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Nível de Seleção
Luiz Felipe Scolari (ffoto), do Grêmio,
enfrenta pela primeira vez Mano
Menezes, do Corinthians, em duelo
válido pelo Brasileirão. Dupla não se
bica há dois anos, mais ou menos.
Lucas Uebel/GFBPA - 30/7/14
Brasília, domingo, 24 de agosto de 2014
FUTEBOL LOCAL
Assim como o meia Petros, do Corinthians, que levou gancho de seis meses, Luiz Carlos Imperador, do Brasiliense, amarga pena idêntica
e já cumpriu metade. Veja como é o dia a dia de um atleta que, apesar de não ter qualquer lesão, sabe que não entrará em campo
Minervino Junior/CB/D.A Press - 22/8/14
Quem é ele
Nome: Luiz Carlos de Souza Pinto Júnior
Data de nascimento:
31 de agosto de 1980 (33 anos)
Local de nascimento: Rio de Janeiro-RJ
Altura: 1,86 m
Peso: 97 quilos
Clubes em que jogou: CFZ-RJ, Bangu,
Sol de América (Paraguai), Al Shabab
(Kuwait), Paysandu, Coritiba, Lleida
(Espanha), Vasco da Gama, Duque de
Caxias, Viborg (Dinamarca), Ceará,
Internacional, Itumbiara-GO, Fortaleza,
Portuguesa, Novo Hamburgo-RS,
Brasil de Pelotas-RS, Central-PE,
Guarany de Sobral-CE, Brasiliense
DIÁRIO DE UM
CONDENADO
Empurrão
Petros foi condenado pelo
Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD) por
empurrar o árbitro Raphael
Claus no clássico com o
Santos, em 10 de agosto. O
departamento jurídico do
Corinthians prometeu
recorrer. Luiz Carlos foi
punido por ter atirado uma
garrafa de água contra
Rodrigo Raposo, ábitro do
segundo jogo da semifinal
do Candangão, contra o
Brasília. O Brasiliense
apresentou recurso na
última quinta-feira.
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F
Soares que merece uma chance
entre os titulares. “Nem colocar
dúvida na cabeça dele eu posso”,
lamenta o jogador de 33 anos que
já cumpriu quase metade da pena. Até o fim dos 180 dias ainda
faltam pouco mais de três meses.
Quem o vê com os companheiros, no entanto, acredita
que ele vai jogar a qualquer
momento. Nos treinos táticos,
o Imperador gesticula, cobra e
até arrisca uma ou outra orientação. A diferença está justamente na hora do gol: enquanto os outros jogadores vibram a
cada bola na rede, Luiz Carlos
mantém a seriedade. Quando
deixa o dele, retoma a posição
em campo, cabisbaixo. O comportamento diferente não passa despercebido pelo treinador.
“O Marcos Soares procura conversar comigo. Principalmente para me motivar a atingir o peso
ideal”, conta o centroavante, hoje
com 97 quilos. A meta é perder
mais três até estar livre para atuar.
Para isso, Luiz Carlos recorre a uma
academia em Samambaia, onde
faz musculação e exercícios aeróbicos, cinco vezes por semana.
“Meu metabolismo é muito lento,
por isso me cuido para não perder
a forma”, diz o atacante, que tem
outro inimigo do peso ao seu lado:
“Nem por isso deixo de beber cerveja. Faço com responsabilidade e
só nos fins de semana”, jura.
Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 23/4/14
evereiro foi logo ali. O
Brasil vivia a ansiedade
de uma Copa do Mundo
que acabou se tornando
um fiasco sem precedentes, a
Williams de Felipe Massa era
uma incógnita antes da estreia
na F-1 e Anderson Silva publicava o primeiro vídeo, andando,
depois da fratura que chocou o
UFC. Seis meses passam voando.
Na vida de um jogador de futebol, afastado dos gramados,
porém, seis meses parecem seis
anos. Independentemente do
motivo. Na maioria das vezes, a
causa é uma lesão. Em outras situações, trata-se de punição. Assim como o meia Petros, do Corinthians, condenado esta semana, Luiz Carlos, do Brasiliense,
amargará 180 dias fora dos gramados. Ele também acabou enquadrado pela Justiça Desportiva
por agressão ao árbitro.
Mas como é a vida desse atleta
no “exílio” que ninguém vê? O
Correio acompanhou o dia a dia
de Luiz Carlos, batizado de Imperador do cerrado, durante uma
semana. Desde a punição, a rotina do centroavante do Jacaré se
resume a treinar. Não com o objetivo de mostrar ao técnico Marcos
Melhor amigo
Após o treino de quinta-feira,
Luiz Carlos se deitou em uma
das macas da academia do Brasiliense, no Setor de Clubes Sul.
Enquanto segurava uma bolsa
de gelo sobre a coxa esquerda,
observava o bom astral do atacante Claudecir, que foi contratado para assumir a vaga do Imperador. Questionado sobre a dificuldade de ver um concorrente
se firmar na posição enquanto
ele cumpre pena, Luiz Carlos
não lamentou. “O Claudecir é
meu melhor amigo no clube. Por
incrível que pareça, as melhores
amizades que fiz no futebol foram com atacantes ”, diverte-se.
Na sexta-feira, Marcos Soares
comandou o último treino antes
da viagem ao Mato Grosso do
Sul. Hoje, o Jacaré enfrenta o Itaporã-MS pela Série D do Campeonato Brasileiro. Terminada a
atividade, no Estádio Serejão,
Luiz Carlos desejou bom jogo
Não deixo de
beber cerveja.
Faço com
responsabilidade
e só nos fins de
semana”
Luiz Carlos,
atacante do Brasiliense
aos 18 atletas relacionados pelo
treinador. Ele prefere não se
preocupar se o departamento jurídico do Brasiliense conseguirá
reduzir a pena. Espera retribuir a
confiança da diretoria. “Tinham
motivos para me demitir. Se não
fosse o bom primeiro semestre,
eu estaria desempregado”, ressalta o atacante, artilheiro do time
no Candangão e na Copa Verde,
com três gols em cada.
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4 • Superesportes • Brasília, domingo, 24 de agosto de 2014 • CORREIO BRAZILIENSE
Tardelli completa 200 jogos pelo Atlético-MG e recompensa a torcida com a
vitória sobre o Inter. Galo se recupera e o colorado perde a segunda consecutiva
CAMPEONATO
BRASILEIRO
PRESENTE DO ÍDOLO
O Palmeiras completa 100
anos na próxima terça-feira,
quando a diretoria alviverde
programa um banquete com
número limitado de convidados. Ontem, no entanto, a torcida pôde participar de uma
cerimônia popular, na Praça da
Sé, região central de São Paulo.
A abertura do evento, que
teve um palco montado nas
proximidades da escadaria da
Catedral, foi realizada por um
padre palmeirense. Depois, os
milhares de torcedores se emocionaram com a execução do
hino do Palmeiras, comandada
pelo guitarrista Marcos Kleine.
A principal atração da festa
era a presença de ídolos. Os
primeiros a surgir no palco foram Ademir da Guia e Dudu,
ícones das duas Academias,
nas décadas de 1960 e 1970.
Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
RAFAEL ARRUDA
elo Horizonte — O Atlético fez boa partida no
Independência. Não finalizou muitas vezes,
mas se movimentou bastante
diante da equilibrada e inteligente equipe do Internacional. A
mistura dos dois ingredientes
proporcionou espetáculo respeitável a quem compareceu ao estádio ontem à noite. Os times
criaram bastante, mas o único
gol saiu apenas no fim do segundo tempo. Diego Tardelli recebeu
passe de Luan, soltou a bomba
no canto direito e garantiu o
triunfo alvinegro, por 1 x 0, na
abertura da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O primeiro tempo foi marcado
por equilíbrio, correria e alguns
lances perigosos. O Atlético apostava no talento de Diego Tardelli e
nas investidas pelo lado esquerdo com Pedro Botelho. O Inter,
por sua vez, arriscava chutes de
longe, pois tinha dificuldades de
entrar na área rival.
Aos 10 minutos, o grito de gol
ficou engasgado no peito da torcida. Dátolo cobrou escanteio fechado, André desviou e Leonardo
Silva não conseguiu tocar na pequena área. Na defesa, o camisa 3
do Galo deu um susto ao tentar
cortar cruzamento de Fabrício. A
bola passou rente à meta guardada porVictor.
O Internacional, que tinhaValdívia e os dois laterais como válvulas de escape, quase abriu o
placar no fim da etapa inicial.
Wellington Silva encontrou espaço, soltou a bomba com o pé di-
B
Diego Tardelli festeja o gol da vitória que levou o Galo ao sexto lugar no Brasileirão: o time mineiro havia perdido para o Fla no meio de semana
reito e exigiu boa intervenção de
Victor. Foi a última jogada importante dos primeiros 45 minutos.
No segundo tempo, o Inter foi
mais perigoso. Rafael Moura, seu
jogador de referência no ataque,
perder duas chances claríssimas.
Levir Culpi tentou fazer o Galo ficar mais ofensivo. Trocou Maicosuel e André por Luan e Marion, e
até mesmo abriu mão de um vo-
lante. Foi aí que o Galo resolveu
tentar bola rasteira, de pé em pé.
A boa trama com Luan fez o atacante Diego Tardelli receber passe na grande área. Aos 36 do segundo tempo, ele bateu cruzado
e não deu chances ao goleiro Dida: 1 x 0. No dia em que completou 200 jogos pelo clube, Tardelli
anotou seu 105º gol e garantiu a
sexta posição provisória.
ATLÉTICO-MG
1
Dida; Wellington Silva (Claudio Winck), Ernando,
Juan e Fabrício; Ygor, Wellington, Aránguiz,
D'Alessandro (Alex) e Valdivia (Otávio); Rafael Moura
Técnico: Abel Braga
0
INTER
Victor; Alex Silva, Leonardo Silva, Jemerson e
Pedro Botelho; Josué, Rafael Carioca (Jô), Dátolo e
Maicosuel (Luan); Diego Tardelli e André (Marion)
Técnico: Levir Culpi
Gol: Diego Tardelli, aos 36 minutos do primeiro tempo
■ Cartões amarelos: D’Alessandro, Wellington, Luan, Tardelli e Dátolo
Público e renda: não divulgados
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Botafogo vence e ganha fôlego
1
BOTAFOGO
Jefferson, Edilson, Bolívar, André Bahia e Junior
Cesar: Aírton (Bolatti), Gabriel, Ramirez e Daniel
(Yuri Mamute): Zeballos (Sidney) e Ferreyra
Técnico: Vagner Mancini
0
CHAPECOENSE
Danilo; Fabiano, Rafael Lima, Grolli e Ednei;
Wanderson, Abuda (Tiago Luis), Dedé (Rychelly),
Camilo (Mailson) e Zezinho; Bruno Rangel
Técnico: Celso Rodrigues
Gol: Ramirez, aos 31 minutos do primeiro tempo
■ Cartões amarelos: Ferreyra, Bolívar e Fabiano
Renda: R$ 273.615,00
Público: 15.909
Árbitro: Anderson Daronco (RS)
aos dez minutos, após cobrança
de escanteio. O Botafogo continuava sem conseguir penetrar na
área e ainda contava com os laterais Edilson e Junior Cesar pouco
inspirados nos cruzamentos.
Além de não jogar bem, o Botafogo ainda era prejudicado pelos erros da arbitragem que marcou dois impedimentos inexistentes de Fereyra e Zeballos
quando eles estavam em boa posição, na grande área.
Aos 31 minutos,o Botafogo
marcou o primeiro gol. O meia
Ramirez recebeu no bico da
grande área, cortou para o meio
e bateu colocado, no ângulo esquerdo de Danilo que se esticou,
mas não alcançou.
Claudio Roberto Reis/Divulgação
Botafogo festeja o gol de Ramirez, estrela solitária do triunfo no Maraca
A Chapecoense voltou para o
segundo tempo com uma postura
diferente. Seus atacantes tentavam dificultar a saída de bola da
equipe carioca, obrigando os zagueiros a apelar para os chutões.
O Botafogo caiu muito de produção e só voltou a incomodar
aos 30 minutos. Em um ataque
veloz, Ramirez arriscou um chute
calibrado e obrigou o goleiro Danilo a desviar para escanteio.
16h
Estádio Chavinha - Itaporã (MS)
ITAPORÃ
Roger Paranhos; Wesley, Jaime, Gustavo, Jô;
Doriva (Rennan), Buru, Alex Cruz,Uélison
Santana; Tiaguinho (Fágner Lins), Joel
Técnico: Denilson Rafaine
BRASILIENSE
Edson; Ângelo, Fábio Braz, Felipe e Cesinha;
Douglas, Éderson; Luquinhas, Peninha, Zé
Roberto; Claudecir
Técnico: Marcos Soares
Série D
5ª rodada
Árbitro: Antônio
Denival de Morais
“Claro que estamos preocupados
com o problema. Mas faremos de
tudo para nos manter na zona de
classificação. Depois vamos ver o
que pode ser feito”, avisa.
No Brasiliense, a falta de pagamento aos jogadores adversários não é um fator favorável ao
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capitão Alex Cruz admite que o
atraso nos vencimentos prejudica os atletas, mas afirma que não
faltará dedicação em campo.
Confira o resultado de
Palmeiras x Coritiba em:
www.df.superesportes.com.br
O meia Zé Roberto é uma das
apostas do Jacaré, hoje à
tarde, em Mato Grosso
Luziânia
tropeça em casa
O Luziânia empatou por 0 x 0 com
o Operário-MT, ontem, no Estádio
Serra do Lago, na abertura do
returno da Série D do
Campeonato Brasileiro. Apesar do
tropeço, o atual campeão
candango divide a liderança do
Grupo A6 da quarta divisão
justamente com o Operário. Os
dois times contabilizam 10 pontos,
mas o concorrente é o primeiro
graças ao saldo de gols.
Depois disso, o goleiro Marcos também se apresentou à
torcida e foi ovacionado. Enquanto o ídolo era aplaudido,
um telão ao fundo exibia a defesa do pênalti cobrado por
Marcelinho carioca, na semifinal da Libertadores de 2000. A
reprise inflamou a torcida a entoar o tradicional grito de que
“é o melhor goleiro do Brasil”.
Quem também esteve na
cerimônia, após um show da
banda Falamansa, foi Evair. A
missão do ex-atacante em cima do palco era relembrar o
pênalti cobrado contra o Corinthians, na decisão do Campeonato Paulista de 1993, um
dos títulos mais importantes
da história do clube.
Mesmo sem nenhum dirigente na festa, a torcida cobrou a atual gestão com relação ao desempenho da equipe
no ano do centenário. “Paulo
Nobre, seu otário, você acabou com o nosso centenário”,
gritou a indignada torcida, na
Praça da Sé.
SÉRIE D
Brasiliense
defende topo
contra Itaporã
Após o empate com a Anapolina-GO no domingo passado, o
clima no Brasiliense ainda é de
paz. Mesmo sem a vitória, o time tem o segundo melhor aproveitamento da Série D do Campeonato Brasileiro e lidera o
Grupo 6. No Itaporã-MS, adversário de hoje, o ambiente é
oposto. A equipe que recebe o
Jacaré, às 16h, no Estádio Chavinha, pode se despedir da competição após o confronto. O
elenco está com o salário atrasado e ameaça deixar a quarta
divisão por falta de dinheiro.
“Não temos como gastar mais
do que investimos do próprio
bolso e não podemos exigir mais
desses jogadores”, confirma Daniel Medeiros, diretor de uma das
empresas parceiras do Itaporã. O
Paulo Nobre,
seu otário, você
acabou com o
nosso centenário”
Torcida do Palmeiras
na festa popular de ontem
Paulo Campos/AGIF/D.A Press
O Botafogo derrotou a Chapecoense por 1 x 0, em partida disputada na noite de ontem, no
Maracanã. O único gol do jogo foi
marcado pelo peruano Ramirez,
em conclusão de muita categoria. Os três pontos conquistados
fizeram o alvinegro respirar longe
da degola na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O
time agora soma 19 pontos, logo
à frente da própria Chapecoense
e do Flamengo, que joga hoje.
Apoiado pela torcida, o Botafogo partiu para pressionar a defesa
da Chapecoense, mas as ações se
limitavam a cruzamentos que eram bloqueados pela zaga catarinense. A primeira jogada de ataque do time do Sul só aconteceu
PALMEIRAS
Festa
popular
celebra
100 anos
Jacaré. “Os problemas salariais
não entram em campo. Eles vão
querer ganhar a qualquer custo”, rechaça o técnico Marcos
Soares. Para ele, vencer o Jacaré
será determinante para a continuação da equipe do Mato
Grosso do Sul na competição. O
Itaporã é o vice-líder do Grupo 6,
com seis pontos.
Marcos Soares fará quatro mudanças para o confronto com o
Itaporã. O volante Baiano recebeu o terceiro cartão amarelo
contra o Anapolina e cumpre suspensão automática. Éderson, que
agradouaMarcosSoaresnoamistoso contra a seleção da Etiópia,
na quarta-feira, assume a vaga.
Na lateral direita, Ângelo substitui Dedê. Na esquerda, Cesinha
entra no lugar de Kaká. No meio
de campo, Peninha preenche a
vaga de Rodrigo, machucado.
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Assim como o meia Petros, do Corinthians, que levou gancho de