CAPÍTULO I
TRABALHOS ACADÊMICOS E MONOGRAFIAS
1.1 Definições
1.1.1 Trabalho acadêmico
O trabalho acadêmico é uma exposição escrita sobre determinado assunto que se
destina à disciplina específica de cursos de graduação ou de especialização.
1.1.2 Monografia
A monografia é uma exposição escrita e sistemática sobre um tema específico situado
no âmbito de uma ciência. Resulta da realização de pesquisa pormenorizada e exaustiva sobre
um tema em que é dado tratamento profundo, mas limitado, à sua análise e que é orientada
por metodologia própria.
Quando apresentada como requisito para a obtenção de título em cursos de graduação
ou de especialização, a monografia também pode ser considerada como Trabalho de
Conclusão de Curso - TCC.
1.2 Estrutura
A monografia compõe-se dos seguintes elementos:
a) Pré-textuais: folha de rosto, termo de aprovação, dedicatória, agradecimentos,
epígrafe, sumário, listas e resumo;
b) Textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão;
c) Pós-textuais: glossário, referências bibliográficas, bibliografia, apêndices e anexos.
O trabalho acadêmico compõe-se dos seguintes elementos:
a) Pré-textuais: folha de rosto, sumário e listas;
b) Textuais: introdução, desenvolvimento e conclusão;
c) Pós-textuais: glossário, referências bibliográficas, bibliografia, apêndices e anexos.
Figura 1: Elementos que compõem um trabalho acadêmico
1.3 Elementos externos
1.3.1 Encadernação
Um trabalho acadêmico pouco volumoso pode ser entregue sem encadernação, fixado
por grampo. Recomenda-se que trabalho extenso e versão preliminar de monografia sejam
entregues encadernados.
A versão final de uma monografia deve ser encadernada utilizando-se capa dura.
1.3.2 Capa
Na capa de monografia devem ser impressos a identificação da instituição e do curso,
o título da monografia, o autor, o local e o ano em que a mesma foi apresentada ou defendida.
Em trabalhos acadêmicos devem constar a identificação da instituição e do curso, o
título do trabalho, o(s) autor (es), o local, o mês e o ano em que o mesmo foi apresentado.
1.3.3 Lombada
A lombada somente está presente em monografia encadernada em capa dura e deve
conter o nome do autor, o título da monografia e o número do volume, quando esta for
composta por dois ou mais volumes.
1.4 Elementos pré-textuais
1.4.1 Folha de rosto
A folha de rosto é a página que reúne informações importantes para a identificação do
trabalho acadêmico ou monografia. Deve conter o nome do(s) autor(es), o título, nota
explicativa, o local e a data.
1.4.2 Termo de aprovação
O termo de aprovação somente está presente em monografia. Deve conter o nome do
acadêmico, o título da monografia, o texto da aprovação, o nome do orientador e dos
examinadores, indicando suas respectivas instituições, as assinaturas, o local e data da
aprovação.
1.4.3 Dedicatória
A dedicatória é opcional em monografia e consiste em uma página distinta contendo
uma breve menção indicando a quem o autor a dedica.
1.4.4 Agradecimentos
A página de agradecimentos é opcional em monografia e consiste em uma página
distinta contendo menções feitas pelo autor acerca de pessoas e/ou instituições que
contribuíram para a realização da mesma.
1.4.5 Epígrafe
A epígrafe é opcional em monografia e consiste em uma página distinta contendo um
trecho de texto seguido da indicação de sua autoria. Esse texto deve ter relação com o
embasamento dado à monografia ou com a motivação do autor para a sua produção.
1.4.6 Sumário
O sumário relaciona as divisões e sub-divisões da monografia ou do trabalho
acadêmico, tais como figuram no texto. Trata-se de uma lista contendo os títulos de cada
divisão e suas páginas iniciais, ligados por uma linha pontilhada.
1.4.7 Listas
Existem vários tipos de ilustrações que podem ser inseridas no corpo de um trabalho
acadêmico ou monografia, tais como: tabelas, quadros, gráficos, equações, fotos e mapas.
Para cada tipo de ilustração contida, deve-se elaborar uma lista própria. Com exceção das
tabelas, quadros e equações, todas as demais ilustrações podem ser referenciadas como
figuras e incluídas em uma única lista. Todas as listas devem ser dispostas em folha distinta e
conter os seguintes dados para cada ilustração: o tipo, o número, o título e a página inicial.
Caso sejam pouco extensas podem ser dispostas em uma única página.
Também deve-se elaborar listas para abreviaturas, siglas e símbolos empregados no
trabalho acadêmico ou monografia, quando estes aparecem em quantidade significativa.
Servem para registrar o significado de cada elemento empregado e devem ser dispostas em
página distinta, exceto quando forem pouco extensas, nesse caso, podem figurar na mesma
página. Devem conter os seguintes dados: a abreviatura, sigla ou símbolo alinhado à margem
esquerda; um hífen precedido e seguido de um espaço de tabulação; o significado da
abreviatura, sigla ou símbolo.
1.4.8 Resumo
O resumo deve estar presente somente em monografia e consiste em uma apresentação
sucinta dos elementos mais importantes da mesma. O texto do resumo deve ser apresentado
em um único parágrafo, com espaçamento simples entre suas linhas e deve conter no máximo
250 palavras. O tema tratado deve ser expresso em sua primeira frase e, se necessário, deve-se
especificar em que contexto temporal e geográfico este se insere. Cada frase do resumo deve
expressar uma idéia completa, sem o uso de citações bibliográficas e de termos com
significados particulares. No núcleo do resumo deve constar os objetivos da monografia, os
métodos empregados, os resultados obtidos e as conclusões a que se chegou.
1.5 Elementos textuais
1.5.1 Introdução
O texto da introdução deve apresentar o tema em estudo, expressar os seus objetivos, o
problema pesquisado, a metodologia utilizada e justificar a importância do estudo realizado.
Deve-se evitar retrospectos históricos extensos, a apresentação dos resultados alcançados e
discursos eloqüentes acerca do estudo realizado.
1.5.2 Desenvolvimento
O desenvolvimento de um trabalho acadêmico ou monografia tende a ser a sua parte
mais extensa, podendo ser dividido em capítulos, títulos, sub-títulos, etc. Em monografias,
geralmente compõe-se da fundamentação teórica, da exposição dos métodos empregados e
apresentação e análise dos resultados.
A definição de uma estrutura para o desenvolvimento, na qual será dividido o seu
conteúdo, deve levar em conta a natureza do estudo, a lógica e o bom senso. Não há nenhum
padrão universal que possa ser aplicado para isso, mas deve-se evitar o uso das palavras
desenvolvimento, corpo ou outras palavras análogas como divisões.
1.5.3 Conclusão
A conclusão representa a síntese das idéias desenvolvidas no corpo do trabalho
acadêmico ou monografia. Seu texto deve descrever os resultados obtidos, enunciar deduções
lógicas que podem ser inferidas a partir destes resultados, destacando suas contribuições.
Também pode-se indicar problemas relacionados ao estudo que não tenham sido resolvidos e
sobre os quais recomende-se a realização de pesquisas.
1.6 Elementos pós-textuais
1.6.1 Glossário
O glossário consiste em uma relação das palavras ou expressões empregadas ao longo
do texto com significado restrito e suas respectivas definições. A finalidade do glossário é
tornar claro o sentido de cada termo ou expressão utilizados.
1.6.2 Referências bibliográficas
As referências bibliográficas consistem em uma lista de todos os documentos citados
pelo autor no corpo do trabalho e seus elementos devem ser ordenados alfabeticamente.
1.6.3 Bibliografia
A bibliografia é a relação alfabética de todos os documentos consultados pelo autor
durante a realização do trabalho, mas que não foram citados em seu corpo.
1.6.4 Apêndices e anexos
Os apêndices são complementos ao conteúdo central do trabalho acadêmico ou da
monografia e que são escritos pelo próprio autor. Deve-se incluir um apêndice para tratar de
assunto específico somente se for necessário para garantir a compreensão de parte ou de todo
o trabalho desenvolvido e se esse conteúdo não puder ser incluso no seu corpo por
caracterizar-se como um suplemento e não como parte integrante de sua linha mestra.
Os anexos, por sua vez, constituem-se em documentos complementares ao conteúdo
do trabalho acadêmico ou monografia que não foram produzidos pelo próprio autor.
Geralmente são documentos que foram consultados durante a realização da pesquisa e que
devem ser anexados ao trabalho para garantir a sua transparência e completude.
CAPÍTULO II
PROJETO DE PESQUISA
2.1 Definição
Antes de ser realizado, um trabalho de pesquisa precisa ser planejado. O projeto é o
registro deste planejamento. Para escrever o projeto, o pesquisador precisa ter claro seu objeto
de pesquisa, como está problematizado, quais as hipóteses que está levantando para resolver o
problema, com que elementos teóricos pode contar, de quais recursos instrumentais dispõe
para levar adiante a pesquisa e quais etapas pretende percorrer.
Para chegar a estes elementos, o pesquisador precisa desenvolver uma atitude
problematizadora, que pode se originar dos elementos de suas leituras, cursos já feitos,
debates de que participou e das demais contribuições do contexto acadêmico, profissional e
cultural.
Quando se decide desenvolver uma pesquisa deve-se atender algumas exigências e
tomar decisões acerca delas, como por exemplo: o que estudar, a abordagem teórica, os
procedimentos metodológicos, entre outras. Neste sentido, o projeto é de fundamental
importância.
Segundo GONSALVES (2001, p. 11) um projeto de pesquisa é um guia, é uma
organização de ações que serão desenvolvidas em relação ao estudo a ser realizado, por isto
“precisa ser bem pensado e bem redigido, pois ele é um documento escrito, é a materialização
de um planejamento”. Assim, um projeto de pesquisa deve atender uma seqüência de etapas
indispensáveis para a sua correta elaboração.
2.2 Estrutura
Um projeto de pesquisa é composto, segundo GONÇALVES (2003) e FACHIN
(2003), de elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais.
2.2.1 Elementos pré-textuais
Os elementos pré-textuais de um projeto de pesquisa são: capa, folha de rosto, listas
(de figuras, de tabelas, de gráficos, de símbolos, de quadros, de siglas e/ou de abreviaturas) e
o sumário.
2.2.2 Elementos textuais
Os elementos textuais de um projeto de pesquisa referem-se ao conteúdo propriamente
dito, ou seja, aquele conjunto de tópicos que orientam uma investigação/estudo acerca de uma
determinada temática. Os elementos textuais são: tema, delimitação do tema, introdução,
identificação, objetivos, justificativa, fundamentação teórica, problema de pesquisa, hipóteses,
definição das variáveis, metodologia, orçamento, cronograma.
2.2.2.1 Tema e delimitação do tema
Projetos de pesquisa sempre começam com a escolha e a delimitação de uma temática
acerca de um determinado assunto. A escolha do tema pode surgir, de acordo com BARROS e
LEHFELD (1991), de várias situações, como por exemplo, da observação do cotidiano, das
experiências profissionais daquele que elabora o projeto, do próprio envolvimento com outros
profissionais da sua área de atuação, do levantamento e estudo de pesquisas já realizadas
sobre a temática definida para investigação e, fundamentalmente, da bibliografia pertinente à
sua área de exercício profissional e estudo do pesquisador.
No momento da delimitação da temática é importante ter em mente o tempo
disponível para execução da pesquisa, bem como o ambiente em que será desenvolvida – se
apenas um trabalho bibliográfico ou, além deste, um estudo de campo (prático). Assim, para
SANTOS (2000, p. 51) “o tema ideal para pesquisa é aquele que preenche três características:
atende ao gosto, aptidão e tempo do pesquisador; é relevante ou para uma sociedade, ou para
uma ciência ou para a escola; e sobre ele é possível obterem-se dados”.
RUIZ (1996) aponta as seguintes sugestões para a delimitação da temática em um
projeto de pesquisa: a) leitura exploratória, b) determinação da extensão do sujeito e do
objeto, c) determinação de objetivos. Na delimitação do tema é importante definir o espaço
temporal e geográfico da investigação/estudo, ou seja, identificar onde será realizada e o
intervalo de tempo que compreende a pesquisa.
A determinação e delimitação do tema em um projeto de pesquisa é uma das etapas
mais importantes. É o momento em que o pesquisador estabelece o início do caminho
investigativo que se propõe trilhar.
2.2.2.2 Introdução
Na introdução de um projeto é apresentada a temática que será abordada e a sua
delimitação, os objetivos e a justificativa da pesquisa.
2.2.2.3 Identificação
Na identificação são apresentadas de forma sistematizada as informações pertinentes à
autoria, instituição/empresa/curso, coordenação, orientação, local de execução, colaboradores
e período de realização do projeto.
2.2.2.4 Objetivos
Os objetivos determinam o que se pretende realizar através da pesquisa, ou seja, nas
palavras de GONSALVES (2001, p. 56), “os objetivos servem para dar a direção da ação do
pesquisador e para definir a natureza do trabalho”. Assim, a correta e adequada elaboração
dos objetivos deve evidenciar o problema a ser analisado, contribuindo na escolha da
metodologia e da fundamentação teórica do projeto de pesquisa. Os objetivos devem ser reais
e possíveis de serem atingidos no tempo proposto para sua execução.
Na literatura que trata da estrutura de projetos de pesquisa é opinião unânime os tipos
de objetivos existentes. Segundo GONSALVES (2001), os objetivos de um projeto podem ser
gerais e específicos.
Os objetivos gerais são aqueles que dizem respeito ao que se pretende alcançar com a
pesquisa. É um tipo de objetivo mais abrangente. Os objetivos específicos cumprem a função
de definir aspectos mais delimitados da investigação/estudo, ou seja, são ações a serem
realizadas para que se atinja o objetivo geral.
Um aspecto importante que deve ser lembrado quando da elaboração de um projeto de
pesquisa e do estabelecimento dos objetivos gerais e específicos é que estes devem iniciar
com um verbo conjugado em seu tempo infinitivo.
2.2.2.5 Justificativa
A justificativa de um projeto de pesquisa é o momento em que se apresentam as razões
para a sua execução, os motivos que levaram o pesquisador a escolher o tema e sua
delimitação, a localização da temática no conjunto da produção teórica sobre o assunto em
questão. Conforme afirma GONSALVES (2001, p. 59), “justificar um tema é evidenciar
razões suficientes para que haja o desenvolvimento da pesquisa”, o que significa dizer que
deve-se “apresentar bons e convincentes motivos para empreender o seu esforço de
investigação”.
Sugere-se que se tente responder às seguintes questões: “Por que escolhi esse tema? O
tema que escolhi é importante? Que motivos o justificam, nos planos teórico e prático? Qual é
a relação do tema e/ou problema formulado com o contexto social? Que contribuição posso
oferecer com esse estudo e, se for o caso, quais os aspectos inovadores do trabalho?”
(GONSALVES, 2001, p. 58-9)
2.2.2.6 Fundamentação teórica
Fundamentação teórica é a etapa do projeto em que o pesquisador apresentará as bases
teóricas que sustentarão a temática escolhida para estudo. Deve haver uma unidade teórica
que promova sustento ao tema, ao problema e objetivos estabelecidos para estudo.
Este é o momento da revisão da literatura que nas palavras de MOURA (1998, p. 38),
significa “uma busca sistemática no sentido de mapear o que se tem pesquisado na área”.
A respeito da fundamentação teórica GONÇALVES (2003, p. 40), ressalta que “as
fontes não devem ser resumidas, e sim analisadas, criticadas e interpretadas, podendo ser
apresentadas não só de modo individual como principalmente relacionadas entre si, de forma
a compor um debate que sustente a argumentação proposta pelo autor do projeto”.
2.2.2.7 Problema
O problema consiste em uma questão que deverá ser respondida de forma sistemática
e científica segundo métodos apropriados, pois segundo BARROS & LEHFELD (1991, p. 289), “toda pesquisa tem origem num problema sentido, numa expectativa frustrada, numa
dificuldade teórica ou prática” e nos sugerem alguns elementos que podem contribuir para a
formulação de problemas de pesquisa, tais como: a criatividade, o uso de técnicas de
levantamento bibliográfico, a formulação de perguntas frente à realidade, análise e
fracionamento desta mesma realidade e a sua interpretação e síntese.
O problema de pesquisa precisa estar diretamente relacionado com a delimitação dos
objetivos e com o referencial teórico escolhido. Assim, o problema é uma pergunta para a
qual o pesquisador buscará uma resposta, orientando-se por um conjunto de procedimentos
metodológicos. Deve correlacionar ao menos duas variáveis e ser passível de estudo
sistemático.
2.2.2.8 Hipóteses
As hipóteses são afirmativas relacionadas ao problema a ser investigado e que
passarão por uma verificação empírica através do uso de procedimentos metodológicos
previamente elaborados. De acordo com SANTOS (2000, p. 56), a “hipótese é caracterizada
como uma ‘verdade provisória’ sendo fundamental para qualquer processo de investigação
científica pois consiste no lançamento de uma afirmação a respeito de algo ainda
desconhecido (por exemplo, a resposta para o problema da pesquisa)”. Todavia, a elaboração
de hipóteses implica também em um certo grau de leitura da temática escolhida para estudo,
assim como um certo grau de criticidade acerca do assunto.
Para GONÇALVES (2003, p. 42), as hipóteses são “as prováveis respostas ao
problema (perguntas que deram origem à pesquisa) e são desdobradas em básica (resposta
completa ao problema) e secundárias (respostas complementares)”, podendo ser rejeitadas ou
confirmadas quando do encerramento da pesquisa.
2.2.2.9 Definição das variáveis
Variáveis são fatores relacionados com o objeto de estudo, que mantém uma relação
entre si e que precisam ser investigadas para a confirmação ou negação das hipóteses. Junto à
descrição de cada variável, deve-se eleger uma letra para representá-la e indicar seu tipo.
Estas podem ser independente, dependente ou moderadora.
Além de identificar cada uma das variáveis, também é preciso indicar a relação
existente entre elas.
2.2.2.10 Metodologia de pesquisa
A metodologia define a trajetória a ser percorrida durante a pesquisa. A metodologia
incorpora em seu arcabouço um conjunto de concepções teóricas e técnicas que serão
desenvolvidas para chegar a uma resposta ao problema proposto.
Na metodologia se explicitam os instrumentos e procedimentos que serão adotados
para desenvolver o projeto de pesquisa, como o uso de entrevistas, questionários, observações
entre outros. É fundamental que o procedimento escolhido esteja articulado com o tipo de
informação que o pesquisador deseja coletar na realidade empírica. Caso a pesquisa implique
em uma coleta de dados em um determinado campo (uma escola, uma empresa, uma
comunidade, por exemplo) este é o momento de definir quem (população) e quantos serão os
sujeitos (amostragem), a sua localização geográfica, aspectos históricos entre outras
informações relevantes a fim de proceder a uma escolha adequada dos instrumentos de coleta
de dados. Deve-se informar também se haverá um tratamento estatístico dos dados e como
será elaborado.
É na metodologia que se indica o tipo de pesquisa que será realizada. Segundo
GONSALVES (2001) podemos classificar as pesquisa de acordo com distintos critérios: de
acordo com os seus objetivos procedimentos de coleta, fontes de informação e natureza dos
dados. O quadro a seguir expõe os tipos de pesquisa que podem ser utilizados em um projeto
em consonância com o problema, os objetivos e o referencial teórico.
QUADRO 01 – Tipos de pesquisa
TIPOS DE PESQUISA
Os procedimentos de
coleta
Experimento
Exploratória
Levantamento
Descritiva
Estudo de caso
Experimental
Bibliográfica
Explicativa
Documental
Participativa
Fonte: (GONSALVES, 2001, p. 64)
Os objetivos
As fontes de
informação
A natureza dos dados
Campo
Laboratório
Bibliográfica
Documental
Quantitativa
Qualitativa
2.2.2.11 Orçamento
O orçamento de um projeto de pesquisa só tem sentido quando se busca algum tipo de
financiamento para sua execução. Deve conter informações quanto às receitas e despesas do
projeto referentes aos recursos humanos, materiais e de expediente.
2.2.2.12 Cronograma
O cronograma delimita o tempo necessário para a execução do projeto em suas
diferentes etapas, ou seja, as atividades que serão desenvolvidas e o momento no tempo em
que cada uma delas ocorrerá. Para facilitar a visualização, sugere-se sua apresentação em
forma de tabela.
2.2.3 Elementos pós-textuais
Os elementos pós-textuais de um projeto de pesquisa são: referências bibliográficas,
apêndices, anexos e glossário.
2.2.3.1 Referências bibliográficas
São as bibliografias utilizadas na elaboração do projeto de pesquisa, tais como: livros,
artigos, documentos eletrônicos, fotografias, entre outras fontes de informação, que devem ser
referenciadas de acordo com as normatizações da instituição.
2.2.3.2 Apêndices e/ou anexos
Este item do projeto é composto pelos instrumentos que serão utilizados para coleta de
dados e todo tipo de material que contribui para o seu entendimento, como por exemplo,
fotos, documentos comprobatórios, entre outros.
2.2.3.3 Glossário
O glossário consiste na apresentação de termos ou palavras, com seus respectivos
significados, que constam no texto do projeto e que necessitam de explicação.
CAPÍTULO III
NORMAS PARA REDAÇÃO E EDITORAÇÃO
3.1 Redação
O estilo de redação de trabalhos acadêmicos, monografias ou TCC podem variar de
acordo com as especificidades de cada área, devendo-se observar alguns princípios básicos,
que serão apresentados a seguir:
- Objetividade: o tema abordado deve ser desenvolvido de maneira direta, seguindo
um raciocínio lógico e coerente com as idéias apresentadas no texto, mantendo-se o objetivo
inicial, progredindo na exposição e fundamentando-se com dados e argumentos possíveis de
comprovação e não em suposições ou generalizações.
- Clareza: para que o texto possa atingir seus objetivos é necessário que a redação seja
compreensível e precisa. Por isso redigir em estilo objetivo, coerente e com destaque para as
idéias centrais. Evitar redundância e divagações usando uma linguagem precisa e clara.
Termos como: muito, pouco, médio, nenhum, alguns, a maioria, quase todos, é claro,
bastante, nunca, sempre, às vezes, entre outros prejudicam a compreensão do texto.
- Uniformidade: na redação deve-se manter a uniformidade e a coerência no decorrer
do texto em relação à forma de tratamento, pessoa gramatical, utilização de siglas, datas,
números, citações, referências, abreviaturas, títulos e subtítulos de seções.
- Impessoalidade: num texto científico o verbo deve ser utilizado no modo impessoal.
Por Exemplo: “Para a coleta de dados utilizou-se à aplicação de questionários.” “Verificou-se
o desenvolvimento gerencial da empresa.”
3.1.1 Números
Os números, de maneira geral, devem seguir os critérios a seguir.
a) Cardinais: devem ser escritos por extenso quanto sua indicação no texto for de um a
dez, quando for início de frase ou quando não se quer dar destaque à referida data ou ano.
Neste caso, deve-se usar somente uma palavra.
Exemplos:
Gostaria de três refrigerantes.
Quarenta anos de revolução destruíram aquele país.
Aquele país foi marcado por trinta anos de luta.
Também podem ser escritos de forma mista, quando a indicação se tratar de mil,
milhão, bilhão, trilhão, etc.
Exemplo:
A cidade de Esperança arrecadou 2,3 milhões de reais em impostos em 2003.
b) Ordinais: estes são representados por extenso quando sua indicação no texto for do
primeiro ao décimo e em algarismos quando for do 11º em diante, seguido do símbolo que
indica a ordem, sem espaçamento.
3.1.2 Porcentagem
É representada por algarismo arábico, seguido do símbolo (%), sem espaço.
3.1.3 Valores monetários
Para se mencionar valor monetário deve-se adotar sempre algarismos, observando-se
alguns elementos:
a) Para valores abaixo de mil:
Evita-se usar o símbolo da unidade monetária quando valores redondos.
Exemplo:
10 reais.
Quando os valores forem quebrados podem ser expressos de duas formas.
Exemplos:
3,50 reais e R$ 3,50.
b) Para valores acima de mil:
Valores redondos podem ser expressos de duas formas.
Exemplos:
20 mil reais e R$ 20 mil.
Para valores quebrados deve-se adotar a forma mista.
Exemplo:
R$ 33,5 bilhões.
3.1.4 Unidades de peso e medida
Unidades de peso e medidas seguem critérios internacionais quanto sua simbologia.
A forma abreviada deve ser utilizada quando associada a um número, com letras
minúsculas, sem ponto para indicar abreviação, com espaçamento entre a unidade e o valor
numérico.
Exemplos:
12 cm, 5 mm.
A forma por extenso deve ser utilizada quando não for associada a números.
Exemplo:
Milhares de quilos de arroz formam desperdiçados.
3.1.5 Datas completas
Para utilização de datas completas, pode-se utilizar uma das seguintes formas:
Representar em números cardinais dia, mês e ano, separados por ponto ou barra.
Exemplos:
12. 04. 99 ou 12/ 04/ 99
Representar em números cardinais dia e ano, intercalando-se o mês por extenso.
Exemplo:
12 de abril de 1999.
3.1.6 Ano
O ano pode ser indicado por extenso ou em algarismos arábicos.
Exemplos:
O trabalho foi entregue no dia 27 de maio de dois mil e um.
A assembléia foi realizada em 1989. (nunca 1 989 ou 1.989)
3.1.7 Meses
A apresentação dos meses pode ser feita por extenso ou em algarismos arábicos.
Exemplo:
O festival será realizado do mês de maio até o mês de julho.
O festival será realizado nos meses 05, 06 e 07.
Quando utilizados em gráficos, tabelas e quadros pode-se abreviar em minúsculo, com
três letras, seguidas de ponto, com exceção do mês de maio.
Exemplos:
jan. fev.
mar.
abr.
maio jun.
jul.
ago.
set.
out.
nov.
dez.
3.1.8 Dias
Os dias do mês podem ser apresentados por extenso (em números cardinais ou
ordinais) ou em algarismos arábicos.
Exemplos:
O relatório foi entregue no quinto dia útil do mês de maio.
A cobrança sempre é feita no dia 30 de cada mês.
O ano letivo inicia-se no dia 1º de fevereiro.
Os dias da semana podem ser escritos por extenso ou abreviados.
Exemplos:
A reunião está marcada para quarta-feira, às 16 horas.
A reunião está marcada para 4ª feira, às 16 horas.
3.1.9 Horas
Utilizam-se os seguintes critérios na indicação das horas:
a) As horas devem ser indicadas de 0 a 23;
b) Em horas redondas não se abrevia a palavra horas;
Exemplo:
A palestra está prevista para as 18 horas do dia 26 de abril de 2002.
c) Nas horas quebradas deve-se usar h, min, e s, sem espaçamento entre os números. A
abreviatura min só é necessária quando aparecer segundos.
Exemplo:
O debate está marcado para as 20h30, no auditório da Fasul.
A largada da corrida será as 8h25min30s.
3.2 Normas de apresentação
3.2.1 Papel
O papel de impressão de projetos, trabalhos acadêmicos, monografias e Trabalhos de
Conclusão de Curso deve ser de cor branca, tipo apergaminhado, gramatura mínima de 75
g/m2, ou equivalente, formato-padrão A4 (210 x 297 mm) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT.
3.2.2 Digitação
A impressão é feita somente em uma face do papel, em preto, permitindo-se cores nas
figuras, em situações em que sejam absolutamente necessárias.
Será aceita somente a fonte Times New Roman 12.
O corpo dos quadros, das figuras e dos rodapés podem conter letras menores, desde
que legíveis. Títulos e subtítulos são apresentados em negrito.
Nomes científicos e termos em língua estrangeira devem ser diferenciados pelo uso de
itálico.
3.2.3 Espaçamento
Os textos devem ser digitados com espaço entrelinhas 1,5 cm. Espaço simples é usado
apenas em quadros longos, notas de rodapé, notas de fim de texto, títulos e subtítulos com
mais de uma linha e citações bibliográficas longas.
3.2.4 Margens e parágrafos
As margens terão as seguintes dimensões:
Superior
3,0 cm
Inferior
2,0 cm
Esquerda
3,0 cm
Direita
2,0 cm
Todo parágrafo é iniciado a 1,25 cm, a partir da margem esquerda.
Quando necessário, para completar uma nota de rodapé, ou a última linha de capítulo
ou de subdivisão, é permitido ultrapassar em uma linha o limite da margem inferior. O mesmo
se aplica a quadros, figuras e suas respectivas legendas. A última palavra da página não pode
ser dividida.
3.2.5 Títulos de seções e texto
Um texto pode ser dividido em seções primárias (capítulos), seções secundárias,
terciárias e assim sucessivamente.
Os títulos devem ter seqüência lógica e ordenada, objetividade e clareza de modo a
facilitar a compreensão do texto e sua visibilidade, como por exemplo:
- a seção primária deve aparecer com letras maiúsculas e em negrito;
Exemplo:
1 O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO EM TURISMO
- a seção secundária inicia-se com a primeira letra da palavra em maiúscula, as demais
em minúscula e em negrito;
Exemplo:
1.1 A investigação científica
- a seção terciária e seqüentes iniciam-se com a primeira letra da palavra em maiúscula
e as demais de modo normal.
Exemplo:
1.1.1 A memória científica
3.2.6 Numeração das páginas
Os números de página devem utilizar o mesmo tipo e tamanho da fonte do texto. São
colocados sem pontuação no canto superior direito da página.
Todas as páginas onde haja texto, quadro(s) ou figura(s) devem ser numeradas.
As páginas do texto, da referência bibliográfica e dos apêndices são numeradas
consecutivamente com algarismos arábicos, começando com um (um) na primeira página do
texto.
Nas páginas que aparecem os elementos pré-textuais a numeração deve ser
consecutiva com algarismos romanos em minúsculo, começando com i, ii, iii, iv, etc.
A colocação horizontal ou vertical de quadros ou de figuras não altera a posição do
número da página e das margens.
3.3 Tabelas e figuras
"Quadro" ou “Tabela” (utilizar, preferencialmente, a palavra “Tabela”) geralmente
designa valores numéricos tabulados, sendo incluído no corpo do trabalho, diferenciando-se
somente quanto ao traço.
"Figura" geralmente designa outros materiais, como gráficos, fotografias ou
ilustrações, podendo ser incluída no corpo do texto.
Modelo de Tabela:
NÚMERO
TÍTULO
CORPO
FONTE
NOTA
3.3.1
Número
As tabelas devem ser numeradas de um a “n”. A palavra “Tabela” deve ser escrita
preferencialmente em letras maiúsculas.
Exemplos:
TABELA 1, TABELA 2.
3.3.2 Título
A numeração do título deve ser separada por um espaço, hífen e outro espaço. As
demais linhas devem ser alinhadas abaixo da primeira letra da primeira linha.
O título deve conter a denominação do fato observado e o local ou época de
ocorrência.
Exemplos:
TABELA 1 – Variação sazonal do volume do rio Paraná, no trecho entre as cidades de
Guaíra à Porto Primavera nos anos de 1990 – 1994.
QUADRO 1 – Variação sazonal do volume do rio Paraná, no trecho entre as cidades de
Guaíra à Porto Primavera nos anos de 1990 – 1994.
3.3.3 Corpo
É a parte da tabela que contém as informações e dados. É dividido em cabeçalho e
coluna(s) indicadora(s).
3.3.4 Fonte
Consiste na indicação da(s) entidade(s) responsável(is) pelo fornecimento ou
elaboração dos dados e informações contidas no gráfico, figura ou tabela.
3.3.5 Cabeçalho
É a parte superior da tabela, onde é especificado o conteúdo das colunas e é
constituído de um ou mais níveis.
Exemplo:
TABELA 1 – Balanço trimestral de despesas da empresa Bellus - 2003.
1º nível
BALANÇO MENSAL
Itens
mar.
abr.
maio
Combustível
159,80
173,45
185,12
Serviços
933,48
1.274,98
1.107,65
TOTAL
1.093,28
1.448,43
1.292,77
2º nível
FONTE: Departamento Contábil da empresa Bellus.
3.3.6 Níveis
O primeiro nível deve ser escrito em letras maiúsculas e conter preferencialmente
informações ou denominações apresentadas no título. Nos demais níveis letras minúsculas,
sendo somente a primeira letra em maiúscula.
Quando necessário, devem ser apresentadas às medidas ou unidades nos níveis e
colunas entre parênteses, preferencialmente abaixo da sua especificação, podendo ser
ilustradas com símbolos ou palavras, de acordo com o Quadro Geral de Unidades e Medidas,
do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro).
3.3.7 Traço
O elemento traço é utilizado para delimitar as extensões (início e fim) de uma tabela
ou quadro. É usado para separar os níveis do cabeçalho.
Em tabelas não se recomenda o uso de traço na separação de colunas, no que se difere
da forma de apresentação dos quadros.
Exemplo:
TABELA 1 – Classificação das Equipes Campeãs da Gincana Nacional de Atletismo - 2003
COLOCAÇÃO
EQUIPE/ESTADO
PONTOS
1º Colocado
Paraná
6.577
2º Colocado
São Paulo
5.892
3º Colocado
Santa Catarina
5.341
FONTE: Secretaria de Esportes Nacional.
QUADRO 1 – Número de matrículas por nível de ensino em Toledo - 2002
NÍVEL DE ENSINO
NÚMERO DE MATRÍCULAS
Pré-escola
Ensino Fundamental
3.539
17.076
Ensino Médio
6.088
Ensino Superior
5.392
Fonte: Núcleo Regional de Educação de Toledo.
3.4 Gráficos
A exibição gráfica é a apresentação de dados ou informações na forma de diagramas,
desenhos, figuras ou imagens, que possibilite sua interpretação de forma rápida e direta. A
apresentação de gráficos deve ser feita com clareza, simplicidade e veracidade das
informações.
Os gráficos seguem, de maneira geral, o mesmo modelo das tabelas.
Modelo:
NÚMERO
TÍTULO
CORPO
FONTE
NOTA
3.4.1 Título
A numeração do título deve ser separada por um espaço, hífen e outro espaço. As
demais linhas devem ser alinhadas abaixo da primeira letra da primeira linha. O título deve
conter a denominação do fato observado e o local ou época de ocorrência.
Exemplo:
GRÁFICO 1 – Variação sazonal do volume do rio Paraná, no trecho entre as cidades de
Guaíra à Porto Primavera nos anos de 1990 – 1994.
3.4.2 Corpo
O corpo do gráfico é a parte que contém as informações e dados. Os gráficos podem
ser expressos de diferentes formatos como os de linha, dispersão, pizza, barras, colunas, área,
etc. Em alguns casos, o corpo pode apresentar legenda explicativa.
Exemplo:
GRÁFICO 2 – Avaliação anual dos custos de produção para regiões leste, oeste e norte do
Brasil no ano de 2000.
90
80
70
60
Leste
50
40
30
Oeste
Norte
20
10
0
1°Trim
2°Trim
3°Trim
4°Trim
FONTE: Microsoft Office, 2000.
NOTA: Gráfico modelo Microsoft Word 2000.
3.4.3 Notas
Utiliza-se nota para apresentar as informações de natureza geral, destinadas a
conceituar ou esclarecer o conteúdo abordado no gráfico ou na elaboração do dados.
3.4.4 Nota específica
É utilizada para esclarecer algum conceito ou termo específico adotado no gráfico.
3.5 Figuras
São representações de imagens por desenho, gravura ou fotografias. Na sua
representação preservam-se os modelos adotados aos gráficos (número, título, fonte, etc),
sendo alterado somente a ordem dos números e dos títulos.
Modelo:
NÚMERO
TÍTULO
CORPO
FONTE
NOTA (se necessário)
Exemplo:
FIGURA 1 – Construção da barragem principal, barragem lateral direita, barragens de
terra e de enrocamento, vertedouro, casa de força e início das
montagens eletrônicas principais. (1978 a 1982).
FONTE: Itaipu Binacional, 1978.
CAPÍTULO IV
REFERÊNCIAS
Este capítulo trata de informações para a elaboração de referências para os diferentes
tipos de documentos, seguindo os padrões da NBR 6023 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).
4.1 Definições
4.1.1 Documento
Documento é uma base de conhecimento fixada materialmente e disposta de maneira
que se possa utilizar para consulta. Este pode estar na forma gráfica, visual, sonora, periódica,
entre outros.
4.1.2 Documento eletrônico
Documento eletrônico é uma base de conhecimento fixada e registrada na forma
eletrônica gerada por um aplicativo. Este pode ser armazenado em diferentes dispositivos,
como disquetes, discos rígidos, CDs-ROM, etc. Mensagens enviadas em listas de discussão,
mensagem enviada contendo anotações ou comentários técnicos e mensagem pessoal (e-mail)
também se enquadram como documentos eletrônicos.
4.1.3 Referência
Referência é o conjunto padronizado de informações agrupadas em elementos
descritivos, retirados de um documento e que permitem a sua identificação no todo ou em
parte.
4.1.4 Referências
As referências constituem uma lista ordenada dos documentos citados pelo autor no
texto.
4.2 Elementos e regras gerais
4.2.1 Elementos de referência
Uma referência é composta de informações agrupadas em elementos, alguns essenciais
e outros complementares. As informações para a sua elaboração devem ser obtidas, sempre
que possível, da principal parte do documento, ou seja:
- Da folha de rosto de documentos impressos, como livros, monografias, periódicos e
similares;
- De etiquetas e invólucros de disquetes, fitas de vídeo, fitas cassetes, discos e
similares;
- De molduras e materiais explicativos de slides, transparências e similares;
- Do próprio documento, quando este se constitui em uma única parte, como globos,
cartões postais, cartazes, selos e similares.
Quando não encontrada a informação no próprio documento e esta for conhecida ou
obtida de outra fonte (bibliografias, catálogos de editoras, pessoas ou outra), pode-se
incorporá-la à referência, devendo-se para isso colocá-la entre colchetes.
4.2.2 Elementos essenciais
São aqueles obrigatórios à identificação de documentos, como autor, título, local,
editor ou produtor e ano de publicação/produção.
4.2.3 Elementos complementares
São elementos opcionais que, acrescentados aos essenciais, permitem uma melhor
caracterização do documento referenciado, como subtítulo, número de páginas e/ou volumes
completos, título e número da série, indicação de tipo de fascículo, tipo de suporte e notas.
4.2.4 Transcrição dos elementos
As especificações a seguir identificam os elementos da referência e estabelecem uma
seqüência padronizada para a sua apresentação ou transcrição.
4.3 Autoria
A entrada dos nomes deve obedecer às seguintes orientações:
4.3.1 Um autor
MORAES, C. R.
e não: MORAES, Celso Rodrigues ou MORAES, Celso R.
No caso de grau de parentesco tais como: Júnior, Filho, Neto, Sobrinho:
Vidal Pereira Silva Junior
SILVA JUNIOR, V. P.
Nomes com partículas: de, da, e:
Fernando Jorge de Almeida
ALMEIDA, F. J. de
Com sobrenome composto:
Fernando Espinoza-Quiñones
ESPINOZA-QUIÑONES, F.
4.3.2 Até três autores
Aloísio Roberto Trinto
TRINTO, A. R.; RECTOR, M.; CUSTO. J. L.
Mônica Rector
Jorge L. Custo
4.3.3 Mais de três autores
Sérgio Vieira, João Ricardo Siqueira, Solange Matias e Paulo Mafri.
VIEIRA, S. et al.
4.3.4 Entidades coletivas
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria da Receita Federal.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.
TOLEDO. Prefeitura Municipal.
4.3.5 Unidades subordinadas
FACULDADE SUL BRASIL. Coordenação do Curso de Turismo.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Centro de Engenharias e
Ciências Exatas.
4.3.6 Entidades conhecidas por suas siglas
IBGE.
CREA-PR.
IAP.
4.3.7 Eventos científicos
CONGRESSO BRASILEIRO DE BACHARÉIS DE TURISMO, 24., 2004, Balneário
Camboriú.
4.3.8 Coletâneas
VIEIRA, L. A. (Ed.).
FERNANDES, P. (Coord.).
SAINT, M. (Org.).
4.4 Título
O título deve aparecer destacado em negrito.
MATIAS, M. Organização de eventos.
BISSOLI, M. A. Estágio em sistemas de informação.
4.4.1 Título com nomenclatura científica
FORNO, I. W. The occurrence of Salvinia molesta in Brazil.
4.4.2 Edição
Indica-se a edição somente quando esta é mencionada no documento, a partir da
segunda.
DIAS, M. P. Administração de materiais. 4. ed.
4.4.3 Local
MATIAS, M. Organização de eventos. 2. ed. São Paulo:
Quando o local faz parte do título de um periódico, não há necessidade de repeti-lo.
Exemplo:
SOUZA, D. Governo do Paraná calcula redução de até 62,3% no pedágio. Gazeta de Toledo,
24 mar. 2004.
4.4.4 Editora
LAGE, B. H. G. Economia do turismo. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
4.4.5 Data de publicação ou produção
Indica-se sempre o ano de publicação ou produção em algarismos arábicos, sem
espaçamento ou pontuação.
4.4.6 Número de páginas ou volumes
Quando o documento só tem um volume:
432 p.
342 f.
Quando o documento tem mais de um volume:
4 v.
4.4.7 Material especial
Indica-se o tipo e o número de unidades:
4 disquetes de 3
1
2
2 mapas
1 CD-ROM
3 CDs-ROM
3 folhas 21x29,7 cm
4.4.8 Séries e coleções
VERÍSSIMO, L. F. Todas as histórias do analista de Bagé. 100. ed. São Paulo: L&PM,
1981. (Coleção Pocket, 4).
4.5 Documentos impressos
4.5.1 Livros
AUTORIA. Título. Edição. Local: Editora, ano.
Exemplo:
ALMEIDA, F. J. de. Educação e informática, 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
4.5.2 Partes de livros (capítulos, fragmentos e volumes)
AUTORIA DA PARTE DA OBRA. Título da parte. In: AUTORIA DA OBRA.
Título da obra. Local: Editora, ano. página inicial-final da parte.
Exemplo:
CALMANO, W. Metals in sediments: Remobilization and environment hazards. In:
MUNAWAR, M; DAVE, G. P. Development and Progress in Sediment Quality
Assessment: Rationale, Challenges, Techiques & Strategies. Glasgow: Blackie and Son,
1996. p. 51-74.
Quando o autor de parte da obra ou do capítulo é o mesmo do livro, substitui-se o seu
nome por um travessão, equivalente a cinco caracteres.
Exemplo:
ALLOWAY, B. J. Appendices. In:______. Heavy metals in soils. Glasgow: Blackie and Son,
1990. p. 322-330.
4.5.3 Verbetes de enciclopédias e dicionários
Exemplos:
TECNOLOGIA. In: ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Enciclopédia
Britânica do Brasil Ltda, 1981.
RECEPTION. In: CATUREGLI, M. G. Dicionário inglês-português: turismo, hotelaia e
comércio exterior. 3. ed. São Paulo: Aleph, 1998. p. 169.
4.6 - Relatórios
4.6.1 Relatórios oficiais
Exemplos:
FACULDADE SUL BRASIL. Relatório Anual 2003. Toledo, 2004.
PARQUE NACIONAL DE ILHA GRANDE. Plano de Manejo 2004. Guaíra, 2004.
4.6.2 Relatórios governamentais
Exemplo:
CRUZ ALTA. Prefeito (1996-1999: Tavares). Relatório final de mandato da gestão do
prefeito Carlos Alberto Tavares em 30 de dezembro de 1999. Cruz Alta, 2000.
4.6.3 Relatórios técnicos
Exemplo:
KOTZ, J. Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI. Toledo: Universidade Estadual do
Oeste do Paraná, 1999. 48 p. Relatório Técnico.
4.7 Teses, dissertações e monografias
AUTORIA. Título. Local, ano. número de folhas. Tese, Dissertação, Monografia
(Grau e Área) – Unidade de Ensino, Instituição.
Exemplo:
MILANI, G. M. Estudo da contaminação pelos metais Cu, Pb, Cd e Zn na rede trófica
dos reservatórios de Taiaçupeba e do Parque Ecológico do Tietê, SP. São Paulo, 2000.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Sanitária) – Faculdade de Saúde Pública da USP.
4.8 Trabalhos acadêmicos
AUTORIA. Título. Local, ano. Número de folhas. Trabalho acadêmico (Disciplina) –
Curso ou Departamento, Unidade de Ensino, Instituição.
Exemplo:
SOUZA, S. Levantamento econômico do preço da soja na região oeste do Paraná.
Toledo, 2001. 32 f. Trabalho de graduação (Disciplina de Administração Rural) – Curso de
Administração com Habilitação em Agronegócios, Faculdade Sul Brasil.
4.9 Eventos científicos
NOME DO EVENTO, número do evento, ano de realização. Local. Título. Local:
Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volume.
Exemplo:
SIMPÓSIO PARANAENSE DE AGRONEGÓCIOS, 1., 2003, Faculdade Sul Brasil.
Mercado nacional: oportunidades e desafios. Toledo: Curso de agronegócios, 2003. 1 v.
4.9.1 Trabalhos apresentados em eventos científicos
AUTORIA. Título do trabalho. In: NOME DO EVENTO, número do evento, ano de
realização, local. Título. Local: Editora, ano de publicação. página inicial-final.
Exemplo:
DIAS, S.; MARINHO. R. C.; SANTANNA, R. Avaliação do rendimento da cana-de-açúcar
na região nordeste do estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
ENGENHARIA AGRÍCOLA, 36., 1996, Campinas. Anais do Congresso Brasileiro de
Engenharia Agrícola. Campinas: CREA-SP, 1996. p. 37-39.
4.10 Publicações periódicas
4.10.1 Periódicos considerados no todo (coleção)
TÍTULO DO PERIÓDICO. Local: Editor, ano de ínicio-término da publicação.
4.10.2 Artigos e periódicos
AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Periódico, Local de publicação,
número do volume, número do fascículo, página inicial-final do artigo, data.
Exemplo:
HAZIN, G.; MARTINS, V. Perfil sócio-econômico dos moradores do município de ToledoPR. Revista Brasileira de Sociologia, São Paulo, v. 11, n. ½, p. 13-19, mar./jun. 1994.
4.10.3 Artigos de jornais
AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do Jornal, local de publicação,
data (dia, mês, ano). número ou título do caderno, seção, suplemento, etc., página(s) do artigo
referenciado, número de ordem da(s) coluna(s).
Exemplo:
SANCHEZ, E. Caça, pesca e preservação. Jornal da Tarde, São Paulo, Caderno Canal de
Notícias, Ecologia e Turismo, 30 abr. 1997, v. 34, n 289, p. 4.
4.11 Traduções
AUTORIA DO DOCUMENTO ORIGINAL. Título. Edição. Tradução de/por: Nome
do tradutor. Local: Editora, ano.
Exemplo:
TAHAN, M. O homem que calculava. Tradução de: Breno Alencar Bianco. 21. ed. Rio de
Janeiro: Conquista, 1962.
4.12 Documentos legislativos
4.12.1 Leis de decretos
NOME DO PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO. Título e número da lei ou decreto,
data. Ementa. Dados da publicação que divulgou o documento.
Exemplo:
BRASIL. Decreto-lei n. 9.433 de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política nacional de Recursos
Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o
inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal e altera o art. 1 da lei n. 8.001, de março de
1990, que modificou a Lei n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil, Brasília, v. 115, n. 56, p. 6027, 09 de janeiro de 1997.
Secção 1 , pt. 1.
4.13 Entrevistas
4.13.1 Entrevistas não publicadas
AUTORIA (entrevistado). Ementa da entrevista. Local, data.
Exemplo:
KUPFER, M. Entrevista concedida a Fabio Hernandez. Londrina, 05 abr. 2002.
4.13.2 Entrevistas publicadas
AUTORIA (entrevistado). Título da entrevista. Referenciação do documento. Nota
indicativa de entrevista.
Exemplo:
TEIXEIRA, R. Confederação Brasileira de Futebol. Isto É Revista, Rio de Janeiro, n. 293, 26
de nov. 1999. p. 67-72. Entrevista.
4.14 Desenho técnico
AUTORIA. Título de desenho ou projeto. Local, ano. Descrição física.
Exemplo:
SILVA, C. R. Edifício Dol Pissol. Propriedade Raul Dol Pissol à Rua Castro Alves, esq. Av.
Brasil. Cascavel, 23-26. 36 fls. Originais em papel vegetal.
4.15 Atas de REUNIÕES
AUTORIA (instituição, associação, organização ou outro), Local. Título e data. Livro
número, página inicial-final.
Exemplo:
FACULDADE SUL BRASIL. Núcleo de Pesquisa, Toledo. Ata da reunião realizada dia 18
mar. 2002. Livro 03, p. 41 verso.
4.16 Documentos cartográficos
4.16.1 Mapas
AUTORIA. Título. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor;
altura x largura. Escala.
Exemplo:
ITAIPU BINACIONAL. Reservatório de Itaipu. Foz do Iguaçu, 1999. 1 mapa: color, 60 x
80 cm. Escala 1:500.000.
4.16.2 Fotografia Aérea
Exemplo:
IBGE. Região Oeste do Paraná: foto aérea. Escala: 1:1.000.000. Curitiba, Fx27, n. 06, 2001.
4.16.3 Imagem de satélite
Exemplo:
LANDSAT TM 5. Escala:1:250.000. Toledo: Prefeitura Municipal de Toledo, 532-533.
Imagem de satélite. Canal 3 e composição colorida.
4.17 Gravações sonoras (discos de vinil e cds)
AUTORIA (compositor). Título. Executante. Local: Gravadora, ano. Número de CDs
(tempo de gravação em minutos): tipo de gravação, número de canais sonoros. Número do
CD.
Exemplo:
CIDADE NEGRA. O Erê. São Paulo: Som Livre, 1997. 1 CD (56 min): digital, estéreo.
4.18 Filmes e gravações em cassete
4.18.1 Legenda
Minutos – min.;
Som – mudo, sonoro (son.), legendado (leg.) ou dublado (dubl.);
Cor – p & b para preto e branco e color para colorido;
Dimensões – largura em milímetros (mm) ou polegadas (pol);
Gravação – VHS, NTSC, PAL-M e Betamax.
Foto – fot.
4.18.2 Filmes
TÍTULO. Direção de. Local: Produtora: Distribuidora, ano. Número de unidades
físicas (duração em minutos): indicação de som (legenda ou dublagem), indicação de cor;
largura em milímetros.
Exemplo:
PULP FICTION, Direção Quentin Tarantino. Los Angeles: Warner Film: Dist. Warner Bros.
Brasil, 1998. 1 filme (96 min.): son., color.; 16 mm.
4.18.3 Gravações em cassete
TÍTULO. Direção de. Local: Distribuidora, ano. Número de unidades físicas (duração
em minutos): indicação de som (legenda ou dublagem), indicação de cor; largura e
milímetros. Sistema de gravação.
Exemplo:
POTENCIAL DA PESCA no reservatório de Itaipu: pesca ao tucunaré. Toledo: Fasul; Silvio
produções, 2003. 1 cassete (17 min.): son.; 12 mm. VHS NTSC.
4.19 Fotografias
AUTORIA (fotógrafo). Título. Ano. Número de unidades físicas: indicação de cor;
dimensões.
Exemplo:
GOMES, R. O vaqueiro. 1997. 1 fot.: p & b.; 16 x 56 cm.
4.20 Originais e reproduções de arte
4.20.1 Originais
AUTORIA (artista). Título. Ano. Número de unidades físicas e identificação da
técnica utilizada: indicação de cor; dimensões. Nome da instituição ou do proprietário do
acervo.
Exemplo:
BRAUN, E. Barco pesqueiro. 1999. 1 óleo sobre tela: color.; 80 x 70 cm. Casa do Artesão,
Toledo.
4.21 Cartões postais
TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.
Exemplo:
TEATRO MUNICIPAL. Toledo: Secom, [199-] 1 cartão postal: color.
4.22 Cartazes (pôsteres)
TÍTULO. Local: Editora, ano. Número de unidades físicas: indicação de cor.
Exemplo:
LAGO MUNICIPAL. Toledo: Secom, [199-] 1 cartaz: color.
4.23 Comerciais (publicidade e/ou propaganda)
AUTORIA. Título (nome do produto, serviço ou outro aspecto anunciado). Editor,
produtor (se houver), data (dia, mês, ano). Nota indicativa de publicidade e/ou propaganda.
Exemplo:
NOVA SCHIN. Experimenta. 02 fev. 2004. Propaganda.
4.23.1 Jogos eletrônicos
TÍTULO DO JOGO. Local: Fabricante, ano. Descrição física.
Exemplo:
WARCRAFT III, São Paulo: Eletronic Arts, 2002. CD-ROM.
4.24 Informações e documentos eletrônicos
4.24.1 Arquivos eletrônicos
4.24.1.1 Arquivos de dados e textos (criados no computador)
AUTORIA DO ARQUIVO. Nome do arquivo. Extensão. Ementa. Custódia
(depositário). Local, data (dia, mês, ano). Descrição física. Programa gerador.
Exemplo:
1
CRUZ, R. M. Documento.doc. Toledo, 23 set. 2002. Arquivo (133 KB); disquete 3 2 pol.
Word for Windows 6.0.
4.24.2 Softwares (programas eletrônicos)
4.24.2.1 Programa
AUTORIA DO PROGRAMA. Nome do programa e versão. Local, ano. Descrição
física; tipo de suporte. Nota indicativa sobre aplicação do programa.
Exemplo:
1
SANTOS, A. S. R. dos. Cape 1.0. Toledo, 2003. 3 disquetes 3 2 pol (3.64 MB). Programa
para cadastros de pescadores.
4.24.3 Disquetes
Exemplo:
FASUL. Secretaria Financeira. Balanço financeiro do mês de outubro 2003. Toledo, nov.
1
2003. 1 disquete 3 2 .
4.24.4 CD-ROM (compact disc on read only memory)
As referências de CD-ROM no todo, obedecem às normas padrão de referência
acrescidas do termo CD-ROM ao final.
Exemplo:
BISSOLI, M. A. Estágio em turismo e hotelaria. São Paulo: Aleph, 2002. 1 CD-ROM
4.25.1 Fontes eletrônicas online
AUTORIA. Título. Fonte (se for publicado). Disponível em: <endereço eletrônico>
Acesso em: data (dia, mês, ano).
Exemplo:
ITAIPU BINACIONAL. Itaipu – a maior usina hidrelétrica do mundo. Foz do Iguaçu:
ITAIPU, 1974-1999. 2. ed. Curitiba, 2000. Disponível em: <http://www.itaipu.gov.br>
Acesso em: 08 dez. 2000.
CAPÍTULO V
NORMAS PARA CITAÇÕES E NOTAS DE RODAPÉ
Neste capítulo serão apresentadas as normas para apresentação de citações e notas de
rodapé, baseadas na NBR 10520 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, que
estabelece as condições exigidas para a apresentação de citações em documentos técnicocientíficos e acadêmicos da Faculdade Sul Brasil.
5.1 Citações
Ao ato de mencionar em um texto informações extraídas de outras fontes dá-se o
nome de citação. Faz-se necessária para esclarecer, ilustrar ou sustentar o assunto
apresentado.
As citações são consideradas diretas quando se faz a transcrição literal de um texto ou
parte dele e indiretas quando são escritas pelo autor do trabalho, mas com base nas idéias de
outros autores. Recomenda-se evitar citações referentes a assuntos de conhecimento rotineiros
ou amplamente divulgados, o mesmo deve acontecer com publicações de origem didática,
como apostilas e anotações de aula.
As citações podem ser obtidas de documentos ou de canais informais (palestras,
debates, conferências, entrevistas, entre outros). As fontes das quais foram extraídas as
citações podem ser indicadas no texto pelo sistema autor-data ou pelo sistema numérico.
5.1.1 Citação direta
Trata-se da transcrição literal de um texto ou de parte dele onde se mantém a grafia, a
pontuação, o uso de maiúsculas e o idioma originais. Geralmente é utilizada para mencionar
um pensamento importante quando este é bem expresso, ou quando é indispensavelmente
necessário e essencial transcrever as palavras de um autor.
Na citação direta podem ser adotados tanto os sistemas autor-data como o sistema
numérico.
5.1.1.1 Citação com até cinco linhas
A citação com até cinco linhas, ou citação curta, é transcrita entre aspas, com o mesmo
tipo e tamanho da letra utilizada no parágrafo do texto no qual será inserida.
O uso das aspas delimita a citação direta. Caso o texto citado já contenha sinal de
pontuação encerrando a frase, as aspas finais são colocadas após este sinal; caso contrário, as
aspas delimitam o final da citação.
A citação que apresenta ponto final no original:
- no sistema autor data:
Exemplo:
O livro de Cleffi pode ser usado para iniciar um curso de Biologia, mostrando-nos
noções básicas de ecologia, como “ ...que os seres vivos interagem, continuamente e de varias
maneiras, uns com os outros e com o ambiente onde vivem. Como essas interações são
complexas, é preciso considerá-las separadamente, uma de cada vez, quando se quer estudar a
biosfera.” (CLEFFI, 1985, p. 3)
- no sistema numérico
Exemplo:
“Previsões são resultados teóricos, lógicos e esperados para um problema proposto.
Fazer previsões é um procedimento comum e freqüente em ciências.”1
Citação que não apresenta ponto final no original:
- no sistema autor-data
Exemplo:
Na aqüicultura intensiva, “os custos com rações representam mais de 50% do custo
total de produção” (EL-SAYED, 1999, p. 23).
- no sistema numérico
Exemplo:
“A evolução da nutrição animal esta diretamente ligada a estudos referentes a
digestibilidade dos nutrientes presentes nos alimentos utilizados na formulação de rações”.1
5.1.1.2 Citação com mais de cinco linhas
A citação com mais de cinco linhas, ou citação longa, é transcrita em parágrafo
distinto. Inicia na margem de parágrafo, sem deslocamento na primeira linha e termina na
margem direita. A segunda linha e seguintes são alinhadas sob a primeira letra do texto da
citação. Deve ser apresentado sem aspas e transcrito com entrelinhamento e letra menor,
deixando-se uma linha em branco entre a citação e os parágrafos anterior e posterior.
Exemplo:
CLEFFI (1985, p. 73), refere-se às modificações ocorridas nos ecossistemas,
esclarecendo que:
As atividades humanas já produziram uma grande soma de terras devastadas e de desertos. O
imenso Saara é, em parte, resultado de superpasteio, irrigação errada, desmatamento.
Atualmente esse deserto avança para o sul a uma velocidade de vários quilômetros por ano. O
grande deserto de Thar, nas índias Ocidentais, deve-se também a ação humana – há cerca de
2000 anos, o atual centro desse deserto era uma selva: praticas deficientes de cultivo, corte de
árvores e superpasteio exterminaram-na, provocando o crescimento do deserto. Casos como os
do Saara e de Thar podem se repetir em muitas partes do globo.
5.1.1.3 Citação de poemas e de textos teatrais
Neste caso, sem restrições quanto ao seu tamanho, segue-se as mesmas orientações
para a apresentação da citação com mais de cinco linhas.
Exemplo:
Ecoa um grito na alma, estou perdido, o que vou fazer. (REIS, 2001, p. 67)
Os poemas e textos teatrais diferenciam-se dos demais em alguns aspectos:
Quando se cita um poema inteiro, deve-se observar entrelinhamento menor entre os
versos e maior entre as estrofes.
Exemplo:
Não lhe quero coberta de ouro,
Nem tão pouco coberta de prata.
Você era o meu tesouro,
E hoje, você não faz falta.
O teu fingimento, foi o causador,
Do rompimento, do nosso amor.
Vai, fingida, e me deixa em paz,
Porque nesta vida, não lhe quero mais.
(REIS, 2001, p. 51)
Se uma linha ultrapassar a margem direita, o excedente deve vir recuado em relação à
margem esquerda e alinhado à direita.
Exemplo:
Então ajoelhei com raiva, recolhi aqueles tristes fragmentos, recompus a figurinha que
chorava (BADEIRA, 1974, p. 193).
5.1.1.4 Omissões em citação
As omissões são permitidas desde que não alterem o sentido do texto citado. São
indicadas pelo uso de reticências no início ou no final da citação. Quando houver omissões no
meio da citação, usam-se reticências entre parênteses.
O uso de reticências indica interrupção do pensamento ou omissão intencional de algo
que se devia ou podia-se dizer e que apenas se sugere, por estar nitidamente subentendido. As
omissões podem ocorrer da seguinte maneira:
5.1.1.5 Omissão no meio da citação
Exemplo:
“Algumas declarações assinadas pelos responsáveis da empresa (...) permitiram duplo
entendimento. Como afirma um diretor científico no setor químico-farmacêutico, creio que a
tendência de fundo é uma empresa cidadã.” (BRODHAG, 1994, p. 45)
5.1.1.6 Omissão no início da citação
Exemplo:
“...novas descobertas e novas formas de pensamento evidenciaram as limitações do
modelo newtoniano e prepararam o caminho para as revoluções cientificas do século XX.”
(CAPRA, 1997, p. 65)
5.1.1.7 Omissão no final da citação
Exemplo:
“Essas terras foram ocupadas, inicialmente, através de atividades extrativistas...”
(GREGORY, 2002, p. 109)
5.1.1.8 Interpolações em citação
Interpolações são esclarecimentos ou comentários inseridos em citações, que são
apresentados entre colchetes.
Exemplo:
“Uma primeira aproximação para se quantificar o grau de desenvolvimento de um país
está relacionado a produção do país dividido pelo seu número de habitantes [produto per
capita].”(GREMAUD, 2002, p. 77)
5.1.1.9 Ênfase e destaque em citação
Para dar ênfase (indicar espanto, entusiasmo ou embaraço) em citação, usa-se o ponto
de exclamação entre colchetes imediatamente após o que se deseja enfatizar.
Exemplo:
“O produto turístico é um conjunto composto de bens e serviços produzidos em
diversas unidades econômicas[!], que sofre uma agregação no mercado ao serem postos em
destaque os atrativos turísticos”. (BENI, 2001, p. 172)
Quando for indispensável destacar palavras ou frases em citações diretas, estas devem
ser negritadas, seguidas de uma das expressões: sem grifo no original, grifo meu ou grifo
nosso, entre colchetes.
Exemplos:
“A melhor maneira de se estudar o mercado turístico é por meio de segmentação
[sem grifo no original], que é a técnica estatística de comparar...”. (BENI, 2001, p. 172)
BENI (2001, p.172) afirma que “a melhor maneira de se estudar o mercado turístico é
por meio de segmentação [grifo meu], que é a técnica estatística de comparar...”.
Se a citação já apresenta um destaque no original, usa-se a expressão [grifo do autor]
entre colchetes.
Exemplo:
“Ao longo de 1988, o Ministro Maílson adotou a chamada política “feijão com arroz”
[grifo do autor]...”. (GREMAUD, 2002, p. 445)
5.1.1.10 Citação direta em rodapé
A citação direta incluída em nota de rodapé aparece sempre entre aspas,
independentemente de sua extensão.
No texto:
Nos Estados Unidos, por exemplo, a distribuição de cruzeiros marítimos por meio das
agências representa 95% a 99% das vendas das companhias marítimas.1
No rodapé:
1
Dados obtidos durante o I Seminário de Cruzeiros, realizado no Rio de Janeiro, de 2
a 3 de dezembro de 2001. (Boletim de Turismo e Administração Hoteleira, 2002, p. 97)
5.1.2 Citação indireta
Dá-se o nome de citação indireta para os testos redigidos pelo autor do trabalho tendo
como referência as idéias de outros autores, porém, traduzindo fielmente o sentido do texto
original. Esta citação pode aparecer de duas maneiras, apresentadas a seguir.
5.1.2.1 Paráfrase
Significa expressar a idéia(s) de outro(s) autor(es), com a(s) palavra(s) do autor do
trabalho, mantendo aproximadamente o mesmo tamanho da citação original. Geralmente
utilizada para substituir longas citações diretas, é escrita sem aspas com o mesmo tipo e
tamanho de letra e podem ser acrescentados os números da página inicial e final do texto
original.
No sistema autor-data:
Exemplo:
Confessou, então, que só soube que o jornal ia parar nas mãos de Antonio Carlos
depois de assinado o contrato (GOMES, 2001, p. 289).
No sistema numérico:
Exemplo:
Segundo CARNEGIE, ninguém pode, por certo responder a uma pergunta tão vasta
como esta, mas nós sabemos que certas doenças, como a sífilis, atacam e destroem as células
do cérebro, causando a loucura1.
5.1.2.2 Condensação
É o resumo de um texto longo, um capítulo, uma seção ou parte, sem alterar a idéia
principal do autor. Podem ser acrescentados os números da página inicial e final do texto
original (parte ou capítulo), porém, tratando-se de leitura de uma obra completa, estes não são
necessários. A condensação é escrita sem aspas, com o mesmo tipo e tamanho de letra
utilizado no parágrafo do texto no qual está inserida.
Exemplo:
Em O outro lado do poder, ABREU (1979), conta através de um depoimento sua
participação no Governo Geisel, fala sobre o que fez e o que viu durante mais de três anos em
que esteve do outro lado do poder.
5.1.3 Outras formas de citação
5.1.3.1 Citação de citação
Torna-se necessário quando se menciona um trecho de um documento ao qual não se
teve acesso, porém, se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Neste caso
pode-se utilizar tanto o sistema autor-data quando o sistema numérico.
A indicação da fonte de uma citação de citação pode ser feita:
- Na forma textual: pelo sobrenome do autor do documento original, com iniciais
maiúsculas, seguido do número sobrescrito correspondente a nota de rodapé, de vírgula, da
expressão citado por, do sobrenome do autor do documento consultado, com inicial
maiúscula, e ainda do ano e da página, estes dois últimos entre parênteses.
No texto:
HANLEY3, citado por CYRINO et al. (2000) afirma que as pesquisas sobre as
exigências em proteína, energia e adequação da relação energia/proteína em rações para
peixes são oportunas e necessárias.
No rodapé:
3
HANLEY, F. Effects of feeding supplementary diets containing varying levels of lipid on
growth, food conversion, and body composition of Nile tilapia, Oreochromis Niloticus (L.).
Aquaculture, v.93, p.323-334, 1991.
Na lista de referências:
CYRINO, J. E. P.; PORTZ, L.; MARTINO, R. C. 2000. Retenção de proteína e energia em
juvenis de “black bass” - Micropterus Salmoides. Scientia Agrícola, v.57, n.4, p.609-616,
out./dez. 2000.
- Após a idéia do autor: pelo sobrenome do autor do documento original, com inicial
maiúscula, seguido do número sobrescrito correspondente à nota de rodapé, de vírgula, da
expressão citado por ou apud, do sobrenome do autor do documento consultado, com letra
maiúscula e, ainda, do ano e da página entre parênteses.
No texto:
As pesquisas sobre as exigências em proteína, energia e adequação da relação
energia/proteína em rações para peixes são oportunas e necessárias (HANLEY3, apud
CYRINO et al., 2000).
No rodapé:
3
HANLEY, F. Effects of feeding supplementary diets containing varying levels of lipid on
growth, food conversion, and body composition of Nile tilapia, Oreochromis Niloticus (L.).
Aquaculture, v.93, p.323-334, 1991.
Na lista de referências:
CYRINO, J. E. P.; PORTZ, L.; MARTINO, R. C. 2000. Retenção de proteína e energia em
juvenis de “black bass” Micropterus Salmoides. Scientia Agrícola, v.57, n.4, p.609-616,
out./dez. 2000.
5.1.3.2 Citação de informação obtida por meio de canais informais
São citações originarias de palestras, debates, conferências, entrevistas ou ainda de
correspondências pessoais, anotações de aula, entre outras. É preferível se utilizar essas
citações somente quando for possível comprová-las, isto é, quando for possível retomar o
depoimento e demonstrar que este é fidedigno, através de cartas, documentos oficiais,
gravações em vídeos, entre outros.
Quando não há registro dos dados obtidos (anotações de aula, por exemplo) pode-se
indicar entre parênteses a expressão “informação verbal” logo após a citação no texto, ou
pode-se fazer uma chamada para a nota de rodapé, porém essa não deve ser incluída na lista
de referências.
Só no texto:
Exemplo:
Joaquim Soares Freitas, em palestra proferida em 22 de abril de 1981, no I Encontro
de Cientistas da América do Sul, ressalta que a pesquisa necessita urgentemente de recursos
financeiros oriundos do poder público. (informação verbal)
No texto, usando nota de rodapé:
No texto:
Para SILVA (1957), a praia de Copacabana é o ponto de encontro de belas mulheres1.
No rodapé:
1
Comunicação pessoal do autor (16 de dezembro de 1957).
5.1.3.3 Citação de trabalho em fase de elaboração ou não publicado
Na citação extraída de trabalhos em fase de elaboração ou não publicados, deve-se
indicar os dados bibliográficos disponíveis, seguidos da expressão no prelo, em fase de
elaboração, em fase de pré-publicação ou não publicado, entre parênteses, no texto. Este
documento deve ser incluído na lista de referências.
No texto:
Segundo COLDEBELLA (não publicado), o excesso de manejo proporcionado pelas
trocas de água e limpeza da cuba interferiu na digestão dos alimentos, bem como, a falta de
um ambiente refrigerado para coleta das fezes pode ter gerado alterações nas mesmas.
Na lista de referências:
COLDEBELLA, A. Determinação dos coeficientes de digestibilidade aparente de alguns
alimentos convencionais e alternativos para o “black bass” - Micropterus Salmoides.
(2004). Não publicado.
5.1.3.4 Citações em tabelas
Quando ocorrem citações em tabelas, quadros ou figuras, seja no corpo ou na fonte
dos dados, os documentos citados em tabelas, quadros ou figuras devem ser incluídos na lista
de referências.
Exemplo:
TABELA 01 - Composição Química dos ingredientes testados no treinamento alimentar de M.
Salmoides.
INGREDIENTES (g/100g)
NUTRIENTE
Farinha de
Coração
Peixe Chilena1
Bovino2
Sardinha2
Filé de
Tilápia3
Matéria Seca
89,10 +/- 0,85
71,73
25,60
21,79
Proteína Bruta
67,47 +/- 1,01
50,92
79,00
85,24
Extrato Etéreo
8,48 +/- 3,89
21,54
16,09
11,00
Cinzas
5,20 +/- 1,86
0,69
4,98
3,80
Fonte: 1PORTZ, L., 2001; 2LUZ, R. K. et al., 2002; 3COLDEBELLA, A. et al., 2002.
Na lista de referências:
COLDEBELLA, A.; GENTELINI, A. L.; SIGNOR, A.; MARTINS, C. V. B.; FEIDEN, A.;
BOSCOLO, W. R. Caracterização bromatológica do filé e pasta protéica da carcaça da tilápia
do Nilo (Oreochromis niloticus). In: XI Encontro Anual de Iniciação Científica, 2002,
Maringá, Pr. Resumos... Maringá: UEM, 2002. CD-ROM.
LUZ, R. K.; SALARO, A. L.; SOUTO, E. F.; OKANO, W. Y.; DE LIMA, R. R.
Condicionamento alimentar de alevinos de trairão (Hoplias cf. lacerdae). Revista Brasileira
de Zootecnia, v. 31, n. 5, p. 1881 – 1885, 2002.
PORTZ, L. Utilização de diferentes fontes protéicas em dietas formuladas pelo conceito
de proteína ideal para o “black bass” (Micropterus salmoides). Piracicaba, 2001. 111 f.
Tese – Escola Superior de Agricultura “Luis de Queiroz”, Universidade de São Paulo – USP.
5.1.4 Indicação das fontes citadas
Pode ser feita tanto para o sistema autor-data quanto pelo sistema numérico sempre
buscando dar uniformidade à fonte no texto e notas bibliográficas em rodapé ou na lista de
referências e mantendo o sistema escolhido do início ao final do documento.
A indicação do número da(s) página(s) do documento que contêm a citação pode ser
feita da seguinte forma:
Quando forem citadas páginas consecutivas, os números da página inicial e final são
separados por hífen.
Exemplo:
p. 345-348
Quando as páginas não forem consecutivas, os números são separados por vírgula.
Exemplo:
p. 2, 7, 11
5.1.4.1 Sistema autor-data
É o sistema mais recomendado, porém, faz-se necessário observar algumas condições:
a) Ao se usar este sistema, não podem ser incluídas as fontes em rodapé, exceto nos
casos de citação de citação em que somente o autor citado figura em nota de rodapé e o autor
que o criou, em lista de referências;
b) A referência completa de documento deve figurar em lista, no final do capítulo ou
do trabalho, organizada alfabeticamente;
c) As entradas de autoria são escritas com letras maiúsculas, seguidas da data de
publicação do documento citado e da página ou seção da qual foi extraída a citação, entre
parênteses e após a citação.
Exemplo:
(BENI, 2001, p. 409)
Quando a menção ao nome do autor está incluída na frase, a data de publicação do
documento e a paginação são transcritas entre parênteses, precedidas pela abreviatura
correspondente.
Exemplos:
Mário Carlos BENI (2001, 4ª parte)
GREMAUD (2002, p. 351-356)
As notas explicativas ou informativas são chamadas normalmente no texto por
números altos e alceados ou entre parênteses, ou entre colchetes.
5.1.4.1.1 Autor
O sobrenome do autor deve ser escrito com letra maiúscula no texto, podendo ser
precedido pelas iniciais dos prenomes ou pelos próprios prenomes, e seguido pela indicação
do ano e da(s) página(s).
Exemplos:
De acordo com BENI (2001, p. 409)
De acordo com M. C. BENI (2001, p. 409)
De acordo com Mário Carlos BENI (2001, p. 409)
5.1.4.1.2 Autor entidade
No caso de autor entidade, pode-se citar das seguintes maneiras:
a) Pelo nome da entidade escrito por extenso ou pela sigla, ambos com letras
maiúsculas.
Exemplo:
(FACULDADE SUL BRASIL, Coordenação de Sistemas de Informação, 2002, p. 11).
b) Pela jurisdição, quando se tratar de órgão do poder público federal, estadual ou
municipal.
Exemplos:
(UnB, 2002, p. 11)
Segundo estudos da UnB (2002) ...
5.1.4.1.3 Dois autores
No caso de haver dois autores, seus nomes devem ser grafados com letras maiúsculas,
separados por “e”, com indicação do ano e página(s) entre parênteses, na forma textual, ou
por ponto e vírgula, seguidos de ano e página(s), quando mencionados após a idéia do autor
do trabalho.
Exemplos:
(PIZZOLATO; WELLNER, 1997, p. 37-42)
De acordo com PIZZOLATO e WELLNER (1997, p. 37-42) ...
5.1.4.1.4 Três autores
Todos devem ter seus nomes grafados com letras maiúsculas, separados por vírgula,
seguidos do ano e página(s), para o caso de serem mencionados após a idéia do autor do
trabalho; com ano e páginas entre parênteses ou por ponto e vírgula quando citados após a
idéia do autor do trabalho.
Exemplo:
(RAGAB; DARAWISH; MALEK, 1968, p. 9-30)
Conforme RAGAB, DARAWISH e MALEK (1968, p. 9-30)...
5.1.4.1.5 Mais de três autores
Neste caso cita-se o primeiro sobrenome, seguido da expressão et al. (do latim et alii,
que significa e outros), do ano e página(s).
Exemplo:
DRUDI, A. et al. (1976, p.139-147)
(DRUDI, A. et al., 1976, p.139-147)
5.1.4.1.6 Vários documentos de um mesmo autor publicados em um mesmo ano
Se houver mais de um documento publicado no mesmo ano, acrescenta-se a estes
letras minúsculas em ordem alfabética. O que ocorre também na lista de referências.
Exemplos:
(SILVA, 1985a, p. 35)
(SILVA, 1985b, p. 72)
BRUDI, A. et al. (1976a)
BRUDI, A. et al. (1976b)
Segundo dados do IBGE (2001a, 2001b)...
5.1.4.1.7 Vários autores com uma mesma idéia ou argumento
Quando se faz necessário citar trabalhos de diferentes de autores sobre um mesmo
assunto, as citações seguem uma ordem cronológica, do mais antigo para o mais atual.
Exemplo:
De acordo com JORGE, A. M. et al. (1993, p. 404), MOLETTA, J. L. (1990, 99 f),
MÜLLER, L. et al. (1994, p. 127-129) as características...
5.1.4.1.8 Eventos científicos
Cita-se seu nome completo, na ordem direta, grafado com iniciais maiúsculas e ao
final da citação, menciona-se o nome completo do evento, grafado com letras maiúsculas,
seguido do ano, entre parênteses, conforme indicação na lista de referências.
Exemplo:
Os resumos apresentados no XIII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca,
realizado em Porto Seguro – BA, 2003, indicam...
(XIII Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, 2003).
5.1.4.2 Sistema numérico
É também conhecido por citação-nota, sendo que a fonte da qual foi extraída a citação
é indicada em nota de rodapé no final do artigo ou do capítulo, que também deve aparecer na
lista de referências no final do trabalho. Quando se escolhe este sistema, a numeração das
citações deve ser aplicada somente para referências, utilizando-se outra forma de remissão
(asterisco, por exemplo) para notas explicativas ou informativas.
5.1.4.2.1 Apresentação
As citações devem ser numeradas em ordem crescente dentro de um mesmo capítulo
ou artigo e, os números no rodapé, indicam a fonte citada no texto. Os números podem ser
indicados no texto entre parênteses, entre colchetes ou sobrescrito logo após a citação:
No texto:
KUBITZA recomenda (...) intensivo. (1)
KUBITZA recomenda (...) intensivo. [1]
KUBITZA recomenda (...) intensivo. 1
No rodapé:
(1) KUBITZA, F. Titulação. Jundiaí. 1999. p. 35.
[1] KUBITZA, F. Titulação. Jundiaí. 1999. p. 35.
1
KUBITZA, F. Titulação. Jundiaí. 1999. p. 35.
Na lista de referências deve-se obedecer a ordem numérica, desconsiderando a ordem
alfabética.
No rodapé:
Quando transcritas no rodapé as fontes devem seguir os seguintes critérios:
- Iniciar com o indicativo numérico, no recuo de parágrafo;
- O indicativo numérico deve ser separado do texto da nota por um espaço;
- São escritas com letra e entrelinhamento menores que o do texto;
- A segunda linha e as seguintes iniciam na margem esquerda;
- Devem vir separadas do texto por uma linha em branco;
- Devem começar e terminar na página em que a nota foi inserida, sendo que a última
linha deve coincidir com a margem inferior da página.
Citações inseridas em nota de rodapé devem aparecer entre aspas, independentemente
de sua extensão. Neste caso, a referência aparece entre parênteses, após a citação.
Quando as notas do mesmo autor estiverem em seqüência, poderão ser usadas
expressões latinas, seguidas do número da página citada:
apud (citado por, junto a, em): citação de segunda mão;
cf. (confer: compare, confira): confrontar, refere-se a;
et. seq. (sequentia: seguinte ou que segue): quando se menciona somente a primeira
página em que aparece a citação, porém refere-se também às demais;
ibid. (ibidem: na mesma obra): do mesmo autor, mesmo documento, porém as páginas
são diferentes. Exemplo: Ibid., p. 234;
id. (idem: do mesmo autor): mesmo autor, mesmo documento e mesma página;
escreve-se apenas o termo id., sem indicação de páginas;
loc. cit. (loco citato: no lugar citado): documento já citado na página anterior;
op. cit. (opere citato: na obra citada): é usado quando o autor vai se reportar a um
documento já citado, mas há outro intercalado;
passim (aqui e ali): quando um assunto é tratado pelo autor citado em todo o seu
documento, não sendo identificada uma página precisa:
5.1.5 Notas de rodapé
São utilizadas para abordar pontos não incluídos no texto, de modo a não
sobrecarregá-lo. Aparecem no pé da página, onde são indicadas, e podem caracterizar-se por:
a) Notas de conteúdo: que evitam explicações longas dentro do texto (prejudiciais à
linha de argumentação), podendo incluir uma ou mais referências usadas para esclarecimentos
e para referências cruzadas;
b) Notas de referência: que indicam as fontes consultadas ou remetem a outras partes
da obra em que o assunto foi abordado e são usadas para citação de autoridade e para citação
de citação;
c) Notas de esclarecimento: são utilizadas quando se fazem necessários comentários,
explanações ou traduções que não devem ser incluídas no texto para não interromper a linha
de pensamento. As notas de esclarecimento ou explicativas devem ser breves, sucintas e
claras;
Exemplo:
No texto:
Este artigo foi concebido com objetivo de discutir a sustentabilidade da educação
superior em turismo e hotelaria2 no Brasil.
No rodapé:
2
Este artigo refere-se a turismo e hotelaria de forma genérica. Entretanto, há variações na
nomenclatura dos cursos nessas áreas, como Turismo, Hospitalidade, Administração
Hoteleira, Turismo e Hotelaria.
d) Citação de autoridade ou indicação de fonte: a nota de referência é usada para
indicar a fonte consultada e que foi mencionada no texto.
No texto:
De acordo com MARIANI (2002) a vivência do lugar constitui um dos elementos
importantes para entender o afluxo de turistas para Bonito5.
No rodapé:
5
MARIANI, M. A. P. Percepção dos turistas e moradores do município de Bonito: o lugar, os
sujeitos e o turismo. Turismo – visão e ação. Itajaí, ano 4, n. 11, p. 56-58, 2002.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: apresentação de
citações em documentos. Rio de Janeiro, 1992.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências – elaboração. Rio de Janeiro, 2000.
BARROS, A. J. P. de e LEHFELD, N. A. S. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1990.
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia, 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
GONÇALVES, H. A. Manual de projetos de pesquisa científica. São Paulo: Avercamp,
2003.
GONSALVES, E. P. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP:
Alínea, 2001.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL.
Redação e editoração. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos
científicos, 8.)
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL.
Tabelas. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 9.)
RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos, 4.ed. São Paulo: Atlas,
1996.
SANTOS, A. R. dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento, 3. ed. Rio de
Janeiro: DP&A, 2000.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Citações e Notas de
rodapé. Curitiba: UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 7.)
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistema de Bibliotecas. Referências. Curitiba:
UFPR, 2000. (Normas para apresentação de documentos científicos, 6.)
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