CMYK EDITOR: Alexandre Botão ● SUBEDITORA: Cida Barbosa ● E-MAIL: [email protected] ● TELEFONE: (61) 3214-1176 2 Nível de Seleção Luiz Felipe Scolari (ffoto), do Grêmio, enfrenta pela primeira vez Mano Menezes, do Corinthians, em duelo válido pelo Brasileirão. Dupla não se bica há dois anos, mais ou menos. Lucas Uebel/GFBPA - 30/7/14 Brasília, domingo, 24 de agosto de 2014 FUTEBOL LOCAL Assim como o meia Petros, do Corinthians, que levou gancho de seis meses, Luiz Carlos Imperador, do Brasiliense, amarga pena idêntica e já cumpriu metade. Veja como é o dia a dia de um atleta que, apesar de não ter qualquer lesão, sabe que não entrará em campo Minervino Junior/CB/D.A Press - 22/8/14 Quem é ele Nome: Luiz Carlos de Souza Pinto Júnior Data de nascimento: 31 de agosto de 1980 (33 anos) Local de nascimento: Rio de Janeiro-RJ Altura: 1,86 m Peso: 97 quilos Clubes em que jogou: CFZ-RJ, Bangu, Sol de América (Paraguai), Al Shabab (Kuwait), Paysandu, Coritiba, Lleida (Espanha), Vasco da Gama, Duque de Caxias, Viborg (Dinamarca), Ceará, Internacional, Itumbiara-GO, Fortaleza, Portuguesa, Novo Hamburgo-RS, Brasil de Pelotas-RS, Central-PE, Guarany de Sobral-CE, Brasiliense DIÁRIO DE UM CONDENADO Empurrão Petros foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por empurrar o árbitro Raphael Claus no clássico com o Santos, em 10 de agosto. O departamento jurídico do Corinthians prometeu recorrer. Luiz Carlos foi punido por ter atirado uma garrafa de água contra Rodrigo Raposo, ábitro do segundo jogo da semifinal do Candangão, contra o Brasília. O Brasiliense apresentou recurso na última quinta-feira. CMYK F Soares que merece uma chance entre os titulares. “Nem colocar dúvida na cabeça dele eu posso”, lamenta o jogador de 33 anos que já cumpriu quase metade da pena. Até o fim dos 180 dias ainda faltam pouco mais de três meses. Quem o vê com os companheiros, no entanto, acredita que ele vai jogar a qualquer momento. Nos treinos táticos, o Imperador gesticula, cobra e até arrisca uma ou outra orientação. A diferença está justamente na hora do gol: enquanto os outros jogadores vibram a cada bola na rede, Luiz Carlos mantém a seriedade. Quando deixa o dele, retoma a posição em campo, cabisbaixo. O comportamento diferente não passa despercebido pelo treinador. “O Marcos Soares procura conversar comigo. Principalmente para me motivar a atingir o peso ideal”, conta o centroavante, hoje com 97 quilos. A meta é perder mais três até estar livre para atuar. Para isso, Luiz Carlos recorre a uma academia em Samambaia, onde faz musculação e exercícios aeróbicos, cinco vezes por semana. “Meu metabolismo é muito lento, por isso me cuido para não perder a forma”, diz o atacante, que tem outro inimigo do peso ao seu lado: “Nem por isso deixo de beber cerveja. Faço com responsabilidade e só nos fins de semana”, jura. Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 23/4/14 evereiro foi logo ali. O Brasil vivia a ansiedade de uma Copa do Mundo que acabou se tornando um fiasco sem precedentes, a Williams de Felipe Massa era uma incógnita antes da estreia na F-1 e Anderson Silva publicava o primeiro vídeo, andando, depois da fratura que chocou o UFC. Seis meses passam voando. Na vida de um jogador de futebol, afastado dos gramados, porém, seis meses parecem seis anos. Independentemente do motivo. Na maioria das vezes, a causa é uma lesão. Em outras situações, trata-se de punição. Assim como o meia Petros, do Corinthians, condenado esta semana, Luiz Carlos, do Brasiliense, amargará 180 dias fora dos gramados. Ele também acabou enquadrado pela Justiça Desportiva por agressão ao árbitro. Mas como é a vida desse atleta no “exílio” que ninguém vê? O Correio acompanhou o dia a dia de Luiz Carlos, batizado de Imperador do cerrado, durante uma semana. Desde a punição, a rotina do centroavante do Jacaré se resume a treinar. Não com o objetivo de mostrar ao técnico Marcos Melhor amigo Após o treino de quinta-feira, Luiz Carlos se deitou em uma das macas da academia do Brasiliense, no Setor de Clubes Sul. Enquanto segurava uma bolsa de gelo sobre a coxa esquerda, observava o bom astral do atacante Claudecir, que foi contratado para assumir a vaga do Imperador. Questionado sobre a dificuldade de ver um concorrente se firmar na posição enquanto ele cumpre pena, Luiz Carlos não lamentou. “O Claudecir é meu melhor amigo no clube. Por incrível que pareça, as melhores amizades que fiz no futebol foram com atacantes ”, diverte-se. Na sexta-feira, Marcos Soares comandou o último treino antes da viagem ao Mato Grosso do Sul. Hoje, o Jacaré enfrenta o Itaporã-MS pela Série D do Campeonato Brasileiro. Terminada a atividade, no Estádio Serejão, Luiz Carlos desejou bom jogo Não deixo de beber cerveja. Faço com responsabilidade e só nos fins de semana” Luiz Carlos, atacante do Brasiliense aos 18 atletas relacionados pelo treinador. Ele prefere não se preocupar se o departamento jurídico do Brasiliense conseguirá reduzir a pena. Espera retribuir a confiança da diretoria. “Tinham motivos para me demitir. Se não fosse o bom primeiro semestre, eu estaria desempregado”, ressalta o atacante, artilheiro do time no Candangão e na Copa Verde, com três gols em cada. CMYK 4 • Superesportes • Brasília, domingo, 24 de agosto de 2014 • CORREIO BRAZILIENSE Tardelli completa 200 jogos pelo Atlético-MG e recompensa a torcida com a vitória sobre o Inter. Galo se recupera e o colorado perde a segunda consecutiva CAMPEONATO BRASILEIRO PRESENTE DO ÍDOLO O Palmeiras completa 100 anos na próxima terça-feira, quando a diretoria alviverde programa um banquete com número limitado de convidados. Ontem, no entanto, a torcida pôde participar de uma cerimônia popular, na Praça da Sé, região central de São Paulo. A abertura do evento, que teve um palco montado nas proximidades da escadaria da Catedral, foi realizada por um padre palmeirense. Depois, os milhares de torcedores se emocionaram com a execução do hino do Palmeiras, comandada pelo guitarrista Marcos Kleine. A principal atração da festa era a presença de ídolos. Os primeiros a surgir no palco foram Ademir da Guia e Dudu, ícones das duas Academias, nas décadas de 1960 e 1970. Rodrigo Clemente/EM/D.A Press RAFAEL ARRUDA elo Horizonte — O Atlético fez boa partida no Independência. Não finalizou muitas vezes, mas se movimentou bastante diante da equilibrada e inteligente equipe do Internacional. A mistura dos dois ingredientes proporcionou espetáculo respeitável a quem compareceu ao estádio ontem à noite. Os times criaram bastante, mas o único gol saiu apenas no fim do segundo tempo. Diego Tardelli recebeu passe de Luan, soltou a bomba no canto direito e garantiu o triunfo alvinegro, por 1 x 0, na abertura da 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro tempo foi marcado por equilíbrio, correria e alguns lances perigosos. O Atlético apostava no talento de Diego Tardelli e nas investidas pelo lado esquerdo com Pedro Botelho. O Inter, por sua vez, arriscava chutes de longe, pois tinha dificuldades de entrar na área rival. Aos 10 minutos, o grito de gol ficou engasgado no peito da torcida. Dátolo cobrou escanteio fechado, André desviou e Leonardo Silva não conseguiu tocar na pequena área. Na defesa, o camisa 3 do Galo deu um susto ao tentar cortar cruzamento de Fabrício. A bola passou rente à meta guardada porVictor. O Internacional, que tinhaValdívia e os dois laterais como válvulas de escape, quase abriu o placar no fim da etapa inicial. Wellington Silva encontrou espaço, soltou a bomba com o pé di- B Diego Tardelli festeja o gol da vitória que levou o Galo ao sexto lugar no Brasileirão: o time mineiro havia perdido para o Fla no meio de semana reito e exigiu boa intervenção de Victor. Foi a última jogada importante dos primeiros 45 minutos. No segundo tempo, o Inter foi mais perigoso. Rafael Moura, seu jogador de referência no ataque, perder duas chances claríssimas. Levir Culpi tentou fazer o Galo ficar mais ofensivo. Trocou Maicosuel e André por Luan e Marion, e até mesmo abriu mão de um vo- lante. Foi aí que o Galo resolveu tentar bola rasteira, de pé em pé. A boa trama com Luan fez o atacante Diego Tardelli receber passe na grande área. Aos 36 do segundo tempo, ele bateu cruzado e não deu chances ao goleiro Dida: 1 x 0. No dia em que completou 200 jogos pelo clube, Tardelli anotou seu 105º gol e garantiu a sexta posição provisória. ATLÉTICO-MG 1 Dida; Wellington Silva (Claudio Winck), Ernando, Juan e Fabrício; Ygor, Wellington, Aránguiz, D'Alessandro (Alex) e Valdivia (Otávio); Rafael Moura Técnico: Abel Braga 0 INTER Victor; Alex Silva, Leonardo Silva, Jemerson e Pedro Botelho; Josué, Rafael Carioca (Jô), Dátolo e Maicosuel (Luan); Diego Tardelli e André (Marion) Técnico: Levir Culpi Gol: Diego Tardelli, aos 36 minutos do primeiro tempo ■ Cartões amarelos: D’Alessandro, Wellington, Luan, Tardelli e Dátolo Público e renda: não divulgados Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP) Botafogo vence e ganha fôlego 1 BOTAFOGO Jefferson, Edilson, Bolívar, André Bahia e Junior Cesar: Aírton (Bolatti), Gabriel, Ramirez e Daniel (Yuri Mamute): Zeballos (Sidney) e Ferreyra Técnico: Vagner Mancini 0 CHAPECOENSE Danilo; Fabiano, Rafael Lima, Grolli e Ednei; Wanderson, Abuda (Tiago Luis), Dedé (Rychelly), Camilo (Mailson) e Zezinho; Bruno Rangel Técnico: Celso Rodrigues Gol: Ramirez, aos 31 minutos do primeiro tempo ■ Cartões amarelos: Ferreyra, Bolívar e Fabiano Renda: R$ 273.615,00 Público: 15.909 Árbitro: Anderson Daronco (RS) aos dez minutos, após cobrança de escanteio. O Botafogo continuava sem conseguir penetrar na área e ainda contava com os laterais Edilson e Junior Cesar pouco inspirados nos cruzamentos. Além de não jogar bem, o Botafogo ainda era prejudicado pelos erros da arbitragem que marcou dois impedimentos inexistentes de Fereyra e Zeballos quando eles estavam em boa posição, na grande área. Aos 31 minutos,o Botafogo marcou o primeiro gol. O meia Ramirez recebeu no bico da grande área, cortou para o meio e bateu colocado, no ângulo esquerdo de Danilo que se esticou, mas não alcançou. Claudio Roberto Reis/Divulgação Botafogo festeja o gol de Ramirez, estrela solitária do triunfo no Maraca A Chapecoense voltou para o segundo tempo com uma postura diferente. Seus atacantes tentavam dificultar a saída de bola da equipe carioca, obrigando os zagueiros a apelar para os chutões. O Botafogo caiu muito de produção e só voltou a incomodar aos 30 minutos. Em um ataque veloz, Ramirez arriscou um chute calibrado e obrigou o goleiro Danilo a desviar para escanteio. 16h Estádio Chavinha - Itaporã (MS) ITAPORÃ Roger Paranhos; Wesley, Jaime, Gustavo, Jô; Doriva (Rennan), Buru, Alex Cruz,Uélison Santana; Tiaguinho (Fágner Lins), Joel Técnico: Denilson Rafaine BRASILIENSE Edson; Ângelo, Fábio Braz, Felipe e Cesinha; Douglas, Éderson; Luquinhas, Peninha, Zé Roberto; Claudecir Técnico: Marcos Soares Série D 5ª rodada Árbitro: Antônio Denival de Morais “Claro que estamos preocupados com o problema. Mas faremos de tudo para nos manter na zona de classificação. Depois vamos ver o que pode ser feito”, avisa. No Brasiliense, a falta de pagamento aos jogadores adversários não é um fator favorável ao CMYK capitão Alex Cruz admite que o atraso nos vencimentos prejudica os atletas, mas afirma que não faltará dedicação em campo. Confira o resultado de Palmeiras x Coritiba em: www.df.superesportes.com.br O meia Zé Roberto é uma das apostas do Jacaré, hoje à tarde, em Mato Grosso Luziânia tropeça em casa O Luziânia empatou por 0 x 0 com o Operário-MT, ontem, no Estádio Serra do Lago, na abertura do returno da Série D do Campeonato Brasileiro. Apesar do tropeço, o atual campeão candango divide a liderança do Grupo A6 da quarta divisão justamente com o Operário. Os dois times contabilizam 10 pontos, mas o concorrente é o primeiro graças ao saldo de gols. Depois disso, o goleiro Marcos também se apresentou à torcida e foi ovacionado. Enquanto o ídolo era aplaudido, um telão ao fundo exibia a defesa do pênalti cobrado por Marcelinho carioca, na semifinal da Libertadores de 2000. A reprise inflamou a torcida a entoar o tradicional grito de que “é o melhor goleiro do Brasil”. Quem também esteve na cerimônia, após um show da banda Falamansa, foi Evair. A missão do ex-atacante em cima do palco era relembrar o pênalti cobrado contra o Corinthians, na decisão do Campeonato Paulista de 1993, um dos títulos mais importantes da história do clube. Mesmo sem nenhum dirigente na festa, a torcida cobrou a atual gestão com relação ao desempenho da equipe no ano do centenário. “Paulo Nobre, seu otário, você acabou com o nosso centenário”, gritou a indignada torcida, na Praça da Sé. SÉRIE D Brasiliense defende topo contra Itaporã Após o empate com a Anapolina-GO no domingo passado, o clima no Brasiliense ainda é de paz. Mesmo sem a vitória, o time tem o segundo melhor aproveitamento da Série D do Campeonato Brasileiro e lidera o Grupo 6. No Itaporã-MS, adversário de hoje, o ambiente é oposto. A equipe que recebe o Jacaré, às 16h, no Estádio Chavinha, pode se despedir da competição após o confronto. O elenco está com o salário atrasado e ameaça deixar a quarta divisão por falta de dinheiro. “Não temos como gastar mais do que investimos do próprio bolso e não podemos exigir mais desses jogadores”, confirma Daniel Medeiros, diretor de uma das empresas parceiras do Itaporã. O Paulo Nobre, seu otário, você acabou com o nosso centenário” Torcida do Palmeiras na festa popular de ontem Paulo Campos/AGIF/D.A Press O Botafogo derrotou a Chapecoense por 1 x 0, em partida disputada na noite de ontem, no Maracanã. O único gol do jogo foi marcado pelo peruano Ramirez, em conclusão de muita categoria. Os três pontos conquistados fizeram o alvinegro respirar longe da degola na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O time agora soma 19 pontos, logo à frente da própria Chapecoense e do Flamengo, que joga hoje. Apoiado pela torcida, o Botafogo partiu para pressionar a defesa da Chapecoense, mas as ações se limitavam a cruzamentos que eram bloqueados pela zaga catarinense. A primeira jogada de ataque do time do Sul só aconteceu PALMEIRAS Festa popular celebra 100 anos Jacaré. “Os problemas salariais não entram em campo. Eles vão querer ganhar a qualquer custo”, rechaça o técnico Marcos Soares. Para ele, vencer o Jacaré será determinante para a continuação da equipe do Mato Grosso do Sul na competição. O Itaporã é o vice-líder do Grupo 6, com seis pontos. Marcos Soares fará quatro mudanças para o confronto com o Itaporã. O volante Baiano recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Anapolina e cumpre suspensão automática. Éderson, que agradouaMarcosSoaresnoamistoso contra a seleção da Etiópia, na quarta-feira, assume a vaga. Na lateral direita, Ângelo substitui Dedê. Na esquerda, Cesinha entra no lugar de Kaká. No meio de campo, Peninha preenche a vaga de Rodrigo, machucado.