SAÚDE BUCAL DOS DEFICIENTES VISUAIS VINCULADOS À ASSOBECER ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE CEGOS DO RECIFE Jaciel Benedito de [email protected] Thais Carine da Silva,Claudio Heliomar Vicente da Silva INTRODUÇÃO: A visão constitui um canal privilegiado de acesso ao mundo, constituindo uma base significativa das aprendizagens humanas. Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo deficiente visual reside na falta de uma compreensão social profunda a respeito das reais implicações da cegueira, ou baixa visão. Os profissionais que atuam na reabilitação, cuidados de saúde e educação desses indivíduos necessitam deter conhecimentos sobre o lhe dar com os deficientes visuais. Após tantos avanços em relação à inclusão social, ainda observa-se que estes permanecem excluídos parcial ou totalmente de uma vida social digna e satisfatória. Por fatores diversos, os deficientes apresentam um estado de saúde especial e que requer cuidados com maior frequência que os indivíduos não deficientes. A Odontologia moderna privilegia os aspectos preventivos, na qual o paciente tem um papel ativo, responsável por sua saúde bucal e que precisa ser conscientizado e motivado a desempenhá-lo. Existe um déficit nas escolas de Odontologia se tratando da relação com pacientes especiais, apesar de incipiente no Brasil a atenção odontológica aos pacientes especiais. A Saúde Bucal devendo ser mantida independentemente de limitações físicas do indivíduo. Cuidados diários de higiene bucal são fundamentais, melhorando, assim, a auto-estima e a qualidade de vida. Estudos que avaliam as condições de saúde bucal de portadores de deficiência visual relataram uma higiene bucal deficiente na maioria dos casos, em detrimento, na maioria dos casos, à falta de conhecimento adequado para promovê-la. OBJETIVOS: Apresentar os modelos educativos construídos com diferentes materiais, para permitir a educação em saúde bucal junto aos deficientes visuais. Possibilitando que os mesmos conheçam as estruturas bucais na sua normalidade (morfologia, textura), assim como seu funcionamento e alguns dos processos patológicos mais corriqueiros que acometem a cavidade oral, tais como a cárie dentária, doença periodontal e maloclusões. Desta forma, pode-se proporcionar aos indivíduos com deficiência visual a oportunidade de perceber e conhecer sua boca, assim como as principais patologias que acometem a cavidade bucal, capacitando-os para o controle e a manutenção de sua saúde. 1 METODOLOGIA: Através de práticas educativas com o emprego destes modelos texturizados, explorando a capacidade tátil sensorial dessas pessoas, pois, uma vez que a visão constitui um canal privilegiado de acesso ao mundo, constituindo a base de uma parte significativa das aprendizagens humanas, a deficiência visual induz o indivíduo ao reforço de outros sentidos e recria conceitos e perspectivas diferentes dos videntes. RESULTADOS ESPERADOS: Através deste projeto de extensão propiciar uma melhora na qualidade de vida dos portadores de deficiência visual, assim como, proporcionar subsídios para que os mesmos façam uma higienização oral adequada, previna doenças bucais e conheça sua própria anatomia. E capacitar os acadêmicos do curso de odontologia para o melhor atendimento dos pacientes com deficiência visual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conhecer o uso das ajudas técnicas e a aplicação das tecnologias assistivas no cotidiano favorece a compreensão das situações e o usufruto dos benefícios da acessibilidade na participação social. Dessa forma, esse projeto de extensão de sensibilização ao atendimento odontológico aos deficientes visuais acabou por finalidade capacitar os acadêmicos para o melhor atendimento odontológico dos pacientes com deficiência visual. A deficiência é um conceito histórico, culturalmente elaborado. As relações sociais entre pessoas com deficiência e aquelas que não a têm a incluem inúmeras e complexas variáveis cujo controle nem sempre depende do desviante e dos agentes de sua promoção. Devido esse conceito ser construído culturalmente, em um contexto histórico dado, e considerando-se que as pessoas com deficiência estão sujeitas aos esquemas tipificadores, disso deriva que a sociedade pode utilizar-se de determinados artifícios mentais para legitimar as desigualdades e segregar essas pessoas. 2