Luiz Bevilacqua
“Brasil
Brasil deveria voltar atenção
para pesquisa marítima"
marítima
Engenheiro Civil, com especialização em Pontes e Grandes Estruturas (Stuttgart, Alemanha) e PhD em
Mecânica Teórica e Aplicada (Stanford University, EUA), Luiz Bevilacqua considera muito difícil dar
seguimento ao Programa Espacial Brasileiro conforme proposto inicialmente.
inicialmente “O programa brasileiro
completo atualmente não tem sustentação tecnológica, não dispõe de recursos adequados e fica cada vez
mais distante do avanço em andamento em
em outros países. O programa espacial talvez tenha alguma
chance no desenvolvimento de satélites artificiais caso consiga os investimentos necessários e a formação
de pessoal capacitado no setor”, declara o engenheiro,, que foi diretor da Agência Espacial Brasileira
Br
(AEB),
entre 2003 e 2004, e ocupou também o cargo de secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI) (1990-1993).
Para o desenvolvimento nacional, Luiz Bevilacqua defende uma mudança
mudança de rota. A criação de um novo
programa: “Operação Netuno”. “Devemos caminhar para algo novo. Explorar as riquezas armazenadas nos
oceanos. Hoje, temos projetos importantes na área de produção de petróleo. Poderíamos investir para criar
outros programas para
ara pesquisar o fundo do mar, e desenvolver tecnologia autóctone.
autóctone Podemos avançar
nessa área onde ainda há pouca pesquisa”,
pesquisa preconiza Bevilacqua, que ao longo de sua carreira,
carreira além de
uma vasta atuação como pesquisador e gestor da área científica e tecnológica, realizou grandes obras na
engenharia, na administração acadêmica
acadêmic e como docente afirma ter orgulho de seus orientandos.
Na Engenharia, atou no projeto
rojeto de tubulações e vasos de pressão para
para as Usinas Nucleares de Angra, na
coordenação do Projeto de Veículos de Operação Remota (Coppetec-Petrobras)
(Coppetec Petrobras) e no projeto das pontes
entre Assunção e Encarnação,, no Paraguai,
Paraguai entre outros.
Como professor,, ministrou aulas no Departamento de Mecânica Aplicada
Aplicada UFRJ e da COPPE/UFRJ, na
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio),
(PUC
), no Laboratório Nacional de Computação
Científica (LNCC/MCTI) e foi Professor Visitante TU Hamburg-Harburg,
Hamburg
, Alemanha. Na área de
administração acadêmica, foi diretor
iretor do Departamento de Pós-Graduação da LNCC;
LNCC coordenador da
comissão de implantação da Universidade Federal do ABC, onde assumiu a reitoria entre 2005 e 2008.
Participou do comitê de implantação do IAI Inter-American
Inter American Institute for Global Change Research (19922002),, ocasião em que comprovou a importância da interdisciplinaridade para resolver os novos desafios
científicos. Destaca a grande alegria e orgulho que teve na orientação de Mestres e Doutores, que hoje se
sobressaem na comunidade acadêmica.
A criação da UFABC é uma de suas realizações que lhe traz maior satisfação. Para o professor, essa
universidade representa hoje o caminho para a educação do futuro. Na instituição a interdisciplinaridade é
uma realidade desde o início do curso. “Essa é uma universidade
universidade nova com outro perfil. Tivemos a
oportunidade de criar uma experiência, que acredito não seria possível em uma instituição já em
andamento”, avalia. Atualmente, o professor, que já recebeu diversos títulos e homenagens, dedica-se
dedica
a
orientação de tesess e a realização de palestras. Nas horas vagas, Bevilacqua, que estudou
estudo piano e jogou
vôlei na juventude, aproveita para colocar a leitura em dia e ouvir música.
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