CFE-2010: celebração dá início à Campanha da Fraternidade
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Jornal da
Arquidiocese
“De graça recebestes, de graça dai” (Mt 10,8)
Florianópolis, Março 2010 Nº 154 - Ano XIV
Jovens iniciam missão na África
Celebração de envio foi realizada no dia 31 de
janeiro. Durante todo este ano os três jovens
auxiliarão o Pe. Lúcio Espíndola em seus trabalhos de evangelização na Guiné-Bissau
Erichson, Cláudia e Elaine
sãos os jovens da Comunidade Divino Oleiro que, durante
todo este ano, realizarão trabalho missionário na Paróquia de Empada, Diocese de
Ba-fatá, na Guiné-Bissau. Lá,
há três anos, Pe. Lúcio Espín-
dola, nosso missionário na
África, realiza trabalhos de
evange-lização. Antes da viagem, eles tiveram uma audiência com o nosso arcebispo
Dom Murilo e receberam a
sua bênção.
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Apelo para o Haiti teve
resposta expressiva
Dom Murilo dá a sua bênção aos três jovens da Comunidade Divino Oleiro, que partiram para a missão na
Guiné-Bissau. Proposta é ficar um ano como experiência. Se der certo, será montada uma casa permanente
Procissão do Senhor dos Passos
empenhando em trazer mais jovens para participar da Procissão. É através deles que a tradição será garantida para as gerações futuras.
Pastoral da Comunicação reinicia
suas atividades
Catedral terá encenação da Paixão
e Morte de Jesus
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Participe do
Jornal da
Arquidiocese
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surpreso com o resultado da
coleta, que demonstra a sensibilidade de nossos católicos
para com a situação de nossos irmãos do Haiti”, disse o
arcebispo Dom Murilo. “Em
2008 fomos ajudados, agora
estamos ajudando”.
PÁGINAS 03
Novo Seminário Propedêutico
é inaugurado em Camboriú
A mais tradicional manifestação religiosa do
Estado será realizada dos dias 14 a 22 de março
Pelo 244º ano consecutivo,
a Irmandade promove a Procissão do Senhor dos Passos. A
solenidade segue o mesmo
modelo que a consagrou nesses
anos, com uma diferença: a
equipe de coordenação está se
Em poucos dias da campanha SOS Haiti, a Arquidiocese
mobilizou-se e arrecadou R$
164.742,22. Desse montante, R$ 50 mil foram destinados aos seminários da Capital Porto Príncipe. O restante
foi repassado à Cáritas Internacional. “Fiquei gratamente
Mais de 20 mil participaram em 2009
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Solenidade foi realizada na
noite do dia 12 de fevereiro, e
contou com a presença dos
Formadores das quatro casas
de formação e dos 48 seminaristas da Arquidiocese. O nome
Domingo de Ramos Fundo de Solidari- Dia Mundial da
edade aprovou 27
Juventude
projetos em 2009
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do Seminário homenageia
Mons. Valentim Loch, homem
que dedicou boa parte dos
seus 60 anos de sacerdócio à
formação dos nossos padres.
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Arquidiocese foi
representada no
MUTICOM
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2
Opinião
Março 2010
Palavra do Bispo
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Jornal da Arquidiocese
Arcebispo de Florianópolis
É tempo de amor
Professores e funcionários públicos, desempregados e cobradores de ônibus, jovens e crianças que na Quarta-feira de Cinzas foram a uma de nossas igrejas, ouviram uma advertência:
“Conver-tei-vos e crede no Evangelho” ou “Lembra-te que és pó,
e ao pó hás de voltar!” Somos pó.
Essa verdade nos obriga a deixar
de lado a vaidade. Ajuda-nos a
olhar o mundo, os homens e os
acontecimentos com um olhar
marcado pelo realismo. Se é verdade que somos pó, e que ao pó
voltaremos, não menos verdade
é que, em Jesus, também Deus
se fez pó. Por isso, no tempo da
Quaresma, a Igreja coloca diante
de nós aquele que “esvaziou-se
a si mesmo, e assumiu a condição de servo... Humilhou-se e foi
obediente até a morte, e morte
de cruz” (Fl 2,7-8). Pela sua cruz
e obediência, conquistou para nós
a salvação. Falta, agora, a nossa
parte - aquele passo que somos
convidados a dar, para segui-lo.
Afinal, ele quer ser seguido apenas por pessoas livres. As penitências que a Igreja nos prescreve
nesse tempo, tais como o jejum e
a abstinência de carne em certos
dias, e as que nosso amor nos inspirar, são justamente para que
sejamos mais livres, menos apegados e mais generosos.
Para alguns, tornar-se livre
poderá significar maior fidelidade aos seus deveres na família,
no trabalho ou na sociedade.
Para outros, maior preocupação
pela justiça, na linha do que o
Senhor falou, através do profeta
Palavra do Papa
Isaías: “Por acaso não consiste
nisto o jejum que escolhi: em
romper os grilhões da iniqui-dade,
em soltar as ataduras do jugo e
pôr em liberdade os oprimidos e
despedaçar todo o jugo?” (Is
58,6). Para um terceiro grupo,
poderá significar deixar de fumar,
de beber e de divertir-se, tendo
em vista os apelos transmitidos
por outro profeta: “Agora, retornai
a mim de todo o vosso coração,
com jejum, com lágrimas e com
lamentação. Rasgai, os vossos
corações, e não as vossas roupas,
retornais ao Senhor, vosso Deus,
porque ele é bondoso e misericordioso, lento na ira e cheio de
amor, e se compadece na desgraça” (Jr 2,12-13).
A liberdade que conquistarmos com tais práticas não será
Bento XVI
A onipotência de
Deus e o sofrimento
Em Cristo, Deus se manifestou
na sua verdade total (...). Também
hoje muitos vivem distantes de Cristo, não conhecem seu rosto e, desse modo, a eterna tentação do
dualismo (...) renova-se sempre, ou
seja, que talvez não haja unicamente um princípio bom, mas também
um princípio perverso, um princípio
do mal; que o mundo está dividido,
e são duas realidades igualmente
fortes: e que o Deus bom é apenas
uma parte da realidade. Também
na teologia, compreendida a católica, difunde-se atualmente esta
tese: Deus não seria onipotente.
Desse modo, procura-se uma apologia de Deus, que assim não seria
responsável pelo mal que encontramos amplamente no mundo. Mas
que pobre apologia! Um Deus não
onipotente! O mal não está nas suas
mãos! E como é que poderíamos
confiar-nos a este Deus? Como poderíamos ter a certeza do seu amor,
se esse amor termina onde começa o poder do mal?
Mas Deus já não é desconhecido: no rosto de Cristo Crucificado
vemos Deus, e vemos a verdadeira
onipotência, não o mito da onipotência. Para nós, humanos, a potência, o poder, é sempre idêntico à
capacidade de destruir, de cometer
o mal. Todavia, o verdadeiro conceito de onipotência que se manifesta
em Cristo é precisamente o contrário: nele, a verdadeira onipotência
consiste em amar até o ponto em
que Deus pode sofrer: aqui apare-
ce a sua verdadeira onipotência,
que pode chegar ao ponto de um
amor que sofre por nós. E desse
modo vemos que Ele é o Deus verdadeiro, e o Deus verdadeiro que é
amor, poder: o poder do amor. E nós
podemos confiar-nos a seu amor
todo-poderoso e viver nele, com
esse amor onipotente.
Penso que temos de meditar
novamente sobre esta realidade,
dar graças a Deus porque Ele se
manifestou, porque conhecemos
Seu rosto, face à face; não é mais
como Moisés, que só podia ver o
Senhor de costas. (...) Através de
Cristo, Deus mostrou sua face,
seu rosto. O véu do templo rasgouse, abriu-se, o mistério de Deus é
visível. (...) Agora, no homem Cristo, podemos ver o rosto de Deus;
podemos ver o ícone de Cristo e
assim ver quem é Deus.
“
Que pobre apo-
logia! Um Deus
não onipotente! Como poderíamos ter a
certeza do seu
amor, se esse
amor termina
onde começa o
poder do mal?”
Bento XVI, 12.02.10
um fim em si mesma. Quanto
mais formos livres, melhores condições teremos de caminhar ao
encontro daquele que, há muito
tempo, tomou sua cruz e veio em
nossa direção. Por causa dele repartiremos nosso pão com o faminto, recolheremos os pobres e
desabrigados, e vestiremos aqueles que estiverem nus (cf. Is
58,7). “Se fizeres isto, a tua luz
romperá como a aurora, a cura
das tuas feridas se operará rapidamente, a tua justiça irá à tua
frente e a glória do Senhor irá à
tua retaguarda. Então clamarás
e o Senhor te responderá, clamarás por socorro e ele te dirá: Eisme aqui!” (Is 58,8-9).
Decididamente, Quaresma
não é tempo de tristeza. É, antes,
tempo de amor.
“
As penitências
que a Igreja nos
prescreve nesse
tempo são
justamente
para que sejamos mais livres,
menos apegados e mais
generosos.”
Reflexão
Vida Ativa e Vida Espiritual
Fala-se de crise de fé no clero
e no laicato apesar de, em nossos
dias, termos como nunca, livros,
programas de TV e rádio, instruindo no tema da fé. Existe muito
empenho social, muitas obras:
então, por que isso não é seguido
de um grande florescimento da
vida espiritual? Por acaso se pensa que ação é vida espiritual? Crise de fé é conseqüência de crise
de oração. Os mestres espirituais
não receiam em desafiar: "dize-me
como rezas e eu te direi em que
crês". Somente na oração o cristão tem verdadeiramente vida cristã. Quando os discípulos pediram
a Jesus que lhes ensinasse a rezar, receberam como resposta a
primeira oração cristã, o "Pai nosso", alimento do cristão: contemplar o Pai.
A Palavra de Deus é verdade,
não poesia: ela afirma que Deus
volta seu rosto para nós, chamanos a si e pede que nós também
lhe voltemos nosso rosto. E isso
somente é possível no momento
em que nos colocamos diante
dele em corpo e alma, isto é, na
oração aprendida com o próprio
Jesus. A oração nos fará conhecer o Senhor e repousar em seu
seio e, deste modo, seremos teólogos, saberemos falar de Deus.
Ensinou-nos Evágrio (século V):
“se rezas, és teólogo, se és teólogo, rezas”.
Infelizmente para nós, cristãos, cavou-se um fosso entre a
oração e a prática, entre a ação e
a contemplação, identificando-se
as "forças vivas" com as "forças
ativas" e mergulhando no conceito pagão de "utilidade". Esse fosso nos priva de buscarmos o rosto de Deus, perdemos o rosto de
filhos, entramos em crise espiritual, agindo febrilmente como autômatos para superar o vazio de fé
que toma conta de nosso ser. Repetindo, sem buscarmos o rosto
de Deus pela oração não encontraremos nosso rosto, nossa "imagem e semelhança", não haverá
vida no Espírito.
A oposição entre vida ativa e
vida contemplativa, entre prática
e contemplação é uma novidade
que nega a tradição espiritual do
cristianismo. São dois termos, e
duas atitudes de vida, inseparáveis. A Igreja necessita de ambos, ou melhor, eles são um, pois
um está em relação ao outro. O
Antigo Testamento, ao apresentar
a luta de Jacó com Deus, revela
essa reciprocidade (cf. Gn 32, 2333)): lutando com o anjo, Jacó simboliza a vida ativa e, em seguida,
contempla o rosto de Deus, simbolizando a contemplativa; muda
o nome para Israel (o que lutou
com Deus).
Purificar-se das paixões
para orar de verdade
A oração é a contemplação do
Deus Trindade e a ação é a preparação para ela. O mestre espiritual Evágrio Pôntico define vida
prática como método espiritual
que purifica as paixões. A finalidade da ação e da ascese (esmo-
la e jejum) é recuperar na alma a
saúde natural, a libertação das
doenças ou paixões, para se libertar das ilusões. Podemos fazer
uma comparação: do mesmo
modo como não se cura doente
da vista olhando para o sol, igualmente não há fruto na oração em
espírito e verdade num coração
impuro e tomado pelas paixões.
Na grande tradição cristã, a
esmola e o jejum simbolizam a
vida ativa, a libertação do viver
somente de pão e para o dinheiro/bens. Sem essas duas atitudes ascéticas (ascese é exercício, treino), é impossível atingir
o grau da verdadeira oração, da
alegria de dizer "Pai nosso", de
contemplar-lhe o rosto. Mas, não
devemos alimentar falsas pretensões: por mais que vivamos
o esforço libertador na vida ativa, a oração contemplativa sempre será puro dom, carisma: dom
do Pai, graça oferecida àqueles
que Deus julgar dignos.
Recuperar a vida espiritual significa recuperar a alegria da vida
cristã das comunidades, significa
sair do intelectualismo soberbo,
do ativismo, e mergulhar na verdadeira sabedoria que brota daqueles que contemplam o rosto de
Deus e assim se tornam teólogos.
Podem falar de Deus porque,
como Jacó/Israel, o viram face a
face: “Vi Deus face a face, e minha vida foi poupada” (Gn 32,31).
Pe. José Artulino Besen
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Jornal da Arquidiocese
Geral 3
Março 2010
Resultado da Campanha SOS Haiti surpreende
Em poucos dias, contribuição dos fiéis somou R$ 164 mil que está beneficiando a população sofrida
Divulgação/JA
prédios destruídos. O dinheiro foi
encaminhado por intermédio da
instituição alemã: “Ajuda à Igreja
que Sofre”. O restante, R$
114.742,22, foi repassado ao
Haiti via Caritas Internacional,
para termos certeza de que chegará a seu destino.
“Fiquei gratamente surpreso
com o resultado da coleta, que
demonstra a sensibilidade de
nossos católicos para com a situação de nossos irmãos do Haiti.
Como Deus não deixa nenhum
dom sem recompensa, Ele saberá recompensar devidamente
aqueles que ouviram as palavras
de Seu Filho Jesus: ‘Eu estava
com fome... com sede... estava
nu... doente... e me socorrestes’”,
disse Dom Murilo.
Agradecimentos do
povo sofrido
Cruz em frente à Catedral foi uma
das poucas coisas que não ruíram
Em e-mail enviado ao nosso
Arcebispo, o presidente da Conferência Episcopal do Haiti, Dom
Louis Kebreau, agradeceu a ajuda enviada. “Quero expressar o
mais profundo agradecimento em
nome da Conferência Episcopal do
Haiti e de todos os seminaristas”.
Segundo ele, muitos seminaristas perderam a vida e outros
estão recebendo atenção médi-
Divulgação/JA
Diante da tragédia que se
abateu sobre o Haiti, na tarde do
dia 12 de janeiro, pelo terremoto
que destruiu a capital do país, a
Arquidiocese mobilizou-se e criou
a campanha SOS HAITI. As paróquias motivaram seus fiéis a fazerem doações em dinheiro e o
resultado surpreendeu.
No total foram arrecadados
R$ 164.742,22. Desse valor, R$
50 mil foi destinado aos Seminários de Porto Príncipe, já que perderam em torno de 40 seminaristas e vários dos que sobreviveram ficaram mutilados, além dos
Catedral de Porto Príncipe não resistiu aos abalos e ruiu
ca e psicológica, depois do terremoto que transformou a capital
Porto Príncipe em ruínas. Ele
também disse que o gesto de ajuda é um estímulo à retomada. “A
ajuda que recebemos nos dá força, ânimo, esperança para reconstruir e unir nossos esforços
para ir adiante, porque Deus é o
‘Salvador’ e está conosco”, disse Dom Kebreau.
Retribuição
Em 2008, a Arquidiocese havia decidido que a coleta da ce-
lebração de encerramento das
comemorações do Ano do Centenário seria encaminhada ao povo
haitiano, pois, naquele ano, seu
pais havia sido atingido por quatro grandes tempestades tropicais. Com o cancelamento da
celebração por causa das inundações e desmoronamentos em
nosso Estado, nosso povo é que
recebeu ajuda de várias partes
do Brasil e do mundo. A ação que
realizamos agora foi uma retribuição à ajuda que recebemos no
ano passado e em outros anos.
Pastoral da Comunicação da Arquidiocese é reativada
Comunicadores da Arquidiocese estiveram reunidos na manhã do dia 13 de fevereiro de
2010, no auditório da Cúria Metropolitana, em Florianópolis,
para definir os rumos da Pastoral da Comunicação. O encontro
reuniu 17 participantes, representando todas as mídias exis-
tentes na Arquidiocese. Entre
eles, estavam o nosso arcebispo,
Dom Murilo Krieger, e o coordenador Arquidiocesano de Pastoral, Pe. Vitor Galdino Feller.
O evento foi realizado atendendo ao pedido de Dom Murilo
Krieger. Durante o encontro, os
três participantes do “Muticom”
Foto JA
se apresentaram e falaram do
trabalho que estão fazendo.
Dom Murilo sugeriu que fosse formada uma equipe de coordenação composta por representantes dos Meios de Comunicação existentes na Arquidiocese.
“Essa equipe ficará responsável
por definir um cronograma de atividades da Pastoral para este
ano”, disse.
Sete pessoas que estavam
presentes à reunião se puseram
à disposição. Ao final do encontro, reuniram-se, definiram as
atribuições de cada membro e a
data para um próximo encontro,
que foi realizado na tarde do dia
25 de fevereiro. Nesse dia, trocaram idéias e definiram um calendário mínimo de atividades para
os meses de março, abril e maio.
Próximos Passos
Encontro foi solicitado pelo nosso Arcebispo, que se fez presente
A equipe de coordenação definiu que serão realizados três
encontros de formação no dia 30
de abril e no dia primeiro de maio.
O evento terá a assessoria já confirmada da Irmã Élide Fogolari,
coordenadora nacional da Pastoral da Comunicação.
Serão três momentos distintos, aproveitando a assessora. A
idéia é realizar uma formação específica para os padres na manhã do dia 30 de abril, sexta, em
local a ser definido. No dia seguinte, a formação será destinada a todos os comunicadores da
Arquidiocese. À tarde, a formação
será destinada à equipe de
coordenação.A proposta é aproveitar a presença da Irmã Élide
para apresentar a equipe de coordenação, as propostas e trazer
mais pessoas para participar das
atividades.
Mais informações sobre a
Pastoral da Comunicação no
site da Arquidiocese (www.
arquifln.org.br), no link “Notícias” ou no link “Pastorais”, e
clicar em “Comunicação”, ou
ainda pelo e-mail: sedemirusj@
hotmail.com.
Dom Irineu é o novo
bispo de Lages
A Catedral Nossa Senhora dos
Prazeres, em Lages, acolheu centenas de fiéis e dezenas de padres que, na manhã do dia 28 de
fevereiro, participaram da celebração de “posse” do Frei Irineu
Andreassa como novo bispo da
diocese serrana. Faixas e cartazes manifestavam as boas vindas
ao novo pastor.
A celebração contou com a
presença de vários bispos, padres das outras dioceses do Regional Sul IV, e autoridades políticas, entre elas o Governador do
Estado. A presença mais especial certamente foi a de Dom Oneres Marchiori, agora bispo
emérito de Lages. Dom Oneres
passou para seu sucessor, Dom
Irineu, o báculo, símbolo do
pastoreio do bispo. Em suas palavras, disse que estava emocionado mas tranqüilo. “Acho que,
depois de tanto tempo, a gente
tem que descansar”, revelou Dom
Oneres, com 76 anos, e que foi
bispo de Lages por 26 anos.
Dom Irineu recebeu da comunidade uma cruz peitoral feita de
nó de pinho, um símbolo da
diocese. Ele revelou que já na primeira visita que fez a Lages,
abençoou o povo serrano. “É o
povo que Deus me confiou. Aqui
Deus pediu que eu continuasse
o gesto de amor para com Ele”,
declarou o novo bispo.
Desafio
Ele agora terá o desafio de administrar a diocese com maior extensão territorial do Estado. Lages
possui 23 municípios e igual número de paróquias, distribuídas em
502 comunidades. Por outro lado,
é a diocese com menor população,
com 333.906 fiéis.
Divulgação/JA
Dom Irineu é natural de Iacri, SP,
onde nasceu a 15/11/49. Desde 2007
era pároco em Herculância, SP
4
Tema do Mês
A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas e termina na Quinta-feira santa à tarde, excluindo a
Missa da Ceia do Senhor, que já faz
parte do Tríduo Pascal, os três dias
mais importantes da fé cristã, quando se comemora a morte e a ressurreição do Senhor. Quaresma é
tempo de preparação e expectativa
diante da revelação de um fato
novo, de um evento poderoso: o
Mistério Pascal. Como diz o ditado:
"o melhor da festa é a sua preparação". Uma boa e santa Quaresma
já é meio caminho andado para a
celebração festiva da Páscoa.
Março 2010
ESPIRITUALIDADE
DA
QUARESMA
A Quaresma é um grande retiro espiritual,
no caminho rumo à Páscoa
HISTÓRIA DA QUARESMA
A festa da Páscoa começou a
ser celebrada pelos cristãos pelos anos 30 de nossa era, logo
nos primeiros anos depois da
morte e da ressurreição de Cristo. Nas primeiras comunidades
cristãs, celebrava-se semanalmente a Eucaristia, no domingo,
dia do Senhor, como ação de graças pela salvação que, em Cristo
e no Espírito Santo, Deus Pai havia ofertado à humanidade. Entre os anos 100 e 300, passouse a celebrar uma semana preparatória mais intensa para a
Páscoa. Pelos anos 300, é que
se começou a celebrar a Quaresma, como tempo necessário para
preparar os catecúmenos - os
novos fiéis - para o batismo, o
qual só era administrado na noite pascal. Assim, com a preparação dos catecúmenos, toda a comunidade cristã também se preparava para a Páscoa do Senhor.
UM GRANDE
RETIRO ESPIRITUAL
A Quaresma é um grande retiro espiritual, feito durante a caminhada diária, em casa, no trabalho, no estudo, com base na leitura diária da Palavra, no caminho
rumo à Páscoa. Não fará boa Páscoa, quem não fizer uma boa Quaresma! Nesse grande retiro espiritual, toma-se consciência de que
a nossa vida inteira é uma Quaresma, uma caminhada rumo à Páscoa definitiva, nossa morte e ressurreição. Nessa Quaresma que é
a vida não é preciso ir atrás de sacrifício e sofrimento. Basta assumir
com decisão e amor o que é próprio da vida - incômodos, fadigas,
incompreensões, dúvidas, incertezas, aflições, crises, provações, privações, tormentos, sofrimentos,
perseguições etc. - sempre em vista de um bem maior.
É tempo de penitência, palavra
confundida com algo triste e chato.
Penitência é a atitude de quem bus-
ca silêncio e reflexão, em vista de
interiorização e autoco-nhecimento
que levam à percepção das próprias fraquezas, misérias e pecados.
Por isso, a penitência leva à
contrição interior, ao arrependimento ou pesar pelas faltas cometidas, em vista da conversão, da
mudança de vida. Temos em grego o termo metanóia (meta-noús:
além da mente, outra mente), que
indica o desejo e a prática de ir
além das mesmices quotidianas e
aponta para outro modo de pensar e viver, outra ordem de valores,
centrada não nas coisas exteriores,
mas no encontro com Deus no interior de si mesmo. A conversão é
o reconhecimento cristão dos próprios pecados, visto que constituem ofensa aos desígnios divinos a
nosso respeito. Trata-se de um temor de perder o amor de Deus, que
é Pai. Daí a celebração do sacramento da reconciliação, também
chamado precisamente de sacramento da penitência, que consiste
na confissão ou acusação contrita
dos próprios pecados, diante de
“
O jejum é um
apelo para a beleza de uma vida
simples, sóbria,
austera, em que
se experimenta a
bem-aventurança
da pobreza”.
um presbítero, a fim de obter o perdão divino expressado na absolvição. Deixar para a última hora a
celebração do sacramento do
amor de Deus pode revelar desinteresse de verdadeira conversão.
Muita gente pensa: cometo todos
os pecados que quero até a última hora, me confesso na última
hora, tomo a comunhão... e continuo a pecar. Vem Páscoa e vai
Páscoa e não há conversão, mudança de vida.
JEJUM, ESMOLA
E ORAÇÃO
As práticas penitenciais clássicas são os três atos de piedade do bom judeu, na busca do
que é essencial nas nossas relações básicas: a oração diante
de Deus, a esmola, a caridade,
a fraternidade na relação com o
irmão necessitado, e o jejum na
relação com o próprio eu e com
a natureza. O jejum é um apelo
para a beleza de uma vida simples, sóbria, austera, em que se
experimenta a bem-aventurança
da pobreza. No mundo do desperdício, o jejum nos ensina o
verdadeiro cuidado do corpo, da
saúde física e mental. Em meio
ao consumismo e materialismo,
ao hedonismo e individualismo,
o jejum revela que nossa segurança está no essencial, o amor
a Deus e ao próximo. Numa sociedade do supérfluo, do lixo,
dos penduricalhos, o jejum é um
chamado à simplicidade. É importante o jejum de comida e bebida. Mas descobre-se cada vez
Jornal da Arquidiocese
mais como é humano também o
jejum da língua, dos olhos, dos
ouvidos, das mãos, dos pés. O
controle dos sentidos, o domínio
das paixões, hoje tão fora de
moda, é o primeiro passo para a
formação do caráter e a educação da própria personalidade.
A esmola, na forma de caridade fraterna, pode ser exercida de
múltiplas formas: ajuda, consolo,
ato de compreensão, palavra de
perdão, conselho, partilha, visita
a um doente ou preso, tempo para
ouvir, acolhida, solidariedade com
flagelados de desastres naturais
etc. Não há limites para a caridade cristã. Esmola não é um
trocadinho descomprometido
dado a alguém, mas é um dar-se
a si mesmo. Como Deus, em seu
Filho, entregou-se por nós. Há 46
anos, a Igreja no Brasil sugere que
a Quaresma seja um tempo de
fraternidade e de solidariedade,
em consonância com a Campanha da Fraternidade, como apelo
à conversão pessoal e eclesial diante de problemas sociais graves
do país. Neste ano, o tema da economia nos põe diante da grave
questão do modelo econômico
que gere a produção, o consumo
e a distribuição de nossas riquezas. Quantas vidas estão a serviço da economia predatória e
depredatória da natureza, da família, do sexo, do trabalho, enfim,
de nossas relações pessoais e
sociais! Em vez de a economia
estar a serviço da promoção e da
defesa da vida, sacrificam-se vidas diariamente no altar de
Mamon, o deus dinheiro, o deus
das riquezas que, como no tempo
de Jesus, ainda hoje continua a
exigir a matança de pessoas e de
seres vivos para poder manter-se
na crista da onda.
A oração é a atitude de quem
está permanentemente voltado
para Deus, de onde nos vem a única segurança. Só ele é nosso amparo, fortaleza, escudo, rochedo.
Num mundo de tantos deuses (dinheiro, status, fama, moda, mídia,
mercado), é preciso retomar decididamente o caminho para o Deus
vivo e verdadeiro, o Pai de Jesus e
Pai nosso. É preciso converter-se
para Deus, convergir para ele. Por
isso, a Quaresma é também a retomada da graça e dos compromissos batismais, da consciência de
estarmos e vivermos mergulhados
em Deus e na sua Igreja.
Pe. Vitor Galdino Feller
Coord. Arquidiocesano de Pastoral,
Prof. de Teologia e Diretor do ITESC
Email: [email protected]
Jornal da Arquidiocese
Geral 5
Março 2010
Grupo encena Paixão e Morte de Jesus Cristo
Mais de 230 pessoas participam da encenação, que pela segunda vez será realizada na Catedral
Arquivo/JA
Grupo Aliança realiza a encena da Paixão há mais de dez anos
isso e superou. E nós também
poderemos superar, se tivermos
fé no projeto do Pai", disse.
Os ensaios já estão sendo realizados há mais de um mês. Tudo
para garantir a qualidade da apresentação que já consagrou o Grupo Aliança. A encenação contará
com 22 atos, divididos em 14 cenários, todos preparados pela
equipe. A direção cênica está a
cargo de Edson Patrício Aranha,
formado em artes cênicas e coordenador do Grupo de Teatro Convivência. A apresentação contará
com iluminação cênica e som especial. Os diálogos foram previa-
mente gravados para garantir a
qualidade da apresentação.
Formado com o objetivo de
evangelizar através da arte de
encenar, o Grupo Aliança foi criado por lideranças leigas de pastorais e movimentos da paróquia
de Sagrados Corações e comunidades próximas. Neste ano, o trabalho conta com a participação
de sete paróquias das Comarcas
de Biguaçu, Estreito e Ilha.
Mais informações pelos fones
(48) 9983-4592 ou 3257-8263,
com Carlos Cruz, ou pelo e-mail:
[email protected].
Apostolado da Oração reinicia encontros arquidiocesanos
Os diretores paroquiais do
Apostolado da Oração realizaram
no dia 27 de fevereiro o seu encontro com as comarcas do sul
da Arquidiocese. Esse foi o primeiro encontro do ano, sempre
realizado no auditório da Cate-
dral, em Florianópolis, no último
sábado do mês, a partir das 14h.
Participaram 75 lideranças, representando 30 paróquias das
comarcas de Biguaçu, Estreito,
Ilha, São José e Santo Amaro.
Para as comarcas do norte,
Divulgação/JA
Realizado na Catedral, encontro reuniu 75 pessoas de 30 paróquias
serão realizados dois encontros.
As comarcas de Brusque e Itajaí
estarão reunidas dia 13 de março, na Paróquia São Luiz Gonzaga.
Já para as paróquias da Comarca
de Tijucas, o encontro será realizado na Paróquia São Sebastião,
no dia 08 de maio.
“Todos os encontros terão a
mesma temática. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus com o tema
da Campanha da Fraternidade, a
preparação para a Concentração
Arquidiocesana do Apostolado, a ser
realizada no dia 05 de setembro, no
‘Centro de Evangelização Angelino
Rosa’, a ser inaugurado em Governador Celso Ramos”, informou
Teresinha Nair da Rosa, responsável leiga pelo Apostolado.
Mais informações, pelos fones
(48) 3244-8477 ou 9968-2453,
ou pelos e-mails: terezinhanairrosa
@hotmail.com ou miron@
colegiocatarinense.g12.br
Arquidiocese perde o
Diácono José Severino
Faleceu no dia 23 de fevereiro, na paróquia São Vicente
de Paulo, nosso irmão e amigo
diácono José Severino dos Santos, que dedicou 34 anos de sua
vida à diaconia. Nascido no dia
09 de julho de 1936, em Luiz
Alves, casou-se com a sra.
Horacina e tiveram seis filhos.
Deles, recebeu 10 netos e 05
bisnetos. Há 10 anos era viúvo.
Foi aluno da 1ª turma da Escola Diaconal São Francisco de
Assis e ordenado diácono permanente por Dom Afonso
Niehues, no dia 15 de fevereiro
de 1976, na então Capela São
Judas Tadeu.
Fez de sua vida serviço e
oração, mesmo em situações
adversas. No dia 28 de agosto
de 1989, o diác. José Severino
recebeu a provisão para exercer seu ministério diaconal na
Comunidade São Vicente de
Paulo, na época pertencente à
Paróquia São João Batista.
Sofrendo de ataraxia cerebelar (perda da coordenação
dos movimentos musculares),
há 14 anos utilizava cadeira de
rodas e contava com a ajuda
dos filhos para suas necessidades básicas. Mesmo com as dificuldades físicas, o diácono
sempre teve uma palavra amiga, de conforto a quem o procurava. A todos recebia com
muita alegria.
Fez do seu leito um lugar
de oração. Aceitava sua condição de sofrimento sem expressar tristeza ou revolta.
Aguardou com paciência e
mansidão seu encontro com o
Pai. Dessa forma, ele deixounos um grande exemplo de
perseverança, fé e amor.
Divulgação/JA
O Grupo Aliança Artes Sacras,
cujo objetivo principal é a
evangelização através da arte teatral, está preparando a encenação da Paixão e Morte de Nosso
Senhor Jesus Cristo. O evento
acontecerá no dia 02 de abril, às
20h, em frente à Catedral Metropolitana de Florianópolis.
Neste ano, o evento estará em
sua nona edição e contará com
uma equipe de 238 pessoas, sendo 90 atores, interpretando 133
personagens. Os demais ajudarão
na montagem dos palcos e em
toda a estrutura da organização.
Pela segunda vez, o projeto é realizado em parceria com o Grupo de
Teatro Convivência, da Paróquia
São Judas Tadeu, em São José.
A cada apresentação, o grupo
procura enfocar algum aspecto da
Paixão. Neste ano, a encenação
enfocará a tentação. Quatro momentos estão em evidência, quando o demônio se manifesta: a conspiração do Sinédrio; a expulsão dos
vendilhões do templo; no horto das
Oliveiras; e na crucificação.
Segundo Carlos Cruz, coordenador do Grupo, o objetivo em
enfocar as tentações está em
mostrar que Jesus passou por
essas provações. "O mundo vive
muito em divisões, que são tentações do demônio. Queremos
mostrar que Jesus passou por
Apesar de estar em uma cadeira
de rodas há 14 anos, atendia as
pessoas que o procuravam
Pastoral realiza formação para
os visitadores dos enfermos
A Pastoral dos Enfermos iniciou
no dia 11 de fevereiro a formação
para os agentes da pastoral e outros voluntários. O curso, ministrado pela médica-cirurgiã e terapeuta
Jurema Torança Hartmann, teve
como tema “Os recursos da Medicina Ayuvetica para uma vida saudável”. O encontro reuniu mais de
30 lideranças da Pastoral.
As formações são sempre realizadas no Centro Arquidiocesano de Pastoral - CAP, no Largo
São Sebastião, em Florianópolis.
Durante a formação, a médica explicou os benefícios da medicina
que é milenar. Criada há mais de
cinco mil anos ela é aplicada na
Índia com grandes benefícios às
pessoas.
As formações continuarão. O
próximo encontro será no dia 16
de março, às 14h30, no CAP. O
tema: “Quando e como utilizar o
Serviço de Atendimento Móvel SAMU”. A formação será ministrada por um profissional da área.
O objetivo é prestar orientações
gerais sobre o serviço, que pode
ser acessado por qualquer pessoa,
independente de ter ou não plano
de saúde. “Quando passam por um
problema de saúde com a família
ou alguém próximo, as pessoas ficam desorientadas, sem saber o
que fazer. Com a formação, pretendemos mostrar quando e como
acessar esse serviço”, disse Maria Luiza Nogueira, coordenadora
da Pastoral dos Enfermos.
As formações são gratuitas e
estão abertas a todos os interessados, independente de ser ou não
voluntário da Pastoral. Não há necessidade de fazer inscrição prévia. Mais informações pelo fone
(48) 3225-3469 ou 9992-1537,
ou pelo e-mail: [email protected].
6
Bíblia
Março 2010
Jornal da Arquidiocese
Conhecendo o livro dos Salmos (24)
Salmo 36 (35): Malícia Humana e Grandeza de Deus
Arquivo/JA
Pequena jóia do saltério, este
salmo nos desconcerta à primeira vista. Começa descrevendo a
malícia humana, a maldade do
“ímpio”, em quatro versículos desalentados (vv. 2-5) e, de repente, exalta com entusiasmo a grandeza de Deus, da sua misericórdia, fidelidade, justiça, generosidade. Mais ainda: nele, em Deus,
está a “fonte da vida” e, na sua
luz, “vemos a luz” (vv. 6-10). Até
aí, as duas primeiras partes,
contrastantes, do salmo. A terceira parte é uma súplica, confiante, mas insistente, e que termina
com a certeza, antecipada, de
que os ímpios vão “cair”. Antes,
já “caíram” (vv. 11-13).
Abundância torrencial
Malícia humana
2. Fala o pecado no coração do ímpio, / temor de Deus
não existe para ele.
3. Pois ilude-se a si mesmo,
/ pensando que sua culpa não
será / descoberta nem detestada.
Como é que o mal se aloja no
coração humano e o domina? O
texto hebraico original, infelizmente incerto e, assim, não entendido nas versões, começa
mencionando um “oráculo” do
pecado, à semelhança do oráculo profético, isto é, uma afirmação solene feita pelo profeta em
nome de Deus. Neste início do
salmo, o “oráculo” é do próprio
pecado, de certa forma personificado, e minando no coração do
ímpio o fundamento da sabedoria, isto é, o “temor de Deus”, que
“não existe para ele” (v. 2). No
coração está a raiz de tudo, como
alertou o Senhor Jesus: “É de dentro, do coração, que procedem as
más intenções, a luxúria, os roubos, homicídios...” (Mc 7,22) Por
tudo isso, como é importante “vigiar e orar” (cf Mc 14,38), para
não permitir que o pecado entre
no coração e aí domine, proclamando o seu “oráculo” enganador. Resultado de ouvir o “oráculo”: a ilusão de quem pensa que
“sua culpa não será descoberta
nem detestada” (v. 3).
Maldade planejada
4. Maldade e engano são as
palavras de sua boca, / recusa
ser sensato e fazer o bem.
5. Trama no seu leito a maldade,/ obstina-se no seu mau caminho, / não quer rejeitar o mal.
As palavras da boca do ímpio
são “maldade e engano”, e ele chega ao ponto de recusar o sapiencial
tra-se outras três vezes no
saltério (Sl 17,8; Sl 57,1; Sl 63,7),
sempre expressando o carinho
paterno/materno do Senhor.
e o ético, não querendo “ser sensato” nem “fazer o bem” (v. 4). De
noite, deitado, medita e planeja o
crime, como já o denunciara o profeta Miquéias: “Ai dos que planejam maldades e tramam iniqüidades em seus leitos!” (Mq 2,1) Durante o dia, “obstina-se no seu mau
caminho”, e “não quer rejeitar o
mal”, isto é, conscientemente obstina-se na maldade. Retomando os
vv. 2-3, vemos que tudo parte do
coração: o rechaço da religião, o
desprezo da moralidade, a renúncia à sensatez.
Excelsa bondade divina
6. Senhor, a tua misericórdia chega até os céus, / a tua
fidelidade até as nuvens.
7. Tua justiça é como os
montes mais altos; / teus julgamentos, como o grande
abismo, / tu salvas homens e
animais, Senhor!
De repente, sem transição, o
orante passa ao quadro oposto,
à visão da bondade divina, expressa de maneira extraordinária.
As qualidades de Deus são exaltadas por suas dimensões cósmicas. Vistas pelo ser humano, são
altas como o céu, as nuvens ou
as cordilheiras; e profundas,
“como o grande abismo” (vv. 67). A grandeza sentida e não
abarcada de Deus é projetada
pelo poeta a dimensões espaciais, como em Ef 3,18, onde Paulo fala da “largura e comprimento, altura e profundidade” do
amor de Cristo. Como falaremos
nós, ante o universo com milhões
de galáxias? O salmista não vê
dificuldade em justapor “misericórdia” e “justiça”, pois em Deus
a “justiça” é misericordiosa e a
“misericórdia” não pode não ser
justa, em favor de “homens e
animais”, isto é, de todas as criaturas vivas. É como se o Criador
cumprisse deveres de justiça
para com suas criaturas e as
acompanhasse com a sua misericórdia. Uma vez que lhes deu a
vida, é também fiel às suas exigências, como belamente lembra
o livro da Sabedoria: “Amas a todos os seres, e não desprezas
nada do que fizeste. Pois, se houvesses odiado alguma coisa, não
a terias criado” (Sb 11,24). O conjunto de “homens e animais” aparece várias vezes no relato do dilúvio e também em textos de
Ezequiel e Sofonias, que falam
de “aniquilá-los”, iluminando por
contraste o nosso texto.
À sombra de tuas asas
8. Como é preciosa a tua
graça, ó Deus! / Os filhos dos
homens se refugiam à sombra
das tuas asas.
Da dilatada visão cósmica, o
orante se recolhe a suas experiências no Templo, transcendendo os dados sensíveis num magnífico crescendo. Depois de exaltar ainda a “graça”, ou seja, o
amor misericordioso e fiel de
Deus, refere-se com ternura à
acolhida aconchegante que “os
humanos”, não mais os animais,
encontram “à sombra das asas
divinas”. Esta expressão encon-
9. Saciam-se da abundância
da tua casa, / da torrente das
tuas delícias lhes dás de beber.
No Templo encontram os humanos a abundância dos bens do
paraíso, de onde saía um rio,
uma “torrente de delícias” que se
repartia em quatro braços (Gn
2,10). E é dessa “abundância torrencial” que o Senhor nos dá de
beber. Como não lembrar-nos
aqui da sede da samaritana, saciada enfim pelo Único capaz de
lhe dar a água que se transforma
em “fonte que jorra para a vida
eterna” (Jo 4,14)? Como não lembrar-nos também da água
vitalizante que saiu do lado direito do Templo, na visão de Ezequiel (cf Ez 47,1-12), e transformou em jardim o deserto ?
Vida e Luz
10. Pois em ti está a fonte da vida / e à tua luz vemos
a luz.
Versículo brevísssimo, que fecha com chave de ouro esta parte central do salmo, dedicada a
exaltar a grandeza e bondade divinas. A fonte da “torrente de delícias” (v. 9) é “fonte de vida” (v.
10), que se encontra no próprio
Deus ou “junto a Ele”, como diz o
texto hebraico. Mas Deus é ainda a própria origem da luz, luz
que é também vida, como se exprimirá João no prólogo do quarto evangelho: “Nele - isto é, no
Logos, o Filho, a Palavra eterna estava a vida, e a vida era a luz
dos humanos” (Jo 1,4). De fato,
sem a luz, a luz do sol, não haveria a fotossíntese, responsável
por toda a vida orgânica no planeta. Por isso mesmo, a luz é a
primeira das criaturas de Deus (cf
Gn 1,3: “Faça-se a luz!”). E é “na
sua luz”, à luz de Deus, que nós
podemos ver a luz, o que equivale a “viver”. De fato, não ver a luz
é a morte, mas dela nos livra
Aquele que é a própria Luz.
Prolonga a tua
misericórdia!
11. Prolonga a tua misericórdia para com os que te reconhecem, / e a tua justiça,
para com os retos de coração.
Após o entusiasmo do louvor,
o salmista faz seu pedido. Primei-
Faça como José Clemente, de Florianópolis, escreva para o Jornal da Arquidiocese, responda
as questões desta página e participe do sorteio de uma Bíblia, doada por CRUZ ARTE SACRA - Livros
e Objetos Religiosos Católicos (48-9983-4592). Jornal da Arquidiocese: rua Esteves Júnior, 447 Centro - Florianópolis-SC, 88015-530, ou pelo e-mail: [email protected]
ro, no plural, em favor dos que “reconhecem” a Deus, isto é, o temem e o amam, e são “retos de
coração” (v. 11). E o pedido é para
que Deus “prolongue” a sua misericórdia e a sua justiça, isto é,
as duas qualidades divinas mencionadas junto com a fidelidade,
nos vv. 6 e 7. Esse “prolongamento” da misericórdia vem também
expresso no magnífico oráculo de
Jeremias: “Com amor eterno eu te
amei, e por isso prolongo a minha
misericórdia para contigo” (Jr
31,3). Deus, que é “rico em misericórdia” (Ef 2,4), não deixará de
demonstrá-la e “prolongá-la” em
favor dos que nele confiam.
Cuida de mim!
12. Não deixes que me
pisoteie o pé dos soberbos, /
não me ponha em fuga a mão
dos malvados.
13. Caíram os que praticam a iniquidade, / prostrados, não podem reerguer-se.
Só agora, depois de ter intercedido pelos que “reconhecem”
a Deus e são “retos de coração”,
o salmista pede que o Senhor
olhe para ele em particular, e não
permita que os “malvados”, dos
quais traçou um retrato tão carregado nos vv 2-5, o derrubem e
afugentem. Que o “pé dos soberbos” não pisoteie o orante, nem
a “mão dos malvados” o ponha
em fuga (v. 12). Por último, a certeza do futuro já realizado, do
perigo passado, da ameaça superada: Eles, “os que praticam a
iniqüidade”, já “caíram”; “prostrados” pelo poder de Deus, “não
podem reerguer-se” (v. 13). Assim
termina este salmo impressionante, que faz com que a humilde súplica individual do v. 12 seja
precedida por tão profunda contemplação da bondade divina e
da malícia humana.
Pe. Ney Brasil Pereira
Professor de Exegese Bíblica no ITESC
email: [email protected]
Para refletir:
1) A “malícia humana”, descrita pelo salmista, é só dos
outros? Como você a vê?
2) Como entender a justiça e
a misericórdia, no próprio
Deus?
3) Que diz você da nossa participação na “vida” e na
“luz” de Deus?
4) De que maneira Deus “prolonga” a sua misericórdia?
5) A súplica individual fica
perdida, num salmo de
tanta amplitude?
Jornal da Arquidiocese
Juventude 7
Março 2010
Batendo um papo sobre...
Formação
A Pulseira do Sexo
Na trilha do Grupo de Jovens
Moda entre os adolescentes, o que seria apenas um
adereço, tornou-se um estímulo à promiscuidade
Divulgação/JA
A sociedade assistiu perplexa
nos noticiários à mais nova brincadeira das nossas crianças e
adolescentes, chamada de “pulseiras do sexo”. A brincadeira consiste em um pacto firmado por
certo grupo, aonde uma menina
usa várias pulseiras de cores variadas e os meninos têm a tarefa
de com o dedo arrebentar uma
dessas pulseiras, dependendo da
cor a mesma vale o pagamento de
uma prenda que vai desde um
beijo até uma relação sexual.
A informação é que a brincadeira se originou na Inglaterra e de
forma rápida chegou às escolas de
todo o país, gerando uma nova preocupação para as instituições de
ensino, as famílias e aos governos.
Em nenhuma fase da vida de
uma pessoa se justifica um pacto nesse sentido. Porém, quando
se trata de jovens de 13, 14 anos,
a nossa consciência nos pergunta, onde estamos? Como chegamos a isso? E para aonde vamos?
Perguntas essas que nos fazem refletir sobre o papel das instituições, seja a família, a escola, o governo ou a igreja, e qual o
comportamento desses organismos frente às novas gerações.
Precisamos aproveitar a onda
de que a nossa juventude está
fazendo pactos promíscuos, para
também propormos um novo pacto. É necessário chamar pais, professores, governantes, líderes
espirituais, e formar um novo pacto social de valorização da nossa
juventude, “Não basta amar os
jovens, eles têm que se sentir
amados.” São João Bosco já dizia isso a seus educadores há
tempos atrás. É urgente unirmos
Meninas de 13 e 14 anos utilizam as pulseiras. Meninos do grupo puxam
e arrebentam: dependendo da cor, pode significar até relação sexual
nossos esforços e criarmos novas
referências para a juventude,
pois essa brincadeira leviana foi
somente o símbolo de toda uma
sociedade, onde o jovem tem
como referência políticos corruptos, adultos individualistas e galãs sem escrúpulos. Precisamos
demonstrar, através do exemplo,
que o verdadeiro valor está no ser
e não no ter.
Vamos valorizar a família para
que nela o jovem encontre seu
modelo e seu reduto, que a família seja a primeira instituição a
educar os nossos jovens, que as
escolas formem bons cristãos e
honestos cidadãos, e que a Igreja deixe o jovem se sentir parte
dela, e que é possível atender ao
pedido do Papa João Paulo II, que
chama todos à santidade.
Que aprendamos com essa
brincadeira de mau gosto que os
caminhos adversos estão ao nos-
so lado, para que saibamos que há
um outro caminho para escolher,
que as instituições existem para
serem preservadas, e que a falência de qualquer uma delas pode
desequilibrar toda uma cadeia.
Dom Bosco, há mais de cem
anos dizia que o sistema mais
correto é o preventivo e nos
alertava “Não existem jovens
maus. Se os há, é porque não
houve nenhum adulto que se interessasse por eles”. Assim, façamos nossa parte nos colégios, nos clubes, nas igrejas ou na
casa de cada um, mas façamos
alguma coisa. Não podemos mais
permitir a perda dos nossos jovens. Sem jovem não há esperança, sem esperança não há
futuro e, sem futuro, para que
estamos vivendo o presente?
Eduardo Assis, Assessor do Grupo
São Judas Tadeu, Itajaí
Domingo de Ramos - Dia mundial da Juventude
Por iniciativa de João Paulo II, o Domingo de Ramos vem
sendo celebrado como “Dia
Mundial da Juventude”. De
quatro em quatro anos, numa
cidade determinada, como o
será Madrid no ano que vem,
mas cada ano, a começar de
Roma, em cada diocese. Aqui em
Florianópolis será feita a comemoração do DMJ na Catedral, no
sábado, 27, véspera do Domingo de Ramos, em forma de Vigília, na Catedral, a começar das
20h. A coordenação do evento
está com o Pe. Vânio da Silva,
Coordenador da Pastoral
Vocacional e Reitor do Seminário Teológico da Arquidiocese. Todos os jovens estão
convidados. Na Vigília, se refletirá sobre a mensagem do
Papa Bento XVI para esse Dia.
Compareçam!
O Centro de Capacitação da
Juventude, em São Paulo, lançou uma coleção de livros apropriados. A coleção pode ser adquirida na secretaria da Pastoral da Juventude, por R$ 15,00
(os cinco livros), ou por e-mail:
[email protected].
Como Desenvolver a Integração do Grupo de Jovens?
Os temas tratados neste caderno estão centrados no processo de integração do grupo nas
relações com a pessoa, com a
comunidade, com a cultura,
com o cuidado e com o planeta. O Lugar Místico é Betânia,
que nos convida a visitar a casa
dos amigos e amigas, assim
como Jesus, para jantar, gastar
tempo, contar histórias e viver
a experiência do amor.
Como cuidar da pessoa no
grupo de jovens? Na mística de
Nazaré. O processo de personalização é o eixo por onde os
pontos de reflexão vão ajudar
o/a jovem a responder perguntas sobre quem participa do
grupo. O lugar místico é Nazaré.
O convite busca vivenciar o cotidiano da vida de Jesus para,
com ele, perceber valores, posturas e escolhas que foram feitas ao longo de sua trajetória
em uma vida oculta. Assim,
nossa vida também pode ser
marcada por escolhas e valores da construção do Reino.
Como desenvolver a participação social no grupo de jovens? Na Mística de Jerusalém.
Uma das dimensões
mais desafiadoras para
o trabalho
com jovens,
hoje, é a política. Ela nos
convida a
participar, a
sair dos nossos mundos
particulares
e ir na dire-
ção do/a outro/a e dos interesses sociais, ou seja, políticos. O
lugar místico é Jerusalém. No
caminho com Jesus, devemos
assumir a dureza das escolhas,
de tal modo que haja mudança
nas estruturas. Isso exige firmeza, compromisso, coragem, entrega, oração, para que a vida
vença a morte.
Como dinamizar um grupo
de jovens? Na Mística de
Emaús. Este caderno traz vários pontos sobre o processo de
capacitação técnica, trabalhando desde a pessoa do/a jovem,
projeto de vida e comunidade
eclesial, até o planejamento
mais amplo. Esses temas são
propostos a partir da mística de
Emaús, caminhando com o
Ressuscitado e celebrando em
comunidade a floração da vida.
Como vivenciar a fé e a mística no grupo de jovens? Na
mística da Samaria. Assumir
uma mística que dê sentido à
vida, é uma das exigências do
ser humano hoje. Os pontos de
reflexão provocam o grupo de
jovens a refletirem sobre os
referenciais da fé e da mística
cristã no seguimento a Jesus e
no compromisso a partir da
Samaria. Esse lugar é o encontro com as diversas culturas,
buscando contemplar Deus que
cria o diverso e o diferente, reconhecendo esse mesmo Deus
nas pessoas e nas culturas, cultivando uma postura de respeito e encantamento.
Juventude em ação...
Pula, Sai do Chão, meu carnaval foi mais Cristão
A cada ano que passa, aumenta o número de pessoas
que prefere aderir aos eventos
paralelos ao carnaval, organizados pela Igreja Católica. Na
Arquidio-cese, foram muitas as
iniciativas que levaram a juven-
tude a retiros, encontros de carnaval e outros eventos. Acompanhamos cinco desse encontros. Confira as fotos através da
Arquidiocese: www.arquifln.
org.br, clicar em “Galerias” no
alto da página.
8
CF-2010
Março 2010
Jornal da Arquidiocese
Abertura da CFE-2010 envolveu quatro Igrejas
Realizada no Centro Ecumênico da UFSC, solenidade teve a presença de representantes de quatro Igrejas Cristãs
laram sobre a importância da
Campanha da Fraternidade e receberam a imprensa para uma
entrevista coletiva.
Desde que foi criada, em
1964, esta é a terceira vez que a
Campanha da Fraternidade é
Ecumênica. As outras foram em
2000 e em 2005, e se repete a
cada cinco anos com uma nova
temática. Neste ano, o tema é
“Economia e Vida”, e o lema
“Vocês não podem servir a Deus
e ao dinheiro” (Mt 6,24).
“O dinheiro se transformou
num Deus para muita gente. Trabalha-se, vive-se como se ele fosse a finalidade em si. O dinheiro
é necessário, como um meio para
o sustento, para a vida. Tanto que
não vamos levar desta vida tudo
o que acumulamos”, justificou
Dom Murilo.
Bênção das Cinzas
Mais tarde, às 18h15min,
nosso Arcebispo presidiu a celebração da Bênção das Cinzas
na Catedral. Em sua homilia,
Dom Murilo falou que a Quares-
Foto JA
Uma celebração, realizada na
tarde do dia 17 de fevereiro, no
Centro Ecumênico da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, marcou o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 (CFE2010) na Arquidiocese de Florianópolis. O encontro contou com
a presença de representantes de
quatro igrejas cristãs.
Estiveram no evento: o arcebispo de Florianópolis, Dom
Murilo Krieger, representando
a Igreja Católica, o Pastor
Sigolf Grevel, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do
Brasil, a Pastora Regina Niura
Silva do Amaral, da Igreja
Presbiteriana Independente, e
Dom Clovis Ely Rodrigues, bispo emérito da Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil.
O encontro contou também
com a presença do reitor da
UFSC, Antônio Toubes Prata, e do
Professor Alexandre Marino Costa, Vice-Reitor do Centro Sócio
Econômico da UFSC. Antes da
celebração, os participantes fa-
Eventos ainda
estão programados
para a CFE-2010
Alguns eventos já foram
realizados em relação à Campanha da Fraternidade. Já
aconteceu o Seminário de
Preparação para a Campanha, além de celebrações
ecumênicas em três locais. A
próxima celebração será no
dia 23 de abril no Templo
Ecumênico, em Jurerê Internacional, Florianópolis.
Durante a abertura na UFSC, representantes das Igrejas falaram sobre a
CFE, participaram de celebração ecumênica e deram entrevista à imprensa
ma é o momento favorável de
conversão. "Durante a imposição das cinzas, dizemos: 'Convertei-vos e crede no Evangelho'. Isso significa mudar a direção no sentido da vida. Não
um 'verniz', mas uma mudança
radical”, disse.
Segundo ele, a tendência hoje
é deixar-se levar pelas propostas
do mundo. A Campanha da
Fraternidade Ecumênica de 2010
nos faz este desafio: “Que uso
fazemos do dinheiro?”, pergunta
e responde: “O dinheiro pode fazer um grande bem, se bem utilizado, mas não podemos tornarnos seus escravos”.
Sessão Solene
No dia 08 de março, às
19h, a Assembléia Legislativa de Santa Catarina realizará uma solenidade alusiva à
Campanha da Fraterni-dade.
O evento, já tradicional, é promovido pelo Deputado Padre
Pedro Baldissera, e contará
com a presença de representantes das igrejas cristãs participantes da Campanha.
ITESC realizou Jornada Pastoral sobre a Campanha
Foto JA
Evento reuniu mais de 70 participantes que ouviram dos expositores
suas reflexões sobre a Campanha da Fraternidade deste ano
Evento contou com a exposição de representantes de três igrejas
cristãs, que fizeram uma leitura crítica do Texto-Base da CFE-2010
O Instituto Teológico de Santa Catarina - ITESC, realizou na
manhã do dia 26 de fevereiro,
uma “Jornada Pastoral” sobre a
CFE 2010. O evento era aberto
a todos os interessados, e contou com a participação de mais
de 80 pessoas, entre alunos e
professores do ITESC, e outros
interessados.
Foram expositores: Pe. Dr.
Vilmar Adelino Vicente, professor
do ITESC e representante da instituição no evento; Professor Dr.
Armando Lisboa, professor do
Centro Sócio Econômico da Uni-
versidade Federal de Santa
Catarina - UFSC; Pe. Roque
Favarin, da Cáritas Nacional;
Pastor Clori Trindade de Oliveira,
da Igreja Metodista; e Pe. Elias
Wolff, representante do Ecumenismo na CNBB e membro do
Conselho Nacional de Igrejas
Cristãs - CONIC.
Num segundo momento, os
participantes puderam fazer perguntas aos expositores. Para o
Pe. Elias, as três Campanhas
Ecumênicas têm uma intima ligação. Segundo ele, as três têm
conotação social. “Elas concla-
mam as Igrejas a terem um compromisso de transformação da
sociedade em vista da construção do Reino de Deus no mundo
de hoje”, refletiu.
Para o Prof. Ms. Celso
Loraschi, coordenador do encontro, o evento foi bastante positivo, tanto pelo número de participantes quanto pela qualidade
das exposições e do debate. "Demonstrou o espírito crítico dos
expositores com relação à economia hoje e apontando caminhos
para uma economia verdadeiramente solidária", avaliou.
Encontro reuniu padres que representaram 38 paróquias
Jornal da Arquidiocese
Geral 9
Março 2010
Procissão do Senhor Jesus dos Passos
A mais tradicional manifestação religiosa do Estado busca envolver cada vez mais os jovens
Divulgação/JA
A Mesa Administrativa da Irmandade do Senhor Jesus dos
Passos, em Florianópolis, promoverá, nos dias 20 e 21 de março,
sábado e domingo, pelo 244º ano
consecutivo, a Procissão do Senhor dos Passos. A solenidade
inicia no dia 14, com a investidura
dos novos irmãos e irmãs, com
eventos todos os dias, e segue
até o dia 22 de março com a missa de ação de graças.
Os dois pontos fortes são a
procissão de translado, realizada no dia 20, sábado: a partir
das 20h, translado do Imagem
do Senhor dos Passos e, às 21
h, o da imagem de Nossa Senhora das Dores, para a Catedral. No dia 21, domingo, às 16
h terá início a procissão do Encontro, que culmina na frente
da Catedral.
Após o Encontro, terminado o
sermão alusivo, as imagens, carregadas pelos Irmãos, retornam
para a Capela do Menino Deus,
junto ao Hospital de Caridade. A
Irmandade do Senhor dos Passos
conta atualmente com cerca de
900 irmãos que, através do pagamento de anuidade, mantêm
A devoção ao Senhor Jesus
dos Passos começou aqui a
partir da chegada da imagem,
talhada em madeira por Francisco Chagas, escultor baiano. Os
registros dizem que, em 1764,
uma embarcação levava a imagem para Rio Grande, RS. Após
três tentativas frustradas de
atravessar a Barra do Rio Grande, por causa das fortes tempestades, a nave atracou definitivamente na então Desterro.
O povo interpretou a dificuldade de a imagem chegar ao
seu destino inicial como um sinal do céu. E assim o capitão
do barco e os moradores acertaram as despesas da confecção da imagem e seu transporte. A partir de então, a imagem
foi colocada na Capela Menino
Deus, construída pela beata
Joana de Gusmão, e ali foi criada a Irmandade do Senhor Jesus dos Passos.
Divulgação/JA
Encontro entre as duas imagens é o momento mais marcante. No ano
passado, mais de 20 mil pessoas acompanharam a Procissão
Participação dos Jovens
ção. É através da participação
deles que a tradição da Procissão,
mais que bicentenária, será garantida para as gerações futuras.
A comissão organizadora da
Procissão busca envolver os jovens cada vez mais. Segundo a
equipe, grupos e movimentos estão sendo visitados, para incentivá-los a participar dessa celebra-
Mais informações com Rita
Peruchi, pelo fone (48) 32217588 ou pelo email rita@
hospitaldecaridade.com.br, ou
no site www.hospitaldecaridade.
com.br, clicar em “Irmandade”.
a administração do Imperial Hospital de Caridade.
Mensagem do Papa aos colégios católicos
No ano passado, entre os
dias 26 de novembro a 10 de dezembro, nosso arcebispo Dom
Murilo participou, em Roma, da
Visita ad limina dos Bispos da
CNBB - Regionais Sul 3 e 4. Na
manhã do dia 5 de dezembro, ao
receber todo o grupo, Sua Santidade, o Papa Bento XVI, dirigiu
uma mensagem aos bispos presentes, extensiva aos demais
bispos do Brasil.
Ele abordou o tema “A universidade e a escola católica”. Entre outras coisas, advertiu: “... é
precisamente na referência explícita, e compartilhada de todos os
membros da comunidade esco-
Uma história com 244 anos
lar... à visão cristã, que a escola
é “católica”, já que nela os princípios evangélicos tornam-se normas educativas, motivações interiores e metas finais”.
“Num mundo e numa época
que querem tirar do horizonte da
vida social qualquer referência ao
transcendente, qualquer sinal religioso - inclusive os crucifixos,
maior símbolo que temos do amor
de Deus por nós! -, mais e mais
se faz necessário firmarmos nossa identidade. Os fundadores de
Congregações Religiosas e os Bispos que nos antecederam não teriam fundado escolas e universidades se não estivessem convic-
tos de que era e é necessário "promover aquela unidade entre fé,
cultura e vida, que constitui a finalidade fundamental da educação cristã” (Bento XVI, 05.12.09).
Cópia do discurso papal completo foi encaminhado a todos os
colégios católicos com um documento de Dom Muilo. “Sei quanto
os senhores e as senhoras precisam de apoio e orientação, dadas
as dificuldades de sua missão.
Agradeço o trabalho que desempenham em nossa Igreja Particular,
desejo-lhes muita disposição e alegria nas atividades ao longo deste
ano de 2010, e envio-lhes minha
bênção”, disse nosso Arcebispo.
Hino celebra a Anunciação do Senhor
A Catedral Metropolitana de
Florianópolis, juntamente com o
Coral Santa Cecília, realizará no
dia 25 de março, às 20h, a tradicional Celebração Mariana da Solenidade da Anunciação do Senhor, com o hino “AKÁTHISTOS”,
em honra da Mãe de Deus. A celebração será presidida por nosso arcebispo Dom Murilo Krieger.
“AKÁTHISTOS”, palavra grega
que significa “não sentado”, indica a forma como o Hino deve ser
cantado: de pé. Ele salienta o momento em que Maria recebeu o
anúncio de que fora escolhida
para gerar o Salvador, permanecendo Virgem. A data, 25 de mar-
ço, ocorre exatamente nove meses antes do nascimento de Jesus
Cristo, no Natal, 25 de dezembro.
Em 1987, Ano Mariano, quis o
Papa João Paulo II, que esse “poderoso e dulcíssimo hino” fosse
cantado em todas as catedrais do
mundo. Assim, pela primeira vez,
graças ao Coral Santa Cecília,
Akáthistos foi cantado em nossa
Catedral, estando também gravado em CD. Desde então vem sido
cantado anualmente, sempre no
dia da Anunciação do Senhor.
Todas as pessoas são convidadas a participar, em especial as congregações religiosas e movimentos
que ostentam o nome de Maria.
10
Ação Social
Jornal da Arquidiocese
Março 2010
FAS apoiou 27projetos sociais em 2009
Recursos do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade apoiaram projetos somando um valor de R$ 83 mil
Arquivo/JA
No ano de 2009 a Coleta da
Solidariedade arrecadou um total de R$ 144.099,59, sendo que
desse total R$ 57.639,83 (40%)
foram encaminhados para o Fundo Nacional de Solidariedade e
R$ 86.459,76 (60%) ficaram no
Fundo Arquidiocesano de Solidariedade. Através desses recursos
foi possível apoiar 27 projetos sociais, aplicando um total de R$
83.371,30.
Entre os 27 projetos apoiados,
07 foram para programas e projetos com crianças e adolescentes, 07
na área de formação para o exercício da cidadania, 05 para qualificação profissional e geração de trabalho e renda, 02 para fortalecimento da rede de trabalhos sociais, 03 para divulgação da temática da CF 2009, 01 para povos
indígenas e 01 para Enchentes no
Norte e Nordeste do Brasil. Foram
atendidas, com os projetos apoiados, mais de 10 mil pessoas.
Segundo Fernando Anísio Batista, da Ação Social Arquidiocesana, nos onze anos de existên-
Projetos apoiados em 2009
PROJETOS SOCIAIS
Projeto
“Centro de Educação Infantil Anjo da Guarda”, trabalho realizado pela
comunidade do Pedregal, no Bairro Ipiranga, pertencente à Paróquia Sagrados Corações, em Barreiros, São José, foi um dos beneficiados pelo FAS.
Trabalho atende 194 pessoas, na creche e no atendimento pedagógico
cia do FAS, o ano de 2009 foi um
marco em sua história, pois foi o
ano que mais arrecadou na Coleta e o ano em que houve o maior
número de projetos apoiados. Ele
destaca que este é resultado do
trabalho realizado com as paróquias e com as ações sociais paroquiais, as quais entendem que o
Fundo tem um papel estratégico
na Arquidiocese: o de fortalecimento dos trabalhos sociais.
Proponente
Valor
Fisioterapia para Pessoas com
Deficiência Visual
Associação Catarinense
de Integração do Cego
4.985,25
Informática e Cristo.com
Paróquia São Judas
Tadeu - Brusque
5.000,00
Saúde e Educação na Comunidade Ação Social São João
Indígena Garani Yvy Ju Miri
Evangelista - Biguaçu
5.000,00
Famílias que Integram as ComuniAssistência Social São
dades de Atendimento da Ação SoLuiz
cial São Luiz: perfil e necessidades
2.100,00
A informática ao alcance dos mais
carentes
Ação Social Paroquial
Santa Cruz
3.730,80
Projeto Orquestra
Ação Social da Trindade
4.215,35
Curso Balé Clássico e Moderno para Centro Loyola Amar e
Formação Integral
Servir
2.000,00
Aquisição de Equipamentos e Mobiliários de Cozinha, Refeitório e Dis- Ação Social de Barreiros
pensa para o Projeto Social Pedregal
5.000,00
Tocando e Cantando com Aledria
ASP N. Sra. do Rosário - SJ
2.125,00
Grupo Abada Capoeira Rosário
ASP NSra. do Rosário - SJ
3.488,00
Casa de Caridade Madre Tereza de Ação Social Santo
Calcutá
Antônio
Arquivo/JA
Arquivo/JA
Percepções da sexualidade infantoCasa-Lar Nossa Senhora
juvenil nas Casas-Lares NSra. do
do Carmo e Casa-Lar São
Carmo e São João da Cruz de
João da Cruz
Florianópolis (primeira parcela)
Aprendendo a Dançar
Ação Social da Trindade
4.936,36
1.560,00
4.500,00
Geração de Trabalho e Renda
Curso de Corte e Costura para
Geração de Renda e Cidadania
Centro Loyola Amar e
Servir
2.000,00
Mulheres em Ação Pela Superação
Ação Social Neotrentina
1.182,25
Divulgação do Grupo Criando e
Costurando
ASP NSra da Lapa Florianópolis
1.249,10
Costurar
ASP Sta Terezinha
Menino Jesus - Fpolis
2.000,00
II Feira Regional de Economia
Solidária
Ação Social
Arquidiocesana
4.927,00
Formação e Mobilização
Curso de Balé é oferecido a mais de 80 jovens no
bairro Monte Cristo, região continental de Florianópolis, e as ensina a dançar artisticamente
A Ação Social Neotrentina, da Paróquia São Virgílio,
em Nova Trento, ensina mais de 50 mulheres a costurar e conseguir renda a partir desse aprendizado
Dia 28 acontecerá a Coleta da Solidariedade
60% do valor arrecadado fica na Arquidiocese e compõe o FAS
No Domingo de Ramos, que
será dia 28 de março, incluindo
a véspera, dia 27 à tarde e noite, acontecerá a Coleta da Solidariedade, que é o “gesto concreto” da Campanha da Fraternidade. Dos recursos arrecadados, 40% constituem o Fundo
Nacional de Solidariedade, que
se destina a apoiar projetos ligados à temática da Campanha de
cada ano e os outros 60% constituem o Fundo Arquidiocesano
de Solidariedade, que se destina a apoiar projetos sociais e de
geração de trabalho e renda em
nossa Arquidiocese.
Os recursos arrecadados são
distribuídos de forma organizada
para as comunidades empobrecidas da Arquidiocese, apoiando
iniciativas que apontem para a
superação das estruturas de pobreza e injustiça presentes na
sociedade. Sua contribuição fará
a diferença para muitas pessoas
que necessitam. Participe!!!
Dia Nacional da Juventude
Pastoral da Juventude
2.410,00
Promotoras Legais Populares
(primeira parcela)
Movimento das Mulheres
Trabalhadoras Urbanas
1.276,19
Formação em Políticas Públicas
ASA
2.100,00
Para ser voluntário é preciso mais
que amor é preciso formação
Ação Social São João
Evangelista - Biguaçu
570,00
Oficina de Sustentabilidade e
Elaboração de Projetos
Ação Social
Arquidiocesana
930,00
Mobilização, Sensibilização CF-2009 Coord. Arquid. CF-2009
700,00
Fortalecendo a Rede Municipal de
Brusque
786,00
Ações Sociais Paroquiais
do Município de Brusque
PNAS e o Reordenamento das entida- Ação Social
des de Assistência Social - 1º Etapa
Arquidiocesana
3.600,00
Emergência Social
SOS Norte e Nordeste
Cáritas Brasileira
Total de Recursos Aplicados em Projetos
10.000,00
83.371,30
TUDO EM 5 X SEM JUROS
= Jóias - Relógios - Óculos =
= Diversas Marcas =
Florianópolis - Fone
Centro, Shopping Itaguaçu e Shopping Iguatemi Santa Catarina (48)
3222-8680
Jornal da Arquidiocese
GBF 11
Março 2010
Livreto reflete sobre o Tempo Quaresmal
Subsídio está pronto e encontros já estão sendo realizados
Neste tempo quaresmal de
2010, o livreto dos Grupos Bíblicos em Família, com o título: “A
VIDA NOVA EM CRISTO”, quer nos
proporcionar uma grande reflexão sobre o nosso estilo de vida,
indicando o caminho do encontro pessoal e comunitário com
Jesus Cristo. Que saibamos responder sim a mais este chamado que Deus nos faz de colaborar na construção do seu Reino
de justiça, amor, paz e fraternidade, para que o seu projeto de
vida seja vivenciado por todos os
seus filhos e filhas.
Palavra do nosso Arcebispo
aos Grupos Bíblicos em Família:
Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro
A Campanha da Fraternidade
faz parte do calendário anual de
nossas dioceses. Promovida pela
CNBB, essa Campanha procura
inquietar a sociedade com reflexões sobre temas sociais, especialmente aqueles que estejam prejudicando a vida fraterna. Neste
ano de 2010, há uma particularidade: novamente será ecumênica
- isto é, assumida, também, por
outras igrejas cristãs.
O tema escolhido para a CF
2010 é: Economia e vida; e o
lema: “Vocês não podem servir a
Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24). Seu
objetivo geral é o de unir as Igrejas cristãs e as pessoas de boa
vontade na promoção de uma economia que esteja a serviço da
vida, em vista da construção da
paz. É um objetivo ousado. Mas
como não ser ousados diante das
injustiças que nascem de uma
economia em que o lucro está em
primeiro lugar, e o ser humano não
passa, muitas vezes, de um "produto", útil apenas enquanto ajuda o crescimento dessa mesma
economia? Como ficar indiferentes diante de uma "máquina" econômica que gera desigualdades,
miséria, fome e morte? Realizada
na quaresma, a CF quer "acordar"
a sociedade, motivando-a a uma
profunda conversão. Afinal, a Vida
é um valor mais importante que
os interesses do mercado.
Há os que perguntarão: tem
sentido as Igrejas cristãs tratarem
de um tema como esse? Não haveria outros temas mais interes-
santes e urgentes, temas que seriam mais "religiosos"? Tudo o que é
importante para o ser humano é
importante para o Evangelho. Por
isso é que Jesus se preocupou não
somente com temas ditos "religiosos", mas também com a fome,
com as doenças e injustiças.
Nossos Grupos Bíblicos em
Família fazem bem, pois, em participar das reflexões da Campanha
da Fraternidade. Se quisermos
mudar o mundo, precisamos começar mudando nosso coração.
Assim, pela conversão de nosso
coração, estaremos dando um
passo importante para viver a Páscoa do ano da graça de 2010.
Dom Murilo Krieger
Arcebispo Metropolitano
CEBs e GBFs, um jeito de ser Igreja
Cronograma de reuniões
e encontros - 2010
“Lá vem o trem das CEB,s caminhando com seu povo. Escute,
meu amigo, venha ver o que há de Novo” (Terezinha do Brejão - MA).
REUNIÕES DE ARTICULAÇÃO
No 10º Encontro Estadual
que se realizou em 2008, na
Diocese de Lages, com o tema:
“Ecologia e Missão”, e o lema:
“CEBs, povo de Deus cuidando da
Vida”, foi escolhida a Arquidio-
cese de Florianópolis para sediar
o próximo encontro estadual em
2012. Portanto, desde lá a
Arquidiocese de Florianópolis formou uma equipe de articulação,
que vem se encontrando e preDivulgação/JA
Equipe de coordenação é a responsável por preparar a 11º Encontro
Estadual das CEBs, que será realizado em 2012 em Florianópolis
parando os trilhos (caminhos)
para a chegada e a recepção dos
vagões das comunidades eclesiais de todo o Regional Sul IV,
que formarão o trem das CEBs
em 2012.
Animados pelo espírito renovador do Intereclesial das CEBs,
que aconteceu em julho de 2009,
em Rondônia, na cidade de Porto Velho, com o tema: “CEBs, Ecologia e Missão”, e o lema: “Do ventre da terra o grito que vem da
Amazônia”, continuamos com entusiasmo nossa caminhada das
Comunidades Eclesiais de Base
em unidade com os Grupos Bíblicos em Família, com o compromisso de articular todas as pequenas comunidades em âmbito Arquidiocesano.
Para melhor organizarmos,
celebrarmos e partilharmos a
vida em comunidade, traçamos
um planejamento de atividades
com temas de estudos para este
ano de 2010.
DATA LOCAL
25/04 Comunidade do Mocotó
26/06 Comunidade da Praia (Ponte do Maruim)
22/08 Comunidade de Mont Serrat
24/10 Comunidade da Penitenciária
04/12 Comunidade do Alto da Caieira
ENCONTROS DE FORMAÇÃO
DATA LOCAL e TEMÁTICA
28/03 Encontro das CEBs: Identidade, Espiritualidade e Missão
das CEBs - Comunidade do Mont Serrat
25/07 Encontro das CEBs: CEBs, Fé e Política - Com. Quilombo
04/12 Encontro - Sinais de CEBs presentes em nosso meio Comunidade do Alto da Caieira
Os encontros e as reuniões
serão orientadas e assessoradas pelo Pe. Vilson Groh, Moacir
Alburquerque e Roberto Iunskovski. Contamos com a participação das comunidades que já
vêm colaborando conosco desde 2009: Alto da Caieira, Mocotó,
Campeche, Ingleses, Vila Aparecida, Forquilhinha, Praia da Ponte do Maruim, Serrinha, Morro do
Quilombo, Nova Esperança, Morro da Queimada, Pastoral da Ju-
ventude, animadores(as) dos
GBF e todas as lideranças que
queiram conhecer o nosso trabalho evangelizador na Arquidiocese. A presença de todos e
todas é de grande valia, para
reavivar a caminhada das Comunidades Eclesiais de Base.
“Lá vem o trem das CEBs,
caminhando com seu povo...”
Edson Mendes
Articulador arquidioc. das CEBs
12
Artigos
Março 2010
Jornal da Arquidiocese
Centenário
Padre Sérgio Maykot - um padre a serviço dos menores
Sérgio Maykot nasceu no Estreito, Florianópolis, em 1º de
maio de 1948, filho dos descendentes de poloneses André
Maykot e Olga Podiacki Maykot,
originários de Pinheiral, Nova
Trento. Seu pai abriu no Estreito
conhecida loja de ferragens, cujo
lucro reverteu na formação dos
filhos e na aquisição de numerosos lotes de terra. Foi um empresário bem sucedido.
Sérgio ingressou no Seminário de Azambuja com 10 anos de
idade, ali se distinguindo pela
simplicidade, lealdade com os
amigos, dons musicais de cantor
e violinista, organizador de saraus literários. Desempenhou a
contento a função de mestre de
cerimônias nos Pontificais e Missas gregorianas. Provindo de família de posses, não fazia exigências, tudo o deixava satisfeito.
Aprendeu a escrever bem, com
estilo e bom humor.
Seguindo para Curitiba em
1967, ali cursou filosofia e teologia. Foi o difícil tempo das adaptações ao espírito do Concílio
Vaticano II encerrado em 1965:
tudo parecia ser provisório e ter
de ser mudado... Com as dificuldades superadas positivamente,
Sérgio foi ordenado presbítero na
igreja de Fátima, no Estreito, em
1º de fevereiro de 1973. Permaneceu um ano em Curitiba a fim
de concluir estudos de Filosofia
na Universidade Federal.
O início apostólico dedicação e amor
aos pequenos
Em 15 de janeiro de 1974 foi
vigário paroquial de Tijucas, trabalhando com Mons. Augusto
Zucco, à época chamado de "domador" de padres novos... Pe.
Sérgio não tinha dificuldade de
submeter-se com bom humor a
esse controle.
Em sete de janeiro de 1976
foi provisionado pároco do Divino
Espírito Santo, em Camboriú, desenvolvendo ótimo trabalho junto aos jovens e, especialmente,
às crianças. Sua memória é ali
recordada no “Jardim de Infância
Padre Sérgio Maykot”.
Em 10 de janeiro de 1980,
para surpresa de muitos, recebeu
o, à época, glorioso encargo de
pároco do Santíssimo Sacramento de Itajaí. Nunca um padre ainda jovem recebera essa missão.
Na sua humildade e desapego,
Pe. Sérgio não viu nada de glorioso no trabalho, além de ter muito
trabalho. Espírito agregador, procurou a cada sábado reunir os
padres da cidade para uma conversa e preparação da homilia. Os
frutos foram muito positivos.
Em fevereiro de 1986 foi nomeado pároco de São Francisco
Xavier, Saco Grande, paróquia
que abrangia todo o norte da Ilha
de Santa Catarina e que hoje está
dividida em três. Trabalhou com
zelo e abnegação, sem deixar de
ser enérgico diante de autoridades quase vitalícias que, há décadas, comandavam algumas
comunidades. Substituiu-as, sem
receio de críticas. Sempre ligado
à fraternidade presbiteral, desde
o início do ministério semanalmente reunia amigos padres em
casa da família no Ribeirão da
Ilha. Depois se pensou numa As-
Pe. Sérgio
Maykot, padre,
psicólogo, amigo
com dedicação
especial aos
jovens, às
crianças e as
vocações
sociação de Presbíteros, com
sede própria. Assim, em 1987
nasceu a APAZ - Associação Padre Augusto Zucco - com sede em
Barreiros, São José, da qual sempre foi entusiasta incentivador.
Estudante de
psicologia em Roma
Desde padre jovem, Pe. Sérgio
nutria dois sonhos: estudar psicologia e trabalhar no Seminário. Um
sonho que era um: trabalhar na
formação presbiteral. Dom Afonso Niehues permanecia reticente
ao ouvir essa conversa: achava
que Pe. Sérgio era pouco enérgico e não teria muita autoridade
como formador. Enfim, cedeu e
em 13 de fevereiro de 1992 Pe.
Sérgio foi para Roma, cursar Psicologia na Pontifícia Universidade
Salesiana. Hospedado no
Pontifício Colégio
Pio Brasileiro, reviveu com carinho e
compromisso os
velhos tempos de
Seminário.
Na Semana
Santa de 1998 estava de volta ao
Brasil. Em 27 de
março assumiu
como vigário paroquial da Catedral e como pároco
em fevereiro de 1999. Simultaneamente passou a lecionar no
ITESC e tinha uma grande agenda de atendimentos na linha de
psicologia.
Os últimos anos de
uma breve existência
Finalmente, em 22 de junho
de 2001 saiu a provisão tão desejada: formador dos estudantes de Filosofia no Seminário
“Edith Stein”, em Barreiros.
Sempre desejara exercer esse
ministério e agora, com a preparação pelos estudos de Psicologia, poderia viver essa experiência. A bem da verdade,
sentiu-se frustrado, e pediu
para retornar ao ministério paroquial. Em nove de dezembro
de 2003 foi provisionado pároco de Nossa Senhora Aparecida,
Procasa, São José. Humilde e
pobre paróquia, mas onde viveu
a consagração pastoral com
muita alegria. Nesse tempo foi
também Coordenador da Comissão Preparatória do Centenário da Diocese de Florianópolis (1908-2008), cuja grande celebração foi a trágica enchente de novembro/dezembro
de 2008.
Sempre disponível, em 1º de
fevereiro de 2009 assumiu
como pároco de São José, sendo recebido com alegria por
aquele povo. Seus primeiros
passos de reunir e escutar as
lideranças despertaram forte
esperança. Infelizmente, pouco
mais de um mês depois, em
seis de março, faleceu repentinamente, vítima de infarto, ao
retornar de consulta médica e
entrar na casa paroquial.
Todos choraram essa vida
precocemente ceifada. Doía o
coração ver as crianças - as sempre amadas crianças - depositando flores em sua urna funerária.
Padres e povo choravam a perda
de um amigo, uma presença
sempre forte e exemplar. No dia
seguinte, sábado à tarde, após
comovente Missa exequial, seu
corpo foi depositado no cemitério de Coqueiros, onde descansa
junto a seus pais.
Escrever essas linhas foi uma
necessidade para mim, que privei de sua amizade por 49 anos.
Foi graça fecunda tê-lo como
amigo no Seminário e companheiro de ministério.
Pe. José Artulino Besen
pejabesen.wordpress.com
Ecumenismo
Foi-me solicitado escrever algumas palavras sobre o ecume-nismo.
Então, resolvi escrever sobre a minha própria experiência ecumênica.
Fui ensinada na doutrina da Igreja
Católica Apostólica Romana até a
minha adolescência, sendo batizada e preparada para a Eucaristia,
frequentando assiduamente as
missas e outras atividades na Paróquia Nossa Senhora de Fátima,
no Estreito, Florianópolis. Durante
a minha infância fui levada algumas
vezes pelos avós maternos ao Centro Espírita, para tomar passes e ouvir algumas palestras. Confesso que
entendia muito pouca coisa do que
estava sendo feito e falado. Também durante as missas, era esse o
sentimento.
Meus pais nos faziam, a mim
e aos meus irmãos, irmos à missa no domingo pela manhã. Essa
ida à Igreja nos dava o direito de,
pela tarde, irmos ao cinema. Para
meu pai e minha mãe, a única
igreja verdadeira era a Igreja Católica Apostólica Romana. Até hoje
não entendo como os meus avós
EU, ECUMÊNICA?
conseguiram me levar ao Centro
Espírita. Não sei se meus pais sabiam ou não dessas visitas.
Até aos dezesseis anos, não me
lembro de ter conhecido alguém
que freqüentasse outra igreja ou
religião que não fosse a Igreja Católica Apostólica Romana. Foi então que, em 1980, comecei a namorar um rapaz que, para minha
surpresa, era protestante. Fiquei
muito curiosa e fui com ele assistir
a um culto na Igreja Presbiteriana
Independente do Brasil, na qual
estou até hoje. E agora, como pastora de uma comunidade (aproximadamente há dez anos), no bairro Coloninha, em Florianópolis.
Por que resolvi fazer este relato? Porque a mesma idéia que eu
trouxe da Igreja Católica, eu a
transferi para a Igreja Protestante: de que o "meu Deus" era o único verdadeiro e a minha tradição
dentro da qual eu me relaciono
com Ele era a única verdadeira.
Continuei pensando que os membros de outras igrejas e religiões
não deveriam ser considerados, e
muito menos deveria ter qualquer
tipo de diálogo ou comunhão com
esses irmãos.
Minha mudança aconteceu
quando fui fazer o mestrado na área
de Teologia Prática, em um seminário interdenominacional. Durante as
conversas com meus companheiros de curso (pessoas de outras tradições religiosas), comecei a entender como eu era preconceituosa,
radical, funda-mentalista, ignorante, desrespeitosa, soberba e presunçosa, achando-me dona da verdade. Entendi que, assim como eu,
eles também tinham recebido uma
missão da parte de Deus. A missão
de vivenciar o amor de Deus neste
mundo e torná-lo um lugar onde todos tenham vida e vida em abundância. Essa era a missão de Jesus
e é também a nossa missão, independentemente de nossas diferen-
ças e compreensões.
O mais interessante é que a
própria palavra "ecumenismo" nos
ensina essa verdade, pois ela tem
sua origem no vocábulo grego
“oikoumene” que, por sua vez, é
derivado da palavra “oikos”, que
significa casa, lugar onde se vive,
espaço onde se desenvolve a vida
doméstica, onde as pessoas têm
um mínimo de bem-estar. O caderno do CEBI (Centro de Estudos Bíblicos) “A Palavra na Vida, nº 227
- “Em nome da Identidade: uma
leitura de gênero, ecumenismo e
negritude” - nos diz: “O movimento ecumênico teve seu ponto de
partida no movimento missionário. No século XIX a fé cristã se
expandiu de uma forma jamais
vista. Entretanto, assim como
crescia muito o trabalho missionário, também ao longo do tempo
foi-se criando uma rivalidade entre as igrejas. Os missionários pregavam sobre Cristo, mas também
aspiravam a construir sua própria
igreja. Aos poucos, começou-se a
sofrer por causa dessa desunião.
Os missionários e líderes concluíram que havia chegado o momento de dialogar" (p. 16). Daí surgiram encontros, conferências e até
a criação de um órgão que congrega as Igrejas Cristãs em todo o
planeta: o Conselho Mundial de
Igrejas - CMI.
Diálogo. Creio ser esta a palavra que durante muito tempo em
minha vida ficou faltando. Dialogar: falar, e também ouvir o outro.
Hoje, em minha vida, busco uma
vivência mais ecumênica, procurando dialogar com todas as pessoas. Não é fácil. Mas creio que o
ecumenismo é um dos instrumentos que pode tornar este mundo
um lugar onde o "Shalom" de Deus
se torne realidade para todos.
Sim, eu sou ecumênica!
Regina Niura Silva do Amaral
Pastora da Igreja Presbiteriana Independente do Bairro Coloninha Florianópolis.
Jornal da Arquidiocese
Missão 13
Março 2010
A Missão de Comunicar a Alegria Pascal
A nossa Arquidiocese quer avançar no uso dos MCS. É algo possível e urgente para o anúncio da Boa Nova
COMUNICADORES
COMPETENTES
Mas, para que se realize o
Divulgação/JA
Bento XVI, numa mensagem
dirigida a toda Igreja, apresentou
sua visão pastoral sobre as novas
mídias como sendo “instrumentos
indispensáveis” para a sua missão
evangelizadora, pois as novas
tecnologias ajudam a instaurar formas de diálogo de maior alcance.
Bento XVI lança hoje a mesma
pergunta que o apóstolo Paulo lançou aos primeiros cristãos empenhados no anúncio de Cristo:
Como hão de acreditar naquele de
quem não ouviram falar? E como
hão de ouvir falar, se não houver
quem lhes pregue? (Rm 10,14).
O mundo digital, afirma o
Papa, abre perspectivas e concretizações notáveis ao incitamento
paulino: Ai de mim se não anunciar o Evangelho! (1Cor 9,16).
Com o Evangelho nas mãos e
no coração, insiste o Papa, é preciso reafirmar que é tempo de
preparar caminhos que conduzam à Palavra de Deus, tendo
uma particular atenção por aqueles que se encontram em condição de busca e aos que não acreditam, mas que cultivam no coração desejos de absoluto e de
verdades não caducas.
Essa mensagem, que o papa
Bento XVI lançou no dia dos Meios de Comunicação Social, surpreendeu favoravelmente e motivou sacerdotes e comunidades
a encararem e usarem adequadamente os meios poderosíssimos de comunicação para a
evangelização do mundo contemporâneo.
Solidariedade entre Igrejas
Iraque: quatro cristãos assassinados em
quatro dias. Patriarca caldeu pede ajuda à
comunidade internacional
Papa Bento XVI incentiva o uso dos meios de comunicação que considera “instrumentos indispensáveis” para a evangelizadora da Igreja
que o Papa pede, há necessidade de que o mundo católico acorde e se preocupe mais com a
formação de bons e competentes comunicadores. Nossas rádios e TVs, em seu conjunto, ainda carecem de comunicadores
maduros em sua fé e tecnicamente mais aprimorados.
Será que em nossas universidades e em milhares de colégios
católicos existe uma preocupação concreta em descobrir jovens
que possuem valores no campo
da comunicação? Será que nesses ambientes, como também
nas comunidades paroquiais, nos
grupos e movimentos, existe a coragem de investir no aprimoramento de futuros comunicadores? Será que, para isso, existe
um forte estímulo de cima?
São esses fatores muito sérios se quisermos que a nossa
evangelização midiática se aprimore e consiga transmitir a menFoto JA
Encontro reativou a Pastoral da Comunicação na Arquidiocese
sagem de Cristo e da Igreja, de
forma moderna e cativante, em
todos os ambientes e nos lares,
muitos deles descristianizados.
Está na hora de despertar e
partir para ações concretas que
nos permitam sair do amadorismo. Se isso acontecer na Igreja dos cinco continentes, o “ide
pelo mundo inteiro, pregai o evangelho a todas as criaturas” tornarse-á uma realidade maravilhosa
e confortadora. Nenhuma dificuldade deve nos impedir de que a
Boa Nova chegue às extremidades da terra!
EQUIPE DE
COMUNICAÇÃO
No dia 13 de Fevereiro, reuniuse um grupo seleto de
comunicadores de nossa Arquidiocese. Estava presente o nosso
Arcebispo Dom Murilo e Pe. Vitor
Feller, coordenador da Pastoral
Arquidiocesana. O assunto era:
Pastoral da Comunicação Diocesana. Ouve uma apresentação do
que já existe e, em seguida, buscou-se abrir novos horizontes para
a nossa comunicação. O encontro foi muito proveitoso e, finalizando, foi escolhido um grupo de
comunicadores que se encarregarão de movimentar ainda mais a
nossa Pastoral da Comunicação.
Pedimos a Deus para que dê a
essa equipe a coragem e a
criatividade necessárias para uma
missão tão importante.
Pe. Paulo de Coppi - PIME
[email protected]
MOSUL, domingo, 21 de fevereiro. Nesta semana, quatro
cristãos foram assassinados a
sangue frio em Mosul (Iraque).
“A situação é trágica”, alertou
Warduni e “o governo iraquiano não está fazendo o que
deveria, para acabar com esse
massacre. Precisamos que a
comunidade internacional
faça pressão sobre seus próprios governos e estes sobre o
governo iraquiano”.
O último cristão assassinado
é um jovem estudante universitário. Interceptado por dois homens que se diziam das forças
de ordem, mataram-no a tiros.
O Arcebispo declarou: “Nós,
cristãos, somos inocentes, não
causamos dano a ninguém, só
queremos viver em paz em nosso país. Se querem nos
erradicar de nossa terra, que o
digam. Se não, que nos deixem
em paz”. Amigos e amigas cristãos, rezemos para esses nossos irmãos perseguidos.
Aumenta o número de
católicos no Mundo
O Anuário Pontifício 2010,
apresentado a Bento XVI, apresenta um aumento do número
de católicos no mundo, bem
como o de sacerdotes e seminaristas, especialmente na
Ásia e na África
Em 2008, foram registrados
1 bilhão e 166 milhões de fiéis
batizados, com um aumento de
19 milhões (+1,7%) em relação
ao ano anterior. Mesmo considerando o aumento da população mundial, que atingiu um
total de 6 bilhões e 700 milhões
de pessoas, observa-se um discreto aumento da população católica em termos percentuais
(de 17,33 para 17,40 %).
Aumentou também o número de bispos, que passou de
da 4.946 em 2007 para 5.002
em 2008. Houve também um
discreto aumento no número
de sacerdotes, seja diocesanos
ou religiosos, da ordem de 1%
no período entre 2000 a 2008.
Aumentou também, em nível global, o número de candidatos ao sacerdócio, passando
de 115.919 em 2007 para
117.024 em 2008.
Tal aumento foi mais pronunciado na África (+3,6%), na Ásia
(+4,4%) e na Oceania (+6,5), enquanto que a Europa registrou
uma queda no número de candidatos ao sacerdócio de 4,3%.
ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA
No dia 21 de 02, a Animação Missionária deu seus primeiros passos com o encontro
regional dos assessores da Infância e Adolescência Missionária, na cidade de Mafra.
No dia 07 de Março, das
8.30 às 16.30, em Tijucas, haverá o Iº encontro de formação
missionária para todos os animadores missionários da
Arquidiocese. Contamos com a
participação de todos.
Informações com Dalva,
pelo fone (48) 8411-3896.
14
Geral
Março 2010
Jornal da Arquidiocese
Florianópolis é representada no Muticom
Evento reuniu mais de dois mil participantes de 37 países da América Latina e do Caribe
Foto JA
Nos dias 03 a 07 de fevereiro,
a cidade de Porto Alegre sediou o
Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe (Muticom). Promovido pela CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para
Educação, Cultura e Comunicação, pelo CELAM e pela OCLACC,
o evento reuniu mais de dois mil
participantes de 37 países
latinoame-ricanos e caribenhos.
O Regional Sul IV da CNBB
(Santa Catarina) esteve representado por 18 pessoas. A Arquidiocese de Florianópolis teve a presença de três jovens. Com o tema
“Processos de Comunicação e
Cultura Solidária”, o MUTICOM
promoveu espaços de diálogo
sobre os processos de comunica-
Dom Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho das
Comunicações Sociais, representou o Papa no evento
ção à luz da cultura solidária, na
construção de uma sociedade
comprometida com a justiça, a
liberdade e a paz.
O evento contou com palestras,
painéis, conferências, oficinas,
apresentações culturais e artísticas. Elas tiveram como referência
os maiores especialistas em comunicação da Igreja Católica no mundo. “Foi um momento raro para
nós, participarmos de um evento
como esse em que comunicadores
de referência mundial puderam trazer-nos suas experiências”, disse
Zulmar Faustino, jornalista da
Arquidiocese.
Pela primeira vez, o evento foi
antecedido pelo “Encontro continental de jovens comunicado-
res”. Na tarde dos dias 02 e 03
de fevereiro, os jovens contaram
com um espaço só seu. Na tarde
do dia 02, houve um painel com
o tema “Dialogando e transmitindo cultura solidária”, realizado
pelo músico uruguaio Daniel
Drexler e por Elson Faxina, ex-assessor de comunicação e colaborador da Pastoral da Criança.
O próximo Mutirão Brasileiro
de Comunicação será realizado
no Rio de Janeiro, nos dias 17 a
22 de julho de 2011. Será a sétima edição do evento, com o
tema: “Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidade”. Ao final
do Muticom em Porto Alegre, a
equipe do Rio fez a apresentação
de como será a próxima edição.
Jovens da Arquidiocese criaram site para divultar o evento
Foto JA
Os três participantes da
Arquidiocese no Muticom, inquietados em apenas participar,
decidiram colocar suas habilidades em prática e criaram um blog
do evento. Através do endereço
http://floripanomuticom.
wordpress.com, em apenas duas
horas já noticiavam tudo o que
acontecia no Mutirão.
A idéia surgiu a partir da experiência de cada um deles. Com
talentos diferentes, mas que se
completam, os três decidiram
unir suas habilidades e colocá-las
em prática para mostrar o que
acontecia no Muticom. Eram
eles: Zulmar Faustino, jornalista
da Arquidiocese, Guilherme Pon-
tes, coordenador da Pastoral da
Juventude, e Felipe dos Santos,
do movimento Água Viva Jovens,
da Paróquia NSra. da Boa Viagem, em Florianópolis.
Os três foram foram agraciados com uma menção honrosa,
pelo seu trabalho. O prêmio foi
entregue ao nosso arcebispo
Dom Murilo Krieger, que acompanhou o Muticom através do
blog dos jovens.
De Florianópolis, ele mandou
a seguinte mensagem: "Quando
esses meios forem colocados a
serviço da evangelização, os
“pés” dos evangelizadores serão
mais rápidos, em condições de
alcançar em menor tempo e com
mais eficácia o apressado ser
humano de hoje. Vivam intensamente essa experiência e, ao voltar, motivem outros a colocar tão
ricas ferramentas a serviço da
Boa Nova de Jesus", escreveu
Dom Murilo.
Os três jovens integram a
equipe da “Pascom”, a Pastoral
da Comunicação, da Arquidiocese. Eles pretendem oferecer
uma oficina aos representantes
de pastorais e paróquias. Nela,
demonstrarão sobre o uso dos
meios eletrônicos na transmissão
de informações.
Mais informações no site do
evento ou pelo e-mail: jornal@
arquifln.org.br.
Retalhos do Cotidiano
Preocupações
Como é que aquela fonte, tão
pequena, poderia pensar que um
dia seria capaz de chegar ao
mar? Como é que aquela fonte,
quase invisível, poderia supor que
se transformaria no maior rio do
mundo? Também nós: não pensemos tão pouco do grandioso
destino que nos espera! Fomos
criados do nada para, no amor,
viver com Deus pelos tempos
sem fim.
“A cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6,34). Para quantos de
nós a vida seria bela se vivêssemos bem esse conselho de Jesus... Por que deixar que o passado nos vergue as costas e o
futuro nos preocupe tanto, se só
temos o presente para viver?
Convivência
Não nos permitamos conviver
como estranhos.
Tempo
Do tempo só se colhe o que
nele se planta. E, se não se planta
nada, o que se haverá de colher?
Se não se planta, está perdido o
tempo destinado à plantação.
Vela
A vela acesa ficou à disposição de todas as que lhe foram
apresentadas. Acendeu uma a
uma, para que também pudessem iluminar. E as trevas se afastaram. Os homens e as mulheres
que têm em si a luz de Cristo,
quanta escuridão espantam!
Alegria
Não deixemos a alegria se
despedir de nós e ir para terras
longínquas.
Carlos Martendal
Divulgação/JA
Fonte
Iniciativa dos três jovens foi recompensada pela equipe de comunicação
Deu-se tanto, o sapato,
que se acabou.
E, no entanto,
foi quando já
estava para ser
descar tado
que começou a
mais bela etapa da vida: a de
dar flores!
Números
Parece que, para Deus, números não importam. Também para
os santos. Irmã Emanuele relatou
ao Padre Pierre, em Paris, sua alegria por já haver salvo sete mil crianças. A resposta daquele que vivia no meio do lixo, junto aos lixeiros, surpreendeu-a: “E as outras?”.
Educação
Pais que se dedicam à educação dos filhos dão-lhes um
grande tesouro. Quando se educa cristãmente, com amor exigente, moldam-se os filhos à feição
de Deus e, então, o mundo não
será capaz de deformá-los.
Caminho
O caminho das facilidades
desemboca na estrada das tristezas; a alegria implica
desinstalação, serviço, renún-
cia, lava-pés. Quanto mais alegria damos aos outros, tanto
mais alegres nos tornamos nós
mesmos!
Competência
Ao descobrir em nós a capacidade - que vem de Deus (cf. 2 Cor
3,5) -, alguém poderá descobrir,
também, o Deus que nos habita.
Jornal da Arquidiocese
Geral 15
Março 2010
Propedêutico inaugurado em Camboriú
Seminário homenageia Mons. Valentim, que dedicou os seus 60 anos de ministério à formação do nosso clero
O Seminário Propedêutico é
um espaço de formação para os
Durante a celebração, nosso arcebispo Dom Murilo posou para foto com todos os 48 seminaristas, que
estão nas quatro casas de formação da Arquidiocese neste ano, com seus respectivos formadores
jovens que terminaram o ensino
médio ou superior e passam por
um ano de preparação para entrar na Filosofia. São chamados
de vocações adultas. “É uma re-
alidade nova, que não existia há
30, 40 anos. É um período em
que o jovem faz uma experiência comunitária. Ele estuda o
fundamental para depois apro-
veitar melhor os anos seguintes",
informou Dom Murilo.
Pe. Josemar Silva é o Reitor do
Seminário. Natural de Camboriú,
ele foi ordenado presbítero há
nove anos, oito deles trabalhando como missionário na Paróquia
de Oliveira dos Brejinhos, na
Bahia. Um dos motivos para a escolha do seu nome para assumir
o Propedêutico é por ele também
ser uma vocação adulta, já que
entrou no Seminário aos 25 anos,
assim como os rapazes que estarão aos seus cuidados. Os nove
seminaristas têm idades que variam entre 18 e 30 anos.
Segundo ele, a Igreja orienta
que a formação para o Propedêutico deve ser realizada em
um local distinto. “Deve ser local apropriado para eles aprofundarem a vida comunitária,
espiritua-lidade e se prepararem
para a formação filosófica", informou Pe. Josemar. O Seminário foi instalado em uma casa
cedida pela Paróquia de Camboriú. A casa era ocupada pelas
Irmãs Catequistas Franciscanas,
que por 40 anos auxiliaram nos
trabalhos pastorais da Paróquia.
Com a saída delas para a nova
Paróquia do Senhor Bom Jesus,
a casa ficou disponível para o Seminário.
Arquivo JA
Vocações Adultas
Foto JA
Uma celebração, realizada
na noite do dia 12 de fevereiro,
marcou a criação do Seminário
Propedêutico “Monsenhor
Valentim Loch”. Foi presidida
pelo nosso arcebispo Dom
Murilo Krieger, e concelebrada
por vários padres e diáconos da
Arquidiocese, na Igreja Matriz da
Paróquia Divino Espírito Santo,
de Camboriú. A igreja estava
completamente lotada.
No início da celebração, foi lida
a provisão em que Pe. Josemar
Silva foi nomeado reitor do
Propedêutico. Ele terá a seus cuidados nove seminaristas “propedeutas”. O Seminário foi instituído no dia primeiro de janeiro. A
celebração marcou a abertura das
atividades acadêmicas.
Participaram da celebração
os 48 seminaristas das quatro
casas de formação do clero
arquidiocesano: Menor (12);
Propedêutico (9); Filosofia (16); e
Teologia (11), com os respectivos
padres formadores. Os “propedeutas” provêm de Florianópolis
(4), Camboriú (2), Itajaí (2) e
Brusque (1).
Em sua homilia, Dom Murilo
enalteceu as virtudes de Mons.
Valentim Loch. Disse que ele foi
formador de praticamente todos os
padres da Arquidiocese. “Era um
homem que nos olhava do alto,
isso por causa da sua altura e nós,
pequenos por ainda sermos crianças. Mas quando o conhecíamos,
víamos o seu carinho, simplicidade e atenção a todos”, disse.
Dom Murilo convocou a comunidade a participar da formação
e da vida do Propedêutico. "O êxito deste Seminário depende de
Deus, que nos dará a sua graça,
dos formadores, bispo e padres
que farão o acompanhamento, e
do povo através das suas orações
e também da ajuda material",
esclareceu Dom Murilo.
Quem era Monsenhor Valentim?
Nascido em São Ludgero
em 10 de outubro de 1921, ainda na infância perdeu o pai e,
pouco depois, a mãe. Assim,
Valentim Loch viveu privado de
pais, irmãos, sobrinhos, solidão
ocupada pela dedicação integral à vocação presbiteral. Entre 1939-1945 estudou Filosofia e Teologia com os Jesuítas
de São Leopoldo, RS, e foi ordenado presbítero no Santuário de Azambuja em 8 de dezembro de 1945.
Dedicou 45 anos de seu ministério à formação presbiteral.
Em 1946 foi nomeado professor
e prefeito de disciplina em Azambuja; em 1950, professor e diretor espiritual; em 1959, quarto
reitor do Seminário, com a eleição
de Mons. Afonso Niehues a bispo
coadjutor de Lages. Continuando
a obra do antecessor, levou a instituição a seu mais brilhante período de formação intelectual.
Com a morte repentina de
Mons. Frederico Hobold, em 1970,
Pe. Valentim veio para Florianópolis, com a missão de Vigário
Geral (1970-1986) e Coordenador
de Pastoral (1970-1977). De 1978
a 1982 foi Subsecretário do Regional Sul-IV da CNBB, enfrentando
inúmeras reuniões e viagens pelo
território catarinense. Aos 66 anos
de idade, em 1987, iniciou o último período ministerial, novamente no Seminário de Azambuja. Foi
professor e Assistente dos Estu-
dantes de Filosofia. A
comunidade e os doentes de Azambuja estimavam a figura já histórica
do
“Monsenhor”.
Deus chamou-o a
si em 2 de junho de
2006, tendo ele chegado aos 85 anos de
idade. No dia seguinte, véspera de Pentecostes, acompanhado
de muitos presbíteros
e diáconos e de emocionado povo, seu corpo foi depositado ao
lado do túmulo de sua
mãe, no Jardim da Paz
em Azambuja.
Mons.Valentim participando da Reunião Geral
do Clero poucos anos antes de sua morte
16
Geral
Março 2010
Jornal da Arquidiocese
Comunidade envia seis jovens para a missão
Três jovens deram início à missão na Guiné-Bissau, África, e outros três continuarão trabalho na Bahia
Foto/JA
A Comunidade Católica Divino
Oleiro realizou, no dia 31 de janeiro, o envio missionário de seis jovens que, desde os primeiros dias
de fevereiro, realizam o seu trabalho na Guiné-Bissau, na África, e
na Bahia. A celebração foi realizada às 19h30min, na Igreja Matriz
da Paróquia Nossa Senhora de
Lourdes e São Luís, na Agronômica, em Florianópolis, presidida
pelo Pe. Márcio Vignoli e concelebrada pelo Pe. Paulo De Coppi.
Durante a celebração, foram
apresentados os jovens que seguirão para a missão: Simone Cristina de Souza; Patrícia Lemes; e
Adilson da Silva Lino, seguem para
Muquém do São Francisco, na
Bahia, onde há três anos a Comunidade está presente.
Erichson Stueber, Cláudia Conceição dos Santos e Elaine Vier,
iniciarão a missão na Paróquia de
Empada, Diocese de Bafatá, na
Guiné-Bissau, África. Eles ajudarão Pe. Lúcio Espíndola, que lá
está realizando trabalho missionário em nome da Arquidiocese.
Em sua homilia, Pe. Márcio
disse que os jovens estão sendo
enviados para proclamar e anunciar a Palavra em missão. “O pro-
feta anuncia o Reino de Deus. Assim são também os missionários. Eles irão para proclamar a
verdade que é a Palavra de Deus.
Desejamos aos missionários que
sejam felizes, fecundos e santos”, disse Pe. Márcio.
Pe. Paulo De Coppi lamentou
não haver mais jovens na celebração. “Que bom se todos os jovens
da Arquidiocese fossem convocados a participar desta celebração! Certamente alguns deles
seriam motivados a seguir o
exemplo destes jovens”, disse.
Missão na África
O trabalho dos três jovens que
seguiram para a África será de
ajudar no hospital, alfabetizar os
adultos, ministrar aulas de
informática e na evangelização,
seguindo o carisma da RCC.
A missão atende a um apelo
do Pe. Lúcio. Em sua visita à
Arquidiocese, realizada em novembro de 2009, ele falou ao Pe.
Márcio Alexandre Vignoli, diretor
e fundador da Comunidade, que
precisava da ajuda de outras pessoas em seu trabalho.
“Realizaremos esse trabalho
missionário por fazer parte do
Durante a celebração, os seis jovens receberam o Envio Missionário
carisma da Comunidade. Entendemos que a semente amontoada apodrece, espalhada ela frutifica e cresce”, disse Pe. Márcio.
Segundo ele, a Comunidade, ainda que sendo pequena, dá de sua
pequenez.
Segundo ele, os jovens realizarão uma experiência no país
africano até dezembro deste ano.
Se o trabalho der certo, a Comunidade formará uma fraternidade
permanente na Guiné-Bissau. Foi
o que aconteceu no trabalho realizado em Muquém do São Francisco, na Bahia. Em 2007, três jovens foram enviados para realizar a experiência missionária. O
trabalho deu certo e já está em
seu quarto ano.
Mais fotos da celebração no
site www.arquifln.org.br, clicar em
“Galerias” no alto da página.
Dom Murilo concede sua bênção aos missionários
Foto JA
Nosso arcebispo recebeu os três jovens que seguiram para a África
Na manhã do dia seguinte, os
três jovens que seguiram para a
África foram recebidos pelo nosso arcebispo Dom Murilo Krieger.
Eles estavam acompanhados do
Pe. Márcio. Durante o encontro,
Dom Murilo deu uma bênção especial aos três jovens pelo trabalho que irão receber.
“Em 2008, a Arquidiocese
celebrou o centenário de sua
criação como diocese. O evento tinha como lema ‘De graça
recebestes, de graça dai’ (Mt
10,8). Era, ao mesmo tempo,
uma lembrança dos inúmeros
missionários que tinham vindo
da Europa ou de outros continentes para evangelizar nosso
povo, e um convite a retribuir à
Igreja um pouco do muito que
havíamos recebido. Espero que
o Senhor acolha o gesto destes
jovens da Comunidade Divino
Oleiro como uma expressão de
nossa gratidão”, disse Dom
Murilo.
A Arquidiocese de Florianópolis, através do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade FAS, ajudou os jovens missionários na ida para a África
através da compra das passagens aéreas. O FAS é formado
pelos recursos da coleta da
Campanha da Fraternidade,
realizada na Quarta-Feira de
Cinzas.
Correios lançam
selo em
homenagem a
Drª Zilda Arns
A Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT)
lançará um selo em homenagem a Zilda Arns, vítima do
terremoto que atingiu o Haiti,
em janeiro deste ano. O lançamento está previsto para o
próximo dia 24 de março, na
Catedral Basílica Menor da
Nossa Senhora da Luz, em
Curitiba (PR). A tiragem será
de 600 mil exemplares e o
valor facial será de R$1,45.
A ilustração do selo é obra
da artista plástica Thereza
Regina Barja Fidalgo. No selo,
o rosto da fundadora da Pastoral da Criança divide o espaço com o desenho de famílias e com um coração branco, que representa a paz. Dentro dele, a frase “Para que todas as crianças tenham vida”.
Embaixo do coração, uma criança com os braços abertos
em sinal de vitória.
Thereza e Zilda já haviam
se conhecido no final da década de 80. A artista foi convidada para fazer as ilustrações
de uma das primeiras edições
do Catecismo “Crescendo com
Jesus em comunidade”, adotado pela arquidiocese do Rio
de Janeiro.
Zilda era médica pediatra
e sanitarista, fundou e coordenou a Pastoral da Criança.
Ela era irmã do arcebispo
emérito de São Paulo, dom
Paulo Evaristo Arns. Ela dedicou sua vida a trabalhos de
solidariedade, combatendo
as doenças infantis e a desnutrição. Doutora Zilda Arns
morreu aos 75 anos.
Download

aqui - Arquidiocese de Florianópolis/SC