ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL
FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HABILITAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS
DISCIPLINA: ADMINISTRAÇÃO DE AGRONEGÓCIOS
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
E
TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO DE SOJA
NO BOLSÃO SULMATOGROSSENSE
TRÊS LAGOAS
2005
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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA REALIZADA NO CENTRO
EXPERIMENTAL DE CULTIVARES DE SOJA NO MUNICÍPIO DE
BRASILÂNDIA ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
Data: 19 de fevereiro de 2005-03-11
EQUIPE (curso de administração em agronegócio)
ANA PAULA D. FERREIRA
ARIANE RIBEIRO GONÇALVES
BRUNA CAROLINE B. MARCOLINO
EMERSON D. DIAS
FERNANDO BRITO VIEIRA
FRANCIOLLI Q. LEAL
IRINEU A. JUZEMAR JR.
LARISSA MONTEIRO MARQUES
LUCIANO BRITO DIAS
MARLI MARA DE SOUZA ARAUJO
SERGIO ALVES CAMARGO
VARTEIR J.P. SILVA
CURSO DE MARKETING
VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
LUCIANE COSTA SILVA
COORDENADOR
Prof: Faustino Pereira Filho
PESQUISADORES RESPONSÁVEIS
MARIA DO ROSÁRIO DE OLIVEIRA TEIXEIRA
(EMBRAPA AGROPECUÁRIA OESTE)
PAULO CÉZAR CARDOSO
(FUNDAÇÃO VEGETAL)
PALESTRANTES
DR. ANDRÉ LUIZ MELHORANÇA
(PESQUISADOR EMBRAPA OESTE)
COORDENADOR DO EVENTO
SINDICATO RURAL DE BRASILÂNDIA
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ACADÊMICOS DA AEMS NO DIA DE CAMPO EM BRASILÂNDIA
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I. INTRODUÇÃO
Origens
A soja (glycine max (L.) Merrill) que hoje é cultivada mundo afora, é muito diferente
dos ancestrais que lhe deram origem: epécies de plantas rasteiras que se
desenvolviam na costa leste da Àsia, pricipalmente ao longo do Rio Amarelo, na
China. Sua evolução começou com o aparecimento de plantas oriundas de
cruzamentos naturais, entre duas espécies de soja selvagem, que foram
domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China. Sua importância na dieta
alimentar da antiga civilização chinesa era tal, que a soja, juntamente com o trigo, o
arroz, o centeio e o milheto, era considerada um grão sagrado, com direito a
cerimoniais ritualísticos na época da semeadura e da colheita. Em meados dos anos
60, enquanto a área cultivada para a produção de grãos crescia de forma
exponencial, não apenas nos EUA, como também no Brasil.
O desenvolvimento da soja no Brasil iniciou-se quando os primeiros materiais
genéticos foram introduzidos e testados no Estado da Bahia,
em 1882. O
germoplasma fora trazido dos Estados Unidos da América(eua), não era adaptado
para as condições de baixa latitude daquele estado (latitude de 12ºS), e não teve
êxito na região. Uma década mais tarde (1891), novos materiais foram testados para
as condições do estado de São Paulo (latitude de 23ºS) onde teve relativo êxito na
produção de feno e grãos. Em 1900, a soja foi testada no Rio Grande do Sul, o mais
setentrional dos estados brasileiros (latitudes
28ºS a 34ºS), onde as condições
climáticas são similares àquelas prevalentes na região de origem dos materias
avaliados (sul dos EUA). Assim como ocorreu nos EUA, durante as décadas de 1920
a 1940, as primeiras cultivares de soja introduzidas no Brasil foram estudadas, mais
com o propósito de avaliar seu desempenho como forrageiras, do que como plantas
produtoras de grãos para a indústria de farelos e óleos vegetais.
Em 2004, o Brasil figura como o segundo produtor mundial, responsável por 52, das
194 milhões de toneladas produzidas em nível global ou 26,8% da safra mundial.
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1.2 Objetivo
A matéria é destinada a profissionais da área de Assistência Técnica e Extensão
Rural e acadêmicos, atuando em instituições oficiais e empresas privadas do
agronegócio da soja. Constitui-se em um conjunto de informações que visam
subsidiar o desenvolvimento sustentável da cultura da soja, cabendo aos técnicos
locais fazerem os necessários ajustes e as adaptações do conteúdo aqui
apresentado.
1.3 Justificativa
Pela sua representação institucional e abrangência, as Tecnologias de Produção
de Soja – Região do Bolsão Sul Matogrossense – 2005 objetivam o
gerenciamento eficiente através da indicação de tecnologias visando reduzir riscos e
custos e aumentar produtividade, fundamentais para a participação do sojicultor em
mercados cada vez mais globalizados e competitivos.
II. REVISÃO DE LITERATURA
1.1 Causas da expansão
Muitos fatores contribuíram para que a soja se estabelecesse como uma importante
cultura, primeiro no sul do Brasil (anos 60 e 70) e, posterirmente, nos Cerrados do
Brasil Central (anos 80 e 90). Alguns desses fatores são comuns a ambas as
regiões,
outros
não.
Dentre
aqueles
que
contribuíram
para
seu
rápido
estabelecimento na Região Sul:
semelhança do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul
dos UEA, favorecendo o êxito na transferência e adoção de variedades e
outras tecnologias de produção;
estabelecimento da “Operação Tatu” no RS, em meados dos anos 60, cujo
programa promoveu a calagem e a correção da fertilidade dos solos;
incentivos fiscais disponibilizados aos produtores de trigo nos anos 50,60 e 70
beneficiaram igualmente a cultura da soja, que utiliza, no verão, a mesma
área, mão de obra e maquinária;
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mercado internacinal em alta, principalmente em meados dos anos 70, em
resposta à frustração da safra de grão na Rússia e China, assim como da
pesca da anchova no Peru, cuja farinha era amplamente utilizada como
componente proteico na fabricação de rações para animais;
substituição das gorduras animais (banha e manteiga) por óleos vegetais,
mais saudáveis ao consumo humano;
estabelecimento de um importante parque industrial de processamento de
soja, de máquinas e de insumos agrícolas, em contrapartida aos incentivos
fiscais do governo;
1.2 Impactos
A revolução sócio-econômica e tecnológica protagonizada pela soja no Brasil
Moderno, pode ser comparada ao fenômeno ocorrido com a cana de açúcar, no
Brasil Colônia e com o café, no Brasil Império/República, que, em épocas diferentes,
comandaram o comércio exterior do País. A receita cambial auferida pela soja
brasileira em 2004 deverá superar os dez bilhões de dólares (aproximadamente 14%
do total das receitas cambiais brasileiras) e cinco vezes esse valor, se considerados
os benefícios indiretos gerados na sua extensa cadeira produtiva.
1.3 Perspectivas
Embora as projeções futuras, tomando como referência as tendências dos cenários
presentes, dificilmente se realizem com a precisão prospectada, suas indicações
são sempre úteis para quem deseja aventurar-se numa iniciativa que envolve o
agronegócio da soja, mesmo quando os novos cenários não apresentam aderência
total com os projetados.
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III. RESULTADOS E DISCUSSÕES
3.1 Cultivares de Soja para Mato Grosso do Sul
De todas a iniciativas para incrementar e fortalecer a pesquisa com soja no País,
implementadas a partir dessa época, merece destaque a criação do Centro Nacional
de Pesquisa de Soja, hoje Embrapa Soja, em 1975, patrocinaria, já a partir do ano
seguinte, a instituição do Programa Nacional de Pesquisa de Soja, cujo propósito foi
integrar e potencializar os isolados esforços de pesquisa com a cultura espalhada
pelo sul e sudeste e centro oeste.
3.1.1 Lançamentos para o Bolsão Sulmatogrossense.
IAC 10
CD 204
CD 209
CD 216
BR 304
CONQUISTA 1996 CICLO DE 130 DIAS (RÚSTICA)
GARANTIA
NOBREZA
ROBUSTA
ENGOPA 313
3.1.2 Cultivares em produção
BRS 133
BRS 181
BRS 182
BRS 232
BRS 206
BRS 239
BRS 240
BRS 241
8
3.1.3 Como nós aprendemos e compramos
83%
vendendo
11%
ouvindo
3,5%
cheirando
1,5%
tocando
1,0
provando
3.1.4 Como retemos as informações
10%
do que lemos
20%
do que ouvimos
30%
do que vemos
50%
do que ouvimos
70%
do que dizemos quando conversamos
90%
do que dizemos quando fazemos algo
3.2 Índice Pluviométrico no Município de Brasilândia
3.2.1 Pluviometria na Região
A medida das chuvas no período entre os anos 1993 a 2004, foi obtida a média de
1515 mm³ no período.
3.2.2 Fazendas Vizinhas
A medida das chuvas no período entre os anos 2004 a 2005 foi obtida a média de
1450 mm³ no período.
3.2.3 Canteiro Experimental na Cidade de Brasilândia
A medida das chuvas no período entre os anos 2001 a 1005, obtida a média de
1337m³ no período, sendo que nos meses de dezembro de 2004 o índice foi regular
e dezembro, janeiro e fevereiro de 2005 choveu apenas 450 mm³, neste perío
aconteceu o plantio da área em pesquisa experimental, sendo que no mês de
fevereiro o índice foi o menor.
BRS 181, BR 304 e a Conquista,
espécies rústicas,
escolhidas como
cultivares a serem aproveitadas para a região.
Indicada para cultivo em todas as regiões de Mato Grosso do Sul. Maior potencial na
Região Sul.
3.3 Reação às Doenças
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(Resistentes)
Cancro da haste
Mancha olho-de-rã
Pústula bacteriana
Oídio
Nematóide de galhas
Crestamento bacteriano
VMCS
3.4 Pontos Fortes
Alto potencial produtivo
Boa sanidade foliar
Resistente ao acamamento
Ampla região de adaptação
Estabilidade de produção em diferentes anos
3.5 Informações Gerais
Semeadura de 25 de outubro a 10 de dezembro
Solos de média à alta fertilidade
População de 250 a 350 mil plantas/ha, considerando a fertilidade do
do solo e a época de semeadura
3.6 Características
Genealogia
FT-Abyara x BR 83-147
Cor do hipocótilo
verde
Hábito de crescimento
determinado
Cor de pubescência
marrom
Cor da vargem
marrom-clara
Cor da flor
branca
Semente
esférica achatada
Cor do tegumento
amarelo
Brilho do tegumento
intermediário
Cor do hilo
marrom
Reação à érpxodase
negativa
Altura média de planta
71 cm
10
Inserção das primeiras vagens
14 cm
Peso médio de 100 sementes
l3,4 g
Teor de proteína nos grãos
40 %
Teor de óleo nos grãos
21,3%
Resistência à deiscência das vagens... alt
A área de 500m² em experimento no na cidade de Brasilândia, foi preparada em
modos convencionais, com limpeza de solo bruto de cerrado, terra arenosa, foram
necessários 3,500 kg/ha para correção, plantio convencional com adubação e
sementes inaculadas atigindo um nível considerável no aproveitamento do solo.
A previsão de produtividade será de 45 sacas por hectares, considerada boa para
um ano atipico onde as chuvas de dezembro e janeiro foram insuficientes para o
cultivo da soja.
O custo de produção levando em consideração que todos os equipamentos e
maquinárias são da própria fazenda. Diante destas condições o custo previsto ficará
em R$ 630,00/ha.
3.7 Programa de Trabalho
O trabalho da Embrapa Agropecuária Oeste é realizado em parceiria com
empresas públicas e privadas do País e exterior, alicerçado em quatro linhas
básicas:
l. Levantamento e Monitoramento dos Recursos Naturais;
2. Manejo e Conservação dos Recursos Naturais;
3. Sistemas Sustentáveis de Produção;
4. Validação e Transferência de Tecnologia.
3.7.1 AVALIAÇÃO DO EVENTO
3.7.1.1 Pontos fortes
Mostra resultados satisfatórios diante de uma competitividade levará vantagens
sobre as outras regiões, sendo que a distância para escoamento da produção via
hidrovia Paraná a uma distância de 120 km do lago de Rosana. Provou que é
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resistente e que pode evoluir e se transformar em uma região estratégica para esse
tipo de cultura
3.7.1.2 Pontos fracos
A maior dificuldade está no transporte de insumo que geralmente são produtos
pesados por se tratar de calcário e adubos a granel, transportados por veículos
grandes e pesados. Para suprir essa deficiência será necessário a construções de
pontes e estradas que deêm suporte a uma região que se manifesta ao crescimento
rápido na cultura de soja.
CONCLUSÃO
Buscou viabilizar soluções para o desenvolvimento Sustentável do Agronegócio do
oeste do Brasil, por meio de adoção, adaptação e transferência de conhecimento e
de tecnologia, em benefício da sociedade produtora, cuja tecnologia avançada,
mostra a capaciade de produção, em áreas de pouco valor cultural, que deixa de ser
um tabú para ser uma realidade agora.
As contribuições ora deixadas, nos deram
subsídios para implementar idéias e
negócios na cultura de soja. Foi importante para a região do Bolsão de Mato Grosso
do Sul, por ficar definida a espécie de soja a cultivar em solos arenosos.
LITERATURA CONSULTADA
BONATO, E.R.; BONATO, A.L.V. A soja no Brasil: história e estatística. Londrilna:
EMBRAPA-CNPSo, 1987. 61pg (documento 21)
MIYASAKA, S.; MEDINA, J.C., A soja no Brasil. Campinas: ITAL, 1981. 1062p.
EMBRAPA SOJA; Tecnologias de produção de soja – Região central do Brasil,
2004, Londrina, PR, 2003. 237p.
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