Expediente Presidente: Antônio Eduardo Tonielo Diretoria Administrativa: Renato Toniello Renata Toniello Ricardo Toniello Cláudia Tonielo Diretoria Agrícola: José Pedro Toniello Luis Carlos Toniello Valter Toniello Diretoria Industrial: Waldemar Toniello Antônio Eduardo Tonielo Filho Comitê de Elaboração GRI Renata Toniello Antônio Eduardo Tonielo Filho Fábio Tonielo Cláudia Tonielo Agostinho Bertuso Júnior Camila Perruci Forciniti Flávia Luiza da Silva Neves José Armando de Almeida Moschen Ana Carla de Oliveira Equipe interna de responsabilidade social Marta Aparecida de Souza Hermínio Élida Alves de Moura Cardoso Adriana Valéria Dias de Carvalho Costa Equipe interna de responsabilidade ambiental José Armando de Almeida Moschen Ana Carla de Oliveira Consultoria, elaboração e redação Ecolog Consultoria em Sustentabilidade Correção ortográfica Marcela Moschen Elaboração Ecolog Consultoria Integrada Fotos SP Studio Impressão Gráfica São Judas Tadeu – Ribeirão Preto/SP Tiragem 1.000 www.viralcool.com.br 5 6 Relatório de Sustentabilidade Relatório de Sustentabilidade Grupo Viralcool Relatório modelo GRI Global Reporting Initiative referente aos anos de 2010 e 2011 www.viralcool.com.br 7 1 Sumário 1 2 3 4 5 . Palavra do Presidente . Perfil do Grupo Viralcool . Perfil do Primeiro Relatório de Sustentabilidade do Grupo Viralcool . Governança . Indicadores www.viralcool.com.br 9 1. Palavra do Presidente É com grande satisfação que o Grupo Viralcool, composto pela Destilaria Santa Inês e unidades Viralcool Pitangueiras e Viralcool Castilho, apresenta pela primeira vez o seu Relatório de Sustentabilidade Corporativa, baseado no modelo GRI – Global Reporting Initiative, nível B verificado pela GRI. Ciente de nossa responsabilidade na produção de energia renovável e da relevância da sustentabilidade da nossa cadeia de produção, inserimos os compromissos de responsabilidade socioambiental dentro das estratégias de sustentabilidade do Grupo Viralcool. Em 2008 assinamos de forma voluntária o Protocolo Agroambiental Paulista e em 2010 o Compromisso Nacional, que estabelece boas práticas nas condições de trabalho para o corte e plantio de cana. [1.1] Comprometidos com o Protocolo Agroambiental, estabelecemos a colheita de 100% de cana crua até 2017, o que para nós significa a principal meta de médio prazo firmada pelo grupo. Em curto prazo, ainda em 2012, o Grupo Viralcool iniciará a elaboração do seu Código de Conduta e buscará a certificação por terceira parte do atendimento aos requisitos do Compromisso Nacional em suas três unidades. Em longo prazo, o Grupo Viralcool pretende realizar o levantamento e proteção de 100% de suas matas ciliares, o equivalente a 660 hectares. [1.1] Com a entrada no quadro de sócios da Copersucar, em 2011, as unidades do grupo se beneficiaram da estrutura de comercialização de seus produtos e dos padrões de qualidade e sustentabilidade estabelecidos pela Copersucar. Por esse motivo, a unidade de Pitangueiras iniciará a adequação à norma ISO 9001:2008 e ISO 22000, que certifica a produção segura de açúcar para o consumo humano. As nossas ações com relevância à recuperação de APP (Área de Preservação Permanente) já se evidenciam neste relatório. O Grupo Viralcool possui cerca de 85% de sua meta para recuperação 10 Relatório de Sustentabilidade de APP já atendida. Essas medidas adotadas nos traz a satisfação e orgulho de um trabalho sério e comprometido com as futuras gerações e que contribui para a evolução do setor sucroenergético. [1.2] Esperamos atender as expectativas de nossos clientes, parceiros, fornecedores e público interno com relação aos resultados dos nossos compromissos de sustentabilidade por meio deste relatório. Boa leitura! Antonio Eduardo Tonielo Presidente do Grupo Viralcool Objetivos e Metas Estratégicas. Devido a preocupação com a emissão de efluentes em corpos d`água mantemos as nossas próprias Estações de Tratamento de Esgoto, evitando assim qualquer emissão de resíduos nos rios que estão dentro das áreas de operações das nossas Usinas. A partir de 2013 a Destilaria Santa Inês passa a ser signatária do Protocolo Agroambiental, caracterizando mais um compromisso de nossa unidade junto à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo; com o intuito de adotar ainda mais a prática do plantio mecanizado, trazendo resultados positivos com relação à produtividade e conscientização da responsabilidade corporativa nas quais o Grupo Viralcool se mantém engajado.[1.2] No ano de 2012 se iniciará um projeto de levantamento de Fauna e Flora na unidade de Pitangueiras, prática também já adotada na Unidade de Castilho, em um próximo relatório de sustentabilidade conseguiremos quantificar e evidenciar as espécies preservadas nas áreas de preservação do Grupo Viralcool. Em contribuição para a perenização dos recursos hídricos a meta estabelecida de 0,55m3/tonelada de cana moída de captação de agua é mantida, evitando-se uma potencial contribuição com o esgotamento de recursos naturais. Diante dos desafios apresentados pelo setor sucroalcooleiro, o Grupo Viralcool se mantém fiel às suas iniciativas sustentáveis e com compromisso junto a seus Stakeholders. www.viralcool.com.br 11 Resumo dos Principais Indicadores Nesta seção serão apresentados de forma resumida os indicadores presentes no Relatório de Sustentabilidade do Grupo Viralcool. Em suas respectivas seções e capítulos esses indicadores serão amplamente discutidos e contextualizados, permitindo ao leitor a compreensão mais detalhada da gestão de compromisso do Grupo Viralcool com relação aos temas socioambientais. Ambientais EN1 Materiais usados por peso ou volume. Cana total (t). 20102011 5.533.277 4.320.490 EN3 Consumo de energia direta, discriminado por fonte de energia primária. TOTAL3 (GJ) 20102011 2.246.369 2.217.370 1. Inclui bagaço e etanol produzidos pela usina. 2. Diesel, GLP e gasolina. 3. Consumo total somando-se renovável com não renovável. EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária. TOTAL (GJ) 2010 37.939 2011 37.995 1 . Energia Indireta é aquela consumida pelos processos de terceiros para gerar e transportar produtos que são utilizados como insumos na sequência produtiva da usina. Entre esses produtos destacam-se a produção e transporte de fertilizantes nitrogenados, calcário e defensivos agrícolas. EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que utilizem energia gerada por recursos renováveis, e a redução da necessidade de energia resultante dessas iniciativas. 20102011 Eficiência Energética3. 15,8 17,2 1. Diesel, GLP e gasolina. 2. Inclui bagaço e etanol produzidos pela usina. 3. Eficiência Energética é a relação de produção ou comercialização de energia comercializada (2) sobre o consumo de energia não renovável (1). EN8 Total de retirada de água por fonte. Captação realizada (m3) 20102011 3.336.3702.906.960 EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. Volume de água de recirculação por safra (m3). Percentual de água de recirculação por safra (%). 20102011 3.070.0082.685.912 92 92 12 Relatório de Sustentabilidade EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas. 20102011 Matas protegidas (ha). 572 665 % Sobre área administrada e total. 2,21 2,79 EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas. 20102011 Mudas plantadas. 102.743 125.950 EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 20102011 Emissões totais (t Co2eq). 135.076126.015 Emissões por tonelada cana (t Co2eq/t cana). 24,41 29,17 As emissões diretas de gases de efeito estufa se referem à produção de cana queimada e crua, consumo de diesel em todas as etapas do processo, utilização de fertilizantes nitrogenados e calcário, além do uso de vinhaça e torta de filtro no campo. EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas. 20102011 NÃO QUEIMADO. 69 72 Emissão Evitada (t CO2eq). 8.4117.258 EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso. 20102011 TOTAL MP1 1.4231.093 1. MP: Material Particulado www.viralcool.com.br 13 Econômicos EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos. Receitas, vendas de mercadorias, produtos e serviços 20102011 (reais) (reais) 530.221.761 603.143.302 Trabalhistas LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego. Prazo determinado e indeterminado. LA2 Percentual de colaboradores por sexo. Masculino Feminino AgrícolaIndústria 20102011 20102011 2.427 2.417 790 795 20102011 95%95% 5%5% LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmos e óbitos relacionados ao trabalho, por região. 20102011 n° de taxa de lesões 0 7 Doenças Ocupacionais 0 0 Dias perdidos 1.193 1.080 Absenteísmo 95,44 Óbitos 10 Número de acidentes com CAT* por 1 milhão de horas trabalhadas. *CAT: Comunicação de Acidente do Trabalho. LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional. Horas totais de treinamento 1.000 2010 Colaboradores treinados 439 Investimento 43.319 Horas totais de treinamento 1.125 2011 Colaboradores treinados 889 Investimento 122.322 14 Relatório de Sustentabilidade Direitos Humanos HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. Casos de discriminação1. 20102011 00 1. Ação de tratar pessoas ou grupos de pessoas de forma injusta ou desigual, com base em argumentos de sexo, raça, religião etc.; segregação. Nos anos de 2010 e 2011 o Grupo Viralcool ainda não contava com a formalização de seu Código de Conduta, contudo sempre deixou claro que não aceita nem adota práticas de discriminação de qualquer espécie dentro da empresa. Sociedade SO6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país. 20102011 Contribuições financeiras para partidos políticos (R$). 900.200 - www.viralcool.com.br 15 Gestão do Desempenho e Responsabilidade sobre o Produto (DMA PR) Com o intuito de melhoria da qualidade e prevenção das características naturais sobre os produtos desenvolvidos pelo Grupo Viralcool, se iniciará a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), baseado na norma ISO 9001:2008 e também a implantação do Sistema de Gestão de Segurança Alimentar (SGSA), baseado na norma ISO 22000, com prazo previsto para a certificação em setembro de 2013. O escopo dessa certificação inclui a produção de açúcar da unidade Viralcool Pitangueiras. O Grupo Viralcool possui laboratórios de controle de qualidade equipados para monitorar os parâmetros de qualidade exigidos pelos clientes, e quando necessário as análises são realizadas em laboratórios externos. Todas as cargas de açúcar, etanol e levedura inativas secas, expedidas pelo Grupo Viralcool, são acompanhadas de certificado de análise técnica emitido de acordo com requisitos exigidos pela Copersucar e demais compradores. Ainda assim, adicionalmente, o Grupo Viralcool oferece informações de segurança de seus produtos por meio da FISPQ – Ficha de Informações de Segurança e Produto Químico. No momento não existe uma metodologia para medir a satisfação dos clientes de forma sistemática, os resultados de avaliações com relação ao grau de satisfação são recebidos diretamente pelo departamento de qualidade. Com a implantação das normas ISO 9001 e ISO 22000 será implementada uma metodologia de pesquisa de satisfação do cliente. Devido à sua associação com a Copersucar, o Grupo Viralcool não estabelece ação direta com o consumidor final de seus produtos. Por esse motivo, as ações de marketing ficam centralizadas por meio da Copersucar, estando sujeitas à regulamentação das normas do CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. O Grupo Viralcool compartilha com a Copersucar as suas atividades socioambientais por meio do Credit 360, um sistema que possui 41 indicadores para serem alimentados por todas as Usinas cooperadas da Copersucar; o Grupo Viralcool insere suas informações no programa desde a safra 2011/2012 e disponibiliza 20 indicadores da sua gestão, esses indicadores abrangem as áreas sociais, ambientais e econômicas. 16 Relatório de Sustentabilidade Responsabilidade sobre o produto PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos. O Grupo Viralcool, preocupado em assegurar a qualidade de seus produtos e a satisfação de seus clientes, iniciará a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), baseado na norma ISO 9001:2008 e também a implantação do Sistema de Gestão de Segurança Alimentar (SGSA), baseado na norma ISO 22000, com prazo previsto para a certificação em setembro de 2013. O escopo dessa certificação inclui a produção de açúcar da unidade Viralcool Pitangueiras. Para assegurar a qualidade de seus produtos, o Grupo Viralcool possui laboratórios de controle de qualidade equipados para monitorar os parâmetros de qualidade exigidos pelos clientes, e quando necessário as análises são realizadas em laboratórios externos. Tanto as análises internas como as externas são utilizadas pelo Sistema de Gestão da Qualidade, além disso, são realizadas análises para garantir ausência de contaminantes microbiológicos, metais pesados e residuais e de pesticidas no açúcar. PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências. Todas as cargas de açúcar, etanol e levedura inativas secas, expedidas pelo Grupo Viralcool, são acompanhadas de certificado de análise técnica emitido de acordo com requisitos exigidos pela Copersucar e demais compradores. Por não atender ao consumidor final, as exigências quanto à rotulagem limitam-se às informações de especificações técnicas para o etanol, não havendo exigências com relação ao açúcar e levedura. Ainda assim, adicionalmente o Grupo Viralcool oferece informações de segurança de seus produtos por meio da FISPQ – Ficha de Informações de Segurança e Produto Químico. PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. O Grupo Viralcool não mede a satisfação dos clientes de forma sistemática, os resultados de avaliações com relação ao grau de satisfação são recebidos diretamente pelo departamento de qualidade, que avalia esses resultados, realiza as medidas de ação e monitora as ações corretivas necessárias. Com a implantação das normas ISO 9001 e ISO 22000 será implementada uma metodologia de pesquisa de satisfação do cliente. www.viralcool.com.br 17 PR6 Programa de adesão a leis, normas e códigos voluntários. Como sócio da Copersucar, o Grupo Viralcool não estabelece relação direta com o consumidor final de seus produtos. Por esse motivo, as ações de marketing ficam centralizadas por meio da Copersucar, estando sujeitas à regulamentação das normas do CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária. Nas safras de 2010 e 2011 não foram registrados casos de não conformidade referente às ações de marketing veiculadas às normas do CONAR. PR9 Multas por não conformidades relativas ao fornecimento e uso de produtos e serviços. No período coberto por este relatório não houve registros de casos de não conformidades legais e de multas por não atendimento às leis e aos regulamentos. 18 Relatório de Sustentabilidade Panorama Setorial O setor sucroenergético é hoje um dos setores agrícolas de maior expressão para o PIB Agrícola Brasileiro, contribuindo com 39 bilhões de dólares em 2011. No Brasil são mais de 400 unidades de processamento de cana-de-açúcar e mais de 70 mil fornecedores independentes espalhados nos 22 dos 27 Estados da federação. Apesar disso, ocupa apenas 3% do território nacional, uma área equivalente a 9 milhões de ha. O Brasil, atualmente, é referência mundial no uso em larga escala de energia renovável, representando mais de 45% da matriz energética do país. De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2012, a participação do bagaço de cana-de-açúcar e etanol foi responsável por 16,6% de toda a oferta primária de energia no país. (fonte: https://ben.epe.gov.br/BENResultadosPreliminares2012.aspx). No ano de 2010, a moagem atingiu 620 milhões de toneladas. Na safra 2011/2012, por razões principalmente relacionadas ao clima adverso, a moagem de cana recuou para 561,07 milhões de toneladas, uma quebra da ordem de 9,5%. O Estado de São Paulo, em que o Grupo Viralcool possui suas três unidades, é o principal produtor de cana-de-açúcar. Atualmente, as 185 usinas instaladas foram responsáveis na safra 2011/2012 pela moagem de mais de 60% da produção nacional, ou seja, 304 milhões de toneladas. Com relação à safra 2010/2011, a quebra de produção no Estado foi de 11,4% em comparação com a safra anterior. Desempenho Socioambiental das usinas paulistas No Estado de São Paulo, pela lei nº 11.241, de setembro de 2002, ficou estabelecida a eliminação da queima da cana-de-açúcar até 2021 em áreas mecanizáveis até 2031 em áreas não mecanizáveis. Antecipando-se em relação ao prazo legal, em 2007, o setor sucroenergético paulista, juntamente com suas entidades representativas, e o governo do Estado de São Paulo, representados pelas suas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Agricultura, anteciparam voluntariamente as metas de colheita crua por meio do Protocolo Agroambiental. www.viralcool.com.br 19 Por meio do protocolo Etanol Verde, como é conhecido, as usinas signatárias, incluindo 2 unidades do Grupo Viralcool, se comprometeram a eliminar a queima da palha até 2014 em terrenos passíveis de mecanização e até 2017 em outras áreas. Além disso, essas unidades recuperam suas nascentes e protegem suas matas ciliares e se comprometem com a redução de consumo de água na etapa industrial para o patamar de 1,0 m3 por tonelada de cana moída. Outra importante iniciativa ocorreu um ano após o protocolo. Em 2008, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente regulamenta o Zoneamento Agroambiental Paulista (ZAA), que teve como principal objetivo disciplinar a expansão e ocupação do solo por parte do setor sucroalcooleiro, assim como subsidiar a criação de políticas públicas e contribuir para o planejamento de novos negócios e para a expansão dos atuais. O ZAA estabeleceu quatro categorias para o cultivo de cana-de-açúcar e a instalação de unidades agroindustriais, classificando as áreas como: adequadas, adequadas com limitações, adequadas com restrições e inadequadas. Para isso levou em consideração os seguintes critérios: aptidão edafoclimática, restrições para colheita mecânica, disponibilidade de águas superficiais, vulnerabilidade das águas subterrâneas, unidades de Conservação de Proteção Integral existentes, unidades de Conservação de Proteção Integral indicadas, restauração e conservação da Biodiversidade – Biota (Conectividade), Áreas de Proteção Ambiental – APAs e Bacias Aéreas - Qualidade do Ar. O Zoneamento Agroambiental foi utilizado como base para elaboração da Resolução SMA nº 88/2009, que dispõe sobre as diretrizes para licenciamento ambiental, criando condições para maior sustentabilidade no setor sucroalcooleiro. Pelo ZAA fica definida uma área de 3,9 milhões de hectares como adequada, sem qualquer restrição ou limitação, para o cultivo da cana-de-açúcar. Outros 17 milhões de hectares encontram-se adequados para a cultura da cana-de-açúcar, desde que respeitadas limitações ou restrições ambientais específicas. Já 6,7 milhões de hectares foram considerados ambientalmente inadequados para o cultivo da cana, as usinas localizadas nessas áreas poderão continuar moendo, contudo limitadas à expansão. Pensando na maior disponibilidade de palha, proveniente do aumento da colheita crua, em 2011 o Governo do Estado de São Paulo desonera de ICMS a aquisição de equipamentos para usinas que vão fazer cogeração e fornecer energia para a rede. A secretaria cria o chamado Selo Verde, um esforço conjunto da UNICA, do governo paulista e da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que vai identificar produtores e usuários de energia elétrica gerada de forma limpa e renovável a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. O Selo Verde prevê a emissão por parte do Governo de São Paulo, por meio de sua Secretaria de Energia, de certificados para consumidores que adquiram energia elétrica de usinas do setor sucroenergético paulista, junto ao chamado Ambiente de Contratação Livre. Para receber o Selo Verde, as usinas devem ser signatárias do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético. A bioeletricidade da cana é produzida em todas as usinas de processamento de cana-de-açúcar instaladas no Brasil, tornando-as assim autossuficientes em energia. Dessas, 129 ainda produzem eletricidade em volumes superiores às suas necessidades, e comercializam o excedente para o sistema elétrico nacional. 20 Relatório de Sustentabilidade Responsabilidade sobre o produto Mecanização A definição de uma agenda comum de sustentabilidade para o setor sucroenergético permitiu às usinas canalizarem seus investimentos ambientais nos principais desafios de sustentabilidade do setor. Com isso, em apenas cinco anos o índice de mecanização saltou de 34% na safra 2006/2007 para mais de 65% na safra 2011/2012. Em 2006, apenas um milhão de hectares eram colhidos sem o emprego do fogo, em 2012, foram mais de 3 milhões de hectares. Fonte: www.ambiente.spg.gov.br Matas Ciliares Até 2007, o Governo do Estado de São Paulo desconhecia a área de matas ciliares presentes nos canaviais paulistas. Cinco anos depois, o setor de cana-de-açúcar paulista declarava proteção a mais de 269 mil hectares de mata ciliares, que têm uma importante função ambiental, de manutenção das margens de rios e da proliferação da fauna e flora. www.viralcool.com.br 21 Para que isso fosse possível, as usinas iniciaram também os projetos de monitoramento de fauna e flora, que se tornam cada vez mais comuns no setor. Espécies consideradas ameaçadas começam a ser encontradas nessas áreas ambientalmente protegidas. A tabela abaixo é um exemplo de como espécies consideradas ameaçadas de extinção retornaram para se refugiar e viver nessas áreas protegidas. Número de espécies listadas por cada órgão, de acordo com o nível de risco de extinção. Consumo de Água pela Indústria da Cana de Açúcar A irrigação não é praticada nos canaviais paulistas, que se beneficiam das boas condições pluviométricas e de um solo fértil e propício para o plantio da cana-de-açúcar. O consumo de água ocorre nas indústrias onde a cana é processada e transformada em seus principais produtos: açúcar, etanol e bioeletricidade. Na década de 90, o consumo de água por tonelada de cana moída chegava a 5 metros cúbicos por tonelada moída. Em 2006, o consumo ainda girava em torno de 2,55 metros cúbicos por tonelada moída. Com a assinatura do Protocolo Agroambiental, as usinas chegaram na última safra com um consumo de 1,45 metros cúbicos por tonelada moída, com previsão de chegarem a menos de 1 até 2014. 22 Relatório de Sustentabilidade Bioeletricidade O incremento da mecanização nestes últimos cinco anos trouxe consigo o aumento da disponibilidade de palha. Com isso, tanto as unidades industriais como o governo se movimentaram no processo de otimizar o uso dessa fonte de energia. Por parte do governo estadual paulista, houve a desoneração de ICMS para a aquisição de equipamentos para usinas que vão fazer cogeração e fornecer energia para a rede. As usinas investiram na aquisição desses equipamentos, mesmo antes da desoneração, e em 2011 mais da metade das usinas paulistas cogeraram e venderam sua energia para a rede. Fonte: http://www.ons.org.br/home/ www.viralcool.com.br 23 1 2. Perfil do Grupo Viralcool A família Toniello Foi no final do século XIX que o italiano e empreendedor Eugênio Toniello chegou ao Brasil e, entre outras atividades, fundou um pequeno engenho para produção de aguardente em Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo. Em 1902 nasce seu filho, Eduardo Toniello, que, seguindo os passos do pai, administra a empresa até 1965. Em 1966, Eduardo passa o controle do engenho aos filhos Antônio Eduardo, Renato, Waldemar e José Pedro, que com muito trabalho, capacidade e visão ampliaram seus negócios criando a Destilaria Santa Inês, localizada na Fazenda Córrego das Pedras, em Sertãozinho. [2.1] Na década de 70, com a descentralização e a intensificação do processo de desconcentração industrial da capital paulista e o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), a região nordeste do Estado de São Paulo ganhou força e reconhecimento na produção de açúcar e álcool. A família Toniello, pensando no desenvolvimento nacional e com a Destilaria Santa Inês consolidada desde 1966, inicia novos planos para a instalação de mais uma unidade para o processamento da cana de açúcar. Com a expansão dos negócios no ramo sucroenergético, no início da década de 80, constituiu a empresa Viralcool Açúcar e Álcool, sediada na cidade de Pitangueiras/SP, e efetivou a montagem da usina, que inicialmente produzia apenas aguardente, até conseguir a licença do Instituto do Açúcar e Álcool – IAA, para produzir álcool, e posteriormente, açúcar, levedura e geração de energia elétrica para exportação. [2.1] Destilaria Santa Inês localizada na Fazenda Córrego das Pedras em Sertãozinho, SP. [2.4] www.viralcool.com.br 25 Unidade Viralcool Pitangueiras localizada na Fazenda Santa Cecília s/n em Pitangueiras, SP. [2.4] A partir de 1979, na segunda fase do Proálcool, com o Plano de Desenvolvimento Agrícola do Oeste de São Paulo (Pró-Oeste) é que essa região ganha impulso na produção de cana-de-açúcar, por meio do apoio de grande número de pecuaristas, que aderiram ao programa, iniciando-se assim o processo de implantação de novas destilarias na região. [2.4] Em 2003, no oeste paulista a família Toniello, uma vez mais expandiu as atividades do Grupo, com a montagem da terceira unidade no ramo sucroalcooleiro. A criação da filial Viralcool Castilho – Usina Viralcool Açúcar e Álcool foi formalizada em 8 de janeiro de 2004, adotando-se de imediato todas as medidas necessárias para o início de sua construção; sua primeira fase foi concluída e inaugurada em 24 de junho de 2006. [2.1] Unidade Viralcool Castilho localizada na Fazenda Santa Amália em Castilho, SP. [2.4] Atualmente, a estrutura operacional do Grupo Viralcool, incluindo suas principais unidades, é composta pela Destilaria Santa Inês e pelas unidades de Pitangueiras e Castilho. Apesar de comercializar para outros países por meio da Copersucar, o Grupo tem suas operações agroindustriais limitadas ao Brasil. [2.3] [2.5] 26 Relatório de Sustentabilidade Consolidação do Grupo Viralcool Com receita anual superior a 600 milhões de reais e mais de 3.000 colaboradores, o Grupo Viralcool é reconhecido nacionalmente pelo exemplo de gestão familiar profissional e competente. Possui como principal produto o etanol hidratado e anidro, produzido nas três unidades, além disso, as unidades de Pitangueiras e Castilho produzem açúcar, energia elétrica e levedura para alimentação animal. [2.2] Até meados de 2011, o Grupo Viralcool atendia indiretamente, via comercializadoras, aos mercados consumidores de açúcar da Síria, Egito, Croácia, Sérvia e Montenegro, Espanha, Jordânia, Emirados Árabes, Irã, Índia, Bangladesh, Indonésia, Colômbia, Chile, Uruguai, África do Sul, Gana, Costa do Marfim, Camarões e Angola. [2.7] A partir do segundo semestre desse mesmo ano, o Grupo Viralcool adota a estratégia de se associar à Copersucar S.A., maior comercializadora brasileira de açúcar e etanol, com atuação nos principais mercados mundiais. Por meio da Copersucar, o Grupo Viralcool atende aos rigorosos padrões de comercialização, exporta seu açúcar para refino a países da Europa, África, Ásia, Oriente Médio e Canadá. Os produtos do Grupo Viralcool são comercializados por meio da Copersucar e por esse motivo não é possível discriminar as exportações por país, por receita e nem seus respectivos custos correspondentes. [2.8.7] [2.8.8] [2.8.9] O Grupo Viralcool, por meio da Copersucar, comercializa também o etanol para o mercado internacional, para isso conta com um escritório da Copersucar em Roterdã na Holanda, que firmou parcerias com representantes exclusivos em Houston e Nova York, nos Estados Unidos. Em 2008, a Copersucar fechou contrato de cinco anos com o Japão para fornecimento anual de 200 milhões de litros de etanol/ano. www.viralcool.com.br 27 A necessidade de atender as exigências ambientais é e sempre foi uma constante no Grupo Viralcool, por isso, desde 2007, ele vem destinando parte significativa de seus investimentos para a mecanização. O resultado dessa transformação resultou na geração de novos empregos, demandando mão de obra qualificada e melhor remunerada. Na medida em que esses novos postos de trabalho começam a ser ocupados por ex-cortadores de cana capacitados pelo Grupo Viralcool, foi possível perceber que a mecanização da colheita trouxe, além do desenvolvimento ambiental, a melhoria das condições sociais de trabalho. Em 2011 foram 3.212 empregos gerados e em 2010 foram 3.217, nas três unidades do Grupo Viralcool. A relação entre empregados agrícolas e industriais se manteve praticamente constante, representando 75% e 25% respectivamente. Nos próximos anos, apesar do esperado aumento da produtividade e o consequente aumento da quantidade de cana moída, acredita-se que não haverá significativos aumentos dos níveis de emprego do Grupo Viralcool. [2.8] LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região. 2010 AgrícolaIndústria Prazo por tempo determinado 885 247 Prazo por tempo indeterminado 1542 543 SUB TOTAL2.427 790 TOTAL3.217 2011 AgrícolaIndústria Prazo por tempo determinado 878 219 Prazo por tempo indeterminado 1539 576 SUB TOTAL2.417 795 TOTAL3.212 Distribuição do valor adicionado O Grupo Viralcool, por meio das suas ações de responsabilidade socioambiental, que resultaram na publicação do seu relatório de sustentabilidade modelo GRI, busca ampliar sua visão, de forma a entender o verdadeiro significado da sua atuação junto ao seu público de interesse. É por esse motivo que, a partir de 2012, publicará sua Demonstração do Valor Adicionado (DVA), ferramenta que desenvolve conceitos econômicos, evidenciando o valor que a empresa agrega durante seu processo produtivo, permitindo assim um melhor entendimento do papel do Grupo na comunidade onde está inserido. A DVA do Grupo Viralcool tem por objetivo fornecer informações que demonstram a geração e distribuição do valor adicionado, e seus efeitos sobre a sociedade em que está inserida, além de 28 Relatório de Sustentabilidade demonstrar o valor adicionado em cada um dos fatores de produção e seu destino, inclui o dispêndio na remuneração dos empregados, geração de tributos ao governo (municipal, estadual e federal), remuneração do capital de terceiros por meio de juros e remuneração dos acionistas pela distribuição de lucros. No ano de 2011, a receita líquida do Grupo Viralcool passou dos 600 milhões de reais, um aumento de 14% se comparado ao ano de 2010. Esse aumento de receita, atrelado a um aumento menos expressivo nos custos de mercadorias e serviços adquiridos de terceiros, da ordem de 5% nesse mesmo período, se comparado com 2010, levou a um aumento do valor bruto adicionado. [2.8.2] GRI EC1 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 2010 2011 1. RECEITAS R$ R$ Vendas de mercadorias, produtos e serviços 530.221.761603.143.302 Provisão p/ devedores duvidosos – Reversão / (Constituição) -Não operacionais -2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS, IPI, PIS e COFINS) Matérias-primas consumidas 00 Custo das mercadorias e serviços 338.099.080355.046.119 Materiais, energia, serviço de terceiros e outros 00 Perda / Recuperação de valores ativos 00 192.122.681248.097.183 3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) O valor adicionado bruto, calculado a partir da diferença entre a receita e custos com terceiros, passou de 192 milhões de reais para 248 milhões de reais, um aumento de 29%. Após o cálculo das depreciações e inclusão das receitas financeiras, o Grupo Viralcool apresentou resultado líquido a distribuir no valor de 239 milhões de reais, valor de 49% em relação ao desempenho do ano de 2010. GRI EC1 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 4. RETENÇÕES Depreciação, amortização e exaustão 2010 2011 0 0 27.974.73411.136.448 5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 164.147.947236.960.735 6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Resultado de equivalência patrimonial Receitas financeiras Outras Receitas 0 0 00 -12.395.4651.933.690 8.309.472139.468 7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 160.061.954239.033.893 www.viralcool.com.br 29 Do valor adicional total a distribuir em 2011, 30 milhões de reais foram distribuídos para o pagamento de pessoal e encargos, esse valor representa 12% dos 239 milhões de reais. Pagamentos de impostos federais, estaduais e municipais representaram 25% do valor distribuído, o montante de 61 milhões de reais. Outra importante fonte de distribuição do valor adicionado foram os custos de manutenção na entressafra, informados no DVA como distribuição a terceiros, o equivalente a 32% do valor a distribuir em 2011. GRI EC1 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO* Pessoal e encargos (% Colaboradores) Impostos, taxas e contribuições (% Governo) Manutenção entressafra (% Terceiros) Juros s/ capital próprio e dividendos (% Acionistas) Lucros retidos / prejuízo do exercício (% Retido) Outros fins 2010 2011 0 0 32.043.14330.009.725 46.712.98761.820.017 61.165.59778.142.255 03.975.538 16.236.31659.567.247 3.903.911 5.519.111 Para efeito de retenção de lucros ou prejuízos do exercício no ano de 2011, foram retidos 24% do valor adicionado total, sendo o restante distribuído entre acionais 1,6%, e 2,31% para outros fins. Colaboradores Governo Terceiros Acionistas Retido Outros fins Total 20102011 20,02% 29,18% 38,21% 0,00% 10,14% 2,44% 100,00% 12,55% 25,86% 32,69% 1,66% 24,92% 2,31% 100,00% A preocupação social do Grupo Viralcool vai além da distribuição do valor econômico gerado, passando também pelo atendimento de necessidades específicas de entidades de interesse do Grupo. Inicialmente procurado para realizar doações, hoje as instituições sociais buscam o Grupo para obter auxílio por meio de projetos sociais de longo prazo. O Grupo Viralcool compreende a importância dessas ações e, por esse motivo, busca atendê-las dentro de critérios transparentes, identificando a relevância e o contexto de atuação da instituição social. As doações para projetos sociais são realizadas de acordo com definições 30 Relatório de Sustentabilidade da diretoria. Em 2011, o Grupo Viralcool, por meio de seu Departamento de Responsabilidade Social, engajou nas iniciativas voluntárias relacionadas à cultura, meio ambiente, esporte, lazer, qualidade de vida, qualificação, saúde e educação. [EC8] Balanço contábil De forma semelhante, o Grupo Viralcool elabora anualmente seu balanço econômico, que é auditado pela Moore Stephens Prisma Auditores Independentes. A partir de 2011, com a elaboração de seu relatório de sustentabilidade, passa a publicá-lo dentro dessa seção, com o objetivo de prestação de contas e transparência. [2.8.3] [2.8.4] [2.8.5] Ativo total Patrimônio Líquido Dívida Bruta Dívida Total Líquida Dívida Total Líquida/Patrimônio Líquido Valor em reais (R$) Valor em reais (R$) 357.775.301 124.511.522 0 85.602.757 0,69 864.837.019 167.007.947 0 104.446.217 0,63 A relação entre divida líquida e patrimônio líquido sofre leve redução, passando de 0,69 para 0,63, reflexo do aumento do patrimônio líquido declarado pelo Grupo. A dívida total líquida passou de 85 milhões para 104 milhões, esse aumento ocorreu devido à necessidade de investimento em custeio de operações agrícolas industriais. Circulante Realizável em longo prazo Permanente Ativo total Valor em reais (R$) Valor em reais (R$) 147.293.486596.440.769 7.646.901 6.202.123 202.834.913262.194.126 357.775.300 864.837.018 www.viralcool.com.br 31 Produção e comercialização do Grupo Viralcool A redução da capacidade produtiva refletida pela menor quantidade de cana moída em todo o Brasil, sentida também pelo Estado de São Paulo, teve reflexo, na sua vez, nas unidades do Grupo Viralcool. Em 2011, a moagem de cana-de-açúcar nas três unidades do Grupo foi 14% menor do que na safra de 2010, passando de 5,5 milhões de toneladas em 2010 para 4,7 milhões de toneladas em 2011. Acompanhando a queda da moagem, segue uma menor capacidade produtiva industrial das unidades, destacando a redução na produção de açúcar na ordem de 14% com relação à safra anterior e 33% de redução na produção de etanol. A priorização na produção de açúcar no ano de 2011 levou a uma queda mais acentuada na produção de etanol. [2.8.2] PRODUTO Toneladas Produção (t) de açúcar 331.861 Saídas (t) açúcar MI (1) 21.238 Saídas (t) açúcar ME (2) 301.061 Estoque de passagem 9.562 % 100% 6% 91% 3% PRODUTO Toneladas Produção (t) de açúcar 286.012 Saídas (t) açúcar MI (1) 41.830 Saídas (t) açúcar ME (2) 182.161 Estoque de passagem 62.021 % 100% 15% 64% 22% Ao final de 2011, a produção total de açúcar gerou um estoque da ordem de 62 mil toneladas, para serem comercializadas no ano safra de 2012. Com a redução da produção de etanol, a comercialização dos 197 mil metros cúbicos foi possível devido ao estoque de passagem da produção de 2010 para 2011. [2.8.2] PRODUTOm3% Produção de etanol (m3)256.093 100% Saídas (m3) MI (1) 219.007 86% 3 Saídas (m ) ME (2) 15.082 6% Estoque de passagem 22.004 9% PRODUTO m3% Produção de etanol (m3)170.933 100% Saídas (m3) MI (1) 194.958 114% 3 Saídas (m ) ME (2) 3.016 2% Estoque de passagem -27.041 -16% Gestão do Desempenho Econômico (DMA EC) A Gestão Financeira do Grupo Viralcool se apoia no cumprimento das Leis no âmbito Nacional, o Grupo acredita que a segurança do seu setor financeiro está diretamente atrelada à capacitação de seus funcionários em suas tarefas diárias, a prova desse pensamento encontra-se demonstrada no seu DVA. O Grupo Viralcool conta com a colaboração da Moore Stephens Prisma Auditores, empresa que presta serviços de auditoria e consultoria nas áreas contábil e tributária para auditar o seu balanço contábil. O Grupo acredita que a Gestão Financeira é o pilar da entidade, contribuindo potencialmente para o crescimento sustentável de todos os setores. 32 Relatório de Sustentabilidade Assegurado à perenidade da sua saúde financeira, o Grupo Viralcool procura disponibilizar uma quantia anual, previamente definida pela diretoria, para atender as entidades sociais em que realiza projetos de médio e longo prazo, contribuindo potencialmente para a comunidade e microrregião que encontra-se inserido. Prêmios recebidos pelo Grupo Viralcool[2.10] No período coberto por este relatório o Grupo Viralcool foi agraciado com os seguintes prêmios: Julho/2010 Para comemorar o 30º aniversário de fundação e o Dia da Indústria, o CeiseBr realizou evento, no Clube de Campo Vale do Sol, em Sertãozinho, que reuniu empresários, autoridades e personalidades de destaque do setor sucroenergético. Na ocasião, o presidente do Grupo, Antonio Eduardo Tonielo, foi homenageado como destaque no setor. Setembro/2010 Durante a Agrocana 2010, o presidente do Grupo Viralcool, Antonio Eduardo Tonielo recebeu, das mãos do presidente do CeiseBr, Adézio José Marques, uma homenagem pela parceria e realização da feira. Dezembro/2011 A ProCana divulgou a lista dos “100 Mais Influentes do Setor” em 2011, eleitos pela pesquisa MasterCana. O presidente do Grupo Viralcool e empresário, Antonio Eduardo Tonielo, foi uma das principais personalidades em destaque. A cerimônia do Prêmio MasterCana Brasil foi realizada em São Paulo, no dia 23 de novembro. Dezembro/2011 A União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA) homenageou a Usina Viralcool Pitangueiras com o Troféu Porteira Aberta, o troféu é um agradecimento às usinas que, atendendo a solicitações da UNICA, abrem suas portas para receber delegações, brasileiras e de outros países, que buscam mais informações sobre o setor sucroenergético brasileiro. www.viralcool.com.br 33 1 3. Perfil do Primeiro Relatório de Sustentabilidade do Grupo Viralcool “É por estarmos cientes de nossa responsabilidade na produção de energia renovável e da relevância da sustentabilidade em nossa cadeia de produção, que inserimos os compromissos de responsabilidade socioambiental dentro das estratégias de sustentabilidade do Grupo Viralcool.” Por meio das palavras do Presidente do Grupo Viralcool, Sr. Antônio Eduardo Tonielo, consegue-se compreender a importância do cultivo responsável na produção de bioenergia praticada pelas três unidades do Grupo. Compatibilizar a gestão da responsabilidade socioambiental foi o primeiro passo que as três unidades do Grupo tiveram que trilhar antes de se tomar a decisão de elaborar seu relatório de sustentabilidade. Hoje, após a publicação de seu primeiro relatório de sustentabilidade modelo GRI, as unidades do Grupo Viralcool compreendem os desafios que terão pela frente, e a busca pela melhoria contínua é uma delas. A gestão descentralizada de cada unidade do Grupo, característica da gestão do Sr Tonielo, permite a tomada de decisões rápidas para atender as demandas regionais de cada unidade. [3.2] Este relatório cobre integralmente as safras de 2010/2011 e 2011/2012, representando o período de 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011. Assim, publicando dois anos safras por relatório, as três unidades pretendem publicar um relatório a cada dois anos, portanto com ciclo de publicação bianual. [3.1] [3.3] Durante o processo de elaboração deste relatório, buscou-se atender as principais demandas de conteúdo das partes interessadas do Grupo Viralcool, entre elas aquelas que compõem os compromissos de sustentabilidade. Informações relativas ao processo de mecanização, matas ciliares e uso racional da água buscaram atender aos anseios das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e da Secretaria da Agricultura, além da UNICA e da comunidade do entorno. Questões relativas à governança e gestão da força de trabalho buscam atender as expectativas das partes, que compõem o compromisso nacional. Poderão haver questões não abordadas por esse documento e, por esse motivo, em caso de perguntas relativas ao relatório ou a seu conteúdo, entre em contato com o Comitê Gestor do Relatório do Grupo Viralcool, pelo e-mail: [3.4] [email protected] www.viralcool.com.br 35 As três unidades do Grupo Viralcool contam com forte participação dos fornecedores de cana-de-açúcar. Principalmente nas duas primeiras unidades, a Destilaria Santa Inês e Viralcool Pitangueiras, a participação dos produtores independentes de cana-de-açúcar, além de significativa, está intimamente ligada às características socioeconômicas da região. O fornecimento de cana-de-açúcar por produtores independentes fortalece a relação do homem no campo e diminui a dependência econômica regional com relação à usina. O desafio de se relatar o desenvolvimento sustentável permeia as relações com seus fornecedores. Informações relativas ao processo produtivo, como o uso de insumos, e de energia como o diesel, por exemplo, estão fora do limite de conhecimento e gestão do Grupo Viralcool e por esse motivo fora do limite desse relatório. O Comitê do GRI do Grupo Viralcool não mantém joint venture, subsidiárias, nem operações terceirizadas que possam afetar significativamente a comparabilidade entre organizações ou período de relato. Ainda não se estabeleceu uma estratégia ou cronograma para atingir a cobertura plena do seu relatório com relação aos indicadores de energia e emissões, contudo estabeleceu-se estimativas. [3.6] É por esse motivo que o Grupo Viralcool declara que, em seu primeiro relatório, existem limitações quanto ao escopo e alcance das informações aqui apresentadas. Os indicadores sociais e ambientais se referem unicamente a dados primários de gestão de área e cana administradas, apontando, portanto, exclusão de indicadores sociais e ambientais referentes a fornecedores. Aqui uma ressalva deve ser feita, questões relativas a emissões e eficiência energética, se mantidas as exclusões de dados de fornecedores, apresentariam resultados distorcidos. Por esse motivo, para o cálculo de emissões e eficiência energética, houve a necessidade do uso de estimativas, o que permitiu se chegar a números mais conservadores e, por isso, mais próximos da realidade da usina e do setor. [3.7] Com relação às técnicas de medição de dados para a elaboração desse relatório pelo Grupo Viralcool, foram utilizados os sistemas de controle interno da organização. Para as informações relativas ao número de empregados, horas trabalhadas e outras de cunho social, foi utilizada a folha de pagamento. Dados relativos ao uso de insumos são gerenciados, para fins de controle de custos de operações, pelo sistema CHB, e dão origem a todos os indicadores ambientais. Já dados relativos à proteção de matas ciliares são obtidos a partir da equipe interna de georreferenciamento; consumo de água e captação são fornecidos pela indústria. [3.9] Estimativas e hipóteses foram utilizadas neste relatório, principalmente com relação a demandas de insumos utilizados por fornecedores de cana-de-açúcar que abastecem as unidades industriais do Grupo Viralcool. A partir dessas estimativas, foi possível chegar a números mais realistas com relação às emissões globais de gases de efeito estufa e eficiência energética das três unidades do Grupo. Caso não fossem adotadas as técnicas acima descritas, esses indicadores apresentariam resultados consideravelmente divergentes daqueles conhecidos para o setor, indicando emissões muito aquém e uma eficiência energética muito elevada. Neste relatório não foram tomadas decisões que não se aplicam aos protocolos de indicadores da GRI ou que divirjam substancialmente deles. [3.9] Por se tratar do primeiro relatório do Grupo Viralcool, inexistem consequências de quaisquer re- 36 Relatório de Sustentabilidade formulações de informações fornecidas em relatórios anteriores. Assim, não houve alterações com relação a fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio ou em métodos de medição. Da mesma forma, não houve mudanças em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório. [3.10] [3.11] O Grupo Viralcool entende como salutar a adoção de políticas e práticas relativas à busca de verificação externa para o relatório. Contudo, nesse primeiro relatório, não adota a prática de auditoria externa para o conteúdo e indicadores aqui presentes. www.viralcool.com.br 37 Escopo e Limite deste Relatório O Grupo Viralcool não possui sistemática formalizada para engajamento de Partes Interessadas externas à Organização; durante o processo de estruturação do seu GRI, houve a formação do Comitê GRI, composto por representantes dos colaboradores e da direção. Foram realizadas ao longo do período deste relatório, uma série de reuniões para a definição do seu conteúdo. [3.5] A composição do Comitê GRI buscou representar suas três unidades e as principais áreas de atuação dentro do Grupo. Pela distância da Unidade Castilho, com relação às demais unidades, ficou definida uma única pessoa com função de representá-la. Abaixo, seguem os nomes dos participantes do Comitê GRI:[3.5] • Renata Toniello ([email protected]), representante da alta direção da unidade Viralcool Pitangueiras. • Antônio Eduardo Tonielo Filho ([email protected]), representante da alta direção da unidade Viralcool Pitangueiras e Santa Inês. • Fabio Toniello ([email protected]), representante da alta direção da unidade Viralcool Pitangueiras. • Cláudia Tonielo ([email protected]), representante da alta direção da unidade Santa Inês. • Agostinho Bertuso Junior ([email protected]), Administrativo. • Camila Perruci Forciniti ([email protected]), Gestão de Pessoas. • Flávia Luiza da Silva Neves ([email protected]), Gestão de Pessoas. • José Armando de Almeida Moschen ([email protected]), Sustentabilidade. • Ana Carla de Oliveira ([email protected]), Sustentabilidade. • Daniel Lobo ([email protected]) e João Bueno ([email protected]), consultores para a elaboração do relatório de sustentabilidade. • Maria Luiza Barbosa ([email protected]), UNICA - União da Indústria Canavieira de São Paulo. A identificação dos temas de alta materialidade se alicerçou sobre as iniciativas voluntárias de sustentabilidade, assinadas pelas unidades do Grupo e que estão inseridas dentro do planejamento estratégico da Viralcool. Essas são definidas por meio do Protocolo Agroambiental Paulista e o Compromisso Nacional, que estabelecem práticas supralegais de gestão de recursos ambientais e boas práticas trabalhistas. [3.5] Por esse motivo, a organização irá priorizar, dentro deste relatório, os temas ambientais relacionados à eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar, proteção de matas ciliares e redução do uso www.viralcool.com.br 39 de água. Na esfera social, os temas do Compromisso Nacional são relativos às boas práticas de contratação de mão de obra braçal, como a contratação direta e condições de segurança e bemestar nas frentes de colheita manual (cana queimada). [3.5] A partir da priorização desses temas, espera-se que as principais partes interessadas desta organização usem o relatório ao qual foram engajadas: [4.14] [4.15] [3.5] • Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo • Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo • UNICA – União da Indústria da Cana-de-açúcar • Ministério do Trabalho e Emprego • COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo • Colaboradores Internos • Sindicatos e representantes de trabalhadores • Outras partes interessadas no Protocolo Agroambiental e Compromisso Nacional A base para a identificação e seleção de partes interessadas com as quais o Grupo Viralcool se engaja, foi a utilização, portanto, das iniciativas de sustentabilidade de caráter externo e interno, nas quais o grupo é signatário de forma voluntária. O Protocolo Agroambiental de caráter externo, desenvolvido em parceria pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Agricultura do Estado de São Paulo, UNICA e as usinas de açúcar e álcool paulistas, foi assinado em 2007, pelas duas unidades do Grupo. Da mesma forma, o Compromisso Nacional, elaborado em parceria com o Governo Federal, Ministério do Trabalho e sindicatos, representantes de trabalhadores e de classe, foi assinado de forma voluntária pelas três unidades do Grupo em 2010. As demais partes interessadas, fora dessas iniciativas, não serão engajadas neste relatório. [4.12] [4.15] Além disso, o Grupo Viralcool participa das seguintes associações e as entende como partes interessadas com relação às práticas e políticas de sustentabilidade: [4.13] • STAB: Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil, é uma organização privada, com natureza e fins civis de intuito não lucrativo, tendo como objetivo principal o intercâmbio científico, técnico e cultural entre as diversas regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil e do exterior. • COPERSUCAR: Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, iniciou suas operações em 2008, é a maior comercializadora brasileira de açúcar e etanol integrada à produção, com participação de 18% do mercado brasileiro. A Copersucar tem a exclusividade na comercialização dos volumes de açúcar e etanol produzidos por 48 unidades produtoras sócias, localizadas nos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Adicionalmente comercializa em regime não exclusivo a produção de açúcar e etanol de cerca de 50 unidades produtoras não sócias. 40 Relatório de Sustentabilidade • CANOESTE: Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, foi fundada em 1945, é uma das maiores associação de produtores de cana do mundo. Constitui uma Associação de direito privado sem fins econômicos. Possui 2.820 associados, na maioria, pequenos e médios fornecedores, responsáveis pela entrega de aproximadamente 11,5 milhões de toneladas de cana na safra 2010/2011. Com sede em Sertãozinho, possui 10 filiais, com uma área de abrangência envolvendo mais de 45 municípios. • IAC: Instituto Agronômico de Campinas, instituto de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem sua sede no município de Campinas. Foi fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, tendo recebido a denominação de Estação Agronômica de Campinas. Em 1892 passou para a administração do Governo do Estado de São Paulo. • FUNDAG: Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola, coloca-se à frente das principais mudanças e melhorias do setor, é uma entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, cuja finalidade é dar suporte e fomentar a formação de recursos humanos e as atividades de desenvolvimento de ciência e tecnologia voltadas para a agricultura, agroindústria e meio ambiente. Com a missão de promover, apoiar e participar na execução, implementação e gestão de inovação no agronegócio brasileiro. • UFSCAR RIDESA: Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético. A RIDESA identifica os melhores clones de cana a partir dos clones de cada universidade produzidos pela UFAL. Anualmente, os melhores clones selecionados em cada universidade são enviados para outras universidades, o que permite incrementar o número de clones a serem avaliados na rede de experimentos estabelecida por cada universidade em seu respectivo estado. O convênio é entre nove universidades federais, são elas: UFPR, UFSCAR, UFV, UFRRJ, UFS, UFAL, UFRPE, UFG e UFMT. • UNICA: União da Indústria de Cana-de-Açúcar, é a maior organização representativa do setor de açúcar e bioetanol do Brasil. Sua criação, em 1997, resultou da fusão de diversas organizações setoriais do Estado de São Paulo, após a desregulamentação do setor no país. A associação se expressa e atua em sintonia com os interesses dos produtores de açúcar, etanol e bioeletricidade, tanto no Brasil como ao redor do mundo. As 146 companhias associadas à UNICA são responsáveis por mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no Brasil. • UDOP: União dos Produtores de Bioenergia, foi fundada em 28 de novembro de 1985, é uma entidade com representação em seis Estados da federação, representando produtores de etanol, açúcar, bioeletricidade, biodiesel, similares e conexos. • CTC: Centro de Tecnologia Canavieira, foi criado em 1969, por meio da iniciativa de um grupo de usinas da região de Piracicaba, a 160 km da capital paulista, com o objetivo de investir no desenvolvimento de variedades mais produtivas e agregar qualidade à produção de açúcar e álcool. Em 2004, entrou em uma nova era, foi reestruturado com o objetivo de se tornar o principal centro mundial de desenvolvimento e integração de tecnologias disruptivas da indústria sucroenergética, capaz de vencer o desafio de dobrar, de maneira economicamente sustentável, a taxa de inovação do setor. www.viralcool.com.br 41 • COPERCANA: Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, fundada em 19 de maio de 1963, surgiu com a necessidade de unir os agricultores da região e promover uma defesa mais ampla de seus interesses econômicos. Com base na colaboração recíproca, desde a sua fundação, o objetivo principal é desenvolver o estímulo de seus cooperados, por meio do fornecimento de produtos agropecuários, das vendas em comum da sua produção e da prestação de serviços agrícolas. • CIESP: Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 1928, reúne empresas industriais e suas controladoras, e associações ligadas ao setor produtivo, bem como empresas que possuem por objeto atividades diretamente relacionadas aos interesses da Indústria. • CEISE: Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético foi criado em 1980. Nasceu com o objetivo de representar o parque industrial da região, atuando em negociações trabalhistas. De lá para cá, a entidade acompanhou e participou do desenvolvimento do setor sucroenergético, bem como da sua inserção no mercado internacional. • COCRED: Cooperativa de Crédito dos Produtores Rurais e Empresários do Interior, busca estimular a atividade agropecuária de Sertãozinho e região; a cooperativa trouxe grande incentivo a produtores rurais que precisavam de recursos e financiamentos com prazos e juros melhores. • COPERCITRUS: Cooperativa de Produtores Rurais, foi fundada em 14 de maio de 1976, por meio da fusão de duas cooperativas já existentes: a Capezobe (Cooperativa Agropecuária da Zona de Bebedouro), de Bebedouro, SP, e a Capdo (Cooperativa Agrária dos Cafeicultores D’Oeste de São Paulo), de Monte Azul Paulista, SP. • CANDA: Cooperativa Mista de Adamantina. No dia 04 de abril de 1965 alguns agricultores 42 Relatório de Sustentabilidade uniram-se sob a forma mais democrática possível e criaram um elo com cada plantador da região. O objetivo era fortalecer a comercialização da produção, aquisição de insumos, mudas, sementes e outros produtos necessários para o plantio e a colheita. Outro objetivo dessa união foi fundar uma representação firme e coesa junto aos órgãos governamentais da época, sendo que a mais importante tarefa foi ser uma espécie de indicador da rota a seguir, o divulgador da mais moderna tecnologia e criador de processos para o manuseio da terra. Os princípios para garantir o conteúdo do relatório: materialidade, contexto de sustentabilidade e abrangência ocorrem por meio das duas principais iniciativas de sustentabilidade voluntárias do Grupo. Nesse sentido, há a inclusão das partes interessadas, atreladas a essas duas iniciativas, como sindicatos, secretarias e associações de classe. A organização buscou aplicar as orientações para a definição do conteúdo e qualidade do relatório e os princípios a elas relacionados. [3.5] Com relação à comparabilidade, princípio necessário para a qualidade do relatório, o Grupo Viralcool buscou relatar seus indicadores alinhando-os com relação aos indicadores amplamente divulgados para a cana-de-açúcar, permitindo que os mesmos possam ser utilizados como referência por outras unidades produtoras de cana-de-açúcar e outras organizações relatoras aos moldes do GRI. Para os demais princípios da qualidade, entre eles: equilíbrio, exatidão, periodicidade e confiabilidade, bem como para atender aos princípios do conteúdo do relatório, o Grupo Viralcool optou pela contratação de empresa de consultoria externa (Ecolog Consultoria). [3.5] Como principal estratégia corporativa para 2012, a alta direção do Grupo Viralcool estuda a formalização e o início dos trabalhos de estruturação de seu Comitê de Sustentabilidade. A estrutura prevê que o Comitê de Sustentabilidade tenha a função de órgão consultivo interno, formado por representantes das unidades do Grupo. www.viralcool.com.br 43 4. Governança De gestão familiar, o Grupo Viralcool se preocupa com o alinhamento dos interesses da família com as necessidades de gestão profissional de suas três unidades. De controle central, exercido pelo Sr. Antonio Eduardo Tonielo, que preside o Grupo, e gestão descentralizada exercida pelos membros da família, minimizando assim potenciais conflitos de interesses resultantes da delegação do poder a agentes especializados (executivos). Contudo, é de conhecimento do presidente Tonielo que conflitos de interesses não resultam única e exclusivamente da relação entre propriedade de gestão e de decisão, e que mesmo organizações familiares podem enfrentar o mesmo dilema. É por esse motivo que a partir de 2012 o Grupo Viralcool irá elaborar e divulgar seu Código de Conduta para todo o seu público de interesse, incluindo diretores, acionistas e a própria família Toniello. O Código de Conduta Corporativa irá abordar os temas abaixo e, além disso, será formado o Comitê Gestor, que será definido pelo presidente do Grupo Viralcool e composto por quatro integrantes, preferencialmente, um representante da área de recursos humanos, um da área de responsabilidade socioambiental, um do pessoal de apoio e um representante da direção. [4.6] • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Discriminação no ambiente de trabalho; Emprego de mão de obra forçada e/ou infantil; Saúde e segurança no trabalho; Relações com a comunidade; Relações com fornecedores; Responsabilidade patrimonial; Responsabilidade socioambiental; Conflito de interesses; Recebimento de presentes; Informação privilegiada; Assédio moral e sexual; Atividades sindicais e associativistas; Atividades políticas; Uso de fumo, álcool e drogas; Imprensa e publicidade; Uso obrigatório do uniforme; Uso de sistemas de computação e informações computadorizadas; Vendas de produtos; Camisas de times, bandeiras ou símbolos de torcidas. www.viralcool.com.br 45 Para que isso se torne possível, já se iniciaram as discussões referentes ao papel da alta direção: • Ser exemplo de conduta e compromisso para com as políticas e práticas contidas no Código de Conduta; • Ser responsável pela aplicação das diretrizes éticas na sua área; • Conduzir os colaboradores sob sua responsabilidade à total adesão para com os princípios e orientações do Código de Conduta; • Aprovar a elaboração, revisão e divulgação do Código de Conduta; • Tomar as decisões administrativas nos casos mais graves de violações do Código de Conduta. Em 2011 o Grupo Viralcool analisou e validou junto à sua alta direção seu compreendimento a respeito de sua Missão, Visão e Valores, e resolveu publicá-los neste relatório. [4.8] Missão: produzir cana, açúcar, etanol, energia elétrica e levedura de maneira eficiente e econômica, unindo produtividade com responsabilidade socioambiental. Visão: ser reconhecido no setor sucroenergético pelas boas práticas de fabricação e pelo uso sustentável dos recursos naturais em um contexto moderno de gestão. Valores • Simplicidade e agilidade nas decisões; • Desenvolvimento pessoal e profissional; • Relacionamento de confiança com os colaboradores, fornecedores e comunidades locais; • Respeito ao meio ambiente; • Segurança no ambiente de trabalho; • Ética e respeito na relação com concorrentes e parceiros; • Compromisso com resultados. A partir da elaboração de seu Código de Conduta, o Grupo Viralcool iniciará o processo de identificação e mapeamento de suas partes interessadas. Em um primeiro momento, em reuniões realizadas com o Comitê Gestor do GRI e Código de Conduta, foram identificadas as seguintes partes interessadas: [4.16] • • • • • • • • • • • Acionistas e diretores Colaboradores Comunidade Sindicatos e entidades de classe Governo e órgãos reguladores Clientes Institutos de ensino Concorrentes Fornecedores e demais elos da cadeia Imprensa Instituições não governamentais. 46 Relatório de Sustentabilidade Para a identificação das partes interessadas, o Grupo Viralcool se baseou em sua rede de relacionamentos internos e externos. Por meio de atividades internas do Comitê Gestor definiu e identificou suas partes interessadas com base no engajamento atual da organização, ou seja, para cada uma das partes interessadas listadas acima, o Grupo Viralcool tem pelo menos um representante com o qual se engaja de forma voluntária e ou compulsória. [4.16] Até o momento, o Grupo Viralcool não possui uma sistemática formalizada para realizar abordagens para o engajamento de suas partes interessadas. O processo de engajamento ainda é pontual e difuso, sendo realizado pelos colaboradores, que relacionam diretamente com as partes interessadas afins às suas atividades. [4.16] Por esse motivo, não são mantidos registros dos principais temas e preocupações levantadas por meio do engajamento das partes interessadas, nem as medidas que a organização tem adotado para tratá-las. [4.17] Contudo, com algumas partes interessadas, o Grupo Viralcool mantém abordagens mais frequentes, em torno de compromissos comerciais e ou voluntários previamente estabelecidos. Entre esses públicos podemos citar a Copersucar, Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura, além da UNICA. [4.17] Por meio da Copersucar, o Grupo Viralcool identifica as demandas comerciais nacionais e internacionais com relação às necessidades de adequação e comprovação de responsabilidade socioambiental. Assim, iniciará, em 2012, a busca pela certificação ISO 22000 (Gestão da Segurança dos Alimentos) demanda por essa parte interessada. [4.17] Na esfera governamental e entidade de classe, mantém forte engajamento com as Secretarias de Meio Ambiente e Agricultura de São Paulo e com a UNICA. Isso porque, desde 2007, as unidades do Grupo assinaram de forma voluntária o Protocolo Agroambiental, a unidade Santa Inês, apesar de não signatária, adota as diretrizes do protocolo. [4.17] O Grupo Viralcool gira em torno de duas estruturas jurídicas distintas, a primeira denominada VIRALCOOL AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA e a segunda de denominação IRMÃOS TONIELLO LTDA. Ambas explorando o ramo de fabricação e comercialização de álcool carburante e seus derivados. A VIRALCOOL AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA tem seu ramo de exploração ampliado também para a fabricação e comercialização de açúcar. Os proprietários e beneficiários de cada empresa, bem como o percentual de participação dos principais acionistas estão apresentados na tabela abaixo. [2.6] [2.8.6] DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 1. DA VIRALCOOL AÇÚCAR E ALCOOL LTDA 2. DA IRMÃOS TONIELLO LTDA. Antônio Eduardo Tonielo José Pedro Toniello Renato Toniello Waldemar Toniello www.viralcool.com.br 25% 25% 25% 25% 47 A administração da sociedade é exercida por todos os sócios, podendo todos assinar pela sociedade em conjunto ou isoladamente. Contudo, essa administração se limita única e exclusivamente em negócios que digam respeito aos interesses da sociedade. No tocante aos cargos executivos, os sócios ocupam cargos de diretores e são responsáveis pela definição das estratégias adotadas pelas três unidades do Grupo. A organização não possui estrutura de administração unitária, sendo administrada pelos sócios do Grupo Viralcool. [4.2] [4.3] A gestão familiar permite a proximidade e interação dos colaboradores junto à alta gestão da organização. Os sócios estão diariamente presentes na rotina e no dia a dia da organização, o que permite ouvir as demandas de colaboradores, sendo um eficiente mecanismo para que empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança. Como foi visto pela distribuição de cotas, não existem acionistas majoritários, todos têm a mesma participação dentro do quadro acionário. [4.4] O Grupo Viralcool iniciará em 2012 o processo de descrição de cargos e em um segundo momento será implantado o sistema de avaliação de competências. Atualmente, a descrição de cargos já foi realizada para a área administrativa, a partir de 2012 será realizada para a área industrial, passando para todo o Grupo, incluindo a alta direção. [4.7] De acordo com o contrato social do Grupo Viralcool, é permitido aos sócios, em comum acordo, fixar retiradas mensais a título de pró-labore, além disso, encontra-se implantado nas três unidades o Programa de Participação nos Resultados (PPR). As metas são estabelecidas pela diretoria e são divididas entre metas globais e individuais. Nas metas globais, estão determinados como indicadores a moagem, eficiência industrial e segurança. Já, nas metas individuais, os indicadores estão atrelados ao absenteísmo e atestados. Esta remuneração abrange a todos os colaboradores, (inclusive a alta direção), desde os contratos determinados quanto os indeterminados e é paga anualmente. A remuneração dos trabalhadores rurais acontece de forma diferenciada, é estabelecida pelo acordo coletivo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e tem como indicadores o número de ausências, sendo paga mensalmente. [4.5] Durante o período coberto pelo relatório, período que compreende os anos fiscais de 2010 e 2011, não houve alterações significativas com relação a porte, participação acionária, localização, mudanças nas operações, nem abertura ou fechamento ou expansão de unidades operacionais, assim como não houve alteração na estrutura do capital social ou outra formação de capital. Em 2012, o Grupo Viralcool irá incluir como parte de seu objeto social o plantio, cultivo, extração de cana-de-açúcar e demais culturas agrícolas próprias e produzidas em propriedades agrícolas de terceiros. Mantendo como objeto social a utilização da cana, como matéria-prima para a fabricação e comercialização de açúcar, álcool etílico hidratado e álcool etílico anidro, de seus derivados e demais subprodutos, bem como fabricação e comercialização de levedura de cana-de-açúcar destinada à alimentação animal e também produção e comercialização de energia elétrica. Em consequência desse processo, em 2012 áreas agrícolas começarão a ser contabilizadas em importantes iniciativas do Grupo, como o Protocolo Agroambiental, gerando significativas alterações nestes indicadores ambientais. [2.9.1] 48 Relatório de Sustentabilidade A alta gestão do Grupo Viralcool, juntamente com a Copersucar, adota um modelo de gestão de sustentabilidade, que tem possibilitado atender prontamente às exigentes cláusulas e padrões do mercado global. A Copersucar realiza um processo contínuo de engajamento e fortalecimento do comprometimento de todos os envolvidos em sua cadeia de negócios, que conta inclusive com a participação do Grupo Viralcool. [4.9] O Grupo Viralcool, como cooperado da Copersucar, segue seus princípios e Código de Conduta. Além disso, busca a adesão voluntária à normas e compromissos preconizados pela Copersucar, como é o caso do Protocolo Agroambiental Paulista o Compromisso Nacional para cana-de-açúcar. A partir de 2012, a unidade de Pitangueiras irá buscar a certificação ISO 9001:2008 e ISO 22000, que certifica que a organização adota um Sistema de Gestão da Segurança dos Alimentos. [4.9] www.viralcool.com.br 49 Organograma Viralcool Açúcar e Álcool ltda 50 Relatório de Sustentabilidade www.viralcool.com.br 51 Compromissos com iniciativas externas e engajamento com stakeholders, cartas e princípios voluntários, e princípio da precaução [4.11] [4.12] [4.14] [4.15] Protocolo agroambiental paulista [4.11] [4.12] [4.14] [4.15] Diante da pressão pela expansão por novas áreas de cana-de-açúcar em 2007, e o possível aumento da área queimada no Estado, o governo paulista, juntamente com as Secretarias de Meio Ambiente e Agricultura, propõe a adoção voluntária de boas práticas ambientais para o setor. O Protocolo Agroambiental, assinado pelo Governador de São Paulo, pelos Secretários de Estado do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento e pelos presidentes da União da Indústria Sucroalcooleira (UNICA), aborda os principais desafios do setor de forma inédita, por meio da parceria voluntária entre governo e setor produtivo. Tal iniciativa se desenvolveu a partir de um entendimento entre governo, usinas e fornecedores de cana-de-açúcar, sobre a necessidade de organizar a atividade agrícola e industrial de modo a promover a adequação ambiental e minimizar, consequentemente, os impactos sobre o meio ambiente e a sociedade. Isso é especialmente importante em um setor que vem apresentando crescimento significativo e representando uma parcela cada vez maior na economia do Estado. A unidade Viralcool Pitangueiras e Viralcool Castilho são signatárias do Protocolo Agroambiental desde 2007. A Destilaria Santa Inês, apesar de não ser signatária do Protocolo Agroambiental, adota internamente os princípios estabelecidos pelo Protocolo, que consiste na antecipação da eliminação da queima, proteção de matas ciliares e meta de 1m3 por tonelada de cana moída até 2017. www.viralcool.com.br 53 RESULTADOS ALCANÇADOS Eliminação da queima Por meio do Protocolo Agroambiental Paulista, as usinas signatárias assumem o compromisso de antecipar de forma voluntária a colheita da cana sem utilizar a queima. Pela lei 11.241 de 2002, as usinas paulistas podem realizar a queima da cana como método de colheita até 2021 em áreas com declividade menor que 12% e até 2031 para áreas com declividade superior. A proposta do Protocolo Agroambiental é antecipar a eliminação da queima de 2021 para 2014 e de 2031 para 2017, em áreas mecanizáveis e não mecanizáveis respectivamente. Assim, o Estado de São Paulo, a comunidade e as usinas conseguem conciliar a expansão com a diminuição dos impactos negativos provenientes das queimadas. Pela antecipação da mecanização pelo Protocolo Agroambiental, no período deste relatório a organização deixou de emitir mais de 15.765 mil toneladas de CO2. Esse resultado representa o montante que seria emitido, se comparado à Lei Estadual 11.241/2001, caso as unidades não houvessem antecipado de forma voluntária a mecanização e seguissem apenas o que estabelece a Legislação Paulista. Gestão do Desempenho Ambiental (DMA EN) O Grande desafio que o Grupo Viralcool entende na gestão ambiental é conciliar as áreas produtivas com todos os requisitos sustentáveis ambientais. Amparado e norteado pelas Leis Ambientais, o Grupo procura de maneira respeitosa conciliar as duas partes envolvidas no processo de gestão ambiental. 54 Relatório de Sustentabilidade O Grupo Viralcool disponibilizou no seu GRI o indicador de eficiência energética em que se apresenta um índice positivo de consumo de energia renovável e um aumento nesse indicador durante o período coberto pelo relatório. Os recursos hídricos são altamente importantes no processo de produção do Grupo Viralcool. As três unidades do Grupo respeitam a legislação local e possuem outorga para uso e captação e não excedem ao limite estabelecido por lei. O Grupo adota práticas de responsabilidade e gestão de seus recursos hídricos que superam questões legais. Um bom exemplo disso é a meta voluntária de se manter a captação inferior a 1 metro cúbico por tonelada de cana moída, por meio da implantação de modernos sistemas de recirculação, fechamento de circuitos e de reaproveitamento de água dos condensadores. Duas unidades do Grupo Viralcool são signatárias do Protocolo Agroambiental, compromisso voluntário do setor produtivo de cana-de-açúcar para diminuir as queimadas nas épocas de colheitas, a iniciativa se desenvolveu a partir de um entendimento entre governo, usinas e fornecedores de cana-de-açúcar, sobre a necessidade de organizar a atividade agrícola e industrial de modo a promover a adequação ambiental, minimizando, consequentemente, os impactos sobre o meio ambiente e a sociedade. EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas. REALIZADO SEM QUEIMA 2010 2011 NÃO QUEIMADO (t) 3.817.961 3.067.548 Colheita crua pela LEI 11.241/02 (t) 2.766.639 2.160.245 Colheita crua pelo Protocolo Agroambiental (t) 1.051.323 907.303 Emissão Evitada (t CO2eq) 8.4117.258 Emissão Evitada Acumulada (t CO2eq)15.669 Fonte: Grupo Viralcool Matas ciliares As matas ciliares desempenham funções ambientais vitais para a manutenção e incremento da biodiversidade e perenidade dos cursos d’água. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo estima que encontra-se no Estado em torno de um milhão de hectares de matas ciliares no agronegócio paulista. Apesar dos esforços, o mapeamento dessas matas se mostrou moroso e pouco eficaz. As usinas, com a adesão ao Protocolo Agroambiental, se comprometeram no cadastramento e proteção dessas matas, não só em suas áreas próprias, mas também nas áreas lindeiras às plantações e em áreas administradas pelas usinas. Assim, o Estado ganhou um forte aliado, e em apenas cinco anos quase que a totalidade das matas ciliares presentes nos canaviais paulistas haviam sido cadastradas. www.viralcool.com.br 55 Hoje, nos mais de cinco milhões de hectares de cana-de-açúcar cultivados no Estado, estão protegidos pelas usinas signatárias do Protocolo Agroambiental, 269 mil hectares de matas ciliares. As três unidades do Grupo Viralcool declaram suas áreas de matas protegidas, que totalizam 665 hectares, além disso, é compromisso da presidência do Grupo proteger essas matas em sua totalidade e suas quatro nascentes. EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente à elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas. MATAS CILIARES PROTEGIDAS (ha)1 % PROTEÇÃO (ha matas / cultivo)2 Estoque Potencial Carbono (t CO2eq)3 % PROTEÇÃO NO ESTADO (ha matas / cultivo)4 2010-2011 2011-2012 572665 2,6%2,9% 193.336224.770 4,8%4,8% 1. Fonte: Viralcool unidade de Pitangueiras. 2. Relação entre área protegida de mata ciliar e área de cultivo de cana. 3. Considerando floresta estacional semidecidual, vegetação mais comum no interior de SP e nas áreas de canavial, de 200 toneladas de biomassa seca por hectare. Convertendo em carbono (x46%) e posteriormente em gás carbônico CO2 (x3,67), resulta em 338 t de CO2 absorvidas por hectare de mata ciliar madura. 4. Fonte: Protocolo Agroambiental, calculado a partir da relação da mata ciliar total declarada pelo Protocolo Agroambiental, 269.799 ha pela área de cultivo de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, que foi em 2011 de 5,57 mi ha. EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas. MUDAS Mudas Plantadas Áreas Próprias Mudas Plantadas Áreas Administradas Quantidade total de mudas produzidas em viveiro próprio Quantidade de mudas plantadas Quantidade de mudas doadas 2010-20112011-2012 37.652 44.316 65.091 81.634 25.000 30.000 22.700 20.000 2.300 10.000 Fonte: Viralcool unidades de Pitangueiras e Castilho Água Assim como no mundo todo, também aqui no Brasil a água é um importante recurso para garantir a produção de alimentos por meio da agricultura. Estudos indicam que no mundo, em torno de 70% do consumo de água ocorre para fins de agricultura; no Brasil esse índice é um pouco menor e representa 62% (Adaptado das fontes: FAO/ONU, 2003; Banco Mundial e WRI, 2005). O consumo de recursos hídricos no Brasil é bastante regulado e em algumas bacias do Estado de São Paulo, se paga pela quantidade captada. As três unidades do Grupo Viralcool respeitam a legislação local e possuem outorga para uso e captação, e não excedem ao limite estabelecido por lei. 56 Relatório de Sustentabilidade Além disso, as três unidades do Grupo adotam práticas de responsabilidade e gestão de seus recursos hídricos que superam questões legais. Um bom exemplo disso é a meta voluntária de se manter a captação inferior a 1 metro cúbico por tonelada de cana moída. Por meio da implantação de modernos sistemas de recirculação, fechamento de circuitos e de reaproveitamento de água dos condensadores, a captação de água das três unidades do Grupo Viralcool é inferior a 0,67 metros cúbicos por tonelada de cana moída. [EN8] EN8 Total de retirada de água por fonte. ÁGUA Captação total (m3) Cana moída (t) Captação por tonelada cana moída (m3/t) 2010-20112011-2012 3.336.370 2.906.960 5.533.277 4.320.490 0,600,67 Fonte: Viralcool, unidades de Pitangueiras, Castilho e Santa Inês. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, das 173 usinas signatárias do Protocolo Agroambiental, menos de 70 captam até 0,7 metros cúbicos de água por tonelada de cana. Para o Grupo Viralcool, essa informação é particularmente relevante, pois reforça que as ações adotadas pelo Grupo posicionam as três unidades no Estado na arte da conservação desse importante recurso natural. Classes de consumo das usinas signatárias do Protocolo Agroambiental Paulista (m3/t de cana) 0,7 - 1,0 1,0 - 2,0 acima de 2 41% 40% 19% Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde). Inventário de emissões e de energia [4.11] [4.12] [4.14] [4.15] A alternativa ao consumo de combustíveis fósseis passa pela capacidade em se produzir combustíveis renováveis de alta eficiência energética e de baixa emissão de gases de efeito estufa durante todo o ciclo de vida do produto. Nesse sentido, as Análises de Ciclo de Vida (ACV), que avaliam as emissões de cada etapa do processo produtivo de um determinado produto ou serviço é uma importante ferramenta comparativa. A partir dela, se pode dizer, por exemplo, se de fato as emissões de etanol são menores do que as emissões de gasolina. Avaliações de Análise de Ciclo de Vida ou análises de ponta a ponta realizadas por instituições de pesquisas indicam que o etanol de cana-de-açúcar pode chegar a reduzir 90% das emissões quando comparado à gasolina, principal combustível fóssil utilizado na frota leve brasileira. www.viralcool.com.br 57 DE PONTA A PONTA: ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO ETANOL Nota: redução das emissões evitadas com etanol como substituto à gasolina e calculada de acordo com análise do ciclo de vida. Fonte: World WatchInstitute (2006) e Macedo et al. (2008) – balanço energético. Produtividade: IEA – International Energy Agency (2005), MTEC e UNICA. GEE: IEA – International Energy Agency (2004) e Macedo, I. de C. et al. (2004 and 2008). Elaboração: UNICA. Em consonância com a baixa emissão encontra-se a capacidade do setor sucroenergético em converter energia fóssil em energia renovável. Operações agrícolas e tratos culturais demandam o consumo de energia fóssil, como o óleo diesel; a partir da fotossíntese realizada pela cana-de-açúcar, a energia solar é convertida em açúcar, que é a principal fonte de energia renovável do setor. Pelas características biológicas da cana-de-açúcar, alta disponibilidade de energia solar e eficiente gestão de energia pelas usinas do setor, estudos demonstram que em média o balanço energético da cana-de-açúcar no Brasil é de 9,3, ou seja, para cada unidade energética de combustível fóssil utilizado, são produzidas 9,3 unidades de energia renovável. Paralelamente às emissões, a análise do ciclo de vida de energia, representada pela eficiência energética da cana-de-açúcar, demonstra que essa se destaca quando comparada com outras matérias-primas. As unidades do Grupo Viralcool entendem que estes dois fatores, emissões de GEE e eficiência energética, são os principais diferenciais competitivos de seus produtos em relação ao olhar de sustentabilidade. É por esse motivo que as três unidades iniciam em 2012 a elaboração de seu inventário de emissões e inventário de energia, com o objetivo de se chegar à análise de ciclo de vida. 58 Relatório de Sustentabilidade Matéria-Prima País BrasilEUA UE Redução das emissões de GEE 90%35%34% 45% Balanço energético Produtividade (litros/hectare) UE 9,31,42,0 2,0 7.0003.8002.500 5.500 Nota: redução das emissões evitadas com etanol como substituto à gasolina e calculada de acordo com análise do ciclo de vida. Fonte: World WatchInstitute (2006) e Macedo et al. (2008) – balanço energético. Produtividade: IEA – International Energy Agency (2005), MTEC e UNICA. GEE: IEA – International Energy Agency (2004) e Macedo, I. de C. et al. (2004 and 2008). Elaboração: ÚNICA. O Grupo Viralcool opta por publicar seus inventários de forma que seja possível compará-los com iguais iniciativas setoriais, por esse motivo, adota a metodologia para o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e Eficiência Energética utilizada pelas principais entidades representativas do setor, entre elas a UNICA – União da Indústria da Cana-de-Açúcar de São Paulo. Por meio de algumas fontes de emissões, fruto de atividades humanas no setor sucroenergético, é possível calcular, utilizando fatores indicados em literatura para inventários, e se chegar a valores muito próximos daqueles considerados reais. Nesse inventário de emissões e de energia não se tem o intuito de esgotar as discussões acerca do assunto, mas sim apresentar as principais fontes de emissões e sua ordem de grandeza. Utilizando a metodologia de cálculo, chegou-se à quantidade de gases de efeito estufa emitidos no período deste relatório; em 2010 foram 119 mil toneladas de carbono equivalente, medida utilizada para expressar esse tipo de emissão. Em ordem de importância, encontra-se o diesel utilizado pelas operações agrícolas e de transporte, responsável pela emissão de 46 mil toneladas de CO2 equivalente; fertilizantes nitrogenados, a queima da cana e nitrificação da palha deixada no campo pela colheita crua representam importantes fontes de emissões. 2010-2011 1º jan a 31 dez de 2010 FATOR UNIDADE Produção de cana queimada (t) Produção de cana crua (t) Diesel (l) Fertilizantes nitrogenados (Kg N) Calcário (t) Fertirrigação (uso da vinhaça no campo) (m3) Torta de filtro (uso no campo) (t) Queima de bagaço nas caldeiras (t) 1.715.316 0,088 3.817.961 0,028 17.577.408 2,631 3.700.541 6,2 13.026 440 1.497.111 0,00201 109.922 0,07148 1.086.585 1942,00 EMISSÃO kg CO2 eq kg CO2 eq/kg palha 19.097.231 kg CO2 eq/kg palha 14.996.851 kg CO2 eq/kg DIESEL 46.243.489 kg CO2 eq/kg 22.943.356 kg CO2 eq/t 5.731.353 kg CO2 eq/l 3.014.453 kgCO2 eq /kg 7.857.195 kg CO2 / TJ 15.193.060 ton CO2 eq135.077 www.viralcool.com.br 59 Em 2011, após a realização de novos cálculos de emissões, chegou-se ao valor de 108 mil toneladas de CO2 equivalente. Houve uma redução das emissões absolutas no período, da ordem de 9%, explicada principalmente pela quebra da safra, ou redução da cana moída em 2011, que resultou em menores quantidades colhidas e transportadas, impactando fortemente na redução do consumo de diesel. 2011-2012 1º jan a 31 dez de 2011 FATOR UNIDADE Produção de cana queimada (t) Produção de cana crua (t) Diesel (l) Fertilizantes nitrogenados (Kg N) Calcário (t) Fertirrigação (uso da vinhaça no campo) (m3) Torta de filtro (uso no campo) (t) Queima de bagaço nas caldeiras (t) 1.252.942 0,088 3.067.548 0,028 15.402.887 2,631 3.833.743 6,2 13.004 440 2.423.490 0,00201 113.160 0,07148 1.221.797 1942,00 EMISSÃO kg CO2 eq kg CO2 eq/kg palha 13.949.454 kg CO2 eq/kg palha 11.999.807 kg CO2 eq/kg DIESEL 40.522.654 kg CO2 eq/kg 23.769.208 kg CO2 eq/t 5.721.864 kg CO2 eq/l 4.879.730 kgCO2 eq /kg 8.088.646 KGcO2 eq/kg17.083.654 t CO2 eq126.015 Fonte: Grupo Viralcool. No período, a importância dos fornecedores, representada pelo percentual entre cana de terceiros e o total moído pelo Grupo, ultrapassou os 40%. Os inventários de emissões e de energia são fortemente impactados em seus resultados pelas operações de cultivo e transporte de cana; para evitar que esses cálculos ficassem comprometidos, foi preciso estimar os valores de consumo de fertilizantes e calcário para os fornecedores. Para garantir que os valores apresentados aqui atendessem aos critérios conservadores de cálculos, foram considerados valores superestimados com relação ao consumo desses insumos, pois a utilização de valores superestimados resultam em emissões maiores. Assim, ocorrem garantias de que a estimativa não irá gerar falsas referências positivas. Com isso, chega-se às emissões diretas, aquelas que se originam de atividades em áreas administradas e sob controle do Grupo Viralcool e as indiretas, que são resultantes de atividades de produção de cana pelos fornecedores. No período coberto por este relatório, as emissões diretas ultrapassam 140 mil toneladas de CO2 equivalente, ao passo que as emissões indiretas representam 38% das emissões globais no período, chegaram a 88 mil toneladas de CO2 equivalente. EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. 20102011 (t CO2 eq) (t CO2 eq) Diretas1 Indiretas: fornecedores de cana-de-açúcar2 89.61883.122 45.45942.893 TOTAL135.077 126.015 1. A partir das emissões calculadas pelo inventário, não considerando transporte e queima pelo motor. 2. Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira (NIPE / UNICAMP) http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/balanco-emissoes-co2-etanol-gasolina-combustivel-30-06-08.htm 60 Relatório de Sustentabilidade Análise de ciclo de vida do etanol produzido pelo Grupo Viralcool O cálculo do inventário de emissões leva a organização a estruturar iniciativas de Análise de ciclo de vida de seus produtos, buscando oportunidades de posicioná-los como produtos de baixa emissão, quando comparados com produtos semelhantes ou concorrentes. No caso dos biocombustíveis, essa perspectiva ganha especial relevância nas questões relacionadas ao uso concomitante ou à substituição de combustíveis fósseis; metas de redução de emissões pelo uso de biocombustíveis se justificam quando de fato as emissões de gases de efeito estufa durante todo o ciclo de vida do produto são menores do que as dos combustíveis fósseis. Padrões de cálculos baseados em trabalhos científicos, como o proposto pelo Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira (NIPE / UNICAMP), demonstra que ao longo de todo o seu ciclo de vida (da formação da muda de cana até a queima do etanol no motor do veículo), ocorre uma emissão líquida de 309 kg/1000 l de etanol. O mesmo autor estudou a emissão líquida de CO2 da gasolina, desde a extração do petróleo até a queima no motor dos veículos, estabelecendo uma emissão líquida total de 3368 kg / 1000 l. (http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/balanco-emissoes-co2-etanol-gasolina-combustivel-30-06-08.htm) No caso do Grupo Viralcool, é possível, por meio do inventário, calcular as emissões efetivas para a produção do etanol hidratado até sua estocagem. As emissões posteriores que se referem ao transporte e queima de etanol hidratado no veículo são estimadas segundo Horta. A eficiência do combustível fóssil em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em todo o seu ciclo de produção pode ser representada pela emissão evitada pelo uso do etanol hidratado produzido pelo Grupo Viralcool e consumido nos motores flex da frota leve. Os 431 milhões de litros de hidratado produzidos pelo Grupo Viracool nos anos de 2010 e 2011 foram responsáveis por substituir o consumo de 250 milhões de litros de gasolina. Isso permitiu que 738 mil toneladas de CO2 equivalentes fossem lançadas na atmosfera nesses dois anos. ACV - Análise de Ciclo de Vida Emissões (t CO2 eq) Produção hidratado a partir de sacarose total (m3) Emissões (kg CO2 eq / m3 etanol a partir de sacarose total) Produção hidratado realizada (m3) Emissões pela produção de hidratado (kg CO2 eq) Gasolina substituída pelo etanol hidratado (m3) Emissões (kg CO2eq / m3 GASOLINA) Emissões pela produção e consumo GASOLINA (kg CO2 eq) 1 2 2010 2011 119.884108.931 485.447456.451 247 239 234.089197.974 57.809.57647.246.248 140.453118.784 3.368 3.368 473.047.051400.065.859 Emissões evitadas pelo uso do Etanol Hidratado (kg CO2 eq)415.237.475 352.819.611 Emissões evitadas pelo uso do Etanol Hidratado (kg CO2 eq)400.713.550 338.891.893 1. A partir das emissões calculadas pelo inventário, não considerando transporte e queima pelo motor. 2. Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira (NIPE / UNICAMP) http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/balanco-emissoes-co2-etanol-gasolina-combustivel-30-06-08.htm www.viralcool.com.br 61 Energia A eficiência da conversão da energia solar em energia renovável é o principal diferencial competitivo do setor sucroenergético brasileiro com relação aos demais biocombustíveis. O Grupo Viralcool contabilizará, a partir de 2012, a sua eficiência energética global, caracterizada pela relação de produção de energia renovável a partir de uma unidade de energia fóssil. Outro importante indicador do uso sustentável da energia ocorre pela relação entre o que é consumido de fontes renováveis sobre o total do consumo de energia. No Grupo Viralcool, essa relação é bastante positiva, indicando que em 2010 o consumo de energia renovável pelo Grupo representou 92% de toda a energia consumida e 94% no ano de 2011. EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. RELAÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA RENOVÁVEL Consumo Energia Primária Direta Renovável (GJ) Consumo Energia Primária Direta Não Renovável (GJ) TOTAL ENERGIA PRIMÁRIA DIRETA CONSUMIDA (GJ) Renovável sobre o total 1º jan a 31 dez de 2010 1º jan a 31 dez de 2011 7.823.409 655.402 8.478.811 92% 8.796.938 581.542 9.378.480 94% Fonte: Grupo Viralcool. 62 Relatório de Sustentabilidade Com relação à capacidade do Grupo Viralcool em converter energia fóssil em bioenergia, foram contabilizados todos os consumos energéticos, bem como todas as saídas de energia renovável. A bioeletricidade e o etanol comercializados, bem como o bagaço vendido, foram convertidos em unidades energéticas, gigajoule. Para que a energia do açúcar pudesse ser incluída no cálculo, a quantidade produzida foi convertida em produção potencial de etanol e posteriormente convertida em energia. A partir dos cálculos realizados foi possível determinar a eficiência energética global do Grupo Viralcool, que em 2010 foi de 15,8. Isso significa que para cada gigajoule de energia fóssil, o Grupo conseguiu comercializar 15,8 gigajoule de energia renovável. Em 2011, com a redução do consumo de diesel, foi possível obter uma eficiência um pouco maior, passando para 17,2 gigajoule de energia renovável por gigajoule de energia fóssil. EN6: Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA a. Não Renovável Consumida (GJ) b. Renovável Comercializada (GJ) c. Eficiência Energética 1º jan a 31 dez de 2010 1º jan a 31 dez de 2011 655.402 10.367.992 15,8 581.542 10.006.385 17,2 Fonte: Grupo Viralcool. a. Considerando consumo de energia direta: gasolina, diesel, glp, lenha e energia elétrica da rede. a. Considerando consumo de energia indireta na produção de nitrogênio, calcário, herbicidas e inseticidas. b. Considerando etanol (a partir de sacarose total), energia elétrica a partir de bagaço e bagaço vendido. c. Divisão de b/a. Apesar de não possuir políticas internas de aquisição de produtos de menor emissão, o Grupo Viralcool calcula e publica as emissões indiretas de seus principais fornecedores, utilizando, nesse caso, parâmetros padrão de emissões conforme BOX METODOLÓGICO. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Emissões (t CO2eq) Nitrogênio (GJ) Calcário (GJ) Herbicida (GJ) Inseticida (GJ) TOTAL (GJ) 2010 2011 119.884108.931 299 327 17 17 36.017 36017,5 1.606 1.634 37.939 37.995 Fonte: Grupo Viralcool. www.viralcool.com.br 63 BOX METODOLÓGICO Metodologia para o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e Eficiência Energética. Geral ESCOPO: unidades do Grupo Viralcool, incluindo suas respectivas áreas agrícolas administradas. DADOS: dados primários de consumo de recursos para as áreas de cana administrada. Não considera dados de fornecedores de cana. Apenas cana administrada. Escopo: do plantio e colheita das áreas administradas até a porteira da usina. Emissões da queima da palha 14% de palha seca por tonelada de colmos de cana (Macedo e Seabra 2008). Assume-se que 10% da palha não queimada fica no campo. Fator assumido de emissão para N2O + CH4 = 0,8836 kgCO2e/kg de palha. Cálculo feito com base nos seguintes fatores de emissão (IPCC 2006): 0,07 kg N2O / t matéria seca queimada 2,7 kg CH4 / t matéria seca queimada GWP: para N20=298; para CH4=25 Palha no solo 14% de palha seca por tonelada de colmos de cana (Macedo e Seabra 2008). Fator de emissão pelo N2O emitido: 0,0282 kg CO2eq/kg de palha deixada no solo (Macedo e Seabra 2008, ajustado de acordo com GWP IPCC2006). Assume-se que 5% da palha da cana colhida mecanicamente é levada à indústria e queimada nas caldeiras. Assim, não há emissão de N2O nesses 5%. Assume-se que 10% da palha da área colhida com queima permanece no campo, portanto, emite N20. Diesel Fator de emissão usado: (a)*(b)*(c)/1000 (a) 20,2 g de C / MJ de diesel (b) 35,52 MJ / litro de diesel (c)(Peso molecular do CO2 (44) / peso molecular do C (12)) Considerada apenas a emissão real do diesel, e não suas emissões no ciclo de vida. Ureia Considerada apenas a emissão de N. Ureia tem emissão de CO2 também, porém é um carbono que foi capturado na sua produção. Assim, como na emissão do bagaço, não é considerada essa emissão. Vinhaça Produção real de vinhaça (não produção estimada). Fator de emissão pelo NO2 emitido: 0,002 kg CO2eq/kg de vinhaça aplicada (Macedo e Seabra 2008, ajustado de acordo com GWP IPCC2006). Torta de filtro Fator de emissão pelo NO2 emitido: 0,0715 kg CO2eq/kg de torta de filtro (Macedo e Seabra 2008, ajustado de acordo com GWP IPCC2006). Queima da biomassa nas caldeiras Uma vez que o CO2 emitido pela queima da biomassa da cana é reabsorvido no seguinte ciclo de crescimento da planta, e seguindo recomendações do IPCC, as emissões de CO2 causadas pela queima de biomassa nas caldeiras não são consideradas no inventário. 64 Relatório de Sustentabilidade Compromisso nacional [4.11] [4.12] [4.14] [4.15] Firmado pelo Governo Federal e entidades de trabalhadores e de empresários do setor sucroenergético em junho de 2009, o Compromisso é resultado de uma experiência inédita no Brasil de diálogo e negociação nacional tripartite. As três unidades do Grupo Viralcool são signatárias do Compromisso desde 2010. Em 2012, as três unidades do Grupo se comprometem a buscar a certificação de terceira parte, aumentando assim a credibilidade de que suas unidades adotam efetivamente as práticas preconizadas pelo Compromisso. O Grupo Viralcool declara que não contrata nem fomenta a contratação de mão de obra migrante. Mediante adesão voluntária o Grupo Viralcool se compromete: 1. A contratar diretamente os seus trabalhadores para as atividades manuais de plantio e corte da cana-de-açúcar, com registro em Carteira. 2. Utilizar a cláusula de experiência no contrato de trabalho somente uma única vez. 3. Eliminar a vinculação da remuneração dos serviços de transporte de trabalhadores da fiscalização à remuneração dos trabalhadores manuais. 4. Dispor de mecanismos de aferição da produção previamente acertados com as representações dos trabalhadores no corte manual da cana-de-açúcar. 5. Informar o preço antecipadamente aos empregados e utilizá-lo para medição da cana-de-açúcar cortada. 6. Complementar o pagamento da diária correspondente ao piso salarial para os trabalhadores que não alcançarem tal remuneração com sua produção do dia. 7. Adotar melhores práticas de gestão em saúde e segurança e valorizar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural – CIPATR. 8. Fornecer gratuitamente Equipamento de Proteção Individual – EPI de boa qualidade com Certificado de Aprovação – CA. 9. Realizar esforço, em conjunto com trabalhadores, para adequação e melhoria de EPI ao trabalho rural. 10. Realizar esforço, em conjunto com trabalhadores, para conscientizá-los sobre a importância do uso de EPI. 11. Garantir a realização de duas pausas coletivas por dia, sendo uma no período da manhã e outra à tarde. 12. Ter rigor no exame admissional, lançando mão de exames complementares sempre que o médico responsável entender necessário. 13. Promover campanhas informativas aos seus trabalhadores manuais sobre a importância da reidratação. 14. Adotar, orientar e difundir a prática de ginástica laboral nas atividades manuais de plantio e corte da cana-de-açúcar. 15. Melhorar as condições de atendimento médico aos trabalhadores do cultivo manual da canade-açúcar em situações de emergência. 16. Fornecer transporte seguro e gratuito aos trabalhadores para as frentes de trabalho no campo. www.viralcool.com.br 65 17. Manter, para o transporte de trabalhadores, sistema de controle de acordo com a NR31 e as normas legais de trânsito. 18. Fornecer gratuitamente recipiente térmico – marmita – que garanta condições de higiene e manutenção de temperatura e assegurar, nas frentes de trabalho, mesas e bancos para a realização de refeições. 19. Estabelecer, em conjunto com entidades de trabalhadores, negociação coletiva de trabalho, esgotando todas as possibilidades de acordo, e zelar pelo cumprimento das condições pactuadas. 20. Assegurar acesso aos locais de trabalho de dirigentes de sindicato. 21. Orientar os líderes de equipe sobre a importância do respeito às atividades sindicais. 22. Divulgar e apoiar ações relativas à educação, saúde, cultura, esporte e lazer nas comunidades em que os trabalhadores estão inseridos. 23. Divulgar e orientar seus fornecedores de cana-de-açúcar a respeito dos termos deste instrumento e as boas práticas empresariais adotadas pela empresa. Gestão do Desempenho Trabalhista (DMA LA) Em 2009, as três unidades do Grupo se comprometeram a buscar a certificação Compromisso Nacional, aumentando assim a credibilidade de que suas unidades adotam efetivamente as práti- 66 Relatório de Sustentabilidade cas preconizadas pelo Compromisso. O Grupo Viralcool, juntamente com o seu departamento de Gestão de Pessoas declara que não contrata nem fomenta a contratação de mão de obra migrante. Mediante adesão voluntária, o Grupo Viralcool se compromete a contratar a funcionários via regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Todos os funcionários recebem os benefícios oferecidos pelo Grupo, independente do tipo de contrato. Preocupado com a saúde, educação e bem-estar de seus colaboradores, o Grupo mantém programas de educação, treinamento e aconselhamento, com o intuito de prevenção e controle de riscos com relação a doenças. Para dar suporte às ações dos órgãos de saúde local, a empresa inclui campanhas preventivas. Treinamento e benefícios O número de empregos gerados manteve-se estável nas últimas duas safras, foram mais de 3200 empregos diretos gerados e mantidos. O Grupo Viralcool não possui política de priorização de contratação de mulheres, o que se reflete no baixo quadro das mesmas executando funções dentro das três unidades do Grupo. Todos os colaboradores do Grupo Viralcool são contratados de acordo com o regime CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) e possuem livre iniciativa para aderirem a sindicatos e representantes de classe. [LA4] LA1 - Total de trabalhadores por tipo de emprego. 2010 Prazo por tempo determinado Prazo por tempo indeterminado AgrícolaIndústria 885 1542 247 543 Fonte: Grupo Viralcool. 2011 Prazo por tempo determinado Prazo por tempo indeterminado AgrícolaIndústria 878 219 1539 576 Fonte: Grupo Viralcool. O Grupo Viralcool, preocupado com os a segurança dos seus funcionários com relação a transporte e logística procura sempre contratar colaboradores na microrregião em que suas unidades estão inseridas. [LA1]. Os benefícios oferecidos a empregados de tempo determinado e indeterminado são os mesmos. Todos os colaboradores recebem convênio médico, convênio odontológico, convênio com farmácias e ótica conveniada. [LA3] www.viralcool.com.br 67 LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região. Sexo 20102011 Masculino Feminino 95%95% 5%5% Fonte: Grupo Viralcool. O Grupo investe na saúde, educação e bem-estar de seus colaboradores, mantendo programas de educação, treinamento e aconselhamento, com o intuito de prevenção e controle de riscos com relação a doenças graves. Para dar suporte às ações dos órgãos de saúde local, a empresa inclui campanhas contra doenças graves (vírus H1N1, dengue, febre amarela, prevenção de câncer do colo do útero e mama). [LA8] Em todo o início de safra, o grupo realiza treinamentos com os colaboradores, abordando temas como primeiros socorros, perigo de animais peçonhentos, e doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Além disso, conta com o Programa Reabilita, parceria público-privada entre a Unidade Viralcool Pitangueiras e o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). [LA8] Na unidade Pitangueiras, todos os colaboradores têm acesso à Ginástica Laboral durante o período de expediente. Em 2011, iniciou-se o Programa Inspiração, em parceria com o São Francisco Saúde, visando o tratamento e orientação sobre os riscos do tabagismo. A destilaria Santa Inês, em 2011, manteve o programa Indústria Saudável, em parceria com o SESI. [LA8] Período: ABRIL A DEZEMBRO DE 2011 LA 10: Média de horas de treinamento por ano e por categoria funcional. Categoria Santa Inês Colaboradores Horas Analista 11 8 Administrativo 23 6 Especialista 10 3 Gerentes Líderes 1 17 3 3 Pitangueiras ColaboradoresHoras 219 4439 Fonte: Grupo Viralcool. 1512 13 3437 Agrícola 357 388 1.220154.179 Indústria 100 125 41639.910 68 Relatório de Sustentabilidade LA8 Programa de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade, com relação a doenças graves. PROGRAMAS TIPO DE PROGRAMA ATIVIDADES OCUPACIONAIS DE ALTA INCIDÊNCIA OU ALTO RISCO DE DOENÇAS ESPECÍFICAS OBSERVAÇÕES TIPO DE PROGRAMA PCMSO PREVENÇÃO TODOS OS COLABORADORES O PROGRAMA É DESTINADO A TODOS OS COLABORADORES DA EMPRESA, TANTO NA ÁREA INDUSTRIAL COMO AGRÍCOLA PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL PRIMEIROS SOCORROS TREINAMENTO TRABALHADORES RURAIS E AUXILIARES DO SETOR INDUSTRIAL O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO E TREINAMENTO É PASSADO NA INTEGRAÇÃO ÀQUELES QUE ESTÃO EM MAIOR PROBABILIDADE DE ACIDENTES INSTRUÇÃO DE PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS USO DE PSICOTRÓPICOS TREINAMENTO TREINAMENTO DE INTEGRAÇÃO, PARA 100% DOS COLABORADORES O TREINAMENTO É PASSADO A TODOS OS COLABORADORES DA EMPRESA INSPIRAÇÃO TRATAMENTO TRABALHADORES FUMANTES GINÁSTICA LABORAL PREVENÇÃO TODOS OS COLABORADORES PARTICIPAÇÃO ESPONTÂNEA DOS COLABORADORES USO ABUSIVO DE ÁLCOOL ORIENTAÇÃO SOBRE TABAGISMO A GINÁSTICA LABORAL É REALIZADA PARA 100% DOS COLABORADORES www.viralcool.com.br - 69 5. Indicadores EN1 - Materiais usados por peso ou volume. Definições: • Materiais Diretos: que estão presentes no produto final. • Materiais Não Renováveis: recursos que não se renovam em períodos curtos de tempo, tais como minerais, metais, petróleo, gás, carvão etc. Uso direto (toneladas) Não renovável 20102011 Cal virgem Ácido Sulfúrico Enxofre Soda Cáustica Soda Cáustica 50% Antiespumante 1.075 2.631 404 1.002 172443 115 549 967 544 212159 LA11 - PROGRAMAS DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS Nas safras 2010/2011, nas unidades do Grupo, vários colaboradores participaram de programas de formação e gestão de competências, por meio de cursos internos e externos ou bolsa de estudo. No total foram investidos, somente em 2011, cerca de R$ 150.000,00 em programas de desenvolvimento de colaboradores, como: • Bolsa de Estudo • Ginástica Laboral • Telecurso • Programa Renovação • Auxiliar de Climatizador de Automóveis • Atendimento telefônico nas Empresas • Manutenção de Máquina de Costura Industrial • Curso de Atualização Roguista • Gestão Estratégica de Serviço Social e Benefícios • Operador de Motosserra www.viralcool.com.br 71 Gestão de Desempenho Social (DMA HR) A unidade Pitangueiras, desde 2009, recebeu o título de Empresa Amiga da Criança, da Fundação ABRINQ; esse selo adquirido pela Viralcool Pitangueiras exige dos seus fornecedores a abolição do trabalho infantil, para nao se romperem as relações comerciais. Outra medida adotada pela Diretoria do Grupo Viralcool é com relação ao trabalho escravo, a empresa abole o trabalho análogo ou forçado inclusive nas áreas de gestão de seus fornecedores. O Grupo Viralcool possui suas três unidades signatárias do Compromisso Nacional, desde 2010, acordo firmado voluntariamente, que tem a característica de aperfeiçoar e proporcionar melhorias para os trabalhadores do setor sucroenergético. HR3 - TOTAL DE HORAS DE TREINAMENTO PARA EMPREGADOS E POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS RELATIVOS A ASPECTOS DE DIREITOS HUMANOS RELEVANTES PARA AS OPERAÇÕES, INCLUINDO O PERCENTUAL DE EMPREGADOS QUE RECEBERAM TREINAMENTO. Não existe treinamento implantado em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos, porém, encontra-se em processo de elaboração do Código de Conduta para que essas políticas, bem como os treinamentos relativos a elas, sejam implantados. Para evitar casos de violação aos direitos humanos, todos os colaboradores do Grupo são contratados seguindo o regime da CLT, e a contratação do trabalho infantil é inadmissível. HR6 - OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO DE RISCO SIGNIFICATIVO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO INFANTIL E AS MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ABOLIÇÃO DO TRABALHO INFANTIL. A unidade Pitangueiras, desde 2009, recebeu o título de Empresa Amiga da Criança, da Fundação ABRINQ. Para receber esse selo, a empresa assumiu os seguintes compromissos: • Não explorar o trabalho infantil e não empregar adolescentes em atividades noturnas, perigosas e insalubres, respeitando a Lei 8.069/90; • Alertar os fornecedores contratados que denúncia comprovada de trabalho infantil causará rompimento da relação comercial; • Realizar ações de conscientização dos clientes, fornecedores e comunidade sobre os prejuízos do trabalho infantil; • Desenvolver ações em benefício da criança e do adolescente, filhos de funcionários nas áreas de educação e saúde; • Realizar ações sociais em benefícios de crianças e adolescentes das comunidades, conforme valores estabelecidos pela fundação ABRINQ. 72 Relatório de Sustentabilidade HR7 - OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO DE RISCO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO E AS MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ERRADICAÇÃO DO TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO. Não existe ocorrência de trabalho análogo ao escravo. Em terra em que a gestão pertence à empresa, os colaboradores são contratados diretamente. Além disso, duas das três Unidades são signatárias do Protocolo Ambiental do Setor Sucroenegético Paulista, acordo voluntário firmado entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria Estadual da Agricultura e UNICA. A mecanização da colheita, prevista no Protocolo, acabou incentivando fortemente a queda da violação. Gestão de Desempenho Social Comunidade (DMA SO) O Grupo Viralcool possui diversos projetos sociais destinados aos municípios e microrregiões onde se encontra as suas unidades. Por meio do seu Departamento de Responsabilidade Social o Grupo Viralcool monitora e avalia a necessidade dos projetos a serem implantados. Com relação à gestão na comunidade e região que está inserido, o Grupo não possui uma metodologia para evidenciar os impactos na comunidade. Em parcerias com municípios, sindicados, entidades governamentais como o SESI e SENAR; por meio desses considerados parceiros, o Grupo executa e mantém os seus projetos socioambientais. A responsabilidade social do Grupo não comtempla práticas de concorrência desleal. O Grupo Viralcool respeita as suas concorrências de mercado e não desempenha nenhuma prática de truste ou monopólio, uma evidência dessa atitude por parte da empresa é que no período que cobre o relatório não houve nenhum incidente ou reclamação por uso dessas práticas. SO1 - NATUREZA, ESCOPO E EFICÁCIA DE QUAISQUER PROGRAMAS E PRÁTICAS PARA AVALIAR E GERIR OS IMPACTOS DAS OPERAÇÕES NAS COMUNIDADES, INCLUINDO A ENTRADA, OPERAÇÃO E SAÍDA. Não há uma metodologia específica da empresa para avaliar os impactos nas comunidades. Durante a operação, a empresa conta com projetos e programas, dirigidos pelo Departamento de Responsabilidade Social. Para atender as necessidades dos municípios, a unidade Pitangueiras mantém projetos e parcerias como: • PAF (Programa Atleta do Futuro): em 2011 atendeu 180 crianças de 06 a 11 anos. • CORAL VOZES DO CAMPO: com 35 participantes - colaboradores e comunidade. • CMDCA (Conselho Municipal dos Direito da Criança e Adolescente): Viradouro, Pitangueiras e Terra Roxa. • No total, foram investidos R$ 180.000,00. www.viralcool.com.br 73 A Destilaria Santa Inês destinou, em 2010, um total de R$ 80.000,00 para entidades de Sertãozinho, por meio do CMDCA. Em 2011, foram doados R$ 143.000,00 para os mesmos fins. Em Nova Independência (Viralcool - Castilho), foram doados, em 2010, R$ 60.000,00 e em 2011 R$ 80.000,00 para o CMDCA. SO6 Valor total de contribuições financeiras em espécie para partidos políticos ou instituições relacionadas, discriminado por país. Em 2010 houve uma doação para partidos políticos no valor de R$ 900.200,00. Essa doação aten- 74 Relatório de Sustentabilidade de as normas de contabilidade e está devidamente identificada nos livros fiscais de contabilidade do Grupo Viralcool. SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados. No período coberto pelo relatório não houve nenhuma incidência de ações judiciais para as práticas de truste ou monopólio. www.viralcool.com.br 75 Gestão Social Construção de casas para funcionários Em 2010, a unidade Castilho construiu um conjunto habitacional com 48 casas de 70 m2 cada, em Nova Independência, destinada para aluguel de funcionários por um valor simbólico. Além de todos os itens de infraestrutura urbana, o núcleo habitacional recebeu o asfalto custeado pela empresa. Parceria para execução de obras Com o objetivo de garantir transporte da matéria-prima do campo para a indústria, dos ônibus que transportam os trabalhadores e das máquinas utilizadas em vários setores da área agrícola, o Grupo Viralcool mantém serviço constante de melhoria das estradas que cortam os canaviais e principais acessos ao complexo industrial. Em 2010, a empresa investiu mais de R$500.000,00 em obras de recape e operações tapa-buraco. Em agosto de 2010, na estrada municipal que demanda ao vizinho município de São João, em Castilho, a empresa investiu R$1,5 milhão para o projeto de pavimentação. Curso de panificação O Curso de panificação aconteceu na APAE de Pitangueiras em parceria com o SENAR e o Sindicato Patronal de Sertãozinho. Contou com a participação da comunidade, professores, familiares e alunos da APAE. Processamento artesanal de leite - 2010 Em parceria com o SENAR e Sindicato Rural de Bebedouro, a Viralcool Pitangueiras desenvolveu o Curso de processamento artesanal de leite em Viradouro e contou com participação da comunidade, tendo como objetivo a manipulação da matéria-prima leite para o consumo familiar e uma possibilidade de geração de renda. Os participantes aprenderam a transformar o leite em queijos, iogurte, manteiga e doce de leite. 76 Relatório de Sustentabilidade Telecurso e EJA O projeto Novo Telecurso, desenvolvido em parceria com o SESI, atende cerca de 180 alunos, entre colaboradores, dependentes e pessoas da comunidade, divididos entre ensino médio e fundamental, possui dois professores e uma biblioteca. Os alunos realizam diversas atividades extraclasses, como visitas às Feiras do Livro, Feiras de Ciência e palestras com profissionais de diversas áreas. A empresa também desenvolve, junto ao SESI, o Programa de Alfabetização Intensiva, destinado aos seus colaboradores. Desde o seu início, passaram pelo projeto cerca de 800 alunos que já receberam seus diplomas, motivo de orgulho para a empresa, que acredita na educação como instrumento de mudança da sociedade. Material escolar Auxílio financeiro na compra de material escolar aos filhos dos colaboradores, que estejam regularmente matriculados, com o objetivo de estimular o aluno em seus estudos e investir no processo educacional. Creche – cuidando dessa colmeia A Casa da Criança “Desembargador Dr. Euclides Custódio da Silveira” é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, localizada no município de Viradouro. A finalidade da instituição é atender crianças em regime de creche escola, com o objetivo de promover o seu bem-estar, prestando serviços gratuitos. A empresa foi convidada pela então diretoria da entidade como parceira no ano de 2006, desde então, manteve doações mensais em espécie para cobrir as despesas, como folha de pagamento, materiais de expediente, alimentação etc. A empresa investiu na estrutura do local e em reformas necessárias para que o prédio fosse adequado às normas que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prioriza e exige para o funcionamento de instituições de ensino, e para que pudesse oferecer mais conforto e segurança aos atendidos. No ano de 2011, houve a municipalização dessa instituição. www.viralcool.com.br 77 Comemoração ao dia da mulher Pensando em promover igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, para atender a 3° meta do Milênio, o Grupo Viralcool promoveu, nos anos de 2010 e 2011, a comemoração do Dia Internacional da Mulher, com palestras voltadas ao público feminino e entrega de brindes. Participou também de diversas campanhas para a saúde da mulher, assim como anualmente participa da campanha de prevenção de câncer de mama e colo do útero. PROAMA O PROAMA possui como meta desenvolver um programa em que se possa orientar jovens para a solidariedade, o respeito, assumindo sua cidadania, e trabalhando seu papel como membro de comunidade, ciente de seus direitos e deveres, buscando garantir seu distanciamento consciente da violência, drogas, e marginalidade, formando também cidadãos comprometidos com a Educação Ambiental e questões ligadas ao Meio Ambiente, bem como capacitando-os para o mercado de trabalho, criando alternativas para seu desenvolvimento e sustentabilidade econômica. Possui também a meta de capacitar jovens, oferecendo-lhes oportunidades de envolvimento e conhecimento dos mais diversos setores vinculados ao meio ambiente: agroindústria, agricultura familiar, piscicultura, operação de equipamentos industriais, guias de turismo e pesca esportiva, artesanato, operacionalização de viveiros de mudas nativas e comerciais, industrialização e comercialização de produtos para agregação de valores, contribuindo diretamente para sua inclusão social, por meio de sua formação profissional. Projeto inclusão digital Em parceria com a APAE de Viradouro, a unidade de Pitangueiras realiza o projeto de Inclusão Digital, oferecendo curso básico de informática. Tendo como público-alvo os alunos da entidade, seus familiares, colaboradores da empresa e seus dependentes, a empresa busca preparar todos os envolvidos para o mercado de trabalho atual, possibilitando uma melhoria na qualidade de vida. 78 Relatório de Sustentabilidade Projeto Pró-Nascer e Bebê a Bordo Destinado a gestantes, o projeto Pró-Nascer é um curso de apoio, realizado pela unidade Pitangueiras em parceria com as Prefeituras Municipais, Secretaria de Assistência Social, Fundo Social de Solidariedade, Pastoral da Criança e Departamento de Medicina Preventiva dos planos de Saúde São Francisco. O objetivo do curso foi oferecer orientação às gestante das comunidades de Viradouro e Pitangueiras, contribuindo para que tenham melhores condições de entender suas mudanças físicas e psicológicas, além de uma avaliação dos bebês por profissionais da saúde preventiva. Dividido em módulos, que vão desde a importância do pré-natal até os cuidados com o recém-nascido, no fechamento do programa as participantes recebem kits de enxoval. Embora não tenha acontecido o mesmo programa na Destilaria Santa Inês, em todo nascimento de filhos de colaboradores, foram entregues kits de enxoval. Amigos da doação de sangue A empresa estabeleceu, desde o ano de 2000, parceria com o Hemocentro de Ribeirão Preto, em que recebeu o título “Amigos da Doação de Sangue”. A unidade Pitangueiras promove e incentiva a doação de sangue entre seus colaboradores. Além de manter cadastro de todos os doadores, a empresa oferece transporte para levá-los até o local da coleta e realiza, todo ano, o “Dia do Doador”, um evento para esclarecimento e incentivo à doação de sangue. A Destilaria Santa Inês organiza doações de sangue para Sertãozinho. Programa Jovem Aprendiz Rural Desenvolvido em parceria da unidade Pitangueiras com o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, tem o objetivo de proporcionar uma formação teórica e prática na área da agricultura para adolescentes de 14 a 17 anos. Na área agrícola são aplicadas aulas práticas e teóricas sobre criadouros, culturas, plantio e colheitas, a área pedagógica, trabalha no sentido de ajudar o jovem a se conhecer melhor, se desenvolver e a trabalhar em grupo, conta também com aulas de educação física, com profissional da área. Os alunos também realizam visitas técnicas em viveiros, feiras agrícolas, participam de palestras educativas, com temas como segurança no trabalho, saúde, leis trabalhistas. A questão ambiental e a importância da preservação também são discutidas e trabalhadas pelos instrutores. www.viralcool.com.br 79 Gestão Ambiental Programa Adolescente Ambiental Na unidade de Castilho, a empresa, por meio da parceria firmada com a Econg - Entidade Ambiental de Defesa do Meio Ambiente, mantém atualmente 15 jovens no PROAMA. Ele foi criado em 2007, visando a capacitação e educação de jovens da Castilho, com curso intensivo sobre o meio ambiente. O projeto oferece oportunidade de envolvimento com os mais diversos setores vinculados ao meio ambiente: educação ambiental, agroindústria, agricultura orgânica, viveiro de mudas, operação de maquinários industriais, voltados para a inclusão social e capacitação profissional. O projeto funciona com rodízio anual, para poder atender a todos os interessados. Mutirão do Lixo Eletrônico O lixo eletrônico, “e-lixo”, é um dos grandes problemas enfrentados pelo nosso país, pois, caso não seja descartado adequadamente, segue para os aterros sanitários e pode comprometer, com metais pesados, a qualidade dos mananciais de água, causando vários tipos de doenças e diminuindo a vida útil dos aterros. O Grupo Viralcool recebe e destina corretamente todo o lixo eletrônico gerado pela própria empresa e de seus colaboradores, enviando esse tipo de resíduo a empresas que fazem a triagem e descontaminação desse material. Coleta Seletiva Sabendo que diversos tipos de resíduos podem gerar renda e serem reaproveitados como matéria-prima para outros produtos, o Grupo implantou a coleta seletiva. Dentro de vários setores, foram distribuídas lixeiras identificadas para que a coleta seja efetuada. Na unidade Pitangueiras, o material é destinado à prefeitura Municipal de Viradouro, onde passa pela triagem e posteriormente é vendido. Em Castilho e na Destilaria Santa Inês, o material é separado e posteriormente cedido a catadores de materiais reciclados. Reflorestamento obrigatório e voluntário O Grupo Viralcool administra o plantio de mudas de árvores em áreas de preservação permanente e no entorno das nascentes de córregos e rios. Para isso, conta com um viveiro próprio de árvores nativas. A empresa também colabora com os municípios vizinhos, fazendo doações de mudas e saquinhos para contribuir com a arborização urbana. A unidade Castilho, até 2010, efetivou o plantio de quase 100 mil mudas, de acordo com os projetos técnicos aprovados pelo DEPRN. 80 Relatório de Sustentabilidade Projeto Ambiental 3Rs Em 2010, a unidade Pitangueiras implantou o projeto 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar). Mesmo sabendo que vários resíduos podem e devem ser reciclados, é preciso ter consciência, em primeiro lugar que, para que se possa criar um ambiente mais limpo, o mais importante é o primeiro R do projeto - REDUZIR. A implantação do projeto 3Rs iniciou-se com a substituição de copos descartáveis por canecas plásticas individuais, fazendo com que o consumo de resíduos diminuísse e, como consequência, menos lixos serão descartados. Em 2011, a Destilaria Santa Inês aderiu ao mesmo projeto. Diversos setores da empresa já usam as canecas. Além dos setores, a empresa estendeu o projeto para os seus programas sociais. Para um bom funcionamento do programa, os colaboradores passaram por um treinamento, em que puderam entender que pequenas ações podem contribuir de forma positiva para o meio ambiente. Viveiros de mudas Também na unidade Castilho, a empresa mantém, desde 2004, o viveiro de mudas. Com produção anual entre 20 e 30 mil mudas de espécies nativas e frutíferas da região, o viveiro torna-se um forte parceiro do meio ambiente. Dia Mundial do Meio Ambiente e SIPAT A unidade Pitangueiras, em 2010, para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, fez a doação de cerca de 300 mudas de Oiti para a Prefeitura Municipal de Viradouro. Também, no mesmo ano, a empresa entregou a todos os seus colaboradores sacolas de lixo para carros (lixocar), uma forma de evitar que o lixo seja despejado em vias públicas. Por sua vez, Castilho contou com a plantação de mudas, junto com os alunos de escolas municipais. Em 2011, a empresa contou com palestras voltadas para a questão ambiental nas três unidades do Grupo, contribuindo assim para a formação de cidadãos conscientes. Outra forma de agregar valor ambiental: em sua Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, a empresa conta com palestras e cursos ambientais. www.viralcool.com.br 81 CERETAS – Centro de Recuperação e Triagem de Animais Silvestres. A unidade Castilho apoia o Centro de Recuperação e Triagem de Animais Silvestres - CERETAS, que tem a finalidade de recepcionar, triar e tratar os animais silvestres resgatados ou apreendidos pelos órgãos fiscalizadores. Os trabalhos implicam no registro de entrada de cada animal, além de verificar o seu habitat e alojá-los em local adequado para tratamento. Levantamento de Fauna e Flora A unidade Pitangueiras já firmou um convênio de parceria com o Centro Universitário UNIFAFIBE de Bebedouro, por meio do curso de Ciências Biológicas, em que os estagiários realizarão o levantamento da fauna e flora de fragmentos florestais. Esse levantamento é importante para checar se alguma espécie de planta ou animal encontra-se em risco de extinção. Serão catalogadas várias espécies e o trabalho, que acrescenta valor ambiental, continua em funcionamento. Educação Ambiental As ações de Educação Ambiental têm como objetivo a implantação de propostas que envolvam o trabalho e conceito (fatos e princípios), procedimentos (conjunto de habilidades a serem desenvolvidas e modos de apreender o conhecimento) e atitudes (forma de se relacionar com o mundo). Dessa forma, enfatiza-se a problemática do ambiente rural, incentivando a adoção de posturas de conservação, de preservação e de interferência benéfica ao meio ambiente. Outro aspecto importante a considerar são os envolvimentos dos funcionários e colaboradores na discussão das questões ambientais ligadas ao meio rural e a divulgação das ações ambientais da empresa para a comunidade local. Para isso, todos os colaboradores da empresa são informados e participam de cursos e palestras relacionados ao meio ambiente, que tem por finalidade conscientizar a todos sobre os problemas que se pode causar ao ambiente. Também foi realizada Educação Ambiental externa, em que comunidades puderam saber em quais ações ambientais o Grupo Viralcool está envolvido. 82 Relatório de Sustentabilidade Gerenciamento de resíduos industriais A Viralcool dispõe de programas imprescindíveis para o exercício de seu plano de Gerenciamento de Resíduos, opta por alternativas de reuso, reciclagem, tratamento e disposição. Para tanto, elabora um banco de dados com informações técnicas, proporcionando a sinergia de comercialização e reuso. O gerenciamento dos resíduos gerados pela atividade sucroalcooleira, proposto pela resolução CONAMA 313/02, por meio do inventário de resíduos sólidos, é composto pelas seguintes ações: geração, armazenamento, tratamento, reutilização, reciclagem/recuperação e disposição final. Tendo como objetivo atender as normas da CETESB, a empresa destina atualmente os seus resíduos, gerados na indústria e na agrícola. Os principais são a vinhaça, resultado da destilação do etanol e a água usada na lavagem da cana, que são utilizados na irrigação do solo, durante o plantio da cana. Outro resíduo é a torta de filtro, proveniente da filtragem do caldo da cana e das cinzas da caldeira produzidas durante a queima do bagaço, usado na lavoura da cana como fertilizante orgânico, rico em nutrientes. Também o próprio bagaço, obtido após a moagem da cana, que é queimado na caldeira, além de não poluir o meio ambiente, gera energia que abastece toda a usina e é comercializado. Gerenciamento de resíduos diversos Diversos tipos de resíduos são gerados pela empresa, como, por exemplo: baterias, pneus, tambores, óleos, lixo seco e molhado, destinação de EPIs, destinação final de retalho e estopa, destinação final de lâmpadas e resíduos ambulatoriais. Todos esses resíduos são gerenciados e destinados às empresas certificadas para receber esse tipo de produto. Por meio da destinação correta de seus resíduos, a Viralcool adquiriu o CADRI - Certificado de Movimentação de resíduos de Interesse Ambiental, emitido pela CETESB. O Grupo se dispõe a cooperar com a preservação do meio ambiente, na busca do despertar da consciência por um objetivo maior, demonstrando a devida importância da gestão e do gerenciamento adequados dos resíduos sólidos e todos os aspectos relacionados a essa questão. O Grupo Viralcool executa e administra os seus projetos socioambientais, visando atender prontamente às metas do milênio propostas pela ONU – Organização das Nações Unidas. A ONU, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015. www.viralcool.com.br 83 SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI[3.12] Área Aspecto 1. Perfil Palavra Presidente Descrição Estratégia e análise Nome da organização 2. Perfil organizacional Perfil do relatório 3. Parâmetros relatório Escopo e limite Sumário conteúdo Verificação Governança 4. Governança Compromissos Engajamento Iniciativas externas Engajamento stakeholders 84 GRI Nível Pg. Página 10 1.1 ABC 1.2 AB 11 2.1 ABC 25 Marcas 2.2 ABC 27 Estrutura operacional 2.3 ABC 26 Localização 2.4 ABC 25,26 Países 2.5 ABC 26 Natureza jurídica 2.6 ABC 47 Mercados 2.7 ABC 27 Porte 2.8 ABC 28 Mudanças 2.9 ABC 48 Prêmios 2.10 ABC 33 Período coberto 3.1 ABC 35 Data último 3.2 ABC 35 Ciclo 3.3 ABC 35 Contato 3.4 ABC 35 Definição conteúdo 3.5 ABC 39,43 Limite 3.6 ABC 36 Limitações e exclusões 3.7 ABC 36 Operações terceirizadas 3.8 ABC N/A Técnicas medição 3.9 AB 36 Reformulações 3.10 ABC 37 Mudanças significativas 3.11 ABC 37 Índice remissivo 3.12 ABC N/A N/A Terceira parte 3.13 ABC Estrutura 4.1 ABC 45 Diretor executivo 4.2 ABC 48 48 Administração unitária 4.3 ABC Recomendações 4.4 ABC 48 Remuneração 4.5 AB 48 Conflitos interesse 4.6 AB 45 Gestão das qualificações 4.7 AB 48 46 Código conduta 4.8 AB Gestão desempenho sócioambiental 4.9 AB 49 Autoavaliação governança 4.10 AB N/A Princípio precaução 4.11 AB 53,57,65 Cartas, princípios externos 4.12 AB 40,53,57 Participação em associações 4.13 AB 40 Relação das partes interessadas 4.14 ABC 40,53,57,65 Processo de identificação 4.15 ABC 40,53,57,65 Abordagem e gestão 4.16 AB 46 Materialidade temas 4.17 AB 47 Relatório de Sustentabilidade Justificativa Desempenho Econômico 5. Protocolo de indicadores Desempenho econômico Presença mercado Impactos econômicos indiretos Materiais Energia Água Bio diversidade 5. Protocolo de indicadores Desempenho ambiental Emissões, efluentes e resíduos Produtos serviços Conformidade 5. Protocolo de indicadores Práticas trabalhistas Valor econômico direto EC1 Ess. Risco e oportunidades mudança climática EC2 Ess. 14,29,30 N/A Pensão e benefícios EC3 Ess. N/A Ajuda governo EC4 Ess. N/A Proporção menor salário e mínimo local EC5 Adic. N/A Proporção gasta com fornecedores locais EC6 Ess. N/A Proporção membros locais EC7 Ess. N/A Impacto de investimento em benefício público EC8 Ess. 31 Descrição impactos indiretos EC9 Adic. N/A 12,71 Usados EN1 Ess. Provenientes reciclagem EN2 Ess. N/A Consumo energia direta EN3 Ess. 12,62 Consumo energia indireta EN4 Ess. 12 Energia economizada EN5 Adic. N/A Iniciativas fornecer produtos baixa energia EN6 Adic. 12,63 Redução energia indireta EN7 Adic. N/A Total retirado fonte EN8 Ess. 12,57 Fontes afetadas EN9 Adic. N/A Reciclada reutilizada EN10 Adic. 12 Localização e tamanho de áreas protegidas EN11 Ess. 13,56 Impactos significativos áreas protegidas EN12 Ess. 13,56 Habitats protegidos restaurados EN13 Adic. N/A Gestão impactosbio diversidade EN14 Adic. N/A Espécies lista vermelha EN15 Adic. N/A Emissões diretas e indiretas GEE EN16 Ess. 12,60 Outras emissões indiretas EN17 Ess. N/A Iniciativas reduzir GEE EN18 Adic. 13,55 N/A Substâncias destruidoras camada ozônio EN19 Ess. NOx, SOX e outras emissões EN20 Ess. 13 Descarte água por qualidade EN21 Ess. N/A Resíduos por peso EN22 Ess. N/A Derramamentos significativos EN23 Ess. N/A Resíduos perigosos EN24 Adic. N/A Corpos d’água afetados EN25 Adic. N/A Mitigação de impactos EN26 Ess. N/A % embalagens recuperadas EN27 Ess. N/A Multas EN28 Ess. N/A Transporte Impactos significativos transporte EN29 Adic. N/A Geral Investimentos e gastos em proteção EN30 Ess. N/A Tipo de emprego e contrato de trabalho LA1 Ess. 14,28,67 Emprego Taxa de rotatividade LA2 Ess. 14,68 Benefícios LA3 Adic. 67 Empregados abrangidos por acordo coletivo LA4 Ess. 67 Trabalhadores e governança Saúde e segurança no trabalho Prazo mínimo para notificação com antecedência LA5 Ess. N/A Representação de empregados nos comitês LA6 Adic. N/A Taxa de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmos e óbitos LA7 Ess. N/A Assistência a doenças graves LA8 Ess. 68,69 Acordos sindicatos LA9 Adic. N/A www.viralcool.com.br 85 Treinamento educação 5. Protocolo de indicadores Práticas trabalhistas Diversidade igualdade oportunidades Práticas de investimentos e processos de compras 5. Protocolo de indicadores Direitos humanos Ess. LA11 Adic. 14 71 Análise desempenho LA12 Adic. N/A Composição governança LA13 Ess. N/A Proporção salário base homens e mulheres LA14 Ess. N/A Contratos cláusula direitos humanos HR1 Ess. N/A HR2 Ess. N/A Treinamento direitos humanos HR3 Adic. 72 Não discriminação Casos de discriminação e as medidas adotadas HR4 Ess. 15 Liberdade Associação Risco ao direito de exercer a liberdade associação HR5 Ess. N/A Trabalho infantil Risco de ocorrência trabalho infantil HR6 Ess. 72 Trabalho forçado Risco de ocorrência trabalho forçado HR7 Ess. 73 Práticas segurança Equipe segurança treinada em DH. HR8 Adic. N/A Direitos indígenas Casos de violação de direitos indígenas HR9 Adis. N/A Comunidade Gestão impactos na comunidade SO1 Ess. 73 Avaliações de riscos relacionados à corrupção SO2 Ess. N/A Colaboradores treinados nas práticas anticorrupção SO3 Ess. N/A N/A 5. Protocolo de indicadores Desempenho social Políticas públicas Medidas e respostas tomadas nos casos corrupção SO4 Ess. Posição da organização quanto ao lobby SO5 Ess. N/A Contribuição financeira àspolíticas públicas SO6 Adic. 15,74 Concorrência desleal Número de ações por concorrência desleal SO7 Adic. 75 Conformidade Multas SO8 Ess. N/A Saúde e segurança cliente Rotulagem de produtos e serviços Comunicação de marketing Conformidade 86 LA10 Gestão fim de carreira Fornecedores avaliados Corrupção 5. Protocolo de indicadores Responsabilidade sobre o produto Horas treinamentos Análise ciclo vida relacionado à saúde segurança PR1 Ess. 17 Casos de não conformidade PR2 Adic. N/A Tipos de rotulagens obrigatórias PR3 Ess. 17 Casos de não conformidade relacionados à rotulagem PR4 Adic. N/A Resultados de pesquisa de satisfação de clientes PR5 Adic. 17 Códigos de comunicação PR6 Ess. 18 Casos de não conformidade de comunicação PR7 Adic. N/A Reclamações violação privacidade cliente PR8 Adic. N/A Multas PR9 Ess. 18 Relatório de Sustentabilidade www.viralcool.com.br 87