Edição 134 ● Ano 12 ● Seu Jeito de Ler ● Junho 2015 MORAR COM LIVROS Uma seleção de títulos de arquitetura e decoração que agregam mais vida em qualquer ambiente ENTREVISTA Noemi Jaffe fala sobre o romance Írisz: as orquídeas NÃO PERCA Descontos de 20% a 60% na promoção de livros importados RETRATO Raul Seixas, o eterno maluco beleza 2 ÍNDICE | junho_2015 5editorial 14promoção Nos dias 27 e 28, livros importados ganham descontos especiais Por Samuel Seibel NOSSAS LOJAS FRADIQUE COUTINHO R. Fradique Coutinho, 915 11 3814-5811 ............................................................... LORENA ............................................................... Foto: Divulgação/GNT Foto: Ninil Gonçalves/Divulgação Alameda Lorena, 1731 11 3062-1063 MOEMA Av. Moema, 493 11 5052-3540 ............................................................... 15lançamento 6entrevista Bela Gil faz sessão de autógrafos em Campinas A escritora Noemi Jaffe fala sobre o seu primeiro romance 16bate-papo Nil Monteiro fala sobre agroecologia 17festa Fique de olho na programação da Flip, que acontece em julho 18retrato Os 70 anos de nascimento de Raul Seixas 20viagem Histórias e lembranças recentes do Navegar é Preciso 22aconteceu 10capa Quando arquitetura e decoração rendem excelentes livros As atrações que movimentaram nossas lojas em maio 39nossas dicas Sugestões para ver, ouvir e ler SHOPPING PÁTIO HIGIENÓPOLIS Av. Higienópolis, 618 11 3660-0230 ............................................................... SHOPPING JK IGUATEMI Av. Juscelino Kubitscheck, 2041 11 5180-4790 ............................................................... SHOPPING CIDADE JARDIM Av. Magalhães de Castro, 12000 11 3755-5811 ............................................................... Campinas GALLERIA SHOPPING Rod. Dom Pedro I, s/nº 19 3706-1200 ............................................................... Curitiba PÁTIO BATEL Av. do Batel, 1868 41 3020-3500 www.livrariadavila.com.br Trabalhe conosco: [email protected] A Revista Vila Cultural é uma publicação mensal da Livraria da Vila • Editor-chefe: Samuel Seibel [email protected] • Editor & Publicidade: Rafael Seibel [email protected] • Jornalista responsável: Sérgio Araújo MTB - 4422 • Programação: Gil Torres [email protected] e Ana Luiza Arra [email protected] • Revisão: Valéria Palma • Colaboraram: Livia Brito e Fernanda Oliveira • Estagiária de criação: Fernanda Oliveira • Capa & Diagramação: Jonas Ribeiro [email protected] 3 EDITORIAL | por Samuel Seibel m meio a tantas informações nebulosas, pessimistas ou inesperadas – inclusive a ausência do ministro da Fazenda Joaquim Levy no anúncio do pacote que ele costurou –, projeções negativas da economia, morte por facadas no Rio de Janeiro, assassinatos a rodo no Oriente Médio, dengue à nossa porta e muitos, muitos et cetera, volto de uma viagem de duas semanas pela Floresta Amazônica com a clara sensação de que o mundo está como está por decisão absoluta de seu habitante mais polêmico, o Ser Humano. Consciente ou inconscientemente, o Homem conseguiu desenhar a Terra à sua Imagem, Pensamento e Ambição. Minha primeira semana fora foi no Navegar é Preciso, projeto da Livraria da Vila que reúne público, autores e artistas no Rio Negro, margeando a Floresta Amazônica. Os passeios pela mata, pelos igapós, igarapés e por comunidades resgatam o que há de mais puro em todos nós: a simplicidade e a capacidade de dar o devido valor à ‘tal’ da Mãe Natureza, além de propiciar algo aparentemente perdido em nosso dia a dia e modo de vida, que é o de bater papo, jogar conversa fora, trocar ideias ou seja lá o nome que se queira dar a este gesto de respeito e interesse por outra pessoa. Terminado o Navegar, que começa numa segunda e termina na sexta, emendamos – eu e minha namorada, Flávia, – em outro programa, perto dali, só que no Pará em vez do Amazonas. Chama-se Alter do Chão, onde o rio majestoso é o Tapajós. Deixamos o conforto do barco para dormir em rede, num retiro de ioga em plena Floresta. Ficamos em maloca, chão de areia, sem parede, teto de palha, formigas, aranha e o grito assustador (na primeira vez) dos bugios, que pareciam estar do nosso lado tal o barulho que faziam. Andamos novamente pela mata, vimos samaúmas, que nosso grupo de 15 pessoas não conseguiu abraçar nem pela metade, nadamos no rio, conhecemos lideranças locais que desenvolvem produtos extraídos dos frutos das árvores, conversamos com pessoas conectadas com o poderio da Floresta e preocupadíssimas com os projetos de hidrelétricas que 4 ameaçam o maior aquífero do mundo. Essas lideranças não são contra a chegada do progresso e a distribuição de energia para os lugarejos e sua população. São contra, isso sim, o verdadeiro destino desta energia, que seriam as usinas previstas para serem instaladas na região e alimentarem as empresas extratoras da enorme quantidade de minério existente sabe-se lá a quantos metros abaixo do solo. Aqui, claro, começa uma importante questão filosófica sobre o que queremos ou não para as nossas vidas, e a vida de nossos filhos e netos. Criamos um modelo de sociedade em que o consumo é lícito, verdadeiro, e todos querem adquirir algo. Na alimentação é a mesma coisa. De um lado, argumenta-se que sem a plantação extensiva de grãos – e consequente derrubada de florestas – não seria possível alimentar a quantidade de humanos que não param de nascer. É verdade. O que fazer, então? Assunto longo e complexo. Certamente o que não colabora muito para a situação é permitir o desmatamento de matas nativas em troca de compensações ambientais que resultam no plantio de eucalipto ou similar, que em nada contribui para a riqueza da terra plantada e muito menos para a que foi derrubada. Iremos cada vez mais ouvir falar de permacultura, agrofloresta e outras formas variadas, criativas e possíveis de conservar a natureza. Ou melhor: não sei se iremos ouvir falar cada vez mais dessas coisas, mas externo neste espaço o meu desejo que isso ocorra. Reconheço o direito dos que investem em suas atividades na busca por resultados. Defendo apenas a necessidade cada vez mais urgente de se pensar em alternativas e perceber que estamos caminhando rapidamente a um impasse entre desenvolvimento e sustentabilidade (termo meio desgastado, mas que traduz com clareza o conceito). Há que se buscar meios que permitam o crescimento da economia e a sobrevivência de nosso querido Planeta. Boa leitura. Abraços. Samuel. Foto: Gil Torres E Uma conversa inadiável 5 ENTREVISTA | Noemi Jaffe A estreia de uma romancista “O real está sem nuances, sem sutilezas. Eu fico tentando enveredar por esse caminho, com muita delicadeza”, diz a escritora Noemi Jaffe, que lança Írisz: as orquídeas, seu primeiro romance 6 sempre meticulosos é que ela gostou da experiência da ficção e já tem uma outra história pronta para virar romance. Para Írisz: as orquídeas, Noemi chegou a entrevistar Armênio Guedes, o ilustre dissidente comunista que morreu recentemente, quando construía, no romance, o personagem Martim, diretor do Jardim Botânico de São Paulo na ficção. “Eu precisava entender o que significou para a militância de esquerda brasileira a invasão soviética na Hungria em 1956, um dos temas centrais da narrativa do romance”, escreveu, no blog da editora. “(...) Como todo bom socialista, Armênio era um otimista. E, nesse otimismo, na dignidade simultaneamente orgulhosa e humilde de quem ajudou a construir a história da esquerda no Brasil, eu conheci um homem íntegro. Espero que Martim também seja assim e que a memória de Armênio Guedes resista e seja honrada num personagem que é ficcional mas que, por isso mesmo, pode nos remeter à infinitude de detalhes do real”, conclui Noemi. Leia a seguir a entrevista que ela concedeu à Vila Cultural. Vila Cultural. Alguns autores dizem que o primeiro romance pode ser uma experiência devastadora. Foi para você? Noemi Jaffe. Devastadora não. Foi bem difícil a ideia de criar os dois personagens, uma mulher e um homem, e conseguir fazer com que cada um soasse genuíno, individual, complexo, consistente. Esse foi o maior desafio. Houve momentos de muito sofrimento porque costumo escrever mais em alguns períodos. Não fico escrevendo diariamente. Por trabalhar demais, não tenho muito tempo na minha rotina para me dedicar exclusivamente à escrita. Em janeiro do ano passado, fui para Paris, fiquei um mês lá e escrevia todos os dias. Depois, em julho, já em São Paulo, aluguei o consultório de uma amiga e fiquei o mês inteiro trabalhando. A maior parte do romance foi escrita nesses dois meses. O resto do tempo eu ficava corrigindo. Corrigindo, corrigindo, corrigindo. Esses períodos de correção foram muito difíceis porque costumo ser muito crítica em relação ao que escrevo. Achava sempre que estava tudo muito ruim. Tudo muito técnico, mas pouco sensível. Não tinha uma voz, uma dicção verdadeira. Vivi o sofrimento de transformar a técnica em verdade. VC. Como surgiu a ideia do livro? NJ. Estava decidida a escrever um romance e vinha da experiência da história da minha mãe. Fiquei durante muito tempo lendo sobre a Segunda Guerra, sobre o judaísmo, e estava, como sempre estou, contaminada pela ideia da tragédia. Mas eu não queria mais falar de judeus. Não aguentava mais. Lembro-me de estar sentada numa Foto: Ninil Gonçalves/Divulgação A escritora, professora e crítica literária Noemi Jaffe lança Írisz: as orquídeas (Companhia da Letras) dia 9 de junho na Livraria da Vila da Fradique. O livro é o seu primeiro romance. Noemi diz que foi difícil dar voz aos dois personagens que se alternam ao contar a história. O maior desafio da escritora, entretanto, foi enfrentar sua severa autocrítica, já que, na função de avaliar e perceber o trabalho de outros autores também costuma ser rigorosa. Noemi é autora de O que os cegos estão sonhando (Ed. 34), misto de biografia e ensaio que escreveu a partir dos diários de sua mãe, refugiada da Segunda Guerra, A verdadeira história do alfabeto (Companhia da Letras), de contos, Todas as coisas pequenas (Hedra), Do princípio às criaturas (Capes), Folha explica – Macunaíma (Publifolha), Ver palavras, ler imagens – Literatura e arte (Global) e Quando nada está acontecendo (Selo Martins), que também é o nome do blog de Noemi. Professora de escrita criativa, curso permanente que comanda na Casa do Saber, em São Paulo, a escritora cita sentimentos confusos ao estrear como romancista. “Fico ansiosa, nervosa, feliz, com medo. Mas acho que há chance de que as pessoas gostem do livro. As poucas pessoas que leram gostaram muito”, afirma. A boa notícia para os leitores de seus textos A escritora Noemi Jaffe em sua casa com Samba, a cadela que é mistura das raças border collie e akita. Noemi autografa seu primeiro romance, que sai pela Companhia da Letras, dia 9 de junho, na Livraria da Vila da Fradique ENTREVISTA | Noemi Jaffe praia no Rio e pensar: “Quem é a personagem para o romance?”. E lembrei que na letra I do livro A verdadeira história do alfabeto há uma personagem húngara chamada Írisz. Gosto muito desse nome e sou apaixonada pela Hungria. Aí, pensei: “Ela é a personagem do meu romance”. Ela é húngara – não é judia. E o que ela faz? Ela foge. Porque também gosto da ideia de uma pessoa que foge, que nunca consegue ficar no mesmo lugar. Qual é a profissão dela? Algo que eu gostaria de ser, mas nunca serei. Botânica, decidi. Porque admiro muito quem trabalha com plantas. Ela é húngara, ela foge, ela é botânica. E do que é que ela foge? Lembrei da Revolução Húngara, de 1956, que é um episódio que me marcou muito e que eu sempre tive a curiosidade de entender. Uma história linda e trágica. Só sabia disso quando comecei a escrever. Ao pesquisar plantas dos jardins de Budapeste, decidi que ela estava estudando a ginkgo biloba, uma árvore muito comum na Hungria. Mas depois compreendi que não dava para a história ser lá. Foi quando surgiu uma amiga dela, da Írisz, que trabalha no Jardim Botânico de Budapeste e consegue o convite para ela vir trabalhar no Jardim Botânico de São Paulo para estudar as orquídeas. As orquídeas têm dificuldade de se ambientar em lugares muito frios como a Hungria. Então, ela viria estudar aqui para saber o que seria necessário para que as orquídeas se ambientassem lá. VC. Uma mulher e as orquídeas... NJ. Quando comecei a estudar as orquídeas, vi que elas têm tudo a ver com a Írisz, porque não criam raízes na terra. Elas fazem raízes no ar. Como uma mulher que nunca se fixa em lugar nenhum e não consegue ter raízes. Comecei a criar essas metáforas associando a Írisz e as orquídeas. Então ela começa a escrever relatórios para entregar para o Martim, que é diretor do Jardim Botânico, para falar das orquídeas que ela está estudando. Mas ela é bem maluquinha e, no 8 Como na tragédia grega, estamos o tempo todo tentando desafiar o destino, mas somos sempre esmagados por ele. meio do relatório, começa a falar sobre o namorado que deixou em Budapeste, da mãe que está doente, do pai que ela não conheceu e do próprio Martim. E os capítulos vão se alternando: ela falando e Martim falando. VC. E quem é o Martim? NJ. Um comunista ferrenho, mas desencantado justamente por causa da Revolução Húngara, que cindiu com o Partido Comunista no mundo inteiro. O Sartre e o Camus na França, e o Jorge Amado e o Armênio Guedes (que entrevistei no ano passado) aqui no Brasil, por exemplo, viveram esta grande cisão do Partido Comunista justamente por causa dessa revolução. Martim está perplexo ao entender a verdade a partir do que aconteceu na Hungria, que foi invadida pela União Soviética, o que fez com que num único dia três mil pessoas fossem mortas. VC. A sinopse do livro fala em “limites da ideologia e as agruras do amor”. São ingredientes fundamentais para uma tragédia? NJ. Não sei se fundamentais porque eu acho que dá para fazer uma tragédia sobre qualquer coisa, inclusive sobre uma caneta. Mas sem dúvida que estes elementos são muito trágicos. Tanto a ideologia como o amor são quase sinônimos de desencanto porque tanto uma utopia ideológica como uma utopia amorosa são difíceis de dar certo. Pela experiência da história do mundo, são coisas que não costumam se realizar principalmente quando caminham juntas, como é o caso da Írisz e do Imre, o namorado dela na Hungria. Ele era um sonhador, um idealista que tinha certeza que ia conseguir libertar a Hungria da União Soviética. E o amor deles estava muito relacionado ao que estava acontecendo lá. Não tinha jeito de não ser trágico. VC. De onde vem o seu gosto pela tragédia? NF. Nada dá pra identificar exatamente, mas acho que muito pelo fato de eu ser filha de uma refugiada, de minha mãe ser uma sobrevivente de um campo de concentração. Essa ideia de que o ser humano é trágico é algo muito constitutivo da minha personalidade. Como na tragédia grega, estamos o tempo todo tentando desafiar o destino, mas somos sempre esmagados por ele. Embora eu seja, como a minha mãe, uma pessoa muito alegre, sempre muita disposta, com vontade de lutar pelas coisas, parece que no fundo eu tenho essa certeza. Outro aspecto também é que, como professora de literatura durante muitos anos, eu vejo que a boa literatura, a grande literatura, é feita de incômodo. Ela não serve para pacificar os sentimentos, mas para perturbar, para desacomodar as pessoas do lugar onde elas estão. É muito difícil uma literatura boa que seja animadora. Existe, mas é raro. E os livros e os autores de que eu mais gosto são tristes. Dostoiévisk, Drummond, Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Thomas Mann, Thomas Bernhard, Borges, Kafka, Becket. Mas eu também adoro, amo Manuel Bandeira, que é melancólico, mas não trágico. É melancólico, mas é doce. Adoro Ítalo Calvino, Cortázar. Mas gosto muito da literatura assim chamada “pesada”. VC. E de onde vem seu gosto pelas palavras e pela leitura? NF. Não sei direito, mas desde a infância é assim. Na minha família não houve esse estímulo. Meus pais não tiveram condição de estudar e tínhamos poucos livros em casa. Mas acho que é pelo fato de eles me contarem muitas histórias. Eu era a filha mais nova e minhas irmãs já eram grandes quando nasci. Meus pais me Tem muito pouca gente disposta a encontrar as vantagens do meio, das relativizações, de ver que tudo tem dois lados. contavam as histórias da guerra e minhas irmãs também. Também se falava muitas línguas na minha casa. E sempre fui apaixonada por línguas. Tinha um tio que sempre me dava muitos livros de presente de aniversário. E adorava ler poemas. Desde pequenininha eu já gostava de escrever poesias e letras de música. Lembro-me quando meus pais voltaram do Rio de Janeiro, onde eles tinham visto o show Construção, do Chico, em 1970. Eu tinha oito anos quando eles me deram o vinil, que trazia as letras das músicas. Fiquei louca. Escrevia letras com a mesma estrutura trocando as palavras de lugar. É um gosto meio atávico. VC. Por que demorou a publicar? NJ. Faltava tempo. E coragem. Sempre fui professora, professora, professora. E queria ser escritora. Fazia tantas coisas que achava que era um sonho que eu nem ia se realizar. Quando publiquei o primeiro livro, pensei: “Acho que está acontecendo”. Desde a adolescência eu participava de concursos. Nos colégios, todos diziam que eu era a melhor aluna de redação. Tinha os diários e os cadernos. Depois que publiquei, fui chamada para escrever na Folha de S. Paulo e comecei a assinar como crítica literária também. Aí começou a ter uma repercussão, um retorno dos meus textos. Começaram a me chamar para escrever ensaios. Comecei a escrever um blog, com repercussão muito boa também. Foi quando saí das escolas e comecei a dar aulas de escrita criativa. VC . E s c ri t a c ri a t i va d á p ra ensinar? NJ. Totalmente. Porque você não pega ninguém do zero. Todas as pessoas que vão fazer um curso de escrita criativa já escrevem. Elas não querem aprender a escrever. Elas querem melhorar o que já fazem. Isso é possível com qualquer coisa. Não existe nada que o ser humano faça que não dê pra melhorar. Como? Treinando muito. O que a gente faz nas aulas é treinar muito e aprender que cada um tem que lidar com o próprio estilo. Não há um “estilo fixo” ao qual todo mundo tenha que se adequar. Cada um aprende o que tem que fazer para melhorar o seu estilo, as suas técnicas. É reconhecer o que você já faz para conseguir burilar aquilo. Não há nada em que não dê para fazer isso. Se você quiser aprender a nadar, por exemplo, como que faz? É impossível? Claro que não. Tudo dá. Não tem o que não dê. Quer aprender a jogar futebol? Vamos lá e vamos aprender. Não tem essa mitologia de que escrever é uma coisa congênita, gênio natural. Não é. VC. E a história da inspiração... NJ. Eu não acredito em inspiração. Acho que a inspiração é o resultado de um processo inconsciente, consciente, intuitivo, imaginativo e intelectual que se dá quando você trabalha. É uma explosão mental de forças que se combinam quando você não para de trabalhar. Aí, tudo aquilo que está acontecendo, o material com o qual você está lidando mais a memória, a experiência e o conhecimento, a circunstância, tudo explode, entra num tipo de combustão interna que só acontece quando você trabalha. É o que Picasso falou: “Se a inspiração vier, ela vai me encontrar trabalhando”. A inspiração para mim é essa combinação, essa explosão mental que qualquer pessoa pode ter se se dedicar. É uma questão de concentração, disciplina, vontade, pesquisa. Isso é você fazer a inspiração. Porque ninguém tem um inconsciente pior do que o outro. Não é que eu não acredite em inspiração: eu só não acredito que a inspiração seja esse sopro divino que surge do nada. A não ser no caso, sei lá, de um Mozart, um Shakespeare, por uma disfunção cerebral. É isso que eu falo para os meus alunos. Eu já vi coisas incríveis. Pessoas que, em alguns momentos, você chega a pensar: “Melhor ele desistir, não tem como”. E, ao contrário, ele insiste e quando você vê, escreve bem. VC. Como você define a experiência de escrever? NJ. Escrever, para mim, é descobrir o que estou pensando, o que eu não sei. Escrevo para saber. Quando escrevo, as palavras vão se combinando e definindo para mim o que estou sentindo. É bom porque esclarece muita coisa que eu não sabia e eu descubro na hora que eu escrevo. VC. Como tem lidado com a nossa tragédia cotidiana num momento tão peculiar da história do Brasil e do mundo? NJ. Acho dificílimo. No blog e no Facebook, que são dois lugares que eu frequento muito, tento me localizar, criar um espaço um pouquinho menos ocupado, menos tenso, para entender as pulsões todas que estão em jogo, essa polarização absurda, com uma mediocrização do pensamento, das posições. Tento encontrar um lugar do meio, que eu acho que é a saída, a única possível. Ficar no meio. Não é ficar nem de um lado nem de outro. Mas tem muito pouca gente disposta a encontrar as vantagens do meio, das relativizações, de ver que tudo tem dois lados ou mais – três, quatro, cinco, todas as nuances. O real está sem nuances, sem sutilezas. Eu fico tentando enveredar por esse caminho, com muita delicadeza, porque está tudo tão sujeito a ser esmagado. Assim que você se expressa já vem um monte de gente com pedra condenando. Então tudo tem que ser muito bem pesado. Eu tento, mas também não estou entendendo nada. Estou achando tudo muito estranho: o governo, a oposição, o congresso, o meio ambiente, os índios. Tá difícil. 9 CAPA Os livros da casa Com imagens, ideias e cenários inspiradores, uma seleção de livros de arquitetura e decoração que movimentam a temporada em eventos como a Casa Cor 2015 e levam mais vida para qualquer ambiente “E les são uma valiosa ‘matéria-prima’, um instrumento indispensável para o nosso trabalho e uma fonte surpreendente de informações e referências. Não daria para viver sem eles”, diz o designer de interiores Julio Cesar Dantès ao falar sobre livros de arte e títulos de arquitetura e decoração. Com um projeto que homenageia a diversidade de estilos brasileiros, tema central da mostra, Dantès assina a ambientação do espaço da livraria na edição 2015 da Casa Cor, que acontece até o dia 12 de julho Jockey Club de São Paulo e é o mais tradicional evento do gênero no Brasil. A Livraria da Vila também marca presença no evento com uma seleção especial de títulos que, além de poderem ser adquiridos pelos frequentadores do maior mostra de decoração da América Latina, revelam toda a vitalidade que os livros são capazes de agregar a qualquer ambiente. Referência de conhecimento e perenidade, eles também funcionam como objetos decorativos que, pela beleza ou simbologia, cabem em todos os cantos da casa. Entre arquitetos e designers, afinal, há um consenso de que, junto com as peculiaridades e diferenças de estilos na hora de decorar, a arquitetura e os livros de design se transformaram num importante código de vocabulário global, tamanho o impacto que causam. Entre títulos nacionais e estrangeiros, sempre com belas imagens – e ideias tão inspiradoras quanto os próprios livros –, Vila Cultural faz uma seleção intemporal de livros que têm dado o que falar no mercado editorial. 100 Contemporary green buildings Publicado pela Taschen, o livro do especialista em arquitetura Philip Jodidio segue aquele raciocínio “mais atual, impossível”. Em dois volumes magníficos, é totalmente eco-friendly ao documentar com propriedade que “os novos prédios mais interessantes do mundo são agora quase todos ambientalmente conscientes, sustentáveis e concebidos para consumir muito menos energia do que nunca”. O livro traz os melhores exemplos de projetos verdes da série Architecture now! e junta projetos de nomes consagrados como Frank Gehry ou Norman Foster e jovens criadores da América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia. O título defende ainda que “ser ‘verde’ significa estar consciente da responsabilidade implícita na construção e utilização de edifícios modernos, e há muitas maneiras de expressar essa consciência”. 10 Fotos: Divulgação Campana Brothers O livro da Rizzoli é simultaneamente uma aula de design e de primor editorial ao documentar o trabalho dos brasileiros Humberto e Fernando Campana. Eles “desafiam a hierarquia modernista de forma e função e a relação da arte e utilidade”. Muitas vezes utilizando materiais improváveis, entre recicláveis ou não, abusam de itens como rolos de corda ou bichos de pelúcia para resignificá-los, transformando-os em cadeiras, mesas e outras peças de mobiliário. O livro traz fotografias e informações detalhadas dos projetos, incluindo protótipos. O espaço da livraria criado pelo designer de interiores Julio Cesar Dantès para a Casa Cor 2015, que acontece em São Paulo até o dia 12 de julho 11 CAPA Collected Além de lindo, o livro da Abrams Books, feito por Fritz Karch e Rebecca Robertson, especialistas em decoração, está repleto de pretextos afetivos para criar imagens ao evidenciar diferentes coleções de objetos. O sugestivo subtítulo é “living with the things you love”, algo como “vivendo com as coisas que você ama”. Tudo para documentar coleções adoráveis – de objetos e histórias – que, em última análise, denunciam a personalidade do colecionador. De dados a tigelas, a ideia central é focar o estilo pessoal de quem gosta de colecionar, inclusive como recurso decorativo. Essência do conforto – Dado Castello Branco O título da Tempo Design documenta o traço marcante do arquiteto brasileiro Dado Castello Branco, que assume a busca essencial pelo conforto em todos os seus projetos. Assim, seja na arquitetura ou nas ambientações que desenha, a ideia de equilíbrio, surpresa e bem-estar são quase inerentes ao desenvolvimento do raciocínio e da busca do que há de melhor na arquitetura contemporânea. Furnitecture: Furniture that transforms space O livro que Anna Yudina publica pela Thames & Hudson é a confirmação de que os arquitetos hoje, como designers, estão habilitados para criar tudo, inclusives objetos e móveis que transformam interiores. O livro apresenta cerca de duzentos exemplos de um “novo” design, incluindo criações de um estúdio dinamarquês para um sistema de estante reconfigurável, obras do arquiteto japonês Shigeru Bans que move caixas dentro de quartos, entre outras tantas "invenções" fascinantes. Gilberto Elkis – Degustação de paisagens Referência no país quando o assunto é jardinagem e paisagismo, Gilberto Elkis e sua obra aparecem com requinte e cuidado editorial nesse título da Tempo Design. Além de mostrar os projetos mais surpreendentes do paisagista, o livro quer compartilhar com o leitor todo o prazer vivido durante a sua realização. Cada jardim documentado foi palco de tantas histórias “regadas a vinho e alegria”. Não por acaso, o livro sugere que, como o vinho, cada paisagem seja devidamente degustada. 12 The hotel book: Great escapes South America Ainda que não seja um lançamento, o livro da Taschen segue como objeto do desejo. Os textos são de Christiane Reiter e as fotos do brasileiro Tuca Reines, um dos mais respeitados fotógrafos de arquitetura e interiores do país. Integra uma série da editora que documenta os “hotéis mais exclusivos e inspiradores do mundo”. Neste caso, com uma “geografia” que inclui desde uma reserva natural da Patagônia até uma fazenda situada no alto das montanhas dos Andes, ou outro que é um santuário ecológico na floresta amazônica. Assim, traz hotéis na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai. Living in Bali Outro livro da Taschen que faz uma bela presença, além de provocar a imaginação ao sugerir “um mundo sem paredes” com casas de tirar o fôlego, visitadas em Bali. Trata-se de um trabalho feito a “três mãos”. No caso, com fotos do suíço Reto Guntli, textos de Anita Lococo (que tem uma bela casa em Bali) e da editora Angelika Taschen. Para os balineses, espiritualidade e natureza são partes integrantes da vida cotidiana e, dito isso, é fácil perceber porque a arquitetura tradicional da ilha integra-se completamente à paisagem natural com predomínio dos tons de terra para valorizar ainda mais as citações verdes, montanhas majestosas ou belos litorais. Tal qual as casas que documenta, é livro para contemplar e relaxar. New brazilian house Da Thames & Hudson, que é referência em livros do gênero, New brazilian house tem texto de Dominic Bradbury, que escreve, entre outros, para House & Garden, The Daily Telegraph, The Financial Times e Wallpaper, e fotos de Richard Powers. Traz aquele “olhar estrangeiro” de encantamento – que fascina especialmente os brasileiros – na percepção da melhor arquitetura contemporânea feita no País. Há casas fotografadas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Paraty, na Ilhabela, e citações ou projetos assinados por nomes tão prestigiosos como Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Burle Marx, Marcio Kogan, Paulo Mendes da Rocha, Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, entre outros profissionais. Oscar Niemeyer Definitivo, o título da Assouline é cobiçado mundialmente por quem gosta de arquitetura ou livros de arte. O arquiteto brasileiro de prestígio e reconhecimento internacional cria uma linguagem única ao descartar linhas retas e forjar uma trilha paralela que imita os movimentos crescentes e os “desfechos do sentimento humano” através de curvas, arcos e linhas. Todos inconfundíveis. O livro é “uma exploração de sua vida centenária e de uma carreira fabulosa”. Inclui esboços e fotografias originais, juntamente com contribuições de Tadao Ando, Santiago Calatrava, Frank Gehry, Zaha Hadid, entre outros nomes. 13 ESPECIAL Promoção de Livros Importados Nos dias 27 e 28 de junho, todos os títulos do segmento de importados têm descontos especiais entre 20% e 60%. Confira cinco dicas de livros imperdíveis lançados recentemente The buried giant Supercomentado, o novo livro de Kazuo Ishiguro conta a história de Axl e Beatrice, um casal de idosos britânicos que decide partir em busca do filho que há anos não veem. A “jornada”, repleta de mistérios e perigos, se dá numa Grã-Bretanha fictícia, em ruínas 14 pós-guerras, em que aspectos de um amor sublime e perene são revelados e iluminados na medida em que a trama avança. “Às vezes selvagem, às vezes misterioso, sempre intensamente em movimento, o primeiro romance de Ishiguro em uma década conta uma história luminosa sobre o ato de esquecimento e o poder da memória. É um conto de ressonância do amor, da vingança e da guerra”, diz o material de divulgação do livro. Alexander McQueen Editado por Claire Wilcox, o livro quer ser a publicação definitiva sobre o estilista inglês Alexander McQueen (1969-2010) e, por isso mesmo, surge como item indispensável para quem gosta de moda. Além de explorar temas-chaves na obra de McQueen (a alfaiataria, o gótico, o primitivismo, o naturalismo e futurismo), o título traz material inédito e ensaios assinados por vários nomes importantes da imprensa e da indústria da moda. Paris Da teNeues, o livro do fotógrafo francês Serge Ramelli é de encher os olhos com uma perspectiva fabulosa da cidade mais visitada do mundo. Fascinado pelos filmes de Jean-Pierre Jeunet e Ridley Scott, Ramelli assume uma visão cinematográfica para apresentar a “cidade luz” de um jeito assumidamente dramático e impressionante. Sempre repleta de gente, especialmente nos pontos mais turísticos e conhecidos, Paris aparece aqui quase como um cenário desabitado, fortemente simbólico, com um trabalho de luz da melhor qualidade. Game of thrones: In memoriam Os fãs da série não vão querer perder. De Robb Pearlman, Game of thrones: In memoriam é uma homenagem a alguns dos personagens mais memoráveis que morreram ao longo das quatro primeiras temporadas. Todo ilustrado com fotos da série, o livro inclui citações e breves perfis dos personagens. Fotos: Divulgação From these hands: A journey along the coffee trail Fotógrafo best-seller com seu trabalho sempre irretocável, Steve McCurry publica agora (pela Phaidon) uma “viagem” fascinante que celebra as comunidades produtoras de café ao redor do mundo. Da Cordilheira dos Andes às selvas do Vietnã, as fotos revelam toda a energia e a vibração da vida comunitária nas plantações de café. Retratos de trabalhadores e suas famílias aparecem ao lado de paisagens naturais impressionantes, que emociam ao documentar a vida em torno da produção cafeeira, que gera uma das bebibas mais consumidas e cultuadas no mundo. AUTÓGRAFOS Bela na cozinha “Todo tipo de comida feita em harmonia com a natureza tem seu valor e lugar na dieta”, diz a apresentadora Bela Gil, que autografa seu livro de receitas este mês em Campinas Foto: Divulgação/GNT B ela Gil autografa o livro Bela cozinha – As receitas (Globo Estilo) dia 21 de junho, domingo, a partir da 15h, na Livraria da Vila do Galleria Shopping, em Campinas. Sucesso na televisão, onde apresenta o programa homônimo ao livro no canal de TV por assinatura GNT, Bela viveu durante alguns anos em Nova York, e foi lá que estudou culinária natural, no Natural Gourmet Institute, e também se formou em nutrição e ciência dos alimentos pela Hunter College. A ideia do livro e do programa é uma só: desmontar o “mito” de que a comida saudável é sem graça como experiência para o paladar. Exatamente no caminho oposto, Bela mostra que é possível, sim, se alimentar de forma equilibrada, privilegiando ingredientes naturais, sem ter que abrir mão do sabor. No livro, ela ensina a fazer 50 pratos, sempre com didatismo que é sua marca registrada. São todas criações deliciosas, ela garante. Algumas das receitas já foram apresentadas no programa do GNT. Outras foram especialmente selecionadas para o livro. Bolinho de arroz integral, falafel e canja de galinha caipira, por exemplo, são algumas das receitas exclusivas para o livro. Sopas e mingaus, legumes e folhas verdes, petiscos, dia a dia, molhos e sobremesas são as “categorias” usadas para organizar a publicação. A ideia, ela diz, é que independentemente das preferências de cada um sempre haja alguma alternativa para satisfazer o apetite. A apresentadora Bela Gil Tão saborosos quanto os pratos são as informações e comentários que Bela agrega a cada receita, exatamente como faz na TV. Assim, o leitor fica sabendo que a couve é rica em antioxidantes e ajuda na desintoxicação do organismo ou que o feijão-fradinho é rico em ferro e cálcio. A intenção é que cada um incorpore o alimento a outras receitas, tornando sua dieta rica em nutrientes. Além das informações de rendimento e tempo médio de preparo, o livro traz ícones que sinalizam se a receita é vegana, vegetariana ou sem glúten. Bela, entretanto, sempre defende o equilíbrio (“sem radicalismos”), e não deixa de fora receitas com carnes e até mesmo frituras, como tempurá de legumes. “Acredito que todo tipo de comida feita em harmonia com a natureza tem seu valor e lugar na dieta. Critério, respeito e consciência são a chave para uma boa alimentação”, diz a autora. As sobremesas são um exemplo de que a vida pode ser doce sem açúcar refinado ou adoçantes. Bela dá a dica: faça bolos com farinha integral, mousse de chocolate com melado de cana, cookies integrais. “Uma vez que a pessoa ganha consciência alimentar, pode fazer qualquer receita, porque sempre vai achar um jeito de adaptá-la à sua própria necessidade”. LANÇAMENTO Do livro Bela cozinha – As receitas (Globo Estilo), dia 21 de junho, domingo, a partir da 15h, na Livraria da Vila do Galleria Shopping, em Campinas. 15 BATE-PAPO Noite agroecológica Pesquisador que nasceu e vive em plena floresta amazônica, no Pará, Nil Monteiro faz palestra na loja da Fradique e divide sua experiência sobre agricultura sustentável 16 O pesquisador Nil Monteiro próximo à foz do Rio Amazonas, na vila de Santo Antônio do Tauá, no Pará. Muito precocemente, desde a infância, já aprendia sobre as plantas medicinais da região. Diz que foi sua avó quem lhe ensinou os conceitos que norteiam suas atividades hoje. Formado em agropecuária na Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, no Pará, ele chegou a trabalhar com agropecuária tradicional, com a qual, lembra, se decepcionou profundamente. Por isso, decidiu abrir sua própria empresa, a AquaTerra, no ramo de aquicultura, que elaborava projetos agroecológicos e biológicos para produtores de camarão e peixes. Na época, Nil iniciou sua busca por viver em autossubsistência, produzindo tudo o que comia e testando a eficácia de seus projetos biológicos em sua própria casa antes de oferecer as técnicas a seus clientes. Em 1994, depois de ministrar uma conferência sobre agroecologia em Paris, Nil percebeu que os franceses pareciam mais interessados em consumir alimentos saudáveis. Mudou-se para a França e observou que muitos produtos (alguns de qualidade questionável) da Amazônia e de outras regiões brasileiras eram consumidos no país. Foi então que fundou a empresa Samaúma e se tornou o primeiro exportador de guaraná 100% amazônico, obtendo certificação biológica na França e na Europa e adquirindo o selo Agriculture Biologique. Decidido a mostrar aos brasileiros os benefícios e as riquezas da Amazônia, após 18 anos radicado na França, Nil resolveu voltar ao Brasil em 2012 e fixar residência em Alter do Chão, onde atualmente produz óleos e manteigas amazônicos, spirulina e mel, entre outros alimentos biológicos e plantas medicinais. LANÇAMENTO Agroecologia na Amazônia – A melhor forma de proteger a floresta, com o pesquisador Nil Monteiro, dia 15 de junho, a partir das 19h30, na Livraria da Vila da Fradique. Foto: Divulgação A groecologia na Amazônia – A melhor forma de proteger a floresta é o tema da palestra que o pesquisador Nil Monteiro faz dia 15 de junho às 19h30 na Livraria da Vila da Fradique. “Precisamos criar uma dinâmica em que seja mais valioso manter a floresta viva do que morta, para o nosso próprio bem”, diz Monteiro, que vive em Alter do Chão, no Pará. Além de compartilhar ideias e experiências sobre agroecologia, ela participa de um bate-papo com o público. A agroecologia, argumenta Monteiro, é a melhor forma de produzir riqueza e ao mesmo tempo proteger o ecossistema da Amazônia. Basicamente porque a técnica respeita os ciclos naturais e processos ecológicos da floresta, busca agregar agricultura sustentável, economicamente viável e socialmente justa à preservação do meio ambiente e o uso dos recursos naturais provenientes das plantas. Através de sua experiência com o guaraná e a copaíba, entre outras espécies, Nil quer dividir seu conhecimento para provar que é possível obter da natureza alimento orgânico e medicamentos, sem que seja necessário destruí-la. Filho de um casal caboclo e neto de uma descente da etnia indígena Tembé, Nil Monteiro nasceu ENCONTRO Hora da Flip Fotos: Christian Germain (Diego Vecchio/Divulgação), Katja Sämann (Saša Stanišic/Divulgação) e Itziar Guzmán (Leonardo Padura/Divulgação) Com homenagem ao escritor paulistano Mário de Andrade, a 13ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty acontece este ano entre os dias 1º e 5 de julho Os escritores argentino Diego Vecchio, o bósnio Saša Stanišic e o cubano Leonardo Padura P rosa, poesia, crítica cultural, erotismo na literatura, ciência, representações literárias da família e da vida afetiva, romance policial, questões de política internacional, literatura de viagem, música, arquitetura, políticas culturais e os rumos da sociedade brasileira são temas que devem ganhar evidência na 13 a edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, que acontece entre os dias 1o e 5 de julho. Com uma bem-vinda homenagem ao escritor paulistano Mário de Andrade (1893-1945) nos 70 anos de sua morte, a Flip 2015 quer manter sua vocação para promover o diálogo entre as artes e reafirma este propósito em 23 mesas que juntam 39 escritores convidados para os debates na Tenda dos Autores. O editor Paulo Werneck, responsável pela curadoria da festa em de 2014, também é o curador da Flip este ano. Na sessão de abertura da Flip, Beatriz Sarlo, Eliane Robert Moraes e Eduardo Jardim falam sobre As margens de Mário, partindo da ideia de que as cidades de Buenos Aires e do Rio de Janeiro, assim como o erotismo, fornecem pontos de vista, no mínimo, originais para compreender Mário de Andrade hoje. Destaques da ficção contemporânea, o escritor argentino Diego Vecchio, com uma bem-humorada mania de doenças, e o bósnio Saša Stanišic, que tematiza a guerra e as relações entre memória, história e literatura, levam a Paraty seus romances recém-lançados e prometem movimentar a tarde do segundo dia na mesa De micróbios e soldados. Na mesa número 5, chamada Do angu ao kaos, também no segundo dia de Flip, o músico Jorge Mautner, autor de Maracatu atômico e Lágrimas negras, e de uma obra literária regida pelas forças do Kaos – neologismo que dá nome a seu romance de 1964 –, se encontra com o escritor Marcelino Freire, de Angu de sangue e Nossos ossos. Na mesa de número 16, às 19h30 do sábado, dia 4, destaque para a presença do jornalista italiano Roberto Saviano, que fala do seu trabalho jornalístico sobre a máfia e o narcotráfico, o que lhe rende ameaças de morte e o obrigou a viver em esconderijos nos últimos anos. Ao meio dia de domingo, 5, a mesa De frente para o crime também promete dar o que falar com as presenças do cubano Leonardo Padura, cujas tramas são ambientadas na história política do século 20, e da britânica Sophie Hannah, escolhida para dar seguimento à série de Hercule Poirot, o célebre detetive criado por Agatha Christie (1890-1976). Confira a programação completa da Flip assim como a relação de autores convidados em www.flip.org.br. 17 RETRATO | RAUL SEIXAS (1945-1989) O maluco beleza para você colorir A década de 1960 consagrou o comportamento, as novas perspectivas e a inserção definitiva da “juventude” como uma referência para uma nova sociedade industrial no mundo consumista que se definia depois da experiência da Segunda Guerra Mundial, em meados do século passado. Nas artes e na música, aconteceram autênticas revoluções que, de alguma forma, duram até hoje. E foi nesse contexto de mudanças, com a efervescência de ideias e algumas novidades quase ideais, que o nome do músico baiano Raul Seixas, nascido em junho de 1945, em Salvador, provocou reações entre o encantamento e a perplexidade. Tudo por causa das inspiradas loucuras do maluco beleza, diposto a propor, pela música, uma sociedade alternativa. Se estivesse vivo, o cantor e compositor celebraria 70 anos no dia 28 de junho. Pioneiro do rock no Brasil, o ilustre Raulzito transcendeu o seu tempo para manter a fama e o sucesso apesar da morte precoce, aos 44 anos, em agosto de 1989, em São Paulo. Ao juntar o misticismo de uma personalidade cativante e a rebeldia anárquica da época em que viveu sua juventude, o autor de Metamorfose ambulante, que nunca gostou de ter aquela velha opinião formada sobre tudo, agregou ainda peculiaridades sonoras ao repertório nacional. E fez isso de um jeito improvável, já que, até ali, ninguém 18 podia imaginar a combinação de elementos característicos do rock dos anos 1950 e do blues negro da América com os ritmos típicos do Nordeste brasileiro, em especial a música de Luiz Gonzaga, o rei do baião. Raul se apropriou de tudo isso para se transformar num personagem único na produção cultural do país. Raul Seixas viveu a adolescência em Salvador e, leitor voraz, dividia-se entre a biblioteca da família e a admiração pelos sons de Elvis Presley, Little Richard e Chuck Berry. Relâmpagos do Rock foi o nome da primeira banda que teve. Depois, o grupo seria rebatizado como The Panthers e posteriormente como o Raulzito e os Panteras. No final da década de 1960, a banda estreou na cena musical carioca quando Raul foi convidado pelo músico Jerry Adriani, um superstar na época, para tocar no Rio de Janeiro, depois de ver a performance impressionante de Seixas na Bahia. A “turnê carioca” rendeu um LP, que nem de longe fez sucesso. Mas a viagem serviu para estabelecer o link necessário com o Rio, para onde Raul se mudaria em seguida. Em 1972, no Festival Internacional da Canção, da TV Globo, Raul emplacou duas canções, Let me sing, let me sing e Eu sou eu, Nicuri é o diabo, numa prévia e tanto do que seria a suaw consagração como artista, que veio logo a seguir com o LP Krig-ha, Bandolo!, que inclui, entre outros sucessos, as músicas Mosca na sopa e Al Capone, uma de suas parcerias com o escritor Paulo Coelho. Junto com o sucesso veio a perseguição do governo militar, o que fez com que Raul se exilasse nos Estados Unidos. O episódio rendeu inclusive o livro Raul Seixas – A mosca na sopa da ditadura militar: censura, tortura e exílio (Editora Scortecci), que o escritor Paulo dos Santos lançou no ano passado e que analisa especificamente, como indica o título, a censura sofrida por Raul nos anos de 1973 e 1974. Os LPs Gita (1974), Novo aeon (1975) e Há dez mil anos atrás (1976) consagraram Raul Seixas, cuja fidelidade do público se mantém inalterada desde então. Vêm deste período também as notícias dos problemas com o álcool e as drogas, com os quais Raul conviveu até a morte, quando composições como Sociedade alternativa, inspiradas na obra do ocultista britânico Aleister Crowley (18751947), e Maluco beleza já haviam se tornado hinos da era hippie e de muitos outros movimentos de contestação que surgiram no Brasil pós-Raul Seixas, já que, depois dele, o país e a música nunca mais foram os mesmos. E para deixar a imagem do músico mais atual do que nunca, Vila Cultural entra no embalo do sucesso editorial dos títulos para colorir e propõe (ao lado) que cada um dê a Raul as cores que quiser. Ilustração: Jonas Ribeiro Comemorados este mês, os 70 anos de nascimento do músico Raul Seixas confirmam que ele transcendeu o seu tempo para manter a fama e o sucesso com suas inquietações roqueiras e místicas da juventude 19 ACONTECEU Lembranças do Navegar Com as presenças do navegador Amyr Klink, da cantora Fabiana Cozza e dos escritores Fabrício Carpinejar, Eliane Brum, Reinaldo Moraes e Joca Terron, a viagem ao Rio Negro confirma sua vocação para encantar “P 20 Klink, Carpinejar, Fabiana Cozza, Eliane Brum, Terron e Moraes Além de Klink e Fabiana, a escritora e jornalista Eliane Brum, que tem na Amazônia um dos temas centrais de suas reportagens, os escritores Joca Terron, Fabrício Carpinejar e Reinaldo Moraes também embarcaram na experiência que há cinco anos integra a agenda cultural da Livraria da Vila. “Foi uma viagem deliciosa, na qual experiências opostas se equilibraram de maneira quase mágica: privacidade e convívio, a vivência de adentrar a selva através de um grande rio amazônico e o conforto urbano do navio, o ócio restaurador e as intensas trocas intelectuais entre todos os presentes, escritores ou leitores. Foi, em suma, um grande e inesquecível privilégio”, afirma o escritor Reinaldo Moraes, autor do cultuado Pornopopéia. No depoimento da jornalista e escritora Eliane Brum, outra síntese da experiência da viagem. “Rio, floresta e literatura. Poucas vezes uma combinação foi tão feliz. Acho que o roteiro de natureza é uma boa estreia na Amazônia para quem quer ter um primeiro contato com a floresta sem perder o conforto. O barco é incrível, um hotel flutuante, e acordar pela manhã, sentar na varanda do apartamento e contemplar o Rio Negro é acachapante. Foi muito bacana ser entrevistada pelo Carpinejar, de quem sou fã desde sempre, e foi muito bacana embarcar nos livros do Reinaldo Moraes para entrevistá-lo. Como contei lá, acabei Fotos: Ilana Lichtenstein ossibilitar o encontro de autores e leitores no ambiente de um barco, num contexto em que há tempo para o convívio, é uma ideia muito feliz. Para mim, que nunca tinha participado de encontros literários, foi uma grata surpresa pela interação possível entre as pessoas e pela oportunidade de compartilhar o lado não confesso de algumas viagens que fiz. Torço para que seja uma iniciativa que perdure”, diz o escritor e navegador Amyr Klink, um dos convidados, sobre a experiência de participar, no mês passado, da quinta edição do projeto Navegar é Preciso, a viagem ecoliterária promovida pela Livraria da Vila e pela Auroraeco Viagens no Rio Negro, Amazonas, ao longo de cinco dias. “A viagem é um encanto, um sonho bom. Nunca havia estado na floresta amazônica ou navegado pelo Rio Negro. Pedi licença para me conectar àquela imensidão toda e agradeci muito por estar ali. Estar mais próxima do timaço de escritores convidados também foi um deleite. Tive dias muito felizes e agradeço mais uma vez à Livraria da Vila pelo convite”, afirma a cantora Fabiana Cozza, outra das convidadas que surpreendeu a audiência com apresentações repletas de poesia, encantamentos vocais e carisma de sobra. Cenas da viagem pelo Rio Negro, na edição 2015 do Navegar é Preciso passando a viagem acompanhada também pelo Zeca, que continuou comigo depois de eu acabar de ler o Pornopopéia, e foi uma companhia um tanto quanto inusitada, como quem leu o romance pode imaginar... Mas isso tudo eu já esperava”, escreve Eliane, que prossegue. “O mais surpreendente, pra mim, foram as pessoas que conheci. Tanto as pessoas que foram nos escutar, no programa literário, como as pessoas que trabalham no barco e na organização do evento. Como a cada refeição nos sentávamos com gente diferente no restaurante, a cada refeição escutávamos histórias. E raras vezes ouvi tantos relatos incríveis num lugar só. Gente que faz trabalhos interessantes, experiências fora do padrão, sonhos que não são de consumo. Do mesmo modo, era só encostar em qualquer um que estava trabalhando nos bastidores ou na linha de frente, fosse cozinheiro ou guia, para ouvir histórias extraordinárias. Sem contar a Fabiana Cozza, maravilhosa, e os músicos geniais, o Léo, o Lula, o Henrique. Adorei conhecer melhor o Gil, a Bruna e a Mariana, que cuidaram com tanto carinho de mim e do João. Enfim, foi tão bom que me autorizei a abusar dos adjetivos. Várias vezes pensei que eu gostaria de levar para o palco várias daquelas pessoas, que escutava no almoço ou no jantar, para saber de suas trajetórias e fazer perguntas. Era um rio de histórias que corria por ali todos os dias. E, o melhor, não só reencontrei amigos, mas fiz novos amigos, que agora fazem parte da minha própria história. Espero que a gente siga se encontrando, entre o Tietê e o Pinheiros, esses rios que fizemos tristes, mas que nos lembram do que ainda podemos salvar na Amazônia.” Num roteiro que já virou tradição, artistas e participantes embarcam no navio IberoStar Grand Amazon, que segue pelo Rio Negro, com possibilidade de outras excursões em pequenos barcos para garantir o contato direto com a natureza e com comunidades ribeirinhas. Além da programação cultural, a experiência da viagem inclui ainda atrações turísticas locais e trilhas pela mata. Os escritores Alejandro Zambra, Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti, Frei Betto, Laurentino Gomes, Mary Del Priore, Edney Silvestre, Ignácio de Loyola Brandão, Nilton Bonder, Ilko Minev, Valter Hugo Mãe, Cristovão Tezza, Cadão Volpato, Xico Sá, José Eduardo Agualusa, Ilan Brenman, Marcelino Freire, Humberto Werneck e artistas como a atriz Clarice Niskier, a cantora Marina de la Riva ou grupos musicais como Mawaca, Projeto Coisa Fina e Barbatuques são nomes que, nos últimos anos, participaram do Navegar é Preciso, cuja edição 2016 já está confirmada. Acontecerá entre os dias 25 e 29 de abril do ano que vem e já tem confirmadas as presenças do Rodrigo Lacerda e Raphael Montes. Outras informações pelo telefone (11) 3086-1731 ou pelo email: [email protected]. 21 ACONTECEU Um mestre e a chef Ziraldo animou o sábado das crianças na loja da Fradique e Elisa Fernandes, a vencedora do MasterChef Brasil, autografou seu livro antes de embarcar para temporada de estudos em Paris V 22 Ziraldo em ação, sempre com histórias para contar Ana Paula Padrão e Elisa Fernandes o reality show culinário exibido no Brasil pela TV Bandeirantes. Junto com as receitas, o livro também traz todas as emoções, entre alegrias, tristezas ou expectativas que marcaram a competição na TV. Fotos: Gil Torres (Ziraldo) e Divulgação (Elisa Fernandes) entos de maio trouxeram ainda mais inspirações à agenda sempre movimentada da Livraria da Vila. Presença que invariavelmente merece ser comemorada, o escritor e cartunista Ziraldo participou de prestigiada sessão de autógrafos, em plena tarde de sábado, na loja da Fradique, onde, além de receber amigos e leitores, conversou com seus fiéis admiradores. “Há hoje uma consciência mais acentuada de que o ensino fundamental devia dar ênfase absoluta e total à leitura. As pessoas sabem disso, mas não há uma política ou uma medida educacional no Brasil que enfatize a leitura como prioridade. Não há nada mais importante do que isso. Porque você só pode educar uma geração ou um cidadão se eles sabem ler. O código principal do aprendizado é a leitura. Você não vai educar uma criança só contando casos para ela guardar na memória”, disse Ziraldo recentemente à Vila Cultural. Com toda a graça que fez dela uma figura midiática, a chef Elisa Fernandes, vencedora da edição brasileira do programa de TV MasterChef, autografou seu livro de receitas nas lojas da alameda Lorena, em São Paulo, e do Galleria Shopping, em Campinas. O livro MasterChef Brasil – As receitas de Elisa Fernandes sai pela Editora Planeta e o lançamento foi um dos últimos compromissos antes de ela seguir para uma temporada de seis meses em Paris. Aos 25 anos, Elisa vai estudar na famosa escola de culinária Le Cordon Bleu como parte do prêmio que ganhou ao vencer PROGRAMAÇÃO | junho_2015* Eva Furnari participa de um bate-papo e uma sessão de autógrafos no dia 20 de junho, sábado, às 16h, na Livraria da Vila da Fradique Asas para a imaginação Foto: Divulgação / Ilustração: Eva Furnari Teatro, cursos, oficinas, lançamentos, pocket shows e um bate-papo na tarde de autógrafos com a escritora e ilustradora Eva Furnari movimentam a agenda cultural de junho 23 PROGRAMAÇÃO | junho_2015* Lançamentos 9/6, TERÇA, das 19h às 21h30 Írisz: as orquídeas De Noemi Jaffe Ed. Companhia das Letras Haverá bate-papo com autor. 10/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Um quarto De Nina Fall Ed. Dash 13/6, SÁBADO, das 16h às 19h Vir a ser: A fisioterapia como um caminho na reconstrução do ser De Sandra Amaral Ed. Andreoli 16/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30 No meu corpo mando eu De Antonio Carlos Egypto Ed. Cuore Haverá bate-papo com autor. 17/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30 33,333 – Conexões bilaterais De Fernando Pacheco e Lucas Guimaraens Ed. Azougue Haverá bate-papo com os autores. 18/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30 O que vou dizer em casa? De Célia Alves Pólen Editorial 18/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30 O que vou dizer em casa? De Célia Alves Pólen Editorial 9/6, TERÇA, das 19h às 21h30 Rumo a Navegantes e Rumo ao Norte do Paraná: Fronteiras, fluxos e contatos De Maria Cristina Wolff de Carvalho (Org.) Ed. Marcos Carrilho Arquitetos 23/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Qualidade em redes de suprimentos: A qualidade aplicada ao supply chain management De João Gilberto, Mario Mollo Neto, Oduvaldo Vendrametto e Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto Ed. Atlas 25/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Matemática financeira − Guia para investidores no mercado de capitais De Renaldo Antônio Gonsalves Ed. Atlas 29/6, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30 Orações cabalistas, Portal das reercarnações e O despertar da consciência De Joseph Saltoun (Org.) Ed. Instituto Meron Haverá bate-papo com o autor. Batel 20/6, SÁBADO, das 15h às 18h Literacura De Fernando Sofio Ed. Fap-Unifesp 13/6, SÁBADO, das 15h às 18h O mundo surreal De Diego Alvarez Ed. Giostri 26/6, SEXTA, das 18h30 às 21h30 Negociações coletivas no Brasil: 50 anos de aprendizado De Wilson Amorim Ed. Atlas 24/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Parsifal De Lúcia Schiffer Durães Independente 24 Shopping JK Iguatemi 8/6, SEGUNDA, das 19h às 21h30 Direito potestativo do mercado de capitais De Luciana Rabello Horta Ed. Lumen Juris 11/6, QUINTA, das 19h às 21h30 A saúde da mulher De José Bento Ed. Alaúde 16/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Planejamento empresarial: Observando a teoria e construindo a prática De João Cirilo Miedzinski Ed. Atlas Galleria 11/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Qual o seu negócio em odontologia? De Ricardo Lenzi Grupo GEN 15/6, SEGUNDA, das 19h às 21h30 Vibrações de sistemas dinâmicos: Análise e síntese De Paulo Roberto Gardel Kurka Ed. Elsevier 21/6, DOMINGO, das 15h às 18h Bela Cozinha − As receitas De Bela Gil Ed. Globo 29/6, SEGUNDA, das 19h às 21h30 Aprender a cuidar na convivência De Magda Vilas-Boas Ed. Loyola Haverá bate-papo com a autora. * Programação sujeita a alteração. Fradique Shopping Pátio Higienópolis Clube de leitura Lorena 8/6, SEGUNDA, das 19h às 21h30 RAAM Mr. Milan – No limite do corpo, da alma e da razão De Wagner Hilário Ed. Poligrafia 11/6, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Direito processual do trabalho – De acordo com o Novo Código de Processo Civil, Curso de Direito do trabalho e Direito do trabalho De Jouberto de Quadros Pessoa Cavalcante e Francisco Ferreira Jorge Neto Ed. Atlas 16/6, TERÇA, das 18h30 às 21h30 A coisa não-Deus De Alexandre Soares Silva Ed. Record 24/6, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Laços e nós – A construção de um relacionamento de alta qualidade De Carlos Messa Ed. CLA 25/6, QUINTA, das 19h30 às 21h30 Queijos brasileiros à mesa De Bruno Cabral e Manoel Beato Ed. Senac Sarau 27/6, SÁBADO, das 19h às 21h Sarau dos Conversadores Com Os Conversadores Evento gratuito. Loja: Lorena Cine Vila SEGUNDAS, das 19h30 às 21h30 Exceto dia 8/6 Exibições especiais de clássicos do cinema – Mês dos namorados 1/6 - Dio, come ti amo 15/6 - Sissi 22/6 - Sissi, a imperatriz 29/6 - Sissi e seu destino Evento gratuito Apoio: Versátil Loja: Pátio Batel 1/6, SEGUNDA, das 20h às 21h Clube da Vila: A lata de lixo da história, de Roberto Schwarz Apoio: Companhia das Letras e Boitempo Com Kim Doria Inscrições: clubedavila.companhia [email protected] Loja: Fradique 19/6, SEXTA, das 19h30 às 21h30 Leitura Compartilhada: Umbigo sem fundo, de Dash Shaw Com Os Espanadores Loja: Fradique 29/6, SEGUNDA, das 20h às 21h Clube Companhia: A tristeza extraordinária do Leopardo das Neves, de Joca Terron Com participação do autor Joca Terron, Livia Brito e Rita Vianna Loja: Lorena Palestras 2/6, TERÇA, das 19h30 às 21h30 Coaching: Como despertar o melhor que existe em você? Com Mariana Stachiu e Melissa Camargo Kotovski Coaching é um processo contínuo e planejado que tem como foco o alcance de resultados e o aprimoramento de habilidades e competências. Para desmistificar a metodologia, a Potencial oferece a palestra “Como despertar o melhor que existe em você?”. A proposta é explicar o que é o coaching na prática, seus conceitos, principais ferramentas e benefícios. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 3/6, QUARTA, das 19h30 às 21h30 Noites de gestão: Geração de valor Com José Pugas Bem-vindo ao Noites de Gestão, um bate-papo descontraído e prático sobre as principais leituras que podem ajudar você e sua empresa a se desenvolver! Em nosso terceiro evento do Noites de Gestão, a Click Conhecimento, com o apoio da Livraria da Vila, vai abordar Geração de Valor, o livro mais vendido de negócios até o momento neste ano de 2015. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel De 8/6 a 12/6, SEGUNDA a SEXTA, das 19h às 21h30 Prêmio Spotlight O Prêmio Spotlight vai te colocar sob os holofotes do mercado de trabalho. Sim, e além disso, você vai aprender, na prática, em um grande desafio, a criar um projeto de comunicação para um cliente real, estimulando seu lado criativo e arrojado, em uma semana rica em conteúdos e atividades que vão tirar o fôlego. Tudo isso orientado por profissionais experientes de comunicação da nossa cidade. Apoio: Spotlight Awards Mais informações: facebook.com/ PremioSpotlight Loja: Pátio Batel 9/6, TERÇA, das 19h30 às 21h30 Mais ainda: O trauma na psicanálise e na literatura Com Luiz Henrique Amaral e Silva e Renato Tardivo O psicanalista Luiz Henrique Amaral e Silva e o escritor e psicanalista Renato Tardivo falam sobre o trauma e suas vicissitudes. As tentativas de religação simbólica como forma de elaboração e como os objetos da cultura podem funcionar como modalidades de instalação para, além de viver a experiência estética, também elaborar e transformar nossos sofrimentos, angústias etc. Evento gratuito. Inscrições: [email protected] Loja: Lorena 13/6, SÁBADO, das 11h às 13h30 Diálogos do lacanenado: Inclusão escolar de autistas e psicóticos – A percepção dos pais Com Caroline Cotarelli, Tatiana Assadi e Maria Virginia Filomena Cremasco As psicanalistas Caroline Cotarelli, Tatiana Assadi e Maria Virginia Filomena Cremasco falam sobre a questão dos pais e seus ideais diante do filho real. Evento gratuito. Inscrições: [email protected] Loja: Pátio Batel 15/6, SEGUNDA, das 19h30 às 21h30 Agroecologia na Amazônia – A melhor forma de proteger a floresta Com Nil Monteiro Na palestra, Nil vai discutir e fornecer provas de que a Agroecologia é a melhor forma de produzir riqueza e ao mesmo tempo proteger o ecossistema da Amazônia. A técnica que respeita os 25 PROGRAMAÇÃO | junho_2015* 16/6, TERÇA, das 19h30 às 21h Relacionamentos amorosos Com Maria Helena Ramos O relacionamento é ao mesmo tempo uma realização, um desafio e um parâmetro para o estado interior do ser humano. Numa relação amorosa, o parceiro é um espelho para que possamos ver nosso próprio estado e, portanto, um auxílio direto para a autopurificação. Com base na metodologia Pathwork®, um caminho de transformação pessoal e desenvolvimento espiritual, Maria Helena Ramos falará sobre esta grande aventura da vida: viver sem o medo do amor e conquistar a autorrealização. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 18/6, QUINTA, das 19h às 21h30 Madras itinerante – Especial hot Com Lilith Evans, Vanessa de Cássia, Deise Müller e Jéssica Anitelli Apoio: Madras Evento gratuito. Loja: Galleria Shopping 20/6, SÁBADO, das 10h30 às 13h Diálogos do lacaneando Com Roberto Zular Oficina de leitura com Roberto Zular, professor-doutor de Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP. Uma experiência individual e coletiva de leitura, a partir da obra de Nuno Ramos. Evento gratuito. Inscrições: [email protected] Loja: Lorena 20/6, SÁBADO, das 11h às 13h Sócrates ao café: Hipnose, pérola misteriosa Com Thaisa Barros, Bernadette Biaggi e Xika Fonseca O que esta palavra traz à tona? O que contém esse fenômeno incom- 26 preensível, inquietante e enigmático povoado de sentimentos, curiosidade e penumbra? A hipnose é um estado particular de consciência que provoca mudanças na atividade do cérebro e que produz enorme interesse entre leigos e profissionais. Devemos distinguir a Hipnose de Palco da Hipnose Clínica com objetivos terapêuticos. Apoio: Instituto Biaggi Evento gratuito. Loja: Fradique 20/6, SÁBADO, das 14h às 16h Literatura e alfabetização infantil Com Cristiane Souza Apoio: Ed. InVerso Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 23/6, TERÇA, das 19h30 às 21h30 Brasil, uma biografia Com Lilia M. Schwarcz Apoio: Companhia das Letras Evento gratuito. Loja: Fradique 24/6, QUARTA, das 19h às 21h La Gracia: Revolucione seu jeito de explicar uma ideia Com Ed Conde Apoio: La Gracia Design Evento gratuito. Loja: Fradique 24/6, QUARTA, das 19h30 às 21h30 Agenda 12X12 Com Ana Camargo Design Mais informações: facebook.com/ anacamargodesign Valor: R$ 45 Loja: Pátio Batel 25/6, QUINTA, das 19h30 às 21h30 Projeto: A vizinhança Com Marcelo Carnevale A roda comunitária oferece partilha das experiências de vida e saberes de forma horizontal e circular. A proposta tem como foco encorajar os participantes para que eles próprios possam redescobrir o prazer da convivência e da celebração. O projeto A vizinhança valoriza a palavra como elo capaz de fortalecer os laços comunitários, a cooperação e o acolhimento na cidade. Evento gratuito. Loja: Fradique 26/6, SEXTA, das 19h às 21h30 Bate-papo sobre o livro Segundos fora Com Martín Kohan, Vivian Schlesinger e Emerson Martins Loja: Fradique 27/6, SÁBADO, das 10h30 às 13h30 Diálogos do lacaneando: O duplo na psicanálise e na literatura Com Welson Barbato, Claudia M. de Vasconcellos e Lauro Siqueira Baldini Neste encontro, vamos refletir o duplo, a partir de Freud, e também a constituição do sujeito, via estádio do espelho, em Lacan, o que ele chama de “o duplo constituinte”. Pelo viés da dramaturgia, a relação entre Beckett e Pirandello, sobretudo o modo como eles botaram em cena personagens que sabem que são personagens, ou estão na iminência de descobrir isso. Os duplos entendidos como personagens idênticos ou doppelgängers, mas também duplo entendido como estruturas literárias que trabalham com espelhamento, mise en abyme e autoscopia. Evento gratuito. Inscrições: [email protected] Loja: Shopping Pátio Higienópolis 27/6, SÁBADO, das 10h30 às 13h30 Disciplina Positiva Com Bete Rodrigues Evento gratuito. Loja: Lorena 30/6, TERÇA, das 19h30 às 21h30 A loja do tempo Com Philippa Raven Apoio: Cuore Evento gratuito. Loja: Fradique Curso Dia 9 e 16/6, TERÇAS, das 19h30 às 21h30 Histórias talmúdicas sobre a intimidade Com Nilton Bonder Estudo-debate sobre histórias do Talmude (Agadá) na temática das relações e da intimidade, material que oferece reflexões profundas sobre a vida e a identidade em histórias provocantes e minimalistas. Você vai conhecer a potência de sabedoria e ousadia do Talmude. Valor: R$ 200 Inscrições: (11) 3096-4493 e [email protected] Local: Shopping Pátio Higienópolis * Programação sujeita a alteração. ciclos naturais e processos ecológicos da floresta busca agregar agricultura sustentável, economicamente viável e socialmente justa à preservação do meio ambiente e uso dos recursos naturais provenientes das plantas. Através de sua experiência com o guaraná e a copaíba, entre outras espécies, Nil compartilhará seu conhecimento de que é possível obter da natureza alimento orgânico e medicamentos sem que seja necessário destruí-la. Evento gratuito. Loja: Fradique PROGRAMAÇÃO | junho_2015* VILA DA CRIANÇA Educacuca O objetivo primordial do Educacuca é promover o desenvolvimento, a aprendizagem e a socialização das crianças em seus primeiros anos de vida, além de instrumentalizar o adulto cuidador, orientando-o e enriquecendo seu repertório de brincadeiras. Para isso, oferecemos um programa em que a criança e um adulto responsável, mediados por educadoras capacitadas, participam de até dois encontros semanais em que, inseridos num grupo, vivenciam uma série de experiências lúdicas, planejadas e organizadas cuidadosamente de modo a estimular seu desenvolvimento físico, socioemocional e cognitivo, além de propiciar a aquisição e o aprimoramento da linguagem verbal. Para agendamento de aula experimental e informações sobre horários para cada grupo, consulte o site www.educacuca.com.br Idade Permitida: 3 a 30 meses. Terças e quintas – Loja: Lorena Quartas – Loja: Fradique MOEMA 13/6, SÁBADO, das 16h às 17h Oficina Play-Doh Com Ateliê Maria Flor 14/6, DOMINGO, das 16h às 17h Contação de histórias e oficina: Operação big hero − Meu livro divertido Com Planeta Vega Apoio: Ed. Vergara & Riba 28/6, DOMINGO, das 16h às 17h Contação de histórias e oficina: Carlinhos Com Planeta Vega Apoio: Ed. Vergara & Riba FRADIQUE LORENA 7/6, DOMINGO, das 16h às 17h Atividade infantil: Octopus’ garden Com Cia Cantos & Contos Ed. Moderna 13/6, SÁBADO, das 16h às 17h Contação de histórias: A princesa Gigica Canjica no mundo perdido dos livros Com Rute Beserra 13/6, SÁBADO, das 15h às 18h Lançamento: Acima de tudo De Paulo Rea SM Edições Haverá atividade infantil. 21/6, DOMINGO, das 16h às 17h Contação de histórias e oficina: Fantasma Com Planeta Vega Apoio: Ed. Vergara & Riba 14/6, DOMINGO, das 15h às 18h Lançamento: Matheus, esse boi é seu! De Marco Haurélio Ed. DCL Haverá atividade infantil. 27/6, SÁBADO, das 16h às 17h Oficina Cola Pritt Com Ateliê Maria Flor 28/6, DOMINGO, das 16h às 17h Atividade infantil: O menino que tinha o coração na cabeça Com Flávia Uhlmann 20/6, SÁBADO, das 16h às 19h Festa da literatura infantil Com Eva Furnari A consagrada autora Eva Furnari estará presente nesta tarde para um encontro com os pequenos. A autora contará uma de suas histórias e apresentará os personagens que fazem parte de seus enredos. Ed. Melhoramentos CIDADE JARDIM 27/6, SÁBADO, das 16h às 17h Atividade infantil: Até as princesas soltam pum Com Kamila e Kelly Apoio: Espaço Sambalelê 21/6, DOMINGO, das 15h às 18h Lançamento: A grande pedra De Magda Pucci e Berenice de Almeida Ed. Formato Haverá atividade infantil. 27/6, SÁBADO, das 16h às 17h Contação de histórias: A rosa falante Com Flávia Uhlmann e Odílio Uhlmann Independente 28/6, DOMINGO, das 16h às 17h Contação de histórias: Bumbaboi Com Planeta Vega SM Edições Livro: Acima de tudo Autor e ilustrador: Paulo Rea Ed. SM Edições 27 PROGRAMAÇÃO TEATRAL | junho_2015* De 6/6 a 28/6, SÁBADOS e DOMINGOS, às 15h O Gato de Botas A famosa história se passa em torno das aventuras de um Gato muito esperto e inteligente que transforma seu dono, um simples camponês, em um marquês, o marquês de Carabás. Mas o jovem Carabás se preocupa com o futuro do reino e com a destruição da floresta e não aceita as condições impostas pela vilã, a bruxa Genoveva. A tirana, então, joga sobre ele um feitiço para que pare de falar e de se rebelar contra suas ordens, mas o seu Gato é atingido e o efeito da magia funciona ao contrário. O Gato então começa a falar! Vira um ser mágico, encantado, e usa toda sua astúcia para ajudar seu amo a fazer justiça. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada De 6/6 a 28/6, SÁBADOS e DOMINGOS, às 16h Passe mágico Irreverente e com muito humor, todos entram no clima espirituoso das brincadeiras, piadas e mágicas deste espetáculo que apresenta números fascinantes e de última geração, como “o poder da palavra mágica”, “o mistério da corda” (rotina premiada com o primeiro lugar), entre outros. As mágicas acontecem com a participação das crianças e, ao final da apresentação, todos querem mais! Local: Shopping Pátio Higienópolis Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada De 6/6 a 26/7, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h A Bela e a Fera Em um reino muito distante, Bela pede a seu pai que lhe traga de viagem uma linda rosa. Mal sabia ele que ao arrancar a rosa do canteiro despertaria a ira de uma Fera, que lança um castigo ao pobre homem. Bela assume o lugar de seu pai para enfrentar a Fera que todos temiam e aos poucos uma amizade começa a surgir, e Bela consegue enxergar o lado bom que havia na Fera. Nesta adaptação, o amor aparece além das aparências e do materialismo e nos mostra que o que realmente importa é o caráter e a beleza interior. Local: Shopping Pátio Batel de Curitiba Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada De 6/6 a 28/6, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h Sessões extras: dias 4 e 5/6, às 16h Branca de Neve e os Sete Anões Com adaptação de texto e direção de Pedro Molfi, o espetáculo da Cia. Galhofas e Dramas mantém fidelidade ao conto original e atrai os pequenos com elementos lúdicos e do mundo da fantasia, garantindo interação com a plateia. Além do encantador espelho mágico e da participação das crianças em algumas cenas, a montagem cativa o público contando a célebre história da princesa criada pela madrasta, malvada e vaidosa, que se vinga da mocinha ao perder o posto de “mulher mais bela do reino”. Local: Galleria Shopping de Campinas Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada 28 * Programação sujeita a alteração. Teatro Infantil Teatro Jovem De 6/6 a 4/7, SÁBADOS, às 17h30 O alvo Amanda, Maria Anna, Rebecca e Nina são amigas inseparáveis desde o Ensino Fundamental. Já viveram um monte de coisa juntas, coisas legais e outras nem tão legais assim, que, de uma maneira ou de outra, uniu as amigas até o primeiro ano do Ensino Médio. Mas agora que elas estão na sala de espera da diretoria do colégio, a amizade está ameaçada. Em meio a divertidas situações e discussões acaloradas, a trama fará com que elas revelem fatos e opiniões surpreendentes umas às outras e mudem as suas vidas para sempre. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada Teatro Adulto De 6/6 a 28/6, SÁBADOS às 20h e DOMINGOS às 18h Tudo sobre os homens Obra do escritor croata Miro Gavran, traduzida para o português pelo ator e diretor Flávio Faustinoni, que assina também a direção cênica do texto, Tudo sobre os homens tem 12 personagens, vividos por Juan Alba, Denis Victorazo e Flávio Faustinoni, que contam diferentes histórias sobre o universo masculino, retratando cenas do cotidiano com bom humor e sensibilidade. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada Fotos: Eli d'amore (Isso não é uma ilusão) e Divulgação De 4/6 a 25/6, QUINTAS, às 20h - No dia 4/6, sessão às 18h Fale mais sobre isso Fale mais sobre isso é um texto que discute com humor a capacidade e o desejo da mudança. Tendo como pano de fundo o consultório de uma psicoterapeuta onde passam quatro personagens distintos, o texto discute e revela angústias, dramas, dúvidas, questionamentos e o desconforto que leva cada personagem a procurar ajuda para mudar. Trata-se de um espetáculo-solo em que a atriz Flávia Garrafa, formada em psicologia pela USP, encena os cincos papéis de maneira dinâmica e divertida e leva para o palco a junção dessas tão antagônicas, porém, complementares, profissões: psicóloga e atriz. Texto escrito pela própria atriz com direção de Pedro Garrafa. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada Dias 5/6 e 19/6, SEXTAS, às 20h Isso não é uma ilusão Três dos principais mágicos do Brasil se unem para produzir um espetáculo totalmente novo e bem-humorado. Os mágicos Cláudio Grassi, Ortega e Wagner Messa interagem no palco e a todo momento o público é convidado para participar das ilusões e entrar em um mundo de diversão e mágica. Dirigido por Ozcar Zancopé, o show embarca no formato stand-up, já consagrado no humor. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada Dia 26/6, SEXTA às 20h30 Come Together – Tributo aos Beatles Apresentando sucessos como Lucy in the sky with diamonds, Eleanor Rigby e While my guitar gently weeps, o show Come together tem o intuito não de fazer um cover, mas sim uma releitura vocal e instrumental das melhores faixas da banda. Com arranjos do pianista Sílvio Venosa, o grupo promete surpreender tanto os beatlemaníacos como os alheios à banda. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada TEATRO DA LIVRARIA DA VILA Mais informações e ingressos: www.ingressorapido.com.br 29 30 31 32 33 34 35 36 37 Vila do Leitor por Paulo Matias Jr.* O tempo é indiferente, não sente, não mente. Faz a maçaneta emperrar quando temos pouco dele. Faz o relógio se arrastar quando queremos o oposto. Muitas vezes serve de remédio, outras é a própria ferida. Desperta nossa realidade atrelada ao nosso futuro. Se perde na saudade atrelada ao nosso passado. Aquele amor perdido se vai, A folha seca cai, O primeiro fio branco surge e com ele a dúvida da morte para onde depois se vai. Passagem intranspassável. Inevitável. Nasce. Trabalha. Morre. Indiferente, é o tempo da gente. * Fascinado por livros e poesia, Paulo Matias Jr., 19 anos, trabalha no setor de compras da Livraria da Vila e escreve desde quando tinha 10 anos. Faz da espontaneidade uma marca registrada para dar forma a textos que publica em redes sociais enquanto prepara-se para estudar publicidade e jornalismo. A página Vila do Leitor é um espaço aberto para todos aqueles que gostam de escrever, ilustrar e fotografar. Todos os interessados em ter seus trabalhos aqui publicados devem enviá-los para o e-mail: [email protected] 38 NOSSAS DICAS MAIS VENDIDOS |junho_2015 LI E GOSTEI CDs DVDs Livia Brito Higienópolis 1º Ultimate Sinatra 1 Frank Sinatra (Universal Music) 2º Mandando bala Grupo Bola Preta (Independente) 3º Carbono Lenine (Universal Music) 4º Canto Carminho (Som Livre) 5º Rua da Emenda António Zambujo (Som Livre) 1º Downton Abbey – 5ª Temporada (Universal Pictures) 2º O vento lá fora Maria Bethânia (Biscoito Fino) 3º Operação big hero (Disney Home) 4º Whiplash – Em busca da perfeição (Sony Pictures) 5º Planes, trains and Eric Eric Clapton (Som Livre) 1Q84 – Trilogia completa Haruki Murakami Uma trama intrincada e com boa dose de realismo fantástico posiciona hoje Murakami como um dos melhores auotres. Aomame e Tengo reencontram-se após anos e descobrem estar num mundo paralelo, 1Q84. Ela, treinadora e uma espécie de vingadora. Ele, editor e aspirante a escritor. Seres enigmáticos, seita radical e garota prodígio compõem em conjunto com referências de música e literatura clássica uma obra icônica. Ed. Alfaguara OUVI E GOSTEI Fernanda Oliveira Marketing & Eventos X Ed Sheeran Lançado há exatamente um ano, X (pronucia-se multiply), de Ed Sheeran, rende cada vez mais suspiros e empolgação. O cantor surpreende por mostrar as várias facetas que possui, indo do romântico-fofo no hit Thinking out loud, às batidas empolgantes atreladas a uma letra fanfarrona em Sing. O álbum, sem dúvidas, é um divisor de águas na carreira do cantor e mostra que sim, Ed Sheeran veio para ficar. Warner Music Ficção Não Ficção 1º Toda luz que não podemos ver Anthony Doerr (Intrínseca) 2º Submissão Michel Houellebecq (Alfaguara) 3º Sono Haruki Murakami (Alfaguara) 4º Um, nenhum e cem mil Luigi Pirandello (Cosac Naify) 5º O homem que amava os cachorros Leonardo Padura (Boitempo) 1º Floresta encantada – Livro de colorir e caça ao tesouro antiestresse Johanna Basford (Sextante) 2º Jardim secreto Johanna Basford (Sextante) 3º Jardim encantado – Livro de colorir antiestresse Sophie Leblanc (Alaúde) 4º Fantasia celta – Livro de colorir antiestresse Michel Solliec (Alaúde) 5º Mãe, te amo com todas as cores Christina Rose (Best Seller) Infantil Juvenil 1º Este livro comeu meu cão Richard Byrne (Panda Books) 2º Olivia não quer ser princesa Ian Falconer (Globinho) 3º Malala – A menina que queria ir para escola Adriana Carranca (Companhia das Letrinhas) 4º A incrível caixa de descobertas Sophie Ledesma (Publifolhinha) 5º Selvagem Emily Hughes (Pequena Zahar) 1º Diário de um Banana – Caindo na estrada Jeff Kinney (Vergara & Riba) 2º A herdeira Kiera Cass (Seguinte) 3º Para ficar com ela José Godoy e Mariza Tavares (Globo Livros) 4º Invasão do mundo da superfície – Uma aventura não oficial de Minecraft Mark Cheverton (Galera Record) 5º Cinderela pop Paula Pimenta (Galera Record) Importados | adulto Importados | infantojuvenil 1º Genesis Sebastião Salgado (Taschen) 2º Mandalas orientais para descontrair enquanto pinta (Ilus Books) 3º El arte de la guerra – Mandalas para relajarse pintando (Ilus Books) 4º Where chefs eat (Phaidon Press) 5º Os Gemeos Pedro Alonzo (Gingko Press) 1º Very hungry caterpillar – Board book Eric Carle (Philomel Books) 2º Peanuts – A scanimation book by Rufus Butler Seder Charles M. Schulz (Workman Publishing) 3º Looking for Alaska John Green (Penguin USA) 4º The Gruffalo Julia Donaldson (Macmillan Children’s Books) 5º Star Wars – Jedi Academy: Return of the Padawan Jeffrey Brown (Scholastic Books) 39 40