Nosso último encontro... Começou, é claro, com uma leitura de fruição: Muito divertida e propícia para a época... Fica aqui a sugestão de leitura: o texto é Mamãe Noel de Marta Medeiros Nossa retomada... É sempre uma segunda aula, às vezes, chega a durar até a hora do café... (depois ninguém sabe porque nunca cumprimos a pauta toda rsrsrs!!!) O tema de hoje: gêneros textuais e tipos de textos. Há diferença entre os termos ou funcionam como sinônimos? Os tipos de textos são finitos: descrição, narração, argumentação, exposição e injunção; já os gêneros textuais são infinitos sejam eles da categoria oral como uma palestra, um seminário ou escrita como uma receita, carta ou poesia. Como vocês podem ver nosso café com letras não tem nada de café, é sim um lugar de muito estudo... Sugestões de leitura: Sírio Possenti Por que (não) ensinar gramática na escola Luis C. Cagliari Alfabetização e linguística Silvia Colello A escola que (não) ensina a escrever Marcos Bagno Preconceito linguístico Sabe que professor também é gente... ... E tem marido,né? Igual a todo mundo... ...Que perde a chave de casa... Rsrsrsrs!!! É hora de confraternizar... Uma pausa para conversar... E prestar homenagens... ... A essas duas pessoas tão queridas e competentes... No vídeo da Nova Escola com Cláudio Bazzoni destaco: Em uma produção de texto é muito importante o contexto, a situação comunicativa, para a construção de sentidos.Leia o texto a seguir: As mulheres têm uma maneira de falar que eu chamo de vagoespecífica” - Richard Gehman“ Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte." “Junto com as outras?" “Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer qualquer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia."; “Sim senhora. Olha, o homem está aí." “Aquele de quando choveu?" “Não o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo." “Que é que você disse a ele?" “Eu disse para ele continuar." “Ele já começou?" “Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse." (...) (Millôr Fernandes. "Trinta anos de mim mesmo". São Paulo: Abril Cultural, 1973) Quem participa da história narrada? Duas mulheres. São elas patroa e empregada? Mãe e filha? Não sabemos. Qual é o assunto de que falam as duas mulheres? Nós, leitores, não sabemos, mas as duas personagens sabem, não é mesmo? Isso porque elas participam da mesma situação comunicativa. A que se referem as palavras e trechos: "isso", "outras", "alguém", "qualquer coisa", "lugar do outro dia", "o homem", "Aquele", "o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo", "continuar", "começou"? Os leitores não sabem, mas as mulheres sim e como as duas sabem do que estão falando, a "costura" do texto é feita. Dando continuidade ao vídeo... Gêneros: modelos discursivos que fornecem pistas ao leitor; É nosso dever trabalhar com a diversidade de textos aliando leitura e produção, criando dessa forma, um bom repertório; Junto a democratização do ensino vieram as muitas variantes linguisticas e a necessidade de adequação do trabalho do professor; Sempre que houver situações de escrita deve-se deixar claro por quê, para que e para quem se escreve. Homologia dos processos: Cada grupo recebeu uma proposta de escrita a fim de percebermos a dificuldade que nossas crianças passam neste tipo de atividade: quer seja por falta de repertório ou por apresentar uma proposta vazia e sem sentido com o mero propósito de avaliar a escrita dos mesmos. “Muitas vezes o problema não está no texto da criança mas na proposta de escrita feita pelo professor” Saudades... É o que sentimos ao final de cada curso que realizamos... Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida. Clarice Lispector