"Assim como ninguém aprende tanto sobre um assunto como o homem
que é obrigado a ensiná-lo,também ninguém se desenvolve tanto como o
homem que tenta ajudar os outros a se autodesenvolverem." (Peter Drucker).
O novo ambiente empresarial provoca a necessidade das empresas se
tornarem organizações de aprendizagem. Para isso, uma série de mudanças
devem acontecer, sobretudo no perfil do administrador que atua nessas
organizações. Essas mudanças passam por uma série de resistências,
provocadas pelo modelo institucional de ensino, que limita a iniciativa, a
criatividade e o livre arbítrio dentro das empresas. Neste trabalho, porém, são
apresentados alguns modelos de aprendizagem para ajudar aos novos
administradores a enfrentar as mudanças tão repentinas que vêm ocorrendo
dentro e fora das empresas, considerando-se que o perfil do '' novo
administrador" seja um eterno aprendiz, utilizando-se da melhor forma
possível, as novas tecnologias de informação.
O mercado de trabalho está passando por profundas transformações
neste início de século. Cada vez mais profissionais, principalmente no nível
executivo, estão se defrontando com novos desafios, tais como globalização,
descentralização, downsizing e terceirização. As próprias noções de emprego e
trabalho, estão mudando. Nesse sentido, este administrador deverá ter bem
claro em sua mente qual o papel do administrador nesta virada de século; que
conhecimentos ele deve ter e reciclar para se preparar para esses novos
desafios e as habilidades que lhe serão exigidas, num ambiente tão tumultuado
e competitivo.
Hoje, portanto, Globalização é um fator condicionante de toda ação
administrativa. A evolução tecnológica acelerada é outro fator fundamental para
a compreensão das mudanças que estão ocorrendo; além disso, a
descentralização dos processos de decisão e ação é uma reação das
organizações, em busca de agilidade, que está se consolidando cada vez mais.
Neste contexto, porém, o deslocamento do poder e a inversão da pirâmide
organizacional, caminhando para uma horizontalização das empresas é uma
tendência destacada. O uso cada vez mais generalizado da informatização,
onde as novas Tecnologias de Informação, cruzada com a tendência
globalizante, tem produzido efeitos curiosos no ambiente de negócios.
Esse trabalho, porém, visa mostrar que o administrador, como um
agente de transformação dessas relações necessita de um novo perfil,
caracterizado pela necessidade emergente de mudar a sua maneira de
vislumbrar o processo de aprendizagem como uma forma de qualificação e
requalificação profissional, passando a concebê-la como um instrumento de
renovação de seus conhecimentos que ocorre no dia-a-dia das organizações.
Assim, torna-se importante fazer uma análise de como esse administrador
pode se tornar o principal elemento capaz de manter as organizações
competitivas e rentáveis, através da gestão do conhecimento, utilizando-se das
novas tecnologias de Informação como verdadeira aliada.
A Globalização e o novo perfil:
Com a globalização econômica, a temática prioritária no campo
empresarial passou a ser a competitividade. Nesse caminho, a necessidade de
se impor em um mercado sem fronteiras fez com que as economias
substituíssem o trabalho humano pela eficiência e perfeição da alta tecnologia,
muitas vezes gerando desemprego ou realocando trabalhadores para funções
menos nobres.
Existem, atualmente 800 milhões de desempregados em todo o mundo.
Nos países subdesenvolvidos, a situação é ainda pior. É longo o caminho que
precisam percorrer para alcançar o nível de automação do Primeiro Mundo e,
além disso, amargam com freqüência dois tipos de desemprego: conjuntural causado pelo arrocho no crédito e taxa de câmbio que limita as exportações - e
estrutural - provocado pela mudança no processo de produção ou no mix de
bens e serviços produzidos em certos momentos. Esse último, resultante da
substituição do Homem pelas Máquinas.
Essa redução dos empregos nas indústrias também está relacionada
com as mudanças organizacionais. Os administradores estão diminuindo os
cargos de chefia, a pirâmide organizacional e estão terceirizando grande parte
das atividades. Nas empresas modernas, multiplica-se a idéia de que é melhor
subcontratar serviços a contratar gerentes. O objetivo da empresa moderna é
conseguir o máximo de autonomia com o mínimo de intervenção humana.
Respondendo a tantas mudanças, o mercado sugere a necessidade de um
novo perfil profissional: "As empresas não mais precisam de profissionais
eminentemente técnicos, e sim, de pessoas voltadas para os processos de
interpretação, elaboração e transformação". O profissional de sucesso não é
mais aquele especializado em determinado assunto. Hoje, é preciso ter uma
visão globalizada para atender a um consumidor exigente.
Para se obter esta qualificação profissional, entretanto, deve partir das
empresas a iniciativa de oferecer treinamentos, cursos de informática e línguas
estrangeiras e promover seminários internacionais, entretanto, se a empresa
não investir na qualidade de seus funcionários, o profissional deverá tomar a
iniciativa sempre que possível.
Enfim, lidar com essas mudanças, inovações e saber navegar em
informações, lidando competentemente com pessoas em todos os níveis de
poder, e tirando proveito dos conflitos que surgem das crises diárias, são
pontos de preocupação da maioria dos administradores no ambiente atual.
Exigências de um novo cenário...
Atualmente, caminha-se para um ambiente em que o tempo é o recurso
mais escasso e verdadeiramente não renovável. A pressão da reação rápida,
da resposta em curto espaço de tempo, está impressa nas atitudes e
comportamentos e, gerenciar eficazmente o tempo é um diferencial competitivo
tanto para empresas quanto para os profissionais em geral. Portanto, a maioria
dos estudos na área de administração apresentam um cenário baseado na
competitividade, na busca pela qualidade e pela produtividade. Para isso, o
Administrador precisa de uma série de qualidades individuais e profissionais
para ajudar as organizações a alcançar seus objetivos; qualidades estas que
vem sendo cada vez mais valorizadas, considerando-o como um ser dinâmico
e sistêmico, capaz de interagir, de participar ativamente da vida na e da
organização, mesmo com todo o advento da Tecnologia.
Segundo Mariotti (1996),fomos educados num clima de competição,
estimulados a lutar uns contra os outros, sendo que a competição seria própria
da natureza humana, e, portanto, representaria a chave para todas as portas.
E agora, o que fazer diante de um cenário que requer um 'novo
administrador', consciente de sua responsabilidade, mas com limitações
culturais que dificultam a mudança de mentalidade, na forma de pensar , de
agir e de decidir? O foco pode se transformar: da competição, onde pessoas
competem com outras, para a competência, onde pessoas unem esforços,
trabalham em conjunto, visando obter novos conhecimentos, novas
habilidades, descobrindo novas formas de administrar uma organização
baseada na aprendizagem, como processo contínuo de renovação e de
transformação, este sendo, no entanto, o maior desafio do administrador
atualmente.
No entanto, existem ainda aqueles que não admitem ou não querem
enxergar estas modificações de comportamento e ambiente, dificultando as
novas formas de se comunicar dentro da empresa, impedindo até (quem sabe),
a evolução e o progresso da instituição, pensando de forma egocêntrica que o
seu negócio não será afetado por nada disso, pois sua empresa tem anos e
anos de experiência no mercado e ele, como administrador experiente, não
precisa mudar seu comportamento por conta do que ocorre lá fora. Esse
indivíduo está fadado a ser mais um na fila dos desempregados, sendo vítima
desse mercado competitivo o qual ele se negou a enxergar e da sua própria
ignorância de buscar novos conhecimentos, de querer continuar detendo o
controle da empresa em suas mãos, insistindo em continuar naquele ambiente
'competitivo', porém sem 'competência'.
Aquele que não acompanhar e se adequar às mudanças desse novo
cenário de constantes transformações, informatização substituindo mão-deobra humana, que insistir nessa cultura de constante competição, esquecendose que o que se está exigindo atualmente ao invés de administrador
competitivo é o administrador competente, estará fora do espetáculo bem antes
que se imagina, pois o cenário está em reformas...
Um desafio para o Administrador: Gestão do Conhecimento:
A humanidade está inserida na era da informação. O grande volume de
informações existentes contribui para tornar o conhecimento uma 'arma' a
disposição das pessoas e das empresas para vencer a competitividade. A
comunicação passou a ser valorizada, pois é o meio pelo qual se disseminam
as informações, agregando valor aos indivíduos que conseguem transformar
essas informações em conhecimentos. Há a necessidade de uma grande
habilidade de relacionamento interpessoal, em aspectos como linguagem,
comportamento, vivência multicultural e habilidade para negociação. Existe
uma demanda por conhecimentos atualizados em Tecnologia da Informação, e
seus impactos no ambiente de negócio, em seus diversos aspectos internos e
externos à empresa. É crucial a capacidade - técnica e instrumental - de
pesquisar, selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e manipular
informações, tanto oriundas do meio ambiente, quanto as oriundas de dentro
da empresa
Há uma necessidade muito grande de saber lidar com a inovação, em
todos os aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação,
com agilidade, para aproveitamento da situação. É fundamental a preparação
para interagir, através de cursos direcionados, dinâmicas de grupos com
profissionais especializados, adquirir mais e melhores conhecimentos dos seus
companheiros de trabalho; monitorar e influir no clima organizacional, nos
fatores de estimulo e motivação, e na cultura organizacional, através de seus
valores, hábitos e crenças.
O administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu
mercado e seus clientes, criando comportamentos alternativos. Essa visão das
transformações e movimentos no meio ambiente é que poderá nortear as
decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para lidar com a tecnologia e seus efeitos colaterais - é crucial para o sucesso empresarial.
Porém, as mesmas razões que levam um administrador ao sucesso
podem fazer sua carreira descarrilar. De 30 % a 50% dos executivos de grande
potencial descarrilam, em geral, por não criarem comportamentos alternativos.
Esses executivos agem se esquecendo de alguns fatos que podem ser cruciais
para sua carreira, tais como: desatenção com as pessoas, mau desempenho
em grupo, falhas na imagem e comunicação, insensibilidade à reação dos
outros, dificuldade com autoridade, visão estreita ou ampla demais, indiferença
e trabalho em isolamento. É preciso transforma-se numa pessoa melhor, saber
quando seu ponto forte deixa de ser um motor de arranque e passa a ser um
fardo pesado para carregar, e só se conseguirá isso através da busca de novos
conhecimentos, baseando-se na melhoria de seu comportamento para melhor
se adaptar ao novo ambiente inovador.
Um modelo de aprendizado:
Além das formas tradicionais de aprendizado e as citadas, existe uma
nova concepção de aprendizado, apresentada por Wick & León (1997),
baseado
no S.A B.E.R, composto de cinco passos interligados:
a)
b)
Selecionar: escolher uma meta que seja fundamental para você e para
sua empresa;
Articular: determinar como você vai atingir a meta;
c)
d)
e)
Batalhar: colocar o plano articulado em prática;
Examinar: avaliar o que e como você aprendeu; e
Recomeçar: determinar sua próxima meta de aprendizagem.
"A transformação está ligada ao aprendizado em profundidade, que
questiona e rompe com os meios e resultados existentes ou 'antigos' e conduz
a meios radicalmente novos" ( Gold, 1995, p.134).
Para isso o perfil do administrador deve englobar características que o
tornem um administrador que APRENDE, e no entanto, dispor de alguns
requisitos básicos para a aprendizagem organizacional:







Curiosidade intelectual;
Modéstia;
Autocrítica vigilante;
Capacidade de imaginar futuros alternativos;
Apetite pelo feedback;
Mecanismos conscientes para criar, coletar e disseminar
conhecimentos,
Predisposição à experimentação.
Assim sendo, provavelmente, esse administrador terá mais
disponibilidade para acatar esses novos conhecimentos, tendo como alvo, sua
qualificação e excelência como profissional.
Administrador do Passado versus Administrador do Terceiro milênio:
Segundo Wick & León (1997), pode-se fazer uma comparação entre o
administrador do passado e o administrador do futuro, que na realidade
pertence a um futuro que já deveria estar presente nas organizações, como
mostra o quadro abaixo:
OS
ADMINISTRADORES
PASSADO
Aprendiam
ensinava
quando
alguém
DO OS
ADMINISTRADORES
TERCEIRO MILÊNIO
lhes
DO
Procuram deliberadamente aprender
Reconhecem o poder do aprendizado
Achavam que o aprendizado ocorria
decorrente da experiência de trabalho
principalmente na sala de aula
Responsabilizavam
carreira
o
chefe
pela Sentem-se responsáveis pela sua
própria carreira
Não eram considerados responsáveis Assumem a responsabilidade pelo
pelo próprio desenvolvimento
seu próprio desenvolvimento
Acreditavam que sua educação estava Encaram a educação como uma
completa ou só precisava de pequenas atividade permanente para a vida toda
reciclagens
Não percebiam a ligação entre o que Percebem como o aprendizado afeta
aprendiam e os resultados profissionais os negócios
Deixavam o aprendizado a cargo da Decidem
instituição
aprender
intencionalmente
o
que
Quadro 01 - Análise comparativa entre os Administradores do passado e os Administradores do terceiro
milênio. Fonte: Wick & León (1997)
O quadro 01 demonstra que os administradores devem se
responsabilizar pelo próprio aprendizado e estar conscientes que o seu
desenvolvimento pessoal e profissional dependem muito mais das suas ações
pessoais na busca de novos conhecimentos.
Daí poder-se citar o caso de diferenças etárias nas organizações, onde
ainda hoje é visto como um problema. Vê-se pessoas jovens bem sucedidas e
outras, de maior idade, que não conseguem atingir os objetivos que traçaram
há anos. Isso pode ser perfeitamente explicado pelo quadro acima, tendo em
vista a grande concorrência no mercado de trabalho, onde os jovens estão
buscando com mais ansiedade seus objetivos, tendo maior poder de decisão
sobre suas atitudes, poder de escolha entre o que fazer ou não, aprender ou
não, se responsabilizando pelos seus próprios atos.
De fato, sem se atualizar, qualquer profissional será descartado, tenha
ele 70 ou 25 anos de idade. As pessoas têm a capacidade de surpreender, de
se atualizar, de virar o jogo. Portanto, ainda não inventaram nada melhor do
que a experiência; sendo assim, está sendo muito utilizado em grandes
empresas, se colocar jovens empreendedores, cheios de novos conceitos e
idéias junto com veteranos para trabalharem como incentivo à troca constante
de experiências.
Dessa forma, as empresas devem contar com a experiência dos
veteranos que conhecem muito sobre ela e a força dos jovens, cheios de idéias
e ideais. Ambos se completam.
O administrador e a Internet:
A Internet está hoje em todos os lugares na vida do administrador. Na
empresa, ou na vida particular, o gestor de negócios se depara com a presença
da Internet a todo momento. O comércio eletrônico está mudando a forma
como as empresas fazem seus negócios, o comportamento do consumidor online está cada vez mais diferenciado. A comunicação organizacional está
entrando em um outro patamar com as Intranets. A cooperação entre as
empresas está criando novas alternativas de redução de custo de
produtividade com as extranets. Enfim, modelos totalmente novos estão
surgindo, e acompanhar essas mudanças não é nada fácil, mas absolutamente
necessário num ambiente competitivo globalizado como o atual.
Não é só na estratégia competitiva e nas relações externas que a
Internet é uma nova variável, que muda completamente a equação do sucesso.
Na gestão interna da empresa também o impacto das tecnologias ligadas à
Internet é grande. Graças ao advento do e-mail e das intranets, por exemplo,
muito do "capital intelectual" das empresas está encontrando uma nova
alternativa e valorização. A agilidade dos processos internos está aumentando
vertiginosamente, impactando a forma como se estrutura e administra as
organizações.
Porém, muito se tem veiculado sobre a explosão da Internet, e muitos
aspectos da sociedade passam a ser discutidos com essa perspectiva. O ecommerce, o marketing eletrônico, os serviços de suporte a clientes via correio
eletrônico são alguns dos aspectos importantes da Internet para as empresas,
e que vem sendo discutidos cada vez mais nos meios de Administração e de
Tecnologia da Informação.
Esse tipo de comunicação ainda recente, ainda não está sendo alvo de
grandes estudos, estando o assunto longe de esgotar o interesse científico e
acadêmico. A Internet é realmente útil para todos, porém é um verdadeiro
desafio, pois a tecnologia é cada vez mais complexa, os softwares são cada
vez mais sofisticados, a necessidade de treinamento é cada vez maior e o
custo de administração desses sistemas se eleva continuamente; portanto,
comprar é cada vez mais fácil, mas gerenciar esta compra ainda é muito caro.
A crença de que a Internet permite que qualquer empresa atue
globalmente em todos os mercados, tem levado, principalmente as pequenas
empresas a procurarem a Internet como alternativa de marketing e prospecção
de novos mercados. Outrossim, é necessária toda uma estrutura por trás da
operação, um administrador que realmente se intere dessa nova pauta, para
garantir o plano desejado e a entrega dos produtos e serviços a seus clientes.
A rapidez tem sido, talvez, o maior desafio das empresas, além da
exigência de eficiência e eficácia dos administradores de empresas. Assim, nas
organizações hoje, a maioria pensa estar indo rápido quando, na verdade, o
que acontece, é apenas se estar tendo pressa. A verdadeira rapidez é uma
particularidade da ação, não do pensamento. É necessário planejar
cuidadosamente, para, então poder agir rápido. E isso o administrador de
empresas deve ter em mente sempre que se deparar com novas Tecnologias
de Informação, sabendo utilizar dessas informações e da Internet propriamente
dita, para melhor auxiliá-lo em seus afazeres, não se esquecendo da memória
organizacional, pois sem memória, sem se conhecerem, as empresas ficam
fadadas a cometerem os mesmos erros constantemente. Uma memória ativa,
um administrador eficiente e uma correta utilização das novas TI , permitirão a
esta empresa queimar algumas etapas, simplificar caminhos e assim, como a
velocidade da ação cobra o tempo do planejamento, a memória do passado é
crucial para as ações futuras.
A Internet está aí para auxiliar a todas as pessoas que queiram 'ganhar
tempo' de alguma forma, mas, são necessários alguns princípios para se ter
eficiência com essa nova ferramenta de trabalho: Ter um bom treinamento para
melhor utilizá-la; saber discernir o que é útil e o que é fútil; o que é e o que não
é compatível com suas necessidades.
Uma questão a ser revista:
O problema pode ser o da explosão da "não-informação". Essa
discussão é importante para a questão do administrador neste século, uma vez
que estamos entrando em um novo ciclo econômico, fortemente baseado em
Tecnologia da Informação, conhecido como Era da Informação, ou ainda Era
do Conhecimento. Essa Era da Informação pode criar novas formas de
participação para as pessoas, interrelacionando diferentes culturas.
O administrador precisa tanto da criatividade, da agilidade, da
capacidade de se modificar, de se adaptar continuamente, quanto da
confiança, constância e permanência de seus sistemas de informação. A
empresa precisa de ambos: criatividade e rapidez. A solução dessas questões
é fundamental no processo de formação desses "gestores de conhecimentos",
ou seja, de cada um de nós daqui para frente!
A imagem dessa era, no entanto, ainda se concentra em tecnologias de
hardware, produção em massa, estreitos modelos econômicos de eficiência e
competição, e é mais uma extensão de idéias e métodos industriais do que um
novo estágio no desenvolvimento humano, ou seja, "ou o administrador
gerencia mudanças, ou não administrará nada!"
Todos os aspectos levantados neste trabalho demonstram que o perfil
do administrador de hoje, é o de um eterno aprendiz, capaz de levar o seu
aprendizado para o ambiente das organizações. Além disso, o aprendizado
pode se tornar um instrumento capaz de guiar todas as suas ações, tornandose uma verdadeira filosofia de vida. As empresas modernas devem se tornar
gestoras de conhecimentos para ajudá-las a se transformar continuamente e
sobreviver às mudanças tão rápidas que vêm ocorrendo no ambiente
empresarial. Para isso, é necessário a mudança do perfil do administrador,
que, além de uma formação técnico-científica, deve ter uma formação
humanística, interdisciplinar e sistêmica, levando a aprendizagem para todos
os níveis organizacionais, através de novas Tecnologias de Informação,
introduzindo, portanto uma nova concepção de administração nas
organizações.
A TI e suas influências no Cenário Empresarial:
TI pode ser o catalisador de modelos de negócios de alta-tecnologia e
tornar as empresas flexíveis para enfrentar rápidas mudanças de cenários de
mercado. Por outro lado, pode ser um inibidor se as estratégias de TI
falharem.
Por quê? Tecnologia e informação têm se tornado tão importante para
as operações das empresas que, às vezes, pequenas mudanças nos
sistemas de aplicação podem afetar dramaticamente muitas áreas de
negócios.
Apesar da importância de TI para as organizações, as áreas de
negócios ainda citam o baixo alinhamento de TI com os objetivos
empresariais. Esses cenários que foram descritos por Richard L. Nolan em
1979 no seu livro Managing the Crises in Data Processing, ainda são válidos
nos dias de hoje. Segundo Nolan, o crescimento do processamento de
dados traz uma série de problemas em todos os aspectos organizacionais
de TI: sistemas de informação, usuários, tecnologia, ferramentas de gestão
de especialistas em TI etc.
Observando criticamente esses problemas que são decorrentes dos
diferentes níveis de maturidade tanto das áreas de negócios das empresas
como das organizações de TI. Em alguns casos, situações de
desalinhamento entre TI e as áreas de negócios são cíclicos, dependendo
dos lideres.
Com esse perfil de atuação, dificilmente a organização enxergará a TI
com potencial para liderar inovações tecnológicas na transformação de
negócios na busca de diferencial competitivo.
Dentro de um cenário empresarial dominado por sistemas integrados
de gestão (SAP, Oracle Enterprise, Microsiga, Datasul e outros) a ação de
programadores nas empresas está ficando cada vez mais restrito, abrindo
espaço para os especialistas no negócio. Profissionais que atuam nessa
área estão obtendo ótima remuneração.
Para as empresas pode ser mais eficaz contratar profissionais
especialistas nos negócios e oferecer um curso de pós-graduação em
informática, externamente ou internamente através da sua Universidade
Corporativa. Essa é uma proposta que deve aproximar mais a TI das áreas
de negócios uma vez que esse profissional “fala” a linguagem do negócio.
Apesar da importância da área de TI para as empresas, ainda existe
um distanciamento entre a expectativa das áreas de negócios e as entregas
de TI. Uma das causas desse desentrosamento é a formação dos
profissionais de TI. As faculdades de informática estão muito orientadas a
tecnologia e existem poucas iniciativas de formação de empreendedores. O
Administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que é
um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de
mudanças da organização, e se essa nova concepção de organização for
introduzida com sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das
organizações, chegando aos lares dos funcionários, mudando toda uma
sociedade. É, portanto, uma nova modalidade de responsabilidade social e
tecnológica que se encontra nas mãos dos grandes gestores das
organizações.
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