Anais da VII Semana de Iniciação Científica II Simpósio de Extensão v. 1, n. 1, 2014 Produção: Resumo Científico ISSN 2317-3852 PRÉ-NATAL ODONTOLÓGICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: RETRATO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA PINHEIRO, Érica Silva - Discente do Curso de Odontologia da Faculdade Independente do Nordeste- FAINOR FERNANDES, Carolle Gomes - Discente do Curso de Odontologia da Faculdade Independente do NordesteFAINOR SILVA, Jinária Fernandes - Discente do Curso de Odontologia da Faculdade Independente do NordesteFAINOR BATISTA, Larissa Dias - Discente do Curso de Odontologia da Faculdade Independente do Nordeste- FAINOR PINHEIRO, Suélem Maria Santana - Mestre em Saúde Coletiva pela UEFS e Docente da Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR Evidências apontam a importância dos cuidados à saúde bucal no período gestacional, em sua forma mais ampliada, para minimizar o sofrimento causado por doenças bucais, eliminar focos de infecção, lidar com as alterações próprias do período e subsidiar os cuidados bucais do bebê. Buscou-se elucidar a inserção da Odontologia no âmbito da atenção pré-natal e caracterizar as ações executadas na Atenção Básica de Vitória da Conquista (BA), entre 2013 e 2014. Para tanto, realizou-se estudo transversal descritivo com 156 gestantes e puérperas, escolhidas por amostragem de conglomerados de um estágio, definidos como as unidades de saúde da rede básica com equipe de saúde bucal, as quais foram selecionadas mediante sorteio. Procedeu-se a coleta de dados com formulário englobando atividades prestadas pela equipe de saúde bucal às gestantes. Os dados foram tabulados e analisados através do SPSS, obtendo-se frequências absolutas e relativas. Houve predomínio de idade entre 20 e 35 anos (70,5%), cor parda (58,7%), nível escolar de ensino médio (44,2%), renda familia entre um e dois salários mínimos (63,2%) e união estável com o parceiro (43,9%). Apesar de frequentemente relatarem até dois filhos (46,2%), a maioria não amamentou nenhum (45,8%). Mulheres em terceiro trimestre de gestação foram a maioria (35,7%), enquanto pouco mais de 13% estavam no primeiro. As mulheres pesquisadas estavam inseridas no pré-natal, realizando frequentemente uma a três consultas (37,2%). Apesar disso, foi expressiva a ausência de contato com o cirurgião-dentista (71,8%). Apenas 28,2% foram inseridas em ações odontológicas, predominantemente no serviço público (54,5%), dentre as quais 40,5% com visitas pontuais e decorrência de dor. A participação em palestras com dentistas foi baixa (13,9%), nas quais 66,6% relataram não poder emitir opinião. Informações importantes para a saúde bucal do bebê foram pouco trabalhadas entre aquelas que tiveram contato com o dentista, tais como vantagens do aleitamento materno (4,5%), uso de chupeta (39,5%), quando e como realizar a higiene bucal do bebê (46,5% e 34,9% respectivamente), riscos de xarope açucarados (13,9%) e uso de açúcar/mel (30,2%). O pré-natal odontológico não se apresentou como prática consolidada, e o contato com a equipe de saúde bucal na gestação parece não ter acontecido dentro de uma linha de cuidado organizada a este ciclo vital. Palavras-chave: Pré-Natal, Atenção à Saúde Bucal, Gestantes