Expediente
Presidente:
Antônio Eduardo Tonielo
Diretoria Administrativa:
Renato Toniello
Renata Toniello
Ricardo Toniello
Cláudia Tonielo
Diretoria Agrícola:
José Pedro Toniello
Luis Carlos Toniello
Valter Toniello
Diretoria Industrial:
Waldemar Toniello
Antônio Eduardo Tonielo Filho
Comitê de Elaboração GRI
Renata Toniello
Antônio Eduardo Tonielo Filho
Fábio Tonielo
Cláudia Tonielo
Agostinho Bertuso Júnior
Camila Perruci Forciniti
Flávia Luiza da Silva Neves
José Armando de Almeida Moschen
Ana Carla de Oliveira
Equipe interna de responsabilidade social
Marta Aparecida de Souza Hermínio
Élida Alves de Moura Cardoso
Adriana Valéria Dias de Carvalho Costa
Equipe interna de responsabilidade ambiental
José Armando de Almeida Moschen
Ana Carla de Oliveira
Consultoria, elaboração e redação
Ecolog Consultoria em Sustentabilidade
Correção ortográfica
Marcela Moschen
Elaboração
Ecolog Consultoria Integrada
Fotos
SP Studio
Impressão
Gráfica São Judas Tadeu – Ribeirão Preto/SP
Tiragem
1.000
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5
6
Relatório de Sustentabilidade
Relatório de Sustentabilidade
Grupo Viralcool
Relatório modelo GRI
Global Reporting Initiative referente aos anos de 2010 e 2011
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7
1
Sumário
1
2
3
4
5
.
Palavra do Presidente
.
Perfil do Grupo Viralcool
.
Perfil do Primeiro Relatório de Sustentabilidade do Grupo Viralcool
. Governança
.
Indicadores
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9
1. Palavra do Presidente
É com grande satisfação que o Grupo Viralcool, composto pela Destilaria Santa Inês e
unidades Viralcool Pitangueiras e Viralcool
Castilho, apresenta pela primeira vez o seu
Relatório de Sustentabilidade Corporativa,
baseado no modelo GRI – Global Reporting
Initiative, nível B verificado pela GRI.
Ciente de nossa responsabilidade na produção de energia renovável e da relevância
da sustentabilidade da nossa cadeia de produção, inserimos os compromissos de responsabilidade socioambiental dentro das
estratégias de sustentabilidade do Grupo
Viralcool. Em 2008 assinamos de forma voluntária o Protocolo Agroambiental Paulista
e em 2010 o Compromisso Nacional, que
estabelece boas práticas nas condições de
trabalho para o corte e plantio de cana. [1.1]
Comprometidos com o Protocolo Agroambiental, estabelecemos a colheita de 100% de cana crua
até 2017, o que para nós significa a principal meta de médio prazo firmada pelo grupo. Em curto
prazo, ainda em 2012, o Grupo Viralcool iniciará a elaboração do seu Código de Conduta e buscará
a certificação por terceira parte do atendimento aos requisitos do Compromisso Nacional em suas
três unidades. Em longo prazo, o Grupo Viralcool pretende realizar o levantamento e proteção de
100% de suas matas ciliares, o equivalente a 660 hectares. [1.1]
Com a entrada no quadro de sócios da Copersucar, em 2011, as unidades do grupo se beneficiaram da estrutura de comercialização de seus produtos e dos padrões de qualidade e sustentabilidade estabelecidos pela Copersucar. Por esse motivo, a unidade de Pitangueiras iniciará a
adequação à norma ISO 9001:2008 e ISO 22000, que certifica a produção segura de açúcar para
o consumo humano.
As nossas ações com relevância à recuperação de APP (Área de Preservação Permanente) já se
evidenciam neste relatório. O Grupo Viralcool possui cerca de 85% de sua meta para recuperação
10
Relatório de Sustentabilidade
de APP já atendida. Essas medidas adotadas nos traz a satisfação e orgulho de um trabalho sério e
comprometido com as futuras gerações e que contribui para a evolução do setor sucroenergético.
[1.2]
Esperamos atender as expectativas de nossos clientes, parceiros, fornecedores e público interno
com relação aos resultados dos nossos compromissos de sustentabilidade por meio deste relatório.
Boa leitura!
Antonio Eduardo Tonielo
Presidente do Grupo Viralcool
Objetivos e Metas Estratégicas.
Devido a preocupação com a emissão de efluentes em corpos d`água mantemos as nossas próprias Estações de Tratamento de Esgoto, evitando assim qualquer emissão de resíduos nos rios
que estão dentro das áreas de operações das nossas Usinas.
A partir de 2013 a Destilaria Santa Inês passa a ser signatária do Protocolo Agroambiental, caracterizando mais um compromisso de nossa unidade junto à Secretaria do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo; com o intuito de adotar ainda mais a prática do plantio mecanizado, trazendo resultados positivos com relação à produtividade e conscientização da responsabilidade corporativa
nas quais o Grupo Viralcool se mantém engajado.[1.2]
No ano de 2012 se iniciará um projeto de levantamento de Fauna e Flora na unidade de Pitangueiras, prática também já adotada na Unidade de Castilho, em um próximo relatório de sustentabilidade conseguiremos quantificar e evidenciar as espécies preservadas nas áreas de preservação
do Grupo Viralcool.
Em contribuição para a perenização dos recursos hídricos a meta estabelecida de 0,55m3/tonelada de cana moída de captação de agua é mantida, evitando-se uma potencial contribuição
com o esgotamento de recursos naturais. Diante dos desafios apresentados pelo setor sucroalcooleiro, o Grupo Viralcool se mantém fiel às suas iniciativas sustentáveis e com compromisso
junto a seus Stakeholders.
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11
Resumo dos Principais Indicadores
Nesta seção serão apresentados de forma resumida os indicadores presentes no Relatório
de Sustentabilidade do Grupo Viralcool. Em suas respectivas seções e capítulos esses
indicadores serão amplamente discutidos e contextualizados, permitindo ao leitor a
compreensão mais detalhada da gestão de compromisso do Grupo Viralcool com relação
aos temas socioambientais.
Ambientais
EN1 Materiais usados por peso ou volume.
Cana total (t).
20102011
5.533.277
4.320.490
EN3 Consumo de energia direta,
discriminado por fonte de energia primária.
TOTAL3 (GJ)
20102011
2.246.369 2.217.370
1. Inclui bagaço e etanol produzidos pela usina.
2. Diesel, GLP e gasolina.
3. Consumo total somando-se renovável com não renovável.
EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária.
TOTAL (GJ)
2010
37.939
2011
37.995
1 . Energia Indireta é aquela consumida pelos processos de terceiros para gerar e transportar produtos que são utilizados como insumos na sequência produtiva da usina. Entre esses produtos destacam-se a produção e transporte de fertilizantes nitrogenados, calcário e defensivos agrícolas.
EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que utilizem energia gerada por recursos renováveis, e a redução da necessidade de energia resultante
dessas iniciativas.
20102011
Eficiência Energética3.
15,8 17,2
1. Diesel, GLP e gasolina.
2. Inclui bagaço e etanol produzidos pela usina.
3. Eficiência Energética é a relação de produção ou comercialização de energia comercializada (2) sobre o consumo de energia não renovável (1).
EN8 Total de retirada de água por fonte.
Captação realizada (m3)
20102011
3.336.3702.906.960
EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada.
Volume de água de recirculação por safra (m3).
Percentual de água de recirculação por safra (%).
20102011
3.070.0082.685.912
92
92
12
Relatório de Sustentabilidade
EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas
protegidas.
20102011
Matas protegidas (ha).
572
665
% Sobre área administrada e total.
2,21
2,79
EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços
em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
20102011
Mudas plantadas.
102.743
125.950
EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso.
20102011
Emissões totais (t Co2eq).
135.076126.015
Emissões por tonelada cana (t Co2eq/t cana).
24,41
29,17
As emissões diretas de gases de efeito estufa se referem à produção de cana queimada e crua, consumo de diesel
em todas as etapas do processo, utilização de fertilizantes nitrogenados e calcário, além do uso de vinhaça e torta
de filtro no campo.
EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas.
20102011
NÃO QUEIMADO.
69
72
Emissão Evitada (t CO2eq).
8.4117.258
EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso.
20102011
TOTAL MP1
1.4231.093
1. MP: Material Particulado
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13
Econômicos
EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e
pagamentos para provedores de capital e governos.
Receitas, vendas de mercadorias, produtos e serviços
20102011
(reais) (reais)
530.221.761
603.143.302
Trabalhistas
LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego.
Prazo determinado e indeterminado.
LA2 Percentual de colaboradores por sexo.
Masculino
Feminino
AgrícolaIndústria
20102011 20102011
2.427 2.417
790
795
20102011
95%95%
5%5%
LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmos e óbitos relacionados
ao trabalho, por região.
20102011
n° de taxa de lesões
0
7
Doenças Ocupacionais
0
0
Dias perdidos
1.193
1.080
Absenteísmo
95,44
Óbitos
10
Número de acidentes com CAT* por 1 milhão de horas trabalhadas.
*CAT: Comunicação de Acidente do Trabalho.
LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria
funcional.
Horas totais de treinamento
1.000
2010
Colaboradores treinados
439
Investimento
43.319
Horas totais de treinamento
1.125
2011
Colaboradores treinados
889
Investimento
122.322
14
Relatório de Sustentabilidade
Direitos Humanos
HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas.
Casos de discriminação1.
20102011
00
1. Ação de tratar pessoas ou grupos de pessoas de forma injusta ou desigual, com base em argumentos de sexo,
raça, religião etc.; segregação.
Nos anos de 2010 e 2011 o Grupo Viralcool ainda não contava com a formalização de seu
Código de Conduta, contudo sempre deixou claro que não aceita nem adota práticas de
discriminação de qualquer espécie dentro da empresa.
Sociedade
SO6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou
instituições relacionadas, discriminadas por país.
20102011
Contribuições financeiras para partidos políticos (R$).
900.200
-
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15
Gestão do Desempenho e Responsabilidade sobre o Produto (DMA PR)
Com o intuito de melhoria da qualidade e prevenção das características naturais sobre os
produtos desenvolvidos pelo Grupo Viralcool, se iniciará a implantação do Sistema de Gestão
da Qualidade (SGQ), baseado na norma ISO 9001:2008 e também a implantação do Sistema
de Gestão de Segurança Alimentar (SGSA), baseado na norma ISO 22000, com prazo previsto
para a certificação em setembro de 2013. O escopo dessa certificação inclui a produção de
açúcar da unidade Viralcool Pitangueiras. O Grupo Viralcool possui laboratórios de controle
de qualidade equipados para monitorar os parâmetros de qualidade exigidos pelos clientes,
e quando necessário as análises são realizadas em laboratórios externos.
Todas as cargas de açúcar, etanol e levedura inativas secas, expedidas pelo Grupo Viralcool,
são acompanhadas de certificado de análise técnica emitido de acordo com requisitos
exigidos pela Copersucar e demais compradores. Ainda assim, adicionalmente, o Grupo
Viralcool oferece informações de segurança de seus produtos por meio da FISPQ – Ficha de
Informações de Segurança e Produto Químico.
No momento não existe uma metodologia para medir a satisfação dos clientes de forma
sistemática, os resultados de avaliações com relação ao grau de satisfação são recebidos
diretamente pelo departamento de qualidade. Com a implantação das normas ISO 9001 e
ISO 22000 será implementada uma metodologia de pesquisa de satisfação do cliente.
Devido à sua associação com a Copersucar, o Grupo Viralcool não estabelece ação direta
com o consumidor final de seus produtos. Por esse motivo, as ações de marketing ficam
centralizadas por meio da Copersucar, estando sujeitas à regulamentação das normas do
CONAR - Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.
O Grupo Viralcool compartilha com a Copersucar as suas atividades socioambientais por
meio do Credit 360, um sistema que possui 41 indicadores para serem alimentados por todas
as Usinas cooperadas da Copersucar; o Grupo Viralcool insere suas informações no programa
desde a safra 2011/2012 e disponibiliza 20 indicadores da sua gestão, esses indicadores
abrangem as áreas sociais, ambientais e econômicas.
16
Relatório de Sustentabilidade
Responsabilidade sobre o produto
PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança
são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses
procedimentos.
O Grupo Viralcool, preocupado em assegurar a qualidade de seus produtos e a satisfação
de seus clientes, iniciará a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), baseado
na norma ISO 9001:2008 e também a implantação do Sistema de Gestão de Segurança
Alimentar (SGSA), baseado na norma ISO 22000, com prazo previsto para a certificação
em setembro de 2013. O escopo dessa certificação inclui a produção de açúcar da unidade
Viralcool Pitangueiras.
Para assegurar a qualidade de seus produtos, o Grupo Viralcool possui laboratórios de
controle de qualidade equipados para monitorar os parâmetros de qualidade exigidos pelos
clientes, e quando necessário as análises são realizadas em laboratórios externos. Tanto as
análises internas como as externas são utilizadas pelo Sistema de Gestão da Qualidade,
além disso, são realizadas análises para garantir ausência de contaminantes microbiológicos,
metais pesados e residuais e de pesticidas no açúcar.
PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem,
e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências.
Todas as cargas de açúcar, etanol e levedura inativas secas, expedidas pelo Grupo Viralcool,
são acompanhadas de certificado de análise técnica emitido de acordo com requisitos exigidos
pela Copersucar e demais compradores. Por não atender ao consumidor final, as exigências
quanto à rotulagem limitam-se às informações de especificações técnicas para o etanol, não
havendo exigências com relação ao açúcar e levedura. Ainda assim, adicionalmente o Grupo
Viralcool oferece informações de segurança de seus produtos por meio da FISPQ – Ficha de
Informações de Segurança e Produto Químico.
PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que
medem essa satisfação.
O Grupo Viralcool não mede a satisfação dos clientes de forma sistemática, os resultados de
avaliações com relação ao grau de satisfação são recebidos diretamente pelo departamento
de qualidade, que avalia esses resultados, realiza as medidas de ação e monitora as
ações corretivas necessárias. Com a implantação das normas ISO 9001 e ISO 22000 será
implementada uma metodologia de pesquisa de satisfação do cliente.
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17
PR6 Programa de adesão a leis, normas e códigos voluntários.
Como sócio da Copersucar, o Grupo Viralcool não estabelece relação direta com o consumidor
final de seus produtos. Por esse motivo, as ações de marketing ficam centralizadas por meio
da Copersucar, estando sujeitas à regulamentação das normas do CONAR - Conselho Nacional
de Autorregulamentação Publicitária. Nas safras de 2010 e 2011 não foram registrados casos
de não conformidade referente às ações de marketing veiculadas às normas do CONAR.
PR9 Multas por não conformidades relativas ao fornecimento e uso de produtos e serviços.
No período coberto por este relatório não houve registros de casos de não conformidades
legais e de multas por não atendimento às leis e aos regulamentos.
18
Relatório de Sustentabilidade
Panorama Setorial
O setor sucroenergético é hoje um dos setores agrícolas de maior expressão para o PIB Agrícola
Brasileiro, contribuindo com 39 bilhões de dólares em 2011. No Brasil são mais de 400 unidades de
processamento de cana-de-açúcar e mais de 70 mil fornecedores independentes espalhados nos
22 dos 27 Estados da federação. Apesar disso, ocupa apenas 3% do território nacional, uma área
equivalente a 9 milhões de ha.
O Brasil, atualmente, é referência mundial no uso em larga escala de energia renovável, representando
mais de 45% da matriz energética do país. De acordo com o Balanço Energético Nacional de 2012,
a participação do bagaço de cana-de-açúcar e etanol foi responsável por 16,6% de toda a oferta
primária de energia no país. (fonte: https://ben.epe.gov.br/BENResultadosPreliminares2012.aspx).
No ano de 2010, a moagem atingiu 620 milhões de toneladas. Na safra 2011/2012, por razões
principalmente relacionadas ao clima adverso, a moagem de cana recuou para 561,07 milhões de
toneladas, uma quebra da ordem de 9,5%.
O Estado de São Paulo, em que o Grupo Viralcool possui suas três unidades, é o principal produtor
de cana-de-açúcar. Atualmente, as 185 usinas instaladas foram responsáveis na safra 2011/2012
pela moagem de mais de 60% da produção nacional, ou seja, 304 milhões de toneladas. Com
relação à safra 2010/2011, a quebra de produção no Estado foi de 11,4% em comparação com a
safra anterior.
Desempenho Socioambiental das usinas paulistas
No Estado de São Paulo, pela lei nº 11.241, de setembro de 2002, ficou estabelecida a eliminação da
queima da cana-de-açúcar até 2021 em áreas mecanizáveis até 2031 em áreas não mecanizáveis.
Antecipando-se em relação ao prazo legal, em 2007, o setor sucroenergético paulista, juntamente
com suas entidades representativas, e o governo do Estado de São Paulo, representados pelas
suas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Agricultura, anteciparam voluntariamente as
metas de colheita crua por meio do Protocolo Agroambiental.
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19
Por meio do protocolo Etanol Verde, como é conhecido, as usinas signatárias, incluindo 2 unidades
do Grupo Viralcool, se comprometeram a eliminar a queima da palha até 2014 em terrenos passíveis
de mecanização e até 2017 em outras áreas. Além disso, essas unidades recuperam suas nascentes
e protegem suas matas ciliares e se comprometem com a redução de consumo de água na etapa
industrial para o patamar de 1,0 m3 por tonelada de cana moída.
Outra importante iniciativa ocorreu um ano após o protocolo. Em 2008, a Secretaria de Estado do
Meio Ambiente regulamenta o Zoneamento Agroambiental Paulista (ZAA), que teve como principal
objetivo disciplinar a expansão e ocupação do solo por parte do setor sucroalcooleiro, assim como
subsidiar a criação de políticas públicas e contribuir para o planejamento de novos negócios e para
a expansão dos atuais.
O ZAA estabeleceu quatro categorias para o cultivo de cana-de-açúcar e a instalação de unidades agroindustriais, classificando as áreas como: adequadas, adequadas com limitações, adequadas
com restrições e inadequadas. Para isso levou em consideração os seguintes critérios: aptidão edafoclimática, restrições para colheita mecânica, disponibilidade de águas superficiais, vulnerabilidade
das águas subterrâneas, unidades de Conservação de Proteção Integral existentes, unidades de
Conservação de Proteção Integral indicadas, restauração e conservação da Biodiversidade – Biota
(Conectividade), Áreas de Proteção Ambiental – APAs e Bacias Aéreas - Qualidade do Ar.
O Zoneamento Agroambiental foi utilizado como base para elaboração da Resolução SMA nº
88/2009, que dispõe sobre as diretrizes para licenciamento ambiental, criando condições para
maior sustentabilidade no setor sucroalcooleiro.
Pelo ZAA fica definida uma área de 3,9 milhões de hectares como adequada, sem qualquer restrição
ou limitação, para o cultivo da cana-de-açúcar. Outros 17 milhões de hectares encontram-se adequados
para a cultura da cana-de-açúcar, desde que respeitadas limitações ou restrições ambientais específicas.
Já 6,7 milhões de hectares foram considerados ambientalmente inadequados para o cultivo da cana,
as usinas localizadas nessas áreas poderão continuar moendo, contudo limitadas à expansão.
Pensando na maior disponibilidade de palha, proveniente do aumento da colheita crua, em 2011
o Governo do Estado de São Paulo desonera de ICMS a aquisição de equipamentos para usinas
que vão fazer cogeração e fornecer energia para a rede. A secretaria cria o chamado Selo Verde,
um esforço conjunto da UNICA, do governo paulista e da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), que vai identificar produtores e usuários de energia elétrica gerada de forma limpa
e renovável a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.
O Selo Verde prevê a emissão por parte do Governo de São Paulo, por meio de sua Secretaria
de Energia, de certificados para consumidores que adquiram energia elétrica de usinas do setor
sucroenergético paulista, junto ao chamado Ambiente de Contratação Livre. Para receber o Selo
Verde, as usinas devem ser signatárias do Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético.
A bioeletricidade da cana é produzida em todas as usinas de processamento de cana-de-açúcar
instaladas no Brasil, tornando-as assim autossuficientes em energia. Dessas, 129 ainda produzem
eletricidade em volumes superiores às suas necessidades, e comercializam o excedente para o
sistema elétrico nacional.
20
Relatório de Sustentabilidade
Responsabilidade sobre o produto
Mecanização
A definição de uma agenda comum de sustentabilidade para o setor sucroenergético permitiu às
usinas canalizarem seus investimentos ambientais nos principais desafios de sustentabilidade do
setor. Com isso, em apenas cinco anos o índice de mecanização saltou de 34% na safra 2006/2007
para mais de 65% na safra 2011/2012. Em 2006, apenas um milhão de hectares eram colhidos sem
o emprego do fogo, em 2012, foram mais de 3 milhões de hectares.
Fonte: www.ambiente.spg.gov.br
Matas Ciliares
Até 2007, o Governo do Estado de São Paulo desconhecia a área de matas ciliares presentes nos
canaviais paulistas. Cinco anos depois, o setor de cana-de-açúcar paulista declarava proteção
a mais de 269 mil hectares de mata ciliares, que têm uma importante função ambiental, de
manutenção das margens de rios e da proliferação da fauna e flora.
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21
Para que isso fosse possível, as usinas iniciaram também os projetos de monitoramento de fauna e
flora, que se tornam cada vez mais comuns no setor. Espécies consideradas ameaçadas começam
a ser encontradas nessas áreas ambientalmente protegidas. A tabela abaixo é um exemplo de
como espécies consideradas ameaçadas de extinção retornaram para se refugiar e viver nessas
áreas protegidas.
Número de espécies listadas por cada órgão, de acordo com o nível de risco de extinção.
Consumo de Água pela Indústria da Cana de Açúcar
A irrigação não é praticada nos canaviais paulistas, que se beneficiam das boas condições
pluviométricas e de um solo fértil e propício para o plantio da cana-de-açúcar. O consumo de
água ocorre nas indústrias onde a cana é processada e transformada em seus principais produtos:
açúcar, etanol e bioeletricidade.
Na década de 90, o consumo de água por tonelada de cana moída chegava a 5 metros cúbicos
por tonelada moída. Em 2006, o consumo ainda girava em torno de 2,55 metros cúbicos por
tonelada moída. Com a assinatura do Protocolo Agroambiental, as usinas chegaram na última
safra com um consumo de 1,45 metros cúbicos por tonelada moída, com previsão de chegarem
a menos de 1 até 2014.
22
Relatório de Sustentabilidade
Bioeletricidade
O incremento da mecanização nestes últimos cinco anos trouxe consigo o aumento da
disponibilidade de palha. Com isso, tanto as unidades industriais como o governo se movimentaram
no processo de otimizar o uso dessa fonte de energia.
Por parte do governo estadual paulista, houve a desoneração de ICMS para a aquisição de
equipamentos para usinas que vão fazer cogeração e fornecer energia para a rede. As usinas
investiram na aquisição desses equipamentos, mesmo antes da desoneração, e em 2011 mais da
metade das usinas paulistas cogeraram e venderam sua energia para a rede.
Fonte: http://www.ons.org.br/home/
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23
1
2. Perfil do Grupo Viralcool
A família Toniello
Foi no final do século XIX que o italiano e empreendedor Eugênio Toniello chegou ao Brasil e,
entre outras atividades, fundou um pequeno engenho para produção de aguardente em Sertãozinho, interior do Estado de São Paulo. Em 1902 nasce seu filho, Eduardo Toniello, que, seguindo
os passos do pai, administra a empresa até 1965. Em 1966, Eduardo passa o controle do engenho
aos filhos Antônio Eduardo, Renato, Waldemar e José Pedro, que com muito trabalho, capacidade
e visão ampliaram seus negócios criando a Destilaria Santa Inês, localizada na Fazenda Córrego
das Pedras, em Sertãozinho. [2.1]
Na década de 70, com a descentralização e a intensificação do processo de desconcentração industrial da capital paulista e o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), a região
nordeste do Estado de São Paulo ganhou força e reconhecimento na produção de açúcar e álcool.
A família Toniello, pensando no desenvolvimento nacional e com a Destilaria Santa Inês consolidada desde 1966, inicia novos planos para a instalação de mais uma unidade para o processamento
da cana de açúcar.
Com a expansão dos negócios no ramo sucroenergético, no início da década de 80, constituiu a
empresa Viralcool Açúcar e Álcool, sediada na cidade de Pitangueiras/SP, e efetivou a montagem
da usina, que inicialmente produzia apenas aguardente, até conseguir a licença do Instituto do
Açúcar e Álcool – IAA, para produzir álcool, e posteriormente, açúcar, levedura e geração de energia elétrica para exportação. [2.1]
Destilaria Santa Inês
localizada na
Fazenda Córrego das Pedras
em Sertãozinho, SP.
[2.4]
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25
Unidade Viralcool Pitangueiras
localizada na
Fazenda Santa Cecília s/n
em Pitangueiras, SP.
[2.4]
A partir de 1979, na segunda fase do Proálcool, com o Plano de Desenvolvimento Agrícola do Oeste de São Paulo (Pró-Oeste) é que essa região ganha impulso na produção de cana-de-açúcar, por
meio do apoio de grande número de pecuaristas, que aderiram ao programa, iniciando-se assim o
processo de implantação de novas destilarias na região. [2.4]
Em 2003, no oeste paulista a família Toniello, uma vez mais expandiu as atividades do Grupo, com
a montagem da terceira unidade no ramo sucroalcooleiro. A criação da filial Viralcool Castilho –
Usina Viralcool Açúcar e Álcool foi formalizada em 8 de janeiro de 2004, adotando-se de imediato
todas as medidas necessárias para o início de sua construção; sua primeira fase foi concluída e
inaugurada em 24 de junho de 2006. [2.1]
Unidade Viralcool Castilho
localizada na
Fazenda Santa Amália
em Castilho, SP.
[2.4]
Atualmente, a estrutura operacional do Grupo Viralcool, incluindo suas principais unidades, é composta pela Destilaria Santa Inês e pelas unidades de Pitangueiras e Castilho. Apesar de comercializar para outros países por meio da Copersucar, o Grupo tem suas operações agroindustriais
limitadas ao Brasil. [2.3] [2.5]
26
Relatório de Sustentabilidade
Consolidação do Grupo Viralcool
Com receita anual superior a 600 milhões de reais e mais de 3.000 colaboradores, o Grupo Viralcool é reconhecido nacionalmente pelo exemplo de gestão familiar profissional e competente.
Possui como principal produto o etanol hidratado e anidro, produzido nas três unidades, além
disso, as unidades de Pitangueiras e Castilho produzem açúcar, energia elétrica e levedura para
alimentação animal. [2.2]
Até meados de 2011, o Grupo Viralcool atendia indiretamente, via comercializadoras, aos mercados consumidores de açúcar da Síria, Egito, Croácia, Sérvia e Montenegro, Espanha, Jordânia,
Emirados Árabes, Irã, Índia, Bangladesh, Indonésia, Colômbia, Chile, Uruguai, África do Sul, Gana,
Costa do Marfim, Camarões e Angola. [2.7]
A partir do segundo semestre desse mesmo ano, o Grupo Viralcool adota a estratégia de se associar à Copersucar S.A., maior comercializadora brasileira de açúcar e etanol, com atuação nos principais mercados mundiais. Por meio da Copersucar, o Grupo Viralcool atende aos rigorosos padrões de comercialização, exporta seu açúcar para refino a países da Europa, África, Ásia, Oriente
Médio e Canadá. Os produtos do Grupo Viralcool são comercializados por meio da Copersucar e
por esse motivo não é possível discriminar as exportações por país, por receita e nem seus respectivos custos correspondentes. [2.8.7] [2.8.8] [2.8.9]
O Grupo Viralcool, por meio da Copersucar, comercializa também o etanol para o mercado internacional, para isso conta com um escritório da Copersucar em Roterdã na Holanda, que firmou
parcerias com representantes exclusivos em Houston e Nova York, nos Estados Unidos. Em 2008,
a Copersucar fechou contrato de cinco anos com o Japão para fornecimento anual de 200 milhões
de litros de etanol/ano.
www.viralcool.com.br
27
A necessidade de atender as exigências ambientais é e sempre foi uma constante no Grupo Viralcool, por isso, desde 2007, ele vem destinando parte significativa de seus investimentos para a
mecanização. O resultado dessa transformação resultou na geração de novos empregos, demandando mão de obra qualificada e melhor remunerada. Na medida em que esses novos postos de
trabalho começam a ser ocupados por ex-cortadores de cana capacitados pelo Grupo Viralcool,
foi possível perceber que a mecanização da colheita trouxe, além do desenvolvimento ambiental,
a melhoria das condições sociais de trabalho.
Em 2011 foram 3.212 empregos gerados e em 2010 foram 3.217, nas três unidades do Grupo Viralcool. A relação entre empregados agrícolas e industriais se manteve praticamente constante,
representando 75% e 25% respectivamente. Nos próximos anos, apesar do esperado aumento da
produtividade e o consequente aumento da quantidade de cana moída, acredita-se que não haverá significativos aumentos dos níveis de emprego do Grupo Viralcool. [2.8]
LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região.
2010
AgrícolaIndústria
Prazo por tempo determinado
885
247
Prazo por tempo indeterminado
1542
543
SUB TOTAL2.427 790
TOTAL3.217
2011
AgrícolaIndústria
Prazo por tempo determinado
878
219
Prazo por tempo indeterminado
1539
576
SUB TOTAL2.417 795
TOTAL3.212
Distribuição do valor adicionado
O Grupo Viralcool, por meio das suas ações de responsabilidade socioambiental, que resultaram
na publicação do seu relatório de sustentabilidade modelo GRI, busca ampliar sua visão, de forma
a entender o verdadeiro significado da sua atuação junto ao seu público de interesse. É por esse
motivo que, a partir de 2012, publicará sua Demonstração do Valor Adicionado (DVA), ferramenta
que desenvolve conceitos econômicos, evidenciando o valor que a empresa agrega durante seu
processo produtivo, permitindo assim um melhor entendimento do papel do Grupo na comunidade onde está inserido.
A DVA do Grupo Viralcool tem por objetivo fornecer informações que demonstram a geração e
distribuição do valor adicionado, e seus efeitos sobre a sociedade em que está inserida, além de
28
Relatório de Sustentabilidade
demonstrar o valor adicionado em cada um dos fatores de produção e seu destino, inclui o dispêndio na remuneração dos empregados, geração de tributos ao governo (municipal, estadual e
federal), remuneração do capital de terceiros por meio de juros e remuneração dos acionistas pela
distribuição de lucros.
No ano de 2011, a receita líquida do Grupo Viralcool passou dos 600 milhões de reais, um aumento
de 14% se comparado ao ano de 2010. Esse aumento de receita, atrelado a um aumento menos
expressivo nos custos de mercadorias e serviços adquiridos de terceiros, da ordem de 5% nesse
mesmo período, se comparado com 2010, levou a um aumento do valor bruto adicionado. [2.8.2]
GRI EC1
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
2010
2011
1. RECEITAS
R$ R$
Vendas de mercadorias, produtos e serviços
530.221.761603.143.302
Provisão p/ devedores duvidosos – Reversão / (Constituição) -Não operacionais -2. INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS, IPI, PIS e COFINS)
Matérias-primas consumidas
00
Custo das mercadorias e serviços
338.099.080355.046.119
Materiais, energia, serviço de terceiros e outros
00
Perda / Recuperação de valores ativos
00
192.122.681248.097.183
3. VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2)
O valor adicionado bruto, calculado a partir da diferença entre a receita e custos com terceiros,
passou de 192 milhões de reais para 248 milhões de reais, um aumento de 29%. Após o cálculo
das depreciações e inclusão das receitas financeiras, o Grupo Viralcool apresentou resultado líquido a distribuir no valor de 239 milhões de reais, valor de 49% em relação ao desempenho do
ano de 2010.
GRI EC1
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
4. RETENÇÕES
Depreciação, amortização e exaustão
2010
2011
0
0
27.974.73411.136.448
5. VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE
(3-4) 164.147.947236.960.735
6. VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA
Resultado de equivalência patrimonial
Receitas financeiras
Outras Receitas
0
0
00
-12.395.4651.933.690
8.309.472139.468
7. VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6)
160.061.954239.033.893
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29
Do valor adicional total a distribuir em 2011, 30 milhões de reais foram distribuídos para o pagamento de pessoal e encargos, esse valor representa 12% dos 239 milhões de reais. Pagamentos
de impostos federais, estaduais e municipais representaram 25% do valor distribuído, o montante de 61 milhões de reais. Outra importante fonte de distribuição do valor adicionado foram os
custos de manutenção na entressafra, informados no DVA como distribuição a terceiros, o equivalente a 32% do valor a distribuir em 2011.
GRI EC1
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO
8. DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO*
Pessoal e encargos (% Colaboradores)
Impostos, taxas e contribuições (% Governo)
Manutenção entressafra (% Terceiros)
Juros s/ capital próprio e dividendos (% Acionistas)
Lucros retidos / prejuízo do exercício (% Retido)
Outros fins
2010
2011
0
0
32.043.14330.009.725
46.712.98761.820.017
61.165.59778.142.255
03.975.538
16.236.31659.567.247
3.903.911
5.519.111
Para efeito de retenção de lucros ou prejuízos do exercício no ano de 2011, foram retidos 24% do
valor adicionado total, sendo o restante distribuído entre acionais 1,6%, e 2,31% para outros fins.
Colaboradores
Governo
Terceiros
Acionistas
Retido
Outros fins
Total
20102011
20,02%
29,18%
38,21%
0,00%
10,14%
2,44%
100,00%
12,55%
25,86%
32,69%
1,66%
24,92%
2,31%
100,00%
A preocupação social do Grupo Viralcool vai além da distribuição do valor econômico gerado,
passando também pelo atendimento de necessidades específicas de entidades de interesse do
Grupo. Inicialmente procurado para realizar doações, hoje as instituições sociais buscam o Grupo
para obter auxílio por meio de projetos sociais de longo prazo.
O Grupo Viralcool compreende a importância dessas ações e, por esse motivo, busca atendê-las dentro de critérios transparentes, identificando a relevância e o contexto de atuação da
instituição social. As doações para projetos sociais são realizadas de acordo com definições
30
Relatório de Sustentabilidade
da diretoria. Em 2011, o Grupo Viralcool, por meio de seu Departamento de Responsabilidade
Social, engajou nas iniciativas voluntárias relacionadas à cultura, meio ambiente, esporte, lazer,
qualidade de vida, qualificação, saúde e educação. [EC8]
Balanço contábil
De forma semelhante, o Grupo Viralcool elabora anualmente seu balanço econômico, que é auditado pela Moore Stephens Prisma Auditores Independentes. A partir de 2011, com a elaboração
de seu relatório de sustentabilidade, passa a publicá-lo dentro dessa seção, com o objetivo de
prestação de contas e transparência. [2.8.3] [2.8.4] [2.8.5]
Ativo total
Patrimônio Líquido
Dívida Bruta
Dívida Total Líquida
Dívida Total Líquida/Patrimônio Líquido
Valor em reais (R$) Valor em reais (R$)
357.775.301
124.511.522
0
85.602.757
0,69
864.837.019
167.007.947
0
104.446.217
0,63
A relação entre divida líquida e patrimônio líquido sofre leve redução, passando de 0,69 para
0,63, reflexo do aumento do patrimônio líquido declarado pelo Grupo. A dívida total líquida
passou de 85 milhões para 104 milhões, esse aumento ocorreu devido à necessidade de investimento em custeio de operações agrícolas industriais.
Circulante
Realizável em longo prazo
Permanente
Ativo total
Valor em reais (R$) Valor em reais (R$)
147.293.486596.440.769
7.646.901
6.202.123
202.834.913262.194.126
357.775.300
864.837.018
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31
Produção e comercialização do Grupo Viralcool
A redução da capacidade produtiva refletida pela menor quantidade de cana moída em todo o
Brasil, sentida também pelo Estado de São Paulo, teve reflexo, na sua vez, nas unidades do Grupo Viralcool. Em 2011, a moagem de cana-de-açúcar nas três unidades do Grupo foi 14% menor
do que na safra de 2010, passando de 5,5 milhões de toneladas em 2010 para 4,7 milhões de
toneladas em 2011.
Acompanhando a queda da moagem, segue uma menor capacidade produtiva industrial das
unidades, destacando a redução na produção de açúcar na ordem de 14% com relação à safra
anterior e 33% de redução na produção de etanol. A priorização na produção de açúcar no ano
de 2011 levou a uma queda mais acentuada na produção de etanol. [2.8.2]
PRODUTO Toneladas
Produção (t) de açúcar
331.861
Saídas (t) açúcar MI (1)
21.238
Saídas (t) açúcar ME (2)
301.061
Estoque de passagem
9.562
%
100%
6%
91%
3%
PRODUTO Toneladas
Produção (t) de açúcar
286.012
Saídas (t) açúcar MI (1)
41.830
Saídas (t) açúcar ME (2)
182.161
Estoque de passagem
62.021
%
100%
15%
64%
22%
Ao final de 2011, a produção total de açúcar gerou um estoque da ordem de 62 mil toneladas,
para serem comercializadas no ano safra de 2012. Com a redução da produção de etanol, a comercialização dos 197 mil metros cúbicos foi possível devido ao estoque de passagem da produção de 2010 para 2011. [2.8.2]
PRODUTOm3%
Produção de etanol (m3)256.093 100%
Saídas (m3) MI (1)
219.007
86%
3
Saídas (m ) ME (2)
15.082
6%
Estoque de passagem
22.004
9%
PRODUTO
m3%
Produção de etanol (m3)170.933 100%
Saídas (m3) MI (1)
194.958
114%
3
Saídas (m ) ME (2)
3.016
2%
Estoque de passagem
-27.041
-16%
Gestão do Desempenho Econômico (DMA EC)
A Gestão Financeira do Grupo Viralcool se apoia no cumprimento das Leis no âmbito Nacional, o
Grupo acredita que a segurança do seu setor financeiro está diretamente atrelada à capacitação
de seus funcionários em suas tarefas diárias, a prova desse pensamento encontra-se demonstrada no seu DVA. O Grupo Viralcool conta com a colaboração da Moore Stephens Prisma Auditores, empresa que presta serviços de auditoria e consultoria nas áreas contábil e tributária para
auditar o seu balanço contábil. O Grupo acredita que a Gestão Financeira é o pilar da entidade,
contribuindo potencialmente para o crescimento sustentável de todos os setores.
32
Relatório de Sustentabilidade
Assegurado à perenidade da sua saúde financeira, o Grupo Viralcool procura disponibilizar uma
quantia anual, previamente definida pela diretoria, para atender as entidades sociais em que
realiza projetos de médio e longo prazo, contribuindo potencialmente para a comunidade e microrregião que encontra-se inserido.
Prêmios recebidos pelo Grupo Viralcool[2.10]
No período coberto por este relatório o Grupo Viralcool foi agraciado com os seguintes prêmios:
Julho/2010
Para comemorar o 30º aniversário de fundação e o Dia da Indústria, o CeiseBr realizou evento,
no Clube de Campo Vale do Sol, em Sertãozinho, que reuniu empresários, autoridades e personalidades de destaque do setor sucroenergético. Na ocasião, o presidente do Grupo, Antonio
Eduardo Tonielo, foi homenageado como destaque no setor.
Setembro/2010
Durante a Agrocana 2010, o presidente do Grupo Viralcool, Antonio Eduardo Tonielo recebeu, das
mãos do presidente do CeiseBr, Adézio José Marques, uma homenagem pela parceria e realização
da feira.
Dezembro/2011
A ProCana divulgou a lista dos “100 Mais Influentes do Setor” em 2011, eleitos pela pesquisa MasterCana. O presidente do Grupo Viralcool e empresário, Antonio Eduardo Tonielo, foi uma das
principais personalidades em destaque. A cerimônia do Prêmio MasterCana Brasil foi realizada
em São Paulo, no dia 23 de novembro.
Dezembro/2011
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA) homenageou a Usina Viralcool Pitangueiras
com o Troféu Porteira Aberta, o troféu é um agradecimento às usinas que, atendendo a solicitações da UNICA, abrem suas portas para receber delegações, brasileiras e de outros países, que
buscam mais informações sobre o setor sucroenergético brasileiro.
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33
1
3. Perfil do Primeiro
Relatório de Sustentabilidade
do Grupo Viralcool
“É por estarmos cientes de nossa responsabilidade na produção de energia renovável e da relevância da sustentabilidade em nossa cadeia de produção, que inserimos os compromissos de
responsabilidade socioambiental dentro das estratégias de sustentabilidade do Grupo Viralcool.”
Por meio das palavras do Presidente do Grupo Viralcool, Sr. Antônio Eduardo Tonielo, consegue-se
compreender a importância do cultivo responsável na produção de bioenergia praticada pelas três
unidades do Grupo. Compatibilizar a gestão da responsabilidade socioambiental foi o primeiro
passo que as três unidades do Grupo tiveram que trilhar antes de se tomar a decisão de elaborar
seu relatório de sustentabilidade.
Hoje, após a publicação de seu primeiro relatório de sustentabilidade modelo GRI, as unidades do
Grupo Viralcool compreendem os desafios que terão pela frente, e a busca pela melhoria contínua
é uma delas. A gestão descentralizada de cada unidade do Grupo, característica da gestão do Sr
Tonielo, permite a tomada de decisões rápidas para atender as demandas regionais de cada unidade. [3.2]
Este relatório cobre integralmente as safras de 2010/2011 e 2011/2012, representando o período de
01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2011. Assim, publicando dois anos safras por relatório,
as três unidades pretendem publicar um relatório a cada dois anos, portanto com ciclo de publicação bianual. [3.1] [3.3]
Durante o processo de elaboração deste relatório, buscou-se atender as principais demandas de
conteúdo das partes interessadas do Grupo Viralcool, entre elas aquelas que compõem os compromissos de sustentabilidade. Informações relativas ao processo de mecanização, matas ciliares
e uso racional da água buscaram atender aos anseios das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente
e da Secretaria da Agricultura, além da UNICA e da comunidade do entorno.
Questões relativas à governança e gestão da força de trabalho buscam atender as expectativas
das partes, que compõem o compromisso nacional. Poderão haver questões não abordadas por
esse documento e, por esse motivo, em caso de perguntas relativas ao relatório ou a seu conteúdo, entre em contato com o Comitê Gestor do Relatório do Grupo Viralcool, pelo e-mail: [3.4]
[email protected]
www.viralcool.com.br
35
As três unidades do Grupo Viralcool contam com forte participação dos fornecedores de cana-de-açúcar. Principalmente nas duas primeiras unidades, a Destilaria Santa Inês e Viralcool Pitangueiras, a participação dos produtores independentes de cana-de-açúcar, além de significativa,
está intimamente ligada às características socioeconômicas da região. O fornecimento de cana-de-açúcar por produtores independentes fortalece a relação do homem no campo e diminui a
dependência econômica regional com relação à usina.
O desafio de se relatar o desenvolvimento sustentável permeia as relações com seus fornecedores.
Informações relativas ao processo produtivo, como o uso de insumos, e de energia como o diesel,
por exemplo, estão fora do limite de conhecimento e gestão do Grupo Viralcool e por esse motivo
fora do limite desse relatório. O Comitê do GRI do Grupo Viralcool não mantém joint venture, subsidiárias, nem operações terceirizadas que possam afetar significativamente a comparabilidade
entre organizações ou período de relato. Ainda não se estabeleceu uma estratégia ou cronograma
para atingir a cobertura plena do seu relatório com relação aos indicadores de energia e emissões,
contudo estabeleceu-se estimativas. [3.6]
É por esse motivo que o Grupo Viralcool declara que, em seu primeiro relatório, existem limitações quanto ao escopo e alcance das informações aqui apresentadas. Os indicadores sociais e
ambientais se referem unicamente a dados primários de gestão de área e cana administradas,
apontando, portanto, exclusão de indicadores sociais e ambientais referentes a fornecedores. Aqui
uma ressalva deve ser feita, questões relativas a emissões e eficiência energética, se mantidas as
exclusões de dados de fornecedores, apresentariam resultados distorcidos. Por esse motivo, para
o cálculo de emissões e eficiência energética, houve a necessidade do uso de estimativas, o que
permitiu se chegar a números mais conservadores e, por isso, mais próximos da realidade da usina
e do setor. [3.7]
Com relação às técnicas de medição de dados para a elaboração desse relatório pelo Grupo Viralcool, foram utilizados os sistemas de controle interno da organização. Para as informações relativas ao número de empregados, horas trabalhadas e outras de cunho social, foi utilizada a folha de
pagamento. Dados relativos ao uso de insumos são gerenciados, para fins de controle de custos
de operações, pelo sistema CHB, e dão origem a todos os indicadores ambientais. Já dados relativos à proteção de matas ciliares são obtidos a partir da equipe interna de georreferenciamento;
consumo de água e captação são fornecidos pela indústria. [3.9]
Estimativas e hipóteses foram utilizadas neste relatório, principalmente com relação a demandas
de insumos utilizados por fornecedores de cana-de-açúcar que abastecem as unidades industriais
do Grupo Viralcool. A partir dessas estimativas, foi possível chegar a números mais realistas com
relação às emissões globais de gases de efeito estufa e eficiência energética das três unidades do
Grupo. Caso não fossem adotadas as técnicas acima descritas, esses indicadores apresentariam
resultados consideravelmente divergentes daqueles conhecidos para o setor, indicando emissões
muito aquém e uma eficiência energética muito elevada. Neste relatório não foram tomadas decisões que não se aplicam aos protocolos de indicadores da GRI ou que divirjam substancialmente
deles. [3.9]
Por se tratar do primeiro relatório do Grupo Viralcool, inexistem consequências de quaisquer re-
36
Relatório de Sustentabilidade
formulações de informações fornecidas em relatórios anteriores. Assim, não houve alterações com
relação a fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio ou em
métodos de medição. Da mesma forma, não houve mudanças em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório. [3.10] [3.11]
O Grupo Viralcool entende como salutar a adoção de políticas e práticas relativas à busca de verificação externa para o relatório. Contudo, nesse primeiro relatório, não adota a prática de auditoria
externa para o conteúdo e indicadores aqui presentes.
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37
Escopo e Limite deste Relatório
O Grupo Viralcool não possui sistemática formalizada para engajamento de Partes Interessadas
externas à Organização; durante o processo de estruturação do seu GRI, houve a formação do
Comitê GRI, composto por representantes dos colaboradores e da direção. Foram realizadas ao
longo do período deste relatório, uma série de reuniões para a definição do seu conteúdo. [3.5]
A composição do Comitê GRI buscou representar suas três unidades e as principais áreas de
atuação dentro do Grupo. Pela distância da Unidade Castilho, com relação às demais unidades,
ficou definida uma única pessoa com função de representá-la. Abaixo, seguem os nomes dos
participantes do Comitê GRI:[3.5]
• Renata Toniello ([email protected]), representante da alta direção da unidade Viralcool
Pitangueiras.
• Antônio Eduardo Tonielo Filho ([email protected]), representante da alta direção
da unidade Viralcool Pitangueiras e Santa Inês.
• Fabio Toniello ([email protected]), representante da alta direção da unidade
Viralcool Pitangueiras.
• Cláudia Tonielo ([email protected]), representante da alta direção da unidade Santa
Inês.
• Agostinho Bertuso Junior ([email protected]), Administrativo.
• Camila Perruci Forciniti ([email protected]), Gestão de Pessoas.
• Flávia Luiza da Silva Neves ([email protected]), Gestão de Pessoas.
• José Armando de Almeida Moschen ([email protected]), Sustentabilidade.
• Ana Carla de Oliveira ([email protected]), Sustentabilidade.
• Daniel Lobo ([email protected]) e João Bueno ([email protected]),
consultores para a elaboração do relatório de sustentabilidade.
• Maria Luiza Barbosa ([email protected]), UNICA - União da Indústria Canavieira de
São Paulo.
A identificação dos temas de alta materialidade se alicerçou sobre as iniciativas voluntárias de
sustentabilidade, assinadas pelas unidades do Grupo e que estão inseridas dentro do planejamento
estratégico da Viralcool. Essas são definidas por meio do Protocolo Agroambiental Paulista e o
Compromisso Nacional, que estabelecem práticas supralegais de gestão de recursos ambientais e
boas práticas trabalhistas. [3.5]
Por esse motivo, a organização irá priorizar, dentro deste relatório, os temas ambientais relacionados
à eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar, proteção de matas ciliares e redução do uso
www.viralcool.com.br
39
de água. Na esfera social, os temas do Compromisso Nacional são relativos às boas práticas de
contratação de mão de obra braçal, como a contratação direta e condições de segurança e bemestar nas frentes de colheita manual (cana queimada). [3.5]
A partir da priorização desses temas, espera-se que as principais partes interessadas desta
organização usem o relatório ao qual foram engajadas: [4.14] [4.15] [3.5]
• Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo
• Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo
• UNICA – União da Indústria da Cana-de-açúcar
• Ministério do Trabalho e Emprego
• COPERSUCAR - Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado
de São Paulo
• Colaboradores Internos
• Sindicatos e representantes de trabalhadores
• Outras partes interessadas no Protocolo Agroambiental e Compromisso Nacional
A base para a identificação e seleção de partes interessadas com as quais o Grupo Viralcool se
engaja, foi a utilização, portanto, das iniciativas de sustentabilidade de caráter externo e interno,
nas quais o grupo é signatário de forma voluntária. O Protocolo Agroambiental de caráter externo,
desenvolvido em parceria pelas Secretarias de Estado de Meio Ambiente e Agricultura do Estado
de São Paulo, UNICA e as usinas de açúcar e álcool paulistas, foi assinado em 2007, pelas duas
unidades do Grupo. Da mesma forma, o Compromisso Nacional, elaborado em parceria com o
Governo Federal, Ministério do Trabalho e sindicatos, representantes de trabalhadores e de
classe, foi assinado de forma voluntária pelas três unidades do Grupo em 2010. As demais partes
interessadas, fora dessas iniciativas, não serão engajadas neste relatório. [4.12] [4.15]
Além disso, o Grupo Viralcool participa das seguintes associações e as entende como partes
interessadas com relação às práticas e políticas de sustentabilidade: [4.13]
• STAB: Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil, é uma organização privada,
com natureza e fins civis de intuito não lucrativo, tendo como objetivo principal o intercâmbio
científico, técnico e cultural entre as diversas regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil e do
exterior.
• COPERSUCAR: Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado
de São Paulo, iniciou suas operações em 2008, é a maior comercializadora brasileira de açúcar
e etanol integrada à produção, com participação de 18% do mercado brasileiro. A Copersucar
tem a exclusividade na comercialização dos volumes de açúcar e etanol produzidos por 48
unidades produtoras sócias, localizadas nos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás.
Adicionalmente comercializa em regime não exclusivo a produção de açúcar e etanol de cerca de
50 unidades produtoras não sócias.
40
Relatório de Sustentabilidade
• CANOESTE: Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, foi fundada
em 1945, é uma das maiores associação de produtores de cana do mundo. Constitui uma Associação
de direito privado sem fins econômicos. Possui 2.820 associados, na maioria, pequenos e médios
fornecedores, responsáveis pela entrega de aproximadamente 11,5 milhões de toneladas de cana
na safra 2010/2011. Com sede em Sertãozinho, possui 10 filiais, com uma área de abrangência
envolvendo mais de 45 municípios.
• IAC: Instituto Agronômico de Campinas, instituto de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia
dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, tem sua
sede no município de Campinas. Foi fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, tendo recebido
a denominação de Estação Agronômica de Campinas. Em 1892 passou para a administração do
Governo do Estado de São Paulo.
• FUNDAG: Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola, coloca-se à frente das principais mudanças e
melhorias do setor, é uma entidade de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos,
cuja finalidade é dar suporte e fomentar a formação de recursos humanos e as atividades de
desenvolvimento de ciência e tecnologia voltadas para a agricultura, agroindústria e meio
ambiente. Com a missão de promover, apoiar e participar na execução, implementação e gestão
de inovação no agronegócio brasileiro.
• UFSCAR RIDESA: Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético. A
RIDESA identifica os melhores clones de cana a partir dos clones de cada universidade produzidos
pela UFAL. Anualmente, os melhores clones selecionados em cada universidade são enviados para
outras universidades, o que permite incrementar o número de clones a serem avaliados na rede de
experimentos estabelecida por cada universidade em seu respectivo estado. O convênio é entre
nove universidades federais, são elas: UFPR, UFSCAR, UFV, UFRRJ, UFS, UFAL, UFRPE, UFG e UFMT.
• UNICA: União da Indústria de Cana-de-Açúcar, é a maior organização representativa do setor
de açúcar e bioetanol do Brasil. Sua criação, em 1997, resultou da fusão de diversas organizações
setoriais do Estado de São Paulo, após a desregulamentação do setor no país. A associação se
expressa e atua em sintonia com os interesses dos produtores de açúcar, etanol e bioeletricidade,
tanto no Brasil como ao redor do mundo. As 146 companhias associadas à UNICA são responsáveis
por mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no Brasil.
• UDOP: União dos Produtores de Bioenergia, foi fundada em 28 de novembro de 1985, é uma
entidade com representação em seis Estados da federação, representando produtores de etanol,
açúcar, bioeletricidade, biodiesel, similares e conexos.
• CTC: Centro de Tecnologia Canavieira, foi criado em 1969, por meio da iniciativa de um grupo
de usinas da região de Piracicaba, a 160 km da capital paulista, com o objetivo de investir no
desenvolvimento de variedades mais produtivas e agregar qualidade à produção de açúcar
e álcool. Em 2004, entrou em uma nova era, foi reestruturado com o objetivo de se tornar o
principal centro mundial de desenvolvimento e integração de tecnologias disruptivas da indústria
sucroenergética, capaz de vencer o desafio de dobrar, de maneira economicamente sustentável,
a taxa de inovação do setor.
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41
• COPERCANA: Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, fundada
em 19 de maio de 1963, surgiu com a necessidade de unir os agricultores da região e promover
uma defesa mais ampla de seus interesses econômicos. Com base na colaboração recíproca, desde
a sua fundação, o objetivo principal é desenvolver o estímulo de seus cooperados, por meio do
fornecimento de produtos agropecuários, das vendas em comum da sua produção e da prestação
de serviços agrícolas.
• CIESP: Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, entidade civil sem fins lucrativos, fundada
em 1928, reúne empresas industriais e suas controladoras, e associações ligadas ao setor produtivo,
bem como empresas que possuem por objeto atividades diretamente relacionadas aos interesses
da Indústria.
• CEISE: Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético foi criado em 1980.
Nasceu com o objetivo de representar o parque industrial da região, atuando em negociações
trabalhistas. De lá para cá, a entidade acompanhou e participou do desenvolvimento do setor
sucroenergético, bem como da sua inserção no mercado internacional.
• COCRED: Cooperativa de Crédito dos Produtores Rurais e Empresários do Interior, busca
estimular a atividade agropecuária de Sertãozinho e região; a cooperativa trouxe grande incentivo
a produtores rurais que precisavam de recursos e financiamentos com prazos e juros melhores.
• COPERCITRUS: Cooperativa de Produtores Rurais, foi fundada em 14 de maio de 1976, por meio
da fusão de duas cooperativas já existentes: a Capezobe (Cooperativa Agropecuária da Zona de
Bebedouro), de Bebedouro, SP, e a Capdo (Cooperativa Agrária dos Cafeicultores D’Oeste de São
Paulo), de Monte Azul Paulista, SP.
• CANDA: Cooperativa Mista de Adamantina. No dia 04 de abril de 1965 alguns agricultores
42
Relatório de Sustentabilidade
uniram-se sob a forma mais democrática possível e criaram um elo com cada plantador da região.
O objetivo era fortalecer a comercialização da produção, aquisição de insumos, mudas, sementes
e outros produtos necessários para o plantio e a colheita. Outro objetivo dessa união foi fundar
uma representação firme e coesa junto aos órgãos governamentais da época, sendo que a mais
importante tarefa foi ser uma espécie de indicador da rota a seguir, o divulgador da mais moderna
tecnologia e criador de processos para o manuseio da terra.
Os princípios para garantir o conteúdo do relatório: materialidade, contexto de sustentabilidade e
abrangência ocorrem por meio das duas principais iniciativas de sustentabilidade voluntárias do
Grupo. Nesse sentido, há a inclusão das partes interessadas, atreladas a essas duas iniciativas, como
sindicatos, secretarias e associações de classe. A organização buscou aplicar as orientações para a
definição do conteúdo e qualidade do relatório e os princípios a elas relacionados. [3.5]
Com relação à comparabilidade, princípio necessário para a qualidade do relatório, o Grupo
Viralcool buscou relatar seus indicadores alinhando-os com relação aos indicadores amplamente
divulgados para a cana-de-açúcar, permitindo que os mesmos possam ser utilizados como
referência por outras unidades produtoras de cana-de-açúcar e outras organizações relatoras
aos moldes do GRI. Para os demais princípios da qualidade, entre eles: equilíbrio, exatidão,
periodicidade e confiabilidade, bem como para atender aos princípios do conteúdo do
relatório, o Grupo Viralcool optou pela contratação de empresa de consultoria externa (Ecolog
Consultoria). [3.5]
Como principal estratégia corporativa para 2012, a alta direção do Grupo Viralcool estuda
a formalização e o início dos trabalhos de estruturação de seu Comitê de Sustentabilidade. A
estrutura prevê que o Comitê de Sustentabilidade tenha a função de órgão consultivo interno,
formado por representantes das unidades do Grupo.
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43
4. Governança
De gestão familiar, o Grupo Viralcool se preocupa com o alinhamento dos interesses da família
com as necessidades de gestão profissional de suas três unidades. De controle central, exercido
pelo Sr. Antonio Eduardo Tonielo, que preside o Grupo, e gestão descentralizada exercida pelos
membros da família, minimizando assim potenciais conflitos de interesses resultantes da delegação do poder a agentes especializados (executivos).
Contudo, é de conhecimento do presidente Tonielo que conflitos de interesses não resultam única
e exclusivamente da relação entre propriedade de gestão e de decisão, e que mesmo organizações
familiares podem enfrentar o mesmo dilema. É por esse motivo que a partir de 2012 o Grupo Viralcool irá elaborar e divulgar seu Código de Conduta para todo o seu público de interesse, incluindo
diretores, acionistas e a própria família Toniello. O Código de Conduta Corporativa irá abordar os
temas abaixo e, além disso, será formado o Comitê Gestor, que será definido pelo presidente do
Grupo Viralcool e composto por quatro integrantes, preferencialmente, um representante da área
de recursos humanos, um da área de responsabilidade socioambiental, um do pessoal de apoio e
um representante da direção. [4.6]
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Discriminação no ambiente de trabalho;
Emprego de mão de obra forçada e/ou infantil;
Saúde e segurança no trabalho;
Relações com a comunidade;
Relações com fornecedores;
Responsabilidade patrimonial;
Responsabilidade socioambiental;
Conflito de interesses;
Recebimento de presentes;
Informação privilegiada;
Assédio moral e sexual;
Atividades sindicais e associativistas;
Atividades políticas;
Uso de fumo, álcool e drogas;
Imprensa e publicidade;
Uso obrigatório do uniforme;
Uso de sistemas de computação e informações computadorizadas;
Vendas de produtos;
Camisas de times, bandeiras ou símbolos de torcidas.
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45
Para que isso se torne possível, já se iniciaram as discussões referentes ao papel da alta direção:
•
Ser exemplo de conduta e compromisso para com as políticas e práticas contidas no Código
de Conduta;
•
Ser responsável pela aplicação das diretrizes éticas na sua área;
•
Conduzir os colaboradores sob sua responsabilidade à total adesão para com os princípios e
orientações do Código de Conduta;
•
Aprovar a elaboração, revisão e divulgação do Código de Conduta;
•
Tomar as decisões administrativas nos casos mais graves de violações do Código de Conduta.
Em 2011 o Grupo Viralcool analisou e validou junto à sua alta direção seu compreendimento a respeito de sua Missão, Visão e Valores, e resolveu publicá-los neste relatório. [4.8]
Missão: produzir cana, açúcar, etanol, energia elétrica e levedura de maneira eficiente e econômica,
unindo produtividade com responsabilidade socioambiental.
Visão: ser reconhecido no setor sucroenergético pelas boas práticas de fabricação e pelo uso sustentável dos recursos naturais em um contexto moderno de gestão.
Valores
•
Simplicidade e agilidade nas decisões;
•
Desenvolvimento pessoal e profissional;
•
Relacionamento de confiança com os colaboradores, fornecedores e comunidades locais;
•
Respeito ao meio ambiente;
•
Segurança no ambiente de trabalho;
•
Ética e respeito na relação com concorrentes e parceiros;
•
Compromisso com resultados.
A partir da elaboração de seu Código de Conduta, o Grupo Viralcool iniciará o processo de identificação e mapeamento de suas partes interessadas. Em um primeiro momento, em reuniões realizadas com o Comitê Gestor do GRI e Código de Conduta, foram identificadas as seguintes partes
interessadas: [4.16]
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Acionistas e diretores
Colaboradores
Comunidade
Sindicatos e entidades de classe
Governo e órgãos reguladores
Clientes
Institutos de ensino
Concorrentes
Fornecedores e demais elos da cadeia
Imprensa
Instituições não governamentais.
46
Relatório de Sustentabilidade
Para a identificação das partes interessadas, o Grupo Viralcool se baseou em sua rede de relacionamentos internos e externos. Por meio de atividades internas do Comitê Gestor definiu e identificou suas partes interessadas com base no engajamento atual da organização, ou seja, para cada
uma das partes interessadas listadas acima, o Grupo Viralcool tem pelo menos um representante
com o qual se engaja de forma voluntária e ou compulsória. [4.16]
Até o momento, o Grupo Viralcool não possui uma sistemática formalizada para realizar abordagens para o engajamento de suas partes interessadas. O processo de engajamento ainda é pontual
e difuso, sendo realizado pelos colaboradores, que relacionam diretamente com as partes interessadas afins às suas atividades. [4.16]
Por esse motivo, não são mantidos registros dos principais temas e preocupações levantadas por
meio do engajamento das partes interessadas, nem as medidas que a organização tem adotado
para tratá-las. [4.17]
Contudo, com algumas partes interessadas, o Grupo Viralcool mantém abordagens mais frequentes,
em torno de compromissos comerciais e ou voluntários previamente estabelecidos. Entre esses públicos podemos citar a Copersucar, Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura, além da UNICA. [4.17]
Por meio da Copersucar, o Grupo Viralcool identifica as demandas comerciais nacionais e internacionais com relação às necessidades de adequação e comprovação de responsabilidade socioambiental. Assim, iniciará, em 2012, a busca pela certificação ISO 22000 (Gestão da Segurança dos
Alimentos) demanda por essa parte interessada. [4.17]
Na esfera governamental e entidade de classe, mantém forte engajamento com as Secretarias de
Meio Ambiente e Agricultura de São Paulo e com a UNICA. Isso porque, desde 2007, as unidades
do Grupo assinaram de forma voluntária o Protocolo Agroambiental, a unidade Santa Inês, apesar
de não signatária, adota as diretrizes do protocolo. [4.17]
O Grupo Viralcool gira em torno de duas estruturas jurídicas distintas, a primeira denominada
VIRALCOOL AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA e a segunda de denominação IRMÃOS TONIELLO LTDA.
Ambas explorando o ramo de fabricação e comercialização de álcool carburante e seus derivados. A VIRALCOOL AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA tem seu ramo de exploração ampliado também
para a fabricação e comercialização de açúcar. Os proprietários e beneficiários de cada empresa,
bem como o percentual de participação dos principais acionistas estão apresentados na tabela
abaixo. [2.6] [2.8.6]
DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
1. DA VIRALCOOL AÇÚCAR E ALCOOL LTDA
2. DA IRMÃOS TONIELLO LTDA.
Antônio Eduardo Tonielo
José Pedro Toniello
Renato Toniello
Waldemar Toniello
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25%
25%
25%
25%
47
A administração da sociedade é exercida por todos os sócios, podendo todos assinar pela sociedade em conjunto ou isoladamente. Contudo, essa administração se limita única e exclusivamente
em negócios que digam respeito aos interesses da sociedade. No tocante aos cargos executivos,
os sócios ocupam cargos de diretores e são responsáveis pela definição das estratégias adotadas
pelas três unidades do Grupo. A organização não possui estrutura de administração unitária, sendo administrada pelos sócios do Grupo Viralcool. [4.2] [4.3]
A gestão familiar permite a proximidade e interação dos colaboradores junto à alta gestão da organização. Os sócios estão diariamente presentes na rotina e no dia a dia da organização, o que
permite ouvir as demandas de colaboradores, sendo um eficiente mecanismo para que empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança. Como foi visto
pela distribuição de cotas, não existem acionistas majoritários, todos têm a mesma participação
dentro do quadro acionário. [4.4]
O Grupo Viralcool iniciará em 2012 o processo de descrição de cargos e em um segundo momento
será implantado o sistema de avaliação de competências. Atualmente, a descrição de cargos já foi
realizada para a área administrativa, a partir de 2012 será realizada para a área industrial, passando
para todo o Grupo, incluindo a alta direção. [4.7]
De acordo com o contrato social do Grupo Viralcool, é permitido aos sócios, em comum acordo,
fixar retiradas mensais a título de pró-labore, além disso, encontra-se implantado nas três unidades
o Programa de Participação nos Resultados (PPR). As metas são estabelecidas pela diretoria e são
divididas entre metas globais e individuais. Nas metas globais, estão determinados como indicadores a moagem, eficiência industrial e segurança. Já, nas metas individuais, os indicadores estão atrelados ao absenteísmo e atestados. Esta remuneração abrange a todos os colaboradores, (inclusive
a alta direção), desde os contratos determinados quanto os indeterminados e é paga anualmente.
A remuneração dos trabalhadores rurais acontece de forma diferenciada, é estabelecida pelo
acordo coletivo do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e tem como indicadores o número de ausências, sendo paga mensalmente. [4.5]
Durante o período coberto pelo relatório, período que compreende os anos fiscais de 2010 e
2011, não houve alterações significativas com relação a porte, participação acionária, localização,
mudanças nas operações, nem abertura ou fechamento ou expansão de unidades operacionais,
assim como não houve alteração na estrutura do capital social ou outra formação de capital. Em
2012, o Grupo Viralcool irá incluir como parte de seu objeto social o plantio, cultivo, extração de
cana-de-açúcar e demais culturas agrícolas próprias e produzidas em propriedades agrícolas de
terceiros. Mantendo como objeto social a utilização da cana, como matéria-prima para a fabricação e comercialização de açúcar, álcool etílico hidratado e álcool etílico anidro, de seus derivados
e demais subprodutos, bem como fabricação e comercialização de levedura de cana-de-açúcar
destinada à alimentação animal e também produção e comercialização de energia elétrica. Em
consequência desse processo, em 2012 áreas agrícolas começarão a ser contabilizadas em importantes iniciativas do Grupo, como o Protocolo Agroambiental, gerando significativas alterações
nestes indicadores ambientais. [2.9.1]
48
Relatório de Sustentabilidade
A alta gestão do Grupo Viralcool, juntamente com a Copersucar, adota um modelo de gestão de
sustentabilidade, que tem possibilitado atender prontamente às exigentes cláusulas e padrões do
mercado global. A Copersucar realiza um processo contínuo de engajamento e fortalecimento do
comprometimento de todos os envolvidos em sua cadeia de negócios, que conta inclusive com a
participação do Grupo Viralcool. [4.9]
O Grupo Viralcool, como cooperado da Copersucar, segue seus princípios e Código de Conduta.
Além disso, busca a adesão voluntária à normas e compromissos preconizados pela Copersucar,
como é o caso do Protocolo Agroambiental Paulista o Compromisso Nacional para cana-de-açúcar.
A partir de 2012, a unidade de Pitangueiras irá buscar a certificação ISO 9001:2008 e ISO 22000,
que certifica que a organização adota um Sistema de Gestão da Segurança dos Alimentos. [4.9]
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49
Organograma Viralcool Açúcar e Álcool ltda
50
Relatório de Sustentabilidade
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51
Compromissos com iniciativas externas
e engajamento com stakeholders, cartas
e princípios voluntários, e princípio da
precaução [4.11] [4.12] [4.14] [4.15]
Protocolo agroambiental paulista [4.11] [4.12] [4.14] [4.15]
Diante da pressão pela expansão por novas áreas de cana-de-açúcar em 2007, e o possível aumento da área queimada no Estado, o governo paulista, juntamente com as Secretarias de Meio
Ambiente e Agricultura, propõe a adoção voluntária de boas práticas ambientais para o setor. O
Protocolo Agroambiental, assinado pelo Governador de São Paulo, pelos Secretários de Estado do
Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento e pelos presidentes da União da Indústria Sucroalcooleira (UNICA), aborda os principais desafios do setor de forma inédita, por meio da parceria
voluntária entre governo e setor produtivo.
Tal iniciativa se desenvolveu a partir de um entendimento entre governo, usinas e fornecedores
de cana-de-açúcar, sobre a necessidade de organizar a atividade agrícola e industrial de modo
a promover a adequação ambiental e minimizar, consequentemente, os impactos sobre o meio
ambiente e a sociedade. Isso é especialmente importante em um setor que vem apresentando
crescimento significativo e representando uma parcela cada vez maior na economia do Estado.
A unidade Viralcool Pitangueiras e Viralcool Castilho são signatárias do Protocolo Agroambiental
desde 2007. A Destilaria Santa Inês, apesar de não ser signatária do Protocolo Agroambiental,
adota internamente os princípios estabelecidos pelo Protocolo, que consiste na antecipação da
eliminação da queima, proteção de matas ciliares e meta de 1m3 por tonelada de cana moída até
2017.
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RESULTADOS ALCANÇADOS
Eliminação da queima
Por meio do Protocolo Agroambiental Paulista, as usinas signatárias assumem o compromisso de
antecipar de forma voluntária a colheita da cana sem utilizar a queima. Pela lei 11.241 de 2002, as
usinas paulistas podem realizar a queima da cana como método de colheita até 2021 em áreas
com declividade menor que 12% e até 2031 para áreas com declividade superior.
A proposta do Protocolo Agroambiental é antecipar a eliminação da queima de 2021 para 2014 e
de 2031 para 2017, em áreas mecanizáveis e não mecanizáveis respectivamente. Assim, o Estado
de São Paulo, a comunidade e as usinas conseguem conciliar a expansão com a diminuição dos
impactos negativos provenientes das queimadas.
Pela antecipação da mecanização pelo Protocolo Agroambiental, no período deste relatório a
organização deixou de emitir mais de 15.765 mil toneladas de CO2. Esse resultado representa o
montante que seria emitido, se comparado à Lei Estadual 11.241/2001, caso as unidades não houvessem antecipado de forma voluntária a mecanização e seguissem apenas o que estabelece a
Legislação Paulista.
Gestão do Desempenho Ambiental (DMA EN)
O Grande desafio que o Grupo Viralcool entende na gestão ambiental é conciliar as áreas produtivas com todos os requisitos sustentáveis ambientais. Amparado e norteado pelas Leis Ambientais,
o Grupo procura de maneira respeitosa conciliar as duas partes envolvidas no processo de gestão
ambiental.
54
Relatório de Sustentabilidade
O Grupo Viralcool disponibilizou no seu GRI o indicador de eficiência energética em que se apresenta um índice positivo de consumo de energia renovável e um aumento nesse indicador durante
o período coberto pelo relatório.
Os recursos hídricos são altamente importantes no processo de produção do Grupo Viralcool. As
três unidades do Grupo respeitam a legislação local e possuem outorga para uso e captação e não
excedem ao limite estabelecido por lei. O Grupo adota práticas de responsabilidade e gestão de
seus recursos hídricos que superam questões legais. Um bom exemplo disso é a meta voluntária
de se manter a captação inferior a 1 metro cúbico por tonelada de cana moída, por meio da implantação de modernos sistemas de recirculação, fechamento de circuitos e de reaproveitamento
de água dos condensadores.
Duas unidades do Grupo Viralcool são signatárias do Protocolo Agroambiental, compromisso
voluntário do setor produtivo de cana-de-açúcar para diminuir as queimadas nas épocas de
colheitas, a iniciativa se desenvolveu a partir de um entendimento entre governo, usinas e fornecedores de cana-de-açúcar, sobre a necessidade de organizar a atividade agrícola e industrial de
modo a promover a adequação ambiental, minimizando, consequentemente, os impactos sobre
o meio ambiente e a sociedade.
EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas.
REALIZADO SEM QUEIMA
2010
2011
NÃO QUEIMADO (t)
3.817.961
3.067.548
Colheita crua pela LEI 11.241/02 (t)
2.766.639
2.160.245
Colheita crua pelo Protocolo Agroambiental (t)
1.051.323
907.303
Emissão Evitada (t CO2eq)
8.4117.258
Emissão Evitada Acumulada (t CO2eq)15.669
Fonte: Grupo Viralcool
Matas ciliares
As matas ciliares desempenham funções ambientais vitais para a manutenção e incremento da
biodiversidade e perenidade dos cursos d’água. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente de
São Paulo estima que encontra-se no Estado em torno de um milhão de hectares de matas ciliares no agronegócio paulista. Apesar dos esforços, o mapeamento dessas matas se mostrou
moroso e pouco eficaz.
As usinas, com a adesão ao Protocolo Agroambiental, se comprometeram no cadastramento e
proteção dessas matas, não só em suas áreas próprias, mas também nas áreas lindeiras às plantações e em áreas administradas pelas usinas. Assim, o Estado ganhou um forte aliado, e em apenas
cinco anos quase que a totalidade das matas ciliares presentes nos canaviais paulistas haviam sido
cadastradas.
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Hoje, nos mais de cinco milhões de hectares de cana-de-açúcar cultivados no Estado, estão protegidos pelas usinas signatárias do Protocolo Agroambiental, 269 mil hectares de matas ciliares.
As três unidades do Grupo Viralcool declaram suas áreas de matas protegidas, que totalizam 665
hectares, além disso, é compromisso da presidência do Grupo proteger essas matas em sua totalidade e suas quatro nascentes.
EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente à elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
MATAS CILIARES
PROTEGIDAS (ha)1
% PROTEÇÃO (ha matas / cultivo)2
Estoque Potencial Carbono (t CO2eq)3
% PROTEÇÃO NO ESTADO (ha matas / cultivo)4
2010-2011
2011-2012
572665
2,6%2,9%
193.336224.770
4,8%4,8%
1. Fonte: Viralcool unidade de Pitangueiras.
2. Relação entre área protegida de mata ciliar e área de cultivo de cana.
3. Considerando floresta estacional semidecidual, vegetação mais comum no interior de SP e nas áreas de canavial, de 200 toneladas de biomassa seca por hectare. Convertendo em carbono (x46%) e posteriormente em gás
carbônico CO2 (x3,67), resulta em 338 t de CO2 absorvidas por hectare de mata ciliar madura.
4. Fonte: Protocolo Agroambiental, calculado a partir da relação da mata ciliar total declarada pelo Protocolo
Agroambiental, 269.799 ha pela área de cultivo de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo, que foi em 2011 de
5,57 mi ha.
EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços
em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
MUDAS
Mudas Plantadas Áreas Próprias
Mudas Plantadas Áreas Administradas
Quantidade total de mudas produzidas em viveiro próprio
Quantidade de mudas plantadas
Quantidade de mudas doadas
2010-20112011-2012
37.652
44.316
65.091
81.634
25.000
30.000
22.700
20.000
2.300
10.000
Fonte: Viralcool unidades de Pitangueiras e Castilho
Água
Assim como no mundo todo, também aqui no Brasil a água é um importante recurso para garantir
a produção de alimentos por meio da agricultura. Estudos indicam que no mundo, em torno de
70% do consumo de água ocorre para fins de agricultura; no Brasil esse índice é um pouco menor
e representa 62% (Adaptado das fontes: FAO/ONU, 2003; Banco Mundial e WRI, 2005).
O consumo de recursos hídricos no Brasil é bastante regulado e em algumas bacias do Estado de
São Paulo, se paga pela quantidade captada. As três unidades do Grupo Viralcool respeitam a legislação local e possuem outorga para uso e captação, e não excedem ao limite estabelecido por lei.
56
Relatório de Sustentabilidade
Além disso, as três unidades do Grupo adotam práticas de responsabilidade e gestão de seus
recursos hídricos que superam questões legais. Um bom exemplo disso é a meta voluntária de se
manter a captação inferior a 1 metro cúbico por tonelada de cana moída. Por meio da implantação de modernos sistemas de recirculação, fechamento de circuitos e de reaproveitamento de
água dos condensadores, a captação de água das três unidades do Grupo Viralcool é inferior a
0,67 metros cúbicos por tonelada de cana moída. [EN8]
EN8 Total de retirada de água por fonte.
ÁGUA
Captação total (m3)
Cana moída (t)
Captação por tonelada cana moída (m3/t)
2010-20112011-2012
3.336.370 2.906.960
5.533.277
4.320.490
0,600,67
Fonte: Viralcool, unidades de Pitangueiras, Castilho e Santa Inês.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, das 173 usinas signatárias
do Protocolo Agroambiental, menos de 70 captam até 0,7 metros cúbicos de água por tonelada
de cana. Para o Grupo Viralcool, essa informação é particularmente relevante, pois reforça que as
ações adotadas pelo Grupo posicionam as três unidades no Estado na arte da conservação desse
importante recurso natural.
Classes de consumo das usinas signatárias do
Protocolo Agroambiental Paulista (m3/t de cana)
0,7 - 1,0
1,0 - 2,0
acima de 2
41%
40%
19%
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br/etanolverde).
Inventário de emissões e de energia [4.11] [4.12] [4.14] [4.15]
A alternativa ao consumo de combustíveis fósseis passa pela capacidade em se produzir combustíveis renováveis de alta eficiência energética e de baixa emissão de gases de efeito estufa
durante todo o ciclo de vida do produto. Nesse sentido, as Análises de Ciclo de Vida (ACV), que
avaliam as emissões de cada etapa do processo produtivo de um determinado produto ou serviço é uma importante ferramenta comparativa. A partir dela, se pode dizer, por exemplo, se de
fato as emissões de etanol são menores do que as emissões de gasolina. Avaliações de Análise
de Ciclo de Vida ou análises de ponta a ponta realizadas por instituições de pesquisas indicam
que o etanol de cana-de-açúcar pode chegar a reduzir 90% das emissões quando comparado à
gasolina, principal combustível fóssil utilizado na frota leve brasileira.
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57
DE PONTA A PONTA: ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO ETANOL
Nota: redução das emissões evitadas com etanol como substituto à gasolina e calculada de acordo com análise do
ciclo de vida. Fonte: World WatchInstitute (2006) e Macedo et al. (2008) – balanço energético. Produtividade: IEA
– International Energy Agency (2005), MTEC e UNICA. GEE: IEA – International Energy Agency (2004) e Macedo, I.
de C. et al. (2004 and 2008). Elaboração: UNICA.
Em consonância com a baixa emissão encontra-se a capacidade do setor sucroenergético em
converter energia fóssil em energia renovável. Operações agrícolas e tratos culturais demandam o
consumo de energia fóssil, como o óleo diesel; a partir da fotossíntese realizada pela cana-de-açúcar, a energia solar é convertida em açúcar, que é a principal fonte de energia renovável do setor.
Pelas características biológicas da cana-de-açúcar, alta disponibilidade de energia solar e eficiente
gestão de energia pelas usinas do setor, estudos demonstram que em média o balanço energético
da cana-de-açúcar no Brasil é de 9,3, ou seja, para cada unidade energética de combustível fóssil
utilizado, são produzidas 9,3 unidades de energia renovável.
Paralelamente às emissões, a análise do ciclo de vida de energia, representada pela eficiência
energética da cana-de-açúcar, demonstra que essa se destaca quando comparada com outras matérias-primas. As unidades do Grupo Viralcool entendem que estes dois fatores, emissões de GEE
e eficiência energética, são os principais diferenciais competitivos de seus produtos em relação ao
olhar de sustentabilidade. É por esse motivo que as três unidades iniciam em 2012 a elaboração
de seu inventário de emissões e inventário de energia, com o objetivo de se chegar à análise de
ciclo de vida.
58
Relatório de Sustentabilidade
Matéria-Prima
País
BrasilEUA UE
Redução das emissões de GEE
90%35%34% 45%
Balanço energético
Produtividade (litros/hectare)
UE
9,31,42,0 2,0
7.0003.8002.500 5.500
Nota: redução das emissões evitadas com etanol como substituto à gasolina e calculada de acordo com análise do
ciclo de vida. Fonte: World WatchInstitute (2006) e Macedo et al. (2008) – balanço energético. Produtividade: IEA
– International Energy Agency (2005), MTEC e UNICA. GEE: IEA – International Energy Agency (2004) e Macedo, I.
de C. et al. (2004 and 2008). Elaboração: ÚNICA.
O Grupo Viralcool opta por publicar seus inventários de forma que seja possível compará-los com
iguais iniciativas setoriais, por esse motivo, adota a metodologia para o Inventário de Emissões de
Gases de Efeito Estufa e Eficiência Energética utilizada pelas principais entidades representativas
do setor, entre elas a UNICA – União da Indústria da Cana-de-Açúcar de São Paulo.
Por meio de algumas fontes de emissões, fruto de atividades humanas no setor sucroenergético, é
possível calcular, utilizando fatores indicados em literatura para inventários, e se chegar a valores
muito próximos daqueles considerados reais. Nesse inventário de emissões e de energia não se
tem o intuito de esgotar as discussões acerca do assunto, mas sim apresentar as principais fontes
de emissões e sua ordem de grandeza.
Utilizando a metodologia de cálculo, chegou-se à quantidade de gases de efeito estufa emitidos
no período deste relatório; em 2010 foram 119 mil toneladas de carbono equivalente, medida utilizada para expressar esse tipo de emissão. Em ordem de importância, encontra-se o diesel utilizado pelas operações agrícolas e de transporte, responsável pela emissão de 46 mil toneladas de
CO2 equivalente; fertilizantes nitrogenados, a queima da cana e nitrificação da palha deixada no
campo pela colheita crua representam importantes fontes de emissões.
2010-2011
1º jan a 31 dez de 2010
FATOR
UNIDADE
Produção de cana queimada (t)
Produção de cana crua (t)
Diesel (l)
Fertilizantes nitrogenados (Kg N)
Calcário (t)
Fertirrigação (uso da vinhaça no campo) (m3)
Torta de filtro (uso no campo) (t)
Queima de bagaço nas caldeiras (t)
1.715.316
0,088
3.817.961
0,028
17.577.408
2,631
3.700.541
6,2
13.026
440
1.497.111
0,00201
109.922
0,07148
1.086.585
1942,00
EMISSÃO
kg CO2 eq
kg CO2 eq/kg palha
19.097.231
kg CO2 eq/kg palha
14.996.851
kg CO2 eq/kg DIESEL
46.243.489
kg CO2 eq/kg
22.943.356
kg CO2 eq/t
5.731.353
kg CO2 eq/l
3.014.453
kgCO2 eq /kg
7.857.195
kg CO2 / TJ
15.193.060
ton CO2 eq135.077
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59
Em 2011, após a realização de novos cálculos de emissões, chegou-se ao valor de 108 mil toneladas
de CO2 equivalente. Houve uma redução das emissões absolutas no período, da ordem de 9%, explicada principalmente pela quebra da safra, ou redução da cana moída em 2011, que resultou em
menores quantidades colhidas e transportadas, impactando fortemente na redução do consumo
de diesel.
2011-2012
1º jan a 31 dez de 2011
FATOR
UNIDADE
Produção de cana queimada (t)
Produção de cana crua (t)
Diesel (l)
Fertilizantes nitrogenados (Kg N)
Calcário (t)
Fertirrigação (uso da vinhaça no campo) (m3)
Torta de filtro (uso no campo) (t)
Queima de bagaço nas caldeiras (t)
1.252.942
0,088
3.067.548
0,028
15.402.887
2,631
3.833.743
6,2
13.004
440
2.423.490
0,00201
113.160
0,07148
1.221.797
1942,00
EMISSÃO
kg CO2 eq
kg CO2 eq/kg palha
13.949.454
kg CO2 eq/kg palha
11.999.807
kg CO2 eq/kg DIESEL
40.522.654
kg CO2 eq/kg
23.769.208
kg CO2 eq/t
5.721.864
kg CO2 eq/l
4.879.730
kgCO2 eq /kg
8.088.646
KGcO2 eq/kg17.083.654
t CO2 eq126.015
Fonte: Grupo Viralcool.
No período, a importância dos fornecedores, representada pelo percentual entre cana de terceiros e o total moído pelo Grupo, ultrapassou os 40%. Os inventários de emissões e de energia
são fortemente impactados em seus resultados pelas operações de cultivo e transporte de cana;
para evitar que esses cálculos ficassem comprometidos, foi preciso estimar os valores de consumo de fertilizantes e calcário para os fornecedores. Para garantir que os valores apresentados
aqui atendessem aos critérios conservadores de cálculos, foram considerados valores superestimados com relação ao consumo desses insumos, pois a utilização de valores superestimados
resultam em emissões maiores. Assim, ocorrem garantias de que a estimativa não irá gerar falsas
referências positivas.
Com isso, chega-se às emissões diretas, aquelas que se originam de atividades em áreas administradas e sob controle do Grupo Viralcool e as indiretas, que são resultantes de atividades de
produção de cana pelos fornecedores. No período coberto por este relatório, as emissões diretas
ultrapassam 140 mil toneladas de CO2 equivalente, ao passo que as emissões indiretas representam 38% das emissões globais no período, chegaram a 88 mil toneladas de CO2 equivalente.
EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso.
20102011
(t CO2 eq)
(t CO2 eq)
Diretas1
Indiretas: fornecedores de cana-de-açúcar2
89.61883.122
45.45942.893
TOTAL135.077 126.015
1. A partir das emissões calculadas pelo inventário, não considerando transporte e queima pelo motor.
2. Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira (NIPE / UNICAMP) http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/balanco-emissoes-co2-etanol-gasolina-combustivel-30-06-08.htm
60
Relatório de Sustentabilidade
Análise de ciclo de vida do etanol produzido pelo Grupo Viralcool
O cálculo do inventário de emissões leva a organização a estruturar iniciativas de Análise de ciclo
de vida de seus produtos, buscando oportunidades de posicioná-los como produtos de baixa
emissão, quando comparados com produtos semelhantes ou concorrentes. No caso dos biocombustíveis, essa perspectiva ganha especial relevância nas questões relacionadas ao uso concomitante ou à substituição de combustíveis fósseis; metas de redução de emissões pelo uso de
biocombustíveis se justificam quando de fato as emissões de gases de efeito estufa durante todo
o ciclo de vida do produto são menores do que as dos combustíveis fósseis.
Padrões de cálculos baseados em trabalhos científicos, como o proposto pelo Dr. Luiz Augusto
Horta Nogueira (NIPE / UNICAMP), demonstra que ao longo de todo o seu ciclo de vida (da formação da muda de cana até a queima do etanol no motor do veículo), ocorre uma emissão líquida
de 309 kg/1000 l de etanol. O mesmo autor estudou a emissão líquida de CO2 da gasolina, desde
a extração do petróleo até a queima no motor dos veículos, estabelecendo uma emissão líquida
total de 3368 kg / 1000 l.
(http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/balanco-emissoes-co2-etanol-gasolina-combustivel-30-06-08.htm)
No caso do Grupo Viralcool, é possível, por meio do inventário, calcular as emissões efetivas para
a produção do etanol hidratado até sua estocagem. As emissões posteriores que se referem ao
transporte e queima de etanol hidratado no veículo são estimadas segundo Horta. A eficiência do
combustível fóssil em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em todo o seu ciclo de produção pode ser representada pela emissão evitada pelo uso do etanol hidratado produzido pelo
Grupo Viralcool e consumido nos motores flex da frota leve.
Os 431 milhões de litros de hidratado produzidos pelo Grupo Viracool nos anos de 2010 e 2011 foram responsáveis por substituir o consumo de 250 milhões de litros de gasolina. Isso permitiu que
738 mil toneladas de CO2 equivalentes fossem lançadas na atmosfera nesses dois anos.
ACV - Análise de Ciclo de Vida
Emissões (t CO2 eq)
Produção hidratado a partir de sacarose total (m3)
Emissões (kg CO2 eq / m3 etanol a partir de sacarose total)
Produção hidratado realizada (m3)
Emissões pela produção de hidratado (kg CO2 eq)
Gasolina substituída pelo etanol hidratado (m3)
Emissões (kg CO2eq / m3 GASOLINA)
Emissões pela produção e consumo GASOLINA (kg CO2 eq)
1
2
2010
2011
119.884108.931
485.447456.451
247
239
234.089197.974
57.809.57647.246.248
140.453118.784
3.368
3.368
473.047.051400.065.859
Emissões evitadas pelo uso do Etanol Hidratado (kg CO2 eq)415.237.475 352.819.611
Emissões evitadas pelo uso do Etanol Hidratado (kg CO2 eq)400.713.550 338.891.893
1. A partir das emissões calculadas pelo inventário, não considerando transporte e queima pelo motor.
2. Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira (NIPE / UNICAMP) http://www.biodieselbr.com/colunistas/gazzoni/balanco-emissoes-co2-etanol-gasolina-combustivel-30-06-08.htm
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61
Energia
A eficiência da conversão da energia solar em energia renovável é o principal diferencial competitivo do setor sucroenergético brasileiro com relação aos demais biocombustíveis. O Grupo Viralcool
contabilizará, a partir de 2012, a sua eficiência energética global, caracterizada pela relação de produção de energia renovável a partir de uma unidade de energia fóssil.
Outro importante indicador do uso sustentável da energia ocorre pela relação entre o que é consumido de fontes renováveis sobre o total do consumo de energia. No Grupo Viralcool, essa relação é bastante positiva, indicando que em 2010 o consumo de energia renovável pelo Grupo
representou 92% de toda a energia consumida e 94% no ano de 2011.
EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária.
RELAÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA RENOVÁVEL
Consumo Energia Primária Direta Renovável (GJ)
Consumo Energia Primária Direta Não Renovável (GJ)
TOTAL ENERGIA PRIMÁRIA DIRETA CONSUMIDA (GJ)
Renovável sobre o total
1º jan a 31 dez
de 2010
1º jan a 31 dez
de 2011
7.823.409
655.402
8.478.811
92%
8.796.938
581.542
9.378.480
94%
Fonte: Grupo Viralcool.
62
Relatório de Sustentabilidade
Com relação à capacidade do Grupo Viralcool em converter energia fóssil em bioenergia, foram
contabilizados todos os consumos energéticos, bem como todas as saídas de energia renovável.
A bioeletricidade e o etanol comercializados, bem como o bagaço vendido, foram convertidos em
unidades energéticas, gigajoule. Para que a energia do açúcar pudesse ser incluída no cálculo, a
quantidade produzida foi convertida em produção potencial de etanol e posteriormente convertida
em energia.
A partir dos cálculos realizados foi possível determinar a eficiência energética global do Grupo
Viralcool, que em 2010 foi de 15,8. Isso significa que para cada gigajoule de energia fóssil, o Grupo
conseguiu comercializar 15,8 gigajoule de energia renovável. Em 2011, com a redução do consumo
de diesel, foi possível obter uma eficiência um pouco maior, passando para 17,2 gigajoule de energia renovável por gigajoule de energia fóssil.
EN6: Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem
energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas
iniciativas.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA a. Não Renovável Consumida (GJ)
b. Renovável Comercializada (GJ)
c. Eficiência Energética
1º jan a 31 dez
de 2010
1º jan a 31 dez
de 2011
655.402
10.367.992
15,8
581.542
10.006.385
17,2
Fonte: Grupo Viralcool.
a. Considerando consumo de energia direta: gasolina, diesel, glp, lenha e energia elétrica da rede.
a. Considerando consumo de energia indireta na produção de nitrogênio, calcário, herbicidas e inseticidas.
b. Considerando etanol (a partir de sacarose total), energia elétrica a partir de bagaço e bagaço vendido.
c. Divisão de b/a.
Apesar de não possuir políticas internas de aquisição de produtos de menor emissão, o Grupo Viralcool calcula e publica as emissões indiretas de seus principais fornecedores, utilizando, nesse caso,
parâmetros padrão de emissões conforme BOX METODOLÓGICO.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Emissões (t CO2eq)
Nitrogênio (GJ)
Calcário (GJ)
Herbicida (GJ) Inseticida (GJ)
TOTAL (GJ)
2010
2011
119.884108.931
299
327
17
17
36.017
36017,5
1.606
1.634
37.939
37.995
Fonte: Grupo Viralcool.
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63
BOX METODOLÓGICO
Metodologia para o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa e Eficiência Energética.
Geral
ESCOPO: unidades do Grupo Viralcool, incluindo suas respectivas áreas agrícolas administradas.
DADOS: dados primários de consumo de recursos para as áreas de cana administrada.
Não considera dados de fornecedores de cana. Apenas cana administrada.
Escopo: do plantio e colheita das áreas administradas até a porteira da usina.
Emissões da queima da palha
14% de palha seca por tonelada de colmos de cana (Macedo e Seabra 2008).
Assume-se que 10% da palha não queimada fica no campo.
Fator assumido de emissão para N2O + CH4 = 0,8836 kgCO2e/kg de palha. Cálculo feito com base nos seguintes
fatores de emissão (IPCC 2006):
0,07 kg N2O / t matéria seca queimada
2,7 kg CH4 / t matéria seca queimada
GWP: para N20=298; para CH4=25
Palha no solo
14% de palha seca por tonelada de colmos de cana (Macedo e Seabra 2008).
Fator de emissão pelo N2O emitido: 0,0282 kg CO2eq/kg de palha deixada no solo (Macedo e Seabra 2008, ajustado
de acordo com GWP IPCC2006).
Assume-se que 5% da palha da cana colhida mecanicamente é levada à indústria e queimada nas caldeiras. Assim,
não há emissão de N2O nesses 5%.
Assume-se que 10% da palha da área colhida com queima permanece no campo, portanto, emite N20.
Diesel
Fator de emissão usado: (a)*(b)*(c)/1000
(a) 20,2 g de C / MJ de diesel
(b) 35,52 MJ / litro de diesel
(c)(Peso molecular do CO2 (44) / peso molecular do C (12))
Considerada apenas a emissão real do diesel, e não suas emissões no ciclo de vida.
Ureia
Considerada apenas a emissão de N.
Ureia tem emissão de CO2 também, porém é um carbono que foi capturado na sua produção. Assim, como na emissão
do bagaço, não é considerada essa emissão.
Vinhaça
Produção real de vinhaça (não produção estimada).
Fator de emissão pelo NO2 emitido: 0,002 kg CO2eq/kg de vinhaça aplicada (Macedo e Seabra 2008, ajustado de
acordo com GWP IPCC2006).
Torta de filtro
Fator de emissão pelo NO2 emitido: 0,0715 kg CO2eq/kg de torta de filtro (Macedo e Seabra 2008, ajustado de acordo
com GWP IPCC2006).
Queima da biomassa nas caldeiras
Uma vez que o CO2 emitido pela queima da biomassa da cana é reabsorvido no seguinte ciclo de crescimento da
planta, e seguindo recomendações do IPCC, as emissões de CO2 causadas pela queima de biomassa nas caldeiras não
são consideradas no inventário.
64
Relatório de Sustentabilidade
Compromisso nacional [4.11] [4.12] [4.14] [4.15]
Firmado pelo Governo Federal e entidades de trabalhadores e de empresários do setor sucroenergético em junho de 2009, o Compromisso é resultado de uma experiência inédita no Brasil de
diálogo e negociação nacional tripartite. As três unidades do Grupo Viralcool são signatárias do
Compromisso desde 2010.
Em 2012, as três unidades do Grupo se comprometem a
buscar a certificação de terceira parte, aumentando assim a credibilidade de que suas unidades adotam efetivamente as práticas preconizadas pelo Compromisso. O
Grupo Viralcool declara que não contrata nem fomenta a
contratação de mão de obra migrante.
Mediante adesão voluntária o Grupo Viralcool se compromete:
1. A contratar diretamente os seus trabalhadores para as atividades manuais de plantio e corte da
cana-de-açúcar, com registro em Carteira.
2. Utilizar a cláusula de experiência no contrato de trabalho somente uma única vez.
3. Eliminar a vinculação da remuneração dos serviços de transporte de trabalhadores da fiscalização à remuneração dos trabalhadores manuais.
4. Dispor de mecanismos de aferição da produção previamente acertados com as representações
dos trabalhadores no corte manual da cana-de-açúcar.
5. Informar o preço antecipadamente aos empregados e utilizá-lo para medição da cana-de-açúcar cortada.
6. Complementar o pagamento da diária correspondente ao piso salarial para os trabalhadores
que não alcançarem tal remuneração com sua produção do dia.
7. Adotar melhores práticas de gestão em saúde e segurança e valorizar a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural – CIPATR.
8. Fornecer gratuitamente Equipamento de Proteção Individual – EPI de boa qualidade com Certificado de Aprovação – CA.
9. Realizar esforço, em conjunto com trabalhadores, para adequação e melhoria de EPI ao trabalho
rural.
10. Realizar esforço, em conjunto com trabalhadores, para conscientizá-los sobre a importância do
uso de EPI.
11. Garantir a realização de duas pausas coletivas por dia, sendo uma no período da manhã e outra
à tarde.
12. Ter rigor no exame admissional, lançando mão de exames complementares sempre que o médico responsável entender necessário.
13. Promover campanhas informativas aos seus trabalhadores manuais sobre a importância da
reidratação.
14. Adotar, orientar e difundir a prática de ginástica laboral nas atividades manuais de plantio e
corte da cana-de-açúcar.
15. Melhorar as condições de atendimento médico aos trabalhadores do cultivo manual da canade-açúcar em situações de emergência.
16. Fornecer transporte seguro e gratuito aos trabalhadores para as frentes de trabalho no campo.
www.viralcool.com.br
65
17. Manter, para o transporte de trabalhadores, sistema de controle de acordo com a NR31 e as
normas legais de trânsito.
18. Fornecer gratuitamente recipiente térmico – marmita – que garanta condições de higiene e manutenção de temperatura e assegurar, nas frentes de trabalho, mesas e bancos para a realização
de refeições.
19. Estabelecer, em conjunto com entidades de trabalhadores, negociação coletiva de trabalho,
esgotando todas as possibilidades de acordo, e zelar pelo cumprimento das condições pactuadas.
20. Assegurar acesso aos locais de trabalho de dirigentes de sindicato.
21. Orientar os líderes de equipe sobre a importância do respeito às atividades sindicais.
22. Divulgar e apoiar ações relativas à educação, saúde, cultura, esporte e lazer nas comunidades
em que os trabalhadores estão inseridos.
23. Divulgar e orientar seus fornecedores de cana-de-açúcar a respeito dos termos deste instrumento e as boas práticas empresariais adotadas pela empresa.
Gestão do Desempenho Trabalhista (DMA LA)
Em 2009, as três unidades do Grupo se comprometeram a buscar a certificação Compromisso
Nacional, aumentando assim a credibilidade de que suas unidades adotam efetivamente as práti-
66
Relatório de Sustentabilidade
cas preconizadas pelo Compromisso. O Grupo Viralcool, juntamente com o seu departamento de
Gestão de Pessoas declara que não contrata nem fomenta a contratação de mão de obra migrante. Mediante adesão voluntária, o Grupo Viralcool se compromete a contratar a funcionários via
regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Todos os funcionários recebem os benefícios oferecidos pelo Grupo, independente do tipo de
contrato.
Preocupado com a saúde, educação e bem-estar de seus colaboradores, o Grupo mantém programas de educação, treinamento e aconselhamento, com o intuito de prevenção e controle de
riscos com relação a doenças. Para dar suporte às ações dos órgãos de saúde local, a empresa
inclui campanhas preventivas.
Treinamento e benefícios
O número de empregos gerados manteve-se estável nas últimas duas safras, foram mais de 3200
empregos diretos gerados e mantidos. O Grupo Viralcool não possui política de priorização de
contratação de mulheres, o que se reflete no baixo quadro das mesmas executando funções dentro das três unidades do Grupo. Todos os colaboradores do Grupo Viralcool são contratados de
acordo com o regime CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) e possuem livre iniciativa para
aderirem a sindicatos e representantes de classe. [LA4]
LA1 - Total de trabalhadores por tipo de emprego.
2010
Prazo por tempo determinado
Prazo por tempo indeterminado
AgrícolaIndústria
885
1542
247
543
Fonte: Grupo Viralcool.
2011
Prazo por tempo determinado
Prazo por tempo indeterminado
AgrícolaIndústria
878
219
1539
576
Fonte: Grupo Viralcool.
O Grupo Viralcool, preocupado com os a segurança dos seus funcionários com relação a transporte e logística procura sempre contratar colaboradores na microrregião em que suas unidades
estão inseridas. [LA1].
Os benefícios oferecidos a empregados de tempo determinado e indeterminado são os mesmos.
Todos os colaboradores recebem convênio médico, convênio odontológico, convênio com farmácias e ótica conveniada. [LA3]
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67
LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região.
Sexo
20102011
Masculino
Feminino
95%95%
5%5%
Fonte: Grupo Viralcool.
O Grupo investe na saúde, educação e bem-estar de seus colaboradores, mantendo programas de
educação, treinamento e aconselhamento, com o intuito de prevenção e controle de riscos com
relação a doenças graves. Para dar suporte às ações dos órgãos de saúde local, a empresa inclui
campanhas contra doenças graves (vírus H1N1, dengue, febre amarela, prevenção de câncer do
colo do útero e mama). [LA8]
Em todo o início de safra, o grupo realiza treinamentos com os colaboradores, abordando temas
como primeiros socorros, perigo de animais peçonhentos, e doenças sexualmente transmissíveis,
como a AIDS. Além disso, conta com o Programa Reabilita, parceria público-privada entre a Unidade Viralcool Pitangueiras e o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). [LA8]
Na unidade Pitangueiras, todos os colaboradores têm acesso à Ginástica Laboral durante o período de expediente. Em 2011, iniciou-se o Programa Inspiração, em parceria com o São Francisco
Saúde, visando o tratamento e orientação sobre os riscos do tabagismo. A destilaria Santa Inês,
em 2011, manteve o programa Indústria Saudável, em parceria com o SESI. [LA8]
Período: ABRIL A DEZEMBRO DE 2011
LA 10: Média de horas de treinamento por ano e por categoria funcional.
Categoria
Santa Inês
Colaboradores Horas
Analista
11
8
Administrativo
23
6
Especialista
10
3
Gerentes
Líderes
1
17
3
3
Pitangueiras
ColaboradoresHoras
219
4439
Fonte: Grupo Viralcool.
1512
13
3437
Agrícola
357
388
1.220154.179
Indústria
100
125
41639.910
68
Relatório de Sustentabilidade
LA8 Programa de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade, com
relação a doenças graves.
PROGRAMAS
TIPO DE
PROGRAMA
ATIVIDADES OCUPACIONAIS
DE ALTA INCIDÊNCIA OU
ALTO RISCO DE DOENÇAS
ESPECÍFICAS
OBSERVAÇÕES
TIPO DE
PROGRAMA
PCMSO
PREVENÇÃO
TODOS OS COLABORADORES
O PROGRAMA É
DESTINADO A TODOS
OS COLABORADORES
DA EMPRESA, TANTO
NA ÁREA INDUSTRIAL
COMO AGRÍCOLA
PROGRAMA DE
CONTROLE MÉDICO DE
SAÚDE OCUPACIONAL
PRIMEIROS
SOCORROS
TREINAMENTO
TRABALHADORES RURAIS
E AUXILIARES DO
SETOR INDUSTRIAL
O PROGRAMA
DE EDUCAÇÃO
E TREINAMENTO
É PASSADO NA
INTEGRAÇÃO ÀQUELES
QUE ESTÃO EM MAIOR
PROBABILIDADE DE
ACIDENTES
INSTRUÇÃO DE
PRESTAÇÃO DE
PRIMEIROS SOCORROS
USO DE
PSICOTRÓPICOS
TREINAMENTO
TREINAMENTO DE
INTEGRAÇÃO, PARA 100%
DOS COLABORADORES
O TREINAMENTO É
PASSADO A TODOS OS
COLABORADORES DA
EMPRESA
INSPIRAÇÃO
TRATAMENTO
TRABALHADORES FUMANTES
GINÁSTICA
LABORAL
PREVENÇÃO
TODOS OS COLABORADORES
PARTICIPAÇÃO
ESPONTÂNEA DOS
COLABORADORES
USO ABUSIVO DE
ÁLCOOL
ORIENTAÇÃO SOBRE
TABAGISMO
A GINÁSTICA LABORAL
É REALIZADA
PARA 100% DOS
COLABORADORES
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-
69
5. Indicadores
EN1 - Materiais usados por peso ou volume.
Definições:
• Materiais Diretos: que estão presentes no produto final.
• Materiais Não Renováveis: recursos que não se renovam em períodos curtos de tempo, tais como
minerais, metais, petróleo, gás, carvão etc.
Uso direto (toneladas)
Não renovável
20102011
Cal virgem
Ácido Sulfúrico
Enxofre
Soda Cáustica
Soda Cáustica 50%
Antiespumante
1.075
2.631
404
1.002
172443
115
549
967
544
212159
LA11 - PROGRAMAS DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS
Nas safras 2010/2011, nas unidades do Grupo, vários colaboradores participaram de programas de
formação e gestão de competências, por meio de cursos internos e externos ou bolsa de estudo.
No total foram investidos, somente em 2011, cerca de R$ 150.000,00 em programas de desenvolvimento de colaboradores, como:
•
Bolsa de Estudo
•
Ginástica Laboral
•
Telecurso
•
Programa Renovação
•
Auxiliar de Climatizador de Automóveis
•
Atendimento telefônico nas Empresas
•
Manutenção de Máquina de Costura Industrial
•
Curso de Atualização Roguista
•
Gestão Estratégica de Serviço Social e Benefícios
•
Operador de Motosserra
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71
Gestão de Desempenho Social (DMA HR)
A unidade Pitangueiras, desde 2009, recebeu o título de Empresa Amiga da Criança, da Fundação
ABRINQ; esse selo adquirido pela Viralcool Pitangueiras exige dos seus fornecedores a abolição
do trabalho infantil, para nao se romperem as relações comerciais.
Outra medida adotada pela Diretoria do Grupo Viralcool é com relação ao trabalho escravo, a
empresa abole o trabalho análogo ou forçado inclusive nas áreas de gestão de seus fornecedores.
O Grupo Viralcool possui suas três unidades signatárias do Compromisso Nacional, desde 2010,
acordo firmado voluntariamente, que tem a característica de aperfeiçoar e proporcionar melhorias
para os trabalhadores do setor sucroenergético.
HR3 - TOTAL DE HORAS DE TREINAMENTO PARA EMPREGADOS E POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS RELATIVOS A ASPECTOS DE DIREITOS HUMANOS RELEVANTES PARA AS OPERAÇÕES,
INCLUINDO O PERCENTUAL DE EMPREGADOS QUE RECEBERAM TREINAMENTO.
Não existe treinamento implantado em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos
humanos, porém, encontra-se em processo de elaboração do Código de Conduta para que essas
políticas, bem como os treinamentos relativos a elas, sejam implantados.
Para evitar casos de violação aos direitos humanos, todos os colaboradores do Grupo são contratados seguindo o regime da CLT, e a contratação do trabalho infantil é inadmissível.
HR6 - OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO DE RISCO SIGNIFICATIVO DE OCORRÊNCIA DE
TRABALHO INFANTIL E AS MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ABOLIÇÃO DO
TRABALHO INFANTIL.
A unidade Pitangueiras, desde 2009, recebeu o título de Empresa Amiga da Criança, da Fundação
ABRINQ.
Para receber esse selo, a empresa assumiu os seguintes compromissos:
• Não explorar o trabalho infantil e não empregar adolescentes em atividades noturnas, perigosas
e insalubres, respeitando a Lei 8.069/90;
• Alertar os fornecedores contratados que denúncia comprovada de trabalho infantil causará rompimento da relação comercial;
• Realizar ações de conscientização dos clientes, fornecedores e comunidade sobre os prejuízos
do trabalho infantil;
• Desenvolver ações em benefício da criança e do adolescente, filhos de funcionários nas áreas de
educação e saúde;
• Realizar ações sociais em benefícios de crianças e adolescentes das comunidades, conforme
valores estabelecidos pela fundação ABRINQ.
72
Relatório de Sustentabilidade
HR7 - OPERAÇÕES IDENTIFICADAS COMO DE RISCO DE OCORRÊNCIA DE TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO E AS MEDIDAS TOMADAS PARA CONTRIBUIR PARA A ERRADICAÇÃO DO TRABALHO FORÇADO OU ANÁLOGO AO ESCRAVO.
Não existe ocorrência de trabalho análogo ao escravo. Em terra em que a gestão pertence à empresa, os colaboradores são contratados diretamente.
Além disso, duas das três Unidades são signatárias do Protocolo Ambiental do Setor Sucroenegético Paulista, acordo voluntário firmado entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Secretaria
Estadual da Agricultura e UNICA. A mecanização da colheita, prevista no Protocolo, acabou incentivando fortemente a queda da violação.
Gestão de Desempenho Social Comunidade (DMA SO)
O Grupo Viralcool possui diversos projetos sociais destinados aos municípios e microrregiões
onde se encontra as suas unidades. Por meio do seu Departamento de Responsabilidade Social o
Grupo Viralcool monitora e avalia a necessidade dos projetos a serem implantados. Com relação
à gestão na comunidade e região que está inserido, o Grupo não possui uma metodologia para
evidenciar os impactos na comunidade.
Em parcerias com municípios, sindicados, entidades governamentais como o SESI e SENAR; por
meio desses considerados parceiros, o Grupo executa e mantém os seus projetos socioambientais.
A responsabilidade social do Grupo não comtempla práticas de concorrência desleal. O Grupo Viralcool respeita as suas concorrências de mercado e não desempenha nenhuma prática de truste
ou monopólio, uma evidência dessa atitude por parte da empresa é que no período que cobre o
relatório não houve nenhum incidente ou reclamação por uso dessas práticas.
SO1 - NATUREZA, ESCOPO E EFICÁCIA DE QUAISQUER PROGRAMAS E PRÁTICAS PARA AVALIAR E GERIR OS IMPACTOS DAS OPERAÇÕES NAS COMUNIDADES, INCLUINDO A ENTRADA,
OPERAÇÃO E SAÍDA.
Não há uma metodologia específica da empresa para avaliar os impactos nas comunidades.
Durante a operação, a empresa conta com projetos e programas, dirigidos pelo Departamento de
Responsabilidade Social.
Para atender as necessidades dos municípios, a unidade Pitangueiras mantém projetos e parcerias
como:
• PAF (Programa Atleta do Futuro): em 2011 atendeu 180 crianças de 06 a 11 anos.
• CORAL VOZES DO CAMPO: com 35 participantes - colaboradores e comunidade.
• CMDCA (Conselho Municipal dos Direito da Criança e Adolescente): Viradouro, Pitangueiras
e Terra Roxa.
• No total, foram investidos R$ 180.000,00.
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73
A Destilaria Santa Inês destinou, em 2010, um total de R$ 80.000,00 para entidades de Sertãozinho, por meio do CMDCA. Em 2011, foram doados R$ 143.000,00 para os mesmos fins.
Em Nova Independência (Viralcool - Castilho), foram doados, em 2010, R$ 60.000,00 e em 2011
R$ 80.000,00 para o CMDCA.
SO6 Valor total de contribuições financeiras em espécie para partidos políticos ou instituições
relacionadas, discriminado por país.
Em 2010 houve uma doação para partidos políticos no valor de R$ 900.200,00. Essa doação aten-
74
Relatório de Sustentabilidade
de as normas de contabilidade e está devidamente identificada nos livros fiscais de contabilidade
do Grupo Viralcool.
SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e
seus resultados.
No período coberto pelo relatório não houve nenhuma incidência de ações judiciais para as práticas de truste ou monopólio.
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75
Gestão Social
Construção de casas para funcionários
Em 2010, a unidade Castilho construiu um conjunto habitacional com 48 casas de 70 m2 cada,
em Nova Independência, destinada para aluguel de funcionários por um valor simbólico. Além
de todos os itens de infraestrutura urbana, o núcleo habitacional recebeu o asfalto custeado pela
empresa.
Parceria para execução de obras
Com o objetivo de garantir transporte da matéria-prima do campo para a indústria, dos ônibus
que transportam os trabalhadores e das máquinas utilizadas em vários setores da área agrícola,
o Grupo Viralcool mantém serviço constante de melhoria das estradas que cortam os canaviais e
principais acessos ao complexo industrial. Em 2010, a empresa investiu mais de R$500.000,00 em
obras de recape e operações tapa-buraco.
Em agosto de 2010, na estrada municipal que demanda ao vizinho município de São João, em
Castilho, a empresa investiu R$1,5 milhão para o projeto de pavimentação.
Curso de panificação
O Curso de panificação aconteceu na APAE de Pitangueiras em parceria com o SENAR e o Sindicato Patronal de Sertãozinho. Contou com a participação da comunidade, professores, familiares e
alunos da APAE.
Processamento artesanal de leite - 2010
Em parceria com o SENAR e Sindicato Rural de Bebedouro, a Viralcool Pitangueiras desenvolveu
o Curso de processamento artesanal de leite em Viradouro e contou com participação da comunidade, tendo como objetivo a manipulação da matéria-prima leite para o consumo familiar e uma
possibilidade de geração de renda. Os participantes aprenderam a transformar o leite em queijos,
iogurte, manteiga e doce de leite.
76
Relatório de Sustentabilidade
Telecurso e EJA
O projeto Novo Telecurso, desenvolvido em parceria com o SESI, atende cerca de 180 alunos,
entre colaboradores, dependentes e pessoas da comunidade, divididos entre ensino médio e fundamental, possui dois professores e uma biblioteca. Os alunos realizam diversas atividades extraclasses, como visitas às Feiras do Livro, Feiras de
Ciência e palestras com profissionais de diversas
áreas.
A empresa também desenvolve, junto ao SESI, o
Programa de Alfabetização Intensiva, destinado
aos seus colaboradores.
Desde o seu início, passaram pelo projeto cerca
de 800 alunos que já receberam seus diplomas,
motivo de orgulho para a empresa, que acredita
na educação como instrumento de mudança da
sociedade.
Material escolar
Auxílio financeiro na compra de material escolar aos filhos dos colaboradores, que estejam regularmente matriculados, com o objetivo de estimular o aluno em seus estudos e investir no processo educacional.
Creche – cuidando dessa colmeia
A Casa da Criança “Desembargador Dr. Euclides Custódio da Silveira” é uma entidade filantrópica
sem fins lucrativos, localizada no município de Viradouro. A finalidade da instituição é atender
crianças em regime de creche escola, com o objetivo de promover o seu bem-estar, prestando
serviços gratuitos.
A empresa foi convidada pela então diretoria da entidade como parceira no ano de 2006, desde
então, manteve doações mensais em espécie para cobrir as despesas, como folha de pagamento,
materiais de expediente, alimentação etc.
A empresa investiu na estrutura do local e em reformas necessárias para que o prédio fosse adequado às normas que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prioriza e exige para o
funcionamento de instituições de ensino, e para que pudesse oferecer mais conforto e segurança
aos atendidos. No ano de 2011, houve a municipalização dessa instituição.
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77
Comemoração ao dia da mulher
Pensando em promover igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, para atender a 3°
meta do Milênio, o Grupo Viralcool promoveu, nos anos de 2010 e 2011, a comemoração do Dia
Internacional da Mulher, com palestras voltadas ao público feminino e entrega de brindes.
Participou também de diversas campanhas para a saúde da mulher, assim como anualmente participa da campanha de prevenção de câncer de mama e colo do útero.
PROAMA
O PROAMA possui como meta desenvolver um programa em que se possa orientar jovens para a solidariedade, o respeito, assumindo sua cidadania, e trabalhando seu papel como membro de comunidade,
ciente de seus direitos e deveres, buscando garantir
seu distanciamento consciente da violência, drogas,
e marginalidade, formando também cidadãos comprometidos com a Educação Ambiental e questões
ligadas ao Meio Ambiente, bem como capacitando-os
para o mercado de trabalho, criando alternativas para
seu desenvolvimento e sustentabilidade econômica.
Possui também a meta de capacitar jovens, oferecendo-lhes oportunidades de envolvimento e
conhecimento dos mais diversos setores vinculados ao meio ambiente: agroindústria, agricultura
familiar, piscicultura, operação de equipamentos industriais, guias de turismo e pesca esportiva,
artesanato, operacionalização de viveiros de mudas nativas e comerciais, industrialização e comercialização de produtos para agregação de valores, contribuindo diretamente para sua inclusão
social, por meio de sua formação profissional.
Projeto inclusão digital
Em parceria com a APAE de Viradouro, a unidade de
Pitangueiras realiza o projeto de Inclusão Digital, oferecendo curso básico de informática.
Tendo como público-alvo os alunos da entidade, seus
familiares, colaboradores da empresa e seus dependentes, a empresa busca preparar todos os envolvidos
para o mercado de trabalho atual, possibilitando uma
melhoria na qualidade de vida.
78
Relatório de Sustentabilidade
Projeto Pró-Nascer e Bebê a Bordo
Destinado a gestantes, o projeto Pró-Nascer é um curso de apoio, realizado pela unidade Pitangueiras em parceria com as Prefeituras Municipais, Secretaria de Assistência Social, Fundo
Social de Solidariedade, Pastoral da Criança e Departamento de Medicina Preventiva dos planos
de Saúde São Francisco.
O objetivo do curso foi oferecer orientação às gestante das comunidades de Viradouro e Pitangueiras, contribuindo para que tenham melhores condições de entender suas mudanças físicas
e psicológicas, além de uma avaliação dos bebês por profissionais da saúde preventiva. Dividido
em módulos, que vão desde a importância do pré-natal até os cuidados com o recém-nascido, no
fechamento do programa as participantes recebem kits de enxoval.
Embora não tenha acontecido o mesmo programa na Destilaria Santa Inês, em todo nascimento
de filhos de colaboradores, foram entregues kits de enxoval.
Amigos da doação de sangue
A empresa estabeleceu, desde o ano de 2000, parceria com o Hemocentro de Ribeirão Preto, em
que recebeu o título “Amigos da Doação de Sangue”.
A unidade Pitangueiras promove e incentiva a doação de sangue entre seus colaboradores. Além
de manter cadastro de todos os doadores, a empresa oferece transporte para levá-los até o local
da coleta e realiza, todo ano, o “Dia do Doador”, um evento para esclarecimento e incentivo à doação de sangue.
A Destilaria Santa Inês organiza doações de sangue para Sertãozinho.
Programa Jovem Aprendiz Rural
Desenvolvido em parceria da unidade Pitangueiras com o SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, tem o objetivo de proporcionar uma formação teórica e prática na área da agricultura para adolescentes de 14 a 17 anos. Na área agrícola
são aplicadas aulas práticas e teóricas sobre criadouros,
culturas, plantio e colheitas, a área pedagógica, trabalha
no sentido de ajudar o jovem a se conhecer melhor, se
desenvolver e a trabalhar em grupo, conta também com
aulas de educação física, com profissional da área.
Os alunos também realizam visitas técnicas em viveiros,
feiras agrícolas, participam de palestras educativas, com
temas como segurança no trabalho, saúde, leis trabalhistas. A questão ambiental e a importância da preservação
também são discutidas e trabalhadas pelos instrutores.
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79
Gestão Ambiental
Programa Adolescente Ambiental
Na unidade de Castilho, a empresa, por meio da parceria firmada com a Econg - Entidade Ambiental de Defesa do Meio Ambiente, mantém atualmente 15 jovens no PROAMA.
Ele foi criado em 2007, visando a capacitação e educação de jovens da Castilho, com curso intensivo sobre o meio ambiente.
O projeto oferece oportunidade de envolvimento com os mais diversos setores vinculados ao
meio ambiente: educação ambiental, agroindústria, agricultura orgânica, viveiro de mudas, operação de maquinários industriais, voltados para a inclusão social e capacitação profissional.
O projeto funciona com rodízio anual, para poder atender a todos os interessados.
Mutirão do Lixo Eletrônico
O lixo eletrônico, “e-lixo”, é um dos grandes problemas enfrentados pelo nosso país, pois, caso
não seja descartado adequadamente, segue para os aterros sanitários e pode comprometer, com
metais pesados, a qualidade dos mananciais de água, causando vários tipos de doenças e diminuindo a vida útil dos aterros.
O Grupo Viralcool recebe e destina corretamente todo o lixo eletrônico gerado pela própria empresa e de seus colaboradores, enviando esse tipo de resíduo a empresas que fazem a triagem e
descontaminação desse material.
Coleta Seletiva
Sabendo que diversos tipos de resíduos podem gerar renda e serem reaproveitados como matéria-prima para outros produtos, o Grupo implantou a coleta seletiva. Dentro de vários setores,
foram distribuídas lixeiras identificadas para que a coleta seja efetuada. Na unidade Pitangueiras,
o material é destinado à prefeitura Municipal de Viradouro, onde passa pela triagem e posteriormente é vendido. Em Castilho e na Destilaria Santa Inês, o material é separado e posteriormente
cedido a catadores de materiais reciclados.
Reflorestamento obrigatório e voluntário
O Grupo Viralcool administra o plantio de mudas de árvores em áreas de preservação permanente
e no entorno das nascentes de córregos e rios. Para isso, conta com um viveiro próprio de árvores
nativas. A empresa também colabora com os municípios vizinhos, fazendo doações de mudas e
saquinhos para contribuir com a arborização urbana. A unidade Castilho, até 2010, efetivou o plantio de quase 100 mil mudas, de acordo com os projetos técnicos aprovados pelo DEPRN.
80
Relatório de Sustentabilidade
Projeto Ambiental 3Rs
Em 2010, a unidade Pitangueiras implantou o projeto 3Rs (reduzir, reutilizar e reciclar). Mesmo sabendo que vários resíduos podem e devem ser reciclados, é preciso ter consciência, em primeiro
lugar que, para que se possa criar um ambiente mais limpo, o mais importante é o primeiro R do
projeto - REDUZIR.
A implantação do projeto 3Rs iniciou-se com a substituição de copos descartáveis por canecas
plásticas individuais, fazendo com que o consumo de resíduos diminuísse e, como consequência,
menos lixos serão descartados.
Em 2011, a Destilaria Santa Inês aderiu ao mesmo projeto. Diversos setores da empresa já usam as
canecas. Além dos setores, a empresa estendeu o projeto para os seus programas sociais.
Para um bom funcionamento do programa, os colaboradores passaram por um treinamento, em
que puderam entender que pequenas ações podem contribuir de forma positiva para o meio
ambiente.
Viveiros de mudas
Também na unidade Castilho, a empresa mantém, desde 2004, o viveiro de mudas. Com produção anual
entre 20 e 30 mil mudas de espécies
nativas e frutíferas da região, o viveiro torna-se um forte parceiro do
meio ambiente.
Dia Mundial do Meio Ambiente e SIPAT
A unidade Pitangueiras, em 2010, para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, fez a doação
de cerca de 300 mudas de Oiti para a Prefeitura Municipal de Viradouro. Também, no mesmo ano,
a empresa entregou a todos os seus colaboradores sacolas de lixo para carros (lixocar), uma forma de evitar que o lixo seja despejado em vias públicas.
Por sua vez, Castilho contou com a plantação de mudas, junto com os alunos de escolas municipais.
Em 2011, a empresa contou com palestras voltadas para a questão ambiental nas três unidades do
Grupo, contribuindo assim para a formação de cidadãos conscientes.
Outra forma de agregar valor ambiental: em sua Semana Interna de Prevenção de Acidentes de
Trabalho, a empresa conta com palestras e cursos ambientais.
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81
CERETAS – Centro de Recuperação e Triagem de Animais Silvestres.
A unidade Castilho apoia o Centro de Recuperação e Triagem de Animais Silvestres - CERETAS,
que tem a finalidade de recepcionar, triar e tratar os animais silvestres resgatados ou apreendidos
pelos órgãos fiscalizadores. Os trabalhos implicam no registro de entrada de cada animal, além de
verificar o seu habitat e alojá-los em local adequado para tratamento.
Levantamento de Fauna e Flora
A unidade Pitangueiras já firmou um convênio de parceria com o Centro Universitário UNIFAFIBE
de Bebedouro, por meio do curso de Ciências Biológicas, em que os estagiários realizarão o levantamento da fauna e flora de fragmentos florestais.
Esse levantamento é importante para checar se alguma espécie de planta ou animal encontra-se
em risco de extinção. Serão catalogadas várias espécies e o trabalho, que acrescenta valor ambiental, continua em funcionamento.
Educação Ambiental
As ações de Educação Ambiental têm
como objetivo a implantação de propostas
que envolvam o trabalho e conceito (fatos
e princípios), procedimentos (conjunto de
habilidades a serem desenvolvidas e modos de apreender o conhecimento) e atitudes (forma de se relacionar com o mundo).
Dessa forma, enfatiza-se a problemática
do ambiente rural, incentivando a adoção
de posturas de conservação, de preservação e de interferência benéfica ao meio
ambiente.
Outro aspecto importante a considerar são
os envolvimentos dos funcionários e colaboradores na discussão das questões ambientais ligadas ao meio rural e a divulgação das ações ambientais da empresa para
a comunidade local.
Para isso, todos os colaboradores da empresa são informados e participam de cursos e palestras
relacionados ao meio ambiente, que tem por finalidade conscientizar a todos sobre os problemas
que se pode causar ao ambiente. Também foi realizada Educação Ambiental externa, em que comunidades puderam saber em quais ações ambientais o Grupo Viralcool está envolvido.
82
Relatório de Sustentabilidade
Gerenciamento de resíduos industriais
A Viralcool dispõe de programas imprescindíveis para o exercício de seu plano de Gerenciamento de Resíduos, opta por alternativas de reuso, reciclagem, tratamento e disposição. Para tanto,
elabora um banco de dados com informações técnicas, proporcionando a sinergia de comercialização e reuso.
O gerenciamento dos resíduos gerados pela atividade sucroalcooleira, proposto pela resolução
CONAMA 313/02, por meio do inventário de resíduos sólidos, é composto pelas seguintes ações:
geração, armazenamento, tratamento, reutilização, reciclagem/recuperação e disposição final.
Tendo como objetivo atender as normas da CETESB, a empresa destina atualmente os seus resíduos, gerados na indústria e na agrícola.
Os principais são a vinhaça, resultado da destilação do etanol e a água usada na lavagem da cana,
que são utilizados na irrigação do solo, durante o plantio da cana.
Outro resíduo é a torta de filtro, proveniente da filtragem do caldo da cana e das cinzas da caldeira
produzidas durante a queima do bagaço, usado na lavoura da cana como fertilizante orgânico, rico
em nutrientes.
Também o próprio bagaço, obtido após a moagem da cana, que é queimado na caldeira, além de
não poluir o meio ambiente, gera energia que abastece toda a usina e é comercializado.
Gerenciamento de resíduos diversos
Diversos tipos de resíduos são gerados pela empresa, como, por exemplo: baterias, pneus, tambores, óleos, lixo seco e molhado, destinação de EPIs, destinação final de retalho e estopa, destinação final de lâmpadas e resíduos ambulatoriais. Todos esses resíduos são gerenciados e destinados às empresas certificadas para receber esse tipo de produto.
Por meio da destinação correta de seus resíduos, a Viralcool adquiriu o CADRI - Certificado de
Movimentação de resíduos de Interesse Ambiental, emitido pela CETESB.
O Grupo se dispõe a cooperar com a preservação do meio ambiente, na busca do despertar da
consciência por um objetivo maior, demonstrando a devida importância da gestão e do gerenciamento adequados dos resíduos sólidos e todos os aspectos relacionados a essa questão.
O Grupo Viralcool executa e administra os seus projetos socioambientais, visando atender prontamente às metas do milênio propostas pela ONU – Organização das Nações Unidas. A ONU,
ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no
Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015.
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83
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI[3.12]
Área
Aspecto
1. Perfil
Palavra
Presidente
Descrição
Estratégia e análise
Nome da organização
2. Perfil
organizacional
Perfil do relatório
3. Parâmetros relatório
Escopo e limite
Sumário conteúdo
Verificação
Governança
4. Governança
Compromissos
Engajamento
Iniciativas externas
Engajamento stakeholders
84
GRI
Nível
Pg.
Página
10
1.1
ABC
1.2
AB
11
2.1
ABC
25
Marcas
2.2
ABC
27
Estrutura operacional
2.3
ABC
26
Localização
2.4
ABC
25,26
Países
2.5
ABC
26
Natureza jurídica
2.6
ABC
47
Mercados
2.7
ABC
27
Porte
2.8
ABC
28
Mudanças
2.9
ABC
48
Prêmios
2.10
ABC
33
Período coberto
3.1
ABC
35
Data último
3.2
ABC
35
Ciclo
3.3
ABC
35
Contato
3.4
ABC
35
Definição conteúdo
3.5
ABC
39,43
Limite
3.6
ABC
36
Limitações e exclusões
3.7
ABC
36
Operações terceirizadas
3.8
ABC
N/A
Técnicas medição
3.9
AB
36
Reformulações
3.10
ABC
37
Mudanças significativas
3.11
ABC
37
Índice remissivo
3.12
ABC
N/A
N/A
Terceira parte
3.13
ABC
Estrutura
4.1
ABC
45
Diretor executivo
4.2
ABC
48
48
Administração unitária
4.3
ABC
Recomendações
4.4
ABC
48
Remuneração
4.5
AB
48
Conflitos interesse
4.6
AB
45
Gestão das qualificações
4.7
AB
48
46
Código conduta
4.8
AB
Gestão desempenho sócioambiental
4.9
AB
49
Autoavaliação governança
4.10
AB
N/A
Princípio precaução
4.11
AB
53,57,65
Cartas, princípios externos
4.12
AB
40,53,57
Participação em associações
4.13
AB
40
Relação das partes interessadas
4.14
ABC
40,53,57,65
Processo de identificação
4.15
ABC
40,53,57,65
Abordagem e gestão
4.16
AB
46
Materialidade temas
4.17
AB
47
Relatório de Sustentabilidade
Justificativa
Desempenho Econômico
5. Protocolo de
indicadores
Desempenho econômico
Presença mercado
Impactos econômicos
indiretos
Materiais
Energia
Água
Bio diversidade
5. Protocolo de
indicadores
Desempenho ambiental
Emissões, efluentes e
resíduos
Produtos serviços
Conformidade
5. Protocolo de
indicadores
Práticas trabalhistas
Valor econômico direto
EC1
Ess.
Risco e oportunidades mudança climática
EC2
Ess.
14,29,30
N/A
Pensão e benefícios
EC3
Ess.
N/A
Ajuda governo
EC4
Ess.
N/A
Proporção menor salário e mínimo local
EC5
Adic.
N/A
Proporção gasta com fornecedores locais
EC6
Ess.
N/A
Proporção membros locais
EC7
Ess.
N/A
Impacto de investimento em benefício público
EC8
Ess.
31
Descrição impactos indiretos
EC9
Adic.
N/A
12,71
Usados
EN1
Ess.
Provenientes reciclagem
EN2
Ess.
N/A
Consumo energia direta
EN3
Ess.
12,62
Consumo energia indireta
EN4
Ess.
12
Energia economizada
EN5
Adic.
N/A
Iniciativas fornecer produtos baixa energia
EN6
Adic.
12,63
Redução energia indireta
EN7
Adic.
N/A
Total retirado fonte
EN8
Ess.
12,57
Fontes afetadas
EN9
Adic.
N/A
Reciclada reutilizada
EN10
Adic.
12
Localização e tamanho de áreas protegidas
EN11
Ess.
13,56
Impactos significativos áreas protegidas
EN12
Ess.
13,56
Habitats protegidos restaurados
EN13
Adic.
N/A
Gestão impactosbio diversidade
EN14
Adic.
N/A
Espécies lista vermelha
EN15
Adic.
N/A
Emissões diretas e indiretas GEE
EN16
Ess.
12,60
Outras emissões indiretas
EN17
Ess.
N/A
Iniciativas reduzir GEE
EN18
Adic.
13,55
N/A
Substâncias destruidoras camada ozônio
EN19
Ess.
NOx, SOX e outras emissões
EN20
Ess.
13
Descarte água por qualidade
EN21
Ess.
N/A
Resíduos por peso
EN22
Ess.
N/A
Derramamentos significativos
EN23
Ess.
N/A
Resíduos perigosos
EN24
Adic.
N/A
Corpos d’água afetados
EN25
Adic.
N/A
Mitigação de impactos
EN26
Ess.
N/A
% embalagens recuperadas
EN27
Ess.
N/A
Multas
EN28
Ess.
N/A
Transporte
Impactos significativos transporte
EN29
Adic.
N/A
Geral
Investimentos e gastos em proteção
EN30
Ess.
N/A
Tipo de emprego e contrato de trabalho
LA1
Ess.
14,28,67
Emprego
Taxa de rotatividade
LA2
Ess.
14,68
Benefícios
LA3
Adic.
67
Empregados abrangidos por acordo coletivo
LA4
Ess.
67
Trabalhadores e governança
Saúde e segurança no
trabalho
Prazo mínimo para notificação com antecedência
LA5
Ess.
N/A
Representação de empregados nos comitês
LA6
Adic.
N/A
Taxa de lesões, doenças ocupacionais, dias
perdidos, absenteísmos e óbitos
LA7
Ess.
N/A
Assistência a doenças graves
LA8
Ess.
68,69
Acordos sindicatos
LA9
Adic.
N/A
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85
Treinamento educação
5. Protocolo de
indicadores
Práticas trabalhistas
Diversidade igualdade
oportunidades
Práticas de investimentos e
processos de compras
5. Protocolo de
indicadores
Direitos humanos
Ess.
LA11
Adic.
14
71
Análise desempenho
LA12
Adic.
N/A
Composição governança
LA13
Ess.
N/A
Proporção salário base homens e mulheres
LA14
Ess.
N/A
Contratos cláusula direitos humanos
HR1
Ess.
N/A
HR2
Ess.
N/A
Treinamento direitos humanos
HR3
Adic.
72
Não discriminação
Casos de discriminação e as medidas adotadas
HR4
Ess.
15
Liberdade Associação
Risco ao direito de exercer a liberdade associação
HR5
Ess.
N/A
Trabalho infantil
Risco de ocorrência trabalho infantil
HR6
Ess.
72
Trabalho forçado
Risco de ocorrência trabalho forçado
HR7
Ess.
73
Práticas segurança
Equipe segurança treinada em DH.
HR8
Adic.
N/A
Direitos indígenas
Casos de violação de direitos indígenas
HR9
Adis.
N/A
Comunidade
Gestão impactos na comunidade
SO1
Ess.
73
Avaliações de riscos relacionados à corrupção
SO2
Ess.
N/A
Colaboradores treinados nas práticas
anticorrupção
SO3
Ess.
N/A
N/A
5. Protocolo de
indicadores
Desempenho social
Políticas públicas
Medidas e respostas tomadas nos casos corrupção
SO4
Ess.
Posição da organização quanto ao lobby
SO5
Ess.
N/A
Contribuição financeira àspolíticas públicas
SO6
Adic.
15,74
Concorrência desleal
Número de ações por concorrência desleal
SO7
Adic.
75
Conformidade
Multas
SO8
Ess.
N/A
Saúde e segurança cliente
Rotulagem de produtos e
serviços
Comunicação de marketing
Conformidade
86
LA10
Gestão fim de carreira
Fornecedores avaliados
Corrupção
5. Protocolo de
indicadores
Responsabilidade sobre o
produto
Horas treinamentos
Análise ciclo vida relacionado à saúde segurança
PR1
Ess.
17
Casos de não conformidade
PR2
Adic.
N/A
Tipos de rotulagens obrigatórias
PR3
Ess.
17
Casos de não conformidade relacionados à
rotulagem
PR4
Adic.
N/A
Resultados de pesquisa de satisfação de clientes
PR5
Adic.
17
Códigos de comunicação
PR6
Ess.
18
Casos de não conformidade de comunicação
PR7
Adic.
N/A
Reclamações violação privacidade cliente
PR8
Adic.
N/A
Multas
PR9
Ess.
18
Relatório de Sustentabilidade
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