1 10 de Junho de 2011 Foto de Ana Correia ANO XVII - N.º 230 • MENSÁRIO INFORMATIVO • SAI À 2.ª SEXTA-FEIRA • 10 DE JUNHO DE 2011 SEJA SOLIDÁRIO AJUDE OS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE GRÂNDOLA Em Grândola BIBLIOTECAS VÃO FUNCIONAR EM REDE Pág. 16 2 10 de Junho de 2011 NOTA AOS ASSINANTES Agradecemos que verifiquem a DATA DE PAGAMENTO DAS RESPECTIVAS ASSINATURAS. De ora avante canceleremos todas as assinaturas em atraso, uma vez que colocar o Ecos na rua, tem implicitamente os seus custos! Pelo facto pedimos a compreensão de todos. A DIRECÇÃO DO ECOS DE GRÂNDOLA Os portugueses ao serem chamados mais uma vez a cumprir o seu dever, decidiram mudar de orientação política do país. Agora é a vez do PSD, cumprir a difícil tarefa que tem pela frente!... O resultado eleitoral foi marcado por uma abstenção sem precedentes. O que nos leva a crer que mesmo perante o momento difícil que o país atravessa, grande parte dos cidadãos, está não só descontente, mas principalmente descrente na classe política...Sintomas mais que evidentes que algo vai mal na nossa democracia! O que nos espera, já nós calculamos...agora como irá terminar é que nós não sabemos. Teremos dois anos para fazer o que não foi feito em 37 anos...Num país inquinado nos seus princípios, que se habituou a viver do malabarismo político, do desbaratar da coisa pública sem qualquer pudor, vai ser muito difícil encontrar o rumo certo. A democracia terá que arranjar rapidamente mecanismos próprios para não estar exposta a todos estes fracassos. Ao longo destas décadas o país foi sucumbindo a guerras institucionais, à falta de estratégia, a idiossincrasias paupérrimas, a atropelos, a interferências entre Justiça e política, à má racionalização dos recursos que nos chegaram, tal como a construção dos estádios de futebol, que há quem já defenda a sua destruição, à falta de diálogo e de negociação entre as várias correntes políticas, a um parlamento que nunca entendeu as mensagens, entre tantas outras que seria fastidioso enumerar! Alternaram-se os governos, mas a tentação pelos lugares deixados foi tal que as “vagas” serviram para colocar a clientela, em detrimento da competência. O chapéu-de-chuva dos partidos é sempre pequeno para acalmar as suas hostes! Os recursos não serviram para o país crescer e ser competitivo. E... se a crise é internacional, como se explica que sejamos os únicos que não crescemos na zona euro? A propósito do memorando que temos que respeitar, ouvi alguns políticos dizerem que “era um bom acordo”, espero que o tivessem lido e compreendido as entrelinhas antes de o terem assinado, para depois não virem dizer que não era bem assim... já não há paciência para tanta negligência. Esperemos que o futuro Primeiro-Ministro não seja permeável ao clientelismo que tanto criticou, e que os seus ministros sejam eleitos pela competência e rigor que Portugal necessita. Ao PS esperemos que encontre rapidamente um novo líder, pois apesar de estar na oposição terá que ser chamado a aprovar leis de um acordo, que também assinou. Rigor, transparência, competência e seriedade é o que se exige à classe política para ultrapassarmos um dos momentos mais negros da nossa História. L.C.F.C.S. SAI À 2.ª SEXTA-FEIRA DE CADA MÊS FICHA TÉCNICA - Propriedade: Lucília de Campos Fataca C. Saramago • Redacção e Administração: Av. D. Nuno Álvares Pereira, n.º 80 • 7570-239 GRÂNDOLA • Tel. 269 451 206 • Email: [email protected] • Directora: Lucília de Campos Fataca C. Saramago • Director-Adjunto: L. A. C. M. Saramago • Secretariado da Redacção: Adosinda dos Santos Pereira • Colaboradores assíduos: Nelson Silva; Pedro Ferreira; Licínio C. Pereira; Vítor Rocha; Maria Celestina; Manuel Martins; Carlos Gamito; Pedro Lopes; Honorato de Sousa Nunes; Mariana Fino; António Figueiredo; António Chaínho; Armando Espada; Manuel Baião; António Pinela; Carla Silva; João Bizarro; A. Augusto; Alexandre Dale; Padre Manuel do Rosário; M.V.R; Germesindo Silva; A. J. da Costa Neves; A.J.P; J.F.C; José Miguel Abreu; CPS/PSD de Grândola; C.P.C. do PS de Grândola; Comissão Concelhia do PCP • Impressão: Tipografia Rápida de Setúbal, Lda. - Travessa Gaspar Agostinho, n.º 2 - 2901-389 SETÚBAL - Tel. 265 539 690 • N.º de Registo: 116041 • N.º Depósito Legal: 53411/92 • N.º Fiscal de Contribuinte: 115851 666 • Periodicidade: Mensal • Tiragem: 1.500 exemplares • Assinatura Anual: 12,00€ • Para a Europa: 19,00€ • Para fora da Europa: 23,00€ • Preço Avulso: 1,00€. Crise II Em Outubro do ano passado escrevi sobre este tema nas páginas deste Jornal e interrogava-me pela forma como se geria um País com crescimentos económicos muito próximos do zero e que gastava na altura cerca de 6% a mais do que produzia. E a resposta era: endividando-se. Ora os meus leitores, mesmo não sendo economistas na sua maioria, compreendem que quando nos vamos endividando sistematicamente nas nossas casas e às tantas já pedimos empréstimos para pagar outros empréstimos chegará a altura em que o banco que nos empresta o dinheiro duvidará da nossa capacidade para saldar a nossa dívida. E mais: se apesar de todo o dinheiro emprestado continuarmos sem aumentar a produtividade ganhando consequentemente mais, as dúvidas ainda serão maiores. Foi mais ou menos isto que se passou com o nosso País e a teimosia ou arrogância de quem nos governa em não pedir auxílio externo quando devia ainda agravou mais a situação e marcou de forma muito negativa o nome de Portugal no exterior. Mas ao contrário do meu leitor que se não pagar o que deve ao banco verá todos os seus bens confiscados e no limite irá parar à prisão, aos nossos governantes que nos conduziram a todos a esta dita Crise não acontecerá nada: continuarão a apregoar as virtudes deste ou daquele sistema político, farão mais uns discursos inflamados contra a oposição, comprarão mais uns fatinhos Armani e irão repousar-se numas merecidas feriazitas no Pine Cliffs ! Enquanto isso o meu leitor dará voltas à cabeça e ao seu orçamento familiar para conseguir pagar as prestações ao banco, a água e a electricidade, com IVA no máximo, e as contas no supermercado. E se tiver a sorte de ter filhos a estudar no sistema público de ensino superior (o tal que é marca do Estado Social) lá terá que se esmifrar para conseguir arranjar 300 euritos por trimestre para pagar as propinas dos crianços. E com alguma sorte pode ser que lhe sobre algum dinheiro para ir dar uns mergulhitos a Melides. Sim, porque tempo para férias é coisa que não falta neste País! E agora num tom mais sério: chega a roçar o insulto ao povo português ver o nosso Primeiro Ministro e o seu alter ego Silva Pereira a desculparem-se constantemente com a oposição pelo estado em que puseram as contas públicas, isto apesar de alguns economistas sérios (estou a lembrar-me de Medina Carreira) há muito alertarem para que um dia esta crise iria chegar. Mas não: segundo o nosso PM a crise é internacional e a culpa é dos malandros da oposição que não o deixaram cortar mais nas reformas e deixaram entrar o FMI, entrada contra a qual ele lutou desesperadamente chegando a dizer que se recusava a governar com tal gentinha. É preciso lata! Muita lata! O Amigo de Alex A revesitação I – Da “entourage”que cerca a Praça de D. Jorge de Lencastre destacamos hoje o lado sul, onde em tempos existiu a Igreja da Misericórdia e o primeiro hospital da mesma instituição, edifícios que demolidos deram lugar anos mais tarde ao Cine- Teatro Grandolense e à Música Velha e anos após sob os auspícios da CMG, os edifícios foram reconstruídos, remodelados e acoplados dando lugar a amplos e funcionais espaços adaptados às múltiplas valências que as artes musicais e do espectáculo contém. Na Música Velha (SMFOG) a sombra tutelar de Zeca Afonso continua a pairar como símbolo eterno da construção da resistência aos regimes opressivos i e di ditatoriais. i i N No 25 d de Ab Abrilil fui lá ver, relembrar e comparar, e não pude deixar de registar com agrado a acoplagem bem sucedida entre aquelas duas entidades da cultura popular, o cinema e o teatro, e a música. A idade relembra, é a sua obrigação, ou / e acicata a memória, e foi inevitável o confronto fraterno com o passado. Clara Ferreira Alves escrevia há dias na “Pluma Caprichosa”sobre “a mentalidade de criado”nas sociedades Salazaristas de senhores e servos, nas relações assentes sobre a escravidão e a ignorância, rumo à subserviência integrada. Na Grândola desse tempo essa questão de escravos / ignorantes já nem se punha existindo sim uma resistência politica umas vezes surda, ou às claras e a consequente repressão. Naquele tempo de menino e moço, Grândola era toda ela um Campus Universitário, com faculdades por todo o lado, de electricistas, mecânicos, torneiros mecânicos, pedreiros, mestres de obras, ferreiros, latoeiros, padeiros, comerciantes de pequeno comercio, armazenistas, operários corticeiros nas fábricas e nos campos, e as suas subespecialidades: tiradores, empilhadores, caldeireiros, raspadores, escolhedores, rabaneadores, quadradores, enfardadores, etc. etc. todos eles e muitos outros aqui não citados, mestres nas suas profissões, frequentando a Universidade da Vida, ensinando com o saber da prática e da inteligência. Operários de dia, outros músicos à noite. Por isso os “vi”a todos ao malho ou na forja, no acordeão ou na requinta, no banjo ou no clarinete. E “eles” sorriam, contentes que estavam. E eu de lágrima ao canto do olho sorria com eles, ao “ver” aqueles amigos de outrora que o tempo há muito levara! Eis renovadas aquelas magnas salas dos estudos Na Grândola eterna da saudade A música e o teatro de grandes e miúdos Na antecâmara real da Universidade II – Vinte de Maio de 2011. O meu amigo Helder Costa é agraciado com a medalha de honra da Sociedade Portuguesa de Autores “SPA”pelos seus méritos como homem das letras, do teatro e como dramaturgo e encenador. No lamechas em que me estou tornando, continuo a sentir como próprios os triunfos dos amigos. A 16 de Junho pf, pelas 16 horas o Helder estará em Grândola no Auditório Granadeiro apresentando a peça “As peúgas de Einstein”. Se puder lá estarei, como já o fiz em Lousada onde no fim do espectáculo, emocionado só consegui balbuciar duas palavras: Helder obrigado! Perante uma assistência jovem na maioria. Gostaria que a juventude de Grândola apreciasse esta peça. “As peúgas de Einstein”não têm aquele odor tão depreciativo. “As peúgas de Einstein” cheiram a .... III – Houve eleições e o Bartoon (Luís Afonso)questionava-se perante o FMI (federação da malandragem internacional)o verdadeiro e efectivo governo de Portugal, se nos deveríamos dar ao trabalho de contar os votos. Ou como dizia Eça de Queirós há cem anos:”Qual é a posição dos deputados; na aparência sentados, por dentro de cócoras”. 10 de Junho de 2011 3 4 10 de Junho de 2011 Festa da Penha 2011 Falta apenas a Cantata a Nossa Senhora da Conceição. Padroeira de Portugal, para podermos encerrar as Festas da Penha 2011. De qualquer modo é possível desde já fazer um balanço das festividades que, cada ano, vão atraindo mais grandolenses e visitantes aos diferentes momentos do Programa Religioso e Cultural que a Comissão de Festas, com critério, procura ir elaborando e enriquecendo. Uma nota característica que qualquer observador atento concluirá é que há uma aposta, sobretudo, nas pessoas e nos grupos locais, oriundos de quase todas as freguesias e aldeias do concelho de Grândola, sinal das suas grandes potencialidades e sinergias. Uma outra nota é o aumento impressionante do número de participantes nas procissões, quer na das velas, de dia 21, quer na das rosas, no dia 28 e o ambiente de silêncio, de respeito e de oração que é possível encontrar. O próprio pregador deste ano, o conhecido Franciscano, Pe. Vitor Melícias, o manifestou nas belas e entusiasmadas palavras com que nos brindou. Há ainda um elemento a reter destas Festas: a visita da Imagem de Nª Srª da Penha aos diversos locais da freguesia de Grândola e às Instituições que a desejam receber: este ano a Santa Casa da Misericórdia e a Creche e Jardim de Infância. Há, contudo, uma reciprocidade que importa salientar: nas duas procissões foi possível ver, não apenas a presença de grupos e estandartes da Paróquia, mas também elementos de grupos e associações locais, com os respectivos estandartes e trajes. Este parece ser um filão de tradição e identidade que, no futuro, poderá vir ainda a ser mais explorado. O tempo, nem sempre favorável, levou a algumas alterações que, no entanto, não retiraram nenhum brilho ao Programa, pois, o povo continuou, em massa, a marcar presença e a confirmar que estas Festas são festas do povo, de todo o povo, mesmo daquele que não sendo sempre claro nas suas expressões de fé e de militância cristã, não deixa de reconhecer as raízes profundas que as festas encerram e que, por isso, devem ser mantidas e aprofundadas. Esperemos que no próximo ano, um maior envolvimento das forças vivas da Sociedade, em ligação com o Município e a Junta de Freguesia, possa dar às ruas, às montras e aos diferentes locais por onde a procissão passará uma nota de festas que permita, não só aos locais, mas também aos turistas e visitantes perceberem que Grândola está em Festa e que festeja efusivamente a sua padroeira, Nª Srª da Penha. A inauguração de algumas das artérias em obras até há pouco foi um gesto de simpatia e consideração por parte do Município que não pode deixar de ser referido. Como nota final é de salientar o envolvimento de grande parte das forças vivas da Comunidade: cumpre-se assim o tal ditado que, segundo o qual, a união faz a força e, em terra de fraternidade, quando as pessoas e as instituições se unem todos temos a ganhar. Parabéns à Paróquia e a todos os que estiveram envolvidos de forma mais ou menos visível nestas Festas. Observador atento ALIMENTAÇÃO & COMPANHIA A Desidratação na 3ª Idade Figueira - nome cientifico “Ficus carica” Trata-se de uma árvore muito comum e bem adaptada à nossa região. Podemos vê-la tanto nas zonas mais marítimas do Carvalhal, ou Melides como no interior, na serra de Grândola. Em Portugal, as zonas de produção mais importantes são o Algarve, Moura e Torres Novas. São árvores de porte médio com folhagem caduca e a sua plantação é feita com estacas enraizadas, na altura do inverno ou então com plantas envasadas na restante altura do ano. As variedades mais cultivadas são Pingo de Mel, Bêbera Branca, Lampa Preta e Olho de Perdiz. Os figos amadurecem a partir de Junho (São João) até Setembro. Podem ser consumidos em fresco ou secos, em compota e doçaria em que o Algarve é sem dúvida, a região-rainha. Curiosidades…. A Figueira é a primeira planta a ser descrita na Bíblia, onde Adão se cobre com as suas folhas para tapar a nudez. Manuel Baião Sabia que o envelhecimento faz com que os receptores pela transmissão da sede percam sensibilidade, adiando a sensação de sede e conduzindo consequentemente à Desidratação? Muitas vezes, os sinais da desidratação são confundidos com os de outras doenças, o que faz com que seja diagnosticada já num estado avançado. Alguns dos sinais mais importantes são: – boca e lábios secos – urina pouco abundante, com coloração e cheiro intensos – dores de cabeça – dificuldade de concentração e fadiga – dores musculares e articulares – febre – prisão de ventre – problemas neuromusculares (sonolência brusca, quedas, irritação, agitação) – tensão arterial baixa – prega cutânea persistente ( a pele não volta ao lugar depois de puxada) Assim, o idoso deve: – ingerir diariamente 1,5 a 3L de água – ter sempre à mão uma garrafa de água para ir bebendo ao longo do dia, sem “esquecimentos” – aumentar a ingestão de alimentos ricos em água, tais como sopa, fruta, legumes, leite, sumos e chás – observar se a sua urina é clara e sem cheiro – evitar a ingestão de bebidas alcoólicas e de bebidas açucaradas, pois não são eficazes na hidratação É extremamente importante que a pessoa idosa aprenda a beber água mesmo sem sentir Sede para evitar situações de Desidratação! Vanessa Flor da Rosa – Dietista 10 de Junho de 2011 Premissas para um novo mundo “Está a emergir nas nossas vidas uma nova civilização, e há cegos por toda a parte a tentar suprimi-la. Essa nova civilização traz consigo novos estilos familiares, formas diferentes de trabalhar, de amar e de viver, uma nova economia, novos conflitos políticos e, para alem de tudo isto, uma consciência modificada, igualmente. in “Criando uma nova civilização”, Alvin e Heidi Toffler, Livros do Brasil, 1995 Há por aí, desde há muito, um pensamento peregrino, dado que transversal a grupos muito diversos, jovens e idosos, partidos de esquerda e de direita, donas de casa e engenheiros, doutos e ignorantes, e que consta do seguinte: quem não vota perde o direito à crítica política. Ou, noutra versão mais ao jeito popular: não votaste e agora queres o quê? Em primeiro lugar, este pensamento é perigoso, porque de índole fascista: os mesmos que advogam o dever do voto, dado que este foi uma das conquistas primordiais da democracia, são os mesmos que assim limitam a capacidade e a possibilidade de intervenção cívica, social e política, ao gesto de marcar uma cruz num papelinho, e agora é convosco ó senhores políticos, vão lá então governar. Mais: consideram o não voto como uma atitude desprovida de significado político.Todavia, acham que é honesto, consciente e legítimo fundamentar a votação numa lógica de escolha “do melhor dos piores”, quando nenhum dos candidatos colhe consenso, e com esse exercício de estupidez se congratulam. Pois deixem que vos diga: vocês que votam, na hora em que vos doem os impostos novos e o desemprego e a corrupção e toda a vilanagem que, com o vosso voto, o tal, a arma do povo, legitimaram, podem pretender silenciar a minha voz, mas nunca o farão ao meu pensamento. De tal modo que a minha indignação será igual à vossa. Eu que não votei. E dado que penso, que nisso me afirmo como homem livre e do mundo todo, parece-me que de vez em quando ganharíamos em olhar para o mundo inteiro, precisamente, em vez de nos limitarmos ao nosso pequeno cantão (concelho, povoação, rua), porque o infinitamente pequeno espelha o infinitamente grande, e compreender um é compreender o outro. Assim, quando votas, estás a dizer: há um conjunto de regras neste jogo da organização das sociedades com as quais concordo e que desta forma aceito. Eu, quando não voto, estou a dizer: o mundo está a mudar, as velhas organizações estão a rebentar pelas costuras e eu nego-me a fazer parte desta farsa. Ou, dizendo de outro modo: votar é legitimar um sistema que tem dado provas de ser um modelo esgotado (e, por favor, parem de confundir sistema com regime). Mesmo que me digam: mas qual a solução, assim sendo? Bom, se a tivesse, o mundo era meu (tal como seria o amante de todas as mulheres do mundo se inventasse a roupa que não precisa de ser passada a ferro e casas que se limpem a si próprias). Mas pensem: no tempo das monarquias vigentes, alguém deve ter dito exactamente o mesmo. E depois apareceram as repúblicas, as democracias. Nada é impossível. Mas o mundo só muda pelo saber, e saber exige cuidado e tempo. Motivado por estas reflexões, que me acompanham de forma coerente e continuada desde há coisa de trinta anos, lembrei-me há dias de reler um autor que abre luz sobre estas inquietações de uma forma lúcida e ainda nova. Refiro-me a Alvin Toffler, que, conjuntamente com a sua esposa, desde 1970, data de publicação da sua obra seminal “O choque do futuro”, estuda as grandes transformações que se verificam actualmente nas sociedades humanas. Dado que Toffler perspectiva não só o presente mas também as consequências deste no futuro, apelidaram-no de “futurista”, o que, nada tendo a ver com o programa estético de Marinetti, por outro lado facilmente se cola, pelo ambíguo termo, ao charlatanismo de videntes e quejandos, retirando-lhe alguma pertinência e valor. Não sendo eu discípulo de Toffler (nem de ninguém, já agora), e reconhecendo falhas graves no seu pensamento, não posso deixar no entanto de o expor aqui, num resumo que não dá o mais que um pálido vislumbre do seu alcance e implicações, mas que pelo menos vos poderá dar as linhas gerais da sua visão do mundo, tal como ele se mostrará a quem lhe retira os véus. Diz então Toffler que o mundo avança por vagas de mudança, e que até agora nos confrontámos com três dessas vagas: a primeira, a agrária, implicou a passagem do nomadismo ao sedentarismo, dominou durante milhares de anos, e ainda subsiste; a segunda, a industrial, ainda viva também, teve todavia um reinado de apenas 300 anos; e, enfim, a terceira vaga, que o autor apelida “do conhecimento”, e que outros dirão “da informação”, o que não é bem a mesma coisa, que me desculpe a impertinência o senhor Walter Benjamin. Ora, coexistindo estas três vagas na singularidade temporal que é o dia de hoje, se bem que com forças e expressões desiguais, o mais normal é que se sucedam os conflitos entre elas. Voltando ao nosso tema de entrada, o que acontece, quando votas, é que estás a legitimar as organizações da primeira, mas principalmente da segunda vaga: os teus políticos, aqueles que eleges, sejam eles quais forem, neste momento, são tão só os representantes de um mundo que já era ou que está a deixar de ser, e os seus actos, as suas palavras, a sua argumentação, a sua lógica e os seus processos, mais não são que actos de desespero, relativamente a um controlo do poder que cada vez mais teima em escapar-lhe entre os dedos. Só não percebo como é que legitimas isso e dormes descansado. Onde falha Toffler, então? Em primeiro lugar, na sua visão “americana”, que é o território privilegiado do seu estudo: o mundo é maior que os EUA. Em segundo lugar, no optimismo: the future’s so bright I gotta wear shades, pois é, mas minimizar a capacidade de adaptação das corporações equivale a uma cegueira que nos poderá sair cara: o capital vai unir-se ao divino (afinal, o “fim da história” é isso que preconiza, dado que a modernidade não anulou os insondáveis mecanismos da fé), a política será apenas mais um mercado, os produtos científicos serão argumentos de gestão de um real fundamentado no número e no anonimato (mas isso sou eu que penso assim, mais ninguém, e espero estar enganado). Em terceiro e último lugar, na tentação “populista” de alguma futurologia tout court: basta pesquisarmos na www e encontramos imagens fantásticas dos nossos antecessores, em 1850, acerca de como seria o mundo no ano 2000. Quer dizer: entendo a tentação de Toffler, mas ganharia em imaginar o que pode ser exacta e somente enquanto tal. Sim, já sei que votaste. Agora, já podes ter todas as opiniões que quiseres. Só a palavra “não” te escapa. Sabes que mais? Azarito. Mas não posso deixar-te na dúvida: não votar, seria como parar para pensar. Talvez um dia percebas: por exemplo, que Portugal podia reganhar o mundo pela primazia e o arrojo das suas opções. Claro que, uma vez mais, a outra Europa é que o fará. E nós a ver: uns jovens em Espanha, uns povos árabes quaisquer. Livro do mês: Talvez achem estranho, dado o autor que estive a apresentar, mas destaco, desta feita, o livro “Portugal – o medo de existir”, de José Gil (Relógio D’Água, 2005), que aborda de algum modo algumas das questões acima expressas, mas apontando faróis ao “caso português”. E o pensamento de José Gil é tão certeiro e de boa intuição que só lamento não ter feito uma obra mais pormenorizada, em alguns casos que refere, ou seja, as 142 páginas do livro queria-as eu 400, e algumas de quatrocentas com não mais que cem, que me desculpe o senhor Eduardo Lourenço, até mesmo o senhor Fernando Pessoa. http://en.wikipedia.org/wiki/Alvin_Toffler Alexandre Dale 5 Let me In (Deixa-me Entrar), de Matt Reeves Abby é uma misteriosa miúda de 12 anos que se muda para a casa ao lado da de Owen. Owen, além de socialmente excluído, é fortemente perseguido na escola e, na sua solidão, cria uma profunda ligação com a nova vizinha que ela acha diferente de toda a gente que já conheceu. À medida que uma série de sinistros assassinatos ocorrem na cidade, Owen tem que encarar o facto de que esta aparentemente inocente miúda é, na realidade, uma selvagem vampira. Hollywood continua a sua saga de fazer remakes de bons filmes estrangeiros. Let me In, de Matt Reeves (Cloverfield) é uma cópia quase perfeita do excelente filme sueco Let the Right One In, com o habitual toque final e muitos mais efeitos CGI que, a meu ver, são perfeitamente desnecessários. O filme, no seu todo, é bom, tem boas interpretações - Chloe Moretz (Kick-Ass), Kodi SmitMcPhee (The Road), Richard Jenkins (da série Six Feet Under e nomeado ao Oscar por The Visitor), Elias Koteas (Crash,Thin Red Line) - , tem uma boa história mas, se tivesse de escolher, preferia o filme original. Hævnen, de Susanne Bier Em Hævnen (titulo português é Num Mundo Melhor), Anton é um médico que divide o seu tempo entre a sua casa, numa cidade dinamarquesa, onde vive separado da mulher e dos filhos devido a um erro que cometeu, e o seu trabalho num campo de refugiados em África. Um dos seus filhos, Elias, é vitima de bulling na escola e segue o exemplo do Pai, de não responder com mais violência. No meio da sua solidão, Elias torna-se amigo de um novo colega, Christian, recentemente chegado à cidade, órfão de Mãe, vitima de cancro, e revoltado contra o Pai que acusa de não ter feito tudo para a salvar. Um dia, Christian ajuda Elias que estava novamente a ser agredido por um colega e esse acto vai desenrolar uma espiral de violência que os vai afectar a ambos e às suas famílias. Cada filme de Susanne Bier é uma panóplia de emoções, quer pelos temas polémicos que aborda, quer pela forma como consegue entrar no intimo das personagens e levar isso ao espectador. Hævnen (que significa “vingança”) venceu o Golden Globe e o Oscar para melhor filme estrangeiro. João Bizarro momentos t s A decisão é um momento de liberdade. É fulcral, é acção na determinação de um rumo e o curso da vida altera-se de modo imperceptível ou perceptivelmente. E para quem tenha de decidir sobre mudanças drásticas os momentos que antecedem a decisão são momentos de grande pressão, de dúvida ou mesmo de angústia porque se sabe que altera. Sobretudo, acciona novos destinos. O 25 de Abril de 1974 é exemplo de uma decisão que mudou o curso do País e consequentemente a vida de milhões de pessoas, muito para além das suas limitações geográficas. Em Angola, à uma hora da madrugada de 25 de Abril de 1974 (recordo a diferença horária de então), preparavam-se dois bancários para deixarem o Banco, quando a rádio deu notícias de que movimentações de tropas não identificadas se verificavam na Metrópole com contornos não definidos. Um dos bancários parou a sua azáfama, atento às notícias e disse que algo de estranho se passava em Portugal. A partir desse momento, começou a ter gradual conhecimento da revolução, coisa estranha, sobretudo para quem não estava minimamente politizado. Progressivamente durante o dia as notícias foram sendo mais esclarecedoras e a tomada do poder pelas tropas ficou melhor esclarecido no dia seguinte. Digerida e aceite a revolução as suas ondas de choque começaram a agitar Angola. Primeiro suavemente e depois violentamente. Até ao início do ano de 1975, todas as conjecturas foram possíveis como a discussão da fundação de partidos ou de movimentos políticos, considerando a independência de Angola com todos os seus filhos, isto é, incluindo os brancos. O ambiente geral era de boatos, de afrontamento da autoridade colonial por parte dos movimentos da libertação e de provocações entre eles. Os combates entre movimentos começaram a ser generalizados primeiro no Norte e depois progressivamente a todo o território angolano. Era o esboroar do poder o desfazer de uma sociedade. Um ambiente difícil para decisões. Milhares de pessoas decidiam novos rumos, num clima de medo, desordem e de perigo. São muitas as histórias individuais que ilustram a vivência daqueles momentos. Um casal a residir no norte de Angola para salvaguarda dos seus filhos, porque a luta entre os movimentos de libertação já era frequente, tomou a decisão de levar as suas crianças para junto dos avós que viviam no Sul, aonde ainda não se registavam combates. Regressam ao Norte para cuidarem do que haviam de cuidar e desaparecem sem nunca mais se conhecer o seu paradeiro. A viúva, no Sul, preparou a sua fuga para Portugal com cuidado, até tinha um pequeno saco com diamantes que era a sua salvaguarda na Europa. Na noite anterior ao dia aprazado para viajar foi acordada com a informação de que o seu único filho estava em conflito com um dos movimentos, ali numa terra a uns quinze quilómetros de casa. Levanta-se, mete-se no carro e vai socorrer o filho. Salva o filho, mas nunca mais regressou a casa, conseguiu apenas o objectivo de chegar a Portugal, sem nada, com o filho e com a mente cheia de diamantes. Mas a maioria das pessoas não tinham Norte, corriam de este para oeste e de sul para norte procurava como fugir, e o que comer, confusas. A decisão que as afectava tinha sido tomada a seis mil quilómetros de distância, eram marionetes, embora a globalização económica e politica fosse embrionária nos anos setenta do século XX. Havia sim o bater de asas de uma borboleta que sempre globalizou e afectou o Mundo. No século XXI o bater de asas da borboleta é muito forte. Caiem algumas financeiras na América e caiem muitos mais pelo Mundo fora. Estremece a América, treme a Europa e esvaemse Estados mais fracamente estruturados. È preciso tomar rumo, tomar uma decisão. Portugal tomou-a. Chamou o fundo monetário internacional, isto é, pediu dinheiro emprestado e tem de cumprir regras acordadas. Nada mais do que isso. Não vejo a sociedade desorganizada, não vejo medo, não vejo violência generalizada, não vejo desordem, vejo sim um País entre os vinte e cinco mais desenvolvidos do Mundo, vejo apreensão e muitas dificuldades, sobretudo, para quem não tem emprego e vejo também muitos sofistas, que falam, falam… até parece um catarse. O Estado tomou uma decisão. E o Povo, como sempre, luta e age para a sua salvaguarda. Se decido tenho problemas, se não decido problemas tenho, então entre decidir e não decidir prefiro decidir; dizia algo semelhante John Kennedy, quando da crise com a instalação dos mísseis em Cuba. Na crise só resta agir. Depois da decisão a acção é fundamental. Portugal só poderá sair reforçado depois destes momentos difíceis, pois o contrario é soçobrar. Não há alternativa. Trabalho e contenção financeira é o futuro. José Monteiro 6 10 de Junho de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA Deliberação N.º 118 Carlos Vicente Morais Beato, Presidente da Câmara Municipal de Grândola, torna público, nos termos e para os efeitos do disposto na alínea d) do n.º 4 do artigo 148.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, que a Câmara Municipal reunida em 10 de Março de 2011, deliberou, por unanimidade, aprovar e remeter para aprovação da Assembleia Municipal de Grândola, a proposta de alteração por adaptação do Plano de Urbanização de Tróia que foi ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 23/2000, de 9 de Maio. ------------Mais torna público que a Assembleia Municipal de Grândola, na sua 2ª sessão ordinária realizada no dia 30 de Abril de 2011, deliberou, por unanimidade, aprovar, nos termos do artigo 97º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, a proposta de alteração por adaptação do Plano de Urbanização de Tróia. ---------------------------Nos termos do disposto na alínea d) do n.º 4 do artigo 148.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, manda publicar em anexo a planta de zonamento, a planta de condicionantes e o regulamento actualizados. -------------Grândola, Paços do Concelho, aos 20 dias do mês de Maio de 2011. ---------------------O Presidente da Câmara Carlos Beato REGULAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DE TRÓIA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto O presente Regulamento estabelece o regime de uso do solo na área territorial abrangida pelo Plano de Urbanização de Tróia, adiante designado por PU de Tróia. Artigo 2.º Âmbito territorial A área de intervenção do PU de Tróia encontra-se delimitada na planta de zonamento e é definida genericamente pelos seguintes limites: a) A norte e a nascente pelo rio Sado; b) A poente pelo Atlântico; c) A sul (a poente da estrada) pelo caminho existente adjacente à antiga lixeira e (a nascente da estrada) pelo caminho a norte da ETAR. Artigo 3.º Principais objectivos O PU de Tróia visa a prossecução prioritária dos seguintes objectivos: a) Salvaguarda dos recursos naturais e valorização do património natural e cultural; b) Qualificação e diversificação da oferta turística; c) Funcionalidade do conjunto, conferindo uma identidade à imagem da península de Tróia. Artigo 4.º Composição 1 - O PU de Tróia compreende elementos fundamentais, elementos complementares e elementos anexos. 2 - Os elementos fundamentais do PU de Tróia consagram o regime de uso do solo para a área territorial abrangida, compreendendo: a) O Regulamento, traduzido graficamente nas plantas referidas nas alíneas b) e c) do presente número; b) A planta de zonamento, à escala de 1:5000 (desenho n.º 1); c) A planta de condicionantes, à escala de 1:5000 (desenho n.º 2). 3 - Constituem elementos complementares do Plano: a) O relatório; b) A planta de enquadramento, à escala de 1:100 000 (desenho n.º 3); c) A planta de síntese de aptidão paisagística, à escala de 1:5000 (desenho n.º 6); d) A estrutura da rede viária, circulação de transportes públicos e estacionamento, à escala de 1:15 000 (desenho n.º 7); e) A planta da rede principal de abastecimento de água e dos sistemas principais de esgotos residuais e pluviais, à escala de 1:10 000 (desenho n.º 8); f) A planta da rede principal de distribuição de energia eléctrica, à escala de 1:10 000 (desenho n.º 9). 4 - Constituem elementos anexos ao Plano: a) O extracto da planta de ordenamento do PDM, à escala de 1:25 000 (desenho n.º 4); b) A planta da situação existente, à escala de 1:10 000 (desenho n.º 5). Artigo 5.º Vinculação 1 - O PU de Tróia vincula as entidades públicas e ainda, directa e imediatamente, os particulares. 2 - Nos termos do disposto do número anterior, a concretização e a execução do PU de Tróia determinam o dever de coordenação entre as diversas intervenções da administração directa e indirecta do Estado, bem como entre estas e as intervenções da Câmara Municipal de Grândola. Artigo 6.º Definições 1 - Área urbanizável – área afecta à instalação de infra-estruturas ou de equipamentos destinados a servir ocupações que, independentemente do uso do solo preconizado para a operação urbanística, envolvem, em parte ou na totalidade de um ou mais prédios, imediata ou subsequentemente, um processo de edificação. Consideram-se áreas urbanizáveis as zonas delimitadas na planta de zonamento com a designação de «área mista», «hotel», «aparthotel», «aldeamento turístico», «moradias turísticas», «área de reserva de equipamentos de utilização pública», «área de comércio e serviços», «área desportiva», bem como as zonas correspondentes à «rede viária» e «infra-estruturas portuárias». 2 - Área bruta de construção — superfície total do edifício, medida pelo perímetro exterior das paredes exteriores, nela se incluindo varandas privativas, locais acessórios e espaços de circulação, com exclusão de áreas em cave destinadas exclusivamente a estacionamento. 3 - Área preferencial — área cuja ocupação se considera preferencial numa perspectiva de protecção e valorização ambiental, em função da concreta ponderação da natureza da utilização proposta. Dependendo o efectivo desenvolvimento dos projectos dos processos de avaliação de impacte ambiental a enquadrar em futuros planos de pormenor, a sua identificação tem carácter meramente indicativo. 4 - Área potencial de ocupação turística — área afecta a projecto de natureza turística a sujeitar a avaliação de impacte ambiental. 5 - Densidade populacional — quociente entre a população prevista e a área urbanizável, expressa em habitantes/hectare. 6 - Índice de construção bruto — quociente entre o total da área de pavimentos e o total da área urbanizável. 7 - Cércea — dimensão vertical da construção contada a partir do ponto de cota média do terreno no alinhamento da fachada até à linha superior do beirado ou platibanda ou guarda do terraço. 8 - Número de pisos — número total de pavimentos sobrepostos, incluindo as caves com uma frente livre e os aproveitamentos das coberturas em condições legais de utilização. 9 - Camas turísticas — lugares (por pessoa) em estabelecimentos hoteleiros e em meios complementares de alojamento turísticos previstos no Decreto-Lei n.º 167/97, de 4 de Julho. 10 - Reabilitação — processo de transformação do espaço urbano, compreendendo a execução de obras de conservação, recuperação e readaptação de edifícios e de espaços urbanos, com o objectivo de melhorar as respectivas condições de uso e habitabilidade, conservando, porém, o seu carácter fundamental. 11 - Renovação — reconstrução de uma área degradada, implicando a demolição dos edifícios existentes. 5 - As áreas verdes de reserva natural devem ser vedadas de modo a impedir a circulação de pessoas e veículos. 6 - Podem ser admitidas construções ligeiras, para apoio das praias, em locais previamente determinados. CAPÍTULO II OCUPAÇÃO, USO E TRANSFORMAÇÃO DO SOLO SECÇÃO I Disposições genéricas Artigo 7.º Servidões administrativas e restrições de utilidade pública 1 - Na área de intervenção de Tróia são consideradas as seguintes servidões administrativas e restrições de utilidade pública: a) Reserva Ecológica Nacional; b) Reserva Natural do Estuário do Sado; c) Domínio público hídrico; d) Área de jurisdição da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra; e) Servidão das ruínas de Tróia; f) Servidão das instalações da Marinha; g) Servidões rodoviárias; h) Servidão da rede de armazenagem e distribuição de água; i) Servidão da rede de drenagem de águas residuais e ETAR; j) Servidão da rede de distribuição de energia eléctrica. 2 - As áreas sujeitas a servidões administrativas e restrições de utilidade pública são descritas no relatório e identificadas na planta de condicionantes e no anexo II deste Regulamento, que dele faz parte integrante. 3 - Nas áreas sujeitas às servidões administrativas e restrições de utilidade pública referidas no n.º 1, as ocupações e os usos que vierem a merecer parecer favorável das entidades competentes, nos termos da legislação aplicável, ficam sujeitos ao cumprimento das regras constantes do presente Regulamento. Artigo 12.º Áreas verdes de protecção 1 - As áreas verdes de protecção são áreas que contêm elementos ou conjuntos de relevante interesse natural ou cultural e que por esse facto exigem cuidados especiais de protecção e consequentes restrições ao livre uso do território. 2 - Nestas áreas apenas se admite a instalação de rede de vias pedonais, de vias para ciclistas e para cavalos e de equipamentos de estada em materiais naturais. 3 - Sem prejuízo de acções pontuais conducentes à recuperação do relevo e ou à revitalização do coberto vegetal autóctone, nas áreas verdes de protecção é interdita qualquer acção ou actividade que implique a destruição do relevo, do solo ou a degradação do estado actual da vegetação. Artigo 8.º Tipos de uso São permitidos, nos termos do presente Regulamento, os seguintes tipos de uso: a) Áreas verdes, que se subdividem em áreas verdes de reserva natural, áreas verdes de enquadramento, áreas verdes de protecção e áreas verdes de recreio e lazer; b) Áreas urbanas, que se subdividem em áreas residenciais e uma área mista; c) Áreas turísticas, que integram hotéis e aparthotéis e aldeamentos turísticos e moradias turísticas; d) Áreas de equipamentos, que se subdividem em área desportiva e área de reserva para equipamentos de utilização colectiva; e) Áreas de comércio e serviços. Artigo 9.º Unidades operativas de planeamento e gestão 1 - As unidades operativas de planeamento e gestão (UNOP) são sujeitas a plano de pormenor, ficando o licenciamento de construções nestas áreas condicionado à sua entrada em vigor. 2 - As UNOP consideradas no PU de Tróia são as seguintes: a) UNOP 1 — Núcleo urbano, b) UNOP 2 — Núcleo urbano-turístico; c) UNOP 3 — Núcleo do golfe-hotel; d) UNOP 4 — Parque científico e cultural; e) UNOP 5 — Núcleo turístico central; f) UNOP 6 — Loteamento SOLTRÓIA; g) UNOP 7 — Núcleo turístico Sol-Norte; h) UNOP 8 — Núcleo turístico Sol-Sul; i) UNOP 9 — Núcleo do golfe. SECÇÃO II Áreas verdes Artigo 10.º Áreas verdes 1 - As áreas verdes correspondem às áreas com características ecológicas e culturais específicas de salvaguarda de valores paisagísticos indispensáveis ao enquadramento equilibrado das actividades humanas. 2 - Nas áreas verdes apenas se admite a construção de infra-estruturas e equipamentos de apoio à sua utilização. 3 - Nas áreas verdes com riscos de erosão são proibidas as acções que agravem a erosão do solo. 4 - É proibida a introdução de espécies infestantes que possam vir a propagar-se de modo a adulterar a vegetação natural, bem como a introdução de novos povoamentos de eucaliptos. 5 - Na rega das áreas verdes deve ser utilizada uma rede própria autónoma, promovendose, sempre que possível, a rega efectuada por reutilização das águas residuais. Artigo 11.º Áreas verdes de reserva natural 1 - As áreas verdes de reserva natural correspondem às áreas mais sensíveis do ponto de vista natural e patrimonial. 2 - Nas áreas verdes de reserva natural não são permitidas quaisquer intervenções que conduzam a alterações do relevo ou destruição do coberto vegetal. 3 - Poderão ser autorizadas acções pontuais conducentes à recuperação do relevo e ou à revitalização do coberto vegetal autóctone, mediante projecto de pormenor tecnicamente fundamentado e parecer favorável das entidades competentes. 4 - Nestas áreas não é permitido o atravessamento de pessoas, a não ser nos locais devidamente assinalados: a) Os atravessamentos nas dunas costeiras devem ser sobrelevados e de construção ligeira; b) Os atravessamentos ou percursos nas áreas junto à Caldeira devem ser bem definidos e o seu uso credenciado pelas entidades responsáveis pela exploração dos empreendimentos turísticos localizados na respectiva UNOP. Artigo 13.º Áreas verdes de enquadramento 1 - As áreas verdes de enquadramento são áreas de separação/ligação de unidades de espaços com características diferentes, estabelecendo as grandes linhas de circulação e os pontos de estada e respectivos equipamentos. 2 - Sem prejuízo de acções pontuais conducentes à recuperação do relevo e ou à revitalização do coberto vegetal autóctone, nas áreas verdes de enquadramento não é permitida a realização de quaisquer movimentos de terras, o corte ou a destruição do revestimento vegetal natural, com excepção do estritamente necessário à instalação de infra-estruturas de circulação e à instalação de equipamentos de apoio. Artigo 14.º Áreas verdes de recreio e lazer 1 - As áreas verdes de recreio e lazer são áreas vocacionadas para o recreio da população e para fruição pelos turistas, contendo áreas de convívio, áreas afectas a equipamentos diversos e permitindo uma circulação livre. 2 - Nestas áreas apenas é permitida a construção de equipamentos e infra-estruturas de apoio aos fins de recreio e lazer. 3 - As espécies vegetais a utilizar nestes espaços devem ser predominantemente as características da área. SECÇÃO III Áreas urbanas Artigo 15.º Áreas residenciais 1 - As áreas residenciais correspondem às áreas que foram sujeitas a operação de loteamento. 2 - As áreas residenciais consideradas no PU de Tróia são as seguintes: a) Lotes do loteamento do núcleo N IV, designado «Vilas do Mar»; b) Um lote do loteamento Praia-Golfe, designado por «lote Praia-Golfe»; c) Loteamento SOLTRÓIA. 3 - Estas áreas são dominantemente ocupadas por moradias, unifamiliares ou multifamiliares, e por edifícios em banda. 4 - O uso e a transformação destas áreas regem-se pelo disposto nos regulamentos anexos aos respectivos alvarás de loteamento. Artigo 16.º Áreas mistas 1 - A área mista corresponde a uma zona sujeita a operações de renovação e reabilitação e que integra habitação multifamiliar, apartamentos turísticos, aparthotéis, hotéis, equipamentos de utilização turística, equipamentos de utilização pública, comércio e serviços. 2 - Qualquer transformação do parque edificado obedece aos parâmetros urbanísticos definidos no «Quadro regulamentar», que constitui o anexo I do presente Regulamento e que dele faz parte integrante. SECÇÃO IV Áreas turísticas Artigo 17.º Áreas turísticas 1 - São áreas turísticas aquelas que se destinam a uma afectação exclusiva a empreendimentos turísticos. 2 - As áreas turísticas consideradas no PU de Tróia compreendem os seguintes tipos de empreendimentos turísticos: a) Hotéis; b) Aparthotéis; c) Aldeamentos turísticos; d) Moradias turísticas. 3 - No quadro de objectivos prosseguidos pelo PU de Tróia permite-se a convolação de hotéis em aparthotéis, e vice-versa, bem como de aldeamentos turísticos em moradias turísticas, e vice-versa. 4 - Em função das unidades operativas de planeamento e gestão em que se insiram, a transformação e o uso do solo relativos às tipologias turísticas listadas no n.º 2 obedece ao disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I). 5 - Os equipamentos dos empreendimentos turísticos poderão localizar-se nas áreas verdes de recreio e lazer. SECÇÃO V Áreas de equipamentos Artigo 18.º Área desportiva A área desportiva delimitada na planta de zonamento destina-se exclusivamente à localização de equipamentos e actividades desportivas cobertas e ao ar livre, podendo integrar áreas de estacionamento e áreas verdes. 10 de Junho de 2011 Artigo 19.º Área de reserva de equipamentos de utilização colectiva 1 - A área de reserva de equipamentos de utilização colectiva tem como objectivo adequar a rede de equipamentos de utilização colectiva à futura realidade urbana, decorrente, nomeadamente, nos termos da lei geral aplicável, da possibilidade de conversão de camas nos aparthotéis, aldeamentos turísticos, moradias turísticas e apartamentos turísticos. 2 - Enquanto não forem instalados os equipamentos de utilização colectiva necessários para satisfazer a população residencial, esta área será ocupada por espaços de recreio e lazer de utilização pública, que poderão integrar áreas verdes e actividades desportivas ao ar livre. 3 - A concretização dos equipamentos de utilização colectiva deverá reflectir uma perspectiva integrada sobre as necessidades globais da área de intervenção do PU de Tróia, cabendo à Câmara Municipal de Grândola avaliar a oportunidade e a conveniência da futura instalação dos equipamentos. Artigo 20.º Identificação e concretização dos equipamentos de utilização colectiva 1 - Para além do disposto no artigo anterior, outros equipamentos de utilização colectiva deverão localizar-se na área mista da UNOP 1 — núcleo urbano. 2 - A dimensão e a situação concretas daqueles equipamentos serão definidas no âmbito do plano de pormenor da UNOP 1. SECÇÃO VI Áreas de comércio e serviços Artigo 21.º Áreas de comércio e serviços 1 - São áreas de comércio e serviços as áreas destinadas predominantemente a actividades comerciais e de serviços, podendo integrar, complementarmente, áreas de recepção dos empreendimentos turísticos. 2 - A instalação destas áreas tem como principal objectivo o acolhimento turístico e a satisfação das necessidades de aquisição de bens e serviços das populações fixas e flutuantes. 3 - As áreas de comércio e serviços estão condicionadas aos parâmetros urbanísticos indicados no «Quadro regulamentar» (anexo I). SECÇÃO VII Rede viária Artigo 22.º Classificação e função 1 - A rede viária deve ser ordenada e hierarquizada, de acordo com as funções e características das rodovias, em: a) Rede secundária ou de distribuição, que inclui as vias distribuidoras, que asseguram a distribuição e a colecta de tráfego da rede local para a rede primária; b) Rede local, que inclui as demais vias, as quais constituem vias de acesso local, que asseguram predominantemente funções de acesso local às actividades e funções urbanas e turísticas. 2 - Na planta de zonamento são assinaladas as vias distribuidoras existentes e previstas, bem como os nós viários de ligação entre vias da rede secundária e entre vias da rede secundária e da rede local. Artigo 23.º Características 1 - Os perfis, características e condições de utilização das vias deverão ser definidos nos planos de pormenor, tendo em atenção as seguintes características básicas e genéricas: Artigo 24.º Outras vias 1 - Na área de intervenção do PU de Tróia deverá privilegiar-se a existência de vias pedonais, de vias para ciclistas e de outros percursos de uso misto (para peões, ciclistas e ou cavalos). 2 - As suas características e condições de utilização serão definidas no âmbito dos planos de pormenor a elaborar para cada UNOP. SECÇÃO VIII Estacionamento Artigo 25.º Parques de estacionamento 1 - Os parques de estacionamento assinalados na planta de zonamento são públicos e justificam-se pelas características dos usos nas seguintes UNOP: a) UNOP 1; b) UNOP 4; c) UNOP 7. 2 - A delimitação e dimensionamento dos parques de estacionamento são realizados no âmbito dos planos de pormenor. Arborização nos passeios Artigo 26.º Critérios gerais de dimensionamento de estacionamento 1 - Para efeitos do cálculo da área de estacionamento necessária a veículos ligeiros, deve considerar-se: a) Uma área bruta mínima de 20 m2 por cada lugar de estacionamento descoberto à superfície; b) Uma área bruta mínima de 25 m2 por cada lugar de estacionamento coberto à superfície; c) Uma área bruta mínima de 25 m2 por cada lugar de estacionamento coberto subterrâneo, descontada a área ocupada pelos elementos resistentes. 2 - Para efeitos de cálculo da área de estacionamento necessária a veículos pesados, deve considerar-se: a) Uma área bruta mínima de 75 m2 por cada lugar de estacionamento descoberto à superfície; b) Uma área bruta mínima de 130 m2 por cada lugar de estacionamento coberto. 3 - Outros critérios a observar, designadamente quanto a dimensões mínimas para os diversos tipos de estacionamento, que não estejam contemplados na presente secção serão estabelecidos nos planos de pormenor. Artigo 27.º Edifícios para habitação 1 - Nos edifícios para habitação colectiva é obrigatória a existência de uma área de estacionamento no interior do lote ou em cave necessária a 1,5 lugares/fogo, excepto quando os fogos tiverem uma área bruta superior a 150 m2 e ou tipologia superior ou igual a T4, caso em que a área de estacionamento no interior do lote ou em cave é a correspondente a 2 lugares/fogo. 2 - Nas moradias unifamiliares é obrigatória a existência de dois lugares de estacionamento no interior do lote, excepto quando a área bruta edificada for superior a 200 m2, caso em que são necessários três lugares de estacionamento no interior do lote. Artigo 28.º Edifícios e áreas destinadas a comércio e serviços Nos edifícios ou áreas destinadas a comércio e a serviços são obrigatórias as seguintes áreas de estacionamento: a) Quando a superfície bruta para estes usos for inferior ou igual a 750 m2 é obrigatório prever 1,5 lugares de estacionamento para veículos ligeiros por cada 50 m2 de área bruta de construção; b) Quando a superfície bruta para estes usos for superior a 750 m2, é obrigatório prever 2,5 lugares de estacionamento para veículos ligeiros por cada 50 m2 de área bruta de construção. Artigo 29.º Salas de uso público 1 - Para as salas ou conjuntos de salas de uso público, designadamente destinadas a espectáculos, congressos, conferências ou outras reuniões públicas, com capacidade superior a 250 lugares, as áreas mínimas obrigatórias de estacionamento são equivalentes a 2 lugares por cada 25 lugares sentados. 2 - Para salas ou conjuntos de salas de uso público com capacidade total inferior a 250 lugares, as áreas mínimas obrigatórias de estacionamento são equivalentes a 1,5 lugares de estacionamento por cada 20 lugares sentados. 3 - Para recintos de diversão nocturna com superfície útil superior a 100 m2, nomeadamente discotecas e bares, as áreas mínimas de estacionamento são de 5 lugares por 100 m2 de área bruta de construção. Artigo 30.º Estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento 1 - Nos edifícios destinados a estabelecimentos hoteleiros (hotéis e aparthotéis), bem como nos edifícios destinados a meios complementares de alojamento turístico (aldeamentos turísticos, apartamentos turísticos, moradias turísticas), as áreas a reservar para estacionamento no interior da parcela correspondem a um lugar de estacionamento por cada três camas ou um lugar por apartamento. 2 - Para além da área necessária ao estacionamento de veículos ligeiros, deve ainda ser prevista uma área para o estacionamento de veículos pesados, a determinar, caso a caso, em função da categoria, da dimensão e da localização do empreendimento. Artigo 31.º Equipamentos de utilização colectiva 7 Para a instalação de equipamentos de utilização colectiva, designadamente de natureza escolar, desportiva, de saúde e de segurança, proceder-se-á, caso a caso, à definição e fundamentação, nos respectivos planos ou projectos, das condições de acessibilidade e da capacidade de estacionamento, não podendo ser inferior a um lugar por 100 m2 de área bruta de construção. SECÇÃO IX Infra-estruturas portuárias Artigo 32.º Cais de atracagem para passageiros Deverá ser mantida a localização histórica do cais de atracagem para a travessia de passageiros, conforme consta da planta de zonamento. c) Plantação e re-naturalização das áreas envolventes da UNOP 9 e dos espaços entre áreas de jogo, com recurso ao predomínio de consociação de pinheiro-bravo e pinheiromanso; d) Fomento da regeneração natural da vegetação autóctone, através da plantação de espécies herbáceas e arbustivas adequadas, devendo as sementes ou propágulos serem recolhidos no local ou envolvente; e) Utilização de espécies vegetais no projecto de campo de golfe e áreas envolventes, adaptadas às condições locais, que permitam promover uma imagem global coerente da UNOP 9, integrando-a na paisagem envolvente. 4 - Na UNOP 9, a concretização futura de quaisquer projectos depende do correspondente processo de avaliação de impacte ambiental. Artigo 33.º Cais de atracagem para veículos 1 - O cais de atracagem para veículos insere-se em área preferencial, devidamente assinalada na planta de zonamento. 2 - A concretização futura de qualquer projecto depende, no quadro do zonamento definido e dentro dos limites da respectiva UNOP, do correspondente processo de avaliação de impacte ambiental, a enquadrar em plano de pormenor. CAPÍTULO IV DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E PROCEDIMENTAIS Artigo 46.º Avaliação de impacte ambiental 1 - Os projectos sujeitos a processo de avaliação de impacte ambiental (AIA) são os seguintes: a) Projectos de natureza turística localizados na UNOP 4 — Parque científico e cultural, devendo ser, no âmbito da AIA, enquadrada toda a unidade operativa de planeamento e gestão; b) Projectos de natureza turística localizados na UNOP 9 — Núcleo do golfe, devendo ser, no âmbito da AIA, enquadrada toda a unidade operativa de planeamento e gestão; c) Cais de atracagem para veículos; d) Núcleo de recreio náutico; e) ETAR (remodelação e ampliação das infra-estruturas existentes); f) Quaisquer outros projectos que, nos termos da legislação em vigor, pela sua natureza, localização ou dimensão, se considerem susceptíveis de provocar incidências significativas no ambiente. 2 - As AIA deverão ter em consideração as disposições expressas no presente Regulamento, na planta de zonamento e na planta de condicionantes do PU de Tróia, bem como a legislação aplicável. Artigo 47.º Planos de Pormenor 1 - Os planos de pormenor serão elaborados tendo como quadro de referência o conjunto de regras e condicionamentos urbanísticos definidos no Regulamento, na planta de zonamento e na planta de condicionantes do PU de Tróia. 2 - A realização dos planos de pormenor implicará um estudo conjunto prévio que determinará as soluções globais preconizadas para: a) Iluminação pública das áreas urbanizáveis e, fora destas, ainda das áreas de estadia e caminhos públicos; b) Soluções de mobiliário urbano principal (paragem de transportes públicos, recolhas de lixo, etc.); c) Painéis informativos, sinalização e outros sistemas de orientação dentro da área de intervenção; d) Soluções de vedação das áreas de acesso condicionado e interdito; e) Regras de construção para as passagens sobrelevadas; f) Soluções para o estacionamento colectivo, sombreamento e minimização do impacte visual resultante de grandes áreas de estacionamento; g) Regras gerais cromáticas para a edificação. 3 - Os planos de pormenor devem fundamentar as suas propostas, estipulando designadamente sobre: a) A localização de equipamentos; b) A localização da sinalética; c) A localização do mobiliário urbano geral; d) A iluminação pública específica; e) O mobiliário urbano específico; f) A localização e protecção dos estacionamentos públicos; g) A localização e desenho dos elementos urbanos complementares das infra-estruturas; h) As vedações de áreas de acesso que o plano de pormenor condicione; i) Regras específicas cromáticas para a edificação. Artigo 34.º Núcleo de recreio náutico 1 - O núcleo de recreio náutico insere-se em área preferencial, devidamente assinalada na planta de zonamento. 2 - A concretização futura de qualquer projecto depende, no quadro do zonamento definido e dentro dos limites da respectiva UNOP, do correspondente processo de avaliação de impacte ambiental, a enquadrar em plano de pormenor. CAPÍTULO III DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS DAS UNOP Artigo 35.º Âmbito e objectivo Às UNOP, devidamente delimitadas na planta de zonamento, correspondem os objectivos e critérios de intervenção urbanística definidos no presente capítulo, em função das características específicas de ocupação do solo actuais e da necessidade de adopção de soluções específicas de planeamento e gestão urbanísticos para a sua transformação ou manutenção. Artigo 36.º Parâmetros urbanísticos Os parâmetros urbanísticos aplicáveis em cada UNOP são os estabelecidos no «Quadro regulamentar» (anexo I). Artigo 37.º UNOP 1 — Núcleo urbano 1 - A UNOP 1 destina-se a uma ocupação com características fortemente urbanas, determinando uma consolidação da malha através da edificação de novas construções e das necessárias operações de reabilitação e renovação. 2 - A UNOP 1 inclui, de acordo com as definições constantes do capítulo II, as seguintes áreas: a) Mista; b) Desportiva; c) Reserva de equipamentos de utilização colectiva. 3 - O uso do solo da UNOP 1 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a área mista, áreas verdes, área desportiva e área de reserva de equipamentos de utilização colectiva. 4 - Todas as reconstruções ou ampliações de construções existentes bem como o licenciamento de novas construções ficam condicionados à prévia entrada em vigor de plano de pormenor. Artigo 38.º UNOP 2 — Núcleo urbano-turístico 1 - Sem prejuízo das áreas residenciais já existentes, a UNOP 2 destina-se a empreendimentos turísticos, nomeadamente moradias e aldeamentos turísticos, implicando a renovação da área não residencial. 2 - O uso do solo da UNOP 2 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 3 - As reconstruções ou ampliações de construções existentes bem como o licenciamento de novas construções ficam condicionados à prévia entrada em vigor de plano de pormenor. Artigo 39.º UNOP 3 — Núcleo do golfe-hotel 1 - Para além do campo de golfe existente, a UNOP 3 destina-se à localização de um estabelecimento hoteleiro. 2 - O uso do solo da UNOP 3 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 3 - A urbanização da UNOP 3 fica condicionada à prévia entrada em vigor de plano de pormenor, que deverá especificamente assegurar: a) A plena articulação entre a área do hotel, delimitada na planta de zonamento, e o campo de golfe existente; b) A gestão correcta e sustentável do campo de golfe, designadamente no que respeita à rega e à drenagem, bem como ao uso de fertilizantes e de pesticidas. c) A compatibilização entre o equipamento a instalar e os objectivos de recuperação das áreas verdes. Artigo 40.º UNOP 4— Parque científico e cultural 1 - O parque científico e cultural que constitui a UNOP 4 destina-se à fruição turística da zona das ruínas de Tróia e da zona da Caldeira e sua envolvente. 2 - É permitida a instalação de actividades e equipamentos que valorizem a UNOP 4 e que assegurem a preservação da sensibilidade do seu conjunto, designadamente: a) Actividades de pesquisa, pedagógicas e lúdicas associadas às ruínas; b) Centro de pesquisa arqueológica; c) Centro de monitorização da evolução do sistema natural; d) Locais de observação da Natureza; e) Outras actividades pedagógicas e lúdicas ligadas às ruínas e à zona da Caldeira; f) Equipamentos de apoio às actividades referidas nas alíneas anteriores. 3 - O uso do solo da UNOP 4 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 4 - Na UNOP 4, a concretização futura de quaisquer projectos fica condicionada à prévia entrada em vigor de plano de pormenor e, no âmbito deste, depende ainda do correspondente processo de avaliação de impacte ambiental. 5 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, a instalação de empreendimentos turísticos na UNOP 4 deve confinar-se à área potencial de ocupação turística, delimitada na planta de zonamento, na qual se permite a instalação de pequenos aldeamentos nucleados, em áreas indicadas como áreas preferenciais, que assegurem a integração na paisagem e a preservação do coberto vegetal existente. 6 - O plano de pormenor da UNOP 4 deve consagrar, em especial: a) A interdição da abertura de vias para veículos, prevendo expressamente os percursos pedonais, velocipédicos, hípicos e de emergência, bem como aqueles que permitirão o transporte de acesso à área das ruínas; b) A exigência de parecer favorável do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) para o licenciamento de quaisquer obras de demolição, construção ou reconstrução. Artigo 41.º UNOP 5 — Núcleo turístico central 1 - A UNOP 5 destina-se a uma ocupação exclusivamente turística, integrando ainda uma extensa área verde. 2 - O uso do solo da UNOP 5 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 3 - A construção de novos edifícios fica condicionada à prévia entrada em vigor de plano de pormenor. Artigo 42.º UNOP 6 — Loteamento SOLTRÓIA Até à entrada em vigor do plano de pormenor, o uso do solo rege-se pelo disposto no regulamento anexo ao alvará de loteamento — alvará n.º 6/90. Artigo 43.º UNOP 7 — Núcleo turístico Sol-Norte 1 - A UNOP 7 destina-se a uma ocupação exclusivamente turística, integrando: a) Empreendimentos turísticos; b) Área de comércio e serviços; c) Diversos tipos de áreas verdes. 2 - O uso do solo da UNOP 7 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 3 - A urbanização da UNOP 7 fica condicionada à prévia entrada em vigor de plano de pormenor. Artigo 44.º UNOP 8 — Núcleo turístico Sol-Sul 1 - A UNOP 8 destina-se a uma ocupação exclusivamente turística enquadrada numa área orientada para o desenvolvimento dos produtos turísticos ligados à natureza e ao ambiente. 2 - O uso do solo da UNOP 8 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 3 - A urbanização da UNOP 8 fica condicionada à prévia entrada em vigor de plano de pormenor. Artigo 45.º UNOP 9 — Núcleo do golfe 1 - A UNOP 9 destina-se predominantemente à prática do golfe e a uma utilização direccionada para a fruição ambiental, com zonas de reserva zoológica para aves aquáticas e refúgios da vida selvagem, devendo compatibilizar o desenvolvimento das actividades e equipamentos com o equilíbrio do ecossistema estuarino. 2 - O uso do solo da UNOP 9 rege-se pelo disposto no «Quadro regulamentar» (anexo I), bem como pelas disposições do capítulo II referentes a áreas verdes. 3 - Os projectos de arquitectura paisagista a implementar na UNOP 9 devem prever: a) Eliminação e retirada do Eucaliptal, incluindo toiças e materiais não desejáveis, assim como de espécies invasoras como é o caso da acácia; b) Modelação do terreno ajustada às condições locais, evitando, quando possível, grandes escavações ou aterros; Artigo 48.º Limiares de ocupação 1 - Para cada uma das UNOP definidas pelo PU de Tróia os limiares máximos de camas a considerar para a elaboração dos futuros planos de pormenor constam do «Quadro regulamentar», que constitui o anexo I ao presente Regulamento e que dele faz parte integrante. 2 - Exceptuam-se ao número anterior as seguintes situações: a) Situação da UNOP 4 — Parque científico e natural, cujo número máximo de camas turísticas poderá ser definitivamente ajustado em função dos resultados do EIA a elaborar. b) Situações das UNOP 1 — Núcleo urbano e UNOP 2 — Núcleo urbano-turistico. Na sequência do número máximo de camas turísticas definitivamente determinado para a UNOP 4, decorrente dos resultados do EIA a elaborar, é permitido que, dentro do limite definido pelo somatório da capacidade máxima de camas turísticas atribuídas às UNOP 1, 2 e 4, se opere a transferência de camas turísticas entre estas três UNOP. Artigo 49.º Taxas, cedências e compensações 1 - Sempre que possível, a concretização do PU de Tróia, dos planos de pormenor e dos projectos com incidência na área de intervenção será prosseguida através de negociação concertada com os promotores, nomeadamente na gestão das infra-estruturas dos espaços verdes e do transporte público. 2 - Os planos de pormenor deverão conter obrigatoriamente o cálculo das cedências necessárias para infra-estruturas, equipamentos de utilização colectiva e espaços verdes de utilização colectiva, bem como os critérios de cálculo das taxas a aplicar na realização de infra-estruturas e equipamentos. 3 - Os planos de pormenor devem conter igualmente, quando for caso disso, as compensações para a gestão do solo legalmente devidas. 4 - As iniciativas que resultem da associação entre promotores, visando a promoção eficaz e célere do PU de Tróia e ou dos planos de pormenor, poderão estar sujeitas a regime especial a definir pela Câmara Municipal de Grândola. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 50.º Contra-ordenações e coimas 1 - Constitui contra-ordenação punível com coima a realização de obras, bem como quaisquer alterações à utilização das edificações ou do solo, em violação do disposto no presente Regulamento. 2 - Os montantes das coimas a que se refere o número anterior são fixados nos termos da legislação em vigor. Artigo 51.º Entrada em vigor O PU de Tróia entra em vigor à data da sua publicação no Diário da República. 8 10 de Junho de 2011 OS EXPOSTOS NO CONCELHO DE GRÂNDOLA (7) DA IDADE MÉDIA AOS FINAIS DO SÉCULO XVI (continuação) Para concluir a análise da situação dos expostos no concelho de Grândola durante o século XVI, irei, no presente artigo, abordar alguns aspectos relativos à sua criação, e efectuar um breve cálculo final dos quantitativos envolvidos. A criação dos expostos até aos sete anos Embora não fosse sujeito a du ras penalizações, o abandoGERMESINDO SILVA no de crianças era considerado um acto indigno, o que levava a que fosse cometido às ocultas e com discrição. Perpetrado pelo pai, pela mãe ou outras pessoas, recaía, na maioria das vezes, sobre recém-nascidos ou crianças com poucos dias. Como vimos, várias razões podiam contribuir para isso, sendo a gravidez indesejada, a miséria e a doença (da mãe ou dos pais), provavelmente as mais comuns. Admito também, que o isolamento da maior parte das famílias (nos montes), e o vestuário feminino da época, facilitassem o sigilo da gravidez e dos abandonos. Através dos documentos que compulsei, fui levado a deduzir que, no século XVI, a maioria das crianças foi abandonada junto de casas de habitação e de igrejas. Quem expunha uma criança e não desejava que esta morresse, sabia que ela tinha mais hipóteses de sobrevivência se fosse rapidamente encontrada. Partindo deste pressuposto, acredito que a maior parte dos abandonos no espaço grandolense foi perpetrado por pessoas do concelho e dos concelhos limítrofes (Alcácer do Sal e Santiago de Cacém). É que a proximidade geográfica, além de facilitar o transporte e de reduzir o tempo em que as crianças ficavam sem assistência, tinha a vantagem de possibilitar informações mais rápidas sobre o que lhes sucedia. Pois os pais (ou quem as abandonava), poderiam ter interesse em saber a que amas eram entregues, acompanhar eventualmente a criação, ter notícia da morte e, caso sobrevivessem, apresentar-se para reavê-las. Quem pagava a criação Como referi nos artigos anteriores, uma das maiores dificuldades das autoridades, nacionais e locais, era a do recrutamento de amas de leite. Numa altura em que a taxa de natalidade era elevada, provavelmente a maior parte das mulheres (em idade de procriar), tinha filhos para cuidar. Além disso, a miséria da maioria das famílias e a exiguidade das habitações não facilitavam a aceitação de crianças alheias. A prova evidente da dificuldade no recrutamento de amas está na lista dos privilégios que lhes eram concedidos, a elas e até aos maridos e aos filhos. Pela leitura dos documentos, deduz-se que a maioria das amas pertencia ao estrato social mais desfavorecido, sendo em geral esposas e viúvas de trabalhadores. É de todo possível que algumas tenham aceitado a função por não terem filhos, terem filhos menores, ou os terem perdido recentemente. As motivações foram, provavelmente, as mais diversas. No entanto, é quase certo que a decisiva motivação da maior parte se ficou a dever ao pagamento que recebiam. Em Grândola, esse subsídio foi de 500 reais mensais, pelo menos entre 1576 e 1586, e de 550 reais em 1598. Era uma verba insignificante? Para se ter uma ideia do seu valor, há que dizer que, em 1576, um alqueire de trigo custava 210 reais, em 1578, entre 150 e 160 reais, e em 1586, custava 120. Em 1579, um arrátel de carne de porco (cerca de 459 gramas) custava 13 reais, e o leite era vendido, em 1577, a dez reais a canada (cerca de 1,413 litros) e em 1595, a 12 reais. Assim, devido à oscilação dos preços, o subsídio valia mais nuns meses do que noutros. No entanto, embora fosse pequeno, tendo em conta as exigências da função, ele foi seguramente importante para o sustento de muitas amas e suas famílias. A título de curiosidade, refira-se que, a necessidade do município arranjar verbas para a criação dos expostos vinha a par com a obrigação do pagamento dos prémios pelos lobos abatidos no concelho. Assim, para lhes fazer face, tornou-se habitual, no século XVI, a realização de uma finta anual simultânea, para satisfação de ambos os encargos. No que se refere a quantitativos anuais, não é fácil avaliá-los, por que a única fonte de que tenho conhecimento - os livros de vereações - só registam informações esporádicas e parcelares. Por exemplo em 28 de Julho de 1584, os oficiais da câmara decidiram “fintar em esta villa e seu termo quatro myll e setesentos e sincoenta reais pera paguamento dos lobos que se mataraõ em esta vyla neste ano presente que he a metade do povo e asi mais quatro myll reais pera ofysyo da finta que o corregedor da comarca mandou por coReyçaõ que se fisese e asy mais vynte myll reais pera a crjaçaõ dos tres engeitados que soma por tudo vynte e oyto myll e setesentos E syncoenta reais E mais huns myll E duzentos E sincoenta reais pera as cuStas E quebras que somou todo trynta myll reais”. A criação a partir dos sete anos Deduz-se, pelos termos da citada carta de D. Manuel (de 1532) 2 DE JULHO, INAUGURAÇÃO POLIDESPORTIVO DESCOBERTO – No próximo dia 2 de Julho, será inaugurado o novo Polidesportivo Descoberto de Azinheira dos Barros. Com um programa a iniciar pelas 10h00, com um Torneio de Futsal Quadrangular, o dia continua com diversas actividades, estando reservado o final da tarde para a inauguração oficial pelo Presidente da Câmara Municipal de Grândola. Este novo equipamento é aguardado pela população há mais de 30 anos, e a sua inauguração é um momento alto e de grande festa para Azinheira dos Barros. Neste mesmo dia é inaugurado o Jardim Eduardo Carvalho, onde se encontra o monumento de homenagem ao Trabalho Rural. No centro deste Jardim está uma peça onde constam versos de vários poetas populares naturais de Azinheira dos Barros, e imagens esculpidas de elementos da ruralidade. FESTIVAL POUCA ROUPA, LOUSAL – Nos dias 3,4 e 5 de Junho a Tapada do Lousal foi palco da 1ª edição do Festival de Música “Pouca Roupa”. Este Festival, em homenagem a um saudoso Lousalense, reuniu centenas de pessoas em torno de diferentes géneros musicais e de diferentes actividades. Desde a actuação do grupo “Fábrica de Brinquedos”, “Bang Bang Roses”, até aos Dj’s Bor, Alex Effex ou Poster Emotions, o sucesso desta edição leva a que o grupo de jovens do Lousal a cargo desta organização queira seguramente repetir o Festival no próximo ano. FESTIVIDADES DE VERÃO – Como habitual e no cumprimento da tradição, Azinheira dos Barros e Lousal, terão as suas Festas Populares nas seguintes datas: Festas de São João, Lousal, 24,25 e 26 de Junho de 2011. O Programa sairá brevemente. Festas Nossa Senhora da Conceição, Azinheira dos Barros, 13,14 e 15 de Agosto de 2011. O Programa sairá brevemente. ENVOLVENTES DAS IGREJAS DA FREGUESIA EM OBRA – Depois de concluída a última fase da recuperação da Igreja de Nossa Senhora do Viso, que consistiu na construção de um pequeno muro de suporte em torno do novo pavimento e colocação de perfil de calçada antiga, aproximam-se do fim as obras da Igreja de Azinheira dos Barros. Nesta Igreja, decorrem agora as obras de colocação do pavimento do átrio da Igreja, conclusão da escadaria traseira e pavimentação da envolvente do lado onde será construído o novo Lar de Idosos. Entretanto decorrem a bom ritmo as obras na envolvente da Igreja do Lousal, que consiste na criação de calçada em torno de toda a Igreja, trazendo-a até à Avenida Frederic Velge, e calcetando o espaço entre a Igreja e a Casa Mortuária. Este é um investimento que honra as 3 Igrejas como um factor de união identitária da Freguesia, valorizando o nosso património histórico e religioso. ILUMINAÇÃO PÚBLICA ATÉ DEPÓSITO ÁGUA – Resultado de uma parceria entre a Junta de Freguesia e as Águas do Alentejo, está em fase de conclusão a ligação eléctrica de Azinheira dos Barros ao depósito, permitindo iluminar o depósito, onde já foram colocadas as letras que ficarão iluminadas. Numa fase imediatamente posterior, o caminho será iluminado, uma vez que esta foi uma área recentemente conquistada para o tecido urbano da aldeia. BAIRRO DIRECÇÃO, AVANÇA REQUALIFICAÇÃO PRIMEIRA RUA –Ao longo dos últimos meses foi possível reestruturar a rede de águas e esgotos de uma das ruas do Bairro da Direcção, que continua a ser a questão mais exigente nesta aldeia mineira. Finalizada esta fase, é agora possível avançar com a pavimentação desta rua, sendo a primeira deste Bairro a ser pavimentada. As obras avançarão logo que o tempo o estabilize e o permita. O Executivo da Junta que, numa primeira fase, as autoridades consideravam a criação concluída quando os expostos atingiam a idade de seis anos. Posteriormente, este limite foi ampliado para os sete anos e, a partir daí, se as amas ou as famílias de acolhimento os quisessem manter, deixavam de receber o subsídio. Se não quisessem, eram entregues a lavradores ou mesteirais, para servirem de criados e aprenderem uma profissão que fizesse deles seres úteis à sociedade. Embora continuassem a assumir a tutoria e estabelecessem, em nome dos expostos, contratos formais com os patrões, as autoridades deixavam de efectuar pagamentos por conta da sua criação ou educação. Nos documentos que compulsei, relativos ao século XVI, apenas encontrei um texto de 31 de Agosto de 1596, de um acordo anual estabelecido entre a câmara de Grândola e o sapateiro Manuel Gonçalves (da vila), para este criar em sua casa a exposta Joana. Em troca dos trabalhos por ela prestados, o amo ficaria com a obrigação de lhe dar de comer, vestir e calçar. Nota final Se bem que as informações relativas ao século XVI, em matéria de expostos, sejam escassas, é possível, a partir delas, deduzir algumas conclusões que não andarão longe da realidade. Embora apenas tenha encontrado registos de baptismos a partir de 1573, numa estimativa global, admito que, durante este século, foram baptizadas na igreja matriz de Grândola cerca de 4500 crianças, ou seja, uma média de 45 crianças por ano. Admitindo, também, que o número total de crianças abandonadas no espaço do concelho tenha rondado as quatro dezenas, sou levado a concluir que a taxa de exposição em relação aos nascimentos não andou longe de 1%. Não obstante a falta de dados nacionais que permitam estabelecer um paralelismo entre os vários concelhos, sou levado a pensar que, durante este século, o território grandolense não foi dos mais afectados por este grave problema social. Para isso deve ter contribuído, também, a inexistência de prostituição que, como vimos, era uma das causas mais importantes da exposição de crianças. Em matéria de sobrevivência e tendo em consideração a taxa de mortalidade infantil prevalecente na época, penso que, das cerca de 40 crianças expostas, apenas uma dezena, ou menos, tenha atingido os sete anos de idade. Embora humanamente dolorosa, esta realidade era benéfica para as finanças municipais e para os contribuintes em geral. Apesar disso, admito que o município de Grândola tenha despendido, na segunda metade do século XVI, uma média de 10 a 15 mil reais por ano com a criação de enjeitados. CARVALHAL MARCHAS POPULARES DO CARVALHAL 2011 – É com muito agrado e satisfação que se dirigimos a vossas excelências para vos informar que este ano 2011 as Marchas Populares do Carvalhal voltam a sair à rua. No total vão sair à rua quatro Marchas dos seguintes Bairros e/ou Instituições: Marcha da Escola; Marcha das Lagoas; Marcha do Comercio; Marcha do Bairro do Pinhal. As Marchas vão sair à rua no dia 11 de Junho para Desfile e Actuação, e dia 25 de Junho para Actuação no Recinto de Mercados e Feiras da Freguesia. CAMPO DE FÉRIAS CARVALHAL 2011 – A Freguesia de Carvalhal vai promover no Carvalhal de 27 de Junho a 02 de Setembro, o XII Campo de Férias, destinado a crianças com idades dos 6 aos 12 anos. A realização deste evento tem por objectivos ocupar os tempos livres (Férias de Verão), contribuir para o desenvolvimento social cultural e desportivo dos participantes. FEIRA DA LADRA – A Freguesia de Carvalhal, realiza no dia 19 de Junho a 2ª Feira da Ladra do ano de 2011, no Jardim da Av. 18 de Dezembro. A próxima Feira da Ladra realiza-se no dia 17 de Julho. CENTRO SOCIAL DO CARVALHAL – No dia 12 de Maio o Centro Social do Carvalhal, realizou uma festa convívio e baile para os seus utentes e sócios. A abrilhantar esta festa esteve o Acordeonista e Vocalista João do Carmo. No dia 15 de Maio o Centro Social do Carvalhal, participou na Feira Sénior de Grândola. J.F.C 10 de Junho de 2011 Animação de Verão – Integrados na Animação de Verão de 2011, da responsabilidade da Junta de Freguesia vão realizar-se em Melides dois espectáculos de Fado. Dia 16 de Julho no Anfiteatro do Parque Infantil, terá lugar a Tradicional Noite de Fado e Poesia. No dia 29 de Julho realiza-se a Noite de Fado Vadio, com início às 21h30. Juventude Desportiva Melidense – A uma Jornada de terminar o Campeonato da 2ª divisão da Associação de Futebol de Setúbal a equipa da Juventude Desportiva Melidense, ocupava o 6º Lugar da Classificação. O Melidense realizou uma excelente época desportiva, com destaque também para a sua presença na taça da Associação, tendo chegado às meias-finais. No último jogo do Campeonato defrontou a equipa do Monte da Caparica. Festa de Encerramento das Instalações da Escola Velha de Melides – No dia 28 de Junho de 2011, realizou-se na Antiga Escola do 1º Ciclo de Melides, uma festa de encerramento das suas instalações, em virtude de estarem praticamente concluídas as obras do novo Centro escolar. A iniciativa esteve a cargo da Associação Lufada de D’Ideias, e foi idealizada pelas actuais professoras, educadoras e destinou-se a reunir em ambiente de confraternização alunos e professores que frequentaram a Escola. Na festa actuou a acordeonista Catarina Narciso. À CONVERSA COM PEDRO ÁGUAS Foto Ana Correia MELIDES Ida ao teatro a Lisboa promovida pela Junta de Freguesia – Como vem sendo habitual, a Junta de Freguesia de Melides, organizou no passado dia 21 de Maio de 2011, uma visita a Lisboa, ao Teatro Villaret, para assistir à Peça de Teatro “ Vamos Contar Mentiras”. A deslocação, contou com o apoio da Câmara Municipal de Grândola, que cedeu o autocarro. Porque nem só de pão vive o homem, desta vez fomos ao encontro de Pedro Águas, escritor e poeta grandolense que lançou dia 20 de Abril, na Biblioteca Municipal de Grândola o livro de contos de ficção científica OÁSIS. Nautimodelismo na Fonte dos Olhos – Decorreu nos dias 28 e 29 de Maio de 2011, na Fonte dos Olhos em Melides, uma demonstração livre desta actividade, sem qualquer espírito competitivo. Tendo possibilitado aos presentes verem diversas réplicas de embarcações e outras representações, de cais e faróis, por exemplo. A Junta de Freguesia apoiou esta iniciativa. “A POESIA E A FICÇÃO PODEM SER, AO MAIS ALTO NÍVEL, COISAS INDISTINTAS” Praia De Melides - Apoio de Praia – Se visitar a Praia de Melides, durante a próxima época balnear, a partir de 15 de Junho, terá à sua disposição o Apoio aos Banhistas, com serviço de toldos e sem ter de recorrer às improvisadas “casas de banho”. Na zona do estacionamento e acesso à Praia, junto aos restaurantes, já está a ser efectuados melhoramentos e esperase que o INAG (Instituto das Águas), responsável pelas actuais obras, as consiga terminar em devido tempo, uma vez que as obras a cargo da Câmara Municipal de Grândola naquele espaço, desde à algum tempo se encontram concluídas. VALINHO DA ESTRADA - Grupo de Dança Típica da Queimada – O Grupo de Dança Típica da Queimada, vai levar a efeito nos próximos dias 2 e 3 de Julho de 2011, a Festa do 20º Aniversário. Dia 2 de Julho, Sábado realiza-se o tradicional Festival de Folclore, com a presença de ranchos vindos de diversas regiões de Portugal, às 21h 30, o baile será abrilhantado pelo acordeonista Luís Godinho. Dia 3 de Julho, Domingo o destaque vai, para a actuação do acordeonista Algarvio, Ricardo Alves. Durante os festejos os visitantes terão ao seu dispor, os habituais comes e bebes e haverá serviço de quermesse, para além de outras surpresas. Bailes Populares de Verão no Valinho da Estrada – No recinto de Festas do Grupo de Dança Típica da Queimada, vão realizar-se no decorrer do Verão diversos bailes populares: Dia 26 de Junho, Nélio Marques, dia 10 de Julho, Lionel Alexandre, dia 24 de Julho, João do Carmo. Dia 5 de Agosto, Nélio Marques, 7 de Agosto, Ricardo Alves, 15 de Agosto, Luís Godinho, 21 de Agosto, João do Carmo. Dia 4 de Setembro, Gina Reis e 11 de Setembro, Fernando Pereira. A Junta de Freguesia de Melides na Rádio Clube de Grândola – Desde há alguns anos, a Freguesia de Melides tem um programa de Divulgação na Rádio Clube de Grândola. Ao Sábado entre as 12 e as 13 horas um espaço de notícias de Melides e música portuguesa, com destaque para a presença dos artistas da Região, o programa é denominado: Programa A Terra e o Mar. AP 9 ECOS DE GRÂNDOLA: - Como é que a escrita literária entrou na sua vida? PEDRO ÁGUAS: - Filho de um poeta popular que deixou vasta obra e escrevia letras para algumas personalidades importantes do fado, de uma mãe que escrevia (e escreve) versos e desabafos poéticos de variável grandeza, com um irmão que praticava a escrita de forma displicente (acabando por morrer sem deixar obra significativa), foi menos a influência familiar do que uma poderosa insatisfação perante o que essa influência me oferecia, que me fez tomar exercício de escritas mais ousadas. O facto de o meu irmão ser possuidor de uma vasta biblioteca de ficção científica, influenciou-me definitivamente a escrever nesse género literário. E.G.: - De que forma é que a sua passagem pela Coimbra universitária influenciou a sua escrita? P.A.: - Praticava já uma escrita visceral quando dei comigo a estudar num curso científico em Coimbra. Mas não posso esquecer-me do movimento cultural mais importante de que participei nessa época: o movimento de cumplicidades poéticas Absinto, que ficou conhecido de norte a sul na imprensa da altura por “Grupo Absinto”, colocou-me numa irreversibilidade poética de que não pude jamais fugir. Foram também dessa altura as influências surrealistas mais ortodoxas, que cultivávamos com um posicionamento algo extemporâneo. E.G.: - Poesia e ficção. Coisas distintas, ou duas faces da mesma moeda? P.A.: - A poesia e a ficção podem ser, ao mais alto nível, coisas indistintas. Mas na minha prática, salvo raras excepções, há uma diferenciação clara entre os registos de poesia, ensaio e ficção. Para mim, a poesia é uma necessidade fisiológica, como comer, respirar, etc.; A ficção ocorre-me como superlativo passatempo e paixão de contar histórias; o ensaio encaro-o como uma responsabilidade intelectual. Tudo isto se vem tornando cada vez mais miscível, mas por enquanto é assim. E.G.: - O que procura quando escreve? P.A.: - Leitores. E.G.: - Falemos agora, do Pedro alfarrabista que vende livros velhos na feira da ladra mensal. Compensa economicamente, ou é só por gosto? P.A.: - Comecei a actividade de alfarrabista na Praça das Cebolas, em Coimbra, e já nessa altura o meu objectivo não era lucrativo. Com o negócio dos livros consegui obter livros muito importantes para a minha biblioteca pessoal, alguns que já só circulavam no meio alfarrabista. Mas não deixava de ser agradável conseguir por cinquenta escudos a primeira edição de um livro que estava no mercado em enésima edição, com o mesmo texto e com um preço de quatro contos. A venda de uns livros servia-me para obter outros e ainda pagava o almoço. A minha presença na feira da ladra de Grândola deveu-se simplesmente à necessidade de esvaziar o stock que me ficou dos tempos de Coimbra. Esse objectivo foi conseguido e não conto voltar a praticar alfarrabismo nos próximos tempos. E.G.: - Os seus cadernos de poesia, vendidos directamente mesa a mesa nos cafés da vila, fazem parte do pas-sado, ou são um projecto para continuar? P.A.: - Vender livros brochados e folhetos de poesia na rua é, antes de mais, um acto de intervenção cultural directa. Mas nem sempre há paciência... E.G.: - Desde quando escreve ficção científica? P.A.: - Desde a segunda metade dos anos 80 que são dados a público contos de ficção científica de minha autoria, na imprensa e em outras publicações de especialidade literária. Comecei nas páginas do Diário de Notícias, e são dessa altura alguns dos contos que constituem o livro lançado no dia 20 de Abril. E.G.: - O que procura neste tipo de escrita? Tem algum feed-back dos seus leitores? P.A.: - Para responder a esta pergunta, gostaria de fazer auto-citação de uma frase que foi posta a circular no ECOS DE GRÂNDOLA em Agosto de 1989: “Sempre fui um amante leviano. Se escrevo ficção científica é para me manter no meio de dois grandes amores: a ciência e a poesia. É na ficção científica que se pode estabelecer uma fronteira aberta entre o real e o imaginário – esses dois mundos que são, afinal, a pátria dos humanos” Os leitores procuravam os meus contos por haver neles uma expressividade típica da ficção científica clássica.Teimava eu nessa altura a não encetar negociações com uma nova vaga, nem sempre bem conseguida, que esteve na moda nos princípios dos anos noventa, neste género literário. Posteriormente, eu próprio mudei um pouco o registo da minha escrita, abrindo e abrindo-me a novas possibilidades. E.G.: - Que projectos para o futuro? P.A.: - Publicar mais livros. Posso deixar entrever a publicação de um “Livro de Memórias” para o próximo ano: 25 anos de actividade literária,Tempo de Palavras – Ilusão e Mito. Lucília Saramago 10 10 de Junho de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL N.º 130 PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, não pública, de 19 de Maio de 2011 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Protocolo de Cooperação entre a Direcção Geral de Reinserção Social e o Município de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Protocolo de Cooperação entre a Direcção Geral de Reinserção Social e o Município de Grândola, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de atribuição de subsídio ao Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores: Deliberado, por unanimidade, atribuir um subsídio, no montante de €1.500,00 (mil e quinhentos euros), à Associação Portuguesa de Escritores, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de Reestruturação do Programa “ Bora Lá Bulir ”: Deliberado, por unanimidade, aprovar a reestruturação do Programa “Bora Lá Bulir”, excluindo a alínea h) do Ponto nº 4 e o nº 3 do Ponto nº 13, bem como a alteração da alínea a) do Ponto nº 8, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta relativa ao pedido da SAPEC de revogação da decisão da reunião da Assembleia Geral da Fundação Frédéric Velge, de 23 de Dezembro de 2010, sobre o Projecto de “Descida à Mina”: Deliberado, por unanimidade, aprovar uma posição muito firme de empenhamento com este projecto e da sua defesa intransigente e ainda transmitir na próxima Assembleia Geral da Fundação Frederic Velge que a Câmara não estará disponível para revogar a deliberação de 23 de Dezembro de 2010 da Assembleia Geral da Fundação Frederic Velge, salvo se a SAPEC estiver disponível para mandatar a Câmara Municipal de Grândola, no sentido de poder encontrar outro parceiro, criando assim condições para dar continuidade à candidatura já aprovada, de acordo com a Proposta dos Serviços. Apreciação e eventual aprovação da Proposta de anulação do Procedimento de concurso público de concepção para a elaboração do Projecto de Ampliação e Requalificação da Biblioteca Municipal e criação do Arquivo Municipal de Grândola: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a anulação do Procedimento de concurso público de concepção para a elaboração do Projecto de Ampliação e Requalificação da Biblioteca Municipal e criação do Arquivo Municipal de Grândola, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de exercício do direito de preferência sobre o prédio ou venda do lote a Francoiçe Marie Aurelie Dumas, Lote 15 do Loteamento C1 do Carvalhal: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, não exercer o direito de preferência sobre o prédio e vender à Requerente, Françoise Marie Aurelie Dumas, o Lote 15 do Loteamento C1 do Carvalhal, a um preço de €130,00/m2 (cento e trinta euros/m2), de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de exercício do direito de preferência sobre o prédio ou venda do lote a Francoiçe Marie Aurelie Dumas, Lote 16 do Loteamento C1 do Carvalhal: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, não exercer o direito de preferência sobre o prédio e vender à Requerente, Françoise Marie Aurelie Dumas, o Lote 16 do Loteamento C1 do Carvalhal, a um preço de €130,00/m2 (cento e trinta euros/m2), de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação do Projecto de licenciamento destinado a Lar de Idosos em Azinheira dos Barros, requerido por Fundação Padre Américo: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Projecto de licenciamento destinado a Lar de Idosos em Azinheira dos Barros, requerido por Fundação Padre Américo, de acordo com a proposta dos serviços; Apreciação e eventual aprovação do pedido de isenção de taxas de licenciamento, requerido pela Fundação Padre Américo, referente ao Projecto do Lar de Idosos em Azinheira dos Barros e remissão à Assembleia Municipal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a isenção de taxas de licenciamento, requerido pela Fundação Padre Américo, referente ao Projecto do Lar de Idosos em Azinheira dos Barros e remissão à Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de revogação da deliberação de 24 de Março de 2011, referente à Proposta de consultoria jurídica para avaliação da possibilidade de execução de operações urbanísticas na UOPG do PP2 – Plano Pormenor Área Poente de Grândola: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a revogação da deliberação de 24 de Março de 2011, referente à Proposta de consultoria jurídica para avaliação da possibilidade de execução de operações urbanísticas na UOPG do PP2 – Plano Pormenor Área Poente de Grândola, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de alteração de loteamento titulado pelo Alvará nº 10/2007 e Proposta de compra da área que constitui os caminhos pedonais adjacentes aos lotes 33 e 35 do alvará de loteamento nº 10/2007 – Lagoa Formosa – Carvalhal, requeridos respectivamente: Herdade da Comporta – Actividades Agro silvícolas e Turísticas SA e Luís Torres de Castro e Almeida: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a alteração de loteamento titulado pelo Alvará nº 10/2007 e Proposta de compra da área que constitui os caminhos pedonais adjacentes aos lotes 33 e 35 do alvará de loteamento nº 10/2007 – Lagoa Formosa – Carvalhal, requeridos respectivamente: Herdade da Comporta – Actividades Agro Silvícolas e Turísticas SA e Luís Torres de Castro e Almeida, de acordo com a Proposta dos Serviços; Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Concelho de Grândola, 25 de Maio de 2011. O Vereador do Pelouro da Administração, PSD – Concelhia de Grândola (…) Pois o interesse pelas pessoas, de que falávamos na anterior edição do “Ecos”, é justamente o que menos vemos discutido hoje em dia, em detrimento do “olhar apenas para o próprio umbigo”. E é pena… é lamentável! E isto acontece porquê? Muito frontalmente e sem receios o digo, que o actual PS reserva, apesar das constantes denúncias, os “tais” lugarezinhos para os seus amigos na máquina do Estado e noutras. Tão ou mais grave, é o constante povoamento e ocupação pelos amigos do PS, dos lugares em direcções gerais, empresas públicas, institutos, etc. que em vez de defenderem o interesse público – leia-se de “TODOS OS PORTUGUESES”, apenas defendem os seus próprios interesses e de quem os colocou lá. Passando para o aparelho de Estado, e mais propriamente para a autêntica vergonha em que se tornaram as Finanças Públicas, mais concretamente nos últimos 3 a 4 anos, o desastre é total: défices absolutamente escondidos dos Portugueses, verbas que saem sem destino conhecido, derrapagens, projectos megalómanos, etc. que só nos vêm demonstrar que estas pessoas não foram sérias na Governação do País e na gestão financeira do mesmo. Estamos quase na bancarrota – isto é um facto – e tal facto deve-se ao Governo Socialista ter sempre ocultado o verdadeiro estado da situação do País aos Portugueses. Por isso é que tanto insistimos na necessidade de pessoas “transparentes” e com espírito de iniciativa, o que passa (passou) claramente por uma mudança de Governo. Uma mudança que permita ás pessoas e ás empresas terem as suas próprias e livres iniciativas, não estando sempre à espera do tachinho oferecido pelo Sr. Ministro “tal” ou pelo autarca “fulano tal”. Mas mais uma vez: isso são contas de outro rosário… (Continua na próxima edição) Isidro Gonçalves Comissão Politica do PSD de Grândola [email protected] Reordenamento da Rede Escolar As orientações para o reordenamento da rede escolar publicadas o ano passado, em especial as que prevêem o encerramento das escolas primárias, estão outra vez na ordem do dia. Aliás no passado mês de Abril foi aprovada uma moção da Assembleia Municipal que retoma exactamente este assunto, sendo de saudar a convergência de ideias dos partidos políticos representados na casa da democracia de Grândola em torno desta matéria, no sentido de recomendar às Juntas de Freguesia envolvidas e também ao executivo municipal que façam tudo o que estiver ao seu alcance para evitar o encerramento de escolas primárias no concelho de Grândola. O PS local compreende as principais motivações que levaram à implementação desta medida, mas considera que devemos, em primeira instância, depositar confiança em quem nos representa localmente para não deixar acontecer aquilo que já poderia ter acontecido no ano lectivo anterior. Devemos pugnar pela defesa das escolas primárias mais isoladas e de dimensão mais reduzida do nosso Concelho, enquanto factores potenciadores de oportunidades para todos, de equilíbrio do território e de combate à desertificação. A Presidente da Comissão Política Concelhia Carla Silva CARTÓRIO NOTARIAL DE GRÂNDOLA NOTÁRIA PAULA SÁ CARTÓRIO NOTARIAL DE GRÂNDOLA NOTÁRIA PAULA SÁ – CERTIFICO, para efeitos de publicação que por escritura do dia dezassete de Maio de dois mil e onze, lavrada a folhas 122 do Livro 14-A, deste Cartório, JOSÉ FRANCISCO LOPES DIOGO e mulher ERCÍLIA MARIA CORREIA DIOGO casados no regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Azinheira dos Barros e S. Mamede do Sadão, concelho de Grândola residentes na Rua Prof. Dr. Egas Moniz, nº 7 – 2º frente, freguesia Aldeia de Paio Pires, concelho do Seixal, contribuintes 135749301 e 135749310, declararam que são donos, com exclusão de outrem, do seguinte: --------------------Prédio urbano sito em Aldeia Nova de S. Lourenço, freguesia e concelho de Grândola, composto por prédio urbano destinado a habitação, com a área coberta de quarenta metros quadrados e com a área descoberta de cento e vinte e oito metros quadrados, a confrontar do norte e sul com Rua, do nascente com Joaquim Luís e do poente com Joaquim Pereira, inscrito na respectiva matriz predial, em nome de Felicidade Carregueira sob o artigo 2805, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola. – Que este prédio adveio à posse dos justificantes, por compra verbal a João Ramos, viúvo, já falecido, residente que foi em Canal Caveira, na referida freguesia de Grândola, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e oitenta e quatro, que por sua vez havia sido adquirido por sucessão hereditária de Felicidade Carregueira. ---------------------------------------------– Que, desde essa data, têm eles, justificantes, possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida na habitação da casa, na sua conservação, bem como em todos os demais actos materiais de fruição, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, continua e pública. – Como esta posse assim exercida durante mais de vinte anos, o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir o prédio por usucapião, que invocaram para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dada que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma. ----------------– Que desta forma, justificam a aquisição do aludido imóvel por usucapião. – ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. --------------------------------------------Grândola, 17 de Maio de 2011. ---------------------------------------------------A Notária, Registo nº 2/455/2011 Factura nº 455/2011 – CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia onze de Maio de dois mil e onze, lavrada a folhas 92 do Livro 14 – A, deste Cartório, BERTO JOSÉ e mulher FRANCISCA MARIA DIAS casados no regime da comunhão geral, naturais respectivamente da freguesia de Santiago do Escoural, concelho de Montemor-o-Novo e da freguesia de Albernoa, concelho de Beja, residentes em Vale Gamito, CCI 2009, Isaías, freguesia e concelho de Grândola, contribuintes 155329464 e 207444439, declaram que são donos, com exclusão de outrem, do seguinte: -----------Prédio urbano sito em Vale Gamito, freguesia e concelho de Grândola, composto por prédio urbano destinado a arrecadações e arrumos, com a área coberta de vinte e quatro metros e setenta e sete decímetros quadrados, e com a área descoberta de dois mil quatrocentos e oitenta e oito metros e vinte e três decímetros quadrados, a confrontar do norte com caminho público, do sul Lina Maria Trindade Nunes, do nascente com Abel José Gonçalves e do poente com Walter Vilhena, inscrito na respectiva matriz predial, em nome dos justificantes, sob o artigo 10328, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola. ------------------– Que este prédio adveio à posse dos justificantes, por compra verbal a Francisco Inácio Carolino, solteiro maior, já falecido, residente que foi em Vale Gamito, na referida freguesia de Grândola, em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e oito, transmissão esta meramente verbal, inexistindo portanto qualquer título formal que a possa comprovar. – Que, desde essa data, têm eles, justificantes, possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida na utilização do mesmo para arrecadações e arrumos, na sua conservação, bem como em todos os demais actos materiais de fruição e no pagamento dos respectivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública. -----------------------------------------------------------------------– Como esta posse assim exercida, durante mais de vinte anos, o foi sempre de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, acabaram por adquirir o prédio por usucapião, que invocam para justificar o direito de propriedade para fins de registo predial, dado que este modo de aquisição não pode ser comprovado extrajudicialmente de outra forma, que desta forma, justificam a aquisição do aludido imóvel por usucapião. --------------– ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. Grândola, 11 de Maio de 2011. ---------------------------------------------------A Notária, CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES – Certifico narrativamente que, por escritura trinta e um de Maio do ano de dois mil e onze, lavrada de folhas quarenta e três seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número cento e quarenta e seis-A, deste Cartório a) CECÍLIA MARIA CHAINHO PARREIRA, natural da freguesia de Melides, do concelho de Grândola, divorciada, residente habitualmente em Courela de Santa Marinha, Melides, Grândola, contribuinte fiscal número 208626220 b) MANUEL CHAINHO PARREIRA, segundo declarou, natural da freguesia de Melides do concelho de Grândola, divorciado, residente habitualmente em Pinhal de Cima, São Francisco da Serra, Grândola, contribuinte fiscal número 200640321. c) HÉLDER FERNANDO CHAINHO PARREIRA, segundo declarou, natural da freguesia de Melides, do concelho de Grândola, solteiro, maior, residente habitualmente em Courela de Santa Marinha, Melides, Grândola, contribuinte fiscal número 224444476, justificam ser donos e legítimos possuidores, em comum e partes iguais, com exclusão de outrem, de um prédio rústico composto de parcela de terreno, com a área de sessenta e seis mil setecentos e setenta e sete vírgula cinquenta metros quadrados, situado em Courela do Telheiro, na freguesia de Melides, do concelho de Grândola, que confronta do Norte com Outeiro dos Castelinhos, do Sul com Herdade do Patinho, do Nascente com Cerca da Fonte, e do Poente com Herdeiros de Isabel Parreira, que se encontra inscrito sob parte do artigo I da Secção Q, da matriz rústica da freguesia de Melides, constando como titular do referido artigo matricial José Chainho (cabeça-de-casal da herança de), bisavô dos ora justificantes. --------------------------------------------------------------– Que, no tocante ao registo predial, faz parte do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola sob o número quinhentos e sessenta e nove, de vinte e um de Setembro de mil novecentos e oitenta e oito, da citada freguesia de Melides, com registo de direito de propriedade a favor de: Cecília Maria Chainho Parreira Ramos, casada com Carlos Filipe dos Santos Ramos Parreira sob o regime da comunhão de bens adquiridos, ao presente divorciados; Hélder Fernando Chainho Parreira, solteiro, maior; José Maria Parreira, viúvo; Manuel Chainho Parreira, divorciado; Sidónio José Chainho, casado com Maria Isabel Marcelino Chainho sob o regime da comunhão de bens adquiridos, em comum e sem determinação de parte ou direito, sob a inscrição requisitada pela Apresentação novecentos e quarenta e seis de um de Fevereiro de dois mil e onze. – ESTÁ CONFORME. -----------------------------------------------------------------Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos trinta e um de Maio do ano de dois mil e onze. Registo nº 2/430/2011 Factura nº 430/2011 CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES – Certifico narrativamente que, por escritura de trinta e um de Maio do ano de dois mil e onze, lavrada de folhas quarenta e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número cento e quarenta e seis-A, deste Cartório, SIDÓNIO JOSÉ CHAINHO, natural da freguesia de Melides, do concelho de Grândola, que declarou ser casado com Maria Isabel Marcelino Chainho sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residente habitualmente em Estrada de Vale Figueira, Caixa Postal número mil duzentos e quinze, Melides, Grândola, contribuinte fiscal número 115851739, justifica ser dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, de um prédio rústico composto de parcela de terreno, com a área de sessenta e seis mil setecentos e setenta e sete vírgula cinquenta metros quadrados, situado em Courela de Telheiro, na freguesia de Melides, do concelho de Grândola, que confronta do Norte com Outeiro dos Castelinhos, do Sul com Herdade do Patinho e caminho, do Nascente com Cerca da Fonte, e do Poente com Herdeiros de Isabel Parreira, que se encontra inscrito sob parte do artigo 1 da Secção Q, da matriz rústica da freguesia de Melides, constando como titular do referido artigo matricial José Chainho (cabeça-de-casal da herança de), avô do ora justificante. ---------------------------------------------------------------------– Que no tocante ao registo predial, faz parte do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola sob o número quinhentos e sessenta e nove, de vinte e um de Setembro de mil novecentos e oitenta e oito, da citada freguesia de Melides, com registo de direito de propriedade a favor de Cecília Maria Chainho Parreira Ramos, casada com Carlos Filipe dos Santos Ramos Parreira sob o regime da comunhão de bens adquiridos, ao presente divorciados; Hélder Fernando Chainho Parreira, solteira, maior; José Maria Parreira, viúvo; Manuel Chainho Parreira, divorciado; Sidónio José Chainho casado com Maria Isabel Marcelino Chainho sob o regime da comunhão de bens adquiridos, em comum e sem determinação de parte ou direito, sob a inscrição requisitada pela Apresentação novecentos e quarenta e seis, de um de Fevereiro de dois mil e onze. – ESTÁ CONFORME. -------------------------------------------------------------------Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves, aos trinta e um de Maio do ano de dois mil e onze. O Notário O Notário, Aníbal Cordeiro (Lic. João Farinha Alves) Conta nº 349 (Lic. João Farinha Alves) Conta 347 10 de Junho de 2011 A espuma dos dias “Os caminhos fotográficos estão sempre livres, à espera de serem percorridos de preferência com toda a nossa paixão.” Joel Santos (Livro de Fotografia) Nessa intenção partimos nós à descoberta do Jardim Geológico da Mina do Lousal, esta é uma viagem de 350 milhões de anos. Lousal integrado na extensa faixa piritosa ibérica, que se estende por cerca de 250 Km, do Vale do Sado até ao Vale do Guadalquivir, foi habitado desde o período Neolítico. O aparecimento da actual povoação deve-se à exploração Mineira que teve início na 2ª metade do século XIX e teve o apogeu da actividade entre a década de 40 e 60. Tendo encerrado no ano de 1988. São testemunho de todo este historial a Aldeia e a Mi-na, e as suas Gentes, num projecto que constitui uma homenagem à cultura alentejana e à memória do que foram séculos de exploração Mineira. A criação de um Parque Mineiro emoldurado por uma componente lúdica e cultural pode ser visitado: o Museu da Mina; o Centro de Ciência viva; Museu interactivo (descida à Mina); o parque Geológico, assim como o Centro de Artesanato o Restaurante e a Albergaria. Neste contexto e em colaboração com Associação A.A.P.F.E.A.I.C. no dia 18 de Junho vai realizar-se um “Work-shop de Fotografia” com orientação de Manuel Ribeiro. Consulte o programa no Facebook, ou contacte 919127027. O Lousal constitui um dos nossos melhores cartões de visita, englobado nos vários projectos de desenvolvimento turístico da região e do Concelho, que vai desde o interior ao litoral. Cecília E. Cordeiro Divagando Estávamos no mês de Maio Ouvia-se cantar o gaio. O sol sorria, sorria Emoldurando a pradaria Matizada pelas flores Que nos brindavam de odores As aves, com seus gorjeios Voavam em devaneios Fugindo aos seus labores Aninhando com seus amores. Uma estranha nostalgia Como se pura magia Vi-me ainda criança Correndo com confiança As flores ia abraçando Como se estivesse dançando. Senti-me adolescente Abraçando docemente O meu primeiro amor Desfeito em fumo sem cor. Eu era mulher cansada Incompreendida e quebrada Filhas e netos enlaçava Com sofreguidão os beijava. No horizonte, declinava O sol que iluminava. E… uma aura soprou E uma lágrima deslizou. O Outono bem apressado Em mim tinha já chegado M.V.R. 11 A pedagogia da crise Desde há muito tempo que o professor Ribeiro Telles vem “apregoando” ao vento, a importância tâ das hortas urbanas, embora, argumentando, as suas vantagens. Desde logo, pela componente p da sustentabilidade ambiental, visto que a produção de plantas nas cidades contribui p que o ambiente seja melhor. Depois, a qualidade dos produtos produzidos pelos próprios para consumidores, c dá uma garantia, nem sempre obtida nas grandes superfícies. Em terceiro lugar, uma u concepção bem mais naturalista e rural, como de resto, continua a ser a nossa sociedade. Finalmente, F o aspecto terapêutico do trabalho físico e relax psicológico que os operadores das d hortas beneficiam. Todos estes argumentos, mercê de uma euforia a que o novo-riquismo n foi indiferente, sempre maltrataram os bons conselhos de sabedoria e científicos do velho não académico. a Numa confissão de desespero, o credenciado professor catedrático lamentava numa n conferência: “Em Lisboa, as pessoas estão convencidas que a paisagem urbana tem de ser constituída c por prédios, e que o resto simboliza um atraso”. ANTÓNIO G. CHAÍNHO Em países desenvolvidos, sempre houve esta prática, cujo fenómeno surgiu nos países do norte n da Europa, durante a segunda metade do século XIX. Na Alemanha, um dos países pioneiros, existem hortas urbanas desde 1864, ano em quee se criou a pr pprimeira imeira associaçã associação, ç o,, em Leip Leipzig. pzig. g Na Dinamarca,, o ppaís aís europeu com a maior percentagem de hortas urbanas, esta tradição remonta ao século XVIII, existindo actualmente 409 associações de agricultores e jardineiros urbanos. Ar-reigados a alguma saloiice bem portuguesa, só agora, com o surgimento da crise económica e financeira, nos lembrámos que as hortas podem concorrer para diminuir os nossos deficits familiares. Conheço, pessoalmente, grandes projectos em Valência e em Bilbau, que aproveitam os espaços das traseiras das grandes avenidas, para os utilizarem na produção de verduras dos moradores. Estou a lembrar-me dos quintais existentes nas traseiras das avenidas novas, em Li Lisboa b e em zonas hi históricas ói da cidade d id d que bbem poderiam d i ser aproveitadas para esse efeito. Hoje, quase todas as grandes cidades, em Portugal, já começam a realizar essa prática bem generosa para a qualidade de vida dos urbanos. Grândola, com uma tradição antiquíssima, sempre teve as suas hortinhas. Há uma ligação muito forte ao campo das nossas gentes. A nossa vila sempre foi um notável exemplo. Por terras de Sua Majestade Na altura em que escrevo a crónica para o ECOS de Junho, estou a residir temporariamente em e Nottingham, em Inglaterra, em casa da minha filha que é actualmente Professora na Universidade d de Nottingham, Universidade onde me doutorei nos anos setenta e onde a mesma filha se doutorou d há cerca de cinco anos. Nottingham, que é uma cidade de média dimensão, com uma população que se aproxima actualmente a de um milhão de habitantes, situa-se no coração de Inglaterra, tendo ficado ligada à lenda de Robin Hood, ou Robin dos Bosques como costumamos designar o herói, o qual, em e plena Idade Média, roubava aos ricos para dar aos pobres, um pouco ao contrário do que se s passa hoje, em que, de certa maneira, “se rouba aos pobres para dar aos ricos”, se estes forem f accionistas da banca, a qual não pode de modo algum, declarar insolvência, mesmo se insolvente i tiver ficado por má gestão! Ainda hoje Nottingham ostenta os seus símbolos desse passado, tendo sabido manter o mito de d Robin Hood sempre vivo, por razões de tradição, turismo e negócios, podendo-se visitar o castelo – hoje um palácio onde o mesmo se erguia, na Idade Média – bem como a velha praça c designada por Old Market Square, onde se situava e situa o coração da velha urbe. d Trata-se de uma região pujante do ponto de vista económico, científico e cultural, em que não n são visíveis quaisquer sinais da famigerada crise internacional, pelo contrário, onde os indícios são de crescimento nos negócios c e de estabilidade no emprego. Embora se note uma tremenda evolução sócio-económica desde a longínqua época em que aqui vivi, durante três anos, há coisas que nunca mudam nesta sociedade anglo-saxónica, metodicamente organizada, eficiente, tolerante e democrática, mas, ao c mesmo m tempo, muito ciosa da sua terra, para aquém do canal da Mancha. A primeira página dos jornais continuam a dar preferência a notícias que interessam essencialmente à sua gente, sendo pouco usual u ver manchetes de primeira página sobre factos de interesse mundial ou europeu, pese embora a Inglaterra integrar a União Europeia, mas não a União Monetária europeia. E Por exemplo, no conceituado diário The Guardian de17 de Maio, a notícia da reunião dos Ministros das Finanças da Eurozona, que concordou com o empréstimo de 78 mil milhões de euros a Portugal, foi relegada para a página 24. Já a primeira página do mesmo c jornal do dia seguinte, - e de quase todos os outros - dava um enorme relevo à visita de Estado da rainha Isabel II à República da Irlanj da, d nos dias 18 e 19 de Maio, visita realmente histórica no contexto da relação entre os dois povos. A visita começou por ser objecto de d excepcionais medidas de segurança, até porque foi anunciada uma suspeita de bomba em Londres, na véspera do seu início, que colocou c a cidade em alvoroço, com um notável aparato das forças de segurança, que aliás se notou, embora discretamente, noutras cidades, c nomeadamente aqui em Nottingham. Para quem se lembre do que foi a difícil relação política entre a Irlanda e o Reino Unido, tratou-se de um acto de grande simbolismo, pois foi a primeira visita real da coroa inglesa à República da Irlanda desde que esta se tornou independente em 1922 – e b a apenas na parte sul da Ilha – já que a Irlanda do Norte continua sob a soberania inglesa, apesar da luta invariavelmente presente, e por vezes violenta, entre os católicos, defensores da República e os protestantes, fiéis a Sua Majestade. Numa altura em que a Irlanda se sente deprimida e porventura humilhada com a inevitável submissão à troika que também n “ajudou”, a visita real, considerada “uma triste e lamentável realidade da história”, pelo Guardian, corria o risco adicional de nos s considerada paternalista, o que explica uma certa frieza do povo irlandês, bem como algumas manifestações hostis e até a ser detecção de uma bomba artesanal prontamente desmontada pelas incontáveis forças de segurança. d A mensagem que se passou foi a de que visita se traduziu, não num pedido de desculpas do antigo colonizador, mas uma hom menagem explícita aos irlandeses que tombaram na sua rebelião a favor da independência e representou não só uma expressão i inequívoca da vontade de esquecer o passado, como um acto de abertura a uma maior cooperação política futura entre os dois p povos. Todavia, acrescente-se, a mera existência da soberania inglesa na parte norte da ilha, não deixa de representar para os republicanos uma espinha atravessada na garganta que não parece despertar muito entusiasmo numa reconciliação total entre r os o dois povos. 12 10 de Junho de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA AVISO N.º 150 Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador do Pelouro do Urbanismo, Faz Saber: -----------------------------------------------------------------------------------------------Em cumprimento do disposto na alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º do D.L. n.º 555/99, de 16 de Dezembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 26/2010, de 30 de Março, foi emitido o Aditamento N.º 1 ao Alvará de Loteamento n.º 1/2007, em nome de Joaquim Ângelo e Cachadinha, S.A., com sede na Rua General Humberto Delgado, nº 29, em Grândola contribuinte fiscal n.º 500128642, que titula a aprovação da Operação de Loteamento e respectivas Obras de Urbanização, que incidem sobre o prédio sito em “Cerca Grande – Cerrado do Arraial”, da freguesia de Grândola, inscrito na matriz predial sob o artigo 349.º da Secção KK da respectiva freguesia e descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola, sob o N.º 4526/20070410, da referida freguesia de Grândola. ----------------------------------------------------------------------------A alteração ao loteamento foi requerida pela Sr.ª Daniela Sofia Amaro Rodrigues Parreira e aprovada por despacho do Sr. Vereador do Pelouro do Urbanismo, exarado em 2011/03/22, proferido no uso da competência Subdelegada pelo Sr. Presidente da Câmara através dos Despachos nºs 12/09 de 06/11 e 17/09 de 19/11 e 2/11 de 03/11, incide sobre o Lote 10, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 9637 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola sob o N.º 4536/20070410, respeita o Plano de Urbanização de Grândola e consta na alteração do lote n.º 10, no que diz respeito à alteração do polígono de implantação da área da implantação, que passa de 177,20m2 para 170,27m2 incluindo anexos com 25m2, a área bruta de construção que passa de 177,20m2 para 315,54m2 incluindo anexos com 25m2, o número de pisos passa 1 ou 2 pisos para 1 ou 2 pisos acima da cota de soleira e 1 piso abaixo da cota de soleira com o uso de estacionamento e arrumos com a área de 145,27m2, conforme Planta Síntese do Loteamento com Alteração do Lote 10 que constitui o Anexo I. ------------------------Mantendo-se tudo o resto. ------------------------------------------------------------------------Grândola, Paços do Concelho aos 06 dias do mês de Junho do ano dois mil e onze. ----O Vereador do Urbanismo Aníbal Cordeiro Estórias Reinventadas Há que ter esperança!... H Ela já não era muito nova e andava numa azáfama muito ggrande. E naquele momento como estava só ela a atender o os clientes na pastelaria, tão depressa quanto podia, tanto aatendia ao balcão, lá dentro, como cá fora às mesas. Acontece que no momento exacto em que tirava a contta de um cliente na máquina registadora e falando para cconsigo própria teve o seguinte desabafo: - É muito triste tte ter que trabalhar ao domingo e dando conta, no mesmo in instante se resignou, que pior seria se não tivesse emprego. Um cliente que se vinha aproximando do balcão e sem querer quuer erer esc escutar utar t o seu d desabafo esab aba baffo que mais lhe pareceu um lamento, procurando encorajála disse: - Esqueça que é Domingo! … - Não é fácil quando o domingo é o dia em que se pode estar com os filhos, respondeu ela. Mas o cliente já de saída ainda insistiu: - Não desanime que melhores dias hão-de vir!... Ao que ela, embora pouco animada, aquiesceu com um encolher de ombros. Reflexões 104 Ética, política e responsabilidade A crise política que procedeu à crise económica actual, sse sem e precedentes desde o 25 de Abril, propõe que façamos aalgumas reflexões sobre as questões que a envolve. Temos ppor adquirido que todas as actividades são dignas de ser eexercidas, mas diz a tradição cultural que nenhuma é mais nnobre do que a política, porque quem a concretiza assume rre responsabilidades, perante o povo, que apenas são compatíveis com altas qualidades morais, éticas e sapienciais dos ttí hhomens públicos. Sendo assim, quem se propõe exercer a actividade pollít lítica é suposto ser imbuído de um espírito de serviço à ccausa pública e só aquele o orientará. Com efeito, sendo legítima a ambição da conquista do poder, tal perde sentido lle sse quem a tem se orientar para outros valores, que não foram expressos anteriormente nas suas intenções públicas. rra É verdade que nem todos aqueles que se propõem exercer a acção política pensam da mesma maneira, o que facilita as escolhas pelo soberano (o povo), na hora de fazer a sua opção perante um leque de ofertas. É por isso que defendo a urgência da clarificação das ideologias, mesmo em tempo de crise. Para tanto, o eleitor, para decidir em consciência, tem que conhecer os princípios políticos que dão forma ao pensamento daqueles que se propõem governar a polis; o eleitor deverá ser informado, sem ambiguidades nem subterfúgios, pelos líderes políticos, dos valores que defendem, sejam os valores pessoais, como os da organização política a que pertencem. Ora, um político não pode executar os valores do partido a que pertence, se os seus são diferentes; se tal ocorre, ressalta dessa incongruência um estado de puro oportunismo. A prudência, a coragem, a rectidão, a verdade e o saber são valores que devem constituir a matriz genética dos aspirantes à governação. Porquê? Porque, quando tomarem decisões, em nome do povo a que pertencem, não deverão ignorar que tais decisões influenciarão, positiva ou negativamente, a vida das pessoas, das instituições e do País. Porquanto, mais do que qualquer outra actividade (que implique apenas o particular), a praxis política é de uma exigência superior, uma vez que implica o geral, ou seja, TODOS. E é aqui que, a par dos princípios acima indicados, entra a ética da responsabilidade, valor que os políticos não podem ignorar nem subestimar, sob pena de deixarem de ser respeitados. A ética da responsabilidade coage o político a não ocultar as causas e as consequências dos actos e decisões que pratica. Sabemos que, por vezes, é necessário tomar medidas que não estavam previstas, e que são inevitáveis. Então, o político deve ser transparente e esclarecer a razão que conduz àquelas medidas; enfim, deve dizer a verdade. O povo compreende e aceita os políticos credíveis. Mais uma vez se assinala a importância do conhecimento das ideologias em confronto: por exemplo, o político deve ser claro quanto ao seu pensamento sobre os sectores público e privado, e quanto ao Estado Social. Não deve ficar pelo talvez, sim… sim… também nós… isto não tem sentido. Ou seja, tem o sentido do engano. Por outro lado, o político, cada político, não pode pensar que tem o monopólio da verdade, porque ele, quanto muito, tem a sua própria verdade, que pode não ser a verdade do OUTRO. É difícil entender isto? Por exemplo, na peleja eleitoral da Primavera, uns defenderam a estatização de vastos sectores de actividade empresarial, enquanto outros defenderam o contrário, ou seja, a privatização de quase tudo o que é sector empresarial do Estado, outros, ainda, pretendiam privatizar algumas empresas; e nada foi dito, claramente, do que não deve ser estatizado, nem do que não deve ser privatizado. Foi pena. Seria boa orientação para nós. Então, poderemos questionar, a luz da ética política, em que critérios se fundamentaram para propor a estatização ou privatização de determinadas empresas ou sectores da actividade económica? Eis o que os políticos, dos vários quadrantes ideológicos, não fizeram: elencar os critérios que dão corpo às suas propostas. Ao invés, preferiram criar uma nebulosa que pairasse sobre o espírito do soberano, como que a dizer: depois adaptamo-nos à situação que as vicissitudes impuserem. Ora, aqui está o que não deve ser feito. Mas esta é uma prática que está muito penetrada nas mentes de muitos políticos, ressalvando as boas excepções. Os políticos deverão agir nos termos da ÉTICA DA RESPONSABILIDADE. Esta é a posição que está em harmonia com os ditames da democracia. Mas o que é que vemos? Que esta prática não é considerada por muitos, a todos os níveis da responsabilidade política, que vai da mais pequena célula administrativa até ao topo da hierarquia política. Que fazer? Para já, vamos reflectindo. A reflexão e a palavra também são armas que podemos e devemos alimentar e utilizar. ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE GRÂNDOLA Campanha de Angariação de Fundos para Aquisição de Viaturas AMICICLO Com o decorrer das competições ao longo do presente ano, verifica-se um apurar de forma dos nossos atletas, que continuam a brilhar nas provas em que participam. No Campeonato do Mundo de Triatlo Cross de Grupos de Idade, o Rui Dolores ficou em 2º lugar no escalão (25-29 anos), e a Sofia Brites em 7ª no escalão também no mesmo escalão. No Triatlo longo de Lisboa o Rafael Gomes obteve novamente lugar de relevo alcançando o 5º lugar absoluto, e 2º no escalão 24-29 anos. António Figueiredo Devido ao envelhecimento do parque de viaturas e ao consequente aumento das despesas de manutenção, decidiu a Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Grândola, lançar uma campanha de angariação de fundos destinada à aquisição de uma ambulância de socorro e de uma viatura de combate a incêndios florestais. Espera a Direcção desta Associação a colaboração de todos os Grandolenses, de modo a concretizar este objectivo no mais curto espaço de tempo. A Direcção irá publicitar neste jornal o montante recebido nesta campanha. Poderá fazer o seu donativo na secretaria da Associação ou através de depósito bancário. Para a Ambulância na Caixa Geral de Depósitos NIB 0035 0357 0001 6164 430 26 Para a Viatura de combate a incêndios florestai s na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo NIB 0045 6323 4020 5731 244 54 Gratos pela Vossa generosidade, A Direcção Montante recebido até 20 de Maio de 2011 Viatura de Combate a Incêndios Florestais: Transporte do mês anterior .............................................................................................................................................. Total a transportar: ........................................................................................................................................................ 92.471,25€ 92.471,25€ Ambulância de Socorro: Transporte do mês anterior .............................................................................................................................................. Total a transportar: ........................................................................................................................................................ 24.489,75€ 24.489,75€ Fotos de Ana Correia Foto de Ana Correia Foto de Ana Correia 10 de Junho de 2011 13 14 10 de Junho de 2011 CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL N.º 110 EDITAL N.º 113 PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, pública, de 05 de Maio de 2011 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: Apreciação e eventual aprovação da Proposta de apoio financeiro à construção do Monumento à Portugalidade no âmbito da subscrição pública nacional: Deliberado, por unanimidade, aprovar o apoio financeiro à construção do Monumento à Portugalidade no âmbito da subscrição pública nacional, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de actualização anual dos preços de venda das Habitações Municipais do Largo Zeca Afonso e Horta do Côxo aos respectivos arrendatários: Deliberado, por unanimidade, aprovar a actualização anual dos preços de venda das Habitações Municipais do Largo Zeca Afonso e Horta do Côxo aos respectivos arrendatários, de acordo com a Proposta dos Serviços; Paulo Alexandre Mateus do Carmo, Vereador da Câmara Municipal de Grândola: Faz saber , que por ter terminado o período legal de exumação (3 anos), as sepulturas do Cemitério Municipal de Grândola a seguir mencionadas, serão consideradas livres a partir do próximo mês de Julho, se não forem reclamados nos termos regulamentares, pelos titulares de interesse directo e legítimo, os restos mortais dos corpos que nas mesmas foram sepultados. TALHÃO G N.º DO COVAL NOME DO FALECIDO N.º DO COVAL NOME DO FALECIDO 1 Ermelinda Maria Pereira 28 Isabel Maria Pereira 2 Mercinda Maria Augusto 29 Maria da Ascensão 3 Maria Leonor Costa Pereira Lourenço 30 Máxima Augusta Catalão dos Reis Apreciação e eventual aprovação de actualização das rendas apoiadas e preço técnico dos fogos do Bairro da Esperança e Azinheira dos Barros: Deliberado, por unanimidade, aprovar a actualização das rendas apoiadas e preço técnico dos fogos do Bairro da Esperança e Azinheira dos Barros, de acordo com a Proposta dos Serviços; 4 Maria Rosa Ramos 31 Maria Rosa Santinhos 5 Joaquina Luísa Ferreira de Matos 32 Manuel Maria Francisco Apreciação e eventual aprovação da Proposta de rectificação da informação relativa à alteração do Loteamento C4 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a rectificação da informação relativa à alteração do Loteamento C4 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços; 6 Emílio José Espada Furtado 33 Elisa da Encarnação Pereira 7 Mariana Quitéria Vaz 34 Ercília Maria Lucas 8 Maria Teresa Figueira Pinho Grosso 35 Irene Lucrécia Pereira Chaínho 9 Irene da Conceição Dâmaso 36 Francisco Gamito 10 Rosinda Maria Gomes 37 Custódia de Jesus Ferreira 11 Custódia Candeias Santos Daniel 38 Mário Severino Marques Jorge 12 António José Felício Costa 39 Hermínio do Rosário Joaquim 13 Luísa Maria Pereira 40 Humberto José de Oliveira Parreira 14 Maria Custódia 41 Constantino António 15 Francisco Pereira 42 Maria Emília Fernandes Nunes Moura Apreciação e eventual aprovação da Proposta de actualização anual das rendas apoiadas e preço técnico dos fogos do Largo Zeca Afonso e Horta do Côxo: Deliberado, por unanimidade, aprovar a actualização anual das rendas apoiadas e preço técnico dos fogos do Largo Zeca Afonso e Horta do Côxo, de acordo com a Proposta dos Serviços; Apreciação e eventual aprovação da Proposta de rectificação da informação relativa à alteração do Loteamento C5 – Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a rectificação da informação relativa à alteração do Loteamento C5 – Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços. Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Concelho de Grândola, 10 de Maio de 2011. O Vereador do Pelouro da Administr Administração, Aníbal Cordeiro CARTÓRIO NOTARIAL DE GRÂNDOLA NOTÁRIA PAULA SÁ – CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura do dia onze de Novembro de dois mil e dez, lavrada a folhas 34 do Livro 12-A, deste Cartório, Cecília Dias Gomes, divorciada, natural da freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho, residente na Rua das Amendoeiras, nº 2, rés-do-chão direito, freguesia de Setúbal (S. Sebastião), concelho de Setúbal, contribuinte 198048041, declara que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: ------------------RÚSTICO, com a área de quarenta mil metros quadrados, composto por cultura arvense, pinhal, eucaliptal e montado de sobro, sito em Foros da Arneira, na freguesia e concelho de Grândola, a confrontar do Norte com caminho público, Sul com estrada municipal, Nascente com Isabel Maria Guerreiro e Poente com herdeiros de António Martins, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 21 da secção CC, em nome de Manuel Guerreiro Casanova – Cabeça de Casal da Herança de: --Que o referido prédio encontra-se descrito na Conservatória do Registo Predial de Grândola sob o número quatro mil e vinte e três da referida freguesia de Grândola, onde se encontra inscrito, em comum e sem determinação de parte ou direito, a favor de Cecília Dias Gomes Pereira casada com Reinaldo dos Anjos Pereira no regime da comunhão de adquiridos, ao presente divorciados, Isabel Maria Guerreiro, viúva, Susana Guerreiro da Silva Baluga casada com António Guerreiro Baluga no regime da comunhão de adquiridos e de Florinda Rosa Guerreiro da Silva, solteira, maior, pela apresentação onze de vinte e seis de Maio de dois mil e quatro. ---------– Que o indicado prédio rústico ora a justificar veio à posse de Maria Bárbara Guerreiro Candeias casada com Manuel António Candeias no regime da comunhão de adquiridos, residentes na Rua das Amendoeiras, nº 2, rés-do-chão direito em Setúbal, por partilha e divisão efectuadas de forma verbal no ano de mil novecentos e cinquenta e cinco por óbito de Manuel Guerreiro Casanova, entre Maria Bárbara e as filhas do falecido Manuel Guerreiro Casanova. --------------------– Que na data dessa partilha e divisão, efectuada entre a mãe e os filhos, o prédio no início identificado foi adjudicado verbalmente a Maria Bárbara Guerreiro Candeias, que desde esse momento o demarcou e dele tomou posse efectiva e material, usufruindo do mesmo, limpando-o, pagando os respectivos impostos, gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, comportando-se como se de verdadeira dona se tratasse, fazendo-o de boa fé, de uma forma pacífica, pública, contínua, sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja. -------------------------------------------------------------------------------------------------– Que, em mil novecentos e oitenta e oito, a referida Maria Bárbara Guerreiro Candeias vendeu verbalmente o prédio ora a justificar, à justificante, Cecília Dias Gomes, então solteira, maior. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------– Que em quinze de Abril de mil novecentos e oitenta e nove, a ora justificante casou com Reinaldo dos Anjos Pereira no regime da comunhão de adquiridos, de quem se encontra actualmente divorciada. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------– Que desde essa data, tem ela, justificante, possuído o dito prédio em nome próprio e sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, à vista e com conhecimento de toda a gente e traduzida na plantação e corte de árvores, bem como os demais actos materiais de conservação e fruição, e no pagamento dos respectivos impostos, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque exercida sem violência, contínua e pública, que dura há mais de vinte anos. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------– Que atendendo às enunciadas características de tal posse, facultou-lhe a aquisição por usucapião do referido prédio, direito este que, pela sua própria natureza é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------– Que, desta forma, justifica a aquisição do aludido imóvel por usucapião. -----------------------------------------------------------------------------------------------– ESTÁ CONFORME O ORIGINAL. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Grândola, onze de Novembro de 2010. A Notária/ Colaboradora autorizada, Registo nº 2/1158/2010 Factura nº 1158/2010 16 Custódia Maria 43 Manuel Espada 17 Joaquim Rodrigues Barbosa 44 Balbina Chaínha 18 Dilar de Jesus Lourenço 45 António Pereira Felício 19 Florêncio Pereira 46 Mariana Antónia 20 José Rodrigues Pereira 47 Vitorina Gamito 21 Policarpo Pereira 48 Policarpo Gonçalves Padílha 22 Erlinda Rosa Espada 49 Luísa Pereira 23 Manuel Esteves Gonçalves Neto da Conceição 50 Almerinda dos Ramos 24 José Lopes Cabedal Figueira 51 Maria Antónia Pereira Paixão 25 Domingos Pereira do Vale 52 Eduardo Joaquim 26 Horácio Humberto Jerónimo 53 José Faustino 27 Vitória Deolinda Nunes Joaquim e ossada de Miguel Alexandre Joaquim Parreira 54 Julieta Maria Penedo Para constar se lavrou este e outros de igual teor, os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Concelho de Grândola, aos 18 de Maio de 2011. O Vereador do Pelouro, Paulo Alexandre Mateus do Carmo 10 de Junho de 2011 UMA ÚNICA FAMÍLIA HUMANA Gostaria neste artigo de abordar os aspectos positivos da Globalização. Sei que a questão não é pacífica, mas recuso-me a entrar em discussões de escola, que considero mera retórica e sem consequências benéficas para a Sociedade. Demarco-me, contudo e desde já, de todos os “profetas” e “iluminados” que nela (Globalização) apenas vislumbram aspectos negativos, embora também os haja, naturalmente. Uma das maiores vantagens parece-me ser a mundividência que a Globalização confirmou e alargou em termos planetários, ao dar-nos a possibilidade de perceber que somos uma única família humana, e que o bem ou o mal que nos acontece a nós ou aos outros se pode ampliar, expandir, e atingir-nos a todos, quer sejamos culpados ou vítimas. Esta constatação poderia e deveria ter consequências nas decisões que se tomam, e ajudarnos a perceber que os egoísmos e individualismos, nacionais ou pessoais, estão na base das assimetrias, desigualdades e injustiças, que se vão cavando entre povos, nações e, dentro do mesmo país, entre cidadãos. Disso nos dá testemunho a existência de “vários mundos” num mesmo mundo: um primeiro, onde vivem alguns; um segundo, habitado, por muitos; um terceiro, “casa” de uma grande multidão; e um quarto, onde tantos e cada vez mais vão entrando e vivendo. Há uns anos o Papa João Paulo II afirmou que era necessário globalizar a caridade: subscrevo esta frase, com todas as consequências que ela envolve. No entanto, quando falo em caridade, pretendo dizer que ela é uma virtude maior e exige, como irmã, a justiça, pois, não há caridade sem justiça, mas a caridade supera-a e plenifica-a. Perante as cruas realidades que tantas vezes nos entram em casa pela mão da comunicação social, não deveríamos cruzar os braços e pensar que isso é para os outros. É errado pensar assim. E se é verdade que nem todos podemos fazer o mesmo, a todos nos é pedido que façamos algo. Se o desconhecimento nos ilibava, o conhecimento deveria comprometer-nos na procura de soluções e na sua implementação. Considero ser de particular importância que as novas gerações sejam mais sensíveis a estas questões, uma vez que, como nenhuma outra geração, eles estão dotados dos elementos de análise da realidade e gradualmente virão a transformar-se nos condutores do futuro da Humanidade. Nesta visão planetária é de destacar a importância da comunicação social, da internet, das redes sociais. Com efeito, a informação multiplicou-se e deixou de ser exclusivo de alguns, até pelo facto de terem surgido novos meios de comunicação em contextos onde não era natural existirem. E embora nem sempre a informação mais abundante se traduza em empenho real e vontade de mudar aquilo que não está bem ou poderia estar melhor, todos temos possibilidade de nos tornarmos mais actores e menos espectadores passivos da história dos homens, que todos os dias vai sendo construída e alterada. Basta recordarmos o que recentemente aconteceu em alguns países do Norte de África. Olhando para a realidade do nosso país não resisto em afirmar que a crise nos desafia a empenharmo-nos na procura de caminhos de solução, que permitam a todos os portugueses satisfazerem as suas legítimas aspirações, mas também a darem proporcionalmente o seu contributo. Afinal, Portugal somos todos nós! 15 Princípios Básicos Todos os dias ouvimos falar de crise, e acho que temos m que nos habituar porque iremos viver em crise perm manente durante alguns anos se o país não descambar para p pior. Mas a crise quando é grande e de grande passa n num instante para enorme acarreta a perda de alguns princípios p e regras primárias que deixam de ser respeit tadas por quem as conhece e também por aqueles que a desconhecem porque ninguém teve a capacidade para as l lhes as ensinar. Há poucos dias entrou-nos uma imagem t televisiva pela casa dentro onde se viam duas raparigas a agredirem selvaticamente outra rapariga. Para completar t aquele espectáculo degradante encontravam-se uma q quantidade de outros jovens divertindo-se a assistir e a filmar o acontecimento. Fazendo uma pequena análise g generalizada do que vi acho que grande parte daquela gente t não ã está tá preparada d para viver i em sociedade. Não existem regras de convivência, o diálogo entre grande parte dos jovens é dominado predominantemente por futilidades, muitos deles educação, no bom sentido da palavra, nunca a receberam ou não a assimilaram, os hábitos de trabalho, de solidariedade e de entreajuda são inexistentes, etc. O que interessa é ter acesso, seja de que maneira for, ao consumismo e à vida fácil. A cereja no topo do bolo é colocada quando alguns pais ainda dão razão às asneiras feitas pelos seus filhos, tentam desculpá-los em vez de os repreender veemente e lhes transmitem uma sensação de impunidade o que lhes dá ainda mais força para continuarem a prevaricar. Os cidadãos normais é que suportam obrigatoriamente os actos praticados por esse tipo de indivíduos, que muitas vezes nem chegam a ser punidos, ou quando o são, são tardiamente, e muitos dos lesados conhecendo o nosso sistema judicial tentam esquecer o que se passou e seguir em frente. Acho que a maior crise que existe na sociedade é uma crise de valores que se foram perdendo à medida que o tempo foi avançando. Se não retomarmos com acutilância a reforma do sistema educativo, se a envolvência familiar não se tornar mais activa e se não se encontrar forma de combater o absentismo e a prática de actos ilícitos através de uma punição rápida e exemplar continuaremos a viver em crise permanente. A crise de valores é muito mais grave do que a crise económica. Se a primeira fosse combatida energicamente a segunda seria obrigatoriamente arrastada para melhor. Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário A PÁTRIA Á PORTUGUESA NÃO Ã É DE TODOS Uns murmuram a sua atroz ignorância, outros a sua mela lancólica indiferença. Outros, “muitos” não acreditam em nnada, nem em ninguém. Foi o sentimento geral nesta última campanha eleitorral. A impotência associada à resignação. O pior que pode aacontecer a uma sociedade, abjurando das virtudes do civvismo. Não é só o rotativismo de poder, disputado entre aapenas dois partidos, que causa esta indolência moral, é a ppéssima qualidade intelectual dos políticos. É a clara evid dência de que dividem o “bolo” entre eles, substituindo--se nas administrações, nos bancos, nas grandes empresas, aaumentando os vencimentos a seu bel-prazer, auferindo bbónus e mordomias escandalosas. Vem nos jornais. Nada d do que possa dizer, ou escrever é resultado de qualquer rancor: são factos! Um dos aspectos que caracteriza a situação actual é a tentativa de manipulação da opinião pública que se verifica quase diariamente utilizando os media. Este comentário vem a propósito da polémica entre PS e PSD sobre a redução da taxa social única, (contribuição para a segurança social) mas apenas da parcela paga pelos patrões. Os trabalhadores descontam dos seus salários 11% e os patrões contribuem com o valor de 23,75% do valor dos salários que pagam. É esta soma (11%+23,75%=34,75%) que se chama de Taxa Social Única. É a “contribuição” paga pelos patrões – 23,75% que tanto o PS, como o PSD pretendem reduzir significativamente em nome do falso argumento de que isso é necessário para aumentar a competitividade; (as despesas com pessoal representam menos de 30% na estrutura de custos das empresas por isso uma redução da taxa social corresponderia a uma pequena redução dos custos que seria anulada rapidamente, por exemplo, por uma valorização do euro): opinião de vários Economistas. Isto para dizer que uma redução significativa da receita, devido à diminuição das contribuições pelas empresas, poria em perigo a sustentabilidade financeira da Segurança Social e consequentemente o pagamento actual e futuro das pensões a mais de 1.800.000 reformados, assim como o subsídio de desemprego e outras prestações sociais, se não for imediatamente compensada por um aumento de receitas do mesmo montante e com outra origem. O Eng. Sócrates não disse a verdade sobre a redução das contribuições que os patrões pagam para a Segurança Social. O PSD pretende aumentar o IVA sobre as classes de baixos rendimentos em 1624 milhões € para os patrões pagarem menos Segurança Social. Assim não deixaria de ser imoral, os portugueses de mais baixos rendimentos teriam de pagar mais 1624 milhões de IVA para os patrões pagarem menos 1624 milhões de € para a Segurança Social. A proposta do PSD, se fosse implementada, determinaria um agravamento das desigualdades em Portugal, que já são das mais elevadas de toda a União Europeia. 16 10 de Junho de 2011 Realidade É p’ra vós, mulheres, não da minha idade Com filhos, e netos já meio criados C Que alerto p’ra injusta crueldade Q Com que amanhã irão ser confrontados. C É p’ra vós, homens, não da minha idade Que se encontram há muito desempregados Q Que eu junto a minha solidariedade Q Porque vocês, não são só os culpados. P C Culpados, somos todos os portugueses Que acreditámos nas facilidades Q Com que fizemos vida de burgueses. C A realidade de hoje, é bem diferente!... P Pois não escolhendo sexos, nem idades V Vai nos por a pedir, infelizmente Ponte de Sôr, Maio de 2010 A. Augusto Fotos de Ana Correia Como zelosas formiguinhas formiguinhas, há muito que as BiblioBiblio tecas do nosso concelho vão desenvolvendo as suas actividades de dinamização do livro e da leitura. Agora, rentabilizando as suas capacidades, juntaram-se em rede. Surge então a Rede de Bibliotecas de Grândola. Desde a criação da Biblioteca Municipal em 1989 que se veio a consolidar em Grândola um trabalho de aprofundamento do papel e da importância do livro no desenvolvimento da criança e do adolescente. Passo a passo, a Biblioteca Municipal foi aprofundando a sua articulação com as escolas do concelho, levando ao aparecimento de dinâmicas conjuntas que tiveram sempre diversas formas de se revelar. Para além da Hora do Conto, pode-se falar de exposições, actividades de expressão plástica, oficinas…, enfim um número infindo de actividades, onde se incluem ainda o encontros com escritores os i ou recitais, i i que privilegiando i il i d o contacto com a cultura, tiveram sempre como finalidade última, o incentivo à leitura. Desta forma complementava-se o trabalho das escolas, contribuindo de forma muito clara para reforçar os conhecimentos curriculares. Esta teia de cumplicidades veio agora a cimentar-se com o surgir da Rede de Bibliotecas de Grândola (RBG). Esta r rede, como bem refere o texto de apresentação na págin da autarquia, pretende “optimizar actividades e recursos na a através de uma parceria efectiva que se concretiza na part tilha de experiências”. Assim incentiva-se a dinamização do e empréstimo interbibliotecas. A ferramenta essencial deste p processo, para além da uniformização de procedimentos t técnicos, passa pela criação de um portal. Nada mais nada menos que uma plataforma tecnológica, o portal facilitará o acesso aos recursos disponíveis nas bib bliotecas do concelho, através do catálogo concelhio. Será a p partir de agora possível, a um qualquer utilizador do Portal, saber se dada obra que deseja ler se encontra nalguma das bibliotecas do concelho. Poderá mesmo fazer a sua requisição ç on-line e ir buscá-la, na data que lhe é indicada, à biblioteca t onde se encontra. A apresentação do Portal foi feita na Biblioteca Municipal no n passado dia 25 de Maio. Contando com a presença dos principais p responsáveis das Escolas da comunidade local e da autarquia, a contou ainda com a presença do Dr. Fernando do Carmo, C da Rede de Bibliotecas Escolares. Feita a assinatura do protocolo, p a professora Esperança Calado, coordenadora das Bibliotecas B do Agrupamento Vertical de Escolas de Grândola, faria f a apresentação do Portal da Rede de Bibliotecas. Fazendo d eco das diversas potencialidades deste recurso, referiu ainda d que o endereço do mesmo será www.rbgrandola.com.pt. A segunda parte da sessão passaria pela declamação de u belo poema pelos meninos da Sala Verde do jardim de um Infância de Grândola, bem como pelas leituras de alunos dos vários níveis de ensino e do Clube de leitura da EBI D. Jorge de Lencastre. No fim ficou a convicção de ter surgido mais um instrumento importante para facilitar o acesso à leitura na nossa comunidade. Pedro Ferreira