PROGRAMA DE CONSOLIDAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DE ASSENTAMENTOS
RESULTANTES DA REFORMA AGRÁRIA
CONVÊNIO INCRA/CEPPA Nº RS 4040/2006
PROJETO DE CONSTRUÇÃO DE CACIMBA PARA COLETA DE ÁGUA DE
MANANCIAL NO ASSENTAMENTO ESTÂNCIA DOS FUNDOS –
ESCOLA 20 DE AGOSTO - CANDIOTA – RS
Candiota, 30 de Junho de 2011
APRESENTÇÃO
Este projeto de cacimbas para a coleta de água de mananciais e
vertentes faz parte de um contrato entre o CEPPA – Centro de Educação Popular
e Pesquisa em Agroecologia e o INCRA, com o objetivo de elaboração de
projetos e fiscalização de execução das obras e serviços previstos no Plano de
Consolidação dos Assentamentos - PAC - Regional.
O presente contrato indica que o CEPPA deverá atender as atividades
relacionadas à construção de uma cacimba para coleta de água de manancial e
distribuição a 2 famílias assentadas, à Escola Estadual 20 de Agosto (110 alunos),
um Centro de Multiuso e uma Igreja no Assentamento Fundos – Candiota – RS.
Este Projeto representa parte do “Programa Águas” do PAC –
Regional.
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SUMÁRIO
1. Memorial descritivo (16 folhas);
2. Memória de Cálculo e Dimensionamento (2 folhas);
3. Tabela de Resumo de Ligações (1 folha);
4. Planilha de Totalização (2 folhas);
5. Planilha de Cálculo da Adutora (1 folha);
6. Desenhos e Detalhes Construtivos (10 pranchas);
7. Planilha de Orçamento Sintética dos Serviços à serem Contratados (2 folhas);
8. Planilha de Orçamento Discriminada dos Serviços à serem Contratados (9 folhas);
9. Planilha de Orçamento Discriminada dos Serviços de Contrapartida (1 folha);
10.Planilha de Orçamento Discriminada dos Serviços de Contrapartida da Prefeitura (1
Folha);
11. Composição do BDI (1 folha);
12. Cronograma Físico-Financeiro (2 folhas).
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MEMORIAL DESCRITIVO
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A região da Campanha Gaúcha apresenta clima subtropical com as quatro estações bem
definidas, com verões quentes e secos, outono com algumas formações de geada, inverno frio
com muita formação de geada e normalmente chuvoso e primavera normalmente muito ventosa
com algumas formações de geada. O regime médio de chuvas na região é de 1.900mm anuais
(registros dos últimos 21 anos fornecidos p/ CGTEE), e que muitas vezes ultrapassam este
volume. A distribuição destas chuvas é bastante irregular, chovendo acima da média durante os
meses de inverno, chuvas dentro da média nos meses de outono e primavera e com chuvas
abaixo da média nos meses de verão. Esta situação se agrava nestes meses devido às altas
temperaturas que promovem uma alta evapotranspiração.
O solo é um grande reservatório para onde converge toda a água das precipitações. Parte
desta água não chega ao solo devido às interceptações e a evaporação. Aquela que chega ao
solo infiltra, abastecendo este grande reservatório ou escorre para o sistema natural de
drenagem arrastando grandes quantidades de partículas de solo, assoreando arroios, rios e
barragens, devido ao mau uso do solo.
A água proveniente das precipitações pode ser aproveitada de várias formas; através da
interceptação pelos telhados com seus sistemas de coleta e armazenamento, através da
infiltração da água no solo e posteriormente aproveitada pela perfuração de poços rasos e
artesianos, caçimbas e vertentes em geral e ainda a água que não é interceptada e também não
infiltra no solo devido ao encharcamento do mesmo, que é aquela que escorre na superfície do
solo e pode ser aproveitada pela construção de barragens que interceptam este escorrimento
formando reservatórios que podem variar de tamanho conforme a área de captação da bacia. O
Plano de Desenvolvimento Regional prevê o uso de todas estas formas de aproveitamento da
água.
Dentro deste plano estão previstas instalações de redes e caixas d’água para a
distribuição de água, perfuração de poços artesianos, proteção de cacimbas fortes, cacimbas de
baixa vazão, construção de cisternas e sistemas de coleta de água, reservatórios baixos,
bombas hidráulicas, filtros entre outros.
A escolha do sistema de aproveitamento e uso da água foi feita a partir de discussões
dentro da temática com as comunidades, através de visitas aos locais e estudo de qual sistema
que melhor se adapta a cada caso.
Este projeto tem por objetivo o abastecimento de água potável em casas de famílias
assentadas pelo Programa de Reforma Agrária, que não são atendidas por redes de água, poços
artesianos, poços rasos e cacimbas.
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1.2 – SITUAÇÃO
As cacimbas serão construídas nos assentamentos do Programa de Reforma Agrária do
Governo Federal e Estadual, localizados nos municípios de Candiota, Aceguá e Hulha Negra
no Rio Grande do Sul.
1.3 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO EXISTENTE
As famílias que serão beneficiadas pelo sistema de abastecimento de água potável pelo
PAC – Regional, atualmente buscam sua água de consumo em poços rasos e pequenas
cacimbas (buracos abertos em mananciais e/ou vertentes) existentes em seus lotes ou lotes
vizinhos. Estes sistemas de abastecimento, na sua maioria não possuem proteção nenhuma
como encamisamento, tampa e cercamento do local, permitindo o acesso de animais
domésticos e silvestres a estas fontes, normalmente com suas águas contaminadas por
coliformes fecais.
A cacimba existente encontra-se em um manancial forte e conta com proteção lateral
em alvenaria com diâmetro de 0,80m x 2,0m de fundura com bocal 0,30m acima do nível do
solo, não possui tampa e o local não é cercado.
1.4 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA PROJETADO
Em virtude das famílias beneficiadas por este projeto não estarem anexadas a outros
tipos de abastecimento de água, se faz necessário prever o abastecimento destas famílias.
O sistema de abastecimento de água por cacimbas consiste na captação de água de
mananciais e vertentes, condução, reservação e distribuição às famílias beneficiarias..
A captação de água se dá através da instalação de um reservatório pré-moldado e
enterrado no centro do manancial de forma a drenar suas águas para o interior do reservatório.
No caso das vertentes, o reservatório é construído e enterrado a jusante da vertente de forma
que suas águas sejam drenadas para dentro do reservatório não comprometendo a mesma.
O reservatório é construído em concreto armado e consiste de uma caixa cilíndrica sem
fundo com cobertura também em concreto armado. A cobertura do reservatório possui tampa
de acesso.
O reservatório possui as seguintes dimensões:
Diâmetro Interno: 1,5 m
Altura Lateral do tubo: 1,0 m
Altura Total: 3,0 m (cacimba formada por 3 tubos sobrepostos).
Nível Máximo: 2,8 m com altura total do reservatório de 3,0 m(20cm acima do nível do
solo).
Volume Reservado: 3,534 m³ com 2,0 m úteis (descontados 1,0 m referentes aos: 20cm
acima do nível do solo, 20cm de areia do fundo, 30cm da altura de sucção acima da
areia e 30cm acima do nível da válvula de pé) .
Tanto no caso de mananciais como vertentes o reservatório é assentado sobre uma base
de 20 cm de brita Nº 1. Na parte interna do reservatório, sobre a brita é colocada uma camada
de 20 cm de areia fina lavada permitindo desta forma a passagem da água para o seu interior “já
filtrada”. A sucção de água se dará a 30 cm acima do nível da areia. Ver detalhes na prancha
9/10. Na parte externa do reservatório entre a parede e a barranca é feito um isolamento com
brita Nº 1 de forma a melhorar a drenagem da água para o interior da cacimba e também para
proteger a mesma da ação do solo de nossa região, que possui altos teores de argila expansiva.
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1.5 – LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
Foi realizado levantamento topográfico planialtimétrico do terreno por onde será
distribuída a tubulação. Este levantamento foi realizado com nível ótico (altimétrico) e aparelho
de GPS (marca Garmim, modelo eTrex Vista C) (planimétrico) para a elaboração de uma
planilha com os cálculos de vazão e pressão desta rede de distribuição.
2 – DADOS DO PROJETO
O sistema projetado é composto de uma cacimba, uma adutora, um reservatório, uma
edutora e dos ramais domiciliares. À água da cacimba é recalcada por encanamento apropriado
(adutora) até um reservatório instalado sobre torre metálica, de forma a beneficiar através de
encanamento apropriado (edutora) a todas as famílias que receberão individualmente à água
através dos ramais domiciliares. O sistema conta também com instalações elétricas compatíveis
com as necessidades da bomba de recalque tais como: ramal de ligação, ramal de entrada, caixa
de medição, disjuntores, rede, caixa de comando da bomba e aterramentos (quadro de comando
e caixa de medição).
2.1. -SISTEMA
2.1.1. – ELEMENTOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA
Qu – vazão unitária por lote (residência atendida).
K1 – coeficiente de máximo consumo diário = 1,25.
K2 – coeficiente de máxima vazão horária = 1,25
P – Nº de pessoas p/ família = 4 pessoas.
N – número total de ligações = 5.
q – consumo médio/dia/pessoa da família = 200 litros (0,2m³)
C.E.-Consumo da escola
C.A.D. – Consumo por aluno/dia. = 25 litros (0,025m³).
N.A. – Número de alunos = 110
C.M.U. – Consumo do Centro de Multiuso = Consumo de uma família.
C.I. – Consumo da Igreja = Consumo de uma família.
A – área da base da cacimba. A = Pi.r²
h – profundidade da cacimba (nível máximo de água até o fundo).
*O N.A. leva em conta também os professores, merendeiras, e outros.
2.1.2. – VAZÃO UNITÁRIA
A vazão unitária foi determinada a partir dos elementos acima e temos:
Qu = K1 x K2 x P x q
86400
Qu = 1,25 x 1,5 x 4 x 200
86400
= 0,0173 litros/segundo (0,018 l/s)
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2.1.3. – DETERMINAÇÃO DE PRESSÃO
As perdas de carga de todos os trechos da rede foram determinadas a partir dos
consumos unitários previstos no projeto e constam de planilha em anexo.
Aplicando a fórmula de Hazen-Williams para perdas e cargas:
Hp = 10,641 x Q1,85 x L
C1,85 x D4,87
sendo:
L = comprimento da rede em metros.
C = coeficiente de rugosidade da rede de PVC = 130.
D = diâmetro da canalização em metros.
Q = vazão da canalização em m³/h.
2.2. – CACIMBA
2.2.1. – ELEMENTOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DA CACIMBA
V.R. – volume reservado em litros (deve ser igual ou superior a 25% das necessidades
diárias das famílias beneficiárias).
V.N. – volume diário necessário.
T.C. – tamanho da cacimba em m³.
N – número total de ligações.
P – Nº de pessoas p/ família = 4 pessoas
q – consumo médio/dia/pessoa da família = 200 litros (0,2m³)
A – área da base da cacimba. A = Pi.r²
h – profundidade da cacimba (nível máximo de água até o fundo).
2.2.2. – CAPACIDADE DE REPOSIÇÃO DA VERTENTE
Para se saber a quantidade de famílias que esta vertente pode atender se fez necessário
proceder a sua medição ou seja, o seu volume de água disponível diariamente. Para esta
medição, foi feito o esgotamento total da cacimba existente e anotada a sua capacidade de
reposição de água para um período de 24 h. De posse das medidas da cacimba existente foi
calculada a capacidade de reposição de água da vertente.
Cacimba Existente:
A = 3,1416 x r²
A = 3,1416 x 0,4²
A = 0,502m²
T.C. = A x h
T.C. = 0,502 x 1,0
T.C. = 0,502 m³
A reposição de água na cacimba se deu em 1 hora e 15 min. (Q=0,40 m³/h=9,6m³/dia).
* Esta medição foi realizada em período de seca.
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2.2.3. – TAMANHO DA CACIMBA
Para os cálculos de tamanho da cacimba utilizamos o registro de capacidade de
reposição desta vertente feito por nossa equipe.
T.C. = A x h
T.C. = 1,767 m² x 2,0 m
T.C. = 3,534 m³
Se utilizássemos apenas um tubo (com diâmetro de 1,50m x 1,00m de altura, com 20 cm
acima da superfície do solo) para a construção do sistema de abastecimento de água teríamos
um T.C. = 1,413 m³. Por este motivo optou-se pela utilização de 3 tubos de concreto
sobrepostos (3 x 1,767 = 5.301m³), descontando 1,0 m (referentes aos 20cm de areia do fundo,
30cm da altura de sucção, 20cm acima do nível do solo e 30 cm distância entre a válvula-de-pé
e o automático de nível) teremos um T.C. = 3,534 m³, conferindo desta forma uma maior
segurança no abastecimento de água as famílias beneficiárias.
A cacimba deverá ser protegida por cerca de mourões de concreto (curvo 220 x 10 x 10
cm), tela (arame galvanizado 2” de fio 12 BWG) e portão tubular metálico com tela soldada,
conforme especificação da planilha de orçamento discriminada, ver detalhes na prancha 2/10.
E por tratar-se APP (Área de Preservação Permanente) a cacimba deverá ser cercada
num raio de 50 m tendo a mesma como o centro da área cercada.
2.2.4. – “LADRÃO” DA CACIMBA
A cacimba possui um tubo do tipo DN 60 em PVC rígido popularmente chamado de
“ladrão”. Ele determina o nível máximo de água da cacimba. O excesso de água é despejado
para fora da mesma. Como forma de assegurar a qualidade da água potável, este tubo possui
um sifão e uma tela de proteção na saída da água. Ver detalhes na prancha 9/10.
2.3. – ADUTORA
Da cacimba a água será conduzida ao reservatório em fibra de vidro por canalização de
PVC DN-40 mm. A instalação desta adutora e demais componentes serão realizados pela
contratada e os materiais e conexões utilizados deverão seguir os mesmos padrões daqueles já
utilizados neste projeto. Ver detalhes prancha 2/10.
2.3.1. – ELEMENTOS BÁSICOS PARA DIMENSIONAMENTO DA ADUTORA
D – distância entre a bomba e o reservatório = 390 m.
Q – vazão necessária = 1.500 litros/h = 0,41 litros/s
ht – desnível do terreno = 31,40m
Hg- Altura Geométrica = desnível de sucção+altura da caixa d’água + desnível do terreno =
Hg = 2,7m + (6,0m + 2,72m) + 31,40 = 42,82 m
Ht – Perdas = hs + hl = 8,933
Hm – (42,82 + 4,8584) = 51,75 m.c.a.
*As perdas e a Hman. se referem a uma tubulação de recalque de 11/4”, que será utilizada na
quantificação do sistema.
*Os calculos da adutora estão em planilha anexa.
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Para o recalque da água da cacimba até a Caixa de distribuição será utilizado um
conjunto moto-bomba composto por bomba centrífuga horizontal com potência requeridade de
6,0 cv e motor elétrico monofásico capaz de fornecer uma vazão mínima de 2,5 m³/h com
altura manométrica de 51,75 m.c.a. A CONTRATADA deverá apresentar os cálculos dos
referidos dimensionamentos, curvas e tabelas do conjunto moto-bomba que será utilizado.
A tubulação que abastece a bomba (sucção) é do tipo DN 40mm (11/4”) e deverá conter
uma válvula de pé e crivo. A tubulação que conduz a água até o reservatório (recalque)é do tipo
DN 40mm (11/4”). A bomba que abastece o reservatório será instalada junto à cacimba e conta
com caixa de proteção em alvenaria de tijolo maciço, tampa em laje de concreto armado, piso
de concreto armado assentado sobre uma base de tijolo maciço 20cm acima do solo e porta
metálica, além de instalação elétrica apropriada de acordo com o fabricante da bomba, tudo
conforme especificação da planilha de orçamento discriminada, detalhes nas pranchas 2/10 e
9/10. A moto-bomba deverá ser afixada com parafusos chumbados no piso de concreto armado.
Na instalação da moto-bomba deverão ser usadas duas (02) ”luvas de união”, uma na sucção e
outra no recalque da água, de forma a permitir a retirada do conjunto moto-bomba para
manutenção caso necessário.
Junto à adutora logo após a saída da bomba, no outro compartimento da caixa de
proteção do conjunto moto-bomba será instalado um sistema dosador de Cloro (injeção na rede
de adução). O sistema deverá atender as demandas da Portaria 518 do Ministério da Saúde e
estar protegido por um abrigo conforme pranchas 5/10 e 9/10.
A tubulação que abastece a caixa (recalque) deverá conter um registro de metal tipo
gaveta (que ficará dentro da casinha, entre o clorador e o conjunto moto-bomba) e uma válvula
de retenção horizontal metálica (que ficará entre o registro e o conjunto moto-bomba).
2.4. – RESERVATÓRIO
O reservatório é composto por caixa em fibra de vidro com tampa (capacidade para
10 m³) e uma torre metálica (6 m de altura). O reservatório conta com automático de nível (para
controle da bomba) e cabos multipolar (CL2, PVC 1KV, 2x2,5 mm²). O reservatório deverá ser
protegido por cerca de mourões de concreto (curvo 220 x 10 x 10 cm), tela (arame galvanizado
2” de fio 12 BWG) e portão tubular metálico com tela soldada, conforme especificação da
planilha de orçamento discriminada conforme pranchas 7/10 e 10/10.
2.4.1. – DETERMINAÇÃO DA RESERVAÇÃO
Volume Diário Necessário:
V.N. = ( N x P x q) + C.E.
V.N. = ( 4 x 4 x 0,2) + ( C.A.D. x N.A).
V.N. = 3,2 + ( 0,025 x 110)
V.N. = 3,2 + 2,75
V.N. = 5,95 m³
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O volume de reservação é de 84,03% do consumo máximo diário:
5,95 m³ x 168,0% = 10 m³
* O mínimo exigido para a reservação é de 25% do consumo diário.
* Optou-se por um reservatório maior que o mínimo exigido por uma questão de
segurança.
2.4.2. – FUNDAÇÕES
A escolha do tipo de fundações da torre do reservatório, bem como o seu
dimensionamento deverá ser realizada pela CONTRATADA, levando-se em consideração as
cargas atuantes e as condições do subsolo local. A CONTRATADA deverá apresentar o cálculo
do referido dimensionamento, acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica – ART do profissional responsável pela sua elaboração. O início da execução das
fundações será condicionado à aprovação prévia do dimensionamento por parte da fiscalização.
Para fins de quantificação na fase de projeto, foi adotado, com base em experiências
anteriores na mesma região, a solução em estacas de concreto escavadas de 50 cm de diâmetro
e profundidade média de 2 m com blocos de fundação em concreto armado com 0.5 m³ para
cada pé da torre.
2.5. – EDUTORA
Do reservatório a água será distribuída por gravidade em canalização de PVC DN-60
mm, PVC DN-32 mm, PVC DN-25 mm, PVC DN-20 mm, ponta e bolsa soldável, com
conexões em PVC rígido roscável e/ou soldável. Toda a tubulação e as conexões deverão ser
classe 15.
2.6. – RAMAIS DOMICILIARES
Da edutora, a água será conduzida até as residências nos lotes através de ramais
domiciliares. Os ramais serão compostos por colar de tomada em PP aparafusado, média de
18,0 m de tubo PVC rígido DN25 até o hidrômetro, cavalete em PVC rígido Padrão CORSAN
2, hidrômetro metálico com lacres anti-fraude, válvula de retenção metálica, e tubulação de
PVC rígido DN 20 até a residência. Ver detalhes na prancha 5/10.
3 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
3.1 – INTRODUÇÃO
As presentes especificações têm por objetivo a fixação de diretrizes técnicas e métodos
para a avaliação qualitativa e quantitativa dos serviços necessários para a implantação do
Sistema de Coleta, distribuição e Reservação de Água.
São partes integrantes destas especificações as Normas Brasileiras de Regulamentação –
NBR.
3.2 – MATERIAIS
3.2.1 – DAS NECESSIDADES
Os materiais deverão ser fornecidos pelo empreiteiro em quantidade e qualidade de
acordo com o que consta na Licitação Pública para execução da obra, de forma que não haja
interrupção no andamento dos serviços.
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3.2.2 – DA QUALIDADE
Os materiais e peças utilizados na obra (cimento, areia, aço, registros, torneiras, tubos e
conexões) deverão atender rigorosamente as Normas Brasileiras de Regulamentação – NBR.
Todos os tubos e conexões em PVC rígido a serem implantados no sistema de uso direto da
água, presentes no projeto deverão ser fabricados conforme as especificações da NBR 5648,
cujas inscrições deverão estar impressas nos tubos e conexões. Todo material em PVC que não
contiver a impressão da norma será rejeitado.
3.2.3 – DA CACIMBA EM CONCRETO ARMADO PRÉ-MOLDADO
3.2.3.1 – DOS MATERIAIS PARA A CACIMBA
A malha de ferro utilizada para a estrutura do reservatório é do tipo soldada (10,0 cm x
10,0 cm)e aço 4,2 mm. O cimento é do tipo Portland pozolâmico 320 e a areia é média
peneirada.
3.2.3.2 – DOS MATERIAIS PARA A COBERTURA DA CACIMBA
A malha de ferro utilizada para a estrutura do reservatório é do tipo soldada (10,0 cm x
10,0 cm)e aço 4,2 mm. O cimento é do tipo Portland pozolâmico 320 e a areia é média
peneirada.
3.2.3.3 – NIVELAMENTO DO TERRENO
O terreno onde será assentada a cacimba deverá ser rebaixado até 3,0 metros de
profundidade e nivelado, conforme consta no projeto.
O diâmetro da área a ser nivelada para o assentamento da cacimba deverá ser de no
mínimo 1,0 m a mais que o diâmetro da cacimba, ficando 0,50 m no seu entorno para a
colocação de pedra britada.
3.2.3.4 – BASE DA CACIMBA
A base da cacimba é composta por uma camada de pedra britada (20 cm de espessura)
disposta sobre todo o diâmetro do buraco aberto onde deverá ser assentado o tubo pré-moldado.
3.2.3.5 – DO ASSENTAMENTO DOS TUBOS DA CACIMBA
O tubo pré-moldado inferior é assentado diretamente sobre a camada de brita que será
distribuída uniformemente no fundo do buraco, de forma que o tubo pré-moldado fique
perfeitamente no prumo. Os tubos pré-moldados superiores deverão ser assentados
perfeitamente sobre os tubos inferiores e rejuntados com cimento..
3.2.3.6 – DO ASSENTAMENTO DA COBERTURA DA CACIMBA
A cobertura da cacimba deverá ser assentada perfeitamente sobre o tubo pré-moldado
superior da cacimba, de forma que o entalhe da cobertura encaixe na lateral interna do tubo prémoldado.
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3.2.3.7 – DO ISOLAMENTO DA CACIMBA COM BRITA
Após o assentamento dos tubos (cacimba), o espaço entre a barranca e a parede da
cacimba (que deve ser de no mínimo 50 cm), deverá ser preenchido com brita.
3.2.4 – DOS MATERIAIS PARA OS TUBOS
Os tubos para a adutora e os ramais de abastecimento de água serão em PVC rígido,
DN 60, DN 40, DN 32, DN 25 e DN 20, todos classe 15 soldável. As conexões serão em PVC
rígido PBA. Todos os tubos e conexões em PVC rígido a serem implantados na rede do
presente projeto deverão ser fabricados conforme as especificações da NBR 5648, cujas
inscrições deverão estar impressas nos tubos e conexões. Todo material em PVC que não
contiver a impressão da norma será rejeitado.
3.2.5 – DOS MATERIAIS PARA REGISTROS
Os registros serão de metal, tipo gaveta. Com exceção dos registros que estarão dentro
da área cercada junto à caixa d’água principal, todos os outros registros da rede estarão
enterrados e protegidos por caixa metálica.
3.2.6 – DOS MATERIAIS PARA OS HIDRÔMETROS
Os hidrômetros (UMC – unidade de medida e controle) serão metálicos do tipo
multijato, classe B, ¾” x ¾” com guarnições metálicas (porcas e tubetes com vedantes de
tubetes). Após a instalação dos hidrômetros, estes deverão receber dois lacres antifraude ¾”.
Ver detalhes pranchas 4/10 e 5/10.
3.2.7 – DOS MATERIAIS PARA OS CAVALETES
Os kits cavaletes serão em PVC rígido, padrão CORSAN 2, munido de registro em
PVC. No cavalete deverá estar inclusa todas as peças e conexões necessárias. Ver detalhes na
prancha 5/10.
3.2.8 – DOS MATERIAIS PARA AS CAIXAS DE PROTEÇÃO DOS HIDRÔMETROS
Serão utilizadas caixas de proteção de hidrômetros em concreto pré-moldado. Esta caixa
possui tampa em concreto pré-moldado e suas medidas estão em anexo conforme especifica a
prancha 3/10.
3.2.9 – DOS MATERIAIS PARA O HIDRANTE
O hidrante será metálico, subterrâneo e com caixa metálica de proteção. Será instalado
próximo ao reservatório e estará ligado a edutora por um tubo DN 60 mm, com saída DN 60
mm. Ver detalhes prancha 4/10.
3.3 – SERVIÇOS
A CONTRATADA deverá manter no acompanhamento das obras um responsável
técnico. Os serviços deverão ser executados por profissionais habilitados conforme normas dos
fabricantes. As valas poderão ser escavadas mecanicamente, preferencialmente, ou por outro
meio a critério da contratada.
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3.3.1 – ESCAVAÇÕES
3.3.1.1 – DAS VALAS
A largura da vala será igual ao diâmetro externo do tubo acrescido de 60 cm, com
profundidade mínima de 80 cm e com perfeito aplainamento do fundo, permitindo boas
condições para o assentamento da tubulação.
As dimensões das valas poderão ser alteradas segundo os critérios, somente com o
prévio aviso e consentimento da fiscalização da obra.
3.3.1.2 – DO ESGOTAMENTO DAS VALAS
Quando ocorrer acúmulo de água de chuva ou de infiltração nas valas, esta deverá ser
bombeada com equipamento de propriedade da empreiteira. Este bombeamento deverá ocorrer
fora do horário normal de trabalho, permitindo a execução da obra dentro das valas. Os custos
correm por conta da contratada.
3.3.2 – DO REATERRO E REMOÇÃO
Os serviços de reaterro serão realizados de duas maneiras distintas: a) responsabilidade
da Contratante - reaterro completo das valas dos ramais de ligação (hidrômetro até residência) e
os primeiros 20 cm das valas da adução, rede de distribuição e ramais de ligação (rede até
hidrômetro). Se houver sobras do material retirado das valas, a remoção do mesmo é de inteira
responsabilidade da contratante. b) responsabilidade da Contratada - o reaterro do restante das
valas da rede de distribuição e ramais domiciliares (da rede até os hidrômetros). Se houver
sobras do material retirado das valas, a remoção do mesmo é de inteira responsabilidade da
Prefeitura.
3.3.2.1 – DO REATERRO DE RESPONSABILIDADE DA CONTRATANTE
Consiste no reaterro manual e completo das valas onde forem implantados os ramais de
ligação (hidrômetro até as residências), nas valas da rede de distribuição e ramais domiciliares
(rede de distribuição até o hidrômetro), o reaterro manual será parcial, apenas os primeiros 20
cm das valas (quantidade necessária para cobrir os canos) serão aterrados pela contratante, ver
prancha 6/10. Estes serviços serão realizados na forma de contrapartida. A execução destes
serviços é de responsabilidade da Contratante (CEPPA por intermédio dos agricultores
beneficiários).
O material do aterro deverá estar isento de corpos estranhos que possam danificar a
tubulação e deverá ser executado em camadas não superior a 20 cm e compactado
manualmente conforme as exigências da obra.
Se houver sobras do material retirado das valas, a remoção do mesmo é de inteira
responsabilidade da contratante, podendo ser transportado e depositado em lugar afastado das
obras escolhido pela fiscalização.
A execução destes serviços, mesmo que realizada pela contratante, não exime a
responsabilidade da contratada, que terá a responsabilidade de orientar e supervisionar os
serviços de reaterro de modo que a rede não seja danificada. A contratada terá inteira
responsabilidade com os ramais domiciliares (do hidrômetro até a residência), mesmo após o
reaterro, não podendo alegar que eventuais defeitos e/ou vícios construtivos tenham sido
provocados devido à execução dos reaterros.
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3.3.2.2 – DO REATERRO DE RESPONSABILIDADE DA CONTRATADA
Consiste no reaterro mecânico das valas onde forem implantadas as redes de
distribuição, adutora e ramais de ligação (rede até o hidrômetro). Os primeiros 20 cm deverão
ser aterrados manualmente com o próprio material retirado da escavação de modo a evitar a
danificação da tubulação pela contratante. O restante das valas deverá ser reaterrado
mecanicamente, também com o próprio material retirado da escavação pela prefeitura local
como forma de contrapartida. Ver prancha 6/6. Ao final do reaterro deverá ser feita a
compactação do material com as próprias rodas do equipamento utilizado no reaterro
(retroescavadeira).
O material do reaterro deverá estar isento de corpos estranhos que possam danificar a
tubulação e deverá ser executado em camadas não superiores a 20 cm e compactado
manualmente conforme as exigências da obra.
Estes serviços deverão ser executados de acordo com o cronograma estabelecido para a
implantação da Rede de Abastecimento.
Se houver sobras do material retirado das valas, a remoção do mesmo é de inteira
responsabilidade da prefeitura, podendo ser transportado e depositado em lugar afastado das
obras escolhido pela fiscalização.
3.3.6 – LANÇAMENTO DA REDE
A rede deverá ser assentada a um metro do alinhamento frontal do lote, na parte interna
do mesmo ou em outra localização atendendo determinação da fiscalização.
As tubulações deverão ser executadas de acordo com as recomendações da NBR – 115
da ABNT para tubos de PVC.
Em caso de terreno rochoso, deverá ser realizado um aprofundamento de, no mínimo 15
cm na vala, para permitir a colocação de uma camada de igual espessura de areia retirada do
próprio local de escavação, e sobre o qual será assentada a canalização.
O material escavado será colocado de um só lado da vala, de modo a permitir o fácil
acesso do material e pessoal pelo outro.
As valas deverão estar isentas de água quando forem assentados os tubos.
3.3.7 – DO ASSENTAMENTO DAS CANALIZAÇÕES E PEÇAS
O fundo das valas deverá estar perfeitamente nivelado e firme, somente então poderão
ser assentadas as tubulações diretamente sobre o terreno.
Em casos onde o terreno não é firme, o mesmo deverá ser substituído por areia até
encontrar uma base firme, de forma que a vala permaneça com a mesma profundidade de 80
cm.
Antes do assentamento da tubulação, todos os tubos e peças deverão ser rigorosamente
examinados quanto a trincas, defeitos e detritos existentes. A substituição e a limpeza das peças
deverá ser feita quando for o caso.
Na operação de junção entre ponta e bolsa e outras conexões, deverão ser tomados
cuidados para não danificar as peças da rede garantindo a estanqueidade da mesma.
Deverão ser tomados cuidados especiais na montagem de equipamentos e peças da rede,
no que diz respeito às orientações dos fabricantes, como lubrificantes, colas, formas de engate,
etc. A junção, colagem e montagem das peças deverá ficar perfeita, permitindo o bom
funcionamento da rede.
A CONTRATADA fará o assentamento de toda a rede de distribuição, inclusive o
hidrômetro com sua caixa de proteção, em cada residência.
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3.3.7 – DA LIMPESA DA REDE
Inicialmente, a rede será testada com pressão d’água do sistema de distribuição,
deixando-se por aproximadamente duas horas todos os terminais abertos, permitindo desta
forma a passagem livre da água pela tubulação fazendo a limpeza da mesma.
4 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
A CONTRATADA deverá ser responsável por todas as instalações elétricas que serão
executadas a partir da caixa de medição inclusive e manter no acompanhamento das obras um
responsável técnico para todas as instalações elétricas. Os serviços deverão ser executados por
profissionais habilitados conforme normas dos fabricantes. Toda a instalação da rede elétrica
deverá seguir rigorosamente o RIC (Regulamento de Instalações Consumidoras) Baixa Tensão
da Companhia Estadual de Energia Elétrica.
4.1. – REDE
4.2. – UNIDADE CONSUMIDORA
A bomba será instalada em uma casinha de proteção em alvenaria, com porta de
veneziana em chapa metálica. Nesta casinha será instalado também o clorador ( equipamento
dosador de cloro na água de consumo).
4.3. – QUADRO DE COMANDO DA BOMBA
A bomba possui quadro de comando abrigado em uma caixa de proteção instalada no
poste que recebe a rede de energia que vem da caixa de medição. Nesta caixa ficará instalado o
quadro de comando e uma chave manual/automática (Lig/Desl). A instalação da bomba conta
com disjuntor de 40A, possui relés de sobrecarga 3UA50 e cabos multipolar, CL 2 PVC 1kv
de 3 x 4mm².
4.4. – AUTOMÁTICO DE BÓIA
A instalação da bomba possui 2 automáticos de bóia (bóia superior e bóia inferior) para
controle e segurança no recalque da água. As chaves bóia são comandadas por cabos
multipolar, CL 2, PVC 1kv de 2 x 2,5mm².
4.5. – ATERRAMENTO
O aterramento será feito com haste de aço com 3 metros de comprimento DN5/8,
eletrodutos de 20mm – ¾ e cabos tipo singelo de 10mm² - 750v.
4.6. – PROTEÇÃO DE CIRCUITO
Relés de Sobrecarga Bimetálicos: Protegem o motor contra sobrecargas, inclusive falta
de fase e rotor bloqueado. Dimensionamento: Os relés devem ser dimensionados de forma que
contenham em sua faixa de ajuste a corrente (A) que circula no trecho onde estão ligados. Para
obter-se a eficácia na proteção contra falta de fase, é necessário regular o relé para a corrente de
trabalho (corrente medida) no motor ou carga acionada. Todas as cargas estão sujeitas a
incidentes de origem elétrica e mecânica como: sobre tensão, queda de tensão, desequilíbrio ou
falta de fase, - rotor bloqueado, sobrecarga momentânea ou prolongada. Todos incidentes
provocam um aumento da corrente absorvida pelo motor e um aquecimento perigoso nos
enrolamentos. Para evitar esses acidentes é obrigatório ter uma proteção contra sobrecargas,
15
para detectar aumentos de corrente de até 10 In e interromper a partida antes que o aquecimento
isolantes.
do
motor
e
dos
condutores
provoque
a
deterioração
dos
5 – SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS
Toda e qualquer obra de execução de rede deverá ser acompanhada de serviço
topográfico pela contratada, gerando um Cadastro de Rede. O alinhamento da locação
corresponderá ao eixo da canalização. Todos os serviços topográficos de locação e nivelamento
da rede serão devidamente registrados em cadernetas para efeito de consultas e alterações que
forem necessárias no decorrer dos trabalhos. Como produto final, o cadastro deverá ser
entregue também em plantas topográficas contendo a rede efetivamente implantada com as
ligações e as respectivas referências topográficas.
5 – GARANTIA E ASSISTÊNCIA TÉCNICA
A CONTRATANTE exigirá garantia de 5 anos, a partir do início da operação do
Sistema de Abastecimento, e a assistência técnica que se fizer necessária, sem qualquer ônus
para a CONTRATANTE. Os proponentes deverão apresentar, juntamente com as propostas,
declaração de aceitação destas condições.
6 – CONTRAPARTIDAS LOCAIS
A contrapartida local será realizada através de serviços prestados pelos agricultores
beneficiários.
Como contrapartida caberá aos beneficiários o cercamento do reservatório com cerca de
arame apropriado e o plantio de espécies florestais da nossa flora dentro da área cercada. A
cerca deverá ser construída com o uso de mourões e tramas segundo as técnicas locais para este
tipo de cerca. A área cercada deverá conter uma porteira de acesso com no mínimo 3,0 metros.
Esta área cercada deverá ter no mínimo 1250 m² de área (20 metros de raio).
Esta obra deverá ser executada de acordo com o cronograma estabelecido para a
implantação da cacimba, não cabendo possibilidades de atrasos nas obras nem de omissão por
parte dos beneficiários, quer seja individual ou da coordenação. Nenhuma das tarefas de
contrapartida servirá de justificativa para atraso das obras de responsabilidade da contratada.
RESUMO DO CUSTO TOTAL DA OBRA COM %
R$
%
Custo da Obra
61.286,72
86,75%
Custo da Contrapartida Local
5.304,92
7,51%
Custo da Contrapartida da Prefeitura
4.052,78
5,74%
Total do Orçamento
70.644,42
100%
* Total da Contrapartida
9.357,70
13,25%
Candiota, 30 de Junho de 2011
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