CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CARDIOVASC SCI FORUM - Vol 5 / Number 2 - April/June - 2010 EDITORIAL COORDINATION Pascal Dohmen, Carlos Henrique Marques Santos, Alexandre Ciappina Hueb, José Carlos Dorsa V. Pontes, Danton R. Rocha Loures, Osvaldo Sampaio Netto ASSOCIATED EDITORS Alfredo I. Fiorelli, Elias Kallás, Francisco Diniz Affonso Costa, João Batista V. Carvalho, Melchior, Luiz Lima, Rafael Diniz Abrantes EDITORIAL SECRETARY: Otoni Moreira Gomes Sponsored by: FUNDAÇÃO CARDIOVASCULAR SÃO FRANCISCO DE ASSIS VERDADE É JESUS SÃO FRANCISCO DE ASSIS TRUTH IS JESUS CARDIOVASCULAR FOUNDATION FUNDACIÓN CARDIOVASCULAR SAN FRANCISCO DE ASSIS JESUS ES LA VERDAD Coordination: Elaine Maria Gomes Freitas (OAB) Events Administration: Elton Silva Gomes Scientific Coordination: Otoni M. Gomes Clinic Director: Eros Silva Gomes International Scientific Board Alberto J. Crottogini (Argentina) Borut Gersak (Slovenia) Celina Morales (Argentina) Daniel Bia (Uruguay) Calogerino Diego B. Cuzumano (Venezuela) Diego A. Borzelino (Venezuela) Domingos S. R. Souza (Sweden) Eduardo Armentano (Uruguay) Eduardo R. Migliaro (Uruguay) Michael Dashwood (England) Pascal Dohmen (Germany) Patrícia M. Laguens (Argentina) Pawan K. Singal (Canadá) Ricardo Gelpi (Argentina) Ruben P. Laguens (Argentina) Sylvain Chauvaud (França) Tofy Mussivand (Canadá) Tomas A. Salerno (EE.UU) Scientific Co-sponsorship by: International College of Cardiovascular Sciences, South American Section of the International Academy of Cardiovascular Sciences (IACS - SAS), Department of Experimental Research of the Brazilian Society of Cardiovascular Surgery (DEPEX - SBCCV), SBCCV Department of Extracorporeal Circulation and Mechanical Assisted Circulation (DECAM - SBCCV), SBCCV Department of Clinical Cardiology, Brazilian Association of Intensive Cardiology, Brazilian Academy of Cardiology for the Family, SBCEC - Brazilian Society of Extracorporeal Circulation Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CARDIOVASC SCI FORUM - Volume 5 / Número 2 - April/June - 2010 International College of Cardiovascular Research SCIENTIFIC BOARD - BRAZIL Adalberto Camim (SP) Aguinaldo Coelho Silva (MG) Alan Tonassi Paschoal (RJ) Alcino Lázaro da Silva (MG) Alexandre Ciappina Hueb (SP) Alexandre Kallás (MG) Antônio Alves Coelho (DF) Antônio A. Ramalho Motta (MG) Antônio de Pádua Jazbik (RJ) Antônio S. Martins (SP) Bruno Botelho Pinheiro (GO) Carlos Alberto M. Barrozo (RJ) Carlos Henrique M. Santos (MS) Carlos Henrique V. Andrade (MG) Cláudio Pitanga M. Silva (RJ) Cristina Kallás Hueb (MG) Danton R. Rocha Loures (PR) Domingos J. Moraes (RJ) Edmo Atique Gabriel (SP) Eduardo Augusto Victor Rocha (MG) Eduardo Keller Saadi (RS) Elmiro Santos Resende (MG) Eduardo Sérgio Bastos (RJ) Eros Silva Gomes (MG) Evandro César V. Osterne (DF) Fábio B. Jatene (SP) Francisco Diniz Affonso Costa (PR) Francisco Gregori Jr. (PR) Geraldo Martins Ramalho (RJ) Geraldo Paulino S. Filho (GO) Gilberto V. Barbosa (RS) Gladyston Luiz Lima Souto (RJ) Guaracy F. Teixeira Filho (RS) Hélio Antônio Fabri (MG) Hélio P. Magalhães (SP) Henrique Murad (RJ) Ivo A. Nesralla (RS) Jandir Ferreira Gomes Junior (MS) João Bosco Dupin (MG) João Carlos Ferreira Leal (SP) João Jackson Duarte (MS) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Dondici Filho (MG) José Ernesto Succi (SP) José Francisco Biscegli (SP) José Teles de Mendonça (SE) Juan Alberto C. Mejia (CE) Kleber Hirose (SP) Leonardo Andrade Mulinari (PR) Liberato S. Siqueira Souza (MG) Luiz Antonio Brasil (GO) Luiz Boro Puig (SP) Luis Carlos Vieira Matos (DF) Luiz Fernando Kubrusly (PR) Luiz Paulo Rangel Gomes Silva (PA) Mário Ricardo Amar (RJ) Marcelo Sávio Martins (RJ) Marcio Vinicius L. Barros (MG) Marcílio Faraj (MG) Maria José Campagnole (MG) EDICOR Ltda. “Truth is Jesus of God” the Word John 1.1; 14.6; 17.17 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Mario Coli J. de Moraes (RJ) Mario Oswaldo V. Peredo (MG) Melchior Luiz Lima (ES) Miguel Angel Maluf (SP) Neimar Gardenal (MS) Noedir A. G. Stolf (SP) Osvaldo Sampaio Netto (DF) Pablo Maria A. Pomerantzeff (SP) Paulo Antônio M. Motta (DF) Paulo de Lara Lavítola (SP) Paulo Rodrigues da Silva (RJ) Pedro Rocha Paniagua (DF) Rafael Haddad (GO) Rodrigo Mussi Milani (PR) Ronald Sousa Peixoto (RJ) Rika Kakuda Costa (SE) Roberto Hugo Costa Lins (RJ) Ronaldo D. Fontes (SP) Ronaldo M. Bueno (SP) Rubio Bombonato (SC) Rui Manuel S. A. Almeida (PR) Sérgio Luis da Silva (RJ) Sérgio Nunes Pereira (RS) Sinara Silva Cotrim (MG) Tânia Maria A. Rodrigues (SE) Victor Murad (ES) Walter José Gomes (SP) Walter Labanca Arantes (RJ) Wanewman Lins G. Andrade (BA) Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM ISSN 1809-3744 (Publicação Online) ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa) EDITORIAL SECRETARY Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis Verdade é Jesus R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica, Belo Horizonte / MG - Brazil CEP: 31.525-160 - Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004 e-mail: [email protected] Site: www.servcor.com DATA PROCESSING CENTER Coordination: Elton Silva Gomes Cover: Daniel Tavernaro Tiping: Maristela de Cássia Santos Xavier Lay-out: Elton S. Gomes Editoration: Daniel Tavernaro Webmaster: André Luís da Silva Gomes ADVERTISING Advertising inquiries should be addressed to ServCor - Division of Events, R. José do Patrocínio, 522 - Santa Mônica Belo Horizonte / MG - Brazil - CEP: 31.525-160 Tel./ Fax: (55) 31 3439.3004 [email protected] Copyrights: EDICOR Ltda. “Truth is Jesus the Word of God” John 1.1; 14.6; 17.17 Home Page: www.servcor.com Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): CARDIOVASC SCI FORUM - April/June - 2010; 5 (2): 1 - 63 ISSN 1809-3744 (Publicação Online) ISSN 1809-3736 (Publicação Impressa) CONTENTS EDITORIAL Avanços e Desafios na Proteção Miocárdica para Transplantes Cardíacos Advances and Challenges in Myocardium Protection for Heart Transplantation Melchior Luiz Lima 08 UPDATING ARTICLES /ARTIGOS DE ATUALIZAÇÃO Epidemiology and Current Challenges Regarding Rheumatic Fever in Brazil and Worldwide (English) Moisés Ezequiel Chissonde 10 UPDATING ARTICLES /ARTIGOS DE ATUALIZAÇÃO Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins (English) 24 Rodrigo L. A. Salles, Rafaela E. Linhares, Otoni M. Gomes UPDATING ARTICLES /ARTIGOS DE ATUALIZAÇÃO Effects of the aerobic exercise in the vascular reactivity in patients with heart failure with preserved ejection fraction (Português) Eduardo Lima Garcia, Márcio Garcia Menezes, Luiz Claudio Dazmann, Ilmar Köhler, Solange Bordignon, Marco Antonio Rodrigues Torres. 31 UPDATING ARTICLES/ARTIGOS DE ATUALIZAÇÃO Malnutrition, Inflamation and Cardiac surgery (English) Alessandro Gonçalves Altoé, Otoni Moreira Gomes, Álvaro Armando Carvalho de Moraes, Marcellus Gasola Grilo, Luis Daniel da Fraga Torres, Odilon Silva Henrique Junior, Bárbara Petronetto Fafá, Thiago Caetano Valadão Azeredo 39 UPDATING ARTICLES /ARTIGOS DE ATUALIZAÇÃO Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes. (Español) Glicerio Ceballos Puentes 52 UPCOMING EVENTS 58 INSTRUCTIONS TO AUTHORS 62 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 8-9 EDITORIAL Avanços e Desafios na Proteção Miocárdica para Transplantes Cardíacos Advances and Challenges in Myocardium Protection for Heart Transplantation Melchior Luiz Lima A disfunção ventricular seguida de parada cardíaca anóxica é uma das principais causas de morte durante e após a cirurgia cardíaca. Deve-se, em grande parte, às alterações celulares após período de isquemia seguido da reperfusão. Representa um grande desafio pelo desconhecimento de grande parte dos mecanismos intrínsecos envolvidos. A etiologia da disfunção pós-isquêmica do miocárdio após cirurgia cardíaca é multifatorial, podendo determinar lesões reversíveis e irreversíveis. As lesões reversíveis caracterizam funcionalmente o atordoamento do miocárdio e as irreversíveis a morte celular, envolvendo o mecanismo de apoptose responsável pela seqüência degenerativa induzida pela anóxia tecidual. O atordoamento é uma lesão que pode durar algumas horas ou persistir por vários dias, apesar da restauração do fluxo normal de sangue. Após isquemia mais prolongada, o coração começa a sofrer lesão sob a forma de infarto com destruição das membranas, edema celular, degradação do DNA, citólise e resposta inflamatória. Tais fenômenos ocorrem porque a interrupção ou diminuição do fluxo sangüíneo ao miocárdio implica na limitação da oferta de oxigênio e substratos metabólicos aos cardiomiócitos, provocando alterações funcionais, estruturais e metabólicas no músculo cardíaco. O metabolismo aeróbico passa para anaeróbico com acúmulo de íons e metabólitos intracelulares. A interrupção do fluxo sangüíneo resulta na rápida depleção das reservas celulares de adenosina trifosfato (ATP) e creatinafosfato (fosfatos de alta energia). Como conseqüência, a função contrátil e as bombas iônicas ATP dependentes (cálcio ATPase do retículo sarcoplasmático, do sarcolema e bomba de Na+/ K+) ficam deprimidas. O acúmulo dos íons Ca++ e Na+ no citosol, com concomitante perda do íon K+ intracelular, afeta o potencial de membrana e o gradiente iônico transmembrana. Essas alterações levam a um acúmulo de subprodutos e metabólitos, à acidose celular, ao aumento da carga osmótica, à formação de espécies reativas de oxigênio e, finalmente, à ativação de enzimas sensíveis ao Ca++. A partir desse momento as alterações morfológicas começam a ocorrer. As proteases ativadas, sobretudo pelo súbito aumento da concentração de Ca++ e espécies reativas de oxigênio, começam a degradar as proteínas miofibrilares do citoesqueleto celular enquanto as lipases afetam as membranas, provocando sua ruptura e, em conseqüência, a morte celular. Seria esperada a recuperação da produção de energia por parte dos cardiomiócitos que não sofreram apoptose durante o período isquêmico após o reinício da perfusão. Contudo, a reperfusão gera um efeito deletério ainda maior sobre a célula cardíaca. O retorno do oxigênio e nutrientes faz com que Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis - Verdade é Jesus, Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado em Cirurgia Cardiovascular MSc Postgraduation Cardiovascular Surgery Fellow São Francisco de Assis Truth is Jesus Cardiovascular Foundation, Cardiovascular Surgeon CIAS Hospital Unimed-ES. Endereço para correspondência: Melchior Luiz Lima - Rua Alfeu Alves Pereira, 60 - Enseada do Suá - 29050-160 - Vitória - ES, Brasil - CEP: E-mail: [email protected] / [email protected] CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 8-9 o Ca++ citosólico, já em níveis elevados no período isquêmico, aumente mais ainda durante o início da reperfusão em virtude da entrada adicional desse íon na célula pelos canais de Ca++ voltagem-dependentes. Esses canais estão localizados no sarcolema e são regulados pela enzima translocadora Na+/Ca++ e também pela liberação do Ca++ pelo retículo sarcoplasmático. Assim, com a perda do rigoroso controle sobre a coordenação dos mecanismos intracelulares, ocorrem as arritmias de reperfusão, cujo mecanismo está relacionado com as oscilações transitórias do Ca++ citosólico e superestimulação do ciclo do ácido tricarboxílico. Finalmente, em decorrência de lesões mitocondriais importantes, com sobrecarga de Ca++ e bloqueio respiratório celular vai ocorrer a geração de espécies reativas de oxigênio. Portanto, durante a isquemia e reperfusão, os cardiomiócitos são expostos a uma seqüência de eventos deletérios e adaptativos com dois componentes principais: durante a isquemia (lesão de isquemia) e durante a reperfusão (lesão de reperfusão). Dados experimentais indicam que o dano causado pela reperfusão é proporcional ao grau do dano causado pela isquemia. Sendo assim, os protocolos de tratamento que visam aliviar o componente isquêmico da lesão (adenosina, bloqueadores dos canais de Ca++, agonistas dos canais de K-ATP dependentes) irão indiretamente reduzir o inevitável dano causado pelo componente da reperfusão. Além disso, diferentes áreas do miocárdio podem ser mais ou menos intensamente atingidas, dependendo da duração e do grau de restrição do suprimento sangüíneo. Assim, os cardiomiócitos podem apresentar diferentes estados de danos reversíveis e irreversíveis. A proteção miocárdica cumpre objetivo de atenuar ou minimizar os efeitos deletérios resultantes da isquemia e reperfusão, tornando o miocárdio mais resistente à parada cardíaca anóxica. Tem sofrido diferentes modificações ao longo dos anos na tentativa de se encontrar o método ideal. Os avanços alcançados têm permitido que as intervenções beneficiem doentes com enfermidades cardíacas mais graves e complexas, com bons resultados. Contudo, a maior preocupação atual dos cirurgiões é quanto à preservação de órgãos por longos períodos de tempo de isquemia como ocorre nas cirurgias cardíacas complexas e nos transplantes de coração. Devido ao fato de a maior parte dos órgãos transplantados serem de doadores falecidos, o órgão deve ser estocado após sua remoção do doador até ele ser transplantado no receptor. Frequentemente, doador e receptor estão em locais diferentes, e é necessário tempo para transportar o órgão. Métodos eficientes, seguros e confiáveis são necessários para conservar o órgão ex vivo até o transplante ser realizado. Uma única infusão de uma solução de preservação miocárdica seguida de estocagem hipotérmica de 4-10 ºC é o método de preservação preferido na maior parte dos centros de transplante. De acordo com a composição iônica, as soluções de preservação disponíveis no mercado são classificadas em: 1) intracelulares (exemplos: Wisconsin, Euro-Collins, Bretschneider-HTK e Soluções de Stanford). Compostas por concentrações moderadas a elevadas de potássio e baixas concentrações de sódio, significativamente reduzem o edema celular induzido pela hipotermia, simulando o meio intracelular; 2) extracelulares (exemplos: Hopkins, Celsior®, Krebs-Henseleit e St. Thomas II), Compostas por concentrações baixas a moderadas de potássio e concentrações mais altas de sódio, pela vantagem admitida de que a utilização de soluções hipopotassêmicas diminui dano celular. Comparações de diferentes soluções no resultado do transplante cardíaco mostram resultados variados. Do ponto de vista histórico e técnico, avanços notáveis já foram alcançados. Porem, a busca de aprimoramentos deve ser constante. As atuais evidências científicas têm mostrado superioridade das novas soluções de preservação, provendo melhor proteção miocárdica para transplantes cardíacos. CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 UPDATING ARTICLES Epidemiology and Current Challenges Regarding Rheumatic Fever in Brazil and worldwide Realidade Epidemiológica e Desafios Contemporâneos da Febre Reumática no Brasil e no Mundo Moisés Ezequiel Chissonde Abstract Rheumatic Fever remains being a great problem of public health, especially in undeveloped countries, with few economic resources and under difficult sanitary conditions. In Brazil Rheumatic Fever is the main reason for hospitalizations due to cardiovascular diseases among individuals below 40 years old. The clinical manifestations, the EcoCardiogram, laboratory and immune exams lead to diagnosis. Eradication of the causal agent is made with Benzil-penicillin. Poliarthritis is treated with Non-Steroidal Analgesics and Anti- Inflammatory drugs. Carditis is treated with prednisone and Chorea with Haloperidol or Valproate. Methods: This article is a result of bibliographical revision. It describes current aspects on epidemiology of rheumatic fever, with main emphasis on incidence and prevalence of the illness in all continents in general and Brazil in particular, as well as its social and economic impact. Based on epidemiological collected data and experiences from different countries, this article brings conclusions, recommendations and insights toward the definition of strategical actions and solutions to struggle against rheumatic fever. Key-Words: Rheumatic fever, cardiac rheumatic disease, epidemiology. Institution:Department of Cardiovascular Surgery, Medical University Berlin, Charité Hospital, Berlin, Germany Correspondence: Torsten Christ - Medical University Berlin, Charité Hospital Department of Cardiovascular Surgery / Charitéplatz 1 10117 Berlin-Germany Phone: +4930450522092 / Fax: +4930450522921 /E-mail: [email protected] 10 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2):10-23 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves Description Rheumatic Fever is a bacterial, inflammatory, non-suppurative and autoimmune disease of the connective tissue. It results from delayed complications of the streptococcal pharyngotonsillitis. The causal agent is Lancefield’s Beta-Hemolitic Group A Streptococcus, or streptococcus pyogenes. Between 1 and 4 weeks after infection the patient presents inflammation and pain on joins (poliarthritis), carditis, eurological manifestations (chorea) and dermatological lesions (Erythema marginatum and subcutaneous nodules). In absence of treatment patients with carditis develop permanent injury of valves, heart failure due to stroke and atrial fibrilation [1,2]. Epidemiology Rheumatic affects mainly children and adolescents between 5 and 15 years old (peak of incidence at 12 years old), with genetic predisposition in and under socioeconomic and sanitary difficult conditions. The results of some studies suggest that the girls are more affected than boys, the reason is unknown. It is the main cause of acquired cardiac disease among children and young adults. The incidence is 10/100.000 children/year. The prevalence of the rheumatic carditis among scholar children in developed countries, is 0,6/1000. In developing countries is above 7/1000. In Brazil, the prevalence is 3-5/1000 [2,3]. Its estimated that 2.5% to 4% of children with pharyngitis, develop rheumatic fever. According to IBGE (Brazilian Institute of Geo-statistics), in Brazil are registered 10 million cases of bacterial tonsillitis per year. 30 thousand of them develop rheumatic Fever and half of them (15 thousand) may have heart lesions [1]. Pathogenesis Transmission and clinic signals occur as result of genetic factors (susceptibility of the patient) and immunologic factors [4]. There are 3 immunologic phenomena: Direct action of the bacteria in the tissues; action of the bacterium toxins in affected tissues (mainly streptolysin); and autoimmune/hipersensibility reactions. Due to molecular mimicry (antigenic similarity) of streptococcal proteins with some human tissues, the antibodies produced against bacterium have crossed reaction against structures/of the patient (sinovia, joints cartilage, myocardium, cardiac valves, neurons of the caudate and subtalamic nucleus). Once affected these structures, appears the clinical manifestations of the rheumatic fever. The most common are arthritis, the carditis, the valve disease and chorea. It’s common also to find residual injuries in heart as calcification and fibrosis [5]. There is a particularity in Australian aboriginal people. Among them, the causal agent of rheumatic fever is a pyodermic streptococci strain which causes skin infection. In children of this ethnic group, Rheumatic Fever is not preceded by pharyngitis, but by pyoderma. Infections from Coxsackie virus B is also able to provoke valve injuries [5,6]. Clinical Manifestations [1,7,8] Arthritis. Occurs in 75% of patients and it is characterized by mono-arthritis of great joints (knees, ankles, fists and elbows), painful (it can generate pseudo-paralysis). The arthritis is migratory, non-symmetric and persists for 1 or 2 days in each joint. It is important to differentiate the arthritis (major criteria) to arthralgia (minor criteria). Arthralgia is a simple joints pain, while arthritis is the presence of edema in the joint or, in the lack of this, when to pain is associated limitation of movements. Rheumatic Carditis. Uses to be a pancarditis (endocarditis, myocarditis and pericarditis). It occurs in 40 to 70% of the patients. It can have mild presentation or involve definitive cardiac sequelae. It is the main factor of burden and mortality. Carditis is manifested by tachycardia, finding of a new cardiac murmur, cardiac failure, arrhythmia and pericardium 11 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves rubbing. Endocarditis uses to affect the valvular tissue, mainly, mitral valve, followed by aortic valve and rarely pulmonary and tricuspid. The cohabitation of mitral and aortic regurgitation in a previously healthy patient is highly suggestive of rheumatic fever. Miocarditis culminates with the rupture of chordae tendinae, resulting in cardiomegaly, heart failure and pulmonary congestion. Occasionally it is possible to find pericarditis and pericardium stroke. Sydenham Chorea. Occurs between 1 and 12 months after the streptococcal infection and Affects 5%-36% of patients. It consists on generalized, uncoordinated, involuntary and abrupt movements, which affects face, lips, eyelids and tongue. Usually the mother or the patient relates slips when walking, dysarthria, easy falls, drop of objects (plates, cups, books), has difficulties of writing and has emotional lability. Symptoms are precipitated by stress situations and reduced by rest or sleep. It affects mainly adolescent girls. The outbreak of uses to endure 2 to 3 months or go until 1 year or more. Erythema Marginatum and subcutaneous nodules. These symptoms are rare, but very specific to rheumatic fever. Erythema is an evanescent, macular, nonpruritic rash with pale centers and rounded or serpiginous margins. Lesions vary greatly in size and occur mainly on the trunk and proximal extremities, not on the face. It is more common in patients with chronic carditis. Subcutaneous nodules are firm, painless, freely movable nodules, usually located over extensor surfaces of the joints and tendons. Complications The main long-term complication is the valvular disease. A research realized in Yemen from 1997 to 1998 analyzed 5000 children from 5 to 18 year old and found these valvular lesions: pure mitral regurgitation (44%), combined aortic and mitral valve disease (27%) and mitral stenosis with regurgitation (17%) as illustrated in Figure 1 [9]. Each one of this kind of lesions is a specific clinical entity. The Fig. 1 - Common valvular lesions in rheumatic heart disease. AVD = aortic valve disease,AVR = aortic valve replacement, CHD = congenital heart disease, MR = mitral regurgitation, MS = mitral stenosis, M VD = mitral valve disease. Source: Al- Munibari AN et al.(Adapted) approach of the patient depends on the dominant lesion. Clinical and echo-cardiographic findings determine the stage, classification and risk stratification. These data lead to the definition of the therapeutic approach which may include or not per-cutaneous or surgical intervention. Diagnosis The diagnosis of rheumatic fever is clinical and is based on modified Jones’ criteria (American Heart Association) [10] as shown in Table 1. The diagnosis is made by evidence of previous infection by group A streptococcus Table 1: Modified Jones criteria for the diagnosis of RF 12 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves (Elevation ASL or rapid test BHGAS) + 2 major criteria or 1 major criteria + 2 minor. Laboratory tests. Although they are nonspecific, they confirm the diagnosis of inflammation and streptococcal infection and allow control of the evolution and assessment of therapeutic response. The erythrocyte sedimentation rate (ESR) and C-reactive protein (CRP) are the most commonly used tests in the diagnosis. A recent streptococcal infection is established with a single dosage of ASLO when their levels are above 500 IU/ml or when there is a double or higher increase in the second dosage. Differential Diagnosis The differential diagnosis of rheumatic fever with other disease is described in Table 2. Treatment Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2):10-23 Table 3: Primary and secondary prophylaxis of rheumatic fever Table 4: Symptomatic treatment of clinical findings of rheumatic fever Some authors suggest the nomenclature of tertiary prophylaxis which consists on surgical or per- cutaneous intervention toward the treatment of cardiac sequelae and preservation of patient life [11]. According to the Brazilian Guidelines [1], treatment should involve 3 phases: General Measures, Eradication of streptococci, and Treatment of symptoms. General measures which include hospitalization, rest and control of fever with paracetamol. The rest is required and should last 2 weeks in mild carditis and 4 weeks in moderate to severe. Eradication of streptococci is the primary prophylaxis (eradication) and prophylaxis (prevention of recurrence and reduction of cardiac sequelae). The approach is summarized in Table 3 and 4. Prognosis If not treated, the episode endures 2 or 3 weeks. The us of penicillin reduces the clinical manifestations, Figure 2. Arthritis has a good response to non-steroidal anti-inflammatory, with remission of symptoms in 48 or 72 hours, and does not leaves sequelae. Around 5% of patients have prolonged Chorea for more than 6 months. Carditis is the only problem which leaves permanent Table 2: Differential diagnosis of rheumatic fever sequelae and is determinant for the prognosis. Death occurs due to acute cardiogenic shock and/oracute pulmonary edema as consequence of severe myocarditis [2]. Follow-Up. Patients without carditis should be followed during 2 to 3 weeks. If carditis is present, it is essential a long time follow-up by a cardiologist. The presence of murmur or heart failure suggestive of valvular or myocardial lesion or 13 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves endocarditis. It is crucial to do secondary prophylaxis and prophylaxis against endocarditis [12]. EPIDEMIOLOGY IN THE WORLD Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 Rheumatic heart disease causes functional and psychosocial limitations, resulting in decline of productivity, reduction on life quality and temporary or permanent absence in school or professional activities [14]. All these factors involve high costs for health programs and have a significant economic impact on the lives of patients and their families. A Brazilian study showed that 22% of patients with rheumatic fever had high rate of repetition in school, and 5% of patients parents lost their jobs as result of their absences [15]. EPIDEMIOLOGICAL CHANGES IN THE 20th AND 21st CENTURY With the introduction of antibiotics on the approach of infections, during the 2nd World War (1939-1945), there was a rapid reduction in the incidence (new cases) of rheumatic fever, especially in developed countries: From 77/100.00 in the 1930s declined to 30/100.00 in the 1970s and 10/100.000 in the 1980s. In United States the incidence today is less than 1 case/100.000 inhabitant [16]. In developing countries the rate of incidence is 20.3/100.000. The highest rates are among Pacific indigenous peoples of Australia and New Zealand, with 374 new cases/100.000 inhab, followed by Asia with 37.6 new cases/100.000 inhab [3]. Among children with 5-14 years old, the prevalence of rheumatic heart disease in the world today is 1.3/1.000. In the developed countries this rate is 0.3 / 1000. In developing countries still remains above 2/1000 [3] and in these countries, rheumatic Table 5: Burden and mortality of rheumatic disease in children 5-14 years old disease is responsible for 12% to 65% of hospital admissions related to cardiovascular diseases among youth and adolescents. The overview of prevalence in the world is illustrated The third world countries have 79% of all rheumatic fever world patients. Asia, Africa, Latin America and Mediterranean are the most affected regions, with up to 1% of school-age children affected. SOCIALIMPACT. Rheumatic Fever affects 18 million people. Only the Rheumatic Carditis is present in 15 million people, as shown in Table 5 [3]. There are 470.000 new cases of rheumatic fever every Year [3]. Approximately 3 million patients affected by rheumatic fever develop valve lesions and congestive heart failure. These, require repeated hospital admissions and long medical treatment with drugs that are difficult to manage (anticoagulants, for example). Many cases require cardiac surgery or interventionist procedure within next 5 -10 years. About 30% die within 12 -20 years. Rheumatic disease leads to premature death. A study in India found that age of death is around 24,4 years old [13]. 14 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves in Figure 3. In the 90s the U.S. had a prevalence of 0.6/1.000, Japan 0.7/1.000, Asia 0,4-21/1.000, Fig. 3 - Worldwide prevalence of Rheumatic cardiac disease, 5-14 years old Source: Lancet Infectious diseases 2005 Africa 0,3-15/1.000 and South America 117/100.000 [7]. Currently U.S. and developed countries have a prevalence of 0.3/1.000, Asia 0,2-21/1.000 Africa 1,8-5,7/1.000 and South America 2 - 4.1/100.000. The highest rates are registered in sub-Saharan Africa (5.7/1.000), among Indigenous people in Pacific, Australia and New Zealand (3.5/1.000) and Central Asia and Caucasus (2.2/1.000) [3]. MORTALITY. Rheumatic heart disease complications result on 349.000 deaths per year. Rheumatic Fever is also responsible for 65% of endocarditis cases, a serious clinical entity with mortality rate of 25% [2,3]. In 2002, China, India, Pakistan, Indonesia and Bangladesh had the highest rates of annual mortality in the world due to rheumatic disease, with beyond 10 thousand deaths each one [17]. Researches in 2004 [2,3] have concluded that in the lack of antibiotic prophylaxis, 1- 2% of patients with rheumatic disease died per year. When prophylaxis was used, the rates varied from 0 - 0.6%/deaths/year. REGIONAL AND NATIONAL PECULIARITIES NORTH AMERICA AND CANADA Since the 1980, there was noted a progressive increase in the number of cases of Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2):10-23 rheumatic fever, especially in North America and Europe, probably due to the emergence of a resistant serotype of Streptococcus [18-20]. A research in San Diego EUA identified an outbreak which affected school age children, but also with significant expression among adults. Differently to the default behavior of the disease, in these outbreaks in the USA, most patients were white and economically stable [18]. A study held from 1996 to 2007 in Canada [21] found the disease in remote areas, among Aboriginal communities. The survey registered the incidence of 8.33/100.000 inhab., a rate higher than the actually observed among North America countries (During 2009 the incidence was 0.1- 2/100.000 and prevalence 0.3/1.000 inhabitants). Another Canadian study found different incidences for each specific group [22]:0,17 hospitalized patients/100.000, 0.4/100.000 among 5-19 years old, 0.6/100.000 among indigents and 2/100.000 among Indian descendents. Following records of 134 patients below 18 years hospitalized and diagnosed with rheumatic fever, since 1979 to 2005 a research concluded that carditis is the most common clinical manifestation (73% of patients), followed by Chore (49%). Chorea was the most common clinical finding among Canadian native patients (frequency of 69%). Carditis was the most common finding among patients with Aboriginal origin and other ethnic groups (31%) [23]. These rates and variant behaviors of the disease reinforce the influence of genetic and socioeconomic factors on clinical and epidemiological profile of rheumatic fever. AFRICA Rheumatic disease is the most important acquired cardiovascular disease among children and adolescents in Africa. According to WHO report in 2004, during 2003 sub-Saharan Africa registered 1.008.207 cases of rheumatic heart disease among children 15 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves 5 -14 years old. It was the highest rate of the world. Recent studies [3] suggest an incidence of 13,4/100.000 and prevalence of 5.7 per 1000 inhabitants. The incidence is the 4th largest, after the Oceania, Asia and Latin America. In terms of prevalence it is in first place, followed by Oceania. Africa is marked by a lack of epidemiological data and few statistics updates. However, some studies of African researchers or about Africa bring interesting insights on management of rheumatic heart disease, as related below. SOUTH AFRICA. A retrospective study [24] concluded that rheumatic heart disease is the most important co-morbidity during pregnancy, due to the high rate of African teenage pregnancy. It is very common in Africa mitral stenosis (complication of rheumatic fever) be discovered at first time during pregnancy, due to physiological changes and high hemodynamic demands in the pregnant. In the absence of appropriate management, the combination of rheumatic valve disease with pregnancy may be fatal. Pregnant women with mechanical valve problems need special care to ensure the survival of the mother and fetus. Warfarin is teratogenic. The surgical or interventionist approach exposes the fetus to anesthesia, radiation (in the case of percutaneous balloon valvuloplasty) and several hemodynamic risks (in the case of surgical commissurotomy, which may require extracorporeal circulation). In another study that took place in Soweto, South Africa, from 2006 to 2007, was found an incidence of 23.5/100000 inhab/year, with a predominance of black girls. The study recommends the need for rheumatic fever become a notifiable disease, to enable secondary prevention measures, based on registered statistical data [25]. SUDAN. Sudan has lived an interesting experience in the course of a project of preventive education in schools of Khartoum. The project included training of teachers and the inclusion of the disease in the school curriculum. As result 16 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 was, in 10 years (1986 to 1996) the prevalence declined from 12/1000 to 3/1000 inhab. Project results were presented by Dr. Nawal Ahmed Kordofan (National Heart Center, Khartoum, Sudan) in the World Congress of Cardiology in 2006 in Barcelona, Spain. NIGERIA. A Nigerian study followed 174 patients with cardiovascular disease and observed that in 68% of the cases the heart disease was acquired and in 32% congenital. Among those, 144 required surgery or interventionist procedure, most of them outside of the country [26]. The study calls attention to the problem of disproportionate concentration of skilled professional in urban areas, leaving remote areas without specialists to deal with the challenges of rheumatic disease. MOZAMBIQUE. A randomized study in Mozambique realized that on the process of screening of, use of echo-cardiography increases the detection and prevalence rates of rheumatic disease. By clinical evaluation the prevalence was 2.3/1.000, while by of echo-cardiography evaluation the prevalence rose to 21.5/1.000, an increase of almost 10 times [27]. AFRICAN CHALLENGES. The studies are unanimous in recommending that African governments may do the effort to improve health and socioeconomic conditions of their countries, towards a preventative approach. The primary and secondary prevention of rheumatic fever is among the priorities of the World Health Organization (WHO), World Heart Federation and the Pan African Federation of Cardiology, as described in the 2005 Report of the African Regional Committee [28]. OCEANIA The Oceania (Australia, New Zealand and Pacific Islands) has the highest incidence of rheumatic fever in the world (374/100.000) and the second highest prevalence (3.5/1000), after sub-Saharan Africa. However, its researchers have made significant scientific contributions on the subject. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves A study conducted by Carapetis et al. [28] concluded that the major cause of rheumatic fever in this context is a pyodermic serotype of streptococcus with rheumatogenic effects. So it clear now that is not only pharyngitis that causes rheumatic fever. Another finding of this study was the prevalence of rheumatic disease higher among adults above 34 years (10 to 20/1000 inhab) than among children 5 - 15 years (4.6/1.000). This fact reveals the complexity of the disease and the need for a differentiated approach in this population. The studies led to the adoption of programs and strategies in a partnership between Aboriginal peoples, non-indigenous health professionals, governmental and non governamentais [29]. In New Zealand, two parallel studies found the same result: The incidence of the whole country had a great reduction (3.4/100.000 in 2005). However, among Aboriginal people incidence continues growing, reaching 54/100.000 [30,31]. This reinforces the need for specific approaches in that context. PACIFIC ISLANDS. The countries of the region spend 4 - 12% of their health budgets to cover costs of valve surgery and treatment of rheumatic fever sequelae. In 2005, the World Heart Federation has established the Program for Control of Rheumatic Heart Disease in the Pacific Islands, which have been reaching good results in Fiji and Samoa. The program focuses on secondary prevention by reducing the recurrence of rheumatic fever and preventing progression to stages of valvular lesions. MIDDLE EAST Middle East has an incidence of 13.4/100.000 (like Africa), the 3rd largest in the world, following Asia and Oceania. The prevalence is 1.8/1.000, also the 3rd of the World [3]. EGYPT. A cross-sectional study found that after the primary prophylaxis the recurrence of rheumatic fever occurred in 37.3% of patients. The study suggests the need for a more effective Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 strategy on primary and secondary prophylaxis toward a most efficient control of the disease [32]. A research held in Oman schools [33] concluded that the statistics of rheumatic fever in the country are very close to those of industrialized countries and do not justify the existence of a national prevention and control of rheumatic fever. The treatment and control should be included in the primary health care system. ASIA A 5 year study [34] concluded that the disease is a serious public health problem in countries such as China, Indonesia, Lao, Mongolia, Philippines, Tonga and Vietnam. Excepting India and Bangladesh, most of the countries do not have standardized measures for the control of rheumatic fever. The study acknowledged the important contributions of research conducted in Taiwan (on rheumatic fever and pregnant women) and Cambodia (on the role of echo-cardiography on accurate diagnosis of mild rheumatic fever). It finishes recommending WHO and health authorities to urgently implement programs to control the disease in different countries. PAKISTAN. A study in rural areas in Pakistan recognized prevalence of 5.7/1.000 (considered high), and noted that the prevalence has not decreased over the last 3 decades. All people with rheumatic heart disease, even those with known diagnosis, are not under secondary prophylaxis [35]. A research in INDIA followed 3760 children in 11 cities and found a prevalence of 4/1000, predominantly among female [36]. CHINA. A study among 46,595 students in CHINA found: An incidence of 12.87/100.000 and prevalence of 11/1.000. The peak incidence is during the autumn and winter [37]. EUROPE 17 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves The European epidemiological reality is similar the U.S. and other industrialized countries. A research conducted in FRANCE since 1995 1997 in 284 hospitals and pediatric clinics, found that the incidence of rheumatic fever had risen from 0.08/100.000 to 0.15/100.000 during 1997 [38]. SERBIA is a country that has experienced a reemergence of RF in Europe. A study from 1991 to 1999 recorded 166 cases of rheumatic fever [39]. A study in GREECE registered 76 cases of rheumatic fever in 18 years. Affected children were predominantly from middle class, with easy access to medical care [40]. In ENGLAND since 2002 to 2003 were registered 27 cases of rheumatic fever. 74% were women and the mean age was 32 years old. 67% of cases with cardiac involvement were also women [41]. A TURKEY study during 3 years has identified 129 cases of rheumatic fever, 118 acute and 11 recurrent. Among the clinical manifestations, carditis was predominant. In terms of valvular sequelae mitral regurgitation was the most common (97%). The study concluded that the recurrence rate of 8.5% indicates that rheumatic fever is still a major problem in Turkey and calls for the need of effective secondary prevention programs [42]. CENTRAL AMERICA AND THE CARIBBEAN It is a region with varying standards. In Cuba and Barbados, the epidemiological data are similar to developed countries. In other countries, however, the reality is typical of underdeveloped countries. The regional incidence is 26/100.000 and the prevalence of 1.1/1.000. In 1971 COSTA RICA has implemented a program of primary prevention as part of a WHO pilot program. Until 1991 there was noted a reduction on the incidence from 90/100.000 to 1/100.000. In 1990 there was not registered any death from acute rheumatic fever. There was also a great reduction in the severity of cases and need to surgery [43]. 18 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 MARTINIQUE AND GUADELOUPE. In 10 years of implementation of a control program in these islands, led to a great reduction on disease incidence (78% in Martinique and 74% in Guadeloupe). Costs for the treatment of rheumatic fever and its sequelae reduced by 90% [44]. GRENADA. The combination of epidemiological studies, use of media and information network inner medical class associations, conducted to a quickly decrease on incidence of rheumatic fever as shown in Figure 4 [45]. In CUBA rheumatic fever is a notifiable disease. As a result of control programs in Havana, during a single year (1971 to 1972) the prevalence of rheumatic fever decreased from 2.1/1.000 to 1.1/1.000 [46]. In Pinar del Rio a control program resulted on 92% of reduction on incidence (from 34.3 to 2.7/100.000) and 93% in prevalence (from 2.9 to 0.2/1.000). In 10 years there has been no death due to acute rheumatic fever. Costs with treatment of acute rheumatic fever and chronic disease reduced from $264.000 to $26,000. Pillars of the Cuban program are: training of doctors, education of families and commitment to secondary prophylaxis[47]. LATIN AMERICA AND BRAZIL The prevalence of rheumatic fever in Latin America is 2.8/1.000. Bolivia and Brazil have the CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves highest rates with 5.7 and 3.6/1.000 respectively [3]. In the region, the disease is responsible for 7% of hospitalizations among children and 3% among all ages. In Chile and Venezuela the disease is notifiable and in Brazil is part of the health primary care program [48]. Due to the scarcity on bibliographic and statistic data in Latin America, this article focuses on Brazilian r studies and its reality. BRAZIL The prevalence of rheumatic heart disease in the country is 1-7/1.000, around 10 times higher than in developed countries. In all the regions of the country the incidence is falling, as shown by reducing of the hospital admissions number by disease [1]. According to the Government Health System (SUS) data, the mortality rate among patients in public hospitals was 6.8% in 2005 and 7.5% in 2007 [49]. ECONOMIC AND SOCIAL IMPACT. In Brazil, the management of rheumatic fever and its complications has an annual social cost over 51 million dollars. This was a conclusion of a research [15] which observed 100 patients under 18 years old during 12 months. In this this period, the total cost was U$ 319/patient/year in the SUS and U$ 684,351/patient/year in the private hospitals system. Direct and indirect expenses consumed 1.3% of annual family incomes. The loss of working days for parents of patients was 22.9% (total of 901 days), due to repeated visits, hospitalizations and surgeries. About 5% of parents lost their jobs. Sick children showed poor academic performance (repetition rate of 22%). Surgeries and Interventionist procedures had expended of 94 million of Brazilian Reals in 2005 and 100 million in 2007 [1]. In Brazil, are made about 11 thousand surgeries of prosthetic valvular implantation’s/ year. In 2004 30% of cardiac surgeries performed in Brazil were due to rheumatic heart disease [50]. Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 PREVENTION VERSUS TREATMENT. Valvular surgeries are very expensive overnment pays about R$ 7.000,00/surgery) and uses to have have serious complications. In the other side, the cost of primary prophylaxis R$ 1.50 for a single dose (Benzathine penicillin) and secondary prophylaxis costs R$26.00/year/patient. According to a recent study that involved 6 Brazilian states, the rate of recurrence of rheumatic fever after treatment is 21.5% [51]. ACTIONS IN BRAZIL. One of the most important achievements was the creation of the Brazilian Program for Rheumatic Fever Prevention (PREFERE) in 2003. I is a partnership between the Ministry of Health, Laranjeiras National Institute of Cardiology (INCL) and Pediatric Society of Rio de Janeiro (SOPERJ). It aims to reach the school community (students, teachers, parents and workers) with information about the disease, through brochures, posters and folders. Seeks to encourage early diagnosis of rheumatic fever among school children and referral of suspected cases to health professionals for traeatement [49]. ACTIONS IN THE WORLD In 1954 the WHO held the first meeting for discussion on rheumatic fever and since there has launched efforts around the world to reduce burden and mortality of this disease. In 1972 created a program of secondary prevention in seven countries of Africa, Asia and America. In 1999, the World Health Organization has defined the prevention of rheumatic fever as priority [43]. In 1966 WHO began to establish reference and research centers and laboratories for bacteriological and sorological diagnosis of streptococcal infections in countries such as China, Philippines and Vietnam. Until today these centers support rheumatic fever control programs [50-52]. In last decades, prevention programs have been adopted in several countries around the world resulting in the decline of the incidence, prevalence and costs with the disease and its complications. 19 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves Currently there are 3 control programs of rheumatic fever sponsored by World Health Organization [53]. Two of these programs cover 22 countries in the world, in direct collaboration with the governments of these nations. In countries where these programs are ongoing as Cuba, Martinique, Pakistan, Zambia and the Philippines, the incidence and prevalence of the disease have fallen significantly. There is also a third program which is a partnership between WHO and UNESCO (United Nations Fund for Education and Culture) to provide literature and advertisement material in different languages, to support several rheumatic fever control programs in different countries across the world. The World Heart Federation (WHF) has a large network on rheumatic fever. Has partnerships with international organizations to facilitate the support of control programs in developing countries. One of the strategies advocated by the WHF, is the creation of statistical databases in several countries, to register rheumatic fever/rheumatic heart disease collected conformations, including diagnosis, classification, severity, secondary prophylaxis, cardiac surgery and deaths [54]. LOOKING AHEAD The production of vaccines against group A streptococci is the great challenge for the future. Research to obtain the vaccine against rheumatic fever have been running for more than 18 years. The major difficulty is that there are over 200 serotypes and streptococcal immunity must be available for each one of them. Some researchers suggest that a twelvevalency vaccine (with fragments from 12 different serotypes) may be able to promote protection against rheumatic fever with around 85% of effectiveness [49]. In Brazil there is a research project, held at InCor Immunology Laboratory, in Hospital das Clínicas -USP, involving more than 12 20 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 reserchers [55]. From the M1 serotype (the most common), the researchers created a recombinant protein that, once injected into mice, induces an autoimmune response. Initial tests reveals that the vaccine achieved 50% protection to mice, which is already an excellent result. In addition to preventing infection, the vaccine should be used also by patients with under prophylaxis with Benzathine penicillin. Another study is underway at Rockefeller University in USA. The researchers aim to produce a multivalent vaccine resulting from the combination of fragments of M serotype with fragments of E. Coli [56]. Pharmaceutical companies are also investing in researches for this purpose. CONCLUSIONS AND RECOMMENDATIONS Rheumatic fever and rheumatic heart disease are a public health challenges especially in developing countries which have high incidence and prevalence rates. Among aboriginal peoples, as part of etiopathogenic diagnosis and approach the of disease, it is essential to consider pyoderma. The treatment of the disease and its sequelae carries high economic costs to patients, their families and society. The pillars of the therapeutic approach are: primary prophylaxis to prevent the onset of rheumatic fever, and secondary prophylaxis, which prevents recurrences and cardiac lesions. The clinical manifestations are treated by symptomatic drugs. It is very important that governments promote control programs for the rheumatic fever, which may include training and clinical screening of symptomatic children. The use of echo cardiogram increases greatly the diagnostic accuracy and the detection of mild cases, with chances to develop sequelae. It is important to ensure access to this diagnosis method to people, especially in countries with low-income populations. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves The great hope for prevention and eradication of disease is the emergence of a vaccine against streptococcus. Researches are on going on toward this goal. REFERENCES 1. Barbosa PJB, Müller RE, Latado AL, Achutti AC, Ramos AIO, Weksler C, e col. Diretrizes Brasileiras para Diagnóstico, Tratamento e Prevenção da Febre Reumática da Sociedade Brasileira de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Arq Bras Cardiol.2009; 93(3 supl.4):1-18. 2. WHO, Rheumatic fever and rheumatic heart disease: Report of a WHO Expert Consultation. Geneva: World Health Organization; 2004. 3. Carapetis, Jonathan R, The Current Evidence for the Burden of Group A Streptococcal Diseases, World Health Organization 2005. 4. Bryant PA, Robins-Browne R, Carapetis JR, Curtis N. Some of the People, Some of the Time: Susceptibility to Acute Rheumatic Fever, Circulation, Feb 2009; 119: 742 – 753. 5. Terreri MTRA, Hilário MO. Aspectos imunogenéticos da febre reumática. Rev. Bras. Reumatol, v.36, n. 6, 1996. p391-394. 6. Rachid A. Etiopatogenia da febre reumática. Rev. Bras. Reumatol, v. 43, n. 4, 2003. p. 232- 237. 7. Braunwald E. Braunwald’s Heart Disease, 7th Edition, WB Saunders Company, 2005. 8. Pereira BAF; Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Sociedade Brasileira de Pediatria. Projeto Diretrizes: Febre reumática, 2002. Disponível em: www. projetodiretrizes.org.br [10 de Novembro de 2009] 9. Al-Munibari AN, Nasher TM, Ismail SA, Mukhtar EA. Prevalence of Rheumatic Fever and Rheumatic Heart Disease in Yemen, Asian Cardiovasc Thorac Ann 2001;9:41-44. 10. Dajani AS. Guidelines for the diagnosis of rheumatic fever: Jones Criteria, 1992 update. Special writing group of the Committee on Rheumatic Fever, Endocarditis and Kawasaki Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 Disease on the Council of Cardiovascular Disease in the Young of the American Heart Association. JAMA. 1992; 268: 2069-73. 11. Mota CCC, Meira ZMAA, Prevenção da Febre Reumática, Revista de Cardiologia da Sociedade Mineira de Cardiologia, Belo Horizonte-MG, v. VIII, n. 1, p. 28-33, 2002. 12. Schwartz MW. Schwartz: The 5-Minute Pediatric Consult, 4e, Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia, USA, June 2005. 13.Kumar R, Raizada A, Aggarwal AK, Ganguly NK. A community-based rheumatic fever/rheumatic heart disease cohort: twelve- year experience, Indian heart journal. 54(1):54-8. 14. Carvalho MF, Bloch KV, Oliveira SK. Qualidade de vida de crianças e adolescentes portadores de febre reumática, J Pediatr (Rio J). 2009;85(5):438-442, Sociedade Brasileira de Pediatria, 2009. 15. Terreri MT, Len C, Hilário MOS, Goldenberg J, Ferraz MB. Utilização de recursos e custos de pacientes com febre reumática. Rev Bras Reumatol. 2002 ;42 (4) 211-217. 16. Miyake CY, Gauvreau K, Tani LY, Sundel RP, Newburger JW. Characteristics of Children Discharged from hospitals in USA in 2000 with the diagnosis of Acute Rheumatic Fever, Pediatrics. 2007; 120, 503508. 17.Prokopowitsch AS, Lotufo PA. Epidemiologia da febre reumática no século XXI, Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo.2005;1:1-6. 18.Denny FW Jr. A 45-year perspective on the streptococcus and rheumatic fever: the Edward H. Kass Lecture in infectious disease history. Clin Infect Dis. 1994; 19 (6) : 1110-22. 19.Wallace MR, Garst PD, Papadimos TJ, Oldfield EC. The return of acute rheumatic fever in young adults. JAMA. 1989;262:2557-6. 20.Bronze MS, Dale JB. The Reemergence of Serious Group A Streptococcal Infections and Acute Rheumatic Fever. Am J Med Sci, 31(1): 41-54,1996. 21.Madden S, Kelly L. Update on acute rheumatic fever, It still exists in remote communities Can Fam Physician. 2009 May; 55 (5):475-8. 22. Hutten-Czapski P. Management of Streptococcal Pharyngitis: The Conundrum of Acute Rheumatic Fever , Fam Pract. 1988 Sep;5(3):200–208. 23. Carceller A, Tapiero B, Rubin E, Miró J. Acute rheumatic fever: 27 year experience from the Montreal’s pediatric tertiary care centers, An Pediatr (Barc). 2007;67:5-10. 21 CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 10-23 24.Essop MR, Nkomo VT. Rheumatic and nonrheumatic valvar heart disease: epidemiology, management, and prevention in Africa, Circulation. 2005 Dec 6;112(23):3584-91. 36. Agarwal, AK, Yunus, M, Ahmad, J, Khan, A.; Rheumatic heart disease in India, The Journal of the Royal Society for the Promotion of Health, Vol. 115, No. 5, 303-309 (1995). 25. Sliwa K, Carrinton M, Mayosi BM, Zigiriadis E, Mvungi R, Stewart S. Incidence and characteristics of newly diagnosed rheumatic heart disease in Urban African adults: insights from the Heart of Soweto Study, European Heart Journal. 2009 Dec 7, 0: ehp530v1ehp530. 37. Chen X, Zhang M, Huang D, Huang M, Xiong Y, Xie M, et al. An epidemiologic investigation of acute rheumatic fever and rheumatic heart disease among students aged 5-18 in west area of Sichuan Province, Sichuan Da Xue Xe Bao Yi Xue Ban. 2003 Jul;34(3):533-5. 26. Omokhodion SI. Management of patients with rheumatic fever and rheumatic heart disease in Nigeria - need for a national system of primary, secondary and tertiary prevention March 2006, Vol. 96, No. 3 SAMJ. 38. Oliver C, Portier H, Cohen R, Schlemmer B, Boucot I, Peyramond D, Graph P. Rhumatisme articulaire aigu: Resultats d’une enquête nationale (19995-1997), BEH, nr 12, Mars 1999. 27. Marijon E, Ou P, Celermajer DS, Ferreira B, Mocumbi AO, Sidi D, Jouven X. Prevalence of Rheumatic Heart Disease Detected by Echocardiographic Screening, N Engl J Med 2007;357:470-6. 39. Ranin L, Opavski N, Djukic S, Mijac V. Epidemiology of diseases caused by Streptococcus pyogenes in Serbia during a nine- year period. Indian J Med Res. 2004 May;119 Suppl:155-9 (1991-1999). 28. Cardiovascular Diseases In The African Region: Current Situation And Perspectives, Report of the Regional Director, WHO, African Regional Office, Maputo, August 2005. 29. Carapetis, JR, Currie, BJ, Preventing rheumatic heart disease in Australia, A coordinated approach is needed, together with improved living conditions in affected indigenous communities, MJA 1998; 168: 428-429. 30. Hanna JN, Heazlewood RJ. The epidemiology of acute rheumatic fever in Indigenous people in north Queensland, Australian and New Zealand journal of public health. 2005; 29(4):313-7. 31. Jaine R, Baker M, Venugopal K. Epidemiology of acute rheumatic fever in New Zealand1996-2005, Journal of paediatrics and child health. 01/11/2008; 44(10):564-71. 32. Bassili A, Zaher S.R, Zaki A, Abdel-Fattah M, and Tognoni G. Profile of secondary prophylaxis among children with rheumatic heart disease in Alexandria, Egypt, Eastern Mediterranean Health Journal, Volume 6, Issue 2/3, 2000, Page 437-446. 33. Hasab AA, Jaffer A, Riyami AM. Rheumatic heart disease among Omani schoolchildren, Eastern Mediterranean Health Journal, Volume 3, Issue 1, 1997, Page 17-23. 34. Carapetis, JR, Rheumatic Heart Disease in Asia, Circulation. 2008;118:2748-2753. 35. Rizvi SF, Khan MA , Kundi A, Marsh DR, Samad A, Pasha O. Status of rheumatic heart disease in rural Pakistan, HEART 2004;90:394-399, Britsh Medical Journal and British Cardiovascular Society. 22 40. Giannoulia-Karantana A, Anagnostopoulos G, Kostaridou S, Georgakopoulou T, Papadopoulou A, Papadopoulos G. Childhood acute rheumatic fever in Greece: experience of the past 18 years, Acta paediatrica, 2001 Jul;90(7):809-812. 41. Hospital Episode Statistics, Department of Health, England, 2002-03, disponível em: www.cureresearch. com [27 de Dezembro de 2009]. 42. Özer S, Hallıoğlu O, Özkutlu S, Çeliker A, Alehan D, Karagöz T. Childhood acute rheumatic fever in Ankara, Turkey, The Turkish Journal of Pediatrics 2005; 47: 120-124. 43. Toure MK, Mukelabai K, Matenga JA, JaureguiTapia P, Fernandez JJ, Millard D. et.al. WHO programme for the prevention of rheumatic fever/ rheumatic heart disease in 16 developing countries: report from Phase I (1986-1990). WHO Bulletin, Vol 70 199211, WHO 1999. 44. Bach JF, Chalons S, Forier E, Elana G, Jouanelle J, Kayemba S et al. 10-year education programme aimed at rheumatic fever in two French Caribbean islands. Lancet, 1996, vol. 347, no9002, pp. 644-648. 45. Noel TP, Zabriskie, J, Macpherson CNL, Perrotte G. Beta-haemolytic streptococci in School Children 5–15 years of Age with an Emphasis, on Rheumatic Fever, in the Tri-island state of Grenada, West Indian Med J 2005; 54: (1) 22. 46. Cardona PN, La Llave G, Lopez H, Aranguren P, Rodriguez LR, Nande LR. Rheumatic fever in Havana city: prevalence and characteristics; Cuba, 1972 and 1987, Rev. cuba. pediatr;61(2):228-37, mar.-abr. 1989. 47. Rodriguez RL, Lóriga FMC, Suárez MAM, Rodríguez JAG, Rodríguez JEL, López LAS e col. Prevalencia de CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM CHISSONDE ME - Tissue engineering of heart valves Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2):10-23 Fiebre reumatica en Pinar del Rio, Una decada de experiencia. Rev Cubana Cardilol y Cir Cardiovas 2001;15 (1): 21-5. 48. Ricart MD, Fiebre Reumatica en las Americas, Acta Medica Dominicana, Vol.12. No.3, Mayo-Junio 1990. 49. Xavier RMA, Nolasco M, Müller RE, Santos MS, Lima ABR, Lucas MJ, Schilke ALT. PREFERE - da informação a prevenção, Editorial Laranjeiras, v. 1, p. 61-63, 2004, Instituto Nacional de Cardiologia Laranjeiras, RJ. 50. Smeesters PR, Campos Junior D, Van Melderen L, Aguiar E, Vanderpas J, Vergison A. Pharyngitis in LowResources Settings: A Pragmatic Clinical Approach to Reduce Unnecessary Antibiotic Use, Pediatrics 2006. 51. Costa LP, Domiciano DS, Pereira RMR. Demographic, clinical, laboratorial, and radiological characteristics of rheumatic fever in Brazil: systematic review, Bras J Rheumatol 2009;49(5):606-16. 52. WHO - Regional Office for the Western Pacific, 1998. Disponível em: www.wpro.who.int/publications [11 de Janeiro 2010] 53. Nordet P. Global Programme for prevention and Control of Rheumatic Fever/Rheumatic Heart Desease. WHO, Geneva, 2000. 54. WHF, World Heart Federation. Disponível em: www. world-heart-federation.org/rhd, [28 de Dezembro de 2009] 55. Guilherme L, Kellen C. Faé KC, Kalil J. Etiopatogenia da Febre Reumática, (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2005;1:7-17). 56. Mishra A, Phukan AC, Jaya. Group A Streptococcal infections and its sequelae: Epidemiology and evention. Indian J. Prev. Soc. Med, Vol 37, Nr. 1&2, 2006. 23 SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 UPDATING ARTICLES Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review Esclerosantes Venosos para Varizes Subcutâneas: Revisão de Literatura Rodrigo Lolli Almeida Salles1, Rafaela Ervilha Linhares1, Otoni Moreira Gomes2 Abstract Sclerotherapy, along with the surgical procedures, has great importance in the treatment of varicose veins in the subcutaneous tissue, allowing better cosmetic effect and lower rates of complications. The method involves chemical effect, and is injection of liquid sclerosant intravenously, leading to the obliteration of varicose veins and improvement of venous hemodynamics and the aesthetic effect. The most commonly used sclerosants in medical practice today are the polidocanol, sodium tetradecyl sulphate, the ethanolamine oleate and the hypertonic glucose. Besides these, there are several other types of sclerosing agents that act causing obliteration of varicose veins in different ways. This article is to review various sclerosing agents currently existing reporting characteristics of each and their respective advantages and disadvantages. Resumo A escleroterapia, ao lado das condutas cirúrgicas, tem grande importância no tratamento de varizes no tecido subcutâneo, permitindo efeito estético melhor e taxas de complicações menores. O método envolve efeito químico, e consiste na injeção de líquido esclerosante intravenosamente, levando à obliteração da veia varicosa e melhora da hemodinâmica venosa e do efeito estético. Os esclerosantes mais utilizados na prática médica atualmente são o polidocanol, o tetradecil sulfato de sódio, o oleato de etanolamina e a glicose hipertônica. Além desses, há diversos outros tipos de esclerosantes que agem causando olbiteração das veias varicosas de maneira distinta. Esse artigo se propõe a revisar diversos agentes esclerosantes atualmente existentes, pontuando características próprias de cada um e suas respectivas vantagens e desvantagens. 1. Acadêmicos FM-UFMG 2. Professor Titular do Departamento de Cirurgia FM-UFMG / Diretor Científico da Fundação Cardiovascular São Francisco de Assis Endereço de Correspondência: Rodrigo Lolli Almeida Salles Av. Protásio de Oliveira Penna, 353/401, Buritis, Belo Horizonte, MG, Brasil. CEP: 30575-360 E-mail: [email protected] 24 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review INTRODUCTION Reports on varicose veins of the lower limbs have been found since antiquity, as documented in the Ebers papyrus, during the rule of Amenhotep I (1550 B.C.). In ancient Greece, lower limb replicas were offered to the gods in temples to obtain relief of symptoms [1]. Hippocrates (460-377 B.C.) once noticed the association between varicose vein and leg ulcers. He recommended those patients not to remain standing and a surgical treatment involving making multiple traumatisms to the veins using hot iron. However, nowadays the surgical treatment of the disease has passed through enormous improvements. Various surgical procedures have been developed with great success. Examples of these are the ligation of insufficient perforating veins and staggered resection of varicose tributaries, transcutaneous ligation, partial excision, phleboexcision of internal and external saphenous veins, ligation of saphenous veins, microphlebectomy, laser application, saphenofemoral external valvuloplasty, sclerotherapy, and others. Nowadays venous disease affects millions of people in the world, and it is the seventh most frequent chronic pathology in human species, with great demand to the health service due to the aesthetic problems, limitation in normal activities, suffering that it imposes on patients, as well as to the complications that might occur [2]. Because of this huge impact of venous disease in society, the existence of different treatments, some of which are cited above, is of great importance, and further improvements on the existing methods of treatment are still needed. Sclerotherapy is one of these methods available for treatment of varicose veins, therefore it needs further improvements; nevertheless this technique has proved to be very efficient, unexpensive, secure, and therefore it has been utilized for 150 years, since it was developed, after the invention of the syringe in the 19th century. This method involves a chemical effect, Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 and consists of the injection of liquid sclerosant intravenously, leading to the obliteration of varicose veins and improvement of venous hemodynamics and the aesthetic effect. The sclerosant provokes endothelial injury that transforms the venous structure into a fibrous cord that cannot be recanalized. Effects are concentration-dependent. Two clinically utilized sclerosants, polidocanol (aethoxyclerol or AET) and sodium tetradecyl sulfate (TDS), are anionic surfactants capable of injuring the endothelial cell membrane phospholipid bilayer. Sclerosants can also activate intracellular signaling pathways, resulting in intracellular calcium release or alterations in nitric oxide production heralding cellular injury or death. Cell death may result from activation of apoptotic pathways, induction of necrosis, or direct chemical toxicity (e.g., digestion) effects on the cell membrane [3]. Beside these two sclerosants mentioned above, other utilized agents are ethanolamine oleate, hypertonic glucose, sodium morrhuate and phenol. In Brazil, most of the authors recommend sclerotherapy only to thin varicose veins, dermal venules and telangiectasias, and mainly to those that are residuals after surgical treatment. This is because the complications are much more common, and relatively more severe, when sclerotherapy is applied to a larger vein. Sclerosants can be classified in organic and inorganic. The later are more effective to the vessels, even though they are more aggressive to the skin. It can’t be forgotten that sclerotherapy isn’t a risk free method. Its main complications are anaphylaxis, minor allergic reactions, lipothymy, headache, cramps, tingling in extremities and lips, arthralgia, ulceration on the injection area, hyperpigmentation, superficial phlebitis, deep venous thrombosis, and telangiectasic spot [2]. The usual contraindications for sclerotherapy are allergy to one of the components of the formula, recent deep vein thrombosis, local or systemic infection and impossibility to walk. In 1944, Orbach described the method that combines air and sclerotherapy. The 25 SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review technique was improved in the 90s with Cabrera, when it reached its technological majority and had its repertory of indications enlarged [4]. This technique is the ecosclerotherapy and is better described below. Having this introduction in mind, it becomes easy to understand the great importance the sclerosants have in medical practice, and, therefore, we propose here to review the main sclerosing agents. Polidocanol Polidocanol (AET) is an irritant liquid surfactant (detergent effect) capable of damaging endothelial cells, whose formula is C30H62O10. It is the most used sclerosant agent, and can be administrated both in liquid or foam forms. It can be used in various doses and types of preparation. Ecosclerotherapy with foam has shown to be a very efficient and secure method, and has progressively been each time more used. This technique consists in injecting intravenously the foam, which is usually prepared by mixing 4mL of biological gas with 1mL of sclerosant solution (method of Tessari or “three way” method). To do so, it is used a catheter or an insulin needle, so the process isn’t painful. The option of carbon dioxide as a biological gas has been implied in the reduction of systemic complications. The foam can be seen entering into the vein and pushing the blood forward. This eliminates the image of the patient’s insufficient vein, once visualized through the skin. Since the foam replaces the blood instead of mixing to it, the foam’s distribution can be more homogeneous inside the vein and therefore it remains in contact with the endothelium cell surface for a longer period of time. The foam carries polidocanol to the middle layer of the veins after destroying the endothelium and passing through the elastin layer that supports the endothelium. The amount of polidocanol that reaches the middle layer (muscular layer) of the vein causes an edema 26 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 reaction and contraction of the myofibrils, which causes a spasm of 50% of its volume. A review by Hamel-Desnos et al showed that the efficacy of foam-using treatment is actually greater than with liquid sclerosant, and the difference is between 20% and 50% [5]. There are evidences that 3% policocanol foam is no more effective than 1% polidocanol foam [6]. Ecosclerotherapy of varicose veins has become far more practical and easy with the introduction of its use combined to duplexscan (ultrasound) or veinlite (LED light). These methods allow a much better visualization to what is happening inside and around the handled vein. Moreover, the guided sclerotherapy can be considered an easily repeatable method and has low costs. It has high safety and the contraindications are few and generally nonspecific and it may be used in elderly and frail patients. On the other hand, ultrasound-guided sclerotherapy should be performed by welltrained, since the effectiveness of the technique depends on accurate use strategies. Also, you should never ignore the real possibility of complications, though they are rare. Those can be simple, such as headache, pain at the injection site and a dry cough, or potentially serious, such as cerebral vascular accident, pulmonary embolism, hypersensitivity and deep vein thrombosis. The most common is residual subcutaneous hyperpigmentation or matting, which, despite not damaging the patient’s body, may generate great suffering, as many of the patients that seek treatment for varicose veins do so for aesthetic reasons. Another severe associated effect is the accidental injection of polidocanol intraarterially, which can cause arterial occlusion and consequent tissue necrosis. Other complications include bruising venipuncture, superficial phlebitis, skin necrosis and ulceration and visual disturbances. It is believed that such effects are related to the volume of foam injected and to the rest immediately after the session of ecosclerotherapy. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review The mean durability of the ecosclerotherapy treatment is three years and the occlusion of the treated vein between 67 and 93.8% (the mean is 84.4%). The recurrence or the appearance of new varicose veins occurs in 27.8% [4]. Tetradecyl Sulfate The tetradecyl sulfate (TDS) is one of the most commonly used sclerosant in medical practice for the treatment of varicose veins, and has been introduced between 1981 and 1991. It consists of an ionizable anionic detergent with active surface, and is able to digest the endothelium in less than a second; dissolve the intercellular cement, cause the endothelium to peel in plates and cause endothelial pyknosis of cell nuclei [7]. Like all classes of sclerosing agents, it acts through endothelium aggression, followed by thrombosis and fibrotic occlusion of the damaged vein. Like Polidocanol, the TDS can be used as a liquid or foam. Currently, the most widely used method for the preparation of the foam is the Tessari method, described in 2001, in which two coupled syringes are used to mix varying amounts of air and liquid sodium tetradecyl sulfate. The quantities of each component of the mixture directly reflect the stability of the foam. The longer the sclerosing agent remains in the form of foam, the greater the likelihood of spreading to other veins of the body. According to the author of this technique, the best foam of sodium tetradecyl sulphate in terms of efficacy and safety was obtained by mixing one part of the sclerosing liquid to four or five parts of air [8]. However, besides the air-sclerosant ratio, the stability of foam may be related to several other factors, such as the type of sclerosant used, the concentration used, diameter of the bubbles created in the foam and the presence of any additional ingredients in the mixture. Rao J et al showed that the TDS has maximum stability at a concentration of 0.5%, while the Polidocanol is most stable at a concentration of 1.0% [9]. Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 No one knows for sure which is the safe amount of sodium tetradecyl sulphate that can be used. However, Kanter showed that 1 mL of sclerosant injected at 3% was more effective than 2 mL, and also has shown fewer side effects. In addition, a larger volume of injected sclerosant did not reduce the number of sessions required for effective treatment [10]. Many studies have demonstrated the efficacy and relative safety of the TDS in the treatment of varicose veins, which shows results similar to Polidocanol in several studies. The adverse effects of TDS are rare and, moreover, a bactericidal activity was demonstrated for the sclerosant in question, as well as for the Polidocanol. In addition to lowering the resistance of some subtypes of S. aureus to various antibiotics, they showed synergistic action with penicillin, increasing its effect in up to 16x [11]. However, although rare, is important to always be aware of the possible toxicity of the sclerosing agent. It has been reported various effects such as hyperpigmentation, visual scotomas, thrombophlebitis, chronic facial pain and even anaphylactic reactions, cardiorespiratory failure and skin necrosis if the sclerosant is accidentally injected in the arterial wall or in the subcutaneous tissue [8]. In the case of necrosis of skin tissue, it was demonstrated that injection of hyaluronidase was the only treatment able to reduce the area of tissue death [12]. Besides these effects, it has been shown in vitro that the TSS, as well as the Polidocanol, causes lysis of blood cells and endothelial cels in therapeutic concentrations. This effect was partially reversed by albumin, which could be important to explain the low incidence of thromboembolic events due to sclerotherapy [13]. Sodium Morrhuate The sodium morrhuate is a fatty acid that, like any other sclerosing agent, is an irritant that can cause sclerosis of insufficient and varicose veins. As the tetradecyl, polidocanol, sodium 27 SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review sulphate and ethanolamine oleate, it belongs to the class of ionizable anionic sclerosing detergent. In addition to its use in sclerotherapy, it also has its use in orthopedics, being used for various purposes in this area. The biosafety of sodium morrhuate is proven in past studies, dating from the 30s. Since that time, it was reported that the sclerosant in a concentration of 5% did not have toxic effects when it is used in adequate quantity, and does not cause ulcers, infectious phlebitis, pain, hyperpigmentation or systemic reactions if applied properly [14]. However, more recent studies have reported some adverse effects, although mild, resulting from its use for the treatment of varicose veins, such as edema and inflammation, moderate pain and wounds at the injection site. It hasn’t been reported any serious complications [15]. Nevertheless, it was shown in vitro that the addition of sodium morrhuate to granulocytes caused immediate aggregation, and was cytotoxic at higher concentrations to these cells and to endothelial cells. In addition, 0.05% sodium morrhuate caused hemolysis up to 84% when added to red blood cells. These effects were also observed on ethanolamine oleate, polidocanol and sodium tetradecyl sulfate [16]. Despite the apparent safety of sodium morrhuate, articles about its biocompatibility when used for sclerotherapy of varicose veins are scarce and old. More studies should be made, in light of current technology, so that this sclerosant can be used safely and effectively in the treatment of varicose veins. Ethanolamine Oleate The ethanolamine oleate is a sclerosing agent with detergent function, acting on the plasma membrane lipids of endothelial cells and destroying that membrane. After that, it occurs the deposition of platelets and hyaline material of fibrin, forming a thrombus, which undergoes a process of organization. This is a very fluid sclerosing substance, allowing injections with 28 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 an increased flow, but on the other hand provides a greater risk of complications. It has a strong sclerosing power and should be administered cautiously. Possible complications of its administration include necrosis, crisis of chest pain, cough, scotoma and hyperpigmentation. It is applied diluted in distilled water or 50% glucose at a ratio of 1:4. The monoethanolamine oleate is an ester compound by chemical synthesis of oleic acid with monoethanolamine. In addition to the use in hypodermic veins, the ethanolamine oleate is also often used as a sclerosant for esophageal varices. In Brazil, it is often reported in literature the use in esophageal varices in patients with portal hypertension secondary to schistosomiasis, as well as the use in patients with liver cirrhosis. In such cases the application is performed endoscopically. Hypertonic Glucose The hypertonic glucose, introduced by Kausch in 1917, constitutes one of the most important substances of sclerotherapy, and is considered an osmotic sclerosant. It acts through cellular dehydration by osmosis, which leads to the destruction of the endothelium. Both concentrations of 50% for the 75% are quite effective and have been used by the vast majority of vascular surgeons in Brazil for several decades. Currently, hypertonic glucose is the sclerosant with the lowest risk of allergy, since it is an organic substance. It has other advantages as low cost, readily availability, the extremely low rate of serious complications such as necrosis and systemic reactions, rarely leads to hyperpigmentation, and, unlike most other sclerosing agents, can be used on the face, once avoiding the peri-orbital region and the use of large volumes. Side effects of this sclerosant are minimal and it can be used even in diabetics, since these patients are biochemically controlled [17, 18]. Glucose is the most viscous sclerosing agent (as well as glycerin, another osmotic CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review sclerosant) and, as such, its administration is extremely slow. This, in one hand, prevents the increase in intraluminal pressure observed with the use of other agents; on the other hand, is responsible for prolonging the procedure [17]. Moreover, hypertonic solutions are considered the most painful, causing a burning sensation when injected intravenously. This causes many angiologists to choose its dilution in lidocaine, which, in spite of reducing the pain of the procedure, increases the risk of allergies and complications [19]. Phenol The injection of phenol in varicose veins is a generally unpainful, safe and efficient process. Its use is also described in other types of venous insufficiency, such as hydroceles, esophageal varices and hemorrhoids. Chen Jen Shan et al [20] compared the effect of sclerotherapy with phenol and surgical treatment of a hydrocele and concluded that both techniques are equally effective regarding healing and interference with spermatogenesis, but that sclerotherapeutic treatment causes less morbidity and allows the patient to return to normal activities on the same day. Adverse reactions, described after treatment of hemorrhoids with phenol, include hepatotoxicity [21], impotence [22] and necrotizing fasciitis [23]. Conclusion Some people believe that the future of varicose vains treatment would be a combination of vascular surgery and sclerotherapy, well orientated by detailed studies of the venous system. Currently, the methods most commonly used include ultrasound-guided foam sclerotherapy. This method consists of an intravenous injection of foam, which is usually prepared by mixing 4 mL of organic gas with 1mL of sclerosing solution, so that the distribution of the foam is more homogeneous and therefore it remains in Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 contact with the endothelial cell surface for a longer period of time. Polidocanol is an anionic detergent sclerosing agent which has the advantage of being safe. Besides, its contraindications are few and generally nonspecific, and therefore it may be used in elderly and frail patients. On the other hand, ultrasound-guided sclerotherapy should be performed by well-trained professionals, since the effectiveness of the technique depends on accurate strategies of use. Sodium tetradecyl sulfate (STS) is one of the most widely used sclerosing agents internationally, and has the same mechanism of action than polidocanol. The adverse effects of STS are rare and, moreover, a bactericidal activity was demonstrated for the sclerosant in question. Ethanolamine oleate acts on the lipids of the endothelium plasmatic membrane, destroying it. It is a very fluid substance, allowing injections with an increased flow, but on the other hand provides the greatest risk of complications. Hypertonic glucose is widely used nowadays in Brazil. It acts through cellular dehydration by osmosis, which leads to the destruction of the endothelium. It is the sclerosant with the lowest allergy risk, since it consists of an organic substance. However, hypertonic solutions are considered the most painful, causing a burning sensation when injected intravenously. Other sclerosing agents include sodium morrhuate and phenol. Better venous sclerosants may one day be developed. Until then, the greater knowledge we have about the existing ones, the better we’ll be able to treat our patients. 29 SALLES, RLA et al - Venous Sclerosants for Subcutaneous Varicose Veins: Literature Review Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 24-30 REFERENCES 1. Medeiros CAF. Varicose vein surgery: History and evolution. Jornal Vascular Brasileiro 2006;5(4):295-302. 2. Brito CJ. Cirurgia vascular: cirurgia endovascular, angiologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2008., 3. Kobayashi S, Crooks S, Eckmann DM. Doseand time-dependent liquid sclerosant effects on endothelial cell death. Dermatologic Surgery 2006;32(12):1444-52. 4.Bastos FR, Lima AE, Assumpção AC. Varices eco-esclerotherapy with foam: literature review. Revista Médica de Minas Gerais 2009; 19(1):38-43. 13. Parsi K, Exner T, Connor DE, Herbert A, Ma DDF, Joseph JE. The lytic effects of detergent sclerosants on erythrocytes, platelets, endothelial cells and microparticles are attenuated by albumin and other plasma components in vitro. European Journal of Vascular and Endovascular Surgery 2008;36(2):216-23. 14. Cooper WM. Use of sodium morrhuate in injection treatment of varicose veins. The American Journal of Surgery 1933;21(3):408-10. 15. Li L, Feng J, Zeng X-, Li Y-. Fluoroscopy-guided foam sclerotherapy with sodium morrhuate for peripheral venous malformations: Preliminary experience. Journal of Vascular Surgery 2009;49(4):961-7. 5. Hamel-Desnos C, Allaert F-. Liquid versus foam sclerotherapy. Phlebology 2009;24(6):240-6. 16. Stroncek DF, Hutton SW, Silvis SE, Vercellotti GM, Jacob HS, Hammerschmidt DE. Sodium morrhuate stimulates granulocytes and damages erythrocytes and endothelial cells: Probable mechanism of an adverse reaction during sclerotherapy. J Lab Clin Med 1985;106(5):498-504. 6. Coleridge Smith P. Foam and liquid sclerotherapy for varicose veins. Phlebology / Venous Forum of the Royal Society of Medicine 2009;24 Suppl 1:62-72. 17. Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: URL: http:// www.lava.med.br/livro. 7. Sales SNA. A escleroterapia no tratamento das telangiectasias de membros inferiores: prevenção das complicações. Revista de Angiologia e Cirurgia vascular 2001;10(2):5563. 18. Gaspar RJ, Medeiros CAF. Tratamento combinado da cirurgia de varizes com a escleroterapia de telangiectasias dos membros inferiores no mesmo ato. Jornal Vascular Brasileiro 2006; 5(1):53-57. 8. Tessari L, Cavezzi A, Frullini A. Preliminary experience with a new sclerosing foam in the treatment of varicose veins. Dermatologic Surgery 2001;27(1):58-60. 9. Rao J, Goldman MP. Stability of foam in sclerotherapy: Differences between sodium tetradecyl sulfate and polidocanol and the type of connector used in the double-syringe system technique. Dermatologic Surgery 2005;31(1):19-22. 10. Kanter A. Clinical determinants of ultrasound-guided sclerotherapy: Part II: In search of the ideal injectate volume. Dermatologic Surgery 1998;24(1):136-40. 11. Sadick NS, Senterfit LB, Klein RF. The intrinsic antimicrobial activity of selected sclerosing agents in clerotherapy. Dermatologic Surgery 1996;22(4):369-71. 19. Correia ME, Oliveira AP. Complicações em escleroterapia. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL; 2003. Disponível em: http:// www.lava.med.br/livro. 20. Shan CJ, Lucon AM, Arap S. Comparative study of sclerotherapy with phenol and surgical treatment for hydrocele. J Urol 2003;169(3):1056-9. 21. Suppiah A, Perry EP. Jaundice as a presentation of phenol induced hepatotoxocity following injection sclerotherapy for haemorrhoids. The Surgeon 2005;3(1):43-4. 22. Bullock N. Impotence after sclerotherapy of haemorrhoids: Case reports. Br Med J 1997;314(7078):419. 23. Kaman L, Aggarwal S, Kumar R, Behera A, Katariya RN. Necrotizing fascitis after injection sclerotherapy for hemorrhoids: Report of a case. Dis Colon Rectum 1999;42(3):419-20. 12.Zimmet SE. The prevention of cutaneous necrosis following extravasation of hypertonic saline and sodium tetradecyl sulfate. J Dermatol Surg Oncol 1993;19(7):641-6. 30 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 UPDATING ARTICLES Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. Effects of the Aerobic Exercise in the Vascular Reactivity in Patients with Heart Failure with of Preserved Ejection Fraction Eduardo Lima Garcia1, Márcio Garcia Menezes1, Luiz Claudio Dazmann2, Ilmar Köhler3, Solange Bordignon4, Marco Antonio Rodrigues Torres5. Abstract The heart failure currently has increased its incidence in the world all being responsible for a high index of morbidade and mortality, being characterized by dispnéia and intolerância the efforts where a difficulty of the heart occurs to generate one adequate debit. Patients with heart failure with fraction of preserved ejection (ICFEP) present intolerance symptoms the efforts due to a reduction of the relaxation of the left ventricular (VE) and a reduction of its complacência, increase the concentrations of colágeno in the ventricular wall raising the levels of fibrótico process being characterized well in the patients with ICFEP. Another determinative factor is the increase of the arterial rigidity and reduction of the complacênce of the arteries, where the speed of pulse wave (VOP) and the pressure of pulse (PP) if have demonstrated important tools in the aid of the diagnosis of the illness, as well as ecocardiografics parameters to determine the level of the gravity and the intolerance the efforts. The practical one of aerobic exercises seems to have an important paper in the reduction of the arterial stiffness, increase of the complacênce of the arteries, increase of the of the one IN the 2, reduction of the concentrations of colágeno in the wall of the arteries, reduction of the pulse wave velocity (VOP) and pressure of pulse (PP) and perhaps the point most important, the improvement of the quality of life and reduction of the referring symptoms the picture physical presented in the ICFEP. Keywords: Heart failure,Aerobic Exercise, Arerial Stiffness. 1. Educadores Físicos, Mestrandos Pós-Graduação Ciências Cardiovasculares Universidade Federal do RS (UFRGS) Porto Alegre(RS) 2. Professor Adjunto Curso Medicina Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) 3. Professor Adjunto Curso Medicina Universidade Luterana do Brasil (ULBRA); Coordenador Ambulatório de Insuficiência Cardíaca do Hospital Universitário - ULBRA 4. Professora da Pós-Graduação da Fundação Universitária de Cardiologia do RS; Responsável pelo Serviço de Transplante Cardíaco do Instituto de Cardiologia do RS. 5. Professor Adjunto Faculdade Medicina Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Professor da PósGraduação Ciências Cardiovasculares Universidade Federal do RS (UFRGS). Endereço para correspondência: Marco Antonio Rodrigues Torres Rua Ramiro Barcelos, 2350 sala 2060, Bairro Rio Branco - Porto Alegre - RS,Brasil - CEP: 90035-903 E-mail: [email protected] 31 garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. Resumo A insuficiência cardíaca atualmente tem aumentado sua incidência no mundo todo sendo responsável por um índice elevado de morbidade e mortalidade, sendo caracterizada por dispnéia e intolerância a esforços onde ocorre uma dificuldade do coração de gerar um adequado débito. Pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) apresentam sintomas de intolerância a esforços devido a uma diminuição do relaxamento do ventrículo esquerdo (VE) e uma diminuição da sua complacência, aumento as concentrações de colágeno na parede ventricular elevando os níveis de processo fibrótico sendo bem caracterizada nos pacientes com ICFEP. Outro fator determinante é o aumento da rigidez arterial e diminuição da complacência das artérias, onde a velocidade de onda de pulso (VOP) e a pressão de pulso (PP) é uma ferramenta importante no auxílio do diagnóstico da doença, bem como parâmetros hemodinâmicos avaliados por ecocardiodopller para determinar o nível da gravidade da doença e a intolerância a esforços. A prática de exercícios aeróbios parece ter um papel importante na diminuição da rigidez arterial, aumento da complacência das artérias e da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO2), diminuição das concentrações de colágeno na parede das artérias, diminuição da (VOP) e (PP) e talvez o ponto mais importante, a melhora da qualidade de vida e diminuição dos sintomas referentes ao quadro clínico apresentado na ICFEP. Palavras Chaves: Insuficiência cardíaca, rigidez arterial, exercício aeróbico INTRODUÇÃO Apesar dos avanços científicos e de melhores condições socioeconômicas terem possibilitado um aumento da longevidade na popula32 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 ção mundial, a insuficiência cardíaca (IC) obteve um aumento de sua incidência no mundo todo, sendo responsável por um elevado índice de morbidade e mortalidade [1,2]. Nos Estados Unidos a prevalência da IC esta em torno de 5 milhões de indivíduos, com 550.000 novos casos por ano com mais de um milhão de hospitalizações em 2005 e um custo anual de 34,8 bilhões de dólares em 2008 [1,3]. Dados do estudo de Framinghan demonstram que a incidência de IC aumenta progressivamente em ambos os sexos de acordo com a idade, atingindo mais de 10 casos novos anuais por 1000 septuagenários e 25 casos novos anuais por 1000 octogenários [3]. No Brasil as admissões hospitalares por IC representaram no ano de 2002 cerca de 4% de todas as internações e 31% das internações por problemas cardiovasculares chegando a 450 mil casos ano em 2002 [4,5]. A gravidade da IC bem como seus sintomas é avaliada por uma tabela de estratificação de risco do NYHA (New York Heart Association) sendo representada por classes funcionais em níveis de I a IV. Atualmente estudos tem se direcionado para pacientes portadores de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada. Esta revisão tem como objetivo buscar esclarecimentos em relação a fisiopatologia e as condições que cercam estes pacientes em relação a sua capacidade funcional e a prática de exercícios físicos [6,7,8]. Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) associa-se a uma diminuição do relaxamento do ventrículo esquerdo e ou uma redução de sua complacência, tendo uma prevalência que varia entre 30% a 50% em estudos epidemiológicos, sendo mais freqüente em mulheres, idosos e hipertensos [9,10,11]. Pacientes com disfunção diastólica apresentam aumento do processo fibrótico do VE principalmente com a ação dos colágenos tipo I CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. (Carboxilico terminal propriopeptidio e telopeptidio tipo l e amino terminal propriopeptidios) e tipo III(Amino terminal propriopeptidio) gerando um aumento da rigidez ventricular, por maiores concentrações de colágeno por alterações na matriz das metaloproteinase MMP -1, MMP-2, MMP-9. Estas alterações promovem uma diminuição do tempo de relaxamento isovolumétrico diastólico em todo o período de diástole, no relaxamento e na complacência. Existem evidências que o aumento do processo fibrótico de pacientes com função diastólica, pode ser um importante marcador para ajudar a entender melhor a fisiopatologia desta característica de pacientes objetivando novas formas de diagnóstico e intervenções terapêuticas [12,13] Outro fator relevante nos pacientes com (ICFEP), é que estes pacientes possuem um aumento na rigidez arterial e diminuição da complacência das artérias, agravando ainda mais o quadro clínico e limitando a capacidade funcional [14-16]. Fisiopatologia da Rigidez Arterial A elasticidade arterial pode ser determinada pelas fibras elásticas, células musculares lisas e colágeno da parede arterial, tendo o processo de envelhecimento importantes fatores que contribuem para a rigidez arterial tais como dilatação do lúmen arterial, espessura de camadas médias e intimas, enrijecimento vascular e disfunção endotelial [17]. Estudos realizados por Zieman et al, aborda questões estruturais ligadas a rigidez arterial, como componentes celulares, contribuição genética, matriz extracelular, moléculas inflamatórias, função endotelial e espécies oxidativas reativas. Todos estes componentes estavam relacionados com o estilo de vida e estavam relacionados com aumento da rigidez arterial [18]. Em concordância, um importante estudo realizado por Najjar et al. [19], Baltimore Longitudinal Study of Aging, avaliaram 449 pacientes normotensos ou hipertensos com idades acima de 53 anos utilizando a mensuração da velocidade Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 de onda de pulso arterial (VOP) como um índice de rigidez arterial sendo relacionado como um preditor de modificações nos valores da pressão arterial sistólica e na incidência de hipertensão arterial sistêmica (HAS). O estudo confirma que a VOP foi um determinante longitudinal para o aumento da pressão arterial sistólica e um preditor de incidência a HAS, observando um aumento de 10% no risco relativo para cada 1m/s de aumento de VOP. O estudo conclui que a VOP é uma importante ferramenta para se identificar indivíduos normotensos que deveriam ser tratados para prevenir rigidez arterial e hipertensão [19]. Insuficiência Cardíaca e Rigidez Arterial Existe uma forte tendência de que pacientes com ICFEP apresentam uma maior rigidez das artérias e uma diminuição da complacência, aumentando ainda mais a gravidade e os sintomas, diminuindo a capacidade de realização de esforços. Em um importante estudo retrospectivo, Chae et al, avaliou 1621 homens e mulheres com média de idade de 79.9 anos durante 5 anos de acompanhamento, no qual foram mensuradas a PA e a incidência de hospitalização com diagnóstico por IC. Após ajustes para as variáves com potencial de viés de confusão, foi observado que a pressão de pulso (PP) se mostrava como um preditor de risco independente para o desenvolvimento da IC, sendo que um aumento de 10mmHg na pressão de pulso foi associado a uma elevação de risco de 14% [20]. Pacientes que apresentam maior rigidez passiva do ventrículo esquerdo e uma anormalidade no relaxamento possuem fortes correlações com a rigidez arterial, e disfunção diastólica. Em um estudo prospectivo multicêntrico realizado por Zile et al., avaliou 47 indivíduos com IC submetidos a ecocardiografia com Doppler com o objetivo de verificar se ICFEP teria anormalidades da contração ventricular e maior rigidez arterial. Os resultados deste estudo de33 garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. monstram que os pacientes com diagnóstico de ICFEP apresentavam alterações na contratilidade ventricular esquerda, por conta de um relaxamento anormal e uma passiva rigidez ventricular, onde o grupo de pacientes com ICFEP apresentaram 59 msec em comparação com o grupo conrole que foi de 34 mseg [21]. Papel do Exercício Físico na ICFEP e na Rigidez Arterial A prescrição de exercícios físicos para pacientes com ICFEP tem sido bastante discutida nos meios que trabalhem com reabilitação cardíaca, onde surgem muitos questionamentos sobre a promoção da melhora da qualidade de vida e na diminuição de novos eventos cardiovasculares são bastante freqüentes. Muitos pacientes com idade acima dos 65 anos com diagnóstico de IC , possuem fração de ejeção normal (ICFEP). Por outro lado estes pacientes sofrem intolerância ao esforço e ao exercício, tendo os fatores como o processo de envelhecimento, distensibilidade aórtica reduzida, diminuição da complacência arterial, aumento da resistência vascular periférica e modificações metabólicas e estruturais dos tipos de fibras musculares da periferia como principais determinantes [22,6]. Em estudo realizado por Hundley et al. [23], buscou correlacionar a redução exagerada da área aórtica torácica e sua distensibilidade com a intolerância ao exercício em pacientes idosos com ICFEP. Foram selecionados 30 pacientes, onde foram divididos em três grupos: G1-10 pacientes saudáveis de 20-30 anos, G2-10 pacientes com mais de 60 anos hipertensos e G3- 10 pacientes com mais de 60 anos, classe funcional II-III (NYHA) e fração de ejeção ventricular (FEVE) >55%. Os fatores em estudo e desfechos foram avaliados por ressonância magnética cardíaca, ECG de esforço e ergoespirometria respectivamente. Como resultado o estudo apresentou que os pacientes com ICFEP, apresentaram uma 34 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 redução no tempo de exercício e VO2 pico, a distensibilidade aórtica torácica avaliadas por ressonância magnética correlacionou significativamente com a capacidade de pico de exercício, comprovando que a diminuição distensibilidade aórtica gera uma dimnuição na intolerância ao exercício pela maior rigidez. Isto porque o fluxo sanguíneo para a periferia após a sístole ventricular gera um aumento da capacidade de trabalho do VE, acelerando o retorno da onda reflexa periférica para a aorta, reduzindo a perfusão muscular para o exercício, determinando fadiga muscular precoce resultando de um metabolismo anaeróbio mais proeminente e, consequentemente uma maior acidose metabólica [23]. Outro importante fator é o relaxamento do miocárdio e intolerância ao exercício, estudos realizados por Skaluba e Litwin [24], procurou avaliar os mecanismos de intolerância ao esforço por ecocardiografia com Doppler e teste ergométrico de esforço máximo determinando um ponto de corte para a intolerância ao esforçon menor que 7 mets. O estudo testou a relação do relaxamento miocárdico com tolerância ao exercício e se os dados derivados da razão entre as velocidades “E” do enchimento precoce do Doppler transmital e a velocidade “e” de deslocamento diastólico precoce do anel mitral seriam úteis na predição da capacidade do exercício. Como resultado, pacientes que obtiveram um E/e<10 (Padrão lento de relaxamento), tiveram menor desempenho em esteira com média de 5 mets. O fluxo trasmital combinado com as velocidades do anel transmitral, um índice não invasivo de relaxamento e pressão de enchimento ventricular, permitiram predição da capacidade de exercício, sugerindo que as pressões de enchimentos elevadas do VE tem no relaxamento anormal uma das causas mais diretas a intolerância ao esforço [24,25]. Para Mottram P, et al. a ICFEP caracteriza-se por dispnéia e o aumento da pressão ventricular esquerda durante o stress físico. Em seu estudo, procurou relacionar o aumento induzido pelo exercício no BNP e índices de estimativa CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. pressórica diastólica do VE em pacientes com suspeita de ICFEP. Foram avaliados 26 pacientes com suspeita de ICFEP, com FEVE acima de 50% medida por Ecocardiografia e teste de exercício usando protocolo de Bruce em teste de esteira, o BNP foi coletado no repouso, a ecocardiografia foi obtida por Doppler transmital e tissular e as velocidades anulares mitral foram obtidas no repouso e pico de exercício, o fluxo de pressão do VE foi estimado com a relação e/ Ea. Os resultados apresentaram que o BNP em repouso correlaciona-se com a pressão de pulso em repouso ( r=0.45, p=0.02) a performance máxima de exercício (4.6 min) estava limitada pela dispnéia. A pressão arterial aumentou com o exercício de 143 a 191 mmHg; 50% dos pacientes obtiveram resposta hipertensiva. O pico de exercício e o BNP correlacionam-se com a velocidade trasmital(r= 0.41, p< 0.5) onde o BNP aumentou com o exercício de 48 para 74 pg/ml. O aumento do BNP com exercício em pacientes hipertensos com suspeita de ICFEP, esta associado com a capacidade de exercício, onde quanto maior for a hipertensão maiores os níveis de BNP, maior probabilidade de ICFE, menor tolerância ao exercício. O pico de exercício e os níveis aumentados de BNP identificam elevação do fluxo pressórico em ICFEP [26]. Em elegante estudo, Arruda et al. [27] procurou relacionar capacidade de exercício pelo padrão respiratório com trocas gasosas, comparando pacientes com insuficiência cardíaca com fração sistólica comprometida (ICFEC),ICFEP e grupo controle sem IC. O objetivo, foi verificar as respostas de troca respiratória ao exercício nos pacientes com ICFER, ICFEP e no grupo controle. Foram testados pelo teste ergoespirométrico de esforço, ecocardiografia, obtendo os seguintes resultados: Os pacientes portadores de Insuficiências cardíaca (sistólica-diastólica), quando comparados ao grupo controle, demostraram menor capacidade de atingir o pico de VO2 e volume de ar corrente. A ventilação era mais elevada nos portadores de Insuficiências cardíaca diastólica, como também o equivalente ventilatório para Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 CO². O estudo conclui como resultado mais importante, que as velocidades precoces do influxo transmital e do anel mitral são preditores de capacidade de exercício e de elevada capacidade de respostas ventilatórias em pacientes com insuficiência cardíaca distólica [27]. Exercícios Aeróbios e Rigidez Arterial Pacientes com ICFEP possuem um aumento na VOP, aumento da rigidez arterial e diminuição da complacência das artérias, devido ao processo de envelhecimento, desenvolvimento de hipertensão arterial, tabagismo, sedentarismo e dislipidemia. Atualmente se reconhece que os exercícios aeróbios possuem uma importância significativa na reabilitação de pacientes com ICFEP melhorando a qualidade de vida e permitindo níveis de aptidão física ideais para manter suas atividades de vida diária sem comprometer o sistema cardiovascular e desenvolver novos eventos sintomáticos. Um estudo realizado por Hayashi et al. [28] avaliou os efeitos do trabalho aeróbio na rigidez arterial central e periférica com exercícios de grau moderado a intenso. Foram avaliados 17 homens saudáveis, sedentários com idade de 50 anos normotensos e não fumantes. Foram submetidos a sete meses de treinamento aeróbio em intensidades de 60% da freqüência cardíaca máxima durante 30 minutos 3 vezes por semana e após 75% da freqüência cardíaca máxima, 45 minutos 4 vezes na semana. A rigidez arterial foi avaliada pela VOP carótida-femoral, tendo após o período de treinamento a VOP aórtica uma redução significativa enquanto a femoral não ocorreram mudanças, demonstrando que em intensidades mais altas a redução da rigidez periférica é maior devido ao aumento do diâmetro arterial em atividades mais intensas [28]. Comprovando esta hipótese, estudos realizados por Sugawara et al, demonstrou que o diâmetro da artéria femoral tem aumento significativo em estudos de 6 semanas de duração com intensida35 garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. des médias de 80% da freqüência cardíaca máxima [29]. Estudo realizado por Tanaka et al. [30], avaliou os efeitos do exercício aeróbio, correlacionando rigidez arterial, idade e complacência das artérias em 152 homens saudáveis na faixa-etária de 18 a 77 anos. Foi avaliado complacência das artérias por tonometria de aplanação realizando trabalho aeróbio com intensidades de 60% a 70% da freqüência cardíaca máxima durante 3 meses. Houve um aumento da complacência das artérias e redução de 20% da rigidez arterial, observando que o fato da complacência não se modificar em alguns casos, é pelo efeito elástico das artérias que estão envolvidas com os níveis de colágeno e elastina, sugerindo protocolos de treinamento mais longos e intensidades maiores, nesses casos [30]. Outros fatores importantes estão relacionados a resposta do exercício na rigidez arterial e complacência das artérias, uma melhora no fluxo sanguíneo periférico, uma melhor contração da bomba muscular e consequentemente uma melhora no retorno venoso, um poder maior de vasodilatação promovida por uma maior secreção do oxido nítrico, uma melhora na biodisponibilidade do substrato energético envolvido no exercício, menores concentrações de lactato estão todos envoltos de um sistema integrado. Para Seals et al. o trabalho aeróbio favorece uma diminuição na modulação severa da elasticidade das artérias, melhorando a função vascular, diminui o estress oxidativo e promove uma melhor resposta a complacência arterial [31]. Em portadores de doença arterial coronariana, observou-se uma redução da rigidez arterial com 12 semanas de treinamento aeróbio, tendo uma redução da reflexão da onda de pulso , sugerindo que 12 semanas seria tempo suficiente para promover mudanças positivas na rigidez arterial e complacência das artérias nestes pacientes [32]. Em relação a idade e rigidez arterial, um estudo recente aponta que homens acima dos 50 anos com diagnostico de rigidez arterial, tanto em hipertensos como normotensos, o treina36 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 mento aeróbio induz uma diminuição da rigidez arterial, aumento da complacência e diminuição de riscos cardiovasculares relacionado a idade [33]. Parece não haver muitas dúvidas indo de acordo aos estudos citados, que o trabalho aeróbio possui uma influência positiva em relação a diminuição da rigidez das artérias e melhora da complacência tanto em hipertensos, normotensos, pacientes com diagnóstico de doença arterial coronariana e IC. Em relação a rigidez arterial e a raça, parece que o nível de aptidão e condicionamento aeróbio pode ser uma causa determinante importante na rigidez arterial quando comparado indivíduos africanos e caucasianos e idosos, sendo neste último que o decréscimo acentuado dos níveis de condicionamento aeróbio aumenta a rigidez e diminui a complacência das artérias. A rigidez arterial é um preditor de risco cardiovascular modificável independente da raça [34,35]. CONCLUSÃO Em conclusão aos estudos apontados nesta revisão indicam que o exercício aeróbio parece ser uma estratégia não farmacológica que vem a auxiliar no tratamento de pacientes com ICFEP, com diagnóstico de rigidez arterial. A diminuição da velocidade de onda de pulso, aumento da complacência arterial promovidas pela ação dos exercícios aeróbios gera uma redução nas respostas negativas ligadas ao remodelamento cardíaco na IC, diminuindo a sobrecarga cardiovascular, agindo diretamente na pressão de pulso, promovendo níveis menores da pressão arterial, diminuindo a resistência vascular periférica, aumentando a biodisponibilidade do oxido nítrico por maior sizilhamento endotelial (shear stress), diminuição das concentrações de lactato e consequentemente maior tolerância ao exercício, diminuição dos marcadores cardiovasculares como proteína c reativa, TNF1 e interleucinas. As modificações ocorridas com a prá- CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. tica contínua de exercícios aeróbios, promove adaptações tanto centrais quanto periféricas, sendo esta última uma das grandes responsáveis pela diminuição da tolerância a pratica de exercícios por pacientes com ICFEP. As respostas ventilatórias tendem a melhorar com um maior incremento do VO2 pico e alterações nas fibras musculares esqueléticas que apresentam modificações em fibras do tipo I oxidativas em fibras do tipo IIa e IIb mais glicolíticas aumentando a quantidade de mitocôndrias e capilares diminuindo apoptose e estado de caquexia apresentado nas fazes inicias da IC. O mais importante de todas as adaptações apresentadas e sem dúvida alguma a melhora da qualidade de vida destes pacientes com esta característica. REFERENCES 1. American Heart Association 2005. Heart disease and stroke statistical update.www.americanheart.org 14/09/2008 2. Mesquita ET, Bocchi EA, Boas FV, Blatouni M, II diretrizes para diagnóstico e tratamento da insuficiência cardíaca. Arq Bras Cardiol. 2002;79(Supl.IV):1-30. 3. Ho K, Pinsky JL ,Kannel WB, Levy D.The epidemiology of heart failure:the Framingham Study. Journal American College Cardiology. 1993;22:6A-13A. 4. I Mesquita ET, Bocchi EA, Boas FV. I diretrizes latino Americano para avaliação e conduta na Insuficiência Descompensada. Arq Bras Cardiol. 2005; 85(Supl.III). 5. Jessap N, Suzan B. Heart Failure. Review Article. N.Engl.J. Med.2003; 348:2007-18 6. Rosenguine TB, Chiappa RG, Ribeiro JP. Fluxo sangüíneo muscular na Insuficiência Cardíaca: Interação entre fatores centrais e locais. Rev Hospital de 2007,27:41-46 7. The Criteria Committee of the New York Heart Association: Nomenclature and criteria for diagnosis of diseases of the heart and great vessels. 9th ed. New York: Copyright, 1994: 259-63. 8. Vasan RS, Larson MG, Beijamin EJ, Evans JC. Congestive heart failure in subjects with normal versus reduced left ventricular ejection fraction: prevalence and mortality in a population-based cohort. Journal Amer Coll Cardiol.1999;33:1948-55. Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 9. Mosterd A, Cost B, Hoes AW, Bruijine MC. The prognosis of heart failure in the general population the Rotterdam study. Eur J Heart Failure.2001;22:1318-27. 10. Klotz S, Hay I, Zhang G, Maurer M, Wang J, Burkhoff D. Development of Heart Failure in Chronic Hypertensive Dahl Rats: Focus on Heart Failure With Preserved Ejection Fraction. Hypertension ; 2006;47;901-911 11. Kuznetsova T, Herbots L, Lopez B, Yu Jin, Richart T, Thijs L, et al. Prevalence of Left Ventricular Diastolic Dysfunction in a General Population. Circulation: Heart Failure. 2009;2:105-112 12. Martos R, Baugh J, Ledwidge M, O’Loughlin C, Conlon C, Anil Patle et al. Diastolic Heart Failure: Evidence of Increased Myocardial Collagen Turnover Linked to Diastolic Dysfunction. Circulation 2007;115;888-895 13. Barasch E, Gottdiener JS, Aurigemma G, Kitzman W, Han J, Kop WJ, et al. Association Between Elevated Fibrosis Markers and HeartFailure in the Elderly. Circ Heart Fail. 2009;2:303-310. 14. Weber T, O’Rourke MF, Ammer M, Kvas E, Punzengruber C, Elber B. Arterial stiffness and arterial wavw reflections are associated with systolic and diastolic function in patients with normal ejection fraction. Am J Hypertension 2008 Nov;21(11)1194-202. 15. Desai AS, Mitchell GF, Fang JC, Creager MA. Central aortic stiffness in patients with heart failure and preserved ejection fraction. J Card Fail 2009 Oct;15(8):658-64 16. Tomomi M, Yuji N, Atsuhi N, Chiori S, Nobusuke K, Masaru S. Elevated arterial stiffness evaluated by brachialankle pulse wave velocity is deleterious for the prognosis of patients with heart failure. Circ Journal 2009;73:673680 17. Cohn NJ. Arterial stiffness, vascular disease, and risk of cardiovascular Circulation.2006; 113:601-3. 18. Zieman JS, Melenovsky V, Kass AD.Mechanism,Path ophysiology,and therapy of arterial stiffness. Arterioscler. Thromb.Vasc.Biol.2005;25:932-943 19. Najjar SS, Scuteri A, Shetty V, Wright GJ, Muller CD, Fleg LJ et al. Pulse wave velocity is an independent predictor of the longitudinal increase in systolic blood pressure and of incident hypertension in the Baltimore longitudinal study of aging..J. Amer Col Cardiol 2008;51:1377-1383. 20. Chae UC, Pfeffer AM, Glynn JR.Increased pulse pressure and risk of heart failure in the elderly. JAMA1999;281(7):634-643. 21. Zile RM, Baicu FC, Gaasch HW.Diastolic heart failureAbnormalities in active relaxation and passive stiffness of relation and passive stiffness of the left ventricule. N Engl J Med .2004;350:1953-9 37 garcia, el et al - Efeitos do Exercício Aeróbio na Reatividade Vascular em Portadores de Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada. 22. Aurigemma PG, Gaasch HW. Diastolic heart failure. N Engl J Med .2004;351:1097-105. 23. Hundley WG, Kitzman DW, Morgan TM, Hamilton CA, Darty SN, Stewart KP et al. Cardiac-dependent changes in aortic area and distensibility are reduced in older patients with isolated distolic heart failure and correlate with exercise intolerance. J Am Coll Cardiol.2001;38(3): 797-802. 35. Takeshi O, Seiji M, Jun S, Yumiko K, Haruka MT, Takashi M, et al. Age-Related Reduction of Systemic ArterialCompliance Relates to Decreased AerobicCapacity during Sub-Maximal Exercise. Hypertens Resv 2006; 29: 759–765 24. Skaluba SJ, Litwin SE.Mechanisms of exercise intolerance.Circulation. 2004;109:972-977. 25. Galderisi M. Diastolic dysfunction and diastolic heart failure: diagnostic,prognostic and therapeutic aspects. Cardiovascular Ultrasound 2005, 3:9 doi:10.1186/1476-7120-3-9 26. Mottram PM, Haluska BA, Marwick TH. Response of B-type natriuretic pepticle to exercise in hypertensive patients with suspected diastolic heart failure: Correlation with cardiac function, hemodynamics, and workload. 2004; American Heart Journal, 148 2: 365-370. 27. Arruda ALM, Pellikka PA, Olson TP, Johnson BD. Exercise Capacity, Breathing Pattern, and Gas Exchange During Exercise for Patients with Isolated Diastolic Dysfunction. J Am Soc Echocardiogr. 2007 Jul;20(7):838-46 28. Hayashi K, Sugawara J, Takashiy. Effects of aerobic exercise training on the stiffness of central and peripheral arteries in middle-aged sedentary men.Japanese journal of physiology.2005.235-9. 29. Hayashi K, Sugawara J, Komine H, Maeda S, Takashi. Effects of Aerobic Exercise Training on the Stiffness of Central and Peripheral Arteries in Middle-Aged Sedentary Men. Japanese Journal of Physiology, 2005;55, 235– 239. 30. Tanaka H, Dinenno F, Monahan D. Aging, habitual exercise, and dynamic arterial compliance. Circulation 2000; 102:1270-5. 31. Seals DR, Souza CA, Donato AJ, Tanaka H. Habitual exercise and arterial aging. 2008-J Appl Physiol 105:1323-1332. 32. Schofield S, Edwards G. Effects of exercise training on central aortic pressure wave reflection in coronary artery disease. Am J Hypertension. 2004; 17:540-3. 33. Hiromi Muratani. Improvementn of Arterial Stiffness by Aerobic Exercise in Eldery Subjects. Hypertension 2007;30:875-877. 34. Aren R, Ding-Yu Fey, Arrowood JA, Kraft KA. Influence on Aerobic Fitness on Aortic Stiffness in Apparently Healthy Caucasian and African-American Subjects. Int J Cardiol. 2007 Nov 30; 122(3): 202–206. 38 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 31-38 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 UPDATING ARTICLES Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Malnutrition, Inflammation and Cardiac Surgery Alessandro Gonçalves Altoé¹, Marcellus Gasola Grilo², Luis Daniel da Fraga Torres³, Odilon Silva Henrique Junior4 Abstract Patients who undergo heart surgery are often serious cases that have a great number of comorbities and surgical risk factors. Malnutrition and inflammation are two important risk factors that can influence the postoperative evolution of these patients. Postoperative nutritional assessment: It is important to associate clinical data (anamnesis and physical examination) to supplementary medical examinations (glucose, complete blood count, lipidogram, total and fractions of protein, prealbumin). Several indexes can be used to assess the malnutrition grade: Subjective Global Assessment, Nutritional Risk Score, Nutritional Risk Index, and Malnutrition Universal Screening Tool. Malnutrition and inflammation: Inflammation provokes alterations that can aggravate the nutritional condition; it can lead to cachexia under certain circumstances. It is common to associate inflammation to some chronic diseases: heart failure, coronary artery disease, neoplasias, chronic kidney disease, and obesity. Some indices (PINI, Glasgow Prognostic Score, PCR/albumin ratio) use the protein acute-phase dosage and can provide relevant information concerning the prognostic of certain patients. Malnutrition and heart physiology: Some studies have shown that malnutrition can interfere in the heart function and provoke reduction of myocardial mass. In the advanced heart disease, the inflammatory stage can aggravate the nutritional condition and consequently the heart function. Malnutrition and immune system: Malnutrition can provoke immunological disorders and a greater susceptibility to infections. Endocrine metabolic changes provoked by surgery trauma in association with the extracorporeal circulation can aggravate the nutritional and immunological condition leading to a greater possibility of postoperative infections in heart surgery. Nutritional management: Studies have shown that nutritional therapy in preoperative phase decreases mortality and postoperative mortality. Immunomodulatory formulas may have additional benefits compared to the traditional ones. Conclusion: We can conclude that the nutritional and inflammatory assessment in preoperative heart surgery is very important because it allows us to identify, treat, and control nutritional disturbs and deficits because of loss or excess of weight, so reducing morbidity, mortality and the time of postoperative internment. 1-Cirurgião Cardiovascular do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapermirim, Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Mestrando em Cirurgia Cardiovascular pela Fundação São Francisco de Assis - Verdade é Jesus 2- Título de Especialista em Terapia Nutricional (SBNPE), Título de Especialista em Nefrologia (SBN), Título de Especialista Terapia Intensiva (AMIB), Mestrado em Terapia Intensiva, Professor da Pós-Graduação em Medicina Intensiva da Faculdade Redentor/AMIB-ES 3- Cirurgião Cardiovascular, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 4- Cirurgião Cardiovascular, Membro associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular Endereço para correspondência: Alessandro Gonçalves Altoé Rua Aramis Barroso de Lima, 19, Ap 201, Gilberto Machado - Cachoeiro de Itapemirim - ES, Brasil - CEP:29303-390 E-mail: [email protected] 39 Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Key-words: extracorporeal circulation, inflammatory markers, nutritional markers, immune system. Resumo Fundamentos: pacientes submetidos à cirurgia cardíaca são geralmente pacientes graves com grande nº de comorbidades e fatores de risco cirúrgico. Desnutrição e inflamação são dois fatores de risco importantes e que podem influenciar a evolução pós-operatória destes pacientes. Avaliação nutricional no pré-operatório: é importante a associação entre dados clínicos (anamnese e exame físico) e exames complementares (glicose, hemograma completo, lipidograma, proteínas totais e frações, préalbumina). Existem vários índices que podem ser utilizados para avaliar o grau de desnutrição: avaliação subjetiva global, Nutrition Risk Score, Nutrition Risk Index, Malnutrition Universal Screenging Toll. Desnutrição e inflamação: inflamação provoca alterações que podem piorar o estado nutricional, podendo levar a caquexia em determinadas condições. É comum a associação entre inflamação e determinadas doenças crônicas: insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, neoplasias, insuficiência renal, obesidade. Alguns índices (IPIN, Glasgow prognostic score, relação PCR/albumina) utilizam à dosagem de proteínas de fase aguda e podem fornecer informações importantes relativos ao prognóstico de determinados pacientes. Desnutrição e fisiologia cardíaca: estudos revelaram que a desnutrição pode interferir na função do coração e provocar redução da massa miocárdica. Na insuficiência cardíaca avançada o quadro inflamatório presente pode piorar o estado nutricional e conseqüentemente à função cardíaca. Desnutrição e sistema imunológico: desnutrição pode provocar deficiências imunológicas e uma maior suscetibilidade a infecções. Mudanças endócrino-metabólicas provocadas pelo trauma cirúrgico em associação com a circulação extracorpórea podem piorar o estado nutricional e 40 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 23-28 imunológico, levando a maior possibilidade de infecções no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Manejo nutricional: estudos têm demonstrado que a terapia nutricional no pré-operatório reduz morbidade e mortalidade pós-operatória. Fórmulas imunomoduladoras teriam benefícios adicionais comparadas com as tradicionais. Conclusão: podemos concluir que a avaliação nutricional e inflamatória no pré-operatório de cirurgia cardíaca é de grande importância, pois permite identificar, tratar e controlar distúrbios e déficits nutricionais por perda ou excesso, reduzindo morbidade, mortalidade e tempo de internação no pós-operatório. Palavras - chave: Circulação extracorpórea, marcadores inflamatórios, marcadores. Nutricionais, sistema imunológico. INTRODUÇÃO À medida que os métodos menos invasivos avançam acompanhando a evolução tecnológica e a população envelhece, o número de pacientes com doenças de maior complexidade associadas cada vez mais a um maior número de comorbidades que são encaminhados à cirurgia cardíaca, tem aumentado na mesma proporção; por isso, a avaliação pré-operatória com a identificação de possíveis fatores de risco e a sua correção é de grande importância, na tentativa de reduzir o número de complicações e mortalidade no pós-operatório. A importância do estado nutricional em cirurgia foi reconhecida a mais de 70 anos, em 1936 por Sutdley, ao observar que os portadores de úlceras duodenais estenosantes com perda de peso de 20% apresentavam maior taxa de complicações e mortalidade do que aqueles com menor perda de peso [1]. Desnutrição pode ser definida como um estado em que à deficiência, excesso ou desequilíbrio de energia, proteínas e outros nutrientes causam efeitos adversos mensuráveis na estrutura tecidual ou corporal, função orgânica e evolução clínica. Trata-se de conceituação ampla, CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca que inclui a deficiência protéico-calórica, mas também o desequilíbrio de micronutrientes, encontrado principalmente em idosos, obesos e portadores de doenças crônicas debilitantes [2]. No Brasil estima-se que em 2050, a expectativa de vida ao nascer chegue a 85 anos, elevando assim, a parcela de idosos na população. Atualmente 15 milhões de pessoas (8,6 % da população total) já passaram dos 60 anos. As estimativas indicam que em 2025, o país terá mais do que o dobro do número de idosos existentes na atualidade. Com o envelhecimento, mudanças fisiológicas, metabólicas e capacidade funcional resultam em alterações das necessidades nutricionais. Além disso, a população de idosos é heterogênea pela diversidade social, cultural, econômica e idade fisiológica. Essas mudanças, assim como, a diversidade entre os idosos, podem contribuir para alterar o seu estado nutricional. O mais importante distúrbio nutricional observado nos idosos é a desnutrição a qual está associada ao aumento da mortalidade e suscetibilidade a infecções [3]. Atualmente a população mundial de pessoas acima de 60 anos é de aproximadamente 11% do total e a previsão é de que em 2050 chegue a 22% da população total segundo o Census Bureau [4]. A obesidade também pode estar associada a estados de carência nutricional. Pesquisas demonstram ingestão inadequada de micronutrientes na maioria dos obesos mórbidos, principalmente ferro, vitamina B9 e D [5,6]. Outros estudos revelaram que a prevalência de desnutrição em pacientes hospitalizados pode variar de 20 a 61% dos pacientes internados e que quanto maior o tempo de internação, maior será a possibilidade do paciente se tornar desnutrido [7,9]. A desnutrição hospitalar pode refletir o perfil nutricional da população e por outro lado, problemas nutricionais associados a processos patológicos [10]. A desnutrição pré-operatória é reconhecida como um fator independente de risco de maior morbidade e mortalidade pós-operatórias por diminuição dos compartimentos de composição corporal, notadamente massa magra, imunodepressão celular e retardo na cicatrização de feridas [11,12]. Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 Verificou-se recentemente, que doentes graves, tanto portadores de doenças agudas quanto os portadores de doenças crônicas, tais como: insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana, insuficiência renal, neoplasias; podem apresentar algum grau de inflamação sistêmica associada e que esta condição pode causar ou agravar um quadro de desnutrição pré-existente [13-17]. O presente artigo tem como objetivo despertar a atenção para a importância do estado nutricional e a sua relação com inflamação no pré-operatório de cirurgia cardíaca para detecção de possíveis níveis de deficiência nutricional e inflamação sistêmica, objetivando suas correções na tentativa de diminuir possibilidades de complicações no pós-operatório. Avaliação Nutricional no Pré-Operatório O adequado rastreamento do estado nutricional no pré-operatório de cirurgia cardíaca deve ser realizado através da associação entre os parâmetros clínicos e laboratoriais. A avaliação clínica pode ser obtida através da avaliação subjetiva global elaborada por Detsky et al. [18,19]. Esta avaliação inclui anamnese e exame físico. Na anamnese estão incluídos dados relativos ao peso corpóreo, dieta, sintomas gastrointestinais, capacidade funcional física, grau de estresse da doença e no exame físico são avaliados a presença de edema, de perda de tecido subcutâneo e de massa muscular (Tabela 1). A avaliação objetiva pode ser realizada através da obtenção de dados antropométricos e laboratoriais. Os dados antropométricos incluem: circunferência do braço, panturrilha, abdominal, pregas cutâneas, índice de massa e composição corpórea; sendo que os laboratoriais incluem: hemograma completo, eletroforese de proteínas, balanço nitrogenado, colesterol sérico, etc. [20,21]. Podem ser considerados como marcado res de desnutrição: •Perda involuntária de peso de aproxi- madamente 5% em 1 mês, 7,5% em três meses, 10% em 6 meses; 41 Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 Tabela 1. Avaliação Nutricional Subjetiva Global • Peso baixo para altura, inferior a mais de 20% do peso corpóreo ideal; • Índice de massa corporal (IMC) menor que 19 Kg/m²; •Albumina abaixo de 3,5 mg/dl; • Nível de colesterol inferior a 160 mg/dl; • Mudança do estado funcional de independente para dependente; • Ingestão alimentar inadequada; • Circunferência muscular do braço inferior ao percentil 10; • Prega cutânea tricipital menor que o percentil 10 ou maior que o percentil 95; • Contagem de linfócitos <1500/mm³ [22,23] flamatória sistêmica, mas tem um valor prognóstico importante, estando associado a um aumento de morbidade e mortalidade no pós-operatório de cirurgia geral, cardíaca e também de pacientes hospitalizados [25-32]. Outros estudos revelam que a pré-albumina e transferrina são marcadores nutricionais com sensibilidade mais elevada que a albumina, podendo ser utilizados como marcadores de desnutrição subclínica em cirurgia cardíaca [33,34]. Existem vários outros índices nutricionais na literatura que podem ser utilizados para avaliar o grau de desnutrição no pré-operatório de cirurgia cardíaca. A maioria destes índices Tabela 2. Nutrition Risk Score (NRS) Alguns estudos revelam que a concentração de albumina sérica é um pobre marcador de estado nutricional, raramente está alterada em casos de desnutrição calórica [24]. A hipoalbuminemia parece estar mais comumente relacionada a resposta in42 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca leva em consideração dados objetivos e subjetivos como: IMC, perda de peso, albumina, alteração do apetite. Dentre estes índices podemos citar: Nutrition Risk Score (NRS), Nutrition Risk Index (NRI), Malnutrition Universal Screening Toll (MUST)[35-37]. Tabelas (2, 3 e 4). Desnutrição e Inflamação Tabela 3. Nutrition Risk Index (NRI) Tabela 4. Malnutrition Universal Screening Toll (MUST) Na inflamação sistêmica crônica ocorre a liberação de mediadores inflamatórios que suprimem o apetite e induzem o hipermetabolismo, levando a lipólise, catabolismo muscular e aumento do “turn-over” de proteínas. O resultado é uma caquexia progressiva e declínio funcional [38]. Na desnutrição caquética há inflamação crônica associada à ingestão insuficiente de alimentos, sendo que o prognóstico e a resposta à terapia nutricional dependem da intensidade da inflamação e da possibilidade de controle da doença de base. Na hipoalbuminêmica ocorre uma descarga maciça de mediadores inflamatórios e o prognóstico depende do controle do agente Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 agressor, sendo que este tipo de desnutrição está presente nas grandes agressões como na sepse e no grande queimado [39]. Estudos revelam que algum grau de inflamação crônica pode ser encontrada em determinadas doenças crônicas, tais como: neoplasias, insuficiência renal crônica, diabetes, insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana,obesidade, etc. [40-45]. Outros estudos revelam que existe uma associação entre inflamação e desnutrição [46,47]. Isto pode ser observado nos pacientes portadores de insuficiência cardíaca, caquexia cardíaca,caquexia neoplásica,doença aterosclerótica [48-50]. A intensidade da resposta inflamatória pode ser identificada pelo aumento de determinadas proteínas no sangue, dentre elas podemos citar a alfa-1-antitripsina, feritina e em especial, o PCR. A associação entre desnutrição e a intensidade da inflamação crônica no pré-operatório podem influenciar o prognóstico de pacientes submetidos a grandes traumas cirúrgicos, como é o caso das cirurgias abdominais de grande porte, cirurgias torácicas [51] e cirurgias cardíacas. Pacientes cronicamente inflamados submetidos ao trauma cirúrgico e a circulação extra-corpórea podem apresentar uma resposta inflamatória mais intensa no pós-operatório e consequentemente aumentar o número de complicações [52]. Após o trauma cirúrgico , em função da ação conjunta de hormônios contrarreguladores, mediadores e citocinas pró-inflamatórias ocorre reação de fase aguda, com desvio da síntese de albumina para proteínas de fase aguda, consumo de massa celular orgânica em seus vários compartimentos (muscular e visceral) e imunodepressão pós-traumática. Enquanto perdurar esta grave condição clínica, pouca eficiência terá a terapia nutricional tradicional. Ações buscando reduzir a infecção e inflamação (reoperações, drenagem, antibióticos) em associação com uso criterioso de nutrientes imunomoduladores (glu43 Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca tamina, arginina, ácido graxos ômega-3 e antioxidantes) podem ser úteis na condução desses pacientes [53,54]. Ingenbleek e Carpentier propuseram em 1985 o índice de prognóstico inflamatório e nutricional (IPIN) para avaliar o prognóstico de pacientes gravemente enfermos, consistindo na seguinte fórmula:[55] IPIN: α-1-GA(mg/l) + PCR(mg/l) Alb(g/l) + TTR(mg/l) α-1-GA→ alfa-1- glicoproteína ácida; PCR→ proteína C reativa; Alb→ albumina; TTR→ transtiretina. Corrêa et al. demonstraram e propuseram em 2002 que a relação PCR/albumina apresentava sensibilidade semelhante ao índice de prognóstico inflamatório e nutricional para diagnóstico dos graus de risco de complicações, entretanto mais simples e com menor custo (Tabela 5) [56]. Tabela 5. Relação PCR/albumina Recentemente McMillan desenvolveu o Glasgow Prognostic Score, o qual se baseia na dosagem de albumina e PCR, para avaliar o prognóstico de pacientes portadores de neoplasias (Tabela 6) [57]. Tabela 6. Glasgow Prognostic Score 44 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 Desnutrição e Fisiologia Cardíaca Em 1866, Voit demonstrou através de estudo realizado em felinos com privação alimentar que estes animais apresentavam o coração levemente diminuído quando comparados com animais normais e concluíram que a desnutrição não influenciava de maneira significativa no coração [58]. Este conceito foi aceito até 1947, quando Keys et al. demonstraram através de uma grande série de autópsias de pessoas com deficiência alimentar que a redução do miocárdio era proporcional a redução do restante do corpo [59]. Neste mesmo estudo, Keys, demonstrou que àqueles pacientes que perdiam 25% do peso corporal após seis meses de dieta hipoproteíca e hipocalórica apresentavam uma diminuição significativa na dimensão do coração. Abel demonstrou através de estudos em cães que a atrofia miocárdica se correlaciona com vacualização das fibras miocárdicas , redução do tamanho e as vezes fragmentação de miofibrilas [60]. Outro estudo realizado por Kyger et al. em 1978, revelou que em pacientes desnutridos o trabalho da ventrículo esquerdo e o volume sistólico estavam significativamente reduzidos. Na insuficiência cardíaca avançada geralmente existe inflamação associada à liberação de mediadores pró-inflamatórios (citocinas,ex:TNFα) e inflamatórios que inibem o apetite, aumentam o catabolismo e pioram o estado nutricional, levando a desnutrição; por sua vez, a desnutrição piora a função cardíaca, agravando ainda mais o quadro a insuficiência cardíaca e levando a caquexia [61,62]. A caquexia cardíaca pode ocorrer em 53% dos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva em classe III ou IV. Diversos mecanismos parecem estar envolvidos na gênese desta síndrome, tais como: anorexia devido a inibição do apetite pela ação de mediadores inflamatórios, modificações na ingestão alimentar conseqüente a dietas rigorosas, alterações na absorção de alimentos devido ao edema de alças intestinais e o metabolismo anormal. Todos estes fatores parecem desempenhar papéis fundamentais no desen- CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca volvimento desta síndrome, entretanto, a hipóxia celular é um achado comum, secundário a um quadro semelhante a resposta inflamatória sistêmica, com liberação de mediadores inflamatórios, citocinas e ativação do sistema neuro-hormonal. A depleção protéica grave como a encontrada nesta condição, leva a debilitação, inanição, cicatrização lenta das feridas, aumento da morbidade e tempo de internação hospitalar; portando, a desnutrição pré-operatória está associada aos piores resultados em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, sendo a reposição pós-operatória de nutriente pouco eficaz para reverter esta condição clínica [61,62]. Desnutrição e Sistema Imunológico Deficiências protéica e protéico-calórica promovem alterações importantes no sistema imunológico, tais como: queda no nível dos componentes do sistema complemento, prejuízo na função dos neutrófilos, reação de hipersensibilidade retardada, queda na massa e função dos tecidos linfóides; levando consequentemente a deficiências imunológicas e a uma maior suscetibilidade as infecções [63,64]. A resposta do sistema imunológico às infecções envolve a ativação e propagação de células imunológicas; síntese de um conjunto de moléculas requerendo replicação de DNA, expressão de RNA; síntese e secreção de proteínas (imunoglonulinas); além de consumo adicional de energia. Os mediadores inflamatórios, por sua vez, promovem o aumento das respostas catabólicas e diminuição do apetite, levando a um aumento no consumo energético, degradação de proteínas, piorando o estado nutricional e consequentemente aumentando as deficiências imunológicas [65]. Os mecanismos de resistência do hospedeiro podem ser divididos em dois tipos principais: antígeno-específico e não específico. As defesas não específicas incluem: pele, mucosas, células fagocitárias, muco, cílios, complemento, lisossomos, interferon e outros fatores humorais. Mecanismos antígeno-específico incluem a produção de anticorpos pelos linfócitos B e T sistê- Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 micos. Na desnutrição protéico-calórica ocorre atrofia linfóide importante; diminuição do peso e tamanho do timo; menor diferenciação corticomedular; depressão das respostas de hipersensibilidade cutânea; redução na maturação e diferenciação completa de linfócitos T; redução significativa dos linfócitos CD4+ e CD8+; diminuição no número de células produtoras de anticorpos e na quantidade de secreção de imunoglobulinas; queda na afinidade de anticorpos; alterações nos mecanismos de fagocitose; redução na quantidade de C3, C5 e fator B; redução da destruição intracelular de bactérias; diminuição na produção de citocinas (interleucina 1, 2 e interferon ); menor eficiência das barreiras físicas; mudanças na qualidade do muco; redução na função de neutrófilos e monócitos [66,67]. Durante a circulação extra-corpórea ocorre à ativação de neutrófilos, linfócitos, monócidos, mocrófagos, sistema complemento e células endoteliais, levando a liberação de mediadores inflamatórios e pró-inflamatórios (fator de necrose tumoral, interleucinas) tendo como conseqüência uma resposta inflamatória sistêmica que pode variar de grau entre os pacientes [68]. Este estado inflamatório desencadeado pela CEC pode intensificar o quadro de desnutrição no pós-operatório, devido a redução do apetite, ao hipermetabolismo e ao aumento do catabolismo; podendo resultar em um aumento da disfunção imunológica e do quadro inflamatório quando pré-existente. Todas estas alterações ocasionadas no sistema imunológico pela desnutrição, quando associadas às mudanças endócrinas, metabólicas e inflamatórias provocadas pelo trauma cirúrgico e circulação extra-corpórea podem levar ao aumento de infecções e outras complicações no pós-operatório de cirurgias cardíacas [69]. Manejo Nutricional Vários estudos têm demonstrado que a terapia nutricional no pré-operatório reduz a morbidade e a mortalidade cirúrgica, devido a melhora do balanço nitrogenado, hidroeletrolí45 Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca tico, do processo de cicatrização e da resposta imunológica [70-73]. Abel et al. em 1976, demonstraram que pacientes com caquexia cardíaca submetidos à cirurgia de troca valvar apresentavam uma evolução pós-operatória desfavorável e que a introdução de nutrição parenteral no pós-operatório era ineficaz na redução da mortalidade e morbidade [74]. Estudos recentes têm demonstrado que a oferta pré-operatória de suplementos orais, enriquecidos com nutrientes imunomoduladores (arginina, nucleotídeos, ácido graxos ômega-3 e antioxidantes) cinco dias antes da cirurgia é capaz de atenuar a resposta inflamatória e modular a resposta imunológica, reduzindo a taxa de complicações no pós-operatório e o tempo de internação hospitalar [75,76]. Uma revisão recente apontou que a recomendação para o uso da suplementação com ômega-3 está bem estabelecida para determinadas condições clínicas, entre elas doença cardiovascular, hipertrigliceridemia e artrite reumatóide; entretanto, outras condições, que podem se beneficiar da ação anti-inflamatória do ômega-3, ainda estão sendo estudadas, apresentando evidências desses benefícios [77-79]. O equilíbrio entre os lipídeos da dieta tem como propósito controlar a resposta inflamatória exacerbada, por meio da relação entre os dois tipos de ácidos graxos polinsaturados ingeridos [80]. O alto consumo do ácido linoléico na dieta (ômega-6) favorece o aumento do conteúdo de ácido araquidônico nos fosfolipídios das membranas celulares, aumentando, consequentemente, a produção de prostaglandina E2 e leucotrieno B4, por meio das vias enzimáticas da ciclooxigenase e 5-lipoxigenase, respectivamente; entretanto, a ingestão de óleo de peixe introduz o ácido eicosapentaenóico (EPA) (20:5 -3) nos fosfolipídios das membranas, inibindo o metabolismo do ácido araquidônico por competição pelas mesmas vias enzimáticas (ciclooxigenase e 5-lipoxigenase), promovendo a formação de prostaglandinas E3, em vez da PGE2, e leucotrieno B5, em vez do B4, que são mediadores inflamatórios menos ativos, e consequentemente, 46 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 atenuando a reação inflamatória [81]. Recentemente, McGuinness et al. demonstraram através de estudo experimental que células endoteliais de veia safena estimuladas com endotoxina quando pré-tratada com ômega-3 apresentavam menor resposta inflamatória [82]. Vários trials prospectivos e randomizados sugerem benefícios adicionais com fórmulas imumoduladoras comparadas com as tradicionais quando bem indicadas, demonstrando redução de complicações infecciosas e do tempo de internação hospitalar [83-85]. Revisão recente, de 14 ensaios clínicos controlados, que testaram a suplementação com ômega três, isolada ou combinada com arginina e/ ou ácido ribonucléico versus placebo, demonstrou redução do risco relativo para complicações após cirurgia de câncer em todos os pacientes [86]. Em outro estudo prospectivo, randomizado e controlado, 45 pacientes candidatos a cirurgia cardíaca receberam dieta oral imunomoduladora no pré e no pós-operatório ou dieta controle, sendo que os pacientes que receberam a formulação contendo nutrientes imunomoduladores tiveram redução da taxa de complicações infecciosas [87]. Outros estudos demonstraram que em pacientes com lesão pulmonar aguda ou síndrome do desconforto respiratório, sob ventilação mecânica, o tempo de internação na UTI, tempo de ventilação mecânica e ocorrência de novas disfunções orgânicas estão reduzidos com a utilização de dietas enterais enriquecidas com ácidos graxos ômega três e antioxidantes [88,89]. A dose diária de ômega três para modular o processo inflamatório ainda não está bem estabelecida. Heller et al. demonstraram que ômega três administrado intravenosamente na dose de 0,11 g/kg em média 8,7 dias , reduziu mortalidade em 661 pacientes cirúrgicos e de UTI.[90] Quando utilizado por via enteral, o ômega 3 leva aproximadamente 3 dias para alcançar níveis adequados na membrana celular, entretanto, por via parenteral resposta clínica relevante pode ser alcançada em 3 h [91]. Embora existam várias evidências favoráveis da suplementação com -3, outros estudos CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca [92] publicaram resultados contrários, em que os ácidos graxos poliinsaturados dessa família inibiram a resposta imune mediada por linfócitos T. Tal efeito é indesejável, principalmente em indivíduos previamente imunossuprimidos. Apesar dos resultados desses estudos, uma análise mais crítica sugere que a imunossupressão ocorreu, em parte, devido ao aumento da peroxidação lipídica pela oferta reduzida de antioxidantes, em particular de vitamina E, que pode ser prevenido com sua suplementação [93]. Alguns estudos sugerem que a nutrição parenteral tem melhores resultados quando administrada de preferência no pré-operatório, evitando sua indicação de rotina no período pós-operatório. Deverá ser usada no período pós-operatório, na vigência de complicações operatórias ou quando a via gastrointestinal não puder ser usada num período entre 5 a 7 dias. [94,95]; entretanto, sempre que possível, deve-se preferir o uso de dieta enteral, considerando aspectos fisiológicos e seu menor custo. A oferta pré-operatória de suplementos orais enriquecidos com nutrientes imunomoduladores é capaz de atenuar a resposta inflamatória e modular a resposta imunológica, reduzindo a taxa de complicações no pós-operatório [96-98]. Em resumo, podemos concluir que a avaliação nutricional e inflamatória no pré-operatório de cirurgia cardíaca é de grande importância, pois permite identificar, tratar e controlar distúrbios e déficits nutricionais por perda e excesso na fase pré-operatória, diminuindo morbidade, mortalidade e tempo de internação hospitalar. A reposição nutricional pode reverter às mudanças provocadas no miocárdio e no sistema imunológico devido à desnutrição. Fórmulas contendo nutrientes com atividade imunomoduladora no pré e pós-operatório pode contribuir para atenuar o estado inflamatório e modular a resposta imunológica pós-operatória. A via enteral deverá ser a preferencial, sempre que possível, quando a suplementação oral não for mais suficiente. A via parenteral deverá ser reservada apenas para situações especiais quando a via enteral não for possível ser utilizada. Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 Agradecimentos Agradeço ao Professores Dr. Otoni Moreira Gomes e Dr. Álvaro Armando de Moraes pelo grande incentivo e orientação. Também agradeço a minha esposa Kátia e meus filhos (Rafaela e Felipe) pela compreensão e apoio. REFERENCES 1. Sutdley HO.Percentge of weight loss: a basic indicator of surgical risk in patients with chronic peptic ulcer 1936.Nutr Hosp 2001;16(4):141-3. 2. Watzberg DL. Desnutrição calórico-proteica e sua importância clínica. Nutrinews 1997;3:12- 13. 3. Souza VMC, Guariento ME.Avaliação do idoso desnutrido.Rev Bras de Clin Médica 2009;7:46-49. 4. International Data Base U.S Census Bureau.World population by age and sex. www.census.gov/ipc. 5. Ammor N, Berthoud L, Gerber A, Giusti V. Nutritional deficiencies in candidates for bariatric surgery. Rev Med Suisse 2009; 5(196): 676-9. 6. Flancbaum L, Belsley S, Drake V, Colarusso T, Tayler E. Preoperative nutritional status of patients undergoing Roux-en-y.Gastric bypass for morbity obesity. J. Gastrointest Surg 2006; 10(7): 1033-7. 7. Weinsier RL, Hunker EM, Krumdieck CL, Butterworth CE Jr. Hospital malnutrition: a prospective evalution of general medical patients during the course of hospitalization. An J Clin Nutr 1979; 32:418-26. 8. Nursal TZ, Nayon T, Atalay BG, Koz N, karakaly H. Simple two-part tool for screening of malnutrition. Nutrition 2005;21:659-65. 9. Waitzberg DL, Caiaffa WT, Correia MI. Hospital malnutrition: the Brazilian national survey (IBRANUTRI): a study of 4000 patients 2001; 17(7-8):573-80. 10. Garcia RWD, Leandro Merhi VA, Pereira AM. Estado nutricional e sua evolução em pacientes internados em clínica médica. Rev Bras Nutr Clín 2004; 19:59-63. 11. Daley J, Khuri SF, Henderson W, Hur K, Gibbs JO, Barbour G. Risk adjustment of the postoperative morbidity rate for the comparative asses- 47 Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 sment of the quality of surgical care: results of the National Vetereans Affairs Surgical Risk Study.J Am Coll Surg 1997; 185(4): 328-40. 26. Reinhardt GF, Mycofski JW, Wilkens DB, et al. Incidence and mortality of hypoalbuminemic patients in hospitalized veterans. J Parenter Enteral Nutr 1980; 4: 357- 359. 12. Schiesser M, Muller S, Kirchhoff P,Bretenstein S, Schafer M, Clavein PA. Assessment of novel screening score nutritional risk in predicting complication in gastro-intestinal surgery. Clin Nutr 2008; 27(4):565-70. 27. Mohamed Y R, Thomas R, Norman JS.Clinical characteristics of preoperative hypoalbumineminia predict outcome of cardiovascular surgery. Journal Parenter Enteral Nutr 1997; 21: 81-90. 13. Santos WB, Mesquita ET, Vieira RMR et al. Proteína C reativa e Doença Cardiovascular. As Bases da Evidência Científica. Arq Bras Cardiol 2003; volume 80 (nº4): 452-6. 28. Engelman DT, Adams DH, Byme JG, Aranki SF, Collins JJ, Couper GS, Allred EN, Cohn LH, Rizzo RJ. Impact of mass and albumin on morbidity and mortality after cardiac surgery.Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery 1999; 118(5):866-873; 14. Bengmark S. Acute and “chronic” phase reaction - a mother of disease. Clin Nutr 2004; 23:1256-66. 15. Balciunas M, Bagdonaite L,Samalavicius R, Griskevicius L,Vuylsteke A.Pre-operative high sensitive C-reative protein predicts cardiovascular events after coronary artery baypass grafting surgery: a prospective observational study. Ann Card Anaesth 2009; 12(2):127-32. 16. David A, Hao Z, Bernard P, Paul MH, Martin F, Houward TT. Inflammation and outcome after general thoracic surgery. Eur J Cardiothorac Surg 2007; 32:431-434. 17. Roxburgh CS, McMillan DC. Role of systemic inflammatory response in predicting survival in patients with primary operable cancer. Future Oncol 2010; 6(1):149-63. 18. Detsky AS, McLaughlin JR, Baker JP, Johnston N, Whittaker S, Mendelson RA, et al. What is subjective global assessment of nutritional status? J. Parenter. Enteral Nutr 1987; 11: 8-13. 19. Silva MCGB, Barros AJD. Avaliação nutricional subjetiva: parte 2 - Revisão de suas adaptações e utilizações nas diversas especialidades clínicas. Arq Gastroenterol 2002; 39(4). 20. Acuna K, Cruz T. Nutritional assessment of adults and elderly and the nutritional status of the Brazilian population. Arq Bras Endocrinol Metabol, 2004; 48:345-361. 21. Souza VMC, Guariento ME. Avaliação do idoso desnutrido. Rev Bras Clini Méd,2009;7:46-49. 22. Riobó Serván P, Sánchez-Vilar O, González de Villar N. Geriatric nutrition. Nutr Hosp, 1999; 14:(Suppl2):32S-42S. 23. Nishida T, Sakakibara H.Low lymphocyte count in underweight japanese women.Environ Health Prev Méd 2008;13:345-348. 24. Doweiko JP, Nompleggi DJ. Role of albuminin human physiology and pathophysiology. J Parenter Enteral Nutr 1991; 15: 207-211. 25. Sungurtekin H, Sungurtekin U, Balci C, Zencir M, Erdem E.The influence of nutritional status on complications after major intraabdominal surgery. Journal of the American College of Nutrition 2004; 23:227-232. 48 29. Cabral VLR, Carvalho L, Miszputen SJ. Importância da albumina sérica na avaliação nutricional e de atividade inflamatória em pacientes com doença de Crohn. Arq. gastroenterol;2001; 38(2):104- 108 30. Bengmark S. Acute and “chronic” phase reaction - a mother of disease. Clin Nutr 2004; 23:1256- 66. 31. Haupt W, Holzheimer RG, Riese J, Klein P, Hohenberger W. Association of low preoperative serum albumin concentrations and the acute phase response. Eur J Surg 1999; 165(4):307-13. 32. Kudsk KA, Tolley EA, DeWitt RC, et al. Preoperative albumin and surgical site identify surgical risk for major postoperative complications. J Parenter Enteral Nutr 2003; 27:1-9. 33. Ulicny KS, Hiratzka LF. Nutrition and the cardiac surgical patient.Chest 1992; 101: 836- 842. 34. Beck FK, Rosenthal TC.Prealbumin: a marker for nutritional evalution. Am Farm Physican 2002; 65(8):1575-1579. 35. Reilly HM. Nutritional screening: evaluation and implementation of a simple Nutrition Risk Score. Clin Nutr 1997; 14:269-73. 36. Prendergast JM, Coe RM, Chavez MN, Romeis JC, Miller DK, Wolinsky FD. Clinical validation of a nutritional risk index. J CommunityHealth 1989; 14:125-35. 37. Stratton JS, Hackston A, Longmore D et al. Malnutrition in hospital outpatients and inpatients: prevalence, concurrent validity, and ease of use of the “malnutrition universal screening tool”(MUST) for adults. Br J Nutr 2004;92:799-808. 38. Jensen GL, Bistrian B, Roubenoff R, Heimburger DC. Malnutrition syndromes: a conundrum vs continuum. Journal Parenteral Enteral 2009;33(6):710-6. 39. Bistrian BR. Dietary treatment in secondary wasting and cachexia. J Nutr 1999;129 (Suppl 1):290S-294S. 40. Balciunas M, Bagdonaite L,Samalavicius R, Griskevicius L,Vuylsteke A.Pre-operative high sensitive C-reative protein predicts cardiovascular events after coronary artery baypass grafting surgery: a CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 prospective observational study. Ann Card Anaesth 2009;12(2):127-32. 54. Daly JM. The evolution of surgical nutrition: nutrient and anabolic interventions. Ann Surg 1999;229(1):19-20. 41. Fearon KC, Barber MD, Falconer JS, McMillan DC, Ross JA, Preston T. Pancreatic cancer as a model: inflammatory mediators, acute-phase response, and cancer cachexia. Cancer 2005;103(9):1856-64. 55. Ingenbleek, Y., Carpentier, Y.A. A prognostic inflammatory and nutritional index scoring critically ill patients. Int. J. Vitam. Nutr. Res.1985; 55: 91-101. 42. Maio R, Berto JC, Corrêa CR, Campana AO, Paiva SAR. Estado nutricional e atividade inflamatória no pré-operatório de pacientes com cânceres da cavidade oral e da orofaringe.Rev Bras Cancerologia 2009;55(4):345-353. 43. Menon V, Greene T, Wang X, Pereira AA, Marcovina SM, Beck GJ et al. C-reactive protein and albumin as predictors of all-cause and cardiovascular mortality in chronic kidney disease.Kidney International 2005;68:766-772. 44. Moraes AAC, Faintuch J, Leal AAD, Noe JAB, Bertollo DM, Moraes RC, et.al. Inflammation and Biochemical Features of Bariatric Candidates: Does Gender Matter? Obes Surg 2010. 56. Corrêa CR, Angeleli AYO, Camargo NR, Barbosa L, Burini RC. Comparação entre a relação PCR/albumina e o índice de prognóstico inflamatório nutricional. J. Bras. Patol. e Med. Lab. 2002;38:183-190 57. McMillan DC. An inflammation-based prognostic score and its role in the nutrition-based management of patients with cancer. Proc Nutr Soc 2008;67:257-62. 58. Voit C. Ueber die Verschiedenheiten der Eiwesszersetzung beim Hungern.Z Biol 1866;2:309-65. 59. Keys A, Henschel A, Taylor HL. The size and function of the human heart at rest in semi-starvation and in subsequent rehabilitation. Am J Physiol 1947; 50: 153-169. 45. Faintuch J, Marques PC, Bortolotto LA, et al. Systemic inflammation in morbidly obese subjects: response to oral supplementation with alpha-linolenic acid. Obes Surg. 2007;17:341-7. 60. Abel RM, Paul J. Failure of short-term nutritional convalescence to reverse the adverse hemodynamic effects of protein-calorie malnutrition in dogs.JParenter Enteral Nutr 1979;3:211-14. 46. McMillan DC. Systemic inflammation, nutritional status and survival in patients with cancer. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2009;12:223-6. 61. Pecoits R, Lindholm B ,Stenvinkel P.The malnutrition, inflammation, and atherosclerosis (MIA) syndrome - the heart of the matter.Nephrol Dial Transplant 2002;17:28-31. 47. O’Gorman P, McMillan DC & McArdle CS . Longitudinal study of weight, appetite, performance status, and inflammation in advanced gastrointestinal cancer. Nutr Cancer 1999; 35:127-129. 62. Andrade FN, Lameu EB.Caquexia cardíaca.Rev Socerj 2005;18(3):220-226. 48. Mustafa I, Leverve X. Metabolic and nutritional disorders in cardiaca cachexia.Nutrition 2001;19:756-760. 49. Fearon KC, Barber MD, Falconer JS, McMillan DC, Ross JA, Preston T. Pancreatic cancer as a model:inflammatory mediators, acute-phase response, and cancer cachexia. Cancer 2005;103(9):1856-64. 50. Pecoits R, Lindholm B ,Stenvinkel P.The malnutrition, inflammation, and atherosclerosis (MIA) syndrome - the heart of the matter.Nephrol Dial Transplant 2002;17:28-31. 51. Amar D, Zhang H, Park B, Heerdt PM, Fleisher M, Thaler HT. Inflammation and outcome after general thoracic surgery. Europen Journal of Cardio-Thoracic Surgery 2007;32:431-434. 52. Straten AHM, Hamad MAS, Zundert AJV, Martens EJ, Schonberger JPAM, Wolf AM.Predictive C-reactive protein levels to predict early and late mortalities after coronary artery bypass surgery: Eight years of follow-up.J Thorac and Cardiovasc Surg 2009;138:955-8. 53. Wilmore DW. Metabolic response to severe surgical illness:overview. World J Surg 2000;24(6):705-11. 63. Ulicny KS, Hiratzka LF. Nutrition and the cardiac surgical patient.Chest 1992;101:836-842. 64. Anstead GM, Chandrasekar B, Zhao w, Yang J, Perez LE, Melby PC. Malnutrition alters the innate immune response and increases early visceralization following Leishmania donovani infection. Infection and Immunity 2001;69(8):4709-4718 . 65. Schaible UE, Kaufmann SHE. Malnutrition and infection: complex mechanisms and global impacts . Plos Med 2007 ;4(5):115. 66. Chandra RK. Nutrition and the immune system: an introduction. Am J Clin Nutr 1997;66:460S-3S. 67. Nishida T, Sakakibara H. Low lymphocyte count in underweight Japanese women. Environ Health Prev Med 2008;13:345-348. 68. Menasche P, Edmunds LH Jr. Extracorporeal Circulation: The Inflammatory Response. In:Cohn LH, Edmunds LH Jr, eds. Cardiac Surgery in the Adult. New York: McGraw-Hill, 2003:349-360. 69. Ulicny KS, Hiratzka LF, Williams RB, Grunkemeier GL, Flege JB Jr, Wright CB, et al. Sternotomy infection: poor prediction by acute phase response and delayed hypersensitivity. Ann Thorac Surg 1990;50:949-58. 49 Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 70. Blackburn GL, Gibbons GW, Bothe A, Benotti PN, Harken DE, McEnany TM. Nutrition support in cardiac cachexia. J Thorac Cardiovasc Surg 1977: 73: 48996. 83. Heyland DK, Novak F, Drovern JW, el al. Should immunonutrition become routine in critically ill patients? A systematic review of the evidence.JAMA 2001;286:944953. 71. Daly JM, The evolution of surgical nutrition: nutrient and anabolic interventions. Ann Surg 1999;229(1):1920. 84. Heys SD, Walker LG, Smith I, Eremin O. Enteral nutrition supplementation with key nutrients in patients with critical illness and cancer: a meta-analysis of randomized cliniacal trials. Ann Surg 1999;229:467-477. 72. Gianotti L, Braga M, Nespoli L, et al. A randomized controled trial of preoperative oral supplementation with a specialized diet in patients with gastrointestinal cacer. Gastroenterology 2002; 122:1763-1770. 73. Braga M, Gianotti L, Vignali A et al. Hospital resources consumed for sugical morbidity: effects of preoperative arginine and omega-3 fatty acid supplementation on cost. Nutrition 2005;21:1078-1086. 74. Abel RM, Fischer JE, Buckley MJ, Barnett GO, Austen WG. Malnutrition in cardiac surgical patients of a prospective, randomized evaluation of early postoperative parenteral nutrition Arch Surg 1976; 111: 45-50. 75. Tepaske R, Velthuis H, Oudemans-van, SH, Deventer SJ, Ince C, Eysman L et al. Effect of preoperative oral immune-enhancing nutritional supplement on patients at high risk of infection after cardiac surgery: a randomized placebo-controlled trial. Lancet 2001;358(9283):696701. 85. Beale RJ, Bryg DJ, Bihari DJ. Immunonutrion in critically ill: a systematic review of clinical outcome. Crit Care Med 1999;27:2799-2805. 86. Maclean CH, Newberry SJ, Mojica WA, et al. Effects of Omega-3 fatty acids on cancer. Evid Rep Technol Assess. 2005; 113:1-4. 87. Tepaske R, Velthuis H, Oudemans-van SH, Deventer SJ, Ince C, Eysman L et al. Effect of preoperative oral immune-enhancing nutritional supplement on patients al high risk of infection after cardiac surgery: a randomized placebo-controlled trial. Lancet 2001; 358(9283):696701. 88. Pontes-Arruda A, Aragão AM, Albuquerque JD. Effects of enteral feeding with eicosapentaenoic acd, gamma-linolec acid, and antioxidants in mechanically ventilated patients with severe sepsis and shock. Crit Care Med 2006;34(9):2325-33. 76. Braga M, Gianotti L, Vignali A, Carlo VD. Preoperative oral arginine and n-3 fatty acid supplementation improves the immunometabolic host response and outcome after coloretal resection for câncer . Surgery 2002;132(5):805-14. 89. Singer P, Theilla M, Fisher H, Gibstein L, Grozovski E, Cohen J. Benefit of an enteral diet enriched with eicosapentaenoic acid and gamma-linolenic acid in ventilated patients with acute lung injury. Crit Care Med 2006;34(4):1033-8. 77. Robert O. Practical applications of fish oil (w-3 fatty acids) in primary care. J Am Board Pract. 2005; 18:2836. 90. Heller AR, Rossler S, Litz RJ, et al. Omega-3 fatty acids improve the diagnosis-related clinical outcome. Crit Care Med 2006; 34:972-979. 78. Meier R. Enteral fish oil in acute pancreatitis. Clin Nutr 2005; 24:169-71. 91. Calder PC. Fatty acids and gene expression related to inflammation. Nestlé Nutr Worshop Ser 2002; 7:19-40. 79. Garófalo A, Petrilli AS. Balanço entre ácidos graxos omega-3 e omega-6 na resposta inflamatória em pacientes com câncer e caquexia. Rev Nutr 2006;19(5). 92. Thies F, Nebe-von-Caron G, Powell JR, Yaqoob P, Newsholme EA, Calder PC. Dietary supplementation with eicosapentaenoic acid, but not with other long-chain n-3 or n-6 polyunsaturated fatty acids, decreases natural killer cell activity in healthy subjects aged >55 y. Am J Clin Nutr. 2001; 73(3):539-48. 80. Calder PC. Long-chain n-3 fatty acids and inflammation: potential application in surgical and trauma patients. Braz J Med Biol Res. 2003; 36(4):433. 81. James MJ, Gibson RA, Cleland LG. Dietary polyunsaturated fatty acids and inflammatory mediator production. Am J Clin Nutr. 2000; 71(S):343-8. 82. McGuinness J, Byrne J, Condron C, Hayes DB, Redmond JM. Pretreatment with -3 fatty acid infusion to prevent leukocyte-endothelial injury responses seen cardiac surgery. J Thorac Cardiovasc Surg 2008;136:135141. 50 93. Wu D, Meydani SN. N-3 polyunsaturated fatty acids and immune function. Proc Nutr Soc 1998; 57(4):503-9. 94. Klein S, Koretz RL. Nutrition support in patients with câncer. What do the data really show? Nutr Clin Pract 1994;6(3):91. 95. Bozzetti F, Gavazzi C, Miceli R, Rossi N, Mariani L, Cozzaglio L et al. Perioperative total parenteral nutrition in malnourished gastrointestinal cancer patients: a randomized clinical trial. J Parent Enter Nutr 2000;24(1):7-14. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Altoe, AG et al - Desnutrição, Inflamação e Cirurgia Cardíaca Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 39-51 96. Waitzberg D. Nutrição pré e pós-operatória. Prática Hospitalar 2009; 62:109-14. 97. Tepaske R, Velthuis H, Oudemans-van SH, Deventer SJ, Ince C, Eysman L et al. Effect of preoperative oral immune-enhancing nutritional supplement on patients al high risk of infection after cardiac surgery: a randomized placebo-controlled trial. Lancet 2001; 358(9283):696701. 98. Braga M, Gianotti L, Vignali A, Carlo VD. Preoperative oral arginine and n-3 fatty acid supplementation improves the immunometabolic host response and outcome after coloretal resection for câncer . Surgery 2002;132(5):805-14. 51 PUENTES, GC - Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 52-57 UPDATING ARTICLES Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes. Os Sinais Especiais em Crianças com Doenças Cardíacas Congenitais Importantes. Glicerio Ceballos Puentes INTRODUCCIÓN Las enfermedades cardiovasculares en el niño considerando las malformaciones congénitas, fiebre reumática, arritmias, etc. su presencia estarán determinadas por diferentes factores. Los mismos pueden ser factores sociales, biológicos, en fin multifactoriales. Para poder comprender no podemos considerar los mismos factores en un país del 3er Mundo a un país del 1er Mundo. Las enfermedades cardiovasculares congénitas en el niño podemos afirmar que las mismas oscilan alrededor entre 6 a 8 por 1000 recién nacidos vivos de los cuales un 50% de las mismas corresponderán al grupo de cardiopatías críticas, más graves y con más peligro con la vida. Ello no es más que la punta de “un iceberg” ya que si consideráramos aquellos fetos que mueren antes de nacer por abortos espontáneos, 40 a 60% son anomalías cromosomicas y 90% de los embriones perdidos tienen anomalías [1]. Del grupo del cual hablaremos corresponde aquellos relacionados con las cardiopatías congénitas en el niño las cuales en dependencia de su gravedad y características será el momento de sus primeras manifestaciones, inclusive algunas pueden pasar inadvertidas y ser un hallazgo que constituyen un capitulo hoy en día estudiado como son las “Cardiopatías Congénitas en el Adulto”, a veces por pasar inadvertidas como comentamos anteriormente y otras por el desarrollo alcanzado que ha permitido mejorar la calidad de vida de estos pacientes. Comentarios Generales Antes de comenzar hablar sobre el tema nos gustaría mencionar algo al respecto del comienzo en la vida fetal que encierra una etapa maravillosa del comienzo de la vida y donde comienza el diagnostico del grupo de entidades que nos motiva. Ello ha creado la Especialidad de Medicina Fetal donde se integran diferentes Especialidades para el abordaje de esta etapa de la vida. Una de las mismas se corresponde con un método diagnostico precoz de la malformaciones congénitas cardiovasculares llamada Ecocardiografía Fetal. El corazón puede evaluarse en esta etapa tanto su forma como su función a través de la imagen del ultrasonido que puede ser evaluado entre las 12 a 16 semanas cuando es utilizado un transductor transvaginal o a partir de las 20 semanas en caso del uso de un transductor convencional [2,3]. Especialista en Pediatría y Cardiología Pediátrica. Master en Genética Clínica. Hospital Docente Universitario “William Soler”. La Habana. E-mail: [email protected] 52 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM PUENTES, GC - Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 52-57 En la figura 1 pueden ver un tipo de imagen realizada en esta etapa de la vida donde se puede ver algunas estructuras correspondientes a la salida del corazón correspondiente al lado derecho Y algunos se harían la pregunta, ¿quienes deben realizarse esta prueba? Para concluir deseamos mostrar dos imágenes de cómo se efectúa la circulación de la sangre en vida fetal para comentar las vías preferenciales que durante la misma existen. (Figura 2 y 3). Estas vías preferenciales se deben a que aun los pulmones no funcionan y la nutrición y oxigenación dependen de la madre. Fig. 1. Imagen ecocardiografica llamada eje corto (AD, aurícula derecha. Fig. 2. Esquema donde se puede comprobar a la Placenta y sus conexiones VD, ventrículo derecho. PO, arteria pulmonar. RD y RI, ramas de la arteria pulmonar derecha e izquierda). con las vías sanguíneas del feto. Existen un grupo de factores tanto obstétricos, maternos y fetales que orientan a la realización de este examen. Sin detallar vamos a mencionar los factores que Friedman considera y que hemos tenido en cuenta Tabela 1. Fig. 3. Esquema donde se puede comprobar el Ductus Venoso y el Foramen Oval. En las mismas podemos ver el gran Laboratorio de la vida fetal que es la Placenta, vías preferenciales de la sangre a través del Ductus Venosos y Arterial y el Foramen Oval. Luego de haber comentado algunos aspectos de la vida fetal vamos a comenzar hablar luego del nacimiento como se manifiestan y como se presentan las malformaciones cardiovasculares congénitas donde para poder comprender debemos clasificarlas. ¿Y como podemos hacerlo? Existen muchas clasificaciones pero una con la cual siempre nos hemos identificado es con la Clasificación atendiendo su estado Clínico de B. Reyes Vega [4]. La misma considera 3 grupos de cardiopatías: - Aquellas que son cardiopatías criticas, muy graves desde el comienzo (Figuras 4, 5, 6, 7). 53 PUENTES, GC - Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes - Aquellas potencialmente críticas que depende de la intensidad de la malfor mación y de condiciones asociadas. - Y aquellas que no son críticas. Ahora bien, tanto las criticas como las potencialmente criticas pueden a su vez dividirse en dos subdivisiones en dependencia del fenómeno funcional determinante en las mismas, y ellas son: Hipercianoticas (cianosis, coloración de la piel cuando la oxigenación de la sangre es deficitaria) y con Sobrecarga Volumétrica (llegada de mas sangre que la correspondiente debido a un defecto determinado), donde predomina la Insuficiencia Cardiaca Severa y el shock u obstrucción del gasto cardiaco sistémico . Cardiopatías Críticas que se manifiestan en los primeros 3 días de nacido: -Transposición de grandes vasos con ta bique intacto (tanto tabique interauricu lar como interventricular). -Síndrome de Hipoplasia de cavidades izquierdas. -Interrupción del Arco Aórtico. -Estenosis Aórtica Crítica. -Atresia Pulmonar con tabique intacto. -Atresia pulmonar con comunicación in terventricular. -Atresia de tricúspide con atresia pulmonar. -Fallot extremo. -Cardiopatías complejas con atresia pulmonar -Anomalía de Ebstein -Drenaje Anómalo Total de Venas Pulmonares Obstructivo. -Otras En este tipo de malformaciones el comportamiento clínico estará determinado por la funcionalidad del corazón con este defecto y es: Cianosis, determinada por circulación sanguínea en paralelo con mezcla inadecuada de la sangre o lo que se denomina Ductus Dependiente. También por obstrucción o compromiso de la salida 54 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 52-57 del ventrículo que envía la sangre a los pulmones (ventrículo derecho). Shock con gasto cardiaco obstruido y edema pulmonar por sobrecarga de sangre del corazón e hipertensión venosa a nivel de los pulmones. La cianosis determinara todas aquellas manifestaciones clínicas por una oxigenación de sangre deficiente, color azulado de la piel, trastornos de la conciencia, aumento de la frecuencia respiratoria, etc. Obliga a un tratamiento de inmediato tanto medico, intervencionista (cateterismo) y quirúrgico. El shock y el edema pulmonar determinara la intolerancia al decúbito horizontal, aumento de la frecuencia respiratoria con “hambre de aire”, área del tórax con hiperactividad, latidos de los vasos sanguíneos del cuello visibles, cambios de coloración de la piel distal por la mala circulación y el shock, etc. A continuación veremos algunos esquemas de ejemplos de algunas cardiopatías complejas: Fig. 4. Interrupción del Arco Aórtico. Fig. 5. Síndrome de hipoplasia de Fig. 6. Atresia de la tricúspide Fig. 7. Tetralogía de Fallot con CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM cavidades izquierdas. Estenosis pulmonar severa. PUENTES, GC - Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes Estos comentarios nos obligan a pensar que sucede con estos pacientes portadores de este tipo de malformaciones tan graves y cual es su tratamiento. En primer lugar debemos considerar que el abordaje de estos pacientes estará en relación con los mecanismos patogénico desencadenantes [5] y ello necesitara de un equipo multidisciplinario para el abordaje de los mismos [6]. Tratamiento de inminente muerte, diagnóstico, cateterismo diagnóstico y terapéutico y tratamiento quirúrgico paliativo o curativo. Podemos inferir la alta mortalidad que existe en este grupo de malformaciones y a estas edades. Otras potencialmente críticas con debut más tardío entre las 2 semanas y 18 semanas de vida podemos citar: -Canal aurículo-ventricular completo. -Tetralogía de Fallot con ligera obstrucción pulmonar. -Comunicación interventricular de gran tamaño. -Formas complejas de transposición de grandes vasos o ventrículo único sin estenosis pulmonar significativa. -Drenaje anómalo total de venas pulmonares no obstructivas, etc. Vamos a encontrar a un paciente con las siguientes características mas frecuentes: -Polipnea con aleteo nasal, tiraje subcostal e intercostal. -Dificultad para alimentarse. -Retardo del crecimiento. -Sudoración excesiva. -Cianosis (TF y DATVP). -Shock muy raro pero puede presentarse en la poco frecuente malformación de origen anómalo de coronaria izquierda. Este grupo de malformaciones de no recibir el tratamiento quirúrgico curativo necesario en cada caso evolucionaran con la repercusión correspondiente y las consecuencias Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 52-57 anatómicas y funcionales que determinaran una mala calidad de vida y un pronóstico muy desfavorable. En aquellas que tienen compromiso de sobrecarga volumétrica como es la malformación tipo Canal A-V completo su evolución natural es hacia una hipertensión pulmonar irreversible que su incremento conlleva a una inversión de la circulación de izquierda a derecha comportándose posteriormente y con el tiempo como una cardiopatía cianótica, antes de que esto suceda su comportamiento estará dado por las manifestaciones tipo insuficiencia cardiaca dado por retraso pondoestatural, signos de malnutrición, mala tolerancia al decúbito horizontal, polipnea y falta de aire, hiperactividad del área precordial, la palpación del área precordial permite comprobar un latido del corazón muy acentuado motivo del crecimiento del mismo así como, frémito “zumbido como una maquinaria”, infecciones respiratorias frecuentemente, edemas (colección de liquido en el espacio del tejido subcutáneo) que en los niños que aun no caminan estos podremos notarlos en la superficies declive como es en el dorso, en la cara, porción posterior de la cabeza etc. [7, 8]. En aquellas con compromiso de salida del ventrículo derecho donde la cianosis es la característica fundamental encontraremos las manifestaciones acorde con el tiempo de evolución y la intensidad del defecto: Mal desarrollo pondo-estatural, cianosis de grado variable, disnea de esfuerzo, grados diversos de intolerancia al ejercicio, irritabilidad (por hipoxia del Sistema Nervioso Central), hipocratismo digital o “dedos en palillos de tambor” (consecuencia de la hipoxia distal en las articulaciones de los dedos) y uňas en “vidrio de reloj”, “encuclillamiento” (el niño aprende que de esta forma se siente mejor) por aumento de la resistencia vascular y mejor salida de la sangre del ventrículo afecto. Y la complicación mas temida de las mismas que son las Crisis Hipóxicas, (Figura 8). En estos casos es característica la polipnea sin traducción en el aparato respiratorio porque es un fenómeno producto de la hipoxia (no existen estertores, “sine materia”). 55 PUENTES, GC - Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes Fig. 8. Disposición típica de flexión de miembros. Otra manifestación “obligada” con el tiempo de evolución es el aumento de la masa de glóbulos rojos de la sangre por mecanismos compensatorios y de la hemoglobina por tanto el niño debe verse “cianótico” de no ser así, tiene una anemia severa y corre peligro. En estos casos existen parámetros de control porque aunque son mecanismos compensatorios ellos tienen un limite y aumento exagerado obliga a la extracción de sangre por la predisposición a fenómenos trombóticos sobre todo del Sistema Nervioso Central [9, 10]. A hora deseamos hacer mención al grupo de cardiopatías no criticas pero que las mismas pueden bajo ciertas circunstancias convertirse en criticas que luego haremos mención de ello. Dentro de este grupo podemos encontrar: -Comunicación interauricular tipo Foramen Oval. -Estenosis Valvular Pulmonar con gradientede Presión menor o igual de 30 Mm. Hg. -Enfermedad de Roger. Comunicación interventricular pequeña y otras. Este grupo que comentamos que no son criticas y que pueden pasar inadvertidas pueden aumentar su defecto como complicación de una enfermedad denominada Endocarditis Bacteriana, ¿Por qué? La presencia de estos defectos ante ciertos manejos invasivos (tratamiento estomatológico, cateterizaciones, intervenciones quirúrgicas diversas etc.) pueden 56 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 52-57 permitir la entrada de gérmenes a circular en sangre y establecerse en estos defectos, los cuales posteriormente ante los cambios inflamatorios sufridos a ese nivel pueden conllevar al aumento del defecto y conllevar a la repercusión hemodinámica que no existía anteriormente. Por ello es de gran importancia el tratamiento antibiótico profiláctico 24 horas antes, durante y 24 horas después de cualquier proceso invasivo en todo aquellos pacientes con una malformación congénita cardiovascular. Deseamos comentar como aspecto final la asociación de las malformaciones cardiovasculares congénitas a ciertas anomalías genéticas sin pretender comentar todas porque no es el motivo de este trabajo sino hacer alusión a algunas frecuentes asociaciones. La frecuencia de las malformaciones cardiovasculares en el Síndrome de Down son muy altas comparadas con la frecuencia de las cardiopatías en los niños sin anomalías cromosómicas, siendo las malformaciones cardiovasculares la principal causa de muerte en los primeros dos años de vida. A algunos autores les ha llamado la atención que aunque la Trisomia-21 es mas frecuente en varones, las hembras portadores de la misma se asocian más frecuentemente a cardiopatías [11]. Philip Evans [12] concluyó “Los defectos congénitos cardiovasculares fueron encontrados en cerca de la mitad de los niños con Síndrome de Down, muriendo en los primeros 5 años de vida” así como, la patología cardiovascular fue frecuente en las autopsias estudiadas (N=28/63), donde los defectos septales atriales y ventriculares, ductus arterioso, estenosis pulmonar y canal atrioventricular común fueron las mas frecuentes, no fueron encontradas en los mismos las anomalías del tipo de la transposición de grandes vasos, coartación aórtica y tronco arterioso en los pacientes fallecidos por cardiopatías en igual período de tiempo ” esta última afirmación hecha por Evans es lo que ha llevado afirmar a algunos autores como si el Síndrome de Down estuviera “protegido” para otras cardiopatías [13, 14]. CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM PUENTES, GC - Señales Especiales Presentadas por los Niños con Enfermedades Cardiacas Congénitas Importantes Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 52-57 Fig. 9. Disposición mongoloide de los ojos. Fig. 10. Surco simiano, único. Podemos apreciar en a continuación algunos aspectos relevantes del síndrome, (Figuras 9, 10 y 11). Otro síndrome al cual queremos hacer mención es el Síndrome de Marfan hoy en día bien definido que se integra al grupo de anomalías genéticas de la fibrilina integrante del tejido conectivo. Las anormalidades cardíacas mayormente vistas en el mismo son la insuficiencia valvular y la dilatación aórtica con o sin disección, aunque han sido descrito dos tipos de anomalías cardiovasculares congénitas asociadas, coartación aórtica y defecto septal auricular [14]. Las lesiones aórtica tienden a ser predominantes en la vida adulta, aunque de comienzo en la infancia y generalmente progresiva (Figura 13) [15-17]. Solo queremos terminar haciendo mención que otras patologías a tener en cuenta en el niño son aquellas determinadas por las arritmias y Enfermedades Primarias del miocardio a la cual no hemos hecho mención por no ser motivo para este trabajo. Fig. 11. Nariz en “silla de montar” REFERÊNCIAS 1.Kalter H. Teratology in the 20th century. Environmental causes of congenital malformations in humans and how they were established. Neurotoxicology and Teratology 2003; 25(2):131-282. 2.Ceballos Puentes, G. Ecocardiografía Fetal. Curso a Distancia (www.cursososparamedicos.com). 3.Friedman, A.C., Copel, JIA., Kleiman, C.S. Fetal Echocardiography and Fetal Cardiology: Indications, Diagnient with and without Down’s syndrome. Cardiol Young 1992; 2:308-310 9.Mehrizi A, Drash A. Growth disturbance in congenital heart disease. J Pediatr 1962;61:418-29. 10.Ceballos Puentes, G. Tetralogía de Fallot. Aspectos morfológicos, clínicos y tratamiento. Diplomado de Cardiología. Cardiocentro W. Soler. Cuba. 11.Pinto, FF, Nunes L, Ferraz F, Sampayo. Down`s Syndrome: different distribution of congenital heart disease between sexes. J Cardiol. 1990; 27,175 12. Evans, PR. Cardiac anomalies in mongolism. Br Heart J 12, 258. 1950 13.Marino, B. Congenital heart disease in patients with Down`s syndrome: anatomic and genetic aspects. Biomed & Pharmacother 1993; 47:197-200. 14.Berg, JM, Crome L, France NE. Congenital cardiac malformations in mongolism. Br Heart J 1960; 22,331. 15.Pyeritz RE. Heritable disorders of connective tissue. The genetics of cardiovascular disease. Boston: Martinus Nijhoff, 1987:265-303 16.Murdoch JL, Walker BA, Halpern BL, Kuzma JW, McKusik VA. Life expectancy and causes of death in the Marfan syndrome. N Eng J Med 1972;286:804-808 Fig. 12. Dilatación marcada de raíz aórtica en feto [8] Structural Abnormalities.Clinical Symposia 1990; 42:2 12). 17.Phornphutkul C, Rosenthal A, Nadas AS. Cardiac manifestations of Marfan syndrome in infancy and childhood. Circulation 1973;47:587-596 57 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): UPCOMING EVENTS 58 CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 59 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 08:00 - Abertura Prof. Dr. Marcelo Eller Miranda - MG Presidente do Depto. de Cirurgia da FM.UFMG 08:10 - MÓDULO I Coordenação: Prof. Dr. Evandro César V. Osterne - DF Secretária: Ac. Paula Marques de Oliveira Martins - MG Relatores: 08:10 - Evolução da Monitorização Cardiovascular Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 08:20 - Anatomia Funcional Cardiovascular Prof. Dr. João Bosco Dupin - MG 08:40 - Anatomia Funcional Respiratória Prof. Dr. Osvaldo Sampaio Netto - DF 09:00 - Anatomia Eletrográfica do Miocárdio Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 09:05 - Fisiologia do CO2, Oxigenação e Ventilação Ac. Ana Elisa Tavares Diniz - MG 09:15 - Pressão Endotraqueal e Barotrauma Ac. Paula Marques de Oliveira Martins - MG 09:25 - Tipos de Ventilação Mecânica Ac. Ana Carolina Viegas - MG 09:35 - Parâmetros e Controles em Ventilação Mecânica Dr. Rafael Diniz Abrantes - MG 09:50 - DISCUSSÃO 10:00 - INTERVALO 10:20 - MÓDULO II Coordenação: Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG Secretária: Ac. Juliana Bie Ferreira de Souza - MG Relatores: 10:20 - Pressão Arterial Média Ac. Robert Amorim Gomes - MG 10:30 - Pressão Capilar Pulmonar Ac. André Santiago da Silva - MG 10:40 - Pressão Venosa Central Ac. Matheus Maciel Vilela - MG 10:50 - Pressão Intracraniana Ac. Fernando Henrique Teodoro Lemos - MG 11:00 - DISCUSSÃO 11:10 - MÓDULO III Coordenação: Prof. Dr. Elias Kallás - MG Secretário: Ac. Ricardo Henrique Perdigão - MG Relatores: 11:10 - Técnica de Monitorização, Eletrocardioscopia Normal, Arritmia Sinusal Bloqueios Atrioventriculares, Fibrilação Atrial, Flutter Atrial, Dr. Alessandro Gonçalves Altoé - ES 11:30 - Taquicardia Ventricular, Fibrilação Ventricular, Extrassístoles Controle Eletrocardioscópio de Marcapasso Cardíaco Prof. Dr. Henrique César de Almeida Maia - DF 60 11:50 - ECG na Isquemia, Lesão e Infarto do Miocárdio, Hiperpotassemia, Hipopotassemia e Intoxicação Digitálica Dr. Rafael Diniz Abrantes - MG 12:10 - DISCUSSÃO 12:20 - INTERVALO 13:30 - MÓDULO IV Coordenação: Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho - MG Secretária: Ac. Verônica Rodrigues - MG Relatores: 13:30 - Monitorização do Débito Cardíaco Dr. Marcos Antônio Cantero - MS 13:45 - Estratificação de Risco Cardiovascular Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 14:05 - Acidose e Alcalose: Fisiopatologia, Classificação e Efeitos Hemodinâmicos Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 14:15 - Monitorização em Circulação Extracorpórea : Parâmetros e Critérios Enfª Perf. Silvana Lopes Maciel - MG 14:35 - Monitorização Cerebral Prof. Dr. Flávio Donizete Gonçalves - MG 14:50 - Parâmetros de Avaliação da Circulação Arterial Periférica Prof. Dr. Elias Kallás - MG 15:10 - Parâmetros de Avaliação da Circulação Venosa e Linfática Prof. Dr. João Batista Vieira de Carvalho - MG 15:30 - DISCUSSÃO 15:40 - INTERVALO 15:55 - MÓDULO V Coordenação: Prof. Dr. Henrique César de Almeida Maia - DF Secretária: Enfª Gabriele Lourenço de Almeida - MG Relatores: 15:55 - Parâmetros Ecocardiográficos de Avaliação da Função Cardíaca Dr. Sérgio Luiz Barrote - MG 16:15 - Importância do Na, K e Cálcio nos Desvios Ácido-Básico Ac. Rafaela Ervilha Linhares - MG 16:25 - Parâmetros de Monitorização da Hemostasia na CEC Biom. Perf. Sérgio Luis de Jesus - MG 16:45 - Desidratação e Hiperidratação: Tipos e Critérios Ac. Rodrigo Lolli A. Salles - MG 16:55 - Técnicas de Circulação Assistida e Parâmetros de Monitorização Dr. Melchior Luiz Lima - ES 17:15 - Marcadores Bioquímicos em Monitorização de Urgência / Emergência Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 17:35 - Monitorização da ICC pela Ausculta Cardíaca e Pulsos Periféricos Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 17:55 - Exercícios de Interpretação Clínica de Desvios Ácido-Básicos e da Oxigenação (PvO2, Sinal do pH, Sinal da PCO2 e Relação Lactato / Piruvato) Prof. Dr. Otoni M. Gomes - MG 18:15 - COLÓQUIO DE REVISÃO INTERATIVA 18:30 - SORTEIO DE LIVRO: “Interpretação Clínica das Alterações Ácido Básicas e Distúrbios da Oxigenação” CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 61 Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): INSTRUCTIONS TO AUTHORS 1 - Objectives: The Cardiovascular Sciences Forum aims to serve all the Cardiovascular Sciences fields of investigation to hold together multiprofessional experience to optimize the generation of new ideas, improving mankind resources in the prevention and treatment of cardiovascular diseases. 2 - Advertising: Cardiovascular Sciences Forum does not hold itself responsible for statements made by any authors. Statements or opinions expressed in Cardiovascular Sciences Forum of the authors(s) and do not represent official policy of the Sponsor Institutions unless so especified. No responsability is assumed by the Cardiovascular Sciences Forum Sponsor Institutions any neither by it’s Publising Enterprises, for any injury and/or damage to persons or propertty as a matter of products liability, negligence or from any use or operation of any methods, products, instructions or ideas contained in the material herein. No suggest test or procedure should be carried out unless, in the reader’s judgment, its risk is justified. Because of rapid advances in the medical sciences we recommend that the independent verification of diagnosis and drug dosages should be made. Discussions, views and recommendations as to medical procedure, choice of drugs and drug dosages are the responsability of the authors. Although all advertising material published in Cardiovascular Sciences Forum is expected to conform to ethical (medical) standards, inclusion in this publication does not constitute a guarantee or endorsement by it’s Sponsor Institutions or the Publisher of the quality or value of such product or of the claim made by its manufacture. 3 - Papers sent for publication in Cardiovascular Sciences Forum (Editorials, original articles, conferences, case reports, actualizations brief communications) should be related to cardiovascular sciences and unpublished. 4 - Although the stem language of the Archives, happens to be English, articles may also be published in spanish or portuguese. When published in spanish or portuguese for original reports an abstract version in english must be included. 5 - They should be typed in double spacing on foolscap paper, with 3 cm margins all around and in 3.5” diskettes, Word 6.0 or superior. Illustrations do not need to be printed in diskettes. 6 - 62 Manuscripts should be arranged as follow: a) title page consisting of concise and informative title, full name of authors, b) The Service or Institution name should be displayed in the bottom of the first page. Folowing that, the name of the corresponding author, together with the address, phone, fax and e-mail. c) abstract not exceeding 250 words and three key words that can be called in www.decsbvs.br and/or www. nlmnih.gov/mesh, d) Introduction, e) material and methods, f) results, g) comments, h) conclusions, i) bibliographic references, j) name of the Service or Institution where the study was performed, k) address for correspondence. 7 - All articles should be sent together with a Submission Letter, mentioning the Section in wich the article is to be part of (see list above), statement from the author and co-authors to the fact that all are in agreement with the contents mentioned in the material, making it clear presence or not of conflict of interest and the absence of ethical problem related. That letter must by all means be sent by fax (55 - 31.3452.6514) or by mail. 8 - Illustrations and Tables should be printed in separated pages, with their numbers and legends. 9 - The Cardiovascular Sciences Forum adopt the Vancouver Norms (www.icmje.org). 10 - Bibliographic references: listed in the order in which they are first mentioned in the text. Identify references in text in arabic numerals within parenthesis marks. Titles of journals are abbreviated according to the Index Medicus / Medline. References should be numbered sequentially, as per appearance in the text, References cannot have indented paragraphs, but lined up on the left. Personal communications and data that have not been published, should not be included in the list of references, but just mentioned in the text and in the footnotes on the page where mentioned. 10.1 1 - Journals: Author (s) name (s) based on rule explained in item 10.1) - Article title. Journal title (see item 10.1). year; Volume: first page - last page. 10.2 2 - Books: Authors (s) name (s) - Title. Edition (if not the first). City: Publisher, Year: Number of pages (or that specific for reference). 10.3 3 - Chapter in a book: Author (s) name (s) of the chapter. Title of the chapter. In: Author (s) name (s) of the book, eds. Title of the book. Edition (if not the first). City: Publisher, Year: first and last pages of the referred chapter. 10.4 4 - Thesis: Autor’s Name, Title (Thesis degree), City, University, Year. 10.5 5 - Annals of Congress: Name of the author (s) - Title of the paper published. In: Annals of the... name of the Congress. City: Promoter Society of Institution, Year: page. 11 - “Unpublished observations” and “personnal communications” should not be used as references. They are included in the text, within parenthesis marks, or, if extensive, appear as footnotes. Include among references: papers accepted but not yet published, designating the journal and adding “In press” (within parenthesis marks). CARDIOVASCULAR SCIENCES FORUM Cardiovasc Sci Forum 2010; 5(2): 63