EXAMINADORES
Há crianças, nas letras primárias, dominando o
alfabeto.
Há irmãos, em lutas menores, penetrando os
domínios da experiência.
Observando a Terra, do ponto de vista
espiritual, podemos compará-la a imensa
escola, com vários cursos educativos.
O aluno inicia o aprendizado pelo número de
matricula.
O Espírito começa o grande estágio carnal pela
certidão do berço.
O primeiro ingressa na classe que lhe compete.
O segundo é conduzido ao ambiente a que mais
se ajusta.
Pequeninos, sorriem no jardim da infância,
ensaiando idéias da vida.
Almas primitivas, na verdura da selva, adquirem
noções de comportamento.
CAMPANHAS “
Existem jovens, nos bancos da instrução
intermediária, disputando conquistas mais altas.
Possuímos inúmeros companheiros em tarefa
importante, marchando para mais elevados
conhecimentos.
Contam-se ainda, aqueles que se ergueram às
instituições de ensino superior, buscando a
especialização profissional ou científica, de
modo a participarem da elite cultural, no
progresso da Humanidade.
Vemos igualmente, corações amadurecidos, a
transitarem na universidade do sofrimento,
procurando as aquisições de amor e sabedoria
que lhes confiram acesso ao escol da
sublimação, na Espiritualidade Vitoriosa.
Assim nos vejamos no circulo das grandes
PERMANENTES” DA
Recebamos desse modo, os parentes difíceis e
os amigos complexos, os adversários gratuitos e
os irmãos desafortunados, tanto quanto
aqueles que nos apedrejam e ferem,
perseguem e caluniam, por EXAMINADORES
constantes de nosso aproveitamento nas
ciências da alma, por instrutores na luta
cotidiana.
E, lembrando de que o próprio Cristo sofreu
ironia e espancamento entre eles, no dia da
cruz, vamos nos asserenar na banca de provas
em que nos encontramos, aprendendo a
valorizar, em nosso próprio favor, o poder de
humildade e a força da compaixão.
Página extraída do livro RELIGIÃO DOS
ESPÍRITOS. – psicografia de FRANCISCO
CANDIDO XAVIER pelo espírito de
EMMANUEL .
CEAL
1 – CESTAS BÁSICAS: Doe alimentos não perecíveis. Serão entregues
às famílias das mães carentes que freqüentam o “Clube de Mães” todas as
5as. Feiras às 14:30 horas em nossa sede.
2 – LATINHAS DE ALUMÍNIO: Os valores arrecadados na venda deste
material reciclável, destina-se às nossas obras assistenciais.
3 – NOVOS SÓCIOS : Para continuar a atender a várias famílias, a CEAL
precisa de novos sócios contribuintes. COLABORE. Contribua de acordo
com suas possibilidades.
4 – LEITE E PÃO: Com o reinício das atividades do
Departamento de Assistência Social a CEAL continuará a fornecer
lanche às 5as.feiras para as mães e suas crianças carentes.
O LEITE e o PÃO, são extremamente necessário,
se puder, ajude-nos!
5 – Também aceitamos doações de: ROUPAS, CALÇADOS
e OBJETOS usados e em bom estado.
Nesta Edição
Aflições ou dos grandes problemas, é que já
ascendemos aos centros de adestramento
maior para a assimilação de virtudes excelsas.
21 de fevereiro completa 50 anos de luz,
progresso, trabalho e realizações, levando
adiante o compromisso de divulgar o
Evangelho do Mestre Jesus e prestando
assistência a todos os que aqui procuram
auxílio.
A moral é a regra do bom proceder...
As pessoas que têm moral são as que procedem bem, ou
seja, têm hábitos positivos. Agir moralmente é ter atitudes
que promovam o bem geral.
Moral desta forma, está relacionada à ação, aos hábitos
adquiridos.
Podemos melhorar moralmente e, para isso, não existe outro
caminho senão o que passa pela aquisição de bons hábitos
MATRICULAS 2012
AO LEVANTAR-SE
Área de Ensino da CEAL
Agradeça a Deus a benção da vida, pela manhã.
Início em 01 de março de 2012
Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de
serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as
próprias atividades.
CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO
1o ANO BÁSICO DE ESPIRITISMO
2o ANO BÁSICO DE ESPIRITISMO
Levante-se com calma.
CURSO DE APRENDIZES DO EVANGELHO
Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que
gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.
ESCOLA DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
As aulas acontecem sempre às quintas-feiras, das 19:45
às 21:30hs.
VENHA CONHECER A DOUTRINA ESPÍRITA.
Inscrições abertas !!!
Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar
para o bem.
Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é
preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe.
Do livro SINAL VERDE
Pag. 4
CEAL
Ano XVII– no 84
Casa Espírita André Luiz
INFORMATIVO – Janeiro/Fevereiro 2012
Depto de Divulgação da CEAL
EDITORIAL
Ainda tem muita gente que não entende outra caridade senão aquela que se faz doando
roupas, ou repartindo o pão aos sábados e aos domingos com os mais necessitados. Ou ainda
aqueles que esperam uma calamidade pública para lembrar-se de ajudar aos atingidos ou até
fazendo apelos através da imprensa para enviarem ajuda.
Sem dúvida, há méritos nesse seres e nessas ações, porém, temos que reconhecer que existe
outras tantas maneiras de ajudar nossos irmãos, e a sublime atitude de caridade se estende
aos atos de expressão de amor cristão, com todas as manifestações de nossa vida.
PAULO nos lembra que estender a mão e começar a distribuir calor humano, confortando os
que vivem em dificuldades, é virtude possível de exercitarmos. Todos temos potencialidades
para praticar a caridade de várias formas:
•Falar e ouvir; - impedir algum sofrimento que nos seja possível, através de uma palavra de
conforto, ou ouvindo com paciência o desabafo de irmãos que sentem necessidade de um
ombro amigo;
•Esquecer e recordar; Através do exercício do perdão, para nós e incentivando a outros que se
chegarem a nós, com a dificuldade natural de perdoar, incentivando-os ao esquecimento e à
ocupação das mãos para ocupar o coração, esquecendo então a mágoa, ou recordando coisas
e atitudes boas, àqueles que só pensam negativamente, atraindo as energias próprias,
dificultando a caminhada.
•Usarmos nossa boca, ouvidos, pés como ajudantes das mãos nos serviços fraternos do bem.
Cada pessoa, cada coisa, necessita da nossa contribuição da bondade, de modo às vezes
diferenciado. Se buscarmos expandir o “amor sublimado” que PAULO nos fala, esclarecendo a
tantos quantos buscam a Casa do Pai, estaremos sempre acompanhados de irmãos maiores,
gerando energias boas e expandindo esse amor em nós.
Se conseguirmos desempenhar as mínimas tarefas COM CARIDADE, desde agora, sem dúvida
encontraremos a retribuição espiritual nos renovando dia a dia e nos ajudando também a
superarmos nossas provas com entendimento e devotamento ao PAI.
NESTA
EDIÇÃO
LEI DE
CONSERVAÇÃO
Sem dúvida, existe caminhos com pedras e espinhos, mas se nos fixarmos no Mestre,
passaremos e poderemos contribuir com nossa pequena parcela na busca da nossa evolução e
na evolução de outros irmãos também, apoiados no Evangelho e nos exemplos de Jesus que
por acréscimo de misericórdia do Pai, temos às mãos para nos orientar.
Departamento de Divulgação
AURA NOSSA
DE CADA
INSTANTE
GUARDEMOS
O ENSINO
EXAMINADORES
50 anos da
CEAL
Se você quer ser feliz entenda que “FORA DA CARIDADE NÃO HÁ
SALVAÇÃO” e SORRIA, você está a caminho da felicidade!!!
Pag. 1
A desigualdade social É obra do homem e não de Deus. Eterno
somente Suas leis. Vê-se diminuir a desigualdade social pouco a pouco,
portanto não é eterna. Desaparecerá com a eliminação do orgulho e o
egoísmo que é a Praga Social. Aí então os seres serão avaliados pelo
espírito e não mais pela posição social.
A posição elevada neste mundo e a autoridade sobre seus
semelhantes são provas tão grandes e tão difíceis quanto a miséria,
porque, quanto mais se é rico e poderoso, mais se tem obrigações a
cumprir e maiores são os meios para se fazer o bem e o mal. Deus
experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo uso que faz dos seus
bens e do seu poder. A riqueza e o poder fazem nascer as paixões, que
nos ligam à matéria e nos afastam da perfeição espiritual.
Deus não deu as mesmas aptidões para todos os homens, mas Ele
criou os espíritos, todos iguais. A diferença está no grau de
experiência e da vontade que é o Livre Arbítrio. Aí uns se aperfeiçoam
mais rapidamente, por isso a variedade de aptidões. Também por isso
é que cada um tem uma função, podendo os mais adiantados ajudar o
progresso dos mais atrasados e dessa forma precisarmos uns dos
outros, cumprindo então a Lei de Caridade.
O homem consciente de seus deveres deve utilizar todos os recursos
disponíveis ao seu alcance, para evitar a exploração do seu semelhante,
do seu próximo, do seu irmão, auxiliando para que se observe
plenamente a Lei de Conservação, pois ao buscarmos auxiliar,
estaremos aprendendo, caminhando, progredindo, evoluindo e
buscando a felicidade nossa e de nosso próximo, conforme Jesus nos
ensinou tantas e tantas vezes no seu Evangelho redentor. E a Doutrina
Espírita dá a todos que queiram trilhar o caminho do bem, direção
própria e oportuna quanto ao que fazer com o tempo livre, de maneira
a conciliar o lazer, o descanso, e o trabalho, com atividades que nos
engrandeçam espiritualmente.
Não se pode censurar o homem que procure seu bem-estar, pois
procurar seu conforto é uma conduta plenamente natural. A Lei de
Conservação obriga o homem a prover as necessidades do corpo,
porque sem a força e saúde torna-se impossível o TRABALHO.
LE livro terceiro – Cap. V
Aura nossa de cada instante
Waldehir Bezerra de Almeida
Denomina-se aura a carapaça em formato ovóide existente em torno do corpo físico, resultante de forças físico-químicas e mentais
produzidas pelos nossos pensamentos e sentimentos; é fulcro energético, peculiar a cada indivíduo, revelando o campo magnético em que
ele se situa.
Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à
natureza. No homem, contudo, semelhante projeção surge profundamente enriquecida e modificada pelos fatores do pensamento contínuo
que, em se ajustando às emanações do campo celular, lhe modelam, em derredor da personalidade, o conhecido corpo vital ou duplo
etéreo de algumas escolas espiritualistas [...]1
A nossa aura se modifica a cada instante, numa alternância de relâmpagos incessantes, provocados pelo teor dos pensamentos, dos
sentimentos preservados e das emoções que identificam as nossas tendências. Serve de instrumento de identidade aos seres espirituais
que nos circundam. Estudiosos que se aprofundam na origem, constituição e função da aura humana, informam que as cores nela vistas
pelos clarividentes têm significados próprios, diagnosticando as condições morais, espirituais e físicas do indivíduo. Por exemplo, azul:
sublimação de Espírito; branco-azulado: pureza, amor e caridade; alaranjado: ambição e orgulho; vermelho: paixões violentas, raiva,
sensualidade; preto: ódio, vingança e ação maléfica; cinzento: depressão, tristeza e egoísmo.2 Atentemos para o que nos diz André Luiz.
Em Obreiros da vida eterna é narrado o episódio em que o fogo purificador se aproxima dos habitantes das regiões umbralinas. Naquele
momento, muitos dos presentes pedem ajuda para dele se safar, abrigando-se na Casa Transitória, esta então preparando-se para afastarse do local, levando consigo os que estivessem com propósitos sinceros de se reformar intimamente. Um deles que ali mourejava se
aproxima de André Luiz, posta-se de joelhos e implora por piedade, afiançando que está disposto a reabilitar-se! Nesse instante a irmã
Luciana se aproxima, fixa bem o implorante e declara:
Oh! como é horrível a atividade mental deste pobre irmão! Veem-se-lhe no halo vital[aura] deploráveis lembranças e propósitos
destruidores. Está amedrontado, mas não convertido. Pretende alcançar a nossa margem de trabalho para se apropriar dos benefícios
divinos, sem maior consideração. A aura dele é demasiadamente expressiva…5 (Destacamos.)
Aprendemos com esse texto:
a) nem sempre as nossas palavras estão consonantes com o nosso íntimo; podemos enganar irmãos inexperientes, ingênuos e crédulos,
mas não os Espíritos esclarecidos;
b) pela mudança constante da nossa aura para melhor é que os Espíritos amigos e inimigos atestam se estamos mesmo realizando a
reforma íntima que buscamos demonstrar com atos exteriores.
Pelo estado aural em que nos encontramos, os Espíritos nos identificam e por ela atraímos para nosso convívio entidades espirituais que
se nos assemelham pelo teor vibratório. Logo, é oportuno lembrarmo-nos da importância e função que ela tem no processo de intercâmbio
com os Espíritos em qualquer situação e, em especial, numa reunião mediúnica.
A aura é, portanto, a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do Espírito, em todas as
nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas Inteligências Superiores,
sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição
inferior à nossa. Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento,
sem necessidade das palavras para as simpatias ou repulsões fundamentais.
.
Convém perguntemos a cada instante como está a nossa aura e como poderemos melhorá-la
RIE jan/2012
Pag. 2
REFLEXÃO
Uma reflexão no ano novo que se inicia:
Somos companheiros de longa jornada,
vivenciando uma nova programação reencarnatória, sob as
bênçãos de Deus e amparo de Jesus.
Hoje, envolvidos pelas luzes da Doutrina Espírita, e amparados
pelos benfeitores espirituais, podemos exercitar, de maneira mais
segura, pela força da fé raciocinada, o exercício na prática do
bem.
Promovendo e incentivando o estudo da Doutrina, e unidos no
sentimento de caridade, moral e material, nosso desafio é
perseverar na tarefa e avançar na senda do progresso espiritual,
conciliando o cumprimento dos deveres materiais e espirituais.
A divulgação do Espiritismo, apoiando-se nas bases seguras da
Codificação, precisa continuar espalhando a essência dos
ensinamentos de Jesus, hoje compreendidos em espírito e
Nesta Edição
verdade, nos quatro cantos do mundo, com fraternidade e amor, à
luz da Terceira Revelação.
No estágio evolutivo em que nos encontramos, felicidade é um
estado de espírito, que podemos alimentar seguidamente através
do trabalho, certos de que o amparo espiritual não nos falta, em
havendo sintonia satisfatória.
Sintamo-nos fortalecidos para seguir adiante, com humildade, que
favorece o equilíbrio e a harmonia. - A reforma íntima deve ser
sempre lembrada, e a consciência tranquila sempre buscada.
Quem trabalha na direção do bem está na linha do aprimoramento
espiritual.
As obras de caridade e amor ensejam-nos a oportunidade de
exercitar os valores espirituais e morais, que o estudo da Doutrina
Espírita já nos levou a compreender. Ajudam-nos a colocar em
prática a teoria já assimilada.
Guardemos o Ensino
Walkiria L. de Araújo Cavalcante
"Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos." - Jesus. (LUCAS, 9:44.)
Quando nos deparamos com situações que nos causam tristeza, temos como primeiro impulso procurar ajuda. A orientação religiosa que possuímos
ajuda-nos a termos uma resignação que, para alguns, serve de afronta por não nos revoltarmos.
As palavras de Jesus são proféticas: "Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos." Por mais que tenhamos frequência constante, na Instituição Espírita
à qual estejamos vinculados, se não colocarmos em nós as palavras que estamos ouvindo, seremos meros frequentadores. A nossa conduta será a
mesma de tempos atrás, quando adentramos pelas portas da Instituição, acreditando que os nossos problemas iriam passar como mágica.
Há uma bela figura de linguagem que Mateus utiliza, a qual ilustra bem o que dissemos anteriormente: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a
porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. – Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o
caminho que a ela conduz! E quão poucos a encontram! (Cap. VII, vv. 13 e 14). Evidente que a porta aí descrita não é uma porta física! Sabemos que o
estar encarnado nos solicita e envolve em várias situações, as quais chamamos materiais, que trazem bem-estar, proporcionando sempre o desejo de
continuar vivendo esta situação sem ter prazo para acabar. Por isso, o nosso limite se amplia e não ouvimos as palavras que nos são ditas ou não
registramos as palavras que lemos.
Muito se fala que precisamos ser e não ter. Mas o que significa ser? Quando acolhemos alguém que passa por dificuldades, trazendo-lhe alento, somos;
quando procuramos ser útil no nosso lar, muitas vezes disfarçando não ouvir ou ver determinadas coisas, somos; quando agimos com paciência,
tolerância e amor, somos. Somos os filhos bem-amados de Deus que procuramos, assim como Jesus, sermos mensageiros da paz onde nos
encontramos.
Em relação à definição do ter, possuímos mais facilidade de entender, pois a vivenciamos. Mas não podemos perder de vista que estamos encarnados,
não sabemos por quanto tempo, mas estamos. Precisamos utilizar melhor as ferramentas que Deus colocou em nossas mãos, para podermos avançar
no aprendizado e, consequentemente, na evolução espiritual. Não estamos dizendo, com isso, que não temos o direito de ter, mas que precisamos
saber ter. Precisamos olhar ao nosso redor e verificar que não estamos sozinhos no mundo. Somos todos elos de uma grande corrente da qual não
conseguimos vislumbrar o começo, mas sabemos que o final está em conexão perfeita com Deus.
Quando oramos ao Pai, não é a quantidade de palavras ou a ênfase que damos a elas que demonstram a nossa ligação com Deus. São as nossas
atitudes. Por isso, não devemos proferir palavras, sem antes tentar praticá-las. Pois elas serão ocas, e aqueles que nos ouvem perceberão que somente
as proferimos, mas que não as praticamos ou que, pelo menos, não nos esforçamos para praticá-las. Às vezes, nos detemos diante de uma palestra da
qual não extraímos nenhuma mensagem edificante, mesmo que esta tenha sido pautada nos melhores ensinamentos Kardequianos. As palavras não
estão envolvidas do quantum magnético de amor e de compreensão daquilo que está sendo dito.
As práticas exteriores podem beneficiar alguns, favorecer outros, fazer com que tenhamos maiores deferências por onde passarmos, mas, se elas não
forem revestidas da prática interior, servirão aos outros, mas não servirão a nós. Pois o móvel que nos conduz é o aplauso e o reconhecimento alheio.
Esquecemos que o maior reconhecimento que deveríamos almejar é o da consciência, uma vez que ela nos acompanha sempre, mostrando-nos o
caminho a seguir e lembrando-nos quando deturpamos esse caminho, enveredando por falsos atalhos que só atrasam os passos.
Já ouvi de algumas pessoas que tiveram contato com o Espiritismo, que acham as mensagens e as palavras muito bonitas, mas que irão deixar para
outra encarnação. Acreditando, dessa forma, que estão livres da responsabilidade do conhecimento adquirido. Ledo engano. Vivemos num mundo
globalizado e informatizado que nos permite estar em contato com pessoas de outros países, de outras nacionalidades. Mas, o que não muda são os
ensinamentos do Cristo Jesus. Por isso, ser ou não espírita não deveria ser o questionamento. O que deveríamos nos perguntar é se estamos sendo
cristãos.
Mas, para aqueles de nós que entendemos o Espiritismo como doutrina filosófico-cristã, sabemos que possuímos várias formas de sermos úteis ao
próximo e melhores cristãos. Não podemos mais pretextar ignorância, pois temos os ditados dos espíritos a nos iluminar os caminhos. E se não fosse
somente isso, somos também médiuns. “Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas
vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. (ESE, Cap. X, nº
9).
Não podemos dizer mais que não sabemos. O conhecimento nos foi apresentado de uma forma lógica e racional por Kardec, nos livros da Codificação,
destacando, neste momento, O Livro dos Médiuns, no qual ele faz uma bela construção coerente, explicando a existência dos espíritos e,
consequentemente, que somos espíritos encarnados, denominados almas. Podemos escolher entre ter e ser. Se queremos ser, precisamos deixar que as
palavras do Cristo entrem pelos nossos ouvidos e ecoem na alma, provocando a transformação pela qual necessitamos passar, rumando para a
perfeição, seguindo o caminho do nosso irmão maior, Jesus.
Pag. 3
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Jornal CEAL edição jan/fev 2012