4º Ano
Unidade 1 – O Universo
Plano de Aula 7
Lixo espacial e clima espacial entram
na pauta da ONU
Lixo espacial
O crescimento de volume do lixo espacial e o possível impacto das explosões solares na
operação dos satélites artificiais marcaram as discussões na 47ª Sessão do Subcomitê Científico
e Técnico do Comitê para Usos Pacíficos do Espaço Externo (COPUOS, sigla em inglês), órgão
da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento se realizou de 8 a 19 deste mês, em Viena,
capital da Áustria, com a participação dos países envolvidos em programas espaciais.
Para o representante da Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT) no encontro, Himilcon
Carvalho, a reunião anual colocou em pauta assuntos importantes nos aspecto da sustentabilidade
e segurança da atividade espacial e que exigem cooperação internacional.
Entre eles, as questões que envolvem a problemática dos resíduos que orbitam o planeta. Um
conjunto de objetos, como satélites desativados e sobras de missões espaciais, que colocam em
risco a própria atividade, aumentando a possibilidade de acidentes e colisões.[...]
Recolhimento de lixo espacial
Na avaliação do diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, um dos
principais avanços nesta área foi a divulgação oficial das diretrizes para a mitigação dos detritos
espaciais.
Uma das orientações repassadas aos países é pela adoção da reentrada controlada dos
satélites na atmosfera em direção à Terra ao fim da vida útil, para que sejam destruídos pela
própria atmosfera e caiam no mar.
Além de recomendações para a utilização de mecanismos que evitem o descarte de peças
no espaço nas missões espaciais e a destruição e explosões dos satélites. Iniciativas que podem
aumentar a quantidade de detritos na órbita terrestre.
Clima espacial
As diretrizes serão repassadas às instituições ligadas à área no Brasil, mas, na opinião do
diretor da AEB, cada país deve adequá-las à sua própria realidade.
“Daí a necessidade de se ter um entendimento comum e de se gerar essas diretrizes
internacionais, obviamente, cada país deve obedecer na medida do possível e verificar a
possibilidade de incluí-las nos programas e futuros satélites e foguetes”, esclarece, lembrando
que algumas ações ainda são caras, complexas e tecnologicamente inviáveis, principalmente,
no caso de pequenos satélites e para países com pouca experiência em programas espaciais.
4º Ano
Unidade 1 – O Universo
Plano de Aula 7
As discussões sobre o clima espacial e estudos das relações entre o Sol e a Terra também
tiveram espaço na reunião do Copous. As explosões solares, por exemplo, liberam grande
quantidade de partículas e radiações que podem provocar falhas em satélites, linhas de
transmissão elétrica e riscos para a vida humana.[...]
“Essa energia chega à Terra com uma capacidade enorme e nós não temos capacidade de
prever isso. Então, há um esforço em se criar essa forma de previsão. Um documento sobre
sustentabilidade deve ser divulgado em três anos”, afirma Carvalho.
Para ele foi interessante o Brasil estar ao lado dos países que estão à frente em relação
aos programas espaciais e tecnologia, em especial, para discutir temas relacionados à
sustentabilidade da atividade espacial em longo prazo, além de trocar informações e apresentar
o resultado do programa espacial brasileiro e projeções.[...]
Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lixo-espacial-climaespacial-entram-pauta-onu&id=020175100225>. Acesso em: 7 mar. 2011.
Download

Lixo espacial e clima espacial entram na pauta da