INFLUÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE NO PROCESSO SAÚDE E DOENÇA NA TERCEIRA IDADE Ana Paula Silva Fonseca1, Nicole Ayumi Shimoda2, Nataly Tsumura Inocencio Soares3. Introdução: É definido como idoso o adulto com 60 anos ou mais, de acordo com a Política Nacional do Idoso do Brasil. B Contudo, o envelhecimento não começa aos 60 anos. De fato, envelhecemos desde o instante em que nascemos. Por volta dos 30 anos, o nosso organismo já atingiu o ápice de seu desenvolvimento, desenvolviment entrando em declínio. É comum associar o conceito de envelhecer envelhe com o de fragilidade. No entanto, quando o envelhecimento ocorre de forma saudável, o idoso permanece independente na realização das suas atividades, sendo que, que quando frágil, encontra-se se debilitado, debilitado, estando sob supervisão ou dependência de outra pessoa. O cuidador, cuidador nesse caso, assume e a função de apoio por meio da assistência que pode ser permanente ou esporádica, esporádic formall ou informal. Em muitas situações, paciente e cuidador vivenciam vivenciam momentos difíceis, difíceis seja com intercorrências ou agravos agravo das doenças que acompanham o ciclo natural do ato de envelher.. É quando, então, se apegam ao espiritualismo. Acredita-se Acredita que o ser humano é dividido em duas partes, o material e o espiritual, naturalmente naturalmente definido como “corpo e espírito”. Se o corpo, com o passar do tempo, se deteriora, o espiritual se aprimora levando a uma visão onde os valores humanos estão acima do materialismo. Comportamento esse que é, é muitas vezes, percebido já na terceira idade. Objetivo:: A pesquisa tem como objetivo identificar a associação da espiritualidade com a saúde do idoso no decorrer do seu processo saúde e doença. Metodologia:: Trata-se T se de uma revisão de literatura de artigos nacionais publicados na íntegra entre os anos de 2004 e 2009,, dentro das bases da Bireme, Bireme além de outras fontes científicas. O termo utilizado para a busca, de acordo com 1 Acadêmica do 3° ano de Enfermagem. Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL). Email: [email protected]. 2 Acadêmica do 3° ano de Enfermagem. Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL). Email: [email protected]. 3 Docente de Enfermagem. Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL). Email: [email protected]. os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), foi espiritualidade limitada ao idoso. Discussão: No cuidado ao idoso, normalmente se atenta à sua principal necessidade, focando em sua patologia, trauma ou situação momentânea, ocasionando certa desatenção em sua assistência como um todo. É fundamental incentivar a qualidade de vida e o bem-estar do mesmo, respeitando a sua privacidade, necessidade, vontade, direitos e crenças, incentivando-os e consequentemente proporcionando longevidade. Assim, a fé, quando presente na vida desse grupo populacional, oferece a ele apoio e certeza de que não está só. De forma que consiga aceitar a realidade, suportar as adversidades que surge ao decorrer do seu caminhar, além de auxiliá-lo em seus valores e tomadas de decisões, ainda que desagradem seus amigos e familiares. As diferenças que existem entre as crenças e Deuses não cabem ao cuidador ou profissional da saúde julgá-las. Definitivamente não é seu papel definir ou impor sugestões de fé, e sim estimular aquilo em que o paciente acredita e que proporciona o seu bemestar geral. A palavra religião, originada do latim religare, tem como significado restabelecer a ligação entre Deus e homem, tendo como função desenvolver a relação entre o binômio, dando um significado à vida e trazendo àquele que crê o discernimento e suporte em momentos de sofrimento, perdas e solidão. A fé pode ser intrínseca, quando uma pessoa experencia intensamente sua crença, de forma a integrá-la à sua vida cotidiana. Ou extrínseca, quando a religião é procurada com objetivo de suprir suas necessidades pessoais de auto-proteção e segurança. Certamente que as duas formas dessa prática resultam em benefícios, entretanto, a vivência espiritual internalizada confere o bem-estar permanente, pois conduz a uma harmonia e equilíbrio entre o que se crê e o que se vive. Assim, em detrimento às mudanças físicas, psicológicas e sociais enfrentadas pelo idoso, é fato que, diante de situações adversas, ele encontre forças provenientes das mudanças na fé, no qual satisfaz a sua necessidade de sentido de vida, acima de qualquer coisa. Além disso, sabe-se que em torno de 75% da população da terceira idade são membros de instituições religiosas, demonstrando a alta afinidade da espiritualidade nessa faixa etária, ainda que não frequente, devido às alterações e limitações impostas pelo avançar da idade. Portanto, a oração se torna instrumento de amparo diante dos obstáculos encontrados, trazendo a tona sentimentos de esperança, controle da sua vida e valor próprio, reduzindo a sensação de abandono e solidão, presente em âmbito familiar e social. De fato, o não atendimento aos apelos espirituais ocasiona o enfraquecimento do idoso, seja na atmosfera física ou emocional, privando-o do que lhe confere força e equilíbrio, intervindo negativamente em sua recuperação quando em situação de hospitalização. Dessa forma, a equipe de saúde deve instituir uma visão mais holística na assistência a esses pacientes, conferindo atenção mais próxima de escuta e respeito das suas necessidades. Vale lembrar, ainda, que a busca pela fé pelos idosos é mais presente e plena devido à característica de sua existência, não excluindo, contudo, os outros grupos etários. Conclusão: Assim, foi possível concluir que crer é essencial, e a religiosidade na terceira idade se faz presente de forma bastante acentuada, merecendo atenção, valorização e incentivo. Sendo respeitada e até mesmo despertada para que seja utilizada de modo a proporcionar qualidade de vida e recuperação frente às adversidades. Referências PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTOS. Secretaria Municipal de Saúde. Espiritualidade na Terceira Idade. Manual dos cuidadores do idoso. Santos, 2004. Disponível em < http://www.santos.sp.gov.br/saude/manual.pdf>. Acesso em: 18 jun.2011. SCHOSSLER, Thaís; CROSSETI, Maria da Graça Oliveira (Orientadora). Cuidador domiciliar do idoso, cuidando de si e sendo cuidado pela equipe de saúde. Uma análise através da teoria do cuidado humano de Jean Watson. Porto Alegre. 2007. 102f. Tese (Mestrado em Enfermagem) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007. ROCHA, Michel Patrick Fonseca; VIEIRA, Maria Aparecida; SENA, Roseni Rosângela de. Desvelando o cotidiano dos cuidadores informais de idosos. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v.61 n. 6, nov. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672008000600002&lang=pt>. Acesso em: 18 jun. 2011. LINDOLPHO, Mirian da Costa; SÁ, Selma Petra Chaves; ROBERS, Lorena Maria Volkers. Espiritualidade/Religiosidade, um suporte na assistência de Enfermagem ao idoso. Uberlândia, v. 8, n. 1, jan./jul. 2009. Disponível em < www.revistadeextensao.proex.ufu.br/include/getdoc.php?id>. Acesso em: 18 jun. 2011.