“Deixem-me corrigir um pequeno erro”, foi assim que Pedro Calapez, no dia 19 de Abril de 2010, deu início à nossa junção com a arte. Logo de início fizemos a apresentação da nossa obra, com a leitura da sua biografia, por nós elaborada. O momento seguinte foi marcado pela nossa entrada em pânico com as correcções feitas por ele, sempre num tom de brincadeira. Afinal de contas há que saber perdoar erros, faltas de jeito e até mesmo de qualidade! Pedro Calapez surpreendeu-nos pela sua simplicidade e simpatia, mantendo-se sempre ao mesmo nível que todos os entrevistadores, usando raramente termos técnicos o que nos permitiu mais que uma entrevista, uma conversa. Em pequenos pormenores, Pedro Calapez demonstrou a sua genialidade ao prever e responder a perguntas que ainda estavam por fazer, o que deu um “arrepio na espinha”. Estávamos a ficar sem perguntas e mal tínhamos começado. Embora várias perguntas terem sido respondidas de uma só vez, havia sempre algo mais a acrescentar. Dado ter sido uma conversa, resposta puxa pergunta que acabavam por surgir naturalmente… e assim uma hora de entrevista transformou-se em duas horas e meia de conversa. O mundo girava lá dentro contudo cá fora também não estava parado, pois histórias de dois minutos davam-lhe movimento e piada. No fim da conversa, e agora consciencializados que a arte, “ processo de desenvolvimento e de estudo constante”, não é reconhecida em Portugal porque somos “molengões”, decidimos mudar! Arteámos (neo) com luz, contraste, forma e cor, tal como o artista, e primimos o botão, ficando juntos com a arte para a eternidade: Tirámos uma foto! Por: Biogradáveis