analisado e a segunda aos percentuais respectivos, atribuindo-se 100% ao
valor do primeiro período.
Análise Horizontal das Disponibilidades
Períodos
X0
X1
Disponibilidade
200
100% 220
X2
110% 230
X4
115% 150
75%
1.2 – ANÁLISE VERTICAL (OU DE ESTRUTURA) ⇒ O objetivo desta análise é o de efetuar a comparação de cada componente em relação ao total do grupo do qual faz parte.
Ativo
Valor em 31.12.X1
Percentual
Circulante
300
30%
Realizável a LP
100
10%
Permanente
600
60%
Ativo Total
1000
100%
1.3. ANÁLISE POR QUOCIENTES ⇒ É a análise das demonstrações financeiras mais
utilizada. Consiste na interpretação de índices obtidos por meio de relações entre grupos de contas dentro de um mesmo exercício. Os índices principais são os de liquidez,
rotação e rentabilidade. Os índices obtidos, de acordo com suas naturezas, são comparados ao longo dos exercícios com vistas à identificar se as tendências são típicas ou
atípicas.
3. ANÁLISE POR QUOCIENTES
1. ÍNDICES DE LIQUIDEZ
Liquidez Imediata
Liquidez
Corrente
Liquidez
Seca
Liquidez
Geral
Solvência
Geral
ou Total
Disponibilidades
PC
AC
PC
AC
Estoques
AC + ARLP
PC + PNC
AC + ANC
PC+PNC
2. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Endividamento Total
ou
PC + PNC
AC + ARLP + Invest/Imob/Intan
g
PC + PNC
PL
Relação de Dívidas de CP
com Dívidas de LP
PC
PC + PNC
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3 – ÍNDICES DE GARANTIDA DE CAPITAL DE TERCEIROS
PL
PC + PNC
ou
PC + PNC
PL
4 – ÍNDICES DE ROTAÇÃO
Rotação do Ativo
Vendas Líquidas
Ativo Total
ou Médio
ou
Vendas Brutas
Ativo Total
(ou Médio)
Rotação do PL
ou Vendas Líquidas
+ Outras Receitas
Ativo Total (ou
Médio)
Vendas Brutas
ou Líquidas
PL
Prazo Médio de Rotação
de Estoques
Prazo Médio de Recebimento de Créditos
Prazo Médio de Pagamento a
Fornecedores
360 x Estoque Médio
CMV ou CPV
360x Média de Duplicatas a Receber
Vendas a Prazo
360x Média de Duplicatas a
Pagar
Compras a Prazo
5 – ÍNDICES DE RENTABILIDADE E LUCRATIVIDADE
Taxa de Retorno ou RentaMargem Líquida ou Taxa
Margem Operacional ou
bilidade do Capital Próprio
de Retorno sobre Vendas
Taxa de Retorno OperaLíquidas
cional sobre as Vendas
Líquidas
LLE
Patrimônio Líquido
LLE
Vendas Líquidas
Lucro Operacional
Líquido
Vendas Líquidas
Taxa de Retorno ou Rentabilidade sobre o Investimento Operacional
Taxa de Retorno ou Rentabilidade
sobre o Investimento Total
Lucro Operacional
Líquido
Ativo Operacional
LLE
Ativo Total (ou médio)
6. Índice de Imobilização do Capital Próprio
Investimentos + Imobilizado + Intangível
Patrimônio Líquido
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7. ÍNDICES DE AVALIAÇÃO DE AÇÕES (ÍNDICES DE AÇÕES)
Valor Patrimonial da Ação
Lucro por Ação – LPA
Preço sobre Lucro por Ação
VPA
P/L
PL
Nº de Ações
LLE
Nº de Ações
Valor da Cotação da Ação
Lucro por Ação - LPA
Rentabilidade de
Ação RDA
Dividendo por
Ação DPA
Retorno de Caixa
RDC
Dividendos
Pagos
Índice de Retorno de Caixa
Dividendo por
Ação-DPA
Lucro por Ação
Valor da Cotação da Ação
Relação Caixa/Rentabilidade da
Ação – C/RDA
Número de
Ações
Cotação da Ação
Índice de Rentabilidade da Ação
2) ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
2.1 – INTER-RELAÇÃO DOS ÍNDICES DO PRAZO MÉDIO
CICLO OPERACIONAL – Corresponde ao período compreendido entre a data das compras (mercadorias
ou matérias primas) até a data do recebimento das vendas.
PMRE = PRAZO MÉDIO DE RENOVAÇÃO DE ESTOQUES
PMRV= PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS
PMPC = PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO DE COMPRAS
2.2 - CICLO DE CAIXA (OU CICLO FINANCEIRO) – Corresponde ao período compreendido entre a
data do pagamento das compras e a do recebimento das vendas (caso tal recebimento ocorra em data
posterior à do pagamento). Neste período a empresa necessita de financiamentos.
Exemplo: Definir o Ciclo de Caixa para com os seguintes dados.
X1
X2
X3
PMRE
20
30
40
PMRV
30
20
30
PMPC
25
60
20
2.3 - ALAVANCAGEM FINANCEIRA – A análise da alavancagem financeira de uma entidade tem como
objetivo identificar o retorno gerado, na forma de rentabilidade do patrimônio líquido, do capital de terceiros investido na sociedade. Consiste em um instrumento de avaliação gerencial por meio do qual será
possível mensurar se será mais vantajoso operar com recursos próprios ou com recursos de terceiros, o
que será definido em função dos encargos incidentes sobre o capital de terceiros.
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Assim, o grau de alavancagem financeira permitirá avaliar se os rendimentos obtidos com a utilização
de capitais de terceiros suplantará os encargos correspondentes da dívida.
O Grau de Alavancagem Financeira será calculada por meio da seguinte fórmula.
Lucro Líquido do Exercício
Patrimônio Líquido
.
Lucro Líquido do Exercício + Despesas Financeiras
Passivo Exigível + Patrimônio Líquido
2.4 - RECLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS (DE ACORDO COM JOSÉ CARLOS MARION)
Algumas contas patrimoniais e de resultado são re-classificadas para fins gerenciais. Apresentamos a
seguir algumas destas reclassificações adotadas na Análise das Demonstrações Financeiras. Cabe ressaltar que tais reclassificações são adotadas por alguns autores, sendo, portanto, opcionais para fins de
análise.
DEMONSTRAÇÕES
FI- ANÁLISE DAS DEMONSCONTAS
NANCEIRAS
TRAÇÕES FINANCEIRAS
Duplicatas
Descontadas
Despesas Antecipadas
Imóveis de Venda
Despesas
Financeiras
Receitas Financeiras
Diferido *
Resultado de Exercícios Futuros
Retificadora
ARLP
AC ou ARLP
do
AC
ou
AC
Despesas Operacionais
Receitas Operacionais
AP
REF
PC ou PELP
Retificadora do PL
ARLP
Despesas NÃO Operacionais*
Receitas* NÃO Operacionais
Retificadora do PL
PL
*A terminologia “Receitas e Despesas não Operacionais” foi substituída por “Outras Receitas e Despesas)
QUESTÕES DE CONCURSOS SELECIONADAS
ESAF
01) (AFTN/98 adaptada) A empresa Simplificada, para conhecimento do mercado, publicou as seguintes informações sobre seu patrimônio:
- não há recursos realizáveis a longo prazo;
- o quociente de solvência é 2,5 mas apenas R$ 10.000,00 são exigibilidades de longo prazo;
- estas, as exigibilidades não circulantes, contidas no Grupo Patrimonial chamado “Passivo não circulante”, têm um coeficiente de estrutura patrimonial ( Análise Vertical) igual a 0,05;
- 60% dos recursos aplicados estão financiados com capital próprio;
- o quociente de liquidez corrente é de 1,4, enquanto que a liquidez imediata alcança apenas o índice
0,4.
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Considerando que os cálculos da análise supra indicada estão absolutamente corretos, não havendo nenhuma outra informação a ser utilizada, podemos afirmar que, no Balanço Patrimonial, o valor
a) das disponibilidades é :
R$ 28.000,00
b) do Ativo Circulante é:
R$ 120.000,00
c) do Ativo não circulante é:
R$ 88.000,00
d) do Passivo Circulante é:
R$ 80.000,00
e) do Patrimônio Líquido é:
R$ 200.000,00
2) (AFTN/98) Das demonstrações financeiras das empresas Alfa e Beta foram extraídas as seguintes
informações:
Alfa
Beta
Margem Operacional
0,40
0,57
Rotação de Estoque
120 dias
171 dias
Taxa
de
retorno
s/investimento total
20%
19%
Ativo Total
R$ 4.000,00 R$ 6.000,00
Analisando os dados acima, podemos afirmar que as vendas líquidas da empresa Alfa:
a) são menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque o seu quociente de margem operacional é menor;
b) são iguais às vendas líquidas da empresa Beta;
c) são maiores que as vendas líquidas da empresa Beta;
d) são menores que as vendas líquidas da empresa Beta, porque seus estoques têm quociente de
rotação menor;
e) não podem ser comparadas com as vendas líquidas da empresa Beta, por falta de informações.
3) ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO, NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO E TESOURARIA
3.1. PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA ANÁLISE FINANCEIRA
As Demonstrações Financeiras elaboradas de acordo com a Lei nº 6.404/76 exibem uma imensa quantidade de informações. Para fins de Análise de Balanços, estas informações devem ser sintetizadas com
vistas à facilitar a comparação dos dados contidos nas Demonstrações Contábeis de uma mesma empresa ao longo de períodos sucessivos, assim como para comparação das informações entre sociedades
distintas.
Para fins de Análise, algumas contas são re-classificadas. Neste procedimento existem várias posições
adotadas pelos autores. Alguns, por exemplo, excluem as Despesas Antecipadas do Ativo Circulante ou
do Realizável a Longo Prazo quando calculam os índices de Liquidez, considerando que o referido grupo,
formado por Seguros, Juros e Aluguéis Antecipados, não representa recursos disponíveis ou a disponibilizar para quitação das obrigações da empresa.
Outro exemplo é o das Despesas Financeiras que, de acordo com a Lei nº 6.404/76, são classificadas
como Operacionais, mas para fins de análise financeira, são computadas como Não Operacionais* e,
portanto, não integram o cálculo do Resultado Operacional.
Em provas, as bancas examinadoras deveriam sempre definir as classificações adotadas para que o candidato não precise adivinhar qual a que foi considerada.
Em relação à conta Duplicatas Descontadas, no entanto, parece haver um entendimento uniforme entre
os autores.
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Na elaboração das Demonstrações Contábeis oficiais a referida conta é classificada como Retificadora do
Ativo Circulante ou do Realizável a Longo Prazo. Para fins de Análise de Balanços, as Duplicatas Descontadas são consideradas contas do Passivo Exigível. Tal classificação é efetuada com base no entendimento de que ao descontar a Duplicata a Receber na instituição financeira a sociedade está executando
um procedimento equivalente ao de obter um Empréstimos bancário, já que nos dois casos recebe recursos da instituição financeira, no primeiro, em troca de um direito que lhe pertencia (Duplicatas a Receber), mantendo, em potencial, uma obrigação com o banco e, no segundo, assumindo uma dívida.
3.2. ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO
A Análise do Capital de Giro é um item de fundamental importância na Análise de Balanços.
Nas aulas anteriores, estudamos as diversas relações entre as fontes de Financiamento ou Origens de
Recursos (Capitais Próprios e de Terceiros) com os Investimentos ou Aplicações de Recursos (Ativos Circulante, Realizável a Longo Prazo e Permanente).
Nesta aula, vamos analisar com maiores detalhes a relação do Ativo Circulante (Investimento) com o
Passivo Circulante (Financiamento).
O primeiro passo a ser dado é o de separar o AC e o PC em Operacional e Financeiro.
Exemplo (1): A Cia. Alfa apresentou as seguintes informações em seu Balanço Patrimonial (valores em
R$) de determinado período:
ATIVO = 1.100.000
AC
Disponibilidades
Clientes
Estoques
ANC
Realizável a LP
Investimentos
Imobilizado
100.000
300.000
200.000
100.000
400.000
PASSIVO = 1.100.000
PC
Fornecedores
Empréstimos
200.000
100.000
PNC
Financiamentos
100.000
PL
Capital Social
Reservas
200.000
500.000
Para fins de Análise, deve-se separar o Ativo e o Passivo Circulantes em Operacional e Financeiro.
O Autor Dante C. Matarazzo descreve em sua obra Análise Financeira de Balanços, editora Atlas, 6ª edição:
“O Ativo Circulante Operacional (ACO) é o investimento que decorre automaticamente das atividades de
compra/produção/estocagem/venda, enquanto o Passivo Circulante Operacional (PCO) é o financiamento, também automático, que decorre dessas atividades.”
Elaborar o Balanço Patrimonial para fins de Análise do Capital de Giro da Cia Alfa.
O ACO também é denominado de Aplicações de Capital de Giro e o PCO de Fontes de Capital de Giro.
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As contas que formam o Ativo Circulante Financeiro também são chamadas de “outras contas do Ativo
Circulante”, da mesma forma que as contas do Passivo Circulante Financeiro são denominadas de “outras contas do Passivo Circulante”.
3.3. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO
Ocorre necessidade de Capital de Giro (NCG) quando o ACO é superior ao PCO.
NCG = ACO - PCO
Calcular a NCG no exemplo:
Elaborar a configuração patrimonial:
Resumindo, temos:
1. Ativo Circulante Operacional – ACO – É o investimento decorrente das atividades de compra ⇒
produção ⇒ estocagem ⇒ venda.
2. Passivo Circulante Operacional – PCO – Corresponde ao financiamento destas atividades.
3. Necessidade de Capital de Giro – NCG – Corresponde a diferença entre o ACO e o PCO.
NCG = ACO (-) PCO
ACO > PCO
Positivo
ACO = PCO
Nulo
ACO < PCO
Negativo
Há Necessidade de Capital de Giro
Não há Necessidade de
Capital de Giro
Não há Necessidade de
Capital de Giro
Na aula anterior, analisamos o Ciclo de Caixa ou Ciclo Financeiro, assim entendido como o período durante o qual a sociedade necessitará de recursos para financiar seu giro. Vimos que o Ciclo de Caixa corresponde à diferença entre o Ciclo Operacional (PMRE + PMRV) e o PMPC.
Agora vamos estabelecer a inter-relação entre o Ciclo de Caixa e a Necessidade de Capital de Giro.
Vamos utilizar as seguintes siglas:
NCG = Necessidade de Capital de Giro
CC= Ciclo de Caixa
Vd= Vendas Diárias Médias
A= Ajustes, como o Resultado de Outros Ativos Operacionais menos Outros Passivos Operacionais (Salários e Tributos a Pagar).
As vendas diárias serão calculadas dividindo-se as Vendas Anuais por 360.
Vd = Vendas Anuais
360
A Necessidade de Capital de Giro será:
NCG = CC x Vd + A
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3.4. CAPITAL DE GIRO E TESOURARIA – EFEITO TESOURA
TESOURARIA ou T-TESOURARIA representa a diferença entre o Ativo Circulante Financeiro (ACF) e o
Passivo Circulante Financeiro (ACF).
Exemplo (2):
Ativo e Passivo Circulantes da Cia. Beta (em milhares de reais):
AC
PC
Disponibilidades
20
Fornecedores 50
Duplicatas a Receber 90
Encargos Trabalhistas a Pagar 10
(-) Duplicatas Descontadas (20)
Encargos Fiscais a Pagar** 20
Estoques
70
Empréstimos 30
Aplicações Financeiras 50
IR/CSLL a Pagar 10
Despesas Antecipadas* 10
* No exemplo, as Despesas Antecipadas são consideradas atividades normais da empresa.
** Os Encargos Fiscais a Pagar considerados são decorrentes das atividades operacionais de venda de
mercadorias.
1. Efetuar a Reclassificação das contas do AC e PC:
2. Cálculo da Necessidade de Capital de Giro (NCG):
3.Cálculo da variável Tesouraria
Sendo positiva a variável T-Tesouraria há folga de recursos para pagamento das obrigações financeiras
de curto prazo. É o indicador que melhor expressa a situação financeira de curto prazo da empresa.
Tal situação pode ser verificada levando-se em conta que os recursos do Ativo Circulante Financeiro já
estão praticamente disponíveis para a empresa, enquanto que os classificados no Ativo Circulante Operacional ainda necessitam ser realizados (os Estoques precisam ser vendidos e os valores convertidos
em moeda e as Duplicatas a Receber precisam ser recebidas).
EFEITO TESOURA
Exemplo 3:
Para entender o conceito do Efeito Tesoura vamos recorrer a um exemplo:
A Cia. Delta apresentou os seguintes dados em seus balanços de X1, X2 e X3 já re-classificados para
fins de Análise de Balanços.
X1
X2
X3
ACO
ACF
30.000
25.000
80.000
30.000
170.000
50.000
ANC
90.000
140.000
200.000
Ativo
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Passivo
PCO
PCF
35.000
10.000
50.000
40.000
100.000
80.000
PL
100.000
160.000
240.000
NLCDG (AC – PCO)= Necessidade Líquida de Capital de Giro
T (ACF – PCF) = Tesouraria
CCP (PL – AP)= Capital Circulante Próprio
T/NLCDG
LC = Liquidez Corrente
Analisar o comportamento das variáveis da Análise do Capital de Giro de empresa ao longo
dos períodos considerados e avaliar o Efeito Tesoura.
QUESTÕES DE CONCURSOS SELECIONADAS
QUESTÕES DO CONCURSO DO ICMS/SP/2006/FCC
(adaptada) 1. A Empresa “X” possui Índice de Liquidez Geral igual a 1,4.
Do Balanço Patrimonial foram extraídas as seguintes contas, com valores em reais:
Contas a receber
Provisões a pagar
Terrenos
Estoques
Contas a receber a longo prazo
Impostos a pagar
Empréstimos obtidos no longo prazo
Bancos
Veículos
Depreciação do imobilizado
Participações societárias de controladas
5.000
3.000
5.000
4.000
2.500
3.500
2.000
3.500
2.200
750
3.200
O valor da conta Fornecedor que faz com que a empresa tenha Índice de Liquidez Geral mencionado
acima é R$
(A) 4.300,00
(B) 3.700,00
(C) 2.600,00
(D)) 2.214,00
(E) 2.000,00
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2.. A Cia. Estrela possui as seguintes contas patrimoniais, dentre outras, com valores em reais:
Fornecedores
Provisões 13o Salário e Férias
Contas a Receber 90 dias
Empréstimos de curto prazo
Empréstimos a controladas
Contas a receber por venda de imobilizado
Estoques
Impostos a pagar
1.500
1.200
2.500
1.500
2.500
2.500
3.000
900
Tendo como base somente essas informações, a necessidade de capital de giro da empresa é R$
(A) 1.200,00
(B) 1.600,00
(C)) 1.900,00
(D) 2.100,00
(E) 2.500,00
3. Uma Empresa tem Prazo médio de renovação dos estoques 74 dias; Prazo médio de recebimento de
vendas 63 dias; Prazo médio de pagamento de compras 85 dias e Ciclo de caixa 52 dias. Considerando
essas informações, o Ciclo Operacional é de
(A) 128 dias
(B)) 137 dias
(C) 140 dias
(D) 142 dias
(E) 145 dias
4. A Cia. ITA possui, no final de 2004, os dados identificados a seguir, com valores em reais:
I.
Saldos finais no rol das contas listadas a seguir:
Contas a receber
Contas a pagar
Fornecedores
Estoques
Empréstimos obtidos de Curto Prazo
Investimentos/Imobilizado/Intangível
Empréstimos a controladas
25.000
15.000
18.000
16.000
50.000
25.000
23.000
II. Um Patrimônio Líquido com valor médio no período de R$ 55.625,00.
III. O índice de rentabilidade do Ativo é 2,5%.
Para alcançar este índice, o Lucro Líquido do Período, deve ter sido de R$
(A) 1.410,00
(B) 1.450,00
(C) 1.955,00
(D) 2.000,00
(E))2.225,00
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5. O índice de rentabilidade do Patrimônio Líquido é
(A))4,0%
(B) 3,7%
(C) 3,5%
(D) 3,0%
(E) 2,5%
Instruções: Para responder às questões de números 6 a 8, considere SOMENTE as seguintes informações:
A Cia. Vila Isabel possui os seguintes saldos contábeis ao final de um exercício, com valores em reais:
Itens
Contas a Receber
Vendas do Período
Estoques
Custo dos Produtos Vendidos
Fornecedores
Compras do Período
6) O prazo médio de Recebimento das Vendas é
(A) 28
(B) 26
(C) 24
(D) 22
(E) 19
dias
dias
dias
dias
dias
7) O prazo médio de rotação de estoques é
(A) 25 dias
(B) 20 dias
(C) 19 dias
(D) 14 dias
(E) 10 dias
8) O prazo de pagamentos das compras é
(A) 25
(B) 27
(C) 28
(D) 30
(E) 35
dias
dias
dias
dias
dias
Valores em R$
24.000
360.000
17.500
252.000
24.000
288.000
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