O MANEJO DO PROCESSO GRUPAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE Adriana dos Santos Souza, Faculdade da Paulista Carlos Henrique Pereira, Faculdade da alta Paulista Bruna Lisboa Bustamante Januário, Faculdade da Alta Paulista Everton Rogério Gonçalves da Silva, Faculdade da Alta Paulista Barbara Sinibaldi, Supervisora de Estágio, Faculdade da Alta Paulista RESUMO EXPANDIDO O presente trabalho surgiu da reflexão sobre a prática de estágio em psicologia em unidades de Estratégia de Saúde da Família de um município de médio porte do interior de São Paulo. Buscamos problematizar a dificuldade encontrada nas unidades em realizar atividades em grupo. De acordo com Starfield (2002) a atenção primaria pode ser entendida como um grupo de serviços de saúde que oferece entrada no sistema para todas as necessidades e problemas, fornecendo atenção para as pessoas, não direcionada a enfermidade, no decorrer do tempo, dando atenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras. Suas características compartilhadas com outros níveis de atenção são entre outras a responsabilidade do acesso, custo, qualidade, trabalho em equipe. 1 1 Graduando em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected] 2 Graduando em Psicologia Faculdade da Alta Paulista , [email protected] 3 Graduando em Psicologia Faculdade da Alta Paulista, [email protected] 4 Graduando em Psicologia, Faculdade da Alta Paulista, [email protected] 5 Psicóloga, docente e supervisora de estágio do curso de Psicologia da Faculdade da Alta Paulista,FAP, Tupã-sp, sinibarbara@gmailcom . A relação entre os serviços e usuários surge através do primeiro contato, sendo um local onde as pessoas possam recorrer quando houver necessidade, garantindo acesso e suprindo aos problemas e necessidades dos usuários. O Programa de Saúde da família (PSF) surgiu em 1994 como iniciativa do ministério da Saúde para implementação da atenção primaria em saúde e mudança do modelo assistencial vigente no país, alterando o paradigma voltado à doenças crônicas, baseado no território de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBS), em 2004 se torna Estratégia de Saúde da Família (ESF) no intuito de ser dispositivo de redirecionamento do modelo de saúde. Cada equipe de saúde da família deve ser responsável por no Maximo 4.000 pessoas de uma determinada área que passam a ter co- responsabilidade no cuidado com a saúde. Nesse sentido a ESF deveria trabalhar no processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidade, realizar o cuidado da saúde da população adstrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde e quando necessário no domicilio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outros); garantindo atenção a saúde buscando a integralidade por meio de realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde prevenção de agravos; e de garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância a saúde. Podemos dizer que é possível apontar algumas problemáticas para a efetivação dos princípios do SUS na Atenção Primaria de Saúde, um dos aspectos seria a inadequação da formação acadêmica, quanto do modelo de atuação profissional, como da necessidade de adaptar – se as dinâmicas existentes no campo, entre as dificuldades existentes encontra-se o bloqueio que ocorre nos usuários do serviço em dar seqüência ao grupo por motivos variados que vão desde a falta de conhecimento da eficácia dessa modalidade de atendimento por questões culturais e permanente visão centrada no medico. Durante a realização do estágio, o foco principal foi abranger as demandas do campo através de grupos terapêuticos. Sabe-se que o contexto atual dos serviços públicos de saúde requer novas habilidades dos profissionais para melhor atuação. Para a formação do grupo o Psicólogo conta com auxilio de outros profissionais da equipe como forma de divulgação em visitas domiciliares, entrega de leite, consulta médica ou até mesmo quando os usuários do serviço vão em busca de informações considerando que a unidade é um ponto de referência da comunidade. Para Pichon (2005) o processo grupal consiste em diminuir os medos que paralisam a ação do ego que são modificados através de técnicas, obtendo uma adaptação à realidade. A didática interdisciplinar baseia-se no entendimento que cada um de nós tem um esquema referencial de experiências, no qual cada individuo pensa e age. O método tem como tarefa de prioridade no grupo o sistema referencial criando afinidade ou coincidência dos esquemas. Durante a interação o grupo oferece ao terapeuta acesso aos conflitos e relacionamentos criados e manifestados no campo grupal. Para evoluir o profissionalismo é necessário agir conjuntamente com outros profissionais, buscando alternativas para as problemáticas, esses aspectos favorecem para o trabalho com grupos possibilitando atender demandas com focos em determinados grupos como sendo esses grupos de orientação, prevenção, entre outros, emergentes na comunidade. Podemos concluir que embora o processo de atuação do psicólogo nas redes publica tenha um pequeno tempo considerando os dados históricos e problemáticos já se sabe das importantes contribuições do Professional na área. Palavras- Chave: Atenção Primaria; Saúde; Processo Grupal. Referências Bibliográficas PICHON-RIVIERE,Enrique.Grupos Operativos e doença única. In: PICHONRIVIERE,Enrique. O Processo Grupal. 7 ed. São Paulo. Martins Fontes, p.139- 160, 2005 PICHON-RIVIERE,Enrique. Técnicas dos Grupos Operativos. In: PICHONRIVIERE,Enrique. O Processo Grupal. 7 ed. São Paulo. Martins Fontes, p.121137, 2005 PICHON-RIVIERE, Enrique. Implacável interjogo do homem e do mundo. In: PICHON-RIVIERE,Enrique. O Processo Grupal. 7 ed. São Paulo. Martins Fontes, p.193-196, 2005 BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria Executiva. Departamento de Apoio a Descentralização. Política Nacional de Atenção Básica, 2006.