Edição 138
●
Ano 12
●
Seu Jeito de Ler
●
Outubro 2015
O QUE SIGNIFICAM
OS PRÊMIOS?
Quem são os vencedores do Jabuti este ano?
E quem fica com o Nobel de Literatura?
Entre curiosidades e expectativas, entenda as discussões,
honrarias e premiações que animam leitores
e o mercado de livros
ENTREVISTA
Martha Medeiros fala
sobre Simples assim,
seu novo livro
ESTREIA
Atrações especiais para
comemorar o dia e o
mês das crianças
RETRATO
Os 75 anos de nascimento do ex e eterno
“beatle” John Lennon
2
ÍNDICE | outubro_2015
17lançamento
4editorial
O fotógrafo J.R. Duran
e a Ipsis lançam a
edição 6 da Rev. Nacional
Por Samuel Seibel
18viagem
Confira os nomes
confirmados para a edição
de 2016 do Navegar é Preciso
19diversão
Atrações especiais para o
dia e o mês das crianças
6entrevista
●
Ano 12
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Seu Jeito de Ler
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A escritora Martha Medeiros fala
sobre seu novo livro de crônicas
Edição 138
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Outubro 2015
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O QUE SIGNIFICAM
OS PRÊMIOS?
Quem são os vencedores do Jabuti este ano?
E quem fica com o Nobel de Literatura?
Entre curiosidades e expectativas, entenda as discussões,
honrarias e premiações que animam leitores
e o mercado de livros
ENTREVISTA
Martha Medeiros fala
sobre Simples assim,
seu novo livro
ESTREIA
Atrações especiais para
comemorar o dia e o
mês das crianças
10capa
RETRATO
Os 75 anos de nascimento do ex e eterno
“beatle” John Lennon
Como os prêmios movimentam
os interesses dos leitores e do
mercado de livros
16coragem
Uma mulher de 50 anos
faz um livro para superar
a traição do marido
20retrato
Os 75 anos do
nascimento do músico e
pensador John Lennon
22aconteceu
A estreia da Livraria da Vila
em Guarulhos em setembro
23programação
Cursos, teatro, lançamentos
e todas as atrações da
agenda de outubro
39nossas dicas
Sugestões para ver, ouvir e ler
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A Revista Vila Cultural é uma publicação mensal da Livraria da Vila • Editor-chefe: Samuel Seibel
[email protected] • Editor: Rafael Seibel [email protected] • Jornalista responsável:
Sérgio Araújo MTB - 4422 • Publicidade: Gil Torres [email protected] • Programação: Gil Torres
e Wilson Junior [email protected] • Estagiária de eventos: Mariana Ramiro • Revisão:
Valéria Palma • Colaboraram: Giovani Pacheco e Luciana Bellenzani • Estagiária de criação: Fernanda
Oliveira • Capa & Diagramação: Jonas Ribeiro [email protected]
3
EDITORIAL | por Samuel Seibel
Nada como um bom livro
I
nauguramos uma nova loja no mês
passado. Em nosso vizinho município
de Guarulhos, fora do circuito que eu
chamo de “zona sul” paulistana (Higienópolis, Vila Madalena, Jardins, Morumbi
e adjacências), a filial foi instalada no
recém-inaugurado Parque Shopping Maia,
tem projeto de Isay Weinfeld e, modéstia
à parte, ficou linda. A inauguração e os
dias que se seguiram a ela mostraram o
que acreditávamos ao decidir montar a
nona Livraria da Vila: existe leitor, adulto
e criança, em todos os cantos deste País.
Bem, talvez não em todo canto, apenas
por uma questão de hábito e outras prioridades, mas potencialmente uma boa
livraria é bem-vinda Brasil afora.
Em meio a pior crise que o país já viveu
(porque ela é política, econômica e ética),
e da qual ninguém sabe ainda a extensão
ou até quando irá, ao falar da abertura da
loja em Guarulhos eu quis, apesar dos pesares, transmitir que, embora cautelosos,
continuamos trabalhando intensamente,
e que, mesmo enxergando as enormes
dificuldades, não permitiremos que o
pessimismo ou o astral negativo prevaleçam sobre o caminhar para a frente.
Para enfrentar toda essa barra pesada,
nada como um bom livro. Garanto a sua
satisfação. Ou seu dinheiro de volta! Quer
apostar?
Boa leitura.
Abraços.
Samuel.
Foto: Jonas Ribeiro
Tive a oportunidade de recepcionar e
o prazer de conversar com vários guarulhenses. Papos ótimos, pessoas antenadas, levando seus filhos a serem leitores
ou a se tornarem leitores. Como os pais.
É assim, pelo exemplo em casa, que
surgem os novos apaixonados por livros.
E a escola tem papel determinante nesta
consolidação. Tudo passa pela educação
e pelos professores.
4
5
ENTREVISTA | Martha Medeiros
A arte da
simplicidade
"Acho que precisamos equilibrar nossa
autenticidade com nossa humildade", diz a escritora
Martha Medeiros, que autografa Simples assim na
Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis
6
nunca fez, arrisque. Se der medo,
vença-o. Se não souber, invente.
Se falar, ria. Se cansou, viaje. Se
calor, praia. Se calhar, Londres”,
escreve na crônica que dá título
ao novo livro.
Gaúcha de Porto Alegre, onde
ela vive, a escritora se formou em
Comunicação Social e nas décadas de 1980 e1990 ganhou elogios
públicos de Millôr Fernandes e
Caio Fernando Abreu por causa de
sua poesia, que Martha publicou
em livros como Strip-tease (Brasiliense, 1985), Meia-noite e um
quarto (L&PM, 1987) Persona non
grata (L&PM, 1991), De cara lavada (L&PM, 1995), Poesia reunida
(L&PM, 1999) e Cartas extraviadas
e outros poemas (L&PM, 2001).
Seu primeiro livro de crônicas,
Geração bivolt (Artes & Ofícios), no
qual reuniu artigos publicados no
jornal Zero Hora e textos inéditos,
foi publicado em maio de 1995. Em
1996, lançou o guia Santiago do
Chile – Crônicas e dicas de viagem,
fruto dos oito meses que viveu na
capital chilena. Topless (L&PM,
1997), seu segundo livro de crônicas, ganhou o Prêmio Açorianos
de Literatura. Martha, que tem mais
de vinte livros publicados e é mãe
de Laura e Júlia, é autora dos best-sellers Trem-bala, Doidas e santas
e Feliz por nada e do romance Divã,
lançado pela editora Objetiva, que
também virou peça de teatro e
filme, com a atriz Lilia Cabral no
papel principal. Leia a entrevista
da escritora.
Vila Cultural. Você gosta de conceder entrevistas? Por quê?
Martha Medeiros. Em geral, gosto.
É sempre uma oportunidade de a
gente rever nossas próprias opiniões e de ser instigada a pensar no
que nunca pensou. Quem escreve
não teoriza a respeito do que faz
(eu, ao menos, não), então a entrevista, se bem conduzida, pode virar
uma espécie de sessão de psicanálise que nos obriga a investigar
a nós mesmos e a organizar em
palavras o que sempre foi apenas
instintivo.
VC. O que muda, numa entrevista,
com o hábito atual de “falarmos”
por e-mail?
MM. Eu prefiro entrevistas por e-mail porque sou naturalmente
afobada para falar, gesticulo muito,
deixo frases pela metade, então
acabo criando dificuldades para
o jornalista que precisa passar
essa verborragia para o papel.
Nem todos os entrevistadores são
bons editores do material bruto e
a entrevista pode virar o samba
do crioulo doido quando impressa, então prefiro ser entrevistada
em programas de tevê e rádio,
em que se pode perceber mais
claramente as ironias, sarcasmos
Foto: Letícia Remião
A
escritora Martha Medeiros encontra o público da
Livraria da Vila dia 29 de
outubro, a partir das 19h, para um
bate-papo seguido de sessão de
autógrafos na loja do Shopping
Pátio Higienópolis. Ela lança Simples assim (L&PM), que reúne uma
centena de textos produzidos entre 2013 e 2015 e publicados nas
colunas semanais da escritora nos
jornais Zero Hora e O Globo.
Há mais de vinte anos escrevendo sistematicamente na imprensa,
Martha ainda se surpreende com
o alcance de seu trabalho. “São
muitos os colunistas em exercício
no País, e todos muito bons, então
a projeção que alcancei é surpreendente até para mim mesma.
Meu trabalho está muito focado na
humanidade de cada um de nós,
no que nos identifica de verdade,
os valores básicos. Talvez isso represente uma ‘hora do recreio’ em
meio a tanta notícia pauleira”, diz a
escritora em entrevista exclusiva à
Vila Cultural.
De radar sempre ligado, como
costuma dizer, Martha preza cada
vez mais a simplicidade – como
valor ou objetivo. Daí, inclusive, o
título do novo livro. É uma busca
que vale para vida e para o estilo
de seu texto. “Se gamar, insista. Se
sofrer, azar. Se der frio na barriga,
celebre. Se vacilar, tente de novo. Se parecer longe, vá igual. Se
A escritora Martha Medeiros
participa de um bate-papo seguido
de sessão de autógrafos para o
lançamento do livro de crônicas
Simples assim, dia 29 de outubro
na Livraria da Vila do Shopping
Pátio Higienópolis, em São Paulo
ENTREVISTA | Martha Medeiros
e brincadeiras do entrevistado, e
também por e-mail, onde fico no
controle do que está sendo dito e
posso entregar um material mais
“limpo”, livre de mal-entendidos.
VC. Que critérios usa para definir
os textos que merecem estar em
livros e como decidiu pelas cem
crônicas de Simples assim?
MM. Dou uma lida em todo material
que publiquei em jornais nos últimos
dois anos e vou anotando as crônicas que mais me agradam, as que
tiveram melhor repercussão e as
que não ficaram datadas, mas ainda assim muitos leitores reclamam a
ausência de uma ou outra. Semana
passada eu estava caminhando no
parque e uma moça me abordou
para contar algo muito triste e íntimo. Ela havia tentado o suicídio um
ano atrás e me disse que um texto
meu foi decisivo para ela se reerguer. Imagine, fiquei absolutamente
tocada. Perguntei qual era o texto e
assim que cheguei em casa fui lê-lo,
e era de fato um texto interessante.
Para minha própria surpresa, eu não
o havia selecionado para o Simples
assim. Por quê? Não sei. Alguns
escapam, acontece.
VC. Ao rever sua produção recente, como percebe o espaço
que ocupa hoje no jornalismo
brasileiro?
MM. Não me considero uma jornalista, não tenho a vivência da redação, trabalho em casa e de forma
totalmente parcial, sem compromisso com a informação em sua forma
mais abrangente. Sou apenas uma
escritora que tem uma coluna à
disposição – o que considero uma
sorte e um privilégio. São muitos os
colunistas em exercício no país, e
todos muito bons, então a projeção
que alcancei é surpreendente até
para mim mesma. Meu trabalho
está muito focado na humanidade
de cada um de nós, no que nos
identifica de verdade, os valores
básicos. Talvez isso represente
uma “hora do recreio” em meio a
tanta notícia pauleira.
VC. Num momento em que o alcance instantâneo das mídias (e
8
Quem escreve com facilidade consegue
codificar melhor suas emoções e
pensamentos.
redes) digitais e toda a revolução
da informação online sugerem
menor influência e relevância da
“imprensa escrita”, o que significa ser lida e manter a audiência
a partir do “velho e bom” jornal
impresso?
MM. Não concordo que tenha diminuído a influência e a relevância da
imprensa escrita. É verdade que se
perdeu o “furo”, é impossível concorrer com a instantaneidade das
redes sociais, mas isso, de certa
forma, obrigou o jornal impresso
e a se reposicionar no mercado
como um veículo que se aprofunda na notícia e que busca extrair
dela uma visão mais consistente
do assunto. O jornal ainda é imbatível em termos de credibilidade.
Escrevo há mais de vinte anos em
jornal e não tenho dúvida de que
o fato de ter meu texto documentado num produto que é físico, e
não virtual, ajuda a desenvolver a
relação com o leitor, a ganhar sua
confiança. Na rede, todos podem
ser colunistas em seus próprios
blogs, sites, perfis no Facebook
sem vínculo empregatício qualquer,
basta querer. Isso faz com que o
colunista de um veículo impresso
pareça uma espécie de “eleito”,
ele recebe para fazer o que faz. De
qualquer forma, acho que todas as
plataformas são importantes e se
pudermos alcançar o maior número
de leitores, tanto melhor.
VC. A que atribui o seu prestígio
como autora?
MM. Boa pergunta. Olha, acho que
é um mix de razões. Tem o fato de
escrever de forma clara e objetiva.
As abordagens relacionadas ao
cotidiano de todos nós. Um certo
humor. A sinceridade da escrita
(escrevo como quem conversa,
sem camuflar minhas emoções e
preferências). E, principalmente,
a preocupação em honrar aquele
pequeno espaço com algum conteúdo que valha a pena. Uma vez o
escritor Dionísio da Silva me fez um
elogio que nunca esqueci. Ele me
disse: “Martha, eu nunca saio de
mãos abanando de um texto teu”.
Não posso imaginar gratificação
maior para quem escreve: fazer
valer aqueles minutinhos que o
leitor investiu em nós.
VC. Na complexidade da vida
ou da “amplitude da existência”,
para citar uma expressão sua, o
que é mais difícil ao cultivar a
simplicidade como valor?
MM. Eu acho que cultivar a simplicidade é bem mais fácil do que
cultivar a complicação, mas muita
gente prefere dramatizar as situações, pois isso dá a impressão de
que elas possuem uma vida mais
intensa e profunda. Tremendo desgaste, mas assim é. As pessoas
querem valorizar seu passe, fazer
barulho, e isso, a meu ver, é uma
demonstração de vazio, e não de
completude. As pessoas temem a
simplicidade porque a confundem
com simploriedade, mas ser simplório é outra coisa.
VC. Como define a experiência
de escrever?
MM. É um luxo nascer com
o dom de se expressar bem
através das palavras. Quem
escreve com facilidade consegue
codificar melhor suas emoções e
pensamentos. É sim um processo
terapêutico, por mais que dizer
isso seja um clichê. Me sinto uma
sortuda por ter conseguido transformar um hobby em profissão e
por poder desenvolver meu trabalho em casa, a hora que quero,
do jeito que quero, com liberdade
total – e liberdade é um valor inestimável pra mim. Mas não sacralizo
tanto assim este ofício. É o que me
calhou fazer na vida e sou grata
por isso.
VC. Como define a elegância e
que cuidados são necessários
As pessoas temem a simplicidade porque
a confundem com simploriedade, mas
ser simplório é outra coisa.
para mantê-la, seja socialmente
ou na produção literária?
MM. Elegância é basicamente
educação e discrição. Educação
no sentido de ser cuidadoso com
o outro, de não sentir prazeres
perversos ao humilhar, agredir etc.
Reconhecer que você tem a sua
opinião, o seu espaço, mas que
isso não está acima da opinião e
do espaço alheios. É sempre bem-vinda uma certa delicadeza diante
da dor do outro, da ignorância do
outro, da sabedoria do outro. Tanto
para viver quanto para escrever,
acho que precisamos equilibrar
nossa autenticidade com nossa
humildade.
VC. Por que decidiu fazer terapia e o que mudou na sua vida
desde que começou a exercitar
sistematicamente essa “prática
de narração” tão peculiar?
MM. Fiz por quatro anos, não estou
fazendo mais. Foi um período fértil,
em que escutar a minha própria
voz ajudava no reconhecimento do
que costumamos ruminar em silêncio. Quando externamos em alto e
bom som tudo aquilo que sentimos,
damos a esses sentimentos uma
legitimidade. O silêncio costuma
manter tudo na esfera da fantasia.
A terapia existe e está disponível
para quem está a fim de enfrentar essa passagem necessária da
fantasia para o real. Enfim, terapia
é uma assistência técnica, acho
que de tempos em tempos é bom
dedicar um tempo a apertar nossos
parafusos. Qualquer hora eu volto a
fazer, mas não agora. As paradas
também são saudáveis.
VC. Qual a maneira mais simples
para viver os embates contínuos
que temos com o ego?
MM. Não é nada fácil evitar esses
embates, o ego é um adversário
poderoso. Creio que a única “arma”
que consegue detê-lo é a empatia. Quando a gente se coloca de
verdade no lugar dos outros, nosso
ego se recolhe.
VC. O que é ser uma mulher de
50 anos e o que pensa sobre o
envelhecimento e a velhice?
MM. Não há como negar que 50
é um número emblemático. Até
pouco tempo atrás sugeria o início
da velhice. Hoje sabemos que nem
mesmo os 60 coincidem com o
início da terceira idade, há inúmeros fatores que podem determinar
uma longevidade produtiva e um
espírito jovial. Está aí a medicina, a
informação, a cultura do exercício
físico, tudo conspirando a nosso
favor. Ainda assim, sabemos que
a partir dos 50 a estrada, mesmo
que venha a ser longa, terá mais
curvas, mais buracos, mais dificuldades. Fazer o quê? Ajustar o foco
em relação aos desejos futuros.
Agir com mais discernimento e
menos desperdício. Fazer escolhas
mais realistas e não surreais. Abusar mais do bom humor do que do
açúcar, do álcool, do cigarro, dos
medicamentos. Buscar a companhia de quem nos engrandece e
não de quem nos derruba. É uma
ótima fase para filtrar e varrer as
“gordurinhas” da vida, ficando só
com o que vale a pena. De envelhecer ninguém escapa (só os
que morreram antes, o que não
é vantagem alguma), então que
envelheçamos, mas lutando para
não nos tornarmos decadentes.
VC. Na vivência da maternidade,
que legado gostaria que suas
filhas levassem adiante?
MM. Eu gostaria que elas fossem
independentes, antes de tudo. Arcando com suas despesas, suas
dores, suas escolhas, buscando
seus caminhos sem precisarem fazer concessões. A independência
assegura uma vida mais honesta e
sincera, sem ter que se subjugar.
Espero do fundo do coração que
elas amem, sejam amadas e que
um dia possam olhar para trás
com o mínimo de arrependimento
e o máximo de orgulho pelo trajeto
percorrido.
VC. Como cidadã engajada no
combate à ignorância, que “dica” daria para quem quer dar o
primeiro passo nesse sentido?
MM. Olha, engajada mesmo eu
ando no ócio (rsrsrs). Estou cada
vez mais saturada dessa vida tão
cheia de apelos, demandas, acontecimentos, inquietudes, vaidades.
Mas, enfim, a resposta que tenho
pra dar não é nenhum segredo:
leitura! Muita leitura! Ainda não
inventaram nada mais eficiente
para abrir a cabeça. Além dos livros, toda arte é bem-vinda: teatro,
cinema, música, porém não tenho
dúvida de que a leitura é que nos
dá o suporte para absorver melhor
todas as outras manifestações artísticas. E outra coisa que ajuda
a combater a ignorância é a tolerância. Conversar com pessoas
que pensam de forma diferente,
que vivem de forma diferente, que
passaram por experiências que
nós nunca passamos. Esse passeio
por outros “planetas” estimula a
nossa compreensão e nos ajuda a
reciclar. Nada mais entediante do
que morrer abraçada às mesmas
ideias de sempre.
VC. Em que outros projetos trabalha atualmente?
MM. Tenho viajado bastante para
divulgar o Simples assim. Em seguida, pretendo finalizar um livro de
ficção a ser lançado ano que vem,
e estou aberta a novos desafios.
Um cineasta que admiro muito está
me convocando a criar com ele um
roteiro para cinema. Quem sabe?
Andei gravando também um piloto
de programa para tevê e gostei
da aventura. Acho que é hora de
me testar em outras atividades,
dar movimento à minha carreira,
me permitir ser amadora diante
de coisas que nunca fiz. Não vou
abrir mão do que já foi conquistado,
mas me agrada a ideia de atravessar outras portas. Não sendo algo
estressante, e sim divertido, estou
disponível para novas estreias.
9
CAPA
Temporada
de prêmios
O
s dez finalistas de cada
uma das 27 categorias do
57º Prêmio Jabuti, uma referência no mercado de livros no
Brasil, serão conhecidos no próximo dia 22 de outubro, quando termina a apuração da primeira fase
do prêmio. No dia 12 de novembro
acontece finalmente o anúncio
dos três premiados em cada categoria. A cerimônia de premiação
está marcada para o começo de
dezembro, no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, encerrando
um processo que envolve este ano
o total (surpreendente) de 2.575
livros inscritos, além de incontáveis
expectativas, curiosidades, interesses e emoções, a exemplo de toda
“disputa/avaliação” relacionada
aos méritos humanos.
Ainda este mês, a Academia
Sueca deve também anunciar mais
um vencedor do Prêmio Nobel de
Literatura, a honraria máxima da
produção literária mundial (veja
texto nas próximas páginas) numa
menção que coloca o nome do
premiado, no mínimo, na história da
humanidade em suas celebrações
de reconhecimento público da excelência, do talento e do trabalho.
Como acontece em outros segmentos – no cinema, na televisão, na
música, para ficarmos só no campo
da produção cultural e da indústria
do entretenimento –, premiações
10
literárias são sempre motivos de
discussões, concordâncias e discordâncias que, em última análise, passam por compreensões
mais subjetivas, pelos julgamentos
pessoais, por infindáveis análises
que, na intensidade emocional que
acontecem, fazem esquecer que
o princípio da comparação, do
“melhor” ou do “pior”, do “primeiro”
ou do “segundo”, é, essencialmente, “destrutivo” no sentido de que
ao eleger este ou aquele como o
“melhor”, o outro será automaticamente “destruído”. Tudo entre
muitas aspas, que fique claro.
Na prática, as premiações,
sobretudo na produção literária,
têm intenção e efeito que são exatamente o contrário disso, ou seja,
são simbolicamente construtivas
e fundamentais para festejar a
qualidade, o valor da experiência
da leitura, a iniciativa criativa, o
alcance intemporal da obra escrita,
entre tantos outros sentidos. Esse
é, afinal, o significado dos prêmios,
respondendo à questão que é destacada na capa desta edição da
Vila Cultural.
“Vivemos a era da comunicação. Produzir e divulgar conteúdos
atualmente é uma das atividades
que podem ser realizadas com
maior facilidade. A cadeia de
produção de livros, por exemplo,
foi encurtada pela tecnologia: os
autores tanto podem optar pelo
suporte de um selo editorial quanto
se promover em uma publicação
independente. Neste contexto, as
premiações literárias, em geral, são
responsáveis por fomentar alguns
pontos importantes”, diz Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara
Brasileira do Livro, responsável
pelo Jabuti. “Em primeiro lugar, os
profissionais do ramo editorial são
incentivados para elaborar obras
com qualidade superior, a fim de
garantir o selo de qualidade que é
trazido por um concurso. Trata-se
de uma forma de se destacar em
um meio altamente competitivo e
também uma oportunidade de revelar novos talentos. Em segundo,
os leitores têm uma garantia que
serve como ponto de referência
para distinguir os melhores títulos dentre os mais variados níveis
de qualidade. O Prêmio Jabuti
é uma das maiores premiações
brasileiras. Além dos livros serem
avaliados por uma comissão de
jurados especializados em cada
uma de suas categorias, o próprio
mercado editorial é responsável
por indicar os livros do ano de
ficção e não ficção – permitindo
que a láurea seja condizente com
a realidade experimentada pelo
mercado em geral”, declara Torelli.
A propósito, os vencedores da
premiação livro do ano de ficção e
Ilustração: Jonas Ribeiro
Com 2.575 títulos inscritos, o 57º Prêmio Jabuti, o mais
tradicional concurso de literário do país, anuncia seus
finalistas este mês e faz refletir sobre a importância de
valorizar o livro, a leitura e os autores nacionais
11
CAPA
livro do ano não ficção recebem,
além da estatueta, o prêmio de
R$ 35 mil. O prêmio para outras
categorias é de R$ 3.500,00 para
o primeiro colocado.
Autor superpremiado, o escritor
Cristovão Tezza fez uma avaliação
dos prêmios que recebeu numa
entrevista concedida à Vila Cultural
no ano passado, quando perguntado sobre o que representava
para ele este reconhecimento do
trabalho. “Os prêmios significaram
coisas diferentes em momentos
diferentes. Em 1981, por exemplo, receber uma discreta menção
honrosa pelo romance Ensaio da
paixão me deixou numa imensa felicidade, porque era a primeira vez
que meu nome se transformava numa referência, ainda que insignificante, fora da província curitibana.
Recebi em seguida um segundo
lugar no Prêmio Petrobrás, com
a novela Aventuras provisórias.
Também foi importante. Naqueles
tempos, era mais uma questão
simbólica (os valores eram pequenos) e uma oportunidade para ser
visto fora de Curitiba. Há sempre
a referência do Prêmio Jabuti, o
mais popular de todos, ainda que
o valor seja pequeno. Na virada do
ano 2000, os prêmios passaram a
ser realmente consistentes, como
o Prêmio São Paulo (R$ 200 mil),
o Zaffari & Bourbon e o Portugal
Telecom (R$ 100 mil cada um). Ao
mesmo tempo, a literatura ganhou
uma visibilidade na era da internet
que nem de longe existia antigamente. As listas de finalistas, por
exemplo, são ótimos momentos
de divulgação da produção literária brasileira contemporânea. É
preciso, entretanto, que o escritor
tenha a cabeça no lugar. Não se
escreve para ganhar prêmios; e
os prêmios, é claro, são sempre
falíveis, apenas o retrato de um
instante literário, de acordo com o
perfil de um grupo de jurados. Assim como ganhei alguns prêmios,
perdi muitos e muitos outros, e
nem por isso deixei de escrever”,
declarou Tezza.
Para Torelli, há várias mudanças
que podem ser nomeadas quando um livro é premiado. “No meio
acadêmico, por exemplo, as
instituições de ensino tendem a
adotar obras premiadas por buscarem garantia de qualidade. Além
disso, os próprios autores recebem
maior reconhecimento do mercado, nacional e internacionalmente,
criando-se novas oportunidades de
parcerias, publicações, trabalhos
etc. O que vale ressaltar sobre o
Prêmio Jabuti é que se trata do
concurso literário mais amplo e
antigo do Brasil, reconhecendo
autores de áreas diferentes, sem
distinção entre grandes editoras
ou trabalhos independentes. É
uma premiação que dá visibilidade
tanto aos grandes nomes como
aos escritores principiantes”,
ele diz.
“Prêmios alisam o ego, momentaneamente. Alguns trazem um
dinheirinho. Dá uma certa mídia
também. Mas o mais importante
são os livros, é a obra. Não se
pode esquecer disso, nem se deve
escrever pensando em prêmios”,
declarou outro escritor muito premiado, Ignácio de Loyola Brandão,
ao conceder uma entrevista à Vila
Cultural.
O escritor Pedro Bandeira, 73 anos,
cuja obra já foi contemplada com prêmios Jabuti, é o convidado especial
da Livraria da Vila no dia 31 de outubro, às 15h, na loja da Lorena, em
São Paulo, no projeto Entre autores e
leitores, com o qual CBL faz um trabalho de divulgação contínua do Jabuti.
Bandeira faz sucesso há três décadas
e já lançou títulos que permanecem
como referência, como O fantástico
mistério de Feiurinha. No ano passado,
da série Os Karas, Bandeira lançou,
pela editora Moderna, que publica
sua obra, A droga da amizade, em
que a turma liderada pelo personagem
Miguel, com seus amigos fiéis e “heróis
de verdade”, revive origens, valores –
como honestidade, caráter e o desejo
de mudar o mundo – e descobertas
entre a adolescência e a passagem
para a vida adulta.
12
O escritor Pedro Bandeira encontra os leitores dia 31 de outubro na loja da Lorena
Fotos: Divulgação
Autores encontram leitores
Um “selo de qualidade”
“Foi interessante, neste ano, observar a quantidade de autores ‘autoeditados’”,
diz a professora Marisa Lajolo, curadora do 57º Prêmio Jabuti
Professora de literatura
na Unicamp e na Universidade Presbiteriana Mackenzie, Marisa Lajolo é
a curadora do 57º Prêmio
Jabuti. Para ela, “o aumento de inscrições neste ano
sugere o reconhecimento –
por parte dos profissionais
do livro – da importância
do prêmio.” A professora
concedeu a seguinte entrevista à Vila Cultural:
livro ou um autor disputem o prêmio?
ML. A inscrição de um
livro pode partir tanto do
autor quanto da editora.
Quem inscreve um livro
acredita que ele tem
qualidade para disputar
o prêmio. Foi interessante, neste ano, observar
a quantidade de autores
“autoeditados”. Sinal dos
tempos?
VC. Que tipo de difeVila Cultural. Como se dá
rença para um livro ou
o trabalho de curadoria
um autor pode haver
do Prêmio Jabuti?
A professora Marisa Lajolo, curadora do 57º Prêmio Jabuti
quando ele recebe o
Marisa Lajolo. A curadoria
“lastro da comunidade
do prêmio é exercida por
quer relativamente aos aspectos
intelectual brasileira” ao ganhar
um conselho curador (formado
cognitivos que envolvem.
um Jabuti?
por Márcia Lígia Guidin, Antônio
ML. A ideia é que o Prêmio Jabuti
Sartini, Frederico Barbosa e Luis
VC. Por que o livro infantil digital
funcione como uma espécie de
Carlos Menezes), que eu coorentra como “teste” de inclusão?
“selo de qualidade” dos livros e
deno. É este conselho que, em
ML. O mundo dos livros digitais
dos autores que o recebem. O
conjunto com a Comissão do Prêestá só começando. Mesmo entre
autor ganha prestígio. O livro gamio Jabuti da Câmara Brasileira
especialistas, há polêmica, por
nha leitores. Com o projeto Jabuti
do Livro, discute e resolve todas
exemplo, relativa à denominação:
entre autores e leitores, a Câmara
as questões ligadas ao prêmio, a
e-book? Aplicativo? Objeto digital?
pretende divulgar, para um público
partir das sempre necessárias reviDaí a prudência com que o Jabuti
mais amplo, livros vencedores,
sões do regulamento até questões
está lidando com a categoria.
de forma que o prêmio colabore
pontuais e concretas levantadas
para os tão oportunos projetos de
pelos jurados.
VC. Como são selecionados os
difusão da leitura.
jurados?
VC. O que citaria como o grande
ML. Cada categoria é avaliada
VC. O que pensa sobre “justiça/
desafio e o maior prazer para a
por três jurados. O comitê curador
injustiça” levando em considecuradoria da edição 2015?
indica nomes a partir de um banco
ração toda a subjetividade que
ML. Fiquei contente com a inclusão
de especialistas nas várias áreas
envolve a concessão de prêmios
das duas novas categorias entre as
recobertas pelo prêmio. Premiados
e honras na literatura?
premiadas: o livro infantil digital e
em um ano são candidatos natos
ML. Responder a esta questão exiadaptação. Boas adaptações de
ao júri do próximo ano, na categogiria mais do que as poucas linhas
obras literárias cumprem papel
ria em que foram premiados.
de uma entrevista. Mas vale a pena
fundamental na formação de leimeditar sobre a relativa coincidêntores. E sobre livros digitais nem
VC. Além das especificidades do
cia das obras finalistas dos vários
é preciso comentar a importância
regulamento, que outros critérios
prêmios literários brasileiros. O que
crescente que vêm assumindo,
são determinantes para que um
será que isto significa?
quer relativamente à circulação,
13
OPINIÃO
E o Nobel vai para...
O mais comentado prêmio de literatura costuma dividir
reações ao anunciar eventualmente escritores já
renomados, como Gabriel García Márquez, ou autores
completamente desconhecidos no mercado editorial
Por Rafael Menezes
O
Nobel é o maior prêmio
concedido a personalidades que contribuem para
o progresso científico e cultural
da humanidade e para o desenvolvimento da paz no mundo. O
prêmio foi criado em 1901 e é um
legado do cientista sueco Alfred
Nobel (1833-1896). A premiação
contempla as áreas da física, química, medicina, economia, paz e
literatura.
Enquanto as distinções para
as ciências exatas e biológicas
costumam estar sempre dentro das
expectativas, os prêmios relacionados à paz e à literatura – e que
envolvem a “clássica” subjetividade das ciências humanas – têm
suas zonas obscuras, a exemplo
do polêmico Nobel da Paz de 2009
concedido ao presidente americano Barack Obama em plena guerra
Iraque-Afeganistão, ou ainda ao
líder palestino Yasser Arafat (19292004), em 1994.
Na literatura, a polêmica se
instala pelo fato de a lista de “não
ganhadores-que-deveriam-ter-ganho” ser muito mais extensa
do que a de ganhadores oficiais.
Entre autores que jamais receberam o Nobel, há um “grupo”, no
mínimo, muito respeitável, com
nomes como o do irlandês James
Joyce (1882-1941), o francês
Marcel Proust (1871-1922), o argentino Jorge Luis Borges (18991986), o russo Vladimir Nabokov
14
(1899-1977), os americanos J.D.
Salinger (1919-2010) e John Updike (1932-2009), a inglesa Virginia
Woolf (1882-1941), o austríaco
Robert Musil (1880-1942), entre
outros tantos. Por isso, o Nobel de
Literatura costuma dividir reações
anunciando de vez em quando
um escritor já renomado, caso do
colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), vencedor do
prêmio em 1982, do português
José Saramago (1922-2010), ganhador em 1998, e do peruano
Mario Vargas Llosa, Nobel em
2010. Mas a grande maioria dos
nomes premiados é desconhecida
do público internacional. Isso faz
a torcida por este ou aquele autor
sempre mais especulativa, já que,
em tese, basicamente “qualquer
um” pode vir a ser o vencedor.
Enquanto aguarda-se a revelação do nome laureado, a Academia Sueca, que é a instituição
que concede o prêmio de literatura
dentro do Comitê Nobel, já começa
a seleção para o ano seguinte.
Primeiramente, são escolhidas as
instituições e pessoas da área que
podem indicar algum autor. Outros ganhadores também podem
submeter uma carta à Academia
Sueca indicando um autor para
a “disputa”. O processo começa
sempre no ano anterior à premiação e vai até mais ou menos fevereiro ou março do ano seguinte,
quando é criada uma primeira lista
com todos os nomes que passaram pela primeira triagem. Em
2015, foi revelado que a lista inicial
tinha 198 nomes. A partir dela, a
Academia submete os nomes a
críticos e à votação até chegar
em cinco possíveis ganhadores,
cujos nomes nunca são divulgados. Quando, por algum motivo,
a informação sobre algum autor
que integra esse grupo “top 5” é
revelada, ele é automaticamente
desclassificado. Sendo assim, é
realmente difícil especular quem
pode ganhar o Nobel de Literatura,
já que nem os autores sabem que
eventualmente podem ganhar o
prêmio naquele ano. Se por um
lado sempre será uma surpresa,
Na literatura, a polêmica se instala pelo
fato de a lista de ‘não ganhadores-quedeveriam-ter-ganho’ ser muito mais
extensa do que a de ganhadores oficiais.
por outro não há pistas críveis de
um possível laureado.
Mas será que uma premiação
que deixa de fora tantos nomes
importantes da literatura mundial é realmente importante
ao ponto de ser considerada
o maior prêmio da área?
Acho que nem tão ao norte, nem tão ao sul. Como
defendem alguns críticos,
qualquer premiação é, na
origem, uma injustiça do
ponto de vista artístico,
não representando nenhum
valor essencial. Do ponto
de vista filosófico, realmente
não dá para atribuir um sentido
demasiadamente objetivo, um
prêmio, a um trabalho essencialmente subjetivo, seja uma obra
literária, um filme, um álbum etc.
No âmbito do Nobel é muito mais
“fácil”, por exemplo, premiar a
dupla de cientistas franceses
Françoise Barré-Sinoussi e Luc
Montagnier, como aconteceu 2008,
pelos avanços no estudo do HIV,
o vírus da aids, do que escolher a
obra, até então desconhecida, do
poeta sueco Tomas Tranströmer
(1931-2015), ganhador do Nobel
em 2011. A primeira premiação,
afinal, reconhece uma importante
e objetiva investigação científica
para a medicina, e a segunda
envolve uma criação subjetiva,
até então com pouco espaço e
visibilidade, inclusive na Suécia.
Se agora estamos aqui discutindo o Nobel, as discussões do
começo de 2016 muito provavelmente vão passar pelos pontos
de vista sobre quem deveria (ou
não) ganhar o Oscar. Haverá um
ator e uma atriz que muitos dirão
não merecer, e talvez o próprio
filme consagrado seja uma decepção quando comparado a outro. E
pelo fato de os indicados serem
conhecidos do grande público, a
discussão é ainda mais inflamada.
Nesse ponto, o Comitê do Nobel
tem suas razões ao deixar todo
o processo em sigilo. Há, assim,
menos pressão popular para que
este ou aquele autor ganhe.
O ponto central é que as
premiações, em geral, têm suas
próprias regras internas e muitas
vezes um tipo específico de perfil
de premiação, como no Oscar, que
alterna ora momentos conservadores – brindando “filmes de Oscar”
para celebrar a indústria do entretenimento, como aconteceu com
Coração valente (1995), O paciente
inglês (1996) e Titanic (1997) –, ora
momentos de autocrítica à indústria
de cinema, como em Argo (2012),
12 anos de escravidão (2013) e
Birdman (2014).
O perfil do Prêmio Nobel de
Literatura não passa pela ambição
de fazer um apanhado de todos
os grandes escritores do mundo,
mas sim pelo desejo de destacar alguém cuja obra é essencial,
apesar de às vezes se manter
“escondida” do mainstream. J. M.
Coetzee é tido hoje como um dos
maiores escritores sul-africanos
na literatura mundial – e muito
bem lido no Brasil –, porém, em
2003, quando ganhou o Nobel,
não estava nem perto de ser um
escritor conhecido fora da língua
inglesa. Ainda assim, há divergências sobre sua relevância inclusive
dentro da África do Sul, pelo fato
de não ser um escritor que encara
o apartheid de maneira direta.
Seja ela qual for, uma premiação nunca pode ser encarada como uma verdade incontestável. Ao
contrário, trata-se de uma honraria
concedida dentro de um determinado perfil e com suas regras pré-definidas. A real importância das
premiações é divulgar informação
e torná-la acessível. Graças ao
Oscar, podemos ver vários filmes
que possivelmente nem chegariam ao cinema se não fossem
“indicados-citados”, caso de títulos
como Inverno da alma, Indomável
sonhadora e Clube de Compras
Dallas. Em função do Nobel de
Literatura, as obras do francês Patrick Modiano, vencedor em 2014,
da alemã (romena de nascimento)
Herta Müller, que ganhou o prêmio
em 2009, e do chinês Mo Yan, Nobel em 2012, por exemplo, foram
traduzidas ou reimpressas devido
às suas respectivas consagrações.
Se elas são importantes ou não,
agora podemos decidir.
A propósito, para este outubro
de 2015 a banca de apostas cita
os nomes da bielorrussa Svetlana
Aleksijevitj, do americano Philip
Roth, do tcheco Milan Kundera, do
~~
grego Adonis, do queniano Ngugi
Wa Thiong’o, dentre vários outros.
Como não há maneira de prever,
continuo torcendo para o moçambicano Mia Couto, mas ficaria feliz
com Milan Kundera.
E você, caro leitor, qual é a sua
aposta?
15
AUTÓGRAFOS
Traição inspiradora
Isabel Dias, “50 e alguns anos”, relata no livro
32: Um homem para cada ano que passei com você
autodescobertas depois de ser traída no casamento e
viver o sexo casual com vários amantes
A
16
As quatro primeiras capas do livro de Isabel Dias
juntos na casa de praia”. Para ir à
luta, criou um perfil com codinome
num site de relacionamentos e sexo
casual, em que a única inverdade
era a idade (dizia ter 48 anos, ao
invés dos “50 e alguns” da realidade), e se jogou com tudo na história.
Quase que documentando seu
processo terapêutico, ela relata,
no livro, “um trajeto cheio de novas
experiências e sensações, jogos
de sedução, fantasias, surpresas,
noites inesquecíveis e outras não
tão incríveis assim”. Em cada capítulo, Isabel apresenta um dos
32 homens, casados e solteiros,
com e sem filhos, bem-sucedidos
ou nem tanto, com que se relacionou. Diz que alguns a inspiram,
outros a assustam. Não revela a
identidade de nenhum deles, obviamente. Para ela, o livro discute
a necessidade de ser livre para
fazer escolhas, ficar ou não ficar
com quantas pessoas quiser e do
jeito que quiser. “Sem se julgar,
porque, às vezes, o nosso autojulgamento pode doer mais do que o
dos outros”.
Segundo a editora, o livro terá,
ao longo de suas edições, 32 diferentes mulheres posando para uma
imagem de capa inspirada numa
foto ilustre da filósofa Simone de
Beauvoir, ícone do feminismo. São
mulheres que se dispõem a aparecer para contar uma brevíssima
história da traição na qual estiveram
envolvidas. A primeira tiragem sai
com as primeiras quatro capas.
LANÇAMENTO
Do livro 32: Um homem para cada
ano que passei com você (Da Boa
Prosa), de Isabel Dias, dia 20 de
outubro, às 18h30 na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis.
Fotos: Divulgação
administradora Isabel Dias
lança dia 20 de outubro, às
18h30, na Livraria da Vila
do Shopping Pátio Higienópolis,
o livro 32: Um homem para cada
ano que passei com você (Da Boa
Prosa), em que relata uma experiência pessoal, no mínimo, intensa.
Depois de um casamento longo –
com o então único homem de sua
vida –, Isabel descobriu que era
traída pelo marido. Passado o choque inicial, tentou sem sucesso salvar a relação e, diante do fracasso,
finalmente deu uma guinada em
sua vida. Divorciou-se, mudou de
cidade e hoje avalia que a traição
que experimentou foi o ponto de
partida para “uma jornada de autoconhecimento e libertação sexual”.
“Após algum tempo lambendo
feridas, me lancei numa aventura.
O 32 simboliza o número de anos
que passei casada e fiel. Tenho
direito não a 32 homens, mas a 32
experiências, pensei. O que pode ter começado como vingança
acabou se convertendo em um
grande aprendizado. Comecei a
escrever como terapia. Ao mostrar
os primeiros textos para o meu
filho, que é jornalista, veio a ideia
de criar o blog e agora o livro”,
declarou Isabel, num depoimento
sobre o livro.
Em 200 e poucas páginas, ela
conta, um por um, todos os amantes que teve a partir da decisão de
se libertar do tempo de mentiras e
da relação que já havia acabado,
apesar de ser mantida oficialmente
com planos de “envelhecermos
AGENDA
Prazer em revista
Com requintes gráficos e conteúdo diverso,
o fotógrafo J.R. Duran e a Ipsis Gráfica e Editora
lançam dia 8 de outubro na Livraria da Vila
da Lorena a edição 6 da Rev. Nacional​
O
fotógrafo J.R. Duran e a
Ipsis Gráfica e Editora lançam a Rev. Nacional #6 dia
8 de outubro, a partir das 18h30,
na Livraria da Vila da Lorena, em
São Paulo. Objeto do desejo dos
apreciadores das artes gráficas,
a publicação, que antes tinha
distribuição restrita, passa a ser
vendida nas melhores livrarias do
país. Trata-se de “uma ousada e
prazerosa experiência entre texto
e imagem”, na definição de Duran,
que idealizou o projeto. “Um jardim
secreto de tinta e papel”, diz o
fotógrafo, lembrando que o “rev.”
abreviado no título é para revista,
não para revolução. “Longe de
ideologias, é um convite à livre
expressão”, define Duran.
A revista foi impressa com o
luxuoso papel italiano GardaPat
Kiara, o que garante uma melhor
reprodução das fotos, numa exigência de Fernando Ullmann, diretor da
Ipsis, que, como publisher – junto
com Duran –, não esconde o entusiasmo com o lançamento. “É um
projeto independente, irreverente
e de alta qualidade. Tem a cara da
Ipsis”, diz Ullmann. A periodicidade
é semestral, com tiragem de 3 mil
exemplares a cada nova edição.
Com concepção autoral e edição de arte assinada por Duran,
a revista é composta em grande
parte de depoimentos que permitem alcançar, “sem pretensões
ou temas decisivos”, quem são os
fotografados para um conteúdo
que caminha, por exemplo, entre Renato Janine Ribeiro falando
A modelo Claudiz Liz "editada" em papel fotográfico
sobre sexo na TV ou o Rio de Janeiro visto do alto em um reflexivo e
literal sobrevoo do escritor Antonio
José Tavares.
Explorando ainda outros lugares-temas inusitados como a
Casa de Eny, lendário inferninho
do interior paulista frequentado por
Vinicius de Moraes, e abordando
personagens contemporâneos do
país em toda a diversidade de
aspectos e opiniões, o conteúdo
inclui personagens como o “insolente” masterchef Erick Jacquin, a
cantora Anitta em momento “zen”​​
ou Tarso e Luciana Genro juntos
numa entrevista concedida ao jornalista Mario Sergio Conti.
Para quem só conhece uma
faceta do trabalho de Duran, a
revista também traz sua versão
escritor, ou, como ele prefere, “um
fotógrafo que escreve” e, claro,
as fotos de Duran, em retratos de
famosos ou mulheres nuas, mas
também em inesperados ensaios
como um prosaico dia na praia
de Boraceia ou as formas e cores
de nossa flora, resultado de um
passeio no mercado de flores da
av. Dr. Arnaldo, em São Paulo.
LANÇAMENTO
Da revista Rev. Nacional #6, dia 8
de outubro, a partir das 18h30, na
Livraria da Vila da Lorena.
17
VIAGEM
Navegar 2016
Com embarque dia 24 de abril, a sexta edição do projeto
terá participação dos escritores Fernando Morais, Mario
Prata, Noemi Jaffe, Raphael Montes, Rodrigo Lacerda,
da atriz Clarice Niskier e do músico Zeca Baleiro
O
Rodrigo
Lacerda
s escritores Fernando Morais, Mario Prata, Noemi
Jaffe, Rodrigo Lacerda e
Raphael Montes, a atriz Clarice
Niskier e o músico Zeca Baleiro são
os nomes confirmados para a sexta
edição do projeto Navegar é Preciso, que acontece entre os dias 24 e
29 de abril de 2016. Idealizada pela
Livraria da Vila, a viagem ecoliterária pelo Rio Negro, na Amazônia, é
organizada pela Auroraeco desde
a estreia do projeto, há cinco anos.
Para a edição do ano que vem, as
cabines no barco IberoStar Grand
Amazon já estão à venda.
A ideia do Navegar é conciliar
a experiência de viajar por uma
das regiões mais fascinantes do
planeta com uma agenda repleta
de atrações culturais, incluindo
encontros e conversas com os autores convidados. Num roteiro que
já virou tradição, escritores como
Affonso Romano de Sant’Anna, Marina Colasanti, Frei Betto, Laurentino
Gomes, Ignácio de Loyola Brandão,
Nilton Bonder, Cristovão Tezza, José Eduardo Agualusa, entre outros,
compartilharam, durante a viagem,
18
Clarice
Niskier
Mario
Prata
suas experiências criativas com o
público. Em 2015, o escritor e navegador Amyr Klink, a cantora Fabiana Cozza e os escritores Fabrício
Carpinejar, Eliane Brum, Reinaldo
Moraes e Joca Terron participaram
do Navegar.
Entre os convidados da próxima
edição, escritores com histórias e
obras singulares. Professora e crítica literária, a escritora Noemi Jaffe
lançou recentemente seu primeiro
romance, Írisz: as orquídeas (Companhia da Letras). Rodrigo Lacerda
estreou na literatura há duas décadas com o elogiado O mistério do
leão rampante (Ateliê Editorial). Em
2015, lançou Hamlet ou Amleto? –
Shakespeare para jovens curiosos
e adultos preguiçosos (Zahar), em
que apresenta todo o seu gosto pela
obra de William Shakespeare. Escritor, dramaturgo, jornalista e cronista,
Mario Prata é referência na literatura
brasileira e acumula uma obra que
tem mais de três mil crônicas e cerca
de 80 títulos, entre romances, livros
de contos, roteiros e peças teatrais.
Nascido em São Luís do Maranhão e há muito radicado em São
Fernando
Morais
Noemi Zeca
Jaffe
Baleiro
Paulo, o músico Zeca Baleiro lançou
seu primeiro disco, Por onde andará
Stephen Fry?, em 1997. Seu mais
recente trabalho é o álbum O disco
do ano, feito com a colaboração
de 15 produtores. Carioca nascido
em 1990, o jovem Raphael Montes publicou contos em diversas
antologias de mistério. Dono de
uma biblioteca com mais de cinco
mil livros do gênero, Montes publicou no ano passado Dias perfeitos
(Companhia da Letras). Autor de
biografias memoráveis como Olga (Companhia da Letras,1985) e
Chatô, o rei do Brasil (Companhia
das Letras, 1994), Fernando Morais
recebeu três vezes o Prêmio Esso e
quatro vezes o Prêmio Abril de Jornalismo. Clarice Niskier é uma das
grandes atrizes brasileiras, conhecida nacionalmente pela atuação
em A alma imoral.
NAVEGAR É PRECISO
Edição 2016. De 24 a 29 de abril.
Informações e vendas de cabines:
[email protected] ou
(11) 3086-1731
Fotos: Divulgação
Raphael
Montes
INFANTIL
Outubro especial
Novos livros, oficinas de ilustração,
pocket show do Zuando Som e o aniversário do
Sambalelê são alguns dos destaques para comemorar
o dia, o mês e toda a energia das crianças
Ilustração: Laura Teixeira
N
o mês que tem
até um Dia da
Criança, 12
de outubro, a agenda
cultural da Livraria da
Vila, onde o público
infantil merece atenção especial todos
os dias do ano, traz
vários destaques sob
o pretexto de marcar
a temporada de celebrações da garotada.
No domingo, 4 de
outubro, entre 15h e
18h, na loja da Fradique, a editora MOVpalavras faz uma big
festa com contação
de histórias, show da
banda Babá Eletrônica, oficinas com as
ilustradoras Laura Teixeira e Chris Mazzotta Bolinha branca (MOVpalavras), livro de Laura Teixeira
e presença de vários
autores que lançaram
que lança O livro secreto das prinseus livros pela MOV. Carlos Macesas que soltam pum (Brinquechado, de Cada bicho com seu
-Book). Na loja da Lorena, a partir
capricho, Cristiane Tavares e Chris
das 16h30, também no dia 10, tem
Mazzotta, autoras de Aos olhos do
o show Canta e conta, do projeto
mar, Dani Gutfreund, que lançou
Zuando Som, com o músico RoOlha lá a Ana!, Danilo Gusmão, de
drigo Prates. Em cena, ele mostra
Céu-tamanho, Laura Teixeira, de
porque faz tanto sucesso ao comBolinha branca e Pássaro-desebinar música e interatividade com
nho, Marcelo Cipis, que fez o belo
a plateia. O show reúne as canções
Meus tipos inesquecíveis, e Renato
dos quatro CDs gravados pelo
Zapata, de Menino semente, são
projeto:1,2,3 Quer que eu cante
alguns dos convidados da tarde.
outra vez?, de 2005, O velhos dos
Também na loja da Fradique, só
cabelos de mola, de 2011, Eta,
que sábado, dia 10, a partir das
bicharada gulosa, de 2013, e Fé e
16h, a garotada volta a se enconpé, de 2013.
trar com o escritor Ilan Brenman,
Na loja do Shopping
JK Iguatemi, no mesmo
sábado, dia 10, Kamila
Cardoso e Kelly Souto,
que idealizaram do Espaço Sambalelê a partir
das oficinas de arte e
contação de histórias
que faziam para os filhos
de amigos, comemoram
dois anos de sucesso
com as crianças. “Comemorar nosso aniversário na Livraria da Vila
é um prazer enorme.
Nos sentimos em casa
e temos um carinho
especial por ser onde
tudo começou”, afirma
Kamila. A recepção do
público está marcada
para as 10h e a apresentação do Sambalelê
começa às 11h. Tudo
com entrada franca.
No sábado, dia 17, a
partir das 13h30, os pequenos têm
encontro marcado com Flávia Lins
e Silva, a autora da série de livros
Diário de Pilar (Pequena Zahar).
Ela faz sessão de autógrafos na
loja da Fradique a partir das 13h30,
prometendo alegria para os leitores
que acompanham as aventuras da
protagonista do livro, junto com seu
amigo Breno, o gato Samba, entre
outros personagens que despertam a imaginação.
Confira todas as atrações da
agenda infantojuvenil na seção
Programação, nesta edição de Vila
Cultural.
19
RETRATO | JOHN LENNON (1940-1980)
Em nome do amor
J
ohn Lennon, o “beatle” que
virou um mito da música e um
ícone da cultura pop mundial,
faria 75 anos dia 9 de outubro. A
data de seu nascimento, independentemente do desaparecimento
brutal e precoce, aos 40 anos, em
dezembro de 1980, é lembrada por
fãs e admiradores no mundo inteiro.
Vítima de uma tragédia por
causa de um autógrafo negado
a Mark Chapman, que disparou
cinco tiros à queima roupa quando
Lennon chegava em casa, em Nova York, Lennon também se transformou num símbolo da cultura da
paz que, junto ao amor, a justiça e
a liberdade humana foram temas
centrais de suas canções, reflexões e poesias.
Nascido em Liverpool, Inglaterra, em 1940, foi criado pela tia,
Mary, e seu marido, George Smith,
porque a mãe de Lennon não tinha
condição de criá-lo sozinha. O pai
se ausentava por longos períodos
por trabalhar na navegação. Garoto ainda, Lennon cantava no coro
da igreja, adorava o escritor Lewis
Carroll e já dava demonstrações
de talento literário na escola. Aos
15 anos montou uma banda, The
Quarrymen, a qual Paul McCartney
se agregou dois anos depois. Era a
origem dos Beatles, um dos fenômenos mais influentes da música
ao longo dos tempos. Um “sonho
breve” que produziu canções como She loves you, Help!, All you
need is love, Hey Jude, Revolution,
Let it be, só para citar as mais óbvias, numa discografia ainda hoje
reeditada mundialmente.
20
A vida, a obra, o talento, as
inseguranças e a morte precoce
de Lennon ainda hoje inspiram e
movimentam o mercado editorial
e a imaginação dos leitores. Na
festejada biografia escrita por Philip Norman, John Lennon – A vida
(Companhia das Letras, 2009), há
revelações cativantes ou surpreendentes tamanha a meticulosidade da pesquisa realizada por
Norman, que passou três anos
trabalhando no projeto. Além do
acesso a documentos inéditos, ele
conseguiu depoimentos de Yoko
Ono, Sean Lennon, filho de John
Lennon, e Paul McCartney, entre
outros nomes importantes na vida
do músico. Com olhar quase psicanalítico, Norman descreve detalhes da infância e da adolescência
do ex-Beatle, e logo traz à tona
episódios e personagens cruciais
para o entendimento de uma figura
admirada e controvertida. O pai,
Freddie Lennon, que teria abandonado o filho ainda pequeno, é
uma delas, e seu lado da história
traz um relato importante. Entre
as muitas revelações contidas na
biografia, a mais inocente provavelmente é a de que, ao contrário
do que se acreditava, não foi a
tia, mas sua mãe, Julia, quem lhe
deu a primeira guitarra. Yoko Ono
aparece num testemunho sincero e único ao falar dos quase 15
anos de vida que ela e Lennon
compartilharam. Outro depoimento
emocionado, o de Sean Lennon,
encerra o livro.
Em As cartas de John Lennon
(Planeta do Brasil), do jornalista
Hunter Davies, que saiu no Brasil
em 2012, temas importantes ou
triviais se revezam na comunicação (num mundo sem e-mail ou
mensagens instantâneas de texto
virtual) do músico com interlocutores tão distintos quanto sua
família, seus amigos, namoradas
ou até em cartas endereçadas a
jornais e eventualmente a destinatários estranhos ou desconhecidos. Junto com a pesquisa da
correspondência, Davies comenta e contextualiza cada uma das
cartas percorrendo um caminho
biográfico que também encanta
os fãs e admiradores do músico,
que se expressa ao mesmo tempo delicado e irônico, agressivo
ou carente.
John Lennon em Nova York,
lançado este ano no Brasil pela
editora Valentina, revela a fase
pós-Beatles vivida pelo músico
na cidade. O ativismo político, a
evolução musical, a relação com
Yoko Ono e com os antigos companheiros de banda são alguns
dos temas abordados com minúcias pelo autor, o jornalista norte-americano James A. Mitchell. Há
desde curiosidades de alguns dos
grandes ícones culturais do século
passado que conviveram com Lennon, além das tantas mudanças
sociais, culturais e comportamentais que deram o tom do início
da década de 1970, até o trágico
e brutal assassinato de Lennon,
quando o mundo ficou perplexo
com a violência contra o homem
que fez da paz uma dos grandes
propósitos de sua vida.
Ilustração: Jonas Ribeiro
O “aniversário” de 75 anos de John Lennon, que nasceu
em outubro de 1940, em tempos de guerra na Europa, é
lembrado como citação de paz, liberdade e outros valores
essenciais de uma vida digna de muitas biografias
21
ACONTECEU
Mundo de novidades
A Livraria da Vila comemora sua chegada ao
Parque Shopping Maia, em Guarulhos, e
Sebastião Salgado autografa seu livro-ensaio
sobre o lado humano da produção cafeeira
Dois dias antes do início oficial
da Primavera no hemisfério sul, o
fotógrafo brasileiro radicado na
França Sebastião Salgado encantou a audiência com palestra
seguida de sessão de autógrafos
na Livraria da Vila do Shopping JK
Iguatemi, em São Paulo. Ele lançou
o livro Perfume de sonho (Taschen/Paisagem), com o registro
surpreendente de uma viagem de
uma década pelo mundo do café.
Salgado contou que começou a
trabalhar no projeto no início dos
anos 2000, fotografando no Brasil,
mais exatamente em Minas Gerais e no Espírito Santo. Viajando
pelo mundo por conta de outros
ensaios, também documentou a
colheita cafeeira em países como
Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Etiópia, Tanzânia,
Índia, Indonésia e China. O fotógrafo compartilhou com o público
que o propósito central era olhar
para a história das pessoas que
Sebastião Salgado na loja do Shopping JK Iguatemi
22
Marina de La Riva na loja de Guarulhos
trabalham com café, já que todo
o processo, do plantio à colheita,
envolve a ação humana. Estima-se
que a indústria cafeeira global
mobilize em torno de 24 milhões
de pessoas.
Fotos: Wilson Junior (Sebastião Salgado) e Rafael Seibel (Marina de La Riva)
O
s sons da banda Jazz São
Paulo, a voz, o estilo e a
presença inconfundíveis
da cantora Marina de La Riva e
as ilusões e mágicas de Cláudio
Grassi foram só algumas das atrações que movimentaram a estreia,
no mês passado, da Livraria da
Vila no Parque Shopping Maia,
em Guarulhos. A abertura da loja
aconteceu dia 17 e, a exemplo de
outras novidades que dinamizam
umas das cidades mais importantes do país, a Livraria da Vila
estreou completamente integrada
ao novo endereço, que fica próximo ao Bosque Maia. Com projeto
arquitetônico assinado por Isay
Weinfeld, a nova loja tem 700 m2,
um auditório com 60 lugares, um
café Santo Pão, perspectivas de
uma animada programação cultural e todos os detalhes de acervo
e atendimento que fazem cada
unidade da Vila ser ao mesmo
tempo familiar e única.
PROGRAMAÇÃO | outubro_2015*
Música urbana
Foto: Divulgação
Teatro, oficinas, lançamentos e um pocket
show especial com o cantor João Roquer
dia 15 na loja da Fradique movimentam a
agenda cultural de outubro
O cantor João Roquer faz pocket show dia 15 de
outubro, às 19h30, na Livraria Vila da Fradique, para
lançar o CD Cancioneira. No novo trabalho, ele
mostra como circula com desenvoltura e habilidade
“no set list da canção brasileira” exatos 13 anos
depois de sua estreia na cena underground da
zona leste da cidade de São Paulo. Completamente
à vontade com sua intuição criativa, rigor técnico
e humor refinado, Roquer diz que faz música para
dançar, para cantar junto, música para ouvir de novo.
“Em suma, música para escutar no campo, música
para baixar o santo”, diverte-se.
23
PROGRAMAÇÃO | outubro_2015*
Lançamentos
1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
O desafio da longevidade
De Matheus Papaléo
Ed. Atheneu
7/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
São Paulo infinita
De Juliana Russo
Ed. Gustavo Gili
8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Poesia é criação: Uma antologia
De José de Almada Negreiros,
Fernando Cabral Martins e Silvia
Laureano Costa (Orgs.)
Ed. Ateliê
Haverá bate-papo com os organizadores.
8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Resta um
De Isabela Noronha
Ed. Companhia das Letras
24/10, SÁBADO, das 16h30 às 19h30
Inventário das sombras
De Esther Proença Soares
Ed. Escrituras
26/10, SEGUNDA, das 18h30 às 18h30
O menino Vlado
De Marcia Camargos
Ed. Autêntica
27/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Fricções
De Hugo Veiga
Ed. Chiado
30/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Macro e microcosmos – Visão
filosófica do Taoismo e conceitos
da Medicina Tradicional Chinesa
De Sidney Donatelli
Ed. Andreoli
Haverá bate-papo com o autor.
16/10, SEXTA, das 19h às 21h30
O livro do palavrão
De Selma Maria
Editora do Brasil
Haverá atividade no auditório.
20/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Além da luz
De Antonio Viveiros
Ed. All Print
22/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
RAFT (Radial Artery Food Test):
Como descobrir clinicamente
as alergias e intolerâncias
alimentares
De Raphaël Nogier
Ed. Andreoli
24
3/10, SÁBADO, das 16h às 19h
Breve história da cartografia:
Dos primórdios a Gerardus
Mercator
De Abílio Castro Gurgel
Big Time Editora
6/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Vivificar – Superando o
imponderável
De Rosania Mazzuchelli
Ed. Agwm
6/10, TERÇA, das 19h30 às 21h30
Beije-me onde o sol não alcança
De Mary del Priori
Ed. Planeta
7/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Crime de evasão de divisas sob a
ótica do Direito Penal Mínimo
De Fábio Antônio Tavares
Ed. LiberArs
8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Rev. Nacional #6
Com J. R. Duran
Ipsis Gráfica e Editora
14/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Lei Maria da Penha: O processo
penal no caminho da efetividade
De Valéria Diez Scarance Fernandes
Ed. Atlas
15/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Nenhum homem é uma ilha
De Lavinia Silvares
Ed. Fap-Unifesp
3/10, SÁBADO, das 16h às 19h
O jornalista mais premiado do
Brasil – A vida e as histórias do
repórter José Hamilton Ribeiro
De Arnon Gomes
Ed. Eko Gráfica
Lorena
1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
A perda de bens e o novo
paradigma para o processo
penal brasileiro
De Tiago Cintra Essado
Ed. Lumen Juris
13/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
eSocial: Modernidade na
prestação de informações ao
Governo Federal
De Samuel Kruger e José Gomes
Pacheco Filho
Ed. Atlas
13/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Brasil, sociedade em movimento
Pedro de Souza (Org.)
Ed. Paz e Terra
2/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Finanças pessoais
De Andréa Voûte e Plínio Barreto da
Silva
Clio Editora
14/10, QUARTA, das 19h30 às 21h30
Judiciário e CNJ: O que mudou
nos últimos 10 anos?
De Camila Pellegrino Ribeiro da Silva
LCTE Editora
2/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30
As sociedades cooperativas e o
regime jurídico concursal
De Emanuelle Urbano Maffioletti
Ed. Almedina
15/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
M@rketing_Pessoal.Com: Sua
marca e estratégia dentro e fora
da internet
De Felipe Chibás Ortiz
Ed. Atlas
* Programação sujeita a alteração.
Fradique
22/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
S.O.S da ONG – Guia de gestão
para organizações do Terceiro
Setor
De José Alberto Tozzi
Ed. Gente
Haverá bate-papo com o autor.
16/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Direito Societário
contemporâneo II
De Erasmo Valladão Azevedo e
Novaes França
Ed. Malheiros
17/10, SÁBADO, das 19h às 21h30
A mediação das emoções em
professores alfabetizadores
De Cleomar Azevedo
Ed. Appris
19/10, SEGUNDA, das 18h30 às
21h30
As vidas e mortes de
Frankenstein
De Jeanette Rozsas
Geração Editorial
21/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
O novo Código de Processo Civil
Brasileiro
De Thereza Alvim e outros autores
(Coords.)
Grupo GEN
21/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
O papel das universidades frente
à violência psicológica dos
alunos contra o professor
De Regina Célia Pezzuto Rufino
Ed. LTR
22/10, QUINTA, das 19h às 21h
A outra face de Eva – Relação
entre religião, violência e mulher
De Priscila Siqueira
Ed. Asas
28/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Criminal compliance na
perspectiva da lei de lavagem de
dinheiro
De Débora Motta Cardoso
Ed. LiberArs
28/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Dez questões importantes que
o paciente com câncer precisa
saber
De Auro Del Giglio
Ed. Atheneu
Galleria
6/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
As novas Relações Públicas:
Comunicação entre o setor
privado e público
De Maria José da Costa Oliveira
GlobalSouth Press
6/10, TERÇA, das 16h às 19h
Quando tudo começou
De Bruna Vieira
Ed. Autêntica
Shopping
Pátio Higienópolis
1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Uso do dinheiro na vida adulta
– Uma perspectiva da Psicologia
Clínica e da Psicologia do
Dinheiro
De Valéria M. Meireles e
Rosane Mantilla de Souza
Ed. Atlas
5/10, SEGUNDA, das 19h30 às 21h30
Lugar nenhum – Militares e civis
na ocultação dos documentos da
ditadura
De Lucas Figueiredo
Ed. Companhia das Letras
Haverá bate-papo com
Lucas Figueiredo e Heloísa Starling.
8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Responsabilidade Civil do
Estado Legislador – Atos
legislativos inconstitucionais e
constitucionais
Com Juliana Cristina Luvizotto
Ed. Almedina
13/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Gestão em serviços de saúde
De Ana Lucia Zanovello
Ed. Yendis
17/10, SÁBADO, das 15h às 18h
Como criar filhos sem medos: Um
guia para mães, pais, cuidadores
e profissionais de vacinação
De Maria Cristina Martins Alvarenga
Ed. Hyria
20/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
32: Um homem para cada ano
que passei com você
De Isabel Dias
Ed. Da Boa Prosa
22/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Liberdade de imprensa e a
mediação estatal
De Marcos Duque Gadelho Junior
Ed. Atlas
27/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
Pediatria hoje
De Sylvio Renan Monteiro de Barros
Ed. Summus
29/10, QUINTA, das 19h às 21h30
Simples assim
De Martha Medeiros
Ed. L&PM
Haverá bate-papo com a autora.
Pátio Batel
8/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Cláusula de não concorrência no
contrato de emprego
De Célio Pereira Oliveira Neto
Ed. LTR
17/10, SÁBADO, das 14h às 17h
Amor, desejo e psicanálise
De Ana Suy Sesarino Kuss
Ed. Juruá
26/10, SEGUNDA, das 19h às 21h
A dieta da cabala – 22 dias para
transformar corpo, mente e alma
De Ian Mecler
Ed. Record
Haverá bate-papo com o autor.
30/10, SEXTA, das 18h30 às 21h30
Executores
De Fernando Hopner
Ed. Giostri
25
PROGRAMAÇÃO | outubro_2015*
Clube de leitura
1/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
O dever de divulgar Fato
Relevante na Companhia Aberta
De Fernando de Andrade Mota
Ed. Almedina
Shopping
Cidade Jardim
29/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
De volta à escuridão
De Ana Maria Santos
Ed. Pandorga
3/10, SÁBADO, das 15h às 18h
Ouvido, nariz e garganta
De Jamal Azzam
Ed. Novo Século
21/10, QUARTA, das 18h30 às 21h30
Histórias inspiradoras –
Conheça 50 empreendedores
sustentáveis que fazem do
mundo um lugar melhor
De Rosenildo Ferreira
Ed. Bate-papo livros
Haverá bate-papo com o autor.
27/10, TERÇA, das 18h30 às 21h30
A convenção de Viena sobre
contratos de compra e venda
internacional de mercadorias:
Desafios e perspectivas
De Sílvio de Salvo Venosa, Rafael Villar
Gagliardi e Eduardo Ono Terashima
(Orgs.)
Ed. Atlas
Haverá bate-papo com
os organizadores.
29/10, QUINTA, das 18h30 às 21h30
Criando pontes para cura
De Celso Massumoto
Ed. Trial
30/10, SEXTA, das 19h às 21h30
Prevenção precoce na infância e
adolescência dos problemas de
saúde presentes nos adultos
De Maurício Mieli e
outros autores (Orgs.)
Ed. CRV
26
Moema
8/10, QUINTA, das 17h30 às 19h30
Aula do corpo
De Rodrigo Noronha
Independente
18/10, DOMINGO, das 15h às 18h
Pensamentos de Leonor Schmidt
De Leonor Schmidt
Ed. Literata
23/10, SEXTA, das 19h30 às 21h30
Leitura Compartilhada: O médico
e o monstro, de Robert Louis
Stevenson
Com Os Espanadores
Loja: Fradique
26/10, SEGUNDA, das 19h às 21h
Clube Companhia
Com Lívia Brito e Rita Vianna
Loja: Lorena
Pocket
3/10, SÁBADO, das 14h às 15h
Apresentação de coral
Com Coral Colégio Palmares
Loja: Shopping JK Iguatemi
15/10, QUINTA, das 19h30 às 21h30
CD Cancioneira
De João Roquer
Independente
Loja: Fradique
Sarau
Parque Shopping Maia
26/10, SEGUNDA, das 18h30 às 21h30
O quarto poder
De Paulo Henrique Amorim
Ed. Hedra
Cine Vila
SEGUNDAS, das 19h30 às 21h30
Exibições especiais de clássicos do
cinema. Outubro: Andrei Tarkóvski
5/10 – Nostalgia
12/10 – A infância de Ivan
19/10 – O espelho
26/10 – Tempo de viagem
Evento gratuito
Apoio: Versátil
Loja: Pátio Batel
31/10, SÁBADO, das 19h às 21h
Sarau dos Conversadores
Com Os Conversadores
O Sarau dos Conversadores, nesta 22ª
edição, apresenta, na música, o cantor
e compositor Carlos Mahlungo, com
suas canções autorais em destaque.
Na literatura, a participação do pessoal
do M.A.P. – Movimento Aliança da Praça, sarau de jovens artistas do bairro
paulistano São Miguel Paulista. Na
dança/poesia, a performance Corpo-palavra, com a bailarina e coreógrafa
Deborah Furquim e o poeta Cacá Mendes. Abertura e fechamento do evento
com Os Conversadores Cacá Mendes,
Joseane Alfer e Edson Tobinaga.
Evento gratuito.
Loja: Lorena
Informações: (11) 99338-9088 e
[email protected] ou no perfil
http://facebook.com/sarau.dos.
conversadores
* Programação sujeita a alteração.
Shopping
JK Iguatemi
14/10, QUARTA, das 20h às 21h
Clube da Vila: Americanah, de
Chimamanda Ngozi Adichie
Apoio: Companhia das Letras e
Boitempo
Com Kim Dória
Inscrições: clubedavila.companhia
[email protected]
Loja: Fradique
Palestras
3/10, SÁBADO, das 14h às 15h30
Futuros líderes: Quem são e
como desenvolvê-los?
Com Aline Mancini
O encontro vai abordar temas como:
Por que precisamos de mais líderes?
Liderança x talento x sucesso. Como
será a próxima geração de líderes?
Indicadores que identificam o potencial
para liderar na infância e adolescência.
Como os pais podem desenvolver
liderança nos filhos? Pais gestores,
filhos também? O papel do educador
no desenvolvimento de liderança
infantil. Desenvolvimento de liderança
sustentável: uma oportunidade para
as empresas.
Apoio: UPRISE Leadership Center
Inscrições gratuitas até 2/10 pelos
telefones (41) 8450-0820 e (41)
9508-2775 ou pelo e-mail: uprise@
upriseleadership.com.br
Loja: Pátio Batel
3/10, SÁBADO, das 11h às 13h
Sócrates ao café: A vida no
claustrum seio-face
Com Janine Guglielmelli, Thaisa Barros
e Bernadette Biaggi
Claustrum é um modelo estrutural
da mente que nos permite conhecer
as características comportamentais
que sustentam nossa personalidade
e saúde psíquica. Se o ser humano
se organiza pela boca através da
imaginação elaborativa do corpo,
o que se encontra nesse percurso
que vai gerar os comportamentos
ligados ao amor ou temor à beleza?
O que significa viver aprisionado nos
claustrus do corpo materno?
Apoio: Instituto Biaggi
Loja: Fradique
5/10, SEGUNDA, das 19h às 21h30
Educação em Debate: O livro
didático de língua estrangeira
moderna
Com Livia de Araujo Donnini, Lorena
Mariel Menón e Neide Therezinha
Gonzalez
A ABRALE – Associação Brasileira
dos Autores de Livros Educativos, em
parceria com a Livraria da Vila, convida
o público para o terceiro encontro da
série Educação em Debate, que, neste
ano, vem discutindo o livro didático.
Apoio: Abrale
Inscrições: [email protected] ou
(11) 3168-5737
Loja: Shopping JK Iguatemi
6/10, TERÇA, das 19h30 às 21h30
Projeto: A vizinhança
Com Marcelo Carnevale
A roda comunitária oferece partilha
das experiências de vida e saberes
de for ma horizontal e circular. A
proposta tem como foco encorajar
os participantes para que eles
próprios possam redescobrir o prazer
da convivência e da celebração. O
projeto A vizinhança valoriza a palavra
como elo capaz de fortalecer os
laços comunitários, a cooperação e o
acolhimento na cidade.
Evento gratuito.
Loja: Fradique
6/10, TERÇA, das 19h30 às 21h30
Mais ainda:
Psicanálise e linguagem
Com Danielle Curvacho e Paul Kardous
Mediação da jornalista Patrizia Corsetto
A psicanalista Danielle Curvacho fala
sobre os autismos e a possibilidade
de escuta e da importância do desejo
do analista na clínica psicanalítica
com autistas. É necessário que o
psicanalista aposte que o autista,
mesmo não estando no discurso, está
no campo da linguagem.
O psicanalista Paul Kardous fala sobre
amor e sexualidade: uma linguagem
extraviada?
Evento gratuito.
Inscrições: [email protected]
Loja: Lorena
7/10, QUARTA, das 19h às 20h30
Contratos de prestação de
serviços e mitigação de riscos
Com Rodrigo Brandão Fontoura
Os contratos de prestação de serviços
certamente representam a vertente
contratual mais demandada em nosso ordenamento pátrio. As partes
envolvidas nessa relação estão sempre sujeitas a toda sorte de riscos e
responsabilidades decorrentes do
exercício de sua atividade econômica.
Esses riscos, por sua vez, podem levar
ao pagamento de indenizações diversas, cujos valores são tão expressivos
que podem até inviabilizar o negócio.
A palestra avalia de forma prática e
expositiva a atuação contratual como
forma de mitigação desses riscos.
Apoio: Atlas
Loja: Shopping Pátio Higienópolis
8/10, QUINTA, das 19h às 21h30
Autoestima
Com Maria Helena Ramos, Luciana do
Nascimento Moraes e Rosena Schmidt
Autoestima, gostar de si mesmo ou
valorizar-se é algo que está em falta em
todo ser humano que sente incerteza,
medo, insegurança, culpa, fraqueza,
dúvida, negatividade, sentimentos de
inadequação e inferioridade. Nesta
palestra, vamos refletir sobre estes
sentimentos e entender melhor o que
nos leva à falta de amor próprio.
Evento gratuito.
Loja: Pátio Batel
8/10, QUINTA, das 19h às 21h30
Por vozes de liberdade e
tolerância
Conheça uma das últimas amigas
vivas de Anne Frank na palestra sobre
o livro Eu sobrevivi ao Holocausto.
Com Nanette Blitz Konig
Apoio: Universo dos Livros
Loja: Lorena
15/10, QUINTA, das 19h às 21h30
Outubro rosa: A mulher e o
câncer de mama – Prevenção,
autocuidado, atenção, ação e
superação
Com Cássio Cardoso Filho
Uma em cada nove mulheres vai ter
câncer de mama ao longo de suas
vidas. Mas o câncer de mama tem
cura. Para que isso aconteça, é muito
importante que o diagnóstico seja feito
nas fases iniciais da doença, quando
o câncer ainda está escondido nas
profundezas da mama e não é possível
senti-lo ou palpá-lo. É importante que
se tenha hábitos saudáveis e atenção
aos exames de rotina para o enfrentamento e a superação.
Evento gratuito.
Loja: Galleria Shopping
16/10, SEXTA, das 14h às 18h
Fashion Friday – Comunicação
de moda: Como funcionam
a assessoria de imprensa, o
jornalismo e as novas mídias no
universo da moda
Com Patricia Sant’Anna
A moda não é nada sem sua comunicação: a imagem de marcas e designers
é formada por meio dos trabalhos junto
à imprensa, e o jornalismo de moda é o
que comunica o produto na linguagem
do consumidor final. Este ciclo de palestras traz novas vertentes e desafios
da comunicação de moda frente às
novas mídias.
Apoio: Tendere
Loja: Galleria Shopping
27
PROGRAMAÇÃO | outubro_2015*
17/10, SÁBADO das 11h às 13h
Ciclo de debates: Banalidade do
mal na atualidade − A ditadura e
seus resquícios
Com Maria Angela Santa Cruz e Miriam
Chnaiderman
Partindo do conhecido conceito cunhado pela filósofa Hannah Arendt, “a
banalidade do mal”, este ciclo tem
como proposta pensar sobre a atualidade do que acontece na cultura no
Brasil e no mundo, incluindo os últimos
acontecimentos políticos, os extremismos que vêm se mostrando, a falta
de planejamento e sufocamento nas
grandes cidades, o descaso ambiental, a indústria cultural, o paradoxo e o
engodo das novas tecnologias, entre
outras questões, na tentativa de obter
uma nova perspectiva sobre o retrato
do que é a nossa cultura atual, uma
cultura que não legitima o outro.
Evento gratuito.
Loja: Shopping Pátio Higienópolis
17/10, SÁBADO, das 11h às 13h
Diálogos do lacanenado
Com Ana Suy Sesarino Kuss, Maria
Lucia Homem e Dominique Fingermann
As psicanalistas Ana Suy Sesarino
Kuss, Maria Lucia Homem e Dominique
Fingermann falam sobre os enlaces e
desenlaces do amor e a concepção de
amor para a psicanálise.
Lacan, no decorrer do seu ensino,
faz referências a várias modalidades
de amor e aos mitos que se criaram
em torno dele, desde o amor domde-si (narcísico), passando pelo o
amor trágico, e chegando ao amor de
transferência.
Evento gratuito.
Loja: Pátio Batel
19/10, SEGUNDA, das 19h30 às
21h30
Sentir-se seguro: Uma
transformação possível
Com Sergio Seixas e Lygia Franklin
de Oliveira
É possível um novo rumo sem ferir
terceiros? O que é segurança? Como
sentir-se seguro na vida? Empreender
desejos, realizar sonhos, usufruir-se
agora. É tempo de mudanças. O que
fazer para não perder o trem de sua
própria história? Frustrações, medos,
bloqueios... Quando nos pomos de pé
o entorno se transforma.
Valor: R$ 20
Loja: Pátio Batel
28
20/10, TERÇA, das 19h às 20h
La Gracia: Revolucione seu jeito
de criar visual de materiais
Com Flávio Reis
Aumente seu senso crítico visual e crie
materiais gráficos e slides muito mais
criativos e alinhados ao seu objetivo.
Vamos trabalhar design, uso de cores,
formas, imagens, fontes e fundos, gráficos e tabelas.
Apoio: La Gracia
Evento gratuito.
Loja: Fradique
21/10, QUARTA, das 19h30 às 21h30
Noites de gestão: A arte da
guerra
Com Gisele Meter
No sétimo encontro Noites de Gestão,
a Click Conhecimento, com o apoio
da Livraria da Vila, vai abordar o livro
A arte da guerra – Os treze capítulos
originais, quinto livro de negócios mais
vendidos até o momento em 2015.
Evento gratuito.
Loja: Pátio Batel
24/10, SÁBADO das 10h30 às 13h30
Diálogos do lacaneando
Com Carla Regina Françoia, Patricia
Porchat, Renan Quinalha
Mediação de Patrizia Corsetto
Como entender a questão da noção
de gênero dentro da psicanálise na
contemporaneidade? As várias homossexualidades podem ser compreendidas pela psicanálise sem o auxílio
das teorias de gênero? Qual a relação
entre a ditadura e a homossexualidade? Quais foram os efeitos da ditadura
no cotidiano de mulheres que amavam
outras mulheres, de homens que desejavam outros corpos masculinos ou
mulheres e homens que se recusaram
a reproduzir as noções e o comportamento hegemônicos de gênero?
Evento gratuito.
Inscrições: [email protected]
Loja: Shopping Pátio Higienópolis
29/10, QUINTA, das 19h30 às 21h30
Projeto: A vizinhança
Com Marcelo Carnevale
Evento gratuito.
Loja: Fradique
29/10, QUINTA, das 19h30 às 21h
Life coaching: Potencialize seu
melhor
Com Mariana Stachiu e
Melissa Kotovski
Qual o seu nível de satisfação na vida?
Que decisões você precisa tomar para
atingir seu propósito e seus maiores
desejos nas áreas pessoal e profissional? Para discutir estas perguntas
e como alcançar o sucesso almejado,
a Potencial desenvolveu esta palestra, direcionada para pessoas que
querem refletir sobre forças pessoais,
qualidade nos relacionamentos e como
integrar as principais áreas da vida.
Os resultados pessoais são frutos
das escolhas, e conhecer as crenças,
valores e padrões emocionais que
influenciaram no processo de tomada
de decisão vai ajudar a transformar
pensamentos, potencializar recursos
internos e criar ações para o alcance
dos objetivos desejados.
Evento gratuito.
Loja: Pátio Batel
31/10, SÁBADO, das 11h às 13h
Café lacaniano: Artefatos de
desejo e inutilidades domésticas
Com Ana Costa e Oscar Cesarotto
No campo das artes, a partir da psicanálise, André Breton definiu a posição surrealista do objeto: impossível,
contingente, parcial, mágico, oculto,
sexual, inútil e revolucionário, correspondendo apenas a “um pouco de
realidade”, onírica e fatual. Muito mais
tarde, quando Jacques Lacan precisou exemplificar aquilo que definia
como a causa do desejo, objeto a, não
duvidou em citar Marcel Duchamp e
seus ready-mades, detalhes da vida
cotidiana sublimados e elevados à
dignidade da arte consagrada. No
Brasil, Farnese de Andrade, único no
seu estilo, também criou o que antes
não havia com as sobras do que algum
dia foi outra coisa. Na transmutação
de restos em esculturas, no armado
de composições formalmente inesperadas, o talento do artista e seu senso
estético, com premeditação e cálculo
neurótico do gozo, deixa entrever, em
três dimensões, o inconsciente a céu
aberto e a pulsão ao rés do chão.
Loja: Fradique
31/10, SÁBADO, das 15h às 18h
Morada das lembranças
Com Daniella Bauer
Evento gratuito.
Loja: Fradique
31/10, SÁBADO, das 15h às 18h
Jabuti entre autores e leitores
Com Pedro Bandeira
Apoio: CBL
Evento gratuito.
Loja: Lorena
Cursos e Workshops
Dias 6 e 20/10, TERÇAS, das 19h30
às 21h30
Deus Heterodoxo: Compreensões
não convencionais de Deus na
mística judaica
Com Nilton Bonder
Trataremos de noções profundas
e surpreendentes acerca de Deus
retiradas de textos místicos judaicos.
De leituras cabalísticas e chassídicas
exploraremos conceitos paradoxais
e sofisticados sobre um Deus que é
vulnerável e aprendiz, um Deus vínculo
com a Matrix do universo, um Deus
herético e refinado desafiando nosso
próprio imaginário.
Valor: R$ 200
Inscrições: inscricoes@livrariadavila.
com.br e (11) 3096-4493
Loja: Shopping Pátio Higienópolis
7/10, QUARTA, das 19h às 21h30
Awake: Eu, o outro e o mundo
Com Elisabeth Weingraber-Pircher e
Roberta Raffaelli
Diferentes hábitos, comportamentos,
valores, toda uma nova realidade é
sempre um convite a nos olhar de outro lugar. Como aprender a identificar
novos contextos e nos integrar à eles
de maneira a ampliarmos nosso olhar
e nos expressarmos com mais clareza? A partir de técnicas interativas e conceitos construtivistas da Comunicação
Intercultural, a plateia será desafiada
a usar a empatia e a escuta para
construir uma ponte entre sua própria
cultura e os valores alheios.
Inscrições e informações:
http://projetoawake.com.br/
Loja: Lorena
24/10, SÁBADO, das 10h30 às 14h
Disciplina positiva
Com Bette Rodrigues
Inscrições:
[email protected]
Valor: R$ 260
Loja: Lorena
30/10, SEXTA, das 13h às 20h
8º Seminário de Tendências −
outono-inverno 2017
O Seminário de Tendências apresenta o
resultado das pesquisas de tendências
para outono-inverno 2017 da Tendere,
para todos os setores da moda (têxtil-confeccionista, couro-calçadista e
joias, gemas e bijouterias).
Apoio: Tendere
Informações: [email protected]
Valor: R$ 230
Loja: Galleria Shopping
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PROGRAMAÇÃO | outubro_2015*
24/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Oficina: Princesas
Com Planeta Vega
Apoio: Vergara & Riba
Educacuca
O objetivo primordial do Educacuca é
promover o desenvolvimento, a aprendizagem e a socialização das crianças
em seus primeiros anos de vida, além
de instrumentalizar o adulto cuidador,
orientando-o e enriquecendo seu repertório de brincadeiras. Para isso,
oferecemos um programa em que a
criança e um adulto responsável, mediados por educadoras capacitadas,
participam de até dois encontros semanais em que, inseridos num grupo,
vivenciam uma série de experiências
lúdicas, planejadas e organizadas
cuidadosamente de modo a estimular
seu desenvolvimento físico, socioemocional e cognitivo, além de propiciar a
aquisição e o aprimoramento da linguagem verbal. Para agendamento de
aula experimental e informações sobre
horários para cada grupo, consulte o
site www.educacuca.com.br
Idade Permitida: 3 a 30 meses.
Terças e quintas – Loja: Lorena
Quartas – Loja: Fradique
CIDADE JARDIM
3/9, SÁBADO, das 16h às 17h
Contação de histórias: As coisas
de Mayla
Com Maluah Produções
Mayla é uma menina sui generis, porque além de amanhecer com um
cabelo diferente a cada dia ouve a
música que sai de dentro das pessoas.
Ao passear com sua mãe e com seu
cachorrinho Pingo no parque, ela percebe os sons que surgem das pessoas
e das situações. Sem se dar conta, sua
mãe é envolvida nas “coisas” de Mayla
e também descobre a música que vem
de dentro da filha. Muitas músicas,
sons e estímulos auditivos são oferecidos no decorrer da contação, levando
crianças e adultos a se identificarem
com “as coisas” de Mayla.
10/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Oficina: Astronautas
Com Planeta Vega
Apoio: Vergara & Riba
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FRADIQUE
4/10, DOMINGO, das 15h às 18h
Festa de lançamento da editora
MOVpalavras
A editora MOVpalavras vai promover
uma festa infantil com diversas
atividades e autores.
10/10, SÁBADO, das 16h às 19h
Lançamento: O livro secreto das
princesas que soltam pum
De Ilan Brenman
Ed. Brinque-Book
11/10, DOMINGO, das 15h às 18h
Lançamento:
Mathabarata e O Mago
Com J. R. Penteado
Ed. Sesi-SP
17/10, SÁBADO, das 11h às 12h
Contação de histórias:
Dentro deste livro moram dois
crocodilos e A dentadura do seu
Mokó
Com Marco Mariano e Meire Melo
Apoio: Ed. Callis
17/10, SÁBADO, das 13h30 às 16h
Lançamento:
Diário de Pilar na África
Com Flávia Lins e Silva
Ed. Pequena Zahar
Haverá atividade infantil.
LORENA
4/10, DOMINGO, das 16h às 17h
Storytelling: Hop on Pop
Com Lucielle Azevedo
Apoio: CEL-LEP
Idade indicada: a partir de 2 anos
10/10, SÁBADO, das 16h30 às 18h30
Pocket show: Zuando Som
Com Rodrigo Prates
Rodrigo Prates apresenta canções
de sua autoria e leva o espectador a
uma viagem lúdica neste espetáculo
interativo, repleto de canções que
respeitam e valorizam a infância.
Independente
17/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Contação de histórias: Dentro
deste livro moram dois
crocodilos e A dentadura do seu
Mokó
Com Marco Mariano e Meire Melo
Apoio: Ed. Callis
18/10, DOMINGO, das 15h às 18h
Lançamento: A Cuca de batom
que dançava balé
De Adriana Felicíssimo
Ed. Hedra
Haverá atividade infantil.
25/10, DOMINGO, das 15h às 16h
Contação de histórias e oficina:
Tô indo
Com Samuca
Apoio: Edições SM
MOEMA
18/10, DOMINGO, das 16h às 17h
Oficina: Como apavorar
pesadelos?
Com Jiboia
Ed. Vergara & Riba
3/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Storytelling: Hop on Pop
Com Lucielle Azevedo
Apoio: CEL-LEP
Idade indicada: a partir de 2 anos
24/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Atividade infantil: A árvore de
Tamoromu
Com Ana Luísa Lacombe
Ed. Saraiva
4/10, DOMINGO, das 16h às 17h
Oficina: Livro das caras
Com Jiboia
Apoio: Vergara & Riba
25/10, DOMINGO, das 16h às 17h
Storytelling: Hop on Pop
Com Lucielle Azevedo
Apoio: CEL-LEP
Idade indicada: a partir de 2 anos
* Programação sujeita a alteração.
VILA DA CRIANÇA
JK IGUATEMI
3/10, SÁBADO, das 17h às 20h
Lançamento: Macaco Zé e a
Bruxa Malvada
De Luiz Alfredo Costa Ventura
Ed. Multifoco
SHOPPING PÁTIO
HIGIENÓPOLIS
3/10, SÁBADO, das 15h às 16h
Contação de histórias: Titus e as
galinhas
Apoio: Editora Kapulana
10/10, SÁBADO, das 11h às 15h
Aniversário Espaço Sambalelê
Com Espaço Sambalelê
Apoio: Cheers Off Kids e Toca de Barro
PARQUE
SHOPPING MAIA
11/10, DOMINGO, das 16h às 17h
Contação de histórias: Tá tudo
bem, neném!
Com Marina Bastos
Apoio: Edições SM
3/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Contação de histórias e oficina: A
roupa nova do Imperador
Com Rute Beserra
Idade indicada: de 5 a 10 anos
4/10, DOMINGO, das 16h às 17h
Demonstração de Playmobil
Ainda na comemoração da inauguração da Livraria da Vila no Shopping Maia, crianças e adultos vão
se divertir com uma demonstração
de Playmobil, os bonequinhos mais
adorados por todos.
Apoio: Sunny Brinquedos
24/10, SÁBADO, das 16h às 17h
Contação de histórias e oficina:
A roupa nova do Imperador
Com Rute Beserra
Idade indicada: de 5 a 10 anos
Livro: Diário de Pilar na África
Ilustrações: Joana Penna
Autora: Flávia Lins e Silva
Ed. Pequena Zahar
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PROGRAMAÇÃO TEATRAL | outubro_2015*
Teatro Infantil
De 3/10 a 1/11, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h
Dona Baratinha
Da tradicional fábula, apresentamos uma nova versão
em que Cleonice (ela adora este nome!), uma linda
e charmosa baratinha, espera há muito tempo o seu
príncipe encantado. Com o passar dos anos, ela vai
juntando algumas moedas em sua caixinha para poder
casar e, assim, oferecer como dote o dinheirinho ao
candidato mais perfeito. O que ela mais quer é viver feliz
para sempre com um marido pra lá de especial.
Local: Galleria Shopping (Campinas)
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
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De 3/10 a 29/11, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h
João e Maria
O espetáculo, baseado no conto dos Irmãos Grimm, narra
a história de João e Maria, dois irmãos que desobedecem
seus pais e vão para a floresta brincar. Eles acabam se
perdendo e não conseguem achar o caminho de volta
para a cidade. Na Floresta dos Encantos, e com muito
medo, descobrem o quanto é ruim a desobediência. Na
tentativa de encontrar o caminho de volta, as crianças
avistam uma casa feita de doces. Com muita fome,
começam a comer as guloseimas, mais uma vez fazendo
o que não é certo...
Local: Shopping Pátio Higienópolis
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
De 3/10 a 29/11, SÁBADOS E DOMINGOS, às 16h
Rapunzel e o Sapo encantado
O conto narra a história de um casal que morava ao lado
de uma bruxa e planejava ter um filho. Ao fim da gravidez,
a esposa sentiu um grande desejo por comer rabanetes
que só cresciam no pomar da feiticeira. Por duas noites o
marido invadiu o pomar para saciar os desejos da esposa,
mas na terceira noite foi surpreendido pela bruxa. Como
castigo, ela aprisionou a filha do casal em uma torre assim
que o bebê nasceu. O que será que vai acontecer com
eles? E o Sapo que tudo observava da lagoa, será que
ajudará a pobre menina solitária no alto da torre?
Local: Pátio Batel (Curitiba)
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
* Programação sujeita a alteração.
De 3/10 a 25/10 – Exceto dia 4 de outubro
SÁBADOS e DOMINGOS, às 15h
O esquisito jardim do senhor estranho
O esquisito jardim do senhor estranho, uma aventura
em forma de suspense, conta as histórias de Frances
e Francine, dois irmãos que vivem sozinhos em uma
enorme mansão maltratada pelo tempo. Longe dos pais,
eles possuem uma única diversão, o esquisito jardim. O
problema é que o jardim foi completamente adotado por
um gato que pensa ser o dono de tudo! A disputa cômica
dos irmãos e do gato pelo jardim ressalta o desejo de
posse, e os personagens são engolidos pelo mistério e
pelo tempo. Absortos pela vontade, não enxergam nada
além da disputa. Uma confusão que propõe divertimento
em família.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 30 inteira | R$ 15 meia-entrada
Teatro Jovem
De 16/05 a 31/10, SÁBADOS, às 17h30
O alvo
Amanda, Maria Anna, Rebecca e Nina são amigas
inseparáveis desde o Ensino Fundamental. Já viveram
um monte de coisa juntas, coisas legais e outras nem tão
legais assim, que, de uma maneira ou de outra, uniu as
amigas até o primeiro ano do Ensino Médio. Mas agora
que elas estão na sala de espera da diretoria do colégio a
amizade está ameaçada. Em meio a divertidas situações e
discussões acaloradas, a trama fará com que elas revelem
fatos e opiniões surpreendentes umas às outras e mudem
as suas vidas para sempre.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada
Teatro Adulto
De 3/10 a 13/12, SÁBADOS às 20 h e DOMINGOS às 18 h
Guizos
Seis meses da vida de um médico são narrados em um
ambiente de penumbra e valorização da palavra. As
incoerências de sua vida e seu casamento desastroso com
uma criança sem olhos são expostos à apreciação e ao
julgamento dos espectadores.
Local: Shopping Pátio Higienópolis
Valor: R$ 40 inteira | R$ 20 meia-entrada
Fotos: Divulgação
De 3/10 a 25/10, SÁBADOS às 20h e DOMINGOS às 18h
O que a Dorothy quer?
A trama começa com Dorothy escondida no abrigo
antitornados da casa de seus tios, no Kansas. Como num
passe de mágica, ela se vê na presença de outras duas
versões dela mesma. A partir daí, as três personagens
começam a disputar o posto de “Dorothy verdadeira”, e,
com isso, revelam aos poucos as camadas da personagem.
Diferente da obra original, onde Dorothy é uma heroína pura
e ingênua, a Dorothy de Pedro Garrafa, diretor da peça,
revela ao longo da trama sua real personalidade: egoísta,
manipuladora e com um caráter duvidoso, capaz de cometer
as maiores atrocidades para se safar.
Local: Shopping JK Iguatemi
Valor: R$ 60 inteira | R$ 30 meia-entrada
TEATRO DA LIVRARIA DA VILA
Mais informações e ingressos: www.ingressorapido.com.br
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Vila do Leitor
por Alessandra Souza*
* Formada em ilustração editorial pela ABRA – Escola de Arte e Design, Alessandra Souza se apaixonou por livros infantis enquanto acompanhava as descobertas da sua filha, que hoje tem nove anos. Moradora do bairro Vila Madalena, em São Paulo, e frequentadora da Livraria
da Vila da Fradique, ela passou a assinar suas próprias imagens, sempre inspiradoras. Veja mais em alessandra-portifolio.blogspot.com
A página Vila do Leitor é um espaço aberto para todos aqueles que gostam de escrever, ilustrar e fotografar. Os trabalhos devem ser enviados
para o e-mail: [email protected]
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NOSSAS DICAS
MAIS VENDIDOS |setembro_2015
LI E GOSTEI
CDs
DVDs
Giovani Pacheco
Moema
1º Os Saltimbancos
(Universal Music)
2º The book of souls
Iron Maiden (Warner Music)
3º Loucura – Adriana Calcanhotto
canta Lupicínio Rodrigues
Adriana Calcanhotto (Sony Music)
4º Sobre crianças, quadris,
pesadelos e lições de casa
Emicida (Sony Music)
5º Born to play guitar
Buddy Guy (Sony Music)
1º Walt Disney animation – Coleção
de curtas
(Disney Home)
2º Toquinho no mundo da criança
(Biscoito Fino)
3º Loucura – Adriana Calcanhotto
canta Lupicínio Rodrigues
(Sony Music)
4º Relatos selvagens
(Warner Pictures)
5º Música para sempre
(Universal Music)
Ficção
Não Ficção
1º A garota na teia de aranha
David Lagercrantz (Companhia das
Letras)
2º Destino – La templanza
Maria Dueñas (Planeta do Brasil)
3º A garota no trem
Paula Hawkins (Record)
4º Simples assim
Martha Medeiros (L&PM)
5º O gigante enterrado
Kazuo Ishiguro (Companhia das Letras)
1º Morri para viver
Andressa Urach (Planeta do Brasil)
2º Ainda estou aqui
Marcelo Rubens Paiva (Alfaguara)
3º Sempre em movimento
Oliver Sacks (Companhia das Letras)
4º Abílio – Determinado, ambicioso,
polêmico
Cristiane Correa (Primeira Pessoa)
5º A mágica da arrumação: A arte
japonesa de colocar ordem na sua
casa e na sua vida
Marie Kondo (Sextante)
Infantil
Juvenil
1º O grande livro da Clara e do
Gabriel
Ilan Brenman (Brinque-Book)
2º Diário de um zumbi de minecraft –
Um desafio assustador
Herobrine Books (Sextante/GMT)
3º Diário de Pilar na África
Flávia Lins e Silva (Pequena Zahar)
4º Gildo
Silvana Rando (Brinque-Book)
5º Coisa de gente grande
Patricia Auerbach (Cosac Naify)
1º Malala – A menina que queria ir
para a escola
Adriana Carranca (Companhia das
Letrinhas)
2º A rainha vermelha
Victoria Aveyard (Seguinte)
3º Timmy Fiasco – Errar é humano
Stephan Pastis (Rocco)
4º Diário de uma garota nada
popular 8
Rachel Renée Russell (Versus)
5º Diário de um Banana – Caindo na
estrada
Jeff Kinney (Vergara & Riba)
Importados | adulto
Importados | infantojuvenil
1º Genesis
Sebastião Salgado (Taschen)
2º Kahlo
Andrea Kettenmann (Taschen)
3º Perfume de sonho
Sebastião Salgado (Paisagem)
4º Where chefs eat
(Phaidon Press)
5º Van Gogh – The complete
paintings
Ingo F. Walther (Taschen)
1º The very hungry caterpillar
Eric Carle (Penguin Books USA)
2º Harry Potter: Lord Voldemort's
wand – With sticker kit
(Running Press)
3º Where's Wally – The magnificent
mini book box
Martin Handford (Walker Book)
4º Goodnight Darth Vader
Jeffrey Brown (Chronicle Books)
5º Peppa Pig: Stomp and roar!
(Ladybird Books)
Galveston
Nic Pizolatto
Nic Pizolatto é um escritor norte-americano de romances policiais que foi
descoberto pelo grande público com a série televisiva
True detective e, tal qual lá,
Galveston apresenta uma
narrativa crua, não linear
e fragmentada, e se aproveita bem
dos clichês do gênero, conseguindo
ambientar o leitor na atmosfera violenta, desértica e tensa do interior sul
norte-americano. Os dois personagens
perdidos e conformados com seus destinos, Roy Cady e Rocky, o matador e
a prostituta, veem o fim de perto e uma
chance de recomeço que até então não
existia. Thriller noir bem interessante!
Ed. Intrínseca
VI E GOSTEI
Luciana Bellenzani
Shopping Pátio Higienópolis
Lucy
Lucy, personagem vivida pela
atriz Scarlett Johansson, é obrigada a tornar-se “mula” de
drogas para transportar uma
substância sintética poderosa chamada CPH4. Sacos da
substância são inseridos cirurgicamente em seu abdômen e são
rompidos quando ela é agredida por
capangas do Sr. Jang. Após sobreviver
à overdose, Lucy começa a acessar
partes cada vez mais profundas do seu
cérebro e passa a ter poderes telecinéticos e sensoriais. O diretor francês Luc
Besson (O quinto elemento e Léon: The
professional) se baseia em um mito da
filosofia pós-humanista: o homem seria
um ser limitado porque utilizaria somente
10% da capacidade cerebral. Por meio
de drogas ou tecnologias cibernéticas,
o homem daria um “upgrade” em si mesmo, acessando 100% do seu “banco de
dados” cerebral. Lucy revela uma nova
religião onde Deus é substituído pela
tecnologia e a alma pela informação.
Filme empolgante não só pela qualidade comercial enquanto filme de ação e
entretenimento, mas também pela qualidade artística e abordagem sobre física
quântica, questões filosóficas e reflexões
sobre a humanidade.
Universal Pictures
39
40
Download

shopping pátio higienópolis