Edição 138 ● Ano 12 ● Seu Jeito de Ler ● Outubro 2015 O QUE SIGNIFICAM OS PRÊMIOS? Quem são os vencedores do Jabuti este ano? E quem fica com o Nobel de Literatura? Entre curiosidades e expectativas, entenda as discussões, honrarias e premiações que animam leitores e o mercado de livros ENTREVISTA Martha Medeiros fala sobre Simples assim, seu novo livro ESTREIA Atrações especiais para comemorar o dia e o mês das crianças RETRATO Os 75 anos de nascimento do ex e eterno “beatle” John Lennon 2 ÍNDICE | outubro_2015 17lançamento 4editorial O fotógrafo J.R. Duran e a Ipsis lançam a edição 6 da Rev. Nacional Por Samuel Seibel 18viagem Confira os nomes confirmados para a edição de 2016 do Navegar é Preciso 19diversão Atrações especiais para o dia e o mês das crianças 6entrevista ● Ano 12 ● Seu Jeito de Ler ● R. Fradique Coutinho, 915 11 3814-5811 ............................................................... LORENA Alameda Lorena, 1731 11 3062-1063 ............................................................... MOEMA Av. Moema, 493 11 5052-3540 ............................................................... SHOPPING PÁTIO HIGIENÓPOLIS Av. Higienópolis, 618 11 3660-0230 ............................................................... A escritora Martha Medeiros fala sobre seu novo livro de crônicas Edição 138 NOSSAS LOJAS FRADIQUE COUTINHO SHOPPING JK IGUATEMI Av. Juscelino Kubitscheck, 2041 11 5180-4790 ............................................................... Outubro 2015 SHOPPING CIDADE JARDIM Av. Magalhães de Castro, 12000 11 3755-5811 O QUE SIGNIFICAM OS PRÊMIOS? Quem são os vencedores do Jabuti este ano? E quem fica com o Nobel de Literatura? Entre curiosidades e expectativas, entenda as discussões, honrarias e premiações que animam leitores e o mercado de livros ENTREVISTA Martha Medeiros fala sobre Simples assim, seu novo livro ESTREIA Atrações especiais para comemorar o dia e o mês das crianças 10capa RETRATO Os 75 anos de nascimento do ex e eterno “beatle” John Lennon Como os prêmios movimentam os interesses dos leitores e do mercado de livros 16coragem Uma mulher de 50 anos faz um livro para superar a traição do marido 20retrato Os 75 anos do nascimento do músico e pensador John Lennon 22aconteceu A estreia da Livraria da Vila em Guarulhos em setembro 23programação Cursos, teatro, lançamentos e todas as atrações da agenda de outubro 39nossas dicas Sugestões para ver, ouvir e ler ............................................................... Campinas GALLERIA SHOPPING Rod. Dom Pedro I, s/nº 19 3706-1200 ............................................................... Curitiba PÁTIO BATEL Av. do Batel, 1868 41 3020-3500 ............................................................... Guarulhos PARQUE SHOPPING MAIA Avenida Bartholomeu de Carlos, 230 www.livrariadavila.com.br Trabalhe conosco: [email protected] A Revista Vila Cultural é uma publicação mensal da Livraria da Vila • Editor-chefe: Samuel Seibel [email protected] • Editor: Rafael Seibel [email protected] • Jornalista responsável: Sérgio Araújo MTB - 4422 • Publicidade: Gil Torres [email protected] • Programação: Gil Torres e Wilson Junior [email protected] • Estagiária de eventos: Mariana Ramiro • Revisão: Valéria Palma • Colaboraram: Giovani Pacheco e Luciana Bellenzani • Estagiária de criação: Fernanda Oliveira • Capa & Diagramação: Jonas Ribeiro [email protected] 3 EDITORIAL | por Samuel Seibel Nada como um bom livro I nauguramos uma nova loja no mês passado. Em nosso vizinho município de Guarulhos, fora do circuito que eu chamo de “zona sul” paulistana (Higienópolis, Vila Madalena, Jardins, Morumbi e adjacências), a filial foi instalada no recém-inaugurado Parque Shopping Maia, tem projeto de Isay Weinfeld e, modéstia à parte, ficou linda. A inauguração e os dias que se seguiram a ela mostraram o que acreditávamos ao decidir montar a nona Livraria da Vila: existe leitor, adulto e criança, em todos os cantos deste País. Bem, talvez não em todo canto, apenas por uma questão de hábito e outras prioridades, mas potencialmente uma boa livraria é bem-vinda Brasil afora. Em meio a pior crise que o país já viveu (porque ela é política, econômica e ética), e da qual ninguém sabe ainda a extensão ou até quando irá, ao falar da abertura da loja em Guarulhos eu quis, apesar dos pesares, transmitir que, embora cautelosos, continuamos trabalhando intensamente, e que, mesmo enxergando as enormes dificuldades, não permitiremos que o pessimismo ou o astral negativo prevaleçam sobre o caminhar para a frente. Para enfrentar toda essa barra pesada, nada como um bom livro. Garanto a sua satisfação. Ou seu dinheiro de volta! Quer apostar? Boa leitura. Abraços. Samuel. Foto: Jonas Ribeiro Tive a oportunidade de recepcionar e o prazer de conversar com vários guarulhenses. Papos ótimos, pessoas antenadas, levando seus filhos a serem leitores ou a se tornarem leitores. Como os pais. É assim, pelo exemplo em casa, que surgem os novos apaixonados por livros. E a escola tem papel determinante nesta consolidação. Tudo passa pela educação e pelos professores. 4 5 ENTREVISTA | Martha Medeiros A arte da simplicidade "Acho que precisamos equilibrar nossa autenticidade com nossa humildade", diz a escritora Martha Medeiros, que autografa Simples assim na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis 6 nunca fez, arrisque. Se der medo, vença-o. Se não souber, invente. Se falar, ria. Se cansou, viaje. Se calor, praia. Se calhar, Londres”, escreve na crônica que dá título ao novo livro. Gaúcha de Porto Alegre, onde ela vive, a escritora se formou em Comunicação Social e nas décadas de 1980 e1990 ganhou elogios públicos de Millôr Fernandes e Caio Fernando Abreu por causa de sua poesia, que Martha publicou em livros como Strip-tease (Brasiliense, 1985), Meia-noite e um quarto (L&PM, 1987) Persona non grata (L&PM, 1991), De cara lavada (L&PM, 1995), Poesia reunida (L&PM, 1999) e Cartas extraviadas e outros poemas (L&PM, 2001). Seu primeiro livro de crônicas, Geração bivolt (Artes & Ofícios), no qual reuniu artigos publicados no jornal Zero Hora e textos inéditos, foi publicado em maio de 1995. Em 1996, lançou o guia Santiago do Chile – Crônicas e dicas de viagem, fruto dos oito meses que viveu na capital chilena. Topless (L&PM, 1997), seu segundo livro de crônicas, ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura. Martha, que tem mais de vinte livros publicados e é mãe de Laura e Júlia, é autora dos best-sellers Trem-bala, Doidas e santas e Feliz por nada e do romance Divã, lançado pela editora Objetiva, que também virou peça de teatro e filme, com a atriz Lilia Cabral no papel principal. Leia a entrevista da escritora. Vila Cultural. Você gosta de conceder entrevistas? Por quê? Martha Medeiros. Em geral, gosto. É sempre uma oportunidade de a gente rever nossas próprias opiniões e de ser instigada a pensar no que nunca pensou. Quem escreve não teoriza a respeito do que faz (eu, ao menos, não), então a entrevista, se bem conduzida, pode virar uma espécie de sessão de psicanálise que nos obriga a investigar a nós mesmos e a organizar em palavras o que sempre foi apenas instintivo. VC. O que muda, numa entrevista, com o hábito atual de “falarmos” por e-mail? MM. Eu prefiro entrevistas por e-mail porque sou naturalmente afobada para falar, gesticulo muito, deixo frases pela metade, então acabo criando dificuldades para o jornalista que precisa passar essa verborragia para o papel. Nem todos os entrevistadores são bons editores do material bruto e a entrevista pode virar o samba do crioulo doido quando impressa, então prefiro ser entrevistada em programas de tevê e rádio, em que se pode perceber mais claramente as ironias, sarcasmos Foto: Letícia Remião A escritora Martha Medeiros encontra o público da Livraria da Vila dia 29 de outubro, a partir das 19h, para um bate-papo seguido de sessão de autógrafos na loja do Shopping Pátio Higienópolis. Ela lança Simples assim (L&PM), que reúne uma centena de textos produzidos entre 2013 e 2015 e publicados nas colunas semanais da escritora nos jornais Zero Hora e O Globo. Há mais de vinte anos escrevendo sistematicamente na imprensa, Martha ainda se surpreende com o alcance de seu trabalho. “São muitos os colunistas em exercício no País, e todos muito bons, então a projeção que alcancei é surpreendente até para mim mesma. Meu trabalho está muito focado na humanidade de cada um de nós, no que nos identifica de verdade, os valores básicos. Talvez isso represente uma ‘hora do recreio’ em meio a tanta notícia pauleira”, diz a escritora em entrevista exclusiva à Vila Cultural. De radar sempre ligado, como costuma dizer, Martha preza cada vez mais a simplicidade – como valor ou objetivo. Daí, inclusive, o título do novo livro. É uma busca que vale para vida e para o estilo de seu texto. “Se gamar, insista. Se sofrer, azar. Se der frio na barriga, celebre. Se vacilar, tente de novo. Se parecer longe, vá igual. Se A escritora Martha Medeiros participa de um bate-papo seguido de sessão de autógrafos para o lançamento do livro de crônicas Simples assim, dia 29 de outubro na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo ENTREVISTA | Martha Medeiros e brincadeiras do entrevistado, e também por e-mail, onde fico no controle do que está sendo dito e posso entregar um material mais “limpo”, livre de mal-entendidos. VC. Que critérios usa para definir os textos que merecem estar em livros e como decidiu pelas cem crônicas de Simples assim? MM. Dou uma lida em todo material que publiquei em jornais nos últimos dois anos e vou anotando as crônicas que mais me agradam, as que tiveram melhor repercussão e as que não ficaram datadas, mas ainda assim muitos leitores reclamam a ausência de uma ou outra. Semana passada eu estava caminhando no parque e uma moça me abordou para contar algo muito triste e íntimo. Ela havia tentado o suicídio um ano atrás e me disse que um texto meu foi decisivo para ela se reerguer. Imagine, fiquei absolutamente tocada. Perguntei qual era o texto e assim que cheguei em casa fui lê-lo, e era de fato um texto interessante. Para minha própria surpresa, eu não o havia selecionado para o Simples assim. Por quê? Não sei. Alguns escapam, acontece. VC. Ao rever sua produção recente, como percebe o espaço que ocupa hoje no jornalismo brasileiro? MM. Não me considero uma jornalista, não tenho a vivência da redação, trabalho em casa e de forma totalmente parcial, sem compromisso com a informação em sua forma mais abrangente. Sou apenas uma escritora que tem uma coluna à disposição – o que considero uma sorte e um privilégio. São muitos os colunistas em exercício no país, e todos muito bons, então a projeção que alcancei é surpreendente até para mim mesma. Meu trabalho está muito focado na humanidade de cada um de nós, no que nos identifica de verdade, os valores básicos. Talvez isso represente uma “hora do recreio” em meio a tanta notícia pauleira. VC. Num momento em que o alcance instantâneo das mídias (e 8 Quem escreve com facilidade consegue codificar melhor suas emoções e pensamentos. redes) digitais e toda a revolução da informação online sugerem menor influência e relevância da “imprensa escrita”, o que significa ser lida e manter a audiência a partir do “velho e bom” jornal impresso? MM. Não concordo que tenha diminuído a influência e a relevância da imprensa escrita. É verdade que se perdeu o “furo”, é impossível concorrer com a instantaneidade das redes sociais, mas isso, de certa forma, obrigou o jornal impresso e a se reposicionar no mercado como um veículo que se aprofunda na notícia e que busca extrair dela uma visão mais consistente do assunto. O jornal ainda é imbatível em termos de credibilidade. Escrevo há mais de vinte anos em jornal e não tenho dúvida de que o fato de ter meu texto documentado num produto que é físico, e não virtual, ajuda a desenvolver a relação com o leitor, a ganhar sua confiança. Na rede, todos podem ser colunistas em seus próprios blogs, sites, perfis no Facebook sem vínculo empregatício qualquer, basta querer. Isso faz com que o colunista de um veículo impresso pareça uma espécie de “eleito”, ele recebe para fazer o que faz. De qualquer forma, acho que todas as plataformas são importantes e se pudermos alcançar o maior número de leitores, tanto melhor. VC. A que atribui o seu prestígio como autora? MM. Boa pergunta. Olha, acho que é um mix de razões. Tem o fato de escrever de forma clara e objetiva. As abordagens relacionadas ao cotidiano de todos nós. Um certo humor. A sinceridade da escrita (escrevo como quem conversa, sem camuflar minhas emoções e preferências). E, principalmente, a preocupação em honrar aquele pequeno espaço com algum conteúdo que valha a pena. Uma vez o escritor Dionísio da Silva me fez um elogio que nunca esqueci. Ele me disse: “Martha, eu nunca saio de mãos abanando de um texto teu”. Não posso imaginar gratificação maior para quem escreve: fazer valer aqueles minutinhos que o leitor investiu em nós. VC. Na complexidade da vida ou da “amplitude da existência”, para citar uma expressão sua, o que é mais difícil ao cultivar a simplicidade como valor? MM. Eu acho que cultivar a simplicidade é bem mais fácil do que cultivar a complicação, mas muita gente prefere dramatizar as situações, pois isso dá a impressão de que elas possuem uma vida mais intensa e profunda. Tremendo desgaste, mas assim é. As pessoas querem valorizar seu passe, fazer barulho, e isso, a meu ver, é uma demonstração de vazio, e não de completude. As pessoas temem a simplicidade porque a confundem com simploriedade, mas ser simplório é outra coisa. VC. Como define a experiência de escrever? MM. É um luxo nascer com o dom de se expressar bem através das palavras. Quem escreve com facilidade consegue codificar melhor suas emoções e pensamentos. É sim um processo terapêutico, por mais que dizer isso seja um clichê. Me sinto uma sortuda por ter conseguido transformar um hobby em profissão e por poder desenvolver meu trabalho em casa, a hora que quero, do jeito que quero, com liberdade total – e liberdade é um valor inestimável pra mim. Mas não sacralizo tanto assim este ofício. É o que me calhou fazer na vida e sou grata por isso. VC. Como define a elegância e que cuidados são necessários As pessoas temem a simplicidade porque a confundem com simploriedade, mas ser simplório é outra coisa. para mantê-la, seja socialmente ou na produção literária? MM. Elegância é basicamente educação e discrição. Educação no sentido de ser cuidadoso com o outro, de não sentir prazeres perversos ao humilhar, agredir etc. Reconhecer que você tem a sua opinião, o seu espaço, mas que isso não está acima da opinião e do espaço alheios. É sempre bem-vinda uma certa delicadeza diante da dor do outro, da ignorância do outro, da sabedoria do outro. Tanto para viver quanto para escrever, acho que precisamos equilibrar nossa autenticidade com nossa humildade. VC. Por que decidiu fazer terapia e o que mudou na sua vida desde que começou a exercitar sistematicamente essa “prática de narração” tão peculiar? MM. Fiz por quatro anos, não estou fazendo mais. Foi um período fértil, em que escutar a minha própria voz ajudava no reconhecimento do que costumamos ruminar em silêncio. Quando externamos em alto e bom som tudo aquilo que sentimos, damos a esses sentimentos uma legitimidade. O silêncio costuma manter tudo na esfera da fantasia. A terapia existe e está disponível para quem está a fim de enfrentar essa passagem necessária da fantasia para o real. Enfim, terapia é uma assistência técnica, acho que de tempos em tempos é bom dedicar um tempo a apertar nossos parafusos. Qualquer hora eu volto a fazer, mas não agora. As paradas também são saudáveis. VC. Qual a maneira mais simples para viver os embates contínuos que temos com o ego? MM. Não é nada fácil evitar esses embates, o ego é um adversário poderoso. Creio que a única “arma” que consegue detê-lo é a empatia. Quando a gente se coloca de verdade no lugar dos outros, nosso ego se recolhe. VC. O que é ser uma mulher de 50 anos e o que pensa sobre o envelhecimento e a velhice? MM. Não há como negar que 50 é um número emblemático. Até pouco tempo atrás sugeria o início da velhice. Hoje sabemos que nem mesmo os 60 coincidem com o início da terceira idade, há inúmeros fatores que podem determinar uma longevidade produtiva e um espírito jovial. Está aí a medicina, a informação, a cultura do exercício físico, tudo conspirando a nosso favor. Ainda assim, sabemos que a partir dos 50 a estrada, mesmo que venha a ser longa, terá mais curvas, mais buracos, mais dificuldades. Fazer o quê? Ajustar o foco em relação aos desejos futuros. Agir com mais discernimento e menos desperdício. Fazer escolhas mais realistas e não surreais. Abusar mais do bom humor do que do açúcar, do álcool, do cigarro, dos medicamentos. Buscar a companhia de quem nos engrandece e não de quem nos derruba. É uma ótima fase para filtrar e varrer as “gordurinhas” da vida, ficando só com o que vale a pena. De envelhecer ninguém escapa (só os que morreram antes, o que não é vantagem alguma), então que envelheçamos, mas lutando para não nos tornarmos decadentes. VC. Na vivência da maternidade, que legado gostaria que suas filhas levassem adiante? MM. Eu gostaria que elas fossem independentes, antes de tudo. Arcando com suas despesas, suas dores, suas escolhas, buscando seus caminhos sem precisarem fazer concessões. A independência assegura uma vida mais honesta e sincera, sem ter que se subjugar. Espero do fundo do coração que elas amem, sejam amadas e que um dia possam olhar para trás com o mínimo de arrependimento e o máximo de orgulho pelo trajeto percorrido. VC. Como cidadã engajada no combate à ignorância, que “dica” daria para quem quer dar o primeiro passo nesse sentido? MM. Olha, engajada mesmo eu ando no ócio (rsrsrs). Estou cada vez mais saturada dessa vida tão cheia de apelos, demandas, acontecimentos, inquietudes, vaidades. Mas, enfim, a resposta que tenho pra dar não é nenhum segredo: leitura! Muita leitura! Ainda não inventaram nada mais eficiente para abrir a cabeça. Além dos livros, toda arte é bem-vinda: teatro, cinema, música, porém não tenho dúvida de que a leitura é que nos dá o suporte para absorver melhor todas as outras manifestações artísticas. E outra coisa que ajuda a combater a ignorância é a tolerância. Conversar com pessoas que pensam de forma diferente, que vivem de forma diferente, que passaram por experiências que nós nunca passamos. Esse passeio por outros “planetas” estimula a nossa compreensão e nos ajuda a reciclar. Nada mais entediante do que morrer abraçada às mesmas ideias de sempre. VC. Em que outros projetos trabalha atualmente? MM. Tenho viajado bastante para divulgar o Simples assim. Em seguida, pretendo finalizar um livro de ficção a ser lançado ano que vem, e estou aberta a novos desafios. Um cineasta que admiro muito está me convocando a criar com ele um roteiro para cinema. Quem sabe? Andei gravando também um piloto de programa para tevê e gostei da aventura. Acho que é hora de me testar em outras atividades, dar movimento à minha carreira, me permitir ser amadora diante de coisas que nunca fiz. Não vou abrir mão do que já foi conquistado, mas me agrada a ideia de atravessar outras portas. Não sendo algo estressante, e sim divertido, estou disponível para novas estreias. 9 CAPA Temporada de prêmios O s dez finalistas de cada uma das 27 categorias do 57º Prêmio Jabuti, uma referência no mercado de livros no Brasil, serão conhecidos no próximo dia 22 de outubro, quando termina a apuração da primeira fase do prêmio. No dia 12 de novembro acontece finalmente o anúncio dos três premiados em cada categoria. A cerimônia de premiação está marcada para o começo de dezembro, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, encerrando um processo que envolve este ano o total (surpreendente) de 2.575 livros inscritos, além de incontáveis expectativas, curiosidades, interesses e emoções, a exemplo de toda “disputa/avaliação” relacionada aos méritos humanos. Ainda este mês, a Academia Sueca deve também anunciar mais um vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, a honraria máxima da produção literária mundial (veja texto nas próximas páginas) numa menção que coloca o nome do premiado, no mínimo, na história da humanidade em suas celebrações de reconhecimento público da excelência, do talento e do trabalho. Como acontece em outros segmentos – no cinema, na televisão, na música, para ficarmos só no campo da produção cultural e da indústria do entretenimento –, premiações 10 literárias são sempre motivos de discussões, concordâncias e discordâncias que, em última análise, passam por compreensões mais subjetivas, pelos julgamentos pessoais, por infindáveis análises que, na intensidade emocional que acontecem, fazem esquecer que o princípio da comparação, do “melhor” ou do “pior”, do “primeiro” ou do “segundo”, é, essencialmente, “destrutivo” no sentido de que ao eleger este ou aquele como o “melhor”, o outro será automaticamente “destruído”. Tudo entre muitas aspas, que fique claro. Na prática, as premiações, sobretudo na produção literária, têm intenção e efeito que são exatamente o contrário disso, ou seja, são simbolicamente construtivas e fundamentais para festejar a qualidade, o valor da experiência da leitura, a iniciativa criativa, o alcance intemporal da obra escrita, entre tantos outros sentidos. Esse é, afinal, o significado dos prêmios, respondendo à questão que é destacada na capa desta edição da Vila Cultural. “Vivemos a era da comunicação. Produzir e divulgar conteúdos atualmente é uma das atividades que podem ser realizadas com maior facilidade. A cadeia de produção de livros, por exemplo, foi encurtada pela tecnologia: os autores tanto podem optar pelo suporte de um selo editorial quanto se promover em uma publicação independente. Neste contexto, as premiações literárias, em geral, são responsáveis por fomentar alguns pontos importantes”, diz Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, responsável pelo Jabuti. “Em primeiro lugar, os profissionais do ramo editorial são incentivados para elaborar obras com qualidade superior, a fim de garantir o selo de qualidade que é trazido por um concurso. Trata-se de uma forma de se destacar em um meio altamente competitivo e também uma oportunidade de revelar novos talentos. Em segundo, os leitores têm uma garantia que serve como ponto de referência para distinguir os melhores títulos dentre os mais variados níveis de qualidade. O Prêmio Jabuti é uma das maiores premiações brasileiras. Além dos livros serem avaliados por uma comissão de jurados especializados em cada uma de suas categorias, o próprio mercado editorial é responsável por indicar os livros do ano de ficção e não ficção – permitindo que a láurea seja condizente com a realidade experimentada pelo mercado em geral”, declara Torelli. A propósito, os vencedores da premiação livro do ano de ficção e Ilustração: Jonas Ribeiro Com 2.575 títulos inscritos, o 57º Prêmio Jabuti, o mais tradicional concurso de literário do país, anuncia seus finalistas este mês e faz refletir sobre a importância de valorizar o livro, a leitura e os autores nacionais 11 CAPA livro do ano não ficção recebem, além da estatueta, o prêmio de R$ 35 mil. O prêmio para outras categorias é de R$ 3.500,00 para o primeiro colocado. Autor superpremiado, o escritor Cristovão Tezza fez uma avaliação dos prêmios que recebeu numa entrevista concedida à Vila Cultural no ano passado, quando perguntado sobre o que representava para ele este reconhecimento do trabalho. “Os prêmios significaram coisas diferentes em momentos diferentes. Em 1981, por exemplo, receber uma discreta menção honrosa pelo romance Ensaio da paixão me deixou numa imensa felicidade, porque era a primeira vez que meu nome se transformava numa referência, ainda que insignificante, fora da província curitibana. Recebi em seguida um segundo lugar no Prêmio Petrobrás, com a novela Aventuras provisórias. Também foi importante. Naqueles tempos, era mais uma questão simbólica (os valores eram pequenos) e uma oportunidade para ser visto fora de Curitiba. Há sempre a referência do Prêmio Jabuti, o mais popular de todos, ainda que o valor seja pequeno. Na virada do ano 2000, os prêmios passaram a ser realmente consistentes, como o Prêmio São Paulo (R$ 200 mil), o Zaffari & Bourbon e o Portugal Telecom (R$ 100 mil cada um). Ao mesmo tempo, a literatura ganhou uma visibilidade na era da internet que nem de longe existia antigamente. As listas de finalistas, por exemplo, são ótimos momentos de divulgação da produção literária brasileira contemporânea. É preciso, entretanto, que o escritor tenha a cabeça no lugar. Não se escreve para ganhar prêmios; e os prêmios, é claro, são sempre falíveis, apenas o retrato de um instante literário, de acordo com o perfil de um grupo de jurados. Assim como ganhei alguns prêmios, perdi muitos e muitos outros, e nem por isso deixei de escrever”, declarou Tezza. Para Torelli, há várias mudanças que podem ser nomeadas quando um livro é premiado. “No meio acadêmico, por exemplo, as instituições de ensino tendem a adotar obras premiadas por buscarem garantia de qualidade. Além disso, os próprios autores recebem maior reconhecimento do mercado, nacional e internacionalmente, criando-se novas oportunidades de parcerias, publicações, trabalhos etc. O que vale ressaltar sobre o Prêmio Jabuti é que se trata do concurso literário mais amplo e antigo do Brasil, reconhecendo autores de áreas diferentes, sem distinção entre grandes editoras ou trabalhos independentes. É uma premiação que dá visibilidade tanto aos grandes nomes como aos escritores principiantes”, ele diz. “Prêmios alisam o ego, momentaneamente. Alguns trazem um dinheirinho. Dá uma certa mídia também. Mas o mais importante são os livros, é a obra. Não se pode esquecer disso, nem se deve escrever pensando em prêmios”, declarou outro escritor muito premiado, Ignácio de Loyola Brandão, ao conceder uma entrevista à Vila Cultural. O escritor Pedro Bandeira, 73 anos, cuja obra já foi contemplada com prêmios Jabuti, é o convidado especial da Livraria da Vila no dia 31 de outubro, às 15h, na loja da Lorena, em São Paulo, no projeto Entre autores e leitores, com o qual CBL faz um trabalho de divulgação contínua do Jabuti. Bandeira faz sucesso há três décadas e já lançou títulos que permanecem como referência, como O fantástico mistério de Feiurinha. No ano passado, da série Os Karas, Bandeira lançou, pela editora Moderna, que publica sua obra, A droga da amizade, em que a turma liderada pelo personagem Miguel, com seus amigos fiéis e “heróis de verdade”, revive origens, valores – como honestidade, caráter e o desejo de mudar o mundo – e descobertas entre a adolescência e a passagem para a vida adulta. 12 O escritor Pedro Bandeira encontra os leitores dia 31 de outubro na loja da Lorena Fotos: Divulgação Autores encontram leitores Um “selo de qualidade” “Foi interessante, neste ano, observar a quantidade de autores ‘autoeditados’”, diz a professora Marisa Lajolo, curadora do 57º Prêmio Jabuti Professora de literatura na Unicamp e na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marisa Lajolo é a curadora do 57º Prêmio Jabuti. Para ela, “o aumento de inscrições neste ano sugere o reconhecimento – por parte dos profissionais do livro – da importância do prêmio.” A professora concedeu a seguinte entrevista à Vila Cultural: livro ou um autor disputem o prêmio? ML. A inscrição de um livro pode partir tanto do autor quanto da editora. Quem inscreve um livro acredita que ele tem qualidade para disputar o prêmio. Foi interessante, neste ano, observar a quantidade de autores “autoeditados”. Sinal dos tempos? VC. Que tipo de difeVila Cultural. Como se dá rença para um livro ou o trabalho de curadoria um autor pode haver do Prêmio Jabuti? A professora Marisa Lajolo, curadora do 57º Prêmio Jabuti quando ele recebe o Marisa Lajolo. A curadoria “lastro da comunidade do prêmio é exercida por quer relativamente aos aspectos intelectual brasileira” ao ganhar um conselho curador (formado cognitivos que envolvem. um Jabuti? por Márcia Lígia Guidin, Antônio ML. A ideia é que o Prêmio Jabuti Sartini, Frederico Barbosa e Luis VC. Por que o livro infantil digital funcione como uma espécie de Carlos Menezes), que eu coorentra como “teste” de inclusão? “selo de qualidade” dos livros e deno. É este conselho que, em ML. O mundo dos livros digitais dos autores que o recebem. O conjunto com a Comissão do Prêestá só começando. Mesmo entre autor ganha prestígio. O livro gamio Jabuti da Câmara Brasileira especialistas, há polêmica, por nha leitores. Com o projeto Jabuti do Livro, discute e resolve todas exemplo, relativa à denominação: entre autores e leitores, a Câmara as questões ligadas ao prêmio, a e-book? Aplicativo? Objeto digital? pretende divulgar, para um público partir das sempre necessárias reviDaí a prudência com que o Jabuti mais amplo, livros vencedores, sões do regulamento até questões está lidando com a categoria. de forma que o prêmio colabore pontuais e concretas levantadas para os tão oportunos projetos de pelos jurados. VC. Como são selecionados os difusão da leitura. jurados? VC. O que citaria como o grande ML. Cada categoria é avaliada VC. O que pensa sobre “justiça/ desafio e o maior prazer para a por três jurados. O comitê curador injustiça” levando em considecuradoria da edição 2015? indica nomes a partir de um banco ração toda a subjetividade que ML. Fiquei contente com a inclusão de especialistas nas várias áreas envolve a concessão de prêmios das duas novas categorias entre as recobertas pelo prêmio. Premiados e honras na literatura? premiadas: o livro infantil digital e em um ano são candidatos natos ML. Responder a esta questão exiadaptação. Boas adaptações de ao júri do próximo ano, na categogiria mais do que as poucas linhas obras literárias cumprem papel ria em que foram premiados. de uma entrevista. Mas vale a pena fundamental na formação de leimeditar sobre a relativa coincidêntores. E sobre livros digitais nem VC. Além das especificidades do cia das obras finalistas dos vários é preciso comentar a importância regulamento, que outros critérios prêmios literários brasileiros. O que crescente que vêm assumindo, são determinantes para que um será que isto significa? quer relativamente à circulação, 13 OPINIÃO E o Nobel vai para... O mais comentado prêmio de literatura costuma dividir reações ao anunciar eventualmente escritores já renomados, como Gabriel García Márquez, ou autores completamente desconhecidos no mercado editorial Por Rafael Menezes O Nobel é o maior prêmio concedido a personalidades que contribuem para o progresso científico e cultural da humanidade e para o desenvolvimento da paz no mundo. O prêmio foi criado em 1901 e é um legado do cientista sueco Alfred Nobel (1833-1896). A premiação contempla as áreas da física, química, medicina, economia, paz e literatura. Enquanto as distinções para as ciências exatas e biológicas costumam estar sempre dentro das expectativas, os prêmios relacionados à paz e à literatura – e que envolvem a “clássica” subjetividade das ciências humanas – têm suas zonas obscuras, a exemplo do polêmico Nobel da Paz de 2009 concedido ao presidente americano Barack Obama em plena guerra Iraque-Afeganistão, ou ainda ao líder palestino Yasser Arafat (19292004), em 1994. Na literatura, a polêmica se instala pelo fato de a lista de “não ganhadores-que-deveriam-ter-ganho” ser muito mais extensa do que a de ganhadores oficiais. Entre autores que jamais receberam o Nobel, há um “grupo”, no mínimo, muito respeitável, com nomes como o do irlandês James Joyce (1882-1941), o francês Marcel Proust (1871-1922), o argentino Jorge Luis Borges (18991986), o russo Vladimir Nabokov 14 (1899-1977), os americanos J.D. Salinger (1919-2010) e John Updike (1932-2009), a inglesa Virginia Woolf (1882-1941), o austríaco Robert Musil (1880-1942), entre outros tantos. Por isso, o Nobel de Literatura costuma dividir reações anunciando de vez em quando um escritor já renomado, caso do colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), vencedor do prêmio em 1982, do português José Saramago (1922-2010), ganhador em 1998, e do peruano Mario Vargas Llosa, Nobel em 2010. Mas a grande maioria dos nomes premiados é desconhecida do público internacional. Isso faz a torcida por este ou aquele autor sempre mais especulativa, já que, em tese, basicamente “qualquer um” pode vir a ser o vencedor. Enquanto aguarda-se a revelação do nome laureado, a Academia Sueca, que é a instituição que concede o prêmio de literatura dentro do Comitê Nobel, já começa a seleção para o ano seguinte. Primeiramente, são escolhidas as instituições e pessoas da área que podem indicar algum autor. Outros ganhadores também podem submeter uma carta à Academia Sueca indicando um autor para a “disputa”. O processo começa sempre no ano anterior à premiação e vai até mais ou menos fevereiro ou março do ano seguinte, quando é criada uma primeira lista com todos os nomes que passaram pela primeira triagem. Em 2015, foi revelado que a lista inicial tinha 198 nomes. A partir dela, a Academia submete os nomes a críticos e à votação até chegar em cinco possíveis ganhadores, cujos nomes nunca são divulgados. Quando, por algum motivo, a informação sobre algum autor que integra esse grupo “top 5” é revelada, ele é automaticamente desclassificado. Sendo assim, é realmente difícil especular quem pode ganhar o Nobel de Literatura, já que nem os autores sabem que eventualmente podem ganhar o prêmio naquele ano. Se por um lado sempre será uma surpresa, Na literatura, a polêmica se instala pelo fato de a lista de ‘não ganhadores-quedeveriam-ter-ganho’ ser muito mais extensa do que a de ganhadores oficiais. por outro não há pistas críveis de um possível laureado. Mas será que uma premiação que deixa de fora tantos nomes importantes da literatura mundial é realmente importante ao ponto de ser considerada o maior prêmio da área? Acho que nem tão ao norte, nem tão ao sul. Como defendem alguns críticos, qualquer premiação é, na origem, uma injustiça do ponto de vista artístico, não representando nenhum valor essencial. Do ponto de vista filosófico, realmente não dá para atribuir um sentido demasiadamente objetivo, um prêmio, a um trabalho essencialmente subjetivo, seja uma obra literária, um filme, um álbum etc. No âmbito do Nobel é muito mais “fácil”, por exemplo, premiar a dupla de cientistas franceses Françoise Barré-Sinoussi e Luc Montagnier, como aconteceu 2008, pelos avanços no estudo do HIV, o vírus da aids, do que escolher a obra, até então desconhecida, do poeta sueco Tomas Tranströmer (1931-2015), ganhador do Nobel em 2011. A primeira premiação, afinal, reconhece uma importante e objetiva investigação científica para a medicina, e a segunda envolve uma criação subjetiva, até então com pouco espaço e visibilidade, inclusive na Suécia. Se agora estamos aqui discutindo o Nobel, as discussões do começo de 2016 muito provavelmente vão passar pelos pontos de vista sobre quem deveria (ou não) ganhar o Oscar. Haverá um ator e uma atriz que muitos dirão não merecer, e talvez o próprio filme consagrado seja uma decepção quando comparado a outro. E pelo fato de os indicados serem conhecidos do grande público, a discussão é ainda mais inflamada. Nesse ponto, o Comitê do Nobel tem suas razões ao deixar todo o processo em sigilo. Há, assim, menos pressão popular para que este ou aquele autor ganhe. O ponto central é que as premiações, em geral, têm suas próprias regras internas e muitas vezes um tipo específico de perfil de premiação, como no Oscar, que alterna ora momentos conservadores – brindando “filmes de Oscar” para celebrar a indústria do entretenimento, como aconteceu com Coração valente (1995), O paciente inglês (1996) e Titanic (1997) –, ora momentos de autocrítica à indústria de cinema, como em Argo (2012), 12 anos de escravidão (2013) e Birdman (2014). O perfil do Prêmio Nobel de Literatura não passa pela ambição de fazer um apanhado de todos os grandes escritores do mundo, mas sim pelo desejo de destacar alguém cuja obra é essencial, apesar de às vezes se manter “escondida” do mainstream. J. M. Coetzee é tido hoje como um dos maiores escritores sul-africanos na literatura mundial – e muito bem lido no Brasil –, porém, em 2003, quando ganhou o Nobel, não estava nem perto de ser um escritor conhecido fora da língua inglesa. Ainda assim, há divergências sobre sua relevância inclusive dentro da África do Sul, pelo fato de não ser um escritor que encara o apartheid de maneira direta. Seja ela qual for, uma premiação nunca pode ser encarada como uma verdade incontestável. Ao contrário, trata-se de uma honraria concedida dentro de um determinado perfil e com suas regras pré-definidas. A real importância das premiações é divulgar informação e torná-la acessível. Graças ao Oscar, podemos ver vários filmes que possivelmente nem chegariam ao cinema se não fossem “indicados-citados”, caso de títulos como Inverno da alma, Indomável sonhadora e Clube de Compras Dallas. Em função do Nobel de Literatura, as obras do francês Patrick Modiano, vencedor em 2014, da alemã (romena de nascimento) Herta Müller, que ganhou o prêmio em 2009, e do chinês Mo Yan, Nobel em 2012, por exemplo, foram traduzidas ou reimpressas devido às suas respectivas consagrações. Se elas são importantes ou não, agora podemos decidir. A propósito, para este outubro de 2015 a banca de apostas cita os nomes da bielorrussa Svetlana Aleksijevitj, do americano Philip Roth, do tcheco Milan Kundera, do ~~ grego Adonis, do queniano Ngugi Wa Thiong’o, dentre vários outros. Como não há maneira de prever, continuo torcendo para o moçambicano Mia Couto, mas ficaria feliz com Milan Kundera. E você, caro leitor, qual é a sua aposta? 15 AUTÓGRAFOS Traição inspiradora Isabel Dias, “50 e alguns anos”, relata no livro 32: Um homem para cada ano que passei com você autodescobertas depois de ser traída no casamento e viver o sexo casual com vários amantes A 16 As quatro primeiras capas do livro de Isabel Dias juntos na casa de praia”. Para ir à luta, criou um perfil com codinome num site de relacionamentos e sexo casual, em que a única inverdade era a idade (dizia ter 48 anos, ao invés dos “50 e alguns” da realidade), e se jogou com tudo na história. Quase que documentando seu processo terapêutico, ela relata, no livro, “um trajeto cheio de novas experiências e sensações, jogos de sedução, fantasias, surpresas, noites inesquecíveis e outras não tão incríveis assim”. Em cada capítulo, Isabel apresenta um dos 32 homens, casados e solteiros, com e sem filhos, bem-sucedidos ou nem tanto, com que se relacionou. Diz que alguns a inspiram, outros a assustam. Não revela a identidade de nenhum deles, obviamente. Para ela, o livro discute a necessidade de ser livre para fazer escolhas, ficar ou não ficar com quantas pessoas quiser e do jeito que quiser. “Sem se julgar, porque, às vezes, o nosso autojulgamento pode doer mais do que o dos outros”. Segundo a editora, o livro terá, ao longo de suas edições, 32 diferentes mulheres posando para uma imagem de capa inspirada numa foto ilustre da filósofa Simone de Beauvoir, ícone do feminismo. São mulheres que se dispõem a aparecer para contar uma brevíssima história da traição na qual estiveram envolvidas. A primeira tiragem sai com as primeiras quatro capas. LANÇAMENTO Do livro 32: Um homem para cada ano que passei com você (Da Boa Prosa), de Isabel Dias, dia 20 de outubro, às 18h30 na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis. Fotos: Divulgação administradora Isabel Dias lança dia 20 de outubro, às 18h30, na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, o livro 32: Um homem para cada ano que passei com você (Da Boa Prosa), em que relata uma experiência pessoal, no mínimo, intensa. Depois de um casamento longo – com o então único homem de sua vida –, Isabel descobriu que era traída pelo marido. Passado o choque inicial, tentou sem sucesso salvar a relação e, diante do fracasso, finalmente deu uma guinada em sua vida. Divorciou-se, mudou de cidade e hoje avalia que a traição que experimentou foi o ponto de partida para “uma jornada de autoconhecimento e libertação sexual”. “Após algum tempo lambendo feridas, me lancei numa aventura. O 32 simboliza o número de anos que passei casada e fiel. Tenho direito não a 32 homens, mas a 32 experiências, pensei. O que pode ter começado como vingança acabou se convertendo em um grande aprendizado. Comecei a escrever como terapia. Ao mostrar os primeiros textos para o meu filho, que é jornalista, veio a ideia de criar o blog e agora o livro”, declarou Isabel, num depoimento sobre o livro. Em 200 e poucas páginas, ela conta, um por um, todos os amantes que teve a partir da decisão de se libertar do tempo de mentiras e da relação que já havia acabado, apesar de ser mantida oficialmente com planos de “envelhecermos AGENDA Prazer em revista Com requintes gráficos e conteúdo diverso, o fotógrafo J.R. Duran e a Ipsis Gráfica e Editora lançam dia 8 de outubro na Livraria da Vila da Lorena a edição 6 da Rev. Nacional O fotógrafo J.R. Duran e a Ipsis Gráfica e Editora lançam a Rev. Nacional #6 dia 8 de outubro, a partir das 18h30, na Livraria da Vila da Lorena, em São Paulo. Objeto do desejo dos apreciadores das artes gráficas, a publicação, que antes tinha distribuição restrita, passa a ser vendida nas melhores livrarias do país. Trata-se de “uma ousada e prazerosa experiência entre texto e imagem”, na definição de Duran, que idealizou o projeto. “Um jardim secreto de tinta e papel”, diz o fotógrafo, lembrando que o “rev.” abreviado no título é para revista, não para revolução. “Longe de ideologias, é um convite à livre expressão”, define Duran. A revista foi impressa com o luxuoso papel italiano GardaPat Kiara, o que garante uma melhor reprodução das fotos, numa exigência de Fernando Ullmann, diretor da Ipsis, que, como publisher – junto com Duran –, não esconde o entusiasmo com o lançamento. “É um projeto independente, irreverente e de alta qualidade. Tem a cara da Ipsis”, diz Ullmann. A periodicidade é semestral, com tiragem de 3 mil exemplares a cada nova edição. Com concepção autoral e edição de arte assinada por Duran, a revista é composta em grande parte de depoimentos que permitem alcançar, “sem pretensões ou temas decisivos”, quem são os fotografados para um conteúdo que caminha, por exemplo, entre Renato Janine Ribeiro falando A modelo Claudiz Liz "editada" em papel fotográfico sobre sexo na TV ou o Rio de Janeiro visto do alto em um reflexivo e literal sobrevoo do escritor Antonio José Tavares. Explorando ainda outros lugares-temas inusitados como a Casa de Eny, lendário inferninho do interior paulista frequentado por Vinicius de Moraes, e abordando personagens contemporâneos do país em toda a diversidade de aspectos e opiniões, o conteúdo inclui personagens como o “insolente” masterchef Erick Jacquin, a cantora Anitta em momento “zen” ou Tarso e Luciana Genro juntos numa entrevista concedida ao jornalista Mario Sergio Conti. Para quem só conhece uma faceta do trabalho de Duran, a revista também traz sua versão escritor, ou, como ele prefere, “um fotógrafo que escreve” e, claro, as fotos de Duran, em retratos de famosos ou mulheres nuas, mas também em inesperados ensaios como um prosaico dia na praia de Boraceia ou as formas e cores de nossa flora, resultado de um passeio no mercado de flores da av. Dr. Arnaldo, em São Paulo. LANÇAMENTO Da revista Rev. Nacional #6, dia 8 de outubro, a partir das 18h30, na Livraria da Vila da Lorena. 17 VIAGEM Navegar 2016 Com embarque dia 24 de abril, a sexta edição do projeto terá participação dos escritores Fernando Morais, Mario Prata, Noemi Jaffe, Raphael Montes, Rodrigo Lacerda, da atriz Clarice Niskier e do músico Zeca Baleiro O Rodrigo Lacerda s escritores Fernando Morais, Mario Prata, Noemi Jaffe, Rodrigo Lacerda e Raphael Montes, a atriz Clarice Niskier e o músico Zeca Baleiro são os nomes confirmados para a sexta edição do projeto Navegar é Preciso, que acontece entre os dias 24 e 29 de abril de 2016. Idealizada pela Livraria da Vila, a viagem ecoliterária pelo Rio Negro, na Amazônia, é organizada pela Auroraeco desde a estreia do projeto, há cinco anos. Para a edição do ano que vem, as cabines no barco IberoStar Grand Amazon já estão à venda. A ideia do Navegar é conciliar a experiência de viajar por uma das regiões mais fascinantes do planeta com uma agenda repleta de atrações culturais, incluindo encontros e conversas com os autores convidados. Num roteiro que já virou tradição, escritores como Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti, Frei Betto, Laurentino Gomes, Ignácio de Loyola Brandão, Nilton Bonder, Cristovão Tezza, José Eduardo Agualusa, entre outros, compartilharam, durante a viagem, 18 Clarice Niskier Mario Prata suas experiências criativas com o público. Em 2015, o escritor e navegador Amyr Klink, a cantora Fabiana Cozza e os escritores Fabrício Carpinejar, Eliane Brum, Reinaldo Moraes e Joca Terron participaram do Navegar. Entre os convidados da próxima edição, escritores com histórias e obras singulares. Professora e crítica literária, a escritora Noemi Jaffe lançou recentemente seu primeiro romance, Írisz: as orquídeas (Companhia da Letras). Rodrigo Lacerda estreou na literatura há duas décadas com o elogiado O mistério do leão rampante (Ateliê Editorial). Em 2015, lançou Hamlet ou Amleto? – Shakespeare para jovens curiosos e adultos preguiçosos (Zahar), em que apresenta todo o seu gosto pela obra de William Shakespeare. Escritor, dramaturgo, jornalista e cronista, Mario Prata é referência na literatura brasileira e acumula uma obra que tem mais de três mil crônicas e cerca de 80 títulos, entre romances, livros de contos, roteiros e peças teatrais. Nascido em São Luís do Maranhão e há muito radicado em São Fernando Morais Noemi Zeca Jaffe Baleiro Paulo, o músico Zeca Baleiro lançou seu primeiro disco, Por onde andará Stephen Fry?, em 1997. Seu mais recente trabalho é o álbum O disco do ano, feito com a colaboração de 15 produtores. Carioca nascido em 1990, o jovem Raphael Montes publicou contos em diversas antologias de mistério. Dono de uma biblioteca com mais de cinco mil livros do gênero, Montes publicou no ano passado Dias perfeitos (Companhia da Letras). Autor de biografias memoráveis como Olga (Companhia da Letras,1985) e Chatô, o rei do Brasil (Companhia das Letras, 1994), Fernando Morais recebeu três vezes o Prêmio Esso e quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. Clarice Niskier é uma das grandes atrizes brasileiras, conhecida nacionalmente pela atuação em A alma imoral. NAVEGAR É PRECISO Edição 2016. De 24 a 29 de abril. Informações e vendas de cabines: [email protected] ou (11) 3086-1731 Fotos: Divulgação Raphael Montes INFANTIL Outubro especial Novos livros, oficinas de ilustração, pocket show do Zuando Som e o aniversário do Sambalelê são alguns dos destaques para comemorar o dia, o mês e toda a energia das crianças Ilustração: Laura Teixeira N o mês que tem até um Dia da Criança, 12 de outubro, a agenda cultural da Livraria da Vila, onde o público infantil merece atenção especial todos os dias do ano, traz vários destaques sob o pretexto de marcar a temporada de celebrações da garotada. No domingo, 4 de outubro, entre 15h e 18h, na loja da Fradique, a editora MOVpalavras faz uma big festa com contação de histórias, show da banda Babá Eletrônica, oficinas com as ilustradoras Laura Teixeira e Chris Mazzotta Bolinha branca (MOVpalavras), livro de Laura Teixeira e presença de vários autores que lançaram que lança O livro secreto das prinseus livros pela MOV. Carlos Macesas que soltam pum (Brinquechado, de Cada bicho com seu -Book). Na loja da Lorena, a partir capricho, Cristiane Tavares e Chris das 16h30, também no dia 10, tem Mazzotta, autoras de Aos olhos do o show Canta e conta, do projeto mar, Dani Gutfreund, que lançou Zuando Som, com o músico RoOlha lá a Ana!, Danilo Gusmão, de drigo Prates. Em cena, ele mostra Céu-tamanho, Laura Teixeira, de porque faz tanto sucesso ao comBolinha branca e Pássaro-desebinar música e interatividade com nho, Marcelo Cipis, que fez o belo a plateia. O show reúne as canções Meus tipos inesquecíveis, e Renato dos quatro CDs gravados pelo Zapata, de Menino semente, são projeto:1,2,3 Quer que eu cante alguns dos convidados da tarde. outra vez?, de 2005, O velhos dos Também na loja da Fradique, só cabelos de mola, de 2011, Eta, que sábado, dia 10, a partir das bicharada gulosa, de 2013, e Fé e 16h, a garotada volta a se enconpé, de 2013. trar com o escritor Ilan Brenman, Na loja do Shopping JK Iguatemi, no mesmo sábado, dia 10, Kamila Cardoso e Kelly Souto, que idealizaram do Espaço Sambalelê a partir das oficinas de arte e contação de histórias que faziam para os filhos de amigos, comemoram dois anos de sucesso com as crianças. “Comemorar nosso aniversário na Livraria da Vila é um prazer enorme. Nos sentimos em casa e temos um carinho especial por ser onde tudo começou”, afirma Kamila. A recepção do público está marcada para as 10h e a apresentação do Sambalelê começa às 11h. Tudo com entrada franca. No sábado, dia 17, a partir das 13h30, os pequenos têm encontro marcado com Flávia Lins e Silva, a autora da série de livros Diário de Pilar (Pequena Zahar). Ela faz sessão de autógrafos na loja da Fradique a partir das 13h30, prometendo alegria para os leitores que acompanham as aventuras da protagonista do livro, junto com seu amigo Breno, o gato Samba, entre outros personagens que despertam a imaginação. Confira todas as atrações da agenda infantojuvenil na seção Programação, nesta edição de Vila Cultural. 19 RETRATO | JOHN LENNON (1940-1980) Em nome do amor J ohn Lennon, o “beatle” que virou um mito da música e um ícone da cultura pop mundial, faria 75 anos dia 9 de outubro. A data de seu nascimento, independentemente do desaparecimento brutal e precoce, aos 40 anos, em dezembro de 1980, é lembrada por fãs e admiradores no mundo inteiro. Vítima de uma tragédia por causa de um autógrafo negado a Mark Chapman, que disparou cinco tiros à queima roupa quando Lennon chegava em casa, em Nova York, Lennon também se transformou num símbolo da cultura da paz que, junto ao amor, a justiça e a liberdade humana foram temas centrais de suas canções, reflexões e poesias. Nascido em Liverpool, Inglaterra, em 1940, foi criado pela tia, Mary, e seu marido, George Smith, porque a mãe de Lennon não tinha condição de criá-lo sozinha. O pai se ausentava por longos períodos por trabalhar na navegação. Garoto ainda, Lennon cantava no coro da igreja, adorava o escritor Lewis Carroll e já dava demonstrações de talento literário na escola. Aos 15 anos montou uma banda, The Quarrymen, a qual Paul McCartney se agregou dois anos depois. Era a origem dos Beatles, um dos fenômenos mais influentes da música ao longo dos tempos. Um “sonho breve” que produziu canções como She loves you, Help!, All you need is love, Hey Jude, Revolution, Let it be, só para citar as mais óbvias, numa discografia ainda hoje reeditada mundialmente. 20 A vida, a obra, o talento, as inseguranças e a morte precoce de Lennon ainda hoje inspiram e movimentam o mercado editorial e a imaginação dos leitores. Na festejada biografia escrita por Philip Norman, John Lennon – A vida (Companhia das Letras, 2009), há revelações cativantes ou surpreendentes tamanha a meticulosidade da pesquisa realizada por Norman, que passou três anos trabalhando no projeto. Além do acesso a documentos inéditos, ele conseguiu depoimentos de Yoko Ono, Sean Lennon, filho de John Lennon, e Paul McCartney, entre outros nomes importantes na vida do músico. Com olhar quase psicanalítico, Norman descreve detalhes da infância e da adolescência do ex-Beatle, e logo traz à tona episódios e personagens cruciais para o entendimento de uma figura admirada e controvertida. O pai, Freddie Lennon, que teria abandonado o filho ainda pequeno, é uma delas, e seu lado da história traz um relato importante. Entre as muitas revelações contidas na biografia, a mais inocente provavelmente é a de que, ao contrário do que se acreditava, não foi a tia, mas sua mãe, Julia, quem lhe deu a primeira guitarra. Yoko Ono aparece num testemunho sincero e único ao falar dos quase 15 anos de vida que ela e Lennon compartilharam. Outro depoimento emocionado, o de Sean Lennon, encerra o livro. Em As cartas de John Lennon (Planeta do Brasil), do jornalista Hunter Davies, que saiu no Brasil em 2012, temas importantes ou triviais se revezam na comunicação (num mundo sem e-mail ou mensagens instantâneas de texto virtual) do músico com interlocutores tão distintos quanto sua família, seus amigos, namoradas ou até em cartas endereçadas a jornais e eventualmente a destinatários estranhos ou desconhecidos. Junto com a pesquisa da correspondência, Davies comenta e contextualiza cada uma das cartas percorrendo um caminho biográfico que também encanta os fãs e admiradores do músico, que se expressa ao mesmo tempo delicado e irônico, agressivo ou carente. John Lennon em Nova York, lançado este ano no Brasil pela editora Valentina, revela a fase pós-Beatles vivida pelo músico na cidade. O ativismo político, a evolução musical, a relação com Yoko Ono e com os antigos companheiros de banda são alguns dos temas abordados com minúcias pelo autor, o jornalista norte-americano James A. Mitchell. Há desde curiosidades de alguns dos grandes ícones culturais do século passado que conviveram com Lennon, além das tantas mudanças sociais, culturais e comportamentais que deram o tom do início da década de 1970, até o trágico e brutal assassinato de Lennon, quando o mundo ficou perplexo com a violência contra o homem que fez da paz uma dos grandes propósitos de sua vida. Ilustração: Jonas Ribeiro O “aniversário” de 75 anos de John Lennon, que nasceu em outubro de 1940, em tempos de guerra na Europa, é lembrado como citação de paz, liberdade e outros valores essenciais de uma vida digna de muitas biografias 21 ACONTECEU Mundo de novidades A Livraria da Vila comemora sua chegada ao Parque Shopping Maia, em Guarulhos, e Sebastião Salgado autografa seu livro-ensaio sobre o lado humano da produção cafeeira Dois dias antes do início oficial da Primavera no hemisfério sul, o fotógrafo brasileiro radicado na França Sebastião Salgado encantou a audiência com palestra seguida de sessão de autógrafos na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Ele lançou o livro Perfume de sonho (Taschen/Paisagem), com o registro surpreendente de uma viagem de uma década pelo mundo do café. Salgado contou que começou a trabalhar no projeto no início dos anos 2000, fotografando no Brasil, mais exatamente em Minas Gerais e no Espírito Santo. Viajando pelo mundo por conta de outros ensaios, também documentou a colheita cafeeira em países como Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Etiópia, Tanzânia, Índia, Indonésia e China. O fotógrafo compartilhou com o público que o propósito central era olhar para a história das pessoas que Sebastião Salgado na loja do Shopping JK Iguatemi 22 Marina de La Riva na loja de Guarulhos trabalham com café, já que todo o processo, do plantio à colheita, envolve a ação humana. Estima-se que a indústria cafeeira global mobilize em torno de 24 milhões de pessoas. Fotos: Wilson Junior (Sebastião Salgado) e Rafael Seibel (Marina de La Riva) O s sons da banda Jazz São Paulo, a voz, o estilo e a presença inconfundíveis da cantora Marina de La Riva e as ilusões e mágicas de Cláudio Grassi foram só algumas das atrações que movimentaram a estreia, no mês passado, da Livraria da Vila no Parque Shopping Maia, em Guarulhos. A abertura da loja aconteceu dia 17 e, a exemplo de outras novidades que dinamizam umas das cidades mais importantes do país, a Livraria da Vila estreou completamente integrada ao novo endereço, que fica próximo ao Bosque Maia. Com projeto arquitetônico assinado por Isay Weinfeld, a nova loja tem 700 m2, um auditório com 60 lugares, um café Santo Pão, perspectivas de uma animada programação cultural e todos os detalhes de acervo e atendimento que fazem cada unidade da Vila ser ao mesmo tempo familiar e única. PROGRAMAÇÃO | outubro_2015* Música urbana Foto: Divulgação Teatro, oficinas, lançamentos e um pocket show especial com o cantor João Roquer dia 15 na loja da Fradique movimentam a agenda cultural de outubro O cantor João Roquer faz pocket show dia 15 de outubro, às 19h30, na Livraria Vila da Fradique, para lançar o CD Cancioneira. No novo trabalho, ele mostra como circula com desenvoltura e habilidade “no set list da canção brasileira” exatos 13 anos depois de sua estreia na cena underground da zona leste da cidade de São Paulo. Completamente à vontade com sua intuição criativa, rigor técnico e humor refinado, Roquer diz que faz música para dançar, para cantar junto, música para ouvir de novo. “Em suma, música para escutar no campo, música para baixar o santo”, diverte-se. 23 PROGRAMAÇÃO | outubro_2015* Lançamentos 1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 O desafio da longevidade De Matheus Papaléo Ed. Atheneu 7/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 São Paulo infinita De Juliana Russo Ed. Gustavo Gili 8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Poesia é criação: Uma antologia De José de Almada Negreiros, Fernando Cabral Martins e Silvia Laureano Costa (Orgs.) Ed. Ateliê Haverá bate-papo com os organizadores. 8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Resta um De Isabela Noronha Ed. Companhia das Letras 24/10, SÁBADO, das 16h30 às 19h30 Inventário das sombras De Esther Proença Soares Ed. Escrituras 26/10, SEGUNDA, das 18h30 às 18h30 O menino Vlado De Marcia Camargos Ed. Autêntica 27/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Fricções De Hugo Veiga Ed. Chiado 30/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30 Macro e microcosmos – Visão filosófica do Taoismo e conceitos da Medicina Tradicional Chinesa De Sidney Donatelli Ed. Andreoli Haverá bate-papo com o autor. 16/10, SEXTA, das 19h às 21h30 O livro do palavrão De Selma Maria Editora do Brasil Haverá atividade no auditório. 20/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Além da luz De Antonio Viveiros Ed. All Print 22/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 RAFT (Radial Artery Food Test): Como descobrir clinicamente as alergias e intolerâncias alimentares De Raphaël Nogier Ed. Andreoli 24 3/10, SÁBADO, das 16h às 19h Breve história da cartografia: Dos primórdios a Gerardus Mercator De Abílio Castro Gurgel Big Time Editora 6/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Vivificar – Superando o imponderável De Rosania Mazzuchelli Ed. Agwm 6/10, TERÇA, das 19h30 às 21h30 Beije-me onde o sol não alcança De Mary del Priori Ed. Planeta 7/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Crime de evasão de divisas sob a ótica do Direito Penal Mínimo De Fábio Antônio Tavares Ed. LiberArs 8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Rev. Nacional #6 Com J. R. Duran Ipsis Gráfica e Editora 14/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Lei Maria da Penha: O processo penal no caminho da efetividade De Valéria Diez Scarance Fernandes Ed. Atlas 15/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Nenhum homem é uma ilha De Lavinia Silvares Ed. Fap-Unifesp 3/10, SÁBADO, das 16h às 19h O jornalista mais premiado do Brasil – A vida e as histórias do repórter José Hamilton Ribeiro De Arnon Gomes Ed. Eko Gráfica Lorena 1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 A perda de bens e o novo paradigma para o processo penal brasileiro De Tiago Cintra Essado Ed. Lumen Juris 13/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 eSocial: Modernidade na prestação de informações ao Governo Federal De Samuel Kruger e José Gomes Pacheco Filho Ed. Atlas 13/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Brasil, sociedade em movimento Pedro de Souza (Org.) Ed. Paz e Terra 2/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30 Finanças pessoais De Andréa Voûte e Plínio Barreto da Silva Clio Editora 14/10, QUARTA, das 19h30 às 21h30 Judiciário e CNJ: O que mudou nos últimos 10 anos? De Camila Pellegrino Ribeiro da Silva LCTE Editora 2/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30 As sociedades cooperativas e o regime jurídico concursal De Emanuelle Urbano Maffioletti Ed. Almedina 15/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 M@rketing_Pessoal.Com: Sua marca e estratégia dentro e fora da internet De Felipe Chibás Ortiz Ed. Atlas * Programação sujeita a alteração. Fradique 22/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 S.O.S da ONG – Guia de gestão para organizações do Terceiro Setor De José Alberto Tozzi Ed. Gente Haverá bate-papo com o autor. 16/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30 Direito Societário contemporâneo II De Erasmo Valladão Azevedo e Novaes França Ed. Malheiros 17/10, SÁBADO, das 19h às 21h30 A mediação das emoções em professores alfabetizadores De Cleomar Azevedo Ed. Appris 19/10, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30 As vidas e mortes de Frankenstein De Jeanette Rozsas Geração Editorial 21/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 O novo Código de Processo Civil Brasileiro De Thereza Alvim e outros autores (Coords.) Grupo GEN 21/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 O papel das universidades frente à violência psicológica dos alunos contra o professor De Regina Célia Pezzuto Rufino Ed. LTR 22/10, QUINTA, das 19h às 21h A outra face de Eva – Relação entre religião, violência e mulher De Priscila Siqueira Ed. Asas 28/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Criminal compliance na perspectiva da lei de lavagem de dinheiro De Débora Motta Cardoso Ed. LiberArs 28/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Dez questões importantes que o paciente com câncer precisa saber De Auro Del Giglio Ed. Atheneu Galleria 6/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 As novas Relações Públicas: Comunicação entre o setor privado e público De Maria José da Costa Oliveira GlobalSouth Press 6/10, TERÇA, das 16h às 19h Quando tudo começou De Bruna Vieira Ed. Autêntica Shopping Pátio Higienópolis 1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Uso do dinheiro na vida adulta – Uma perspectiva da Psicologia Clínica e da Psicologia do Dinheiro De Valéria M. Meireles e Rosane Mantilla de Souza Ed. Atlas 5/10, SEGUNDA, das 19h30 às 21h30 Lugar nenhum – Militares e civis na ocultação dos documentos da ditadura De Lucas Figueiredo Ed. Companhia das Letras Haverá bate-papo com Lucas Figueiredo e Heloísa Starling. 8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Responsabilidade Civil do Estado Legislador – Atos legislativos inconstitucionais e constitucionais Com Juliana Cristina Luvizotto Ed. Almedina 13/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Gestão em serviços de saúde De Ana Lucia Zanovello Ed. Yendis 17/10, SÁBADO, das 15h às 18h Como criar filhos sem medos: Um guia para mães, pais, cuidadores e profissionais de vacinação De Maria Cristina Martins Alvarenga Ed. Hyria 20/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 32: Um homem para cada ano que passei com você De Isabel Dias Ed. Da Boa Prosa 22/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Liberdade de imprensa e a mediação estatal De Marcos Duque Gadelho Junior Ed. Atlas 27/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 Pediatria hoje De Sylvio Renan Monteiro de Barros Ed. Summus 29/10, QUINTA, das 19h às 21h30 Simples assim De Martha Medeiros Ed. L&PM Haverá bate-papo com a autora. Pátio Batel 8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Cláusula de não concorrência no contrato de emprego De Célio Pereira Oliveira Neto Ed. LTR 17/10, SÁBADO, das 14h às 17h Amor, desejo e psicanálise De Ana Suy Sesarino Kuss Ed. Juruá 26/10, SEGUNDA, das 19h às 21h A dieta da cabala – 22 dias para transformar corpo, mente e alma De Ian Mecler Ed. Record Haverá bate-papo com o autor. 30/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30 Executores De Fernando Hopner Ed. Giostri 25 PROGRAMAÇÃO | outubro_2015* Clube de leitura 1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 O dever de divulgar Fato Relevante na Companhia Aberta De Fernando de Andrade Mota Ed. Almedina Shopping Cidade Jardim 29/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 De volta à escuridão De Ana Maria Santos Ed. Pandorga 3/10, SÁBADO, das 15h às 18h Ouvido, nariz e garganta De Jamal Azzam Ed. Novo Século 21/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30 Histórias inspiradoras – Conheça 50 empreendedores sustentáveis que fazem do mundo um lugar melhor De Rosenildo Ferreira Ed. Bate-papo livros Haverá bate-papo com o autor. 27/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30 A convenção de Viena sobre contratos de compra e venda internacional de mercadorias: Desafios e perspectivas De Sílvio de Salvo Venosa, Rafael Villar Gagliardi e Eduardo Ono Terashima (Orgs.) Ed. Atlas Haverá bate-papo com os organizadores. 29/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30 Criando pontes para cura De Celso Massumoto Ed. Trial 30/10, SEXTA, das 19h às 21h30 Prevenção precoce na infância e adolescência dos problemas de saúde presentes nos adultos De Maurício Mieli e outros autores (Orgs.) Ed. CRV 26 Moema 8/10, QUINTA, das 17h30 às 19h30 Aula do corpo De Rodrigo Noronha Independente 18/10, DOMINGO, das 15h às 18h Pensamentos de Leonor Schmidt De Leonor Schmidt Ed. Literata 23/10, SEXTA, das 19h30 às 21h30 Leitura Compartilhada: O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson Com Os Espanadores Loja: Fradique 26/10, SEGUNDA, das 19h às 21h Clube Companhia Com Lívia Brito e Rita Vianna Loja: Lorena Pocket 3/10, SÁBADO, das 14h às 15h Apresentação de coral Com Coral Colégio Palmares Loja: Shopping JK Iguatemi 15/10, QUINTA, das 19h30 às 21h30 CD Cancioneira De João Roquer Independente Loja: Fradique Sarau Parque Shopping Maia 26/10, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30 O quarto poder De Paulo Henrique Amorim Ed. Hedra Cine Vila SEGUNDAS, das 19h30 às 21h30 Exibições especiais de clássicos do cinema. Outubro: Andrei Tarkóvski 5/10 – Nostalgia 12/10 – A infância de Ivan 19/10 – O espelho 26/10 – Tempo de viagem Evento gratuito Apoio: Versátil Loja: Pátio Batel 31/10, SÁBADO, das 19h às 21h Sarau dos Conversadores Com Os Conversadores O Sarau dos Conversadores, nesta 22ª edição, apresenta, na música, o cantor e compositor Carlos Mahlungo, com suas canções autorais em destaque. Na literatura, a participação do pessoal do M.A.P. – Movimento Aliança da Praça, sarau de jovens artistas do bairro paulistano São Miguel Paulista. Na dança/poesia, a performance Corpo-palavra, com a bailarina e coreógrafa Deborah Furquim e o poeta Cacá Mendes. Abertura e fechamento do evento com Os Conversadores Cacá Mendes, Joseane Alfer e Edson Tobinaga. Evento gratuito. Loja: Lorena Informações: (11) 99338-9088 e [email protected] ou no perfil http://facebook.com/sarau.dos. conversadores * Programação sujeita a alteração. Shopping JK Iguatemi 14/10, QUARTA, das 20h às 21h Clube da Vila: Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie Apoio: Companhia das Letras e Boitempo Com Kim Dória Inscrições: clubedavila.companhia [email protected] Loja: Fradique Palestras 3/10, SÁBADO, das 14h às 15h30 Futuros líderes: Quem são e como desenvolvê-los? Com Aline Mancini O encontro vai abordar temas como: Por que precisamos de mais líderes? Liderança x talento x sucesso. Como será a próxima geração de líderes? Indicadores que identificam o potencial para liderar na infância e adolescência. Como os pais podem desenvolver liderança nos filhos? Pais gestores, filhos também? O papel do educador no desenvolvimento de liderança infantil. Desenvolvimento de liderança sustentável: uma oportunidade para as empresas. Apoio: UPRISE Leadership Center Inscrições gratuitas até 2/10 pelos telefones (41) 8450-0820 e (41) 9508-2775 ou pelo e-mail: uprise@ upriseleadership.com.br Loja: Pátio Batel 3/10, SÁBADO, das 11h às 13h Sócrates ao café: A vida no claustrum seio-face Com Janine Guglielmelli, Thaisa Barros e Bernadette Biaggi Claustrum é um modelo estrutural da mente que nos permite conhecer as características comportamentais que sustentam nossa personalidade e saúde psíquica. Se o ser humano se organiza pela boca através da imaginação elaborativa do corpo, o que se encontra nesse percurso que vai gerar os comportamentos ligados ao amor ou temor à beleza? O que significa viver aprisionado nos claustrus do corpo materno? Apoio: Instituto Biaggi Loja: Fradique 5/10, SEGUNDA, das 19h às 21h30 Educação em Debate: O livro didático de língua estrangeira moderna Com Livia de Araujo Donnini, Lorena Mariel Menón e Neide Therezinha Gonzalez A ABRALE – Associação Brasileira dos Autores de Livros Educativos, em parceria com a Livraria da Vila, convida o público para o terceiro encontro da série Educação em Debate, que, neste ano, vem discutindo o livro didático. Apoio: Abrale Inscrições: [email protected] ou (11) 3168-5737 Loja: Shopping JK Iguatemi 6/10, TERÇA, das 19h30 às 21h30 Projeto: A vizinhança Com Marcelo Carnevale A roda comunitária oferece partilha das experiências de vida e saberes de for ma horizontal e circular. A proposta tem como foco encorajar os participantes para que eles próprios possam redescobrir o prazer da convivência e da celebração. O projeto A vizinhança valoriza a palavra como elo capaz de fortalecer os laços comunitários, a cooperação e o acolhimento na cidade. Evento gratuito. Loja: Fradique 6/10, TERÇA, das 19h30 às 21h30 Mais ainda: Psicanálise e linguagem Com Danielle Curvacho e Paul Kardous Mediação da jornalista Patrizia Corsetto A psicanalista Danielle Curvacho fala sobre os autismos e a possibilidade de escuta e da importância do desejo do analista na clínica psicanalítica com autistas. É necessário que o psicanalista aposte que o autista, mesmo não estando no discurso, está no campo da linguagem. O psicanalista Paul Kardous fala sobre amor e sexualidade: uma linguagem extraviada? Evento gratuito. Inscrições: [email protected] Loja: Lorena 7/10, QUARTA, das 19h às 20h30 Contratos de prestação de serviços e mitigação de riscos Com Rodrigo Brandão Fontoura Os contratos de prestação de serviços certamente representam a vertente contratual mais demandada em nosso ordenamento pátrio. As partes envolvidas nessa relação estão sempre sujeitas a toda sorte de riscos e responsabilidades decorrentes do exercício de sua atividade econômica. Esses riscos, por sua vez, podem levar ao pagamento de indenizações diversas, cujos valores são tão expressivos que podem até inviabilizar o negócio. A palestra avalia de forma prática e expositiva a atuação contratual como forma de mitigação desses riscos. Apoio: Atlas Loja: Shopping Pátio Higienópolis 8/10, QUINTA, das 19h às 21h30 Autoestima Com Maria Helena Ramos, Luciana do Nascimento Moraes e Rosena Schmidt Autoestima, gostar de si mesmo ou valorizar-se é algo que está em falta em todo ser humano que sente incerteza, medo, insegurança, culpa, fraqueza, dúvida, negatividade, sentimentos de inadequação e inferioridade. Nesta palestra, vamos refletir sobre estes sentimentos e entender melhor o que nos leva à falta de amor próprio. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 8/10, QUINTA, das 19h às 21h30 Por vozes de liberdade e tolerância Conheça uma das últimas amigas vivas de Anne Frank na palestra sobre o livro Eu sobrevivi ao Holocausto. Com Nanette Blitz Konig Apoio: Universo dos Livros Loja: Lorena 15/10, QUINTA, das 19h às 21h30 Outubro rosa: A mulher e o câncer de mama – Prevenção, autocuidado, atenção, ação e superação Com Cássio Cardoso Filho Uma em cada nove mulheres vai ter câncer de mama ao longo de suas vidas. Mas o câncer de mama tem cura. Para que isso aconteça, é muito importante que o diagnóstico seja feito nas fases iniciais da doença, quando o câncer ainda está escondido nas profundezas da mama e não é possível senti-lo ou palpá-lo. É importante que se tenha hábitos saudáveis e atenção aos exames de rotina para o enfrentamento e a superação. Evento gratuito. Loja: Galleria Shopping 16/10, SEXTA, das 14h às 18h Fashion Friday – Comunicação de moda: Como funcionam a assessoria de imprensa, o jornalismo e as novas mídias no universo da moda Com Patricia Sant’Anna A moda não é nada sem sua comunicação: a imagem de marcas e designers é formada por meio dos trabalhos junto à imprensa, e o jornalismo de moda é o que comunica o produto na linguagem do consumidor final. Este ciclo de palestras traz novas vertentes e desafios da comunicação de moda frente às novas mídias. Apoio: Tendere Loja: Galleria Shopping 27 PROGRAMAÇÃO | outubro_2015* 17/10, SÁBADO das 11h às 13h Ciclo de debates: Banalidade do mal na atualidade − A ditadura e seus resquícios Com Maria Angela Santa Cruz e Miriam Chnaiderman Partindo do conhecido conceito cunhado pela filósofa Hannah Arendt, “a banalidade do mal”, este ciclo tem como proposta pensar sobre a atualidade do que acontece na cultura no Brasil e no mundo, incluindo os últimos acontecimentos políticos, os extremismos que vêm se mostrando, a falta de planejamento e sufocamento nas grandes cidades, o descaso ambiental, a indústria cultural, o paradoxo e o engodo das novas tecnologias, entre outras questões, na tentativa de obter uma nova perspectiva sobre o retrato do que é a nossa cultura atual, uma cultura que não legitima o outro. Evento gratuito. Loja: Shopping Pátio Higienópolis 17/10, SÁBADO, das 11h às 13h Diálogos do lacanenado Com Ana Suy Sesarino Kuss, Maria Lucia Homem e Dominique Fingermann As psicanalistas Ana Suy Sesarino Kuss, Maria Lucia Homem e Dominique Fingermann falam sobre os enlaces e desenlaces do amor e a concepção de amor para a psicanálise. Lacan, no decorrer do seu ensino, faz referências a várias modalidades de amor e aos mitos que se criaram em torno dele, desde o amor domde-si (narcísico), passando pelo o amor trágico, e chegando ao amor de transferência. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 19/10, SEGUNDA, das 19h30 às 21h30 Sentir-se seguro: Uma transformação possível Com Sergio Seixas e Lygia Franklin de Oliveira É possível um novo rumo sem ferir terceiros? O que é segurança? Como sentir-se seguro na vida? Empreender desejos, realizar sonhos, usufruir-se agora. É tempo de mudanças. O que fazer para não perder o trem de sua própria história? Frustrações, medos, bloqueios... Quando nos pomos de pé o entorno se transforma. Valor: R$ 20 Loja: Pátio Batel 28 20/10, TERÇA, das 19h às 20h La Gracia: Revolucione seu jeito de criar visual de materiais Com Flávio Reis Aumente seu senso crítico visual e crie materiais gráficos e slides muito mais criativos e alinhados ao seu objetivo. Vamos trabalhar design, uso de cores, formas, imagens, fontes e fundos, gráficos e tabelas. Apoio: La Gracia Evento gratuito. Loja: Fradique 21/10, QUARTA, das 19h30 às 21h30 Noites de gestão: A arte da guerra Com Gisele Meter No sétimo encontro Noites de Gestão, a Click Conhecimento, com o apoio da Livraria da Vila, vai abordar o livro A arte da guerra – Os treze capítulos originais, quinto livro de negócios mais vendidos até o momento em 2015. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 24/10, SÁBADO das 10h30 às 13h30 Diálogos do lacaneando Com Carla Regina Françoia, Patricia Porchat, Renan Quinalha Mediação de Patrizia Corsetto Como entender a questão da noção de gênero dentro da psicanálise na contemporaneidade? As várias homossexualidades podem ser compreendidas pela psicanálise sem o auxílio das teorias de gênero? Qual a relação entre a ditadura e a homossexualidade? Quais foram os efeitos da ditadura no cotidiano de mulheres que amavam outras mulheres, de homens que desejavam outros corpos masculinos ou mulheres e homens que se recusaram a reproduzir as noções e o comportamento hegemônicos de gênero? Evento gratuito. Inscrições: [email protected] Loja: Shopping Pátio Higienópolis 29/10, QUINTA, das 19h30 às 21h30 Projeto: A vizinhança Com Marcelo Carnevale Evento gratuito. Loja: Fradique 29/10, QUINTA, das 19h30 às 21h Life coaching: Potencialize seu melhor Com Mariana Stachiu e Melissa Kotovski Qual o seu nível de satisfação na vida? Que decisões você precisa tomar para atingir seu propósito e seus maiores desejos nas áreas pessoal e profissional? Para discutir estas perguntas e como alcançar o sucesso almejado, a Potencial desenvolveu esta palestra, direcionada para pessoas que querem refletir sobre forças pessoais, qualidade nos relacionamentos e como integrar as principais áreas da vida. Os resultados pessoais são frutos das escolhas, e conhecer as crenças, valores e padrões emocionais que influenciaram no processo de tomada de decisão vai ajudar a transformar pensamentos, potencializar recursos internos e criar ações para o alcance dos objetivos desejados. Evento gratuito. Loja: Pátio Batel 31/10, SÁBADO, das 11h às 13h Café lacaniano: Artefatos de desejo e inutilidades domésticas Com Ana Costa e Oscar Cesarotto No campo das artes, a partir da psicanálise, André Breton definiu a posição surrealista do objeto: impossível, contingente, parcial, mágico, oculto, sexual, inútil e revolucionário, correspondendo apenas a “um pouco de realidade”, onírica e fatual. Muito mais tarde, quando Jacques Lacan precisou exemplificar aquilo que definia como a causa do desejo, objeto a, não duvidou em citar Marcel Duchamp e seus ready-mades, detalhes da vida cotidiana sublimados e elevados à dignidade da arte consagrada. No Brasil, Farnese de Andrade, único no seu estilo, também criou o que antes não havia com as sobras do que algum dia foi outra coisa. Na transmutação de restos em esculturas, no armado de composições formalmente inesperadas, o talento do artista e seu senso estético, com premeditação e cálculo neurótico do gozo, deixa entrever, em três dimensões, o inconsciente a céu aberto e a pulsão ao rés do chão. Loja: Fradique 31/10, SÁBADO, das 15h às 18h Morada das lembranças Com Daniella Bauer Evento gratuito. Loja: Fradique 31/10, SÁBADO, das 15h às 18h Jabuti entre autores e leitores Com Pedro Bandeira Apoio: CBL Evento gratuito. Loja: Lorena Cursos e Workshops Dias 6 e 20/10, TERÇAS, das 19h30 às 21h30 Deus Heterodoxo: Compreensões não convencionais de Deus na mística judaica Com Nilton Bonder Trataremos de noções profundas e surpreendentes acerca de Deus retiradas de textos místicos judaicos. De leituras cabalísticas e chassídicas exploraremos conceitos paradoxais e sofisticados sobre um Deus que é vulnerável e aprendiz, um Deus vínculo com a Matrix do universo, um Deus herético e refinado desafiando nosso próprio imaginário. Valor: R$ 200 Inscrições: inscricoes@livrariadavila. com.br e (11) 3096-4493 Loja: Shopping Pátio Higienópolis 7/10, QUARTA, das 19h às 21h30 Awake: Eu, o outro e o mundo Com Elisabeth Weingraber-Pircher e Roberta Raffaelli Diferentes hábitos, comportamentos, valores, toda uma nova realidade é sempre um convite a nos olhar de outro lugar. Como aprender a identificar novos contextos e nos integrar à eles de maneira a ampliarmos nosso olhar e nos expressarmos com mais clareza? A partir de técnicas interativas e conceitos construtivistas da Comunicação Intercultural, a plateia será desafiada a usar a empatia e a escuta para construir uma ponte entre sua própria cultura e os valores alheios. Inscrições e informações: http://projetoawake.com.br/ Loja: Lorena 24/10, SÁBADO, das 10h30 às 14h Disciplina positiva Com Bette Rodrigues Inscrições: [email protected] Valor: R$ 260 Loja: Lorena 30/10, SEXTA, das 13h às 20h 8º Seminário de Tendências − outono-inverno 2017 O Seminário de Tendências apresenta o resultado das pesquisas de tendências para outono-inverno 2017 da Tendere, para todos os setores da moda (têxtil-confeccionista, couro-calçadista e joias, gemas e bijouterias). Apoio: Tendere Informações: [email protected] Valor: R$ 230 Loja: Galleria Shopping 29 PROGRAMAÇÃO | outubro_2015* 24/10, SÁBADO, das 16h às 17h Oficina: Princesas Com Planeta Vega Apoio: Vergara & Riba Educacuca O objetivo primordial do Educacuca é promover o desenvolvimento, a aprendizagem e a socialização das crianças em seus primeiros anos de vida, além de instrumentalizar o adulto cuidador, orientando-o e enriquecendo seu repertório de brincadeiras. Para isso, oferecemos um programa em que a criança e um adulto responsável, mediados por educadoras capacitadas, participam de até dois encontros semanais em que, inseridos num grupo, vivenciam uma série de experiências lúdicas, planejadas e organizadas cuidadosamente de modo a estimular seu desenvolvimento físico, socioemocional e cognitivo, além de propiciar a aquisição e o aprimoramento da linguagem verbal. Para agendamento de aula experimental e informações sobre horários para cada grupo, consulte o site www.educacuca.com.br Idade Permitida: 3 a 30 meses. Terças e quintas – Loja: Lorena Quartas – Loja: Fradique CIDADE JARDIM 3/9, SÁBADO, das 16h às 17h Contação de histórias: As coisas de Mayla Com Maluah Produções Mayla é uma menina sui generis, porque além de amanhecer com um cabelo diferente a cada dia ouve a música que sai de dentro das pessoas. Ao passear com sua mãe e com seu cachorrinho Pingo no parque, ela percebe os sons que surgem das pessoas e das situações. Sem se dar conta, sua mãe é envolvida nas “coisas” de Mayla e também descobre a música que vem de dentro da filha. Muitas músicas, sons e estímulos auditivos são oferecidos no decorrer da contação, levando crianças e adultos a se identificarem com “as coisas” de Mayla. 10/10, SÁBADO, das 16h às 17h Oficina: Astronautas Com Planeta Vega Apoio: Vergara & Riba 30 FRADIQUE 4/10, DOMINGO, das 15h às 18h Festa de lançamento da editora MOVpalavras A editora MOVpalavras vai promover uma festa infantil com diversas atividades e autores. 10/10, SÁBADO, das 16h às 19h Lançamento: O livro secreto das princesas que soltam pum De Ilan Brenman Ed. Brinque-Book 11/10, DOMINGO, das 15h às 18h Lançamento: Mathabarata e O Mago Com J. R. Penteado Ed. Sesi-SP 17/10, SÁBADO, das 11h às 12h Contação de histórias: Dentro deste livro moram dois crocodilos e A dentadura do seu Mokó Com Marco Mariano e Meire Melo Apoio: Ed. Callis 17/10, SÁBADO, das 13h30 às 16h Lançamento: Diário de Pilar na África Com Flávia Lins e Silva Ed. Pequena Zahar Haverá atividade infantil. LORENA 4/10, DOMINGO, das 16h às 17h Storytelling: Hop on Pop Com Lucielle Azevedo Apoio: CEL-LEP Idade indicada: a partir de 2 anos 10/10, SÁBADO, das 16h30 às 18h30 Pocket show: Zuando Som Com Rodrigo Prates Rodrigo Prates apresenta canções de sua autoria e leva o espectador a uma viagem lúdica neste espetáculo interativo, repleto de canções que respeitam e valorizam a infância. Independente 17/10, SÁBADO, das 16h às 17h Contação de histórias: Dentro deste livro moram dois crocodilos e A dentadura do seu Mokó Com Marco Mariano e Meire Melo Apoio: Ed. Callis 18/10, DOMINGO, das 15h às 18h Lançamento: A Cuca de batom que dançava balé De Adriana Felicíssimo Ed. Hedra Haverá atividade infantil. 25/10, DOMINGO, das 15h às 16h Contação de histórias e oficina: Tô indo Com Samuca Apoio: Edições SM MOEMA 18/10, DOMINGO, das 16h às 17h Oficina: Como apavorar pesadelos? Com Jiboia Ed. Vergara & Riba 3/10, SÁBADO, das 16h às 17h Storytelling: Hop on Pop Com Lucielle Azevedo Apoio: CEL-LEP Idade indicada: a partir de 2 anos 24/10, SÁBADO, das 16h às 17h Atividade infantil: A árvore de Tamoromu Com Ana Luísa Lacombe Ed. Saraiva 4/10, DOMINGO, das 16h às 17h Oficina: Livro das caras Com Jiboia Apoio: Vergara & Riba 25/10, DOMINGO, das 16h às 17h Storytelling: Hop on Pop Com Lucielle Azevedo Apoio: CEL-LEP Idade indicada: a partir de 2 anos * Programação sujeita a alteração. VILA DA CRIANÇA JK IGUATEMI 3/10, SÁBADO, das 17h às 20h Lançamento: Macaco Zé e a Bruxa Malvada De Luiz Alfredo Costa Ventura Ed. Multifoco SHOPPING PÁTIO HIGIENÓPOLIS 3/10, SÁBADO, das 15h às 16h Contação de histórias: Titus e as galinhas Apoio: Editora Kapulana 10/10, SÁBADO, das 11h às 15h Aniversário Espaço Sambalelê Com Espaço Sambalelê Apoio: Cheers Off Kids e Toca de Barro PARQUE SHOPPING MAIA 11/10, DOMINGO, das 16h às 17h Contação de histórias: Tá tudo bem, neném! Com Marina Bastos Apoio: Edições SM 3/10, SÁBADO, das 16h às 17h Contação de histórias e oficina: A roupa nova do Imperador Com Rute Beserra Idade indicada: de 5 a 10 anos 4/10, DOMINGO, das 16h às 17h Demonstração de Playmobil Ainda na comemoração da inauguração da Livraria da Vila no Shopping Maia, crianças e adultos vão se divertir com uma demonstração de Playmobil, os bonequinhos mais adorados por todos. Apoio: Sunny Brinquedos 24/10, SÁBADO, das 16h às 17h Contação de histórias e oficina: A roupa nova do Imperador Com Rute Beserra Idade indicada: de 5 a 10 anos Livro: Diário de Pilar na África Ilustrações: Joana Penna Autora: Flávia Lins e Silva Ed. Pequena Zahar 31 PROGRAMAÇÃO TEATRAL | outubro_2015* Teatro Infantil De 3/10 a 1/11, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h Dona Baratinha Da tradicional fábula, apresentamos uma nova versão em que Cleonice (ela adora este nome!), uma linda e charmosa baratinha, espera há muito tempo o seu príncipe encantado. Com o passar dos anos, ela vai juntando algumas moedas em sua caixinha para poder casar e, assim, oferecer como dote o dinheirinho ao candidato mais perfeito. O que ela mais quer é viver feliz para sempre com um marido pra lá de especial. Local: Galleria Shopping (Campinas) Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada 32 De 3/10 a 29/11, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h João e Maria O espetáculo, baseado no conto dos Irmãos Grimm, narra a história de João e Maria, dois irmãos que desobedecem seus pais e vão para a floresta brincar. Eles acabam se perdendo e não conseguem achar o caminho de volta para a cidade. Na Floresta dos Encantos, e com muito medo, descobrem o quanto é ruim a desobediência. Na tentativa de encontrar o caminho de volta, as crianças avistam uma casa feita de doces. Com muita fome, começam a comer as guloseimas, mais uma vez fazendo o que não é certo... Local: Shopping Pátio Higienópolis Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada De 3/10 a 29/11, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h Rapunzel e o Sapo encantado O conto narra a história de um casal que morava ao lado de uma bruxa e planejava ter um filho. Ao fim da gravidez, a esposa sentiu um grande desejo por comer rabanetes que só cresciam no pomar da feiticeira. Por duas noites o marido invadiu o pomar para saciar os desejos da esposa, mas na terceira noite foi surpreendido pela bruxa. Como castigo, ela aprisionou a filha do casal em uma torre assim que o bebê nasceu. O que será que vai acontecer com eles? E o Sapo que tudo observava da lagoa, será que ajudará a pobre menina solitária no alto da torre? Local: Pátio Batel (Curitiba) Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada * Programação sujeita a alteração. De 3/10 a 25/10 – Exceto dia 4 de outubro SÁBADOS e DOMINGOS, às 15h O esquisito jardim do senhor estranho O esquisito jardim do senhor estranho, uma aventura em forma de suspense, conta as histórias de Frances e Francine, dois irmãos que vivem sozinhos em uma enorme mansão maltratada pelo tempo. Longe dos pais, eles possuem uma única diversão, o esquisito jardim. O problema é que o jardim foi completamente adotado por um gato que pensa ser o dono de tudo! A disputa cômica dos irmãos e do gato pelo jardim ressalta o desejo de posse, e os personagens são engolidos pelo mistério e pelo tempo. Absortos pela vontade, não enxergam nada além da disputa. Uma confusão que propõe divertimento em família. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada Teatro Jovem De 16/05 a 31/10, SÁBADOS, às 17h30 O alvo Amanda, Maria Anna, Rebecca e Nina são amigas inseparáveis desde o Ensino Fundamental. Já viveram um monte de coisa juntas, coisas legais e outras nem tão legais assim, que, de uma maneira ou de outra, uniu as amigas até o primeiro ano do Ensino Médio. Mas agora que elas estão na sala de espera da diretoria do colégio a amizade está ameaçada. Em meio a divertidas situações e discussões acaloradas, a trama fará com que elas revelem fatos e opiniões surpreendentes umas às outras e mudem as suas vidas para sempre. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada Teatro Adulto De 3/10 a 13/12, SÁBADOS às 20 h e DOMINGOS às 18 h Guizos Seis meses da vida de um médico são narrados em um ambiente de penumbra e valorização da palavra. As incoerências de sua vida e seu casamento desastroso com uma criança sem olhos são expostos à apreciação e ao julgamento dos espectadores. Local: Shopping Pátio Higienópolis Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada Fotos: Divulgação De 3/10 a 25/10, SÁBADOS às 20h e DOMINGOS às 18h O que a Dorothy quer? A trama começa com Dorothy escondida no abrigo antitornados da casa de seus tios, no Kansas. Como num passe de mágica, ela se vê na presença de outras duas versões dela mesma. A partir daí, as três personagens começam a disputar o posto de “Dorothy verdadeira”, e, com isso, revelam aos poucos as camadas da personagem. Diferente da obra original, onde Dorothy é uma heroína pura e ingênua, a Dorothy de Pedro Garrafa, diretor da peça, revela ao longo da trama sua real personalidade: egoísta, manipuladora e com um caráter duvidoso, capaz de cometer as maiores atrocidades para se safar. Local: Shopping JK Iguatemi Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada TEATRO DA LIVRARIA DA VILA Mais informações e ingressos: www.ingressorapido.com.br 33 34 35 36 37 Vila do Leitor por Alessandra Souza* * Formada em ilustração editorial pela ABRA – Escola de Arte e Design, Alessandra Souza se apaixonou por livros infantis enquanto acompanhava as descobertas da sua filha, que hoje tem nove anos. Moradora do bairro Vila Madalena, em São Paulo, e frequentadora da Livraria da Vila da Fradique, ela passou a assinar suas próprias imagens, sempre inspiradoras. Veja mais em alessandra-portifolio.blogspot.com A página Vila do Leitor é um espaço aberto para todos aqueles que gostam de escrever, ilustrar e fotografar. Os trabalhos devem ser enviados para o e-mail: [email protected] 38 NOSSAS DICAS MAIS VENDIDOS |setembro_2015 LI E GOSTEI CDs DVDs Giovani Pacheco Moema 1º Os Saltimbancos (Universal Music) 2º The book of souls Iron Maiden (Warner Music) 3º Loucura – Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues Adriana Calcanhotto (Sony Music) 4º Sobre crianças, quadris, pesadelos e lições de casa Emicida (Sony Music) 5º Born to play guitar Buddy Guy (Sony Music) 1º Walt Disney animation – Coleção de curtas (Disney Home) 2º Toquinho no mundo da criança (Biscoito Fino) 3º Loucura – Adriana Calcanhotto canta Lupicínio Rodrigues (Sony Music) 4º Relatos selvagens (Warner Pictures) 5º Música para sempre (Universal Music) Ficção Não Ficção 1º A garota na teia de aranha David Lagercrantz (Companhia das Letras) 2º Destino – La templanza Maria Dueñas (Planeta do Brasil) 3º A garota no trem Paula Hawkins (Record) 4º Simples assim Martha Medeiros (L&PM) 5º O gigante enterrado Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras) 1º Morri para viver Andressa Urach (Planeta do Brasil) 2º Ainda estou aqui Marcelo Rubens Paiva (Alfaguara) 3º Sempre em movimento Oliver Sacks (Companhia das Letras) 4º Abílio – Determinado, ambicioso, polêmico Cristiane Correa (Primeira Pessoa) 5º A mágica da arrumação: A arte japonesa de colocar ordem na sua casa e na sua vida Marie Kondo (Sextante) Infantil Juvenil 1º O grande livro da Clara e do Gabriel Ilan Brenman (Brinque-Book) 2º Diário de um zumbi de minecraft – Um desafio assustador Herobrine Books (Sextante/GMT) 3º Diário de Pilar na África Flávia Lins e Silva (Pequena Zahar) 4º Gildo Silvana Rando (Brinque-Book) 5º Coisa de gente grande Patricia Auerbach (Cosac Naify) 1º Malala – A menina que queria ir para a escola Adriana Carranca (Companhia das Letrinhas) 2º A rainha vermelha Victoria Aveyard (Seguinte) 3º Timmy Fiasco – Errar é humano Stephan Pastis (Rocco) 4º Diário de uma garota nada popular 8 Rachel Renée Russell (Versus) 5º Diário de um Banana – Caindo na estrada Jeff Kinney (Vergara & Riba) Importados | adulto Importados | infantojuvenil 1º Genesis Sebastião Salgado (Taschen) 2º Kahlo Andrea Kettenmann (Taschen) 3º Perfume de sonho Sebastião Salgado (Paisagem) 4º Where chefs eat (Phaidon Press) 5º Van Gogh – The complete paintings Ingo F. Walther (Taschen) 1º The very hungry caterpillar Eric Carle (Penguin Books USA) 2º Harry Potter: Lord Voldemort's wand – With sticker kit (Running Press) 3º Where's Wally – The magnificent mini book box Martin Handford (Walker Book) 4º Goodnight Darth Vader Jeffrey Brown (Chronicle Books) 5º Peppa Pig: Stomp and roar! (Ladybird Books) Galveston Nic Pizolatto Nic Pizolatto é um escritor norte-americano de romances policiais que foi descoberto pelo grande público com a série televisiva True detective e, tal qual lá, Galveston apresenta uma narrativa crua, não linear e fragmentada, e se aproveita bem dos clichês do gênero, conseguindo ambientar o leitor na atmosfera violenta, desértica e tensa do interior sul norte-americano. Os dois personagens perdidos e conformados com seus destinos, Roy Cady e Rocky, o matador e a prostituta, veem o fim de perto e uma chance de recomeço que até então não existia. Thriller noir bem interessante! Ed. Intrínseca VI E GOSTEI Luciana Bellenzani Shopping Pátio Higienópolis Lucy Lucy, personagem vivida pela atriz Scarlett Johansson, é obrigada a tornar-se “mula” de drogas para transportar uma substância sintética poderosa chamada CPH4. Sacos da substância são inseridos cirurgicamente em seu abdômen e são rompidos quando ela é agredida por capangas do Sr. Jang. Após sobreviver à overdose, Lucy começa a acessar partes cada vez mais profundas do seu cérebro e passa a ter poderes telecinéticos e sensoriais. O diretor francês Luc Besson (O quinto elemento e Léon: The professional) se baseia em um mito da filosofia pós-humanista: o homem seria um ser limitado porque utilizaria somente 10% da capacidade cerebral. Por meio de drogas ou tecnologias cibernéticas, o homem daria um “upgrade” em si mesmo, acessando 100% do seu “banco de dados” cerebral. Lucy revela uma nova religião onde Deus é substituído pela tecnologia e a alma pela informação. Filme empolgante não só pela qualidade comercial enquanto filme de ação e entretenimento, mas também pela qualidade artística e abordagem sobre física quântica, questões filosóficas e reflexões sobre a humanidade. Universal Pictures 39 40