Jocum Angola revista comemorativa de 20 anos, de 1991-2011. Em Português e Inglês. djembe ediçao especial Produzido por Jocum AfriCom|Produced By Ywam AfriCom Conteúdos C o n te n ts 6 Três gerações de missionários da JOCUM Three generations of YWAM missionaries 10 Aprendendo com os pioneiros Learning from the pioneers 12 Pioneiros Brasileiros: Nascidos com um pé na África Brazilian pioneers: Born with one foot in Africa 14 Superando os obstáculos em Angola Overcoming the odds in Angola 16 Semeando entre o povo Mukubal de Angola Digging Deep among the Mukubal of Angola 22 Riachos no deserto Streams in the desert 26 Treinado para salvar vidas Trained to save lives 28 O rápido crescimento de JOCUM Cabinda Fast growth in YWAM Cabinda 26 30 Parcerias entre os não alcançados Partnerships among the unreached Produzido por JOCUM AfriCom / Produced by YWAM AfriCom: Equipa editorial /Editorial team: Peter Clemison, Miranda Heathcote, Tim Heathcote, Lydia Smit Desígnio & layout / Design & layout: Lydia Smit Escritores & Fotógrafos / Writers & photographers: Tim Heathcote, Peter Clemison Fotógrafos / Photographers: YWAM Angola Escritores / Writers: Ismael Mendes Ferreira , Marcia Gomes & Sebastian J. Floor Tradutores / Translators: (Português) Denise Barrington, Gean Pierre de Freitas Editar e leitura de prova / Edit & proof reading: Peter Clemison, Miranda Heathcote, Tim Heathcote Carta do editor Letter from the Editor E u amo a idéia no Velho Testamento em Salmos sobre “declarar a Glória de Deus às nações”. Não há dúvida de que Deus tem sido glorificado através do trabalho heróico da JOCUM em Angola e, como um comunicador, eu tive o privilégio de declarar um pouco dessa história. Tiver o prazer de estar nas celebrações do aniversário de 16 anos da JOCUM Angola em 2007. Três anos depois revisitei Angola, desta vez com vários colegas para fazer um vídeo sobre o trabalho da JOCUM - você pode assistir este vídeo online no: http://vimeo. com/23681028. Visitamos todos os ministérios no país, e ficamos inspirados pela profundidade e qualidade do trabalho. A perseverança dos missionários e os frutos de suas vidas são realmente maravilhosos. Tem sido um privilégio para nossa equipe contar as histórias do que Deus está fazendo através da JOCUM Angola. Enquanto você lê esta seleção de artigos, você pode também ser inspirado a contribuir, orar e juntar-se à JOCUM Angola em seu trabalho. À Deus seja a glória! Tim Heathcote I love the idea expressed in the Old Testament Psalms about ‘declaring God’s glory to the nations’. There is no doubt that God has been glorified through the heroic work of YWAM in Angola, and as a communicator I’ve had the privilege of declaring some of this story. I had the pleasure of being at YWAM Angola’s 16th anniversary celebrations in 2007. Then three years later I revisited Angola again, this time with several colleagues, to make a video about YWAM’s work. You can see this video online at: http://vimeo.com/23681028. We visited all the ministries in the country, and were inspired by the depth and quality of the work. The perseverance of the missionaries, and the fruit of their lives is truly wonderful to see. It has been a privilege for our team to tell the stories of what God is doing through YWAM Angola. As you read this selection of articles may you also be inspired to give, pray and join YWAM Angola in their work. To God be the glory! Tim Heathcote Informações de contato / Contact information: YWAM AfriCom, PO Box, Muizenberg, 7950, South Africa +27-21-788 7345 [email protected], www.ywamafricom.org MENSAGEM de nosso líder por Ismael Mendes Ferreira, Líder nacional da JOCUM Angola Letter from our leader E stou escrevendo isso em Cabinda, no norte de Angola. Ontem à tarde tive o privilégio de orar com a nossa jovem equipe de Cabinda e estabelecer a pedra fundamental de seu primeiro edifício. Eles recentemente compraram um lote de terra em uma encosta ao lado do Oceano Atlântico. A medida que o sol se punha sobre o mar, vi quão linda e serena é a vista que a equipe tem. Este ano celebramos o vigésimo aniversário da JOCUM Angola; é emocionante enxergar a visão de nossa mais nova equipe e o quanto Deus tem abençoando seu trabalho. Em 1989 eu era um estudante com Marcos e Marcia Azolin numa Escola de Treinamento em Liderança no Brasil. Enquanto orávamos a respeito do trabalho pioneiro da JOCUM em Angola e escrevíamos nossa visão, tivemos uma pequena idéia de tudo o que estava reservado para os próximos vinte anos. Nossa equipe de seis chegou em 1991 no auge da guerra civil, ansiando ver os líderes angolanos formados e liberados em missões. Nossa equipe pagou um alto preço, principalmente nos primeiros anos. Três de nossos colegas brasileiros morreramw na África. Os primeiros angolanos que treinamos receberam uma visão para missões e para com as tribos não-alcançadas de Angola. Hoje eles são líderes maduros, missionários experientes que têm perseverado na implantação de igrejas entre as tribos não-alcançadas anteriormente. Parcerias estão sendo desenvolvidas para traduzir a Bíblia para as línguas locais. Hoje esses líderes estão supervisionando projetos de construção, à medida que estabelecem centros de formação onde eles mesmos possam treinar próprios missionários. Hoje a JOCUM têm cinco propriedades em todo o país, uns sessenta funcionários, e muitos ministérios progredindo. Muitas igrejas têm sido influenciadas pela equipe e pelo treinamento da JOCUM. Essas igrejas têm agora um coração para missões e estão amparando seus próprios missionários. Estamos muito gratos por todas as parcerias que Deus tem nos dados com as igrejas de Angola. Durante este último ano visitei nossos sete pontos da JOCUM por três vezes. Dirigindo ao longo do país eu me maravilhei com a beleza e a variedade, tanto da nação quanto de nosso trabalho. Quando olho para tudo isso e reflito sobre os últimos 20 anos, meu coração fica cheio de alegria. Deus estabeleceu a JOCUM, tem nos abençoado, nos usado e lançado muitos angolanos em missões. Tenho orgulho da minha família JOCUM Angola e sou grato por tudo que Deus tem feito através de nós. 4 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa I am writing this in Cabinda, in northern Angola. Yesterday afternoon I had the privilege of praying with our young Cabinda team, and laying the foundation stone for their first building. They recently bought a plot of land on a hillside beside the Atlantic Ocean. As the sun set over the sea I saw what a beautiful and peaceful spot the team have. This year as we celebrate the 20th anniversary of YWAM Angola, it is thrilling to see the vision of our newest team and how God is blessing their work. In 1989, I was a student with Marcos and Marcia Azolin on a Leadership Training School in Brazil. As we prayed about pioneering YWAM work in Angola, and wrote our vision down, we had little idea of all that the next 20 years would hold. Our team of six arrived in 1991 at the height of the civil war, wanting to see Angolan leaders trained and released into missions. Our team paid a high price, especially in the early years. Three of our Brazilian colleagues died in Africa. The first Angolans we trained caught a vision for missions and the unreached tribes of Angola. Today they are mature leaders, seasoned missionaries who have persevered in church planting amongst previously unreached tribes. Partnerships are developing to translate the Bible into local languages. Today these leaders are supervising building projects, as they establish training centres where they will train missionaries themselves. Today YWAM has five properties around the nation, some 60 staff, and many thriving ministries. Many churches have been influenced through YWAM training and staff. These churches now have a heart for missions, and are supporting their own missionaries. We are very grateful for all the partnerships God has given us with the churches of Angola. Over this last year I have visited our seven YWAM locations three times. Driving the length of the country I have marvelled at the beauty and variety, both of the nation and of our work. As I look at all this and reflect back over the last twenty years, my heart is full of joy. God has established YWAM, blessed us, used us, and released many Angolans into missions. I am proud of my YWAM Angola family, and grateful for all that God has done through us. Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 5 “ Durante os últimos 50 anos da vida da Jovens Com Uma Missão o mundo de missões te mudado dramaticamente. 6 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa ’’ Três gerações de missionários da JOCUM por Tim Heathcote Three generations of YWAM missionaries D urante os últimos 50 anos da vida da Jovens Com Uma Missão o mundo de missões tem mudado dramaticamente. Em 1960 um missionário era invariavelmente um ocidental branco, treinado em Seminário, enviado ao mundo nãoocidental. Em 2010, missionários de todas as nações estão sendo enviados para todas as nações. Formantes de seminário trabalham juntamente com missionários de tribos, que a cinco anos atráz, eram totalmente inacessíveis a mensagem de Cristo. Nesse ano, ao celebrarmos 50 anos do trabalho de Deus através da JOCUM, é muito significante reconhecer a maneira com que Deus tem usado esse movimento heterodoxo para abrir portas para missões para homens e mulheres de todas as nações. Um Missionário Ocidental Em 1972, um americado de 22 anos de idade chamado Jim Stier, juntou-se a Escola de Treinamento e Discipulado (ETED) em Los Angeles. Jim tinha acabado de se formar no Seminário, mas estava emprageado em insegurança e dúvida. Dois anos depois, Jim mudou-se para o Brasil, recén-casado com Pam Mediros. Como um novo casal JOCUMeiro, eles não tinham nenhum tostão, e a autobiografia de Jim, Além das Possibilidades (Against all Odds), nos contam de histórias incontaveis das provisões miraculoras, ao pioneirarem o trabalhao da JOCUM na maior nação da América Latina. Jim escreveu que na chegada ao Brazil, “A gente não falava nada em português, nossos tiquetes de somente ida não incluiam visto, e o nosso trocado acumulava $3... Eu nunca duvidei de Deus, mas eu muitas vezes duvidei de mim mesmo.” Enviado por líderes que seguravam a um dos valores de defender jovens, Jim e Pam se jogaram ao trabalho. Sua visão de começar um movimento missionário de missionários brasileiros foi radical. Missionários americanos desincorajavam os jovens JOCUMeiros dizendo, “Vocês estão indo em direção de um disastre. Brasileiros não irão trabalhar para vocês se vocês não pagá-los. Dinheiro será um grande problema porque brasileiros não tem muita visão para missões.” Graças a Deus que eles perseveraram. Dentro de >>p8 O ver the 50 years of Youth With A Mission’s lifespan the world of missions has changed dramatically. In 1960 a missionary was invariably a white westerner, trained in a Bible College, sent to the non-western world. Now, missionaries from every nation are being sent to every nation. Seminary graduates work alongside missionaries from tribes that five years ago were totally without access to the message of Christ. In 2010 we celebrated 50 years of God’s work through YWAM. During this season of celebration it is particularly significant to recognise the way God has used this unorthodox movement to open wide the door to missions for men and women from every nation. A western missionary In 1972 a 22 year-old American named Jim Stier, joined a YWAM Discipleship Training School (DTS) in Los Angeles. Jim had just graduated from Bible College, but was plagued by insecurity and doubt. Two years later, Jim moved to Brazil, newly married to Pam Mediros. As a young YWAM couple they were virtually penniless, and Jim’s autobiography, Against All Odds, tells countless incredible stories of miraculous provision, as they began pioneering YWAM’s work in Latin America’s largest nation. Jim wrote that on arrival in Brazil, “We spoke no Portuguese, our one-way tickets hadn’t included visas, and our pocket money had amounted to $3 in cash… I never doubted God, but I often doubted myself.” Released by leaders who held fast to the value of championing young people, Jim and Pam threw themselves into the work. Their vision to start a missions movement of Brazilian missionaries was radical. Seasoned American missionaries discouraged the young YWAMers, telling them, “You’re headed for disaster. Brazilians won’t work for you if you don’t pay them. Their churches aren’t going to support them. Money will be a real problem because Brazilians don’t have much vision for missions.” Thankfully they persevered. Within a decade there were 250 Brazilian YWAM staff. In 1988 YWAM Brazil sent out their first missionary team of 14 Brazilians to start work in Sao Tome and Principe. In 1991 a team of six moved to >>p9 Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 7 um década existiam 250 obreiros brasileiros da JOCUM. Em 1988 JOCUM Brasil enviou sua primeira equipe missionária de 14 brasileiros para iniciar um trabalho em São Tomé e Principe. Em 1991 uma equipe de 6 mudaram-se para iniciar um trabalho na Angola. Missionários Brasileiros A equipe chegou em Angola no meio da guerra civíl. Marcia Gomes era parte da equipe e escreveu: “Nós fomos morar na área de guerra, e para fazer as coisas piores não tinha chovido por 3 anos. A miséria estava completa, e os perigos eram enormes. Mas isso não era razão para parar! Além do mais, nós estavamos preparados para qualquer coisa, até mesmo a morte!” Ismael Mendes e Sibeli Ferriera também eram parte dessa equipe de pioneiros. Ismael tinha crecido em uma fazenda de café. Trabalhador e corajoso, os jovens missionários discipularam angolanos, ensinaram em Igrejas, e trabalharam para imflamar da paixão por missões na Igreja local. Eles não tinham vindo simplismente para iniciar Igrejas, mas para inspirar e treinar angolanos a serem missionários. Missionários Angolanos Inacio e Idalina Fio se inscreveram na primeira ETED que a equipe brasileira realizou na Angola em 1993, junto com a sua filha de 2 semanas, Grace. Durante seu prático eles descobriram uma tribo não-alcançada, os Mukuando, vivendo no topo de uma vulcão extinto, no meio do mato angolano. A família se mudou para la, ficando com a tribo para os próximos 12 anos. Inacio reflete hoje que, “Pessoas só começaram a responder depois de dois anos. Eles nos disseram que eles queriam assistir para ver em nossas vidas, se a nossa mensagem era verdadeira. Outros colegas JOCUMeiros se juntaram aos Fios, e juntos aprenderam a lingua da tribo. Eles criaram um alfabeto para a lingua não-escrita, e durante uma década ensinaram 100 adultos a ler e escrever. Em 2006 os Fios mudaram-se das montanhas. Eles deixaram para traz uma Igreja de 150 pessoas, liderada por líderes mukuandos, uma escola primária com professoas mukuandos, uma clinica, e uma comunidade que tinha sido transformada. Hoje Inacio e Idalina lideram uma pequena equipe da JOCUM morando na base da montanha. Eles estão no processo de construir um center para treinar missionários de fronteira angolanos. O center é em uma cidade remota, um dia de carro da estrada mais próxima. Nessa área rural angolana seguidores de Jesus angolanos serão treinados e enviados para compartilhar sua esperança com outras tribos nômades igual o Mukuando. Herança JOCUMeira Rastreando o “link” de Jim e Pam Stier, para Ismael and Sibeli Ferreira, para Inacio e Idalena Fio, nos da uma linda figura das mudanças em missões durante os últimos 50 anos. Nessas 3 gerações JOCUMerias, nós vemos a mudança de missões ocidental para não-ocidental. Somente 30 anos atrás, brasileiros foram informados pelos seus próprios líderes: “Brasil não é chamado a ser uma nação missionária... brasileiros são chamados para ganhar seu próprio povo.” Hoje existem alguns 2000 JOCUMeiros brasileiros, com equipes para todod lugar no mundo. Vinte anos atrás, Angola era a nação mais pobre do mundo. Hoje existe uns 60 missionários da JOCUM angolanos, sacrificialmente servindo a Deus em maneiro heroicas. Em 2010 quase a metade dos obreiros de longo prazo da JOCUM são de dois-terços, do mundo não-ocidental. No seu 50º ano, a JOCUM pode se alegrar que Deus liderou seu primeiros líderes a defender jovens, liberando-os a seguir ao chamado de Deus, e para mobilizar pessoas de todas as nações para fazê-Lo conhecido. 8 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa begin work in war-torn Angola. Brazilian missionaries The team arrived in Angola at the height of the civil war. Marcia Gomes was part of the team and wrote: “We went to live in a war zone, and to make things worse it hadn’t rained for three years. The misery was complete, and the dangers were enormous. But this was no reason to stop! After all, we were ready for anything, even death.” Ismael Mendes and Sibeli Ferreira were also part of this pioneering team. Ismael had grown up on a Brazilian coffee farm. Hard-working and courageous, the young missionaries discipled Angolans, taught in churches, and worked to ignite a passion for missions in the local church. They had not come simply to start churches, but to inspire and train Angolans to be missionaries with them. Photo of Jim Stier Angolan missionaries Inacio and Idalina Fio joined the first DTS the Brazilian team ran in Angola in 1993, together with their 2 week-old daughter, Grace. During their outreach they discovered an unreached tribe, the Mukuando, living on top of an extinct volcano, deep in the Angolan bush. The family moved there, remaining with the tribe for the next 12 years. Inacio reflects now that, “People only began to respond after two years. They told us they had wanted to watch to see from our lives if our message was true.” The Fios were joined by other YWAM colleagues, and together learned the tribe’s language. They created an alphabet for the unwritten language, and over a decade taught 100 adults to read and write. In 2006 the Fios moved off the mountain. They left behind a church of 150 people, led by Mukuando leaders, a primary school with Mukuando teachers, a clinic, and a community that had been transformed. Today Inacio and Idalena lead a small YWAM team living at the foot of the mountain. They are in the process of building a centre to train Angolan frontier missionaries. The centre is in a remote town, a day’s drive from the nearest tarmac road. In this rural area Angolan followers of Jesus will be trained and sent to share his hope with other nomadic tribes like the Mukuando. YWAM’s heritage Tracing the link from Jim and Pam Stier, to Ismael and Sibeli Ferreira, to Inacio and Idalena Fio, gives a beautiful picture of the changes in missions over the last 50 years. In these three YWAM generations we see the shift from Western missions to non-Western. Just thirty years ago, Brazilians were told by their own leaders: “Brazil isn’t called to be a missionary country… Brazilians are called to win our own people.” Today there are some 2,000 Brazilian YWAMers, with teams all over the world. Twenty years ago, Angola was the poorest nation on earth. Today there are some 60 Angolan YWAM missionaries, sacrificially serving God in heroic ways. Close to half of YWAM’s long-term staff are now from the two-thirds, non-western world. In its 50th year, YWAM can rejoice that God led its early leaders to champion young people, releasing them to follow God’s call, and to mobilise people from every nation to make Him known. Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 9 Apre os E m 1991 uma equipe de seis brasileiros começou o demorado processo de pioneirar a Jocum em Angola. Eles se incumbiram de uma tarefa difícil, em uma das nações mais pobres do mundo, sofrendo e devastada pela guerra civil. Vinte anos depois a guerra acabou. O trabalho da Jocum hoje está crescendo. A equipe de seis cresceu para mais de sessenta, trabalhando em sete localidades. Dos obreiros, 40 são angolanos. Muitos estiveram na Missão durante mais de uma década, e são líderes estabelecidos, financeiramente apoiados pelas igrejas locais. Vários ministérios saudáveis recentemente compraram terras e estabeleceram centros de treinamento. Claramente, a Jocum Angola está fazendo algo certo.. Uma das chaves é o trabalho duro. Os seis primeiros trabalharam para uma organização de ajuda portuguesa, distribuindo alimentos, ajudando durante o dia, e à noite com aulas de discipulado. Muitas vezes eles trabalhavam 18 horas por dia. Sua ética de trabalho foi passada adiante. Em 1993, sua cidade Ganda, foi atacada pela guerra. Seus prédios foram destruídos e a equipe fugiu como refugiados para Benguela, onde eventualmente, se estabeleceram como a primeira base de treinamento da Jocum. Sua recusa em deixar Angola conquistou a confiança do exército e dos oficiais do governo. Com o passar dos anos esse favor se tornou inestimável. Em 1995 a Jocum começou a construir a base de Benguela. Isso se tornou a chave para treinar angolanos que saíram para pioneirar ministérios para crianças em risco e trabalhar entre as tribos não alcançadas. O Diretor Nacional, Ismael Mendes Ferreira, diz que a base foi vital: “Usávamos os prédios simples que tínhamos, mantendo o custo baixo. Comíamos a comida local, e permitíamos que os estudantes pagassem suas mensalidades com milho ou feijão se não tivessem dinheiro. Não tentávamos atrair alunos internacionais, portanto não precisávamos de prédios vistosos e nunca dependemos de seu dinheiro para ter nossas escolas” A Jocum foi edificada com uma forte ligação com a igreja 10 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa local. A cada ano, foram feitas escolas norturnas de discipulado – não para atrair obreiros, mas simplesmente para ensinar os membros das igrejas. Este investimento conquistou muitos amigos, e criou uma paixão por missões. Hoje, a economia de Angola está crescendo. Foi descoberto petróleo, foram gerados empregos. Os membros das igrejas discipulados pelos jocumeiros ganham bons salários, agora sustentam muitos missionários angolanos. Os ministérios inexperientes começados em Benguela foram cuidadosamente apoiados e supervisado. Inacio e Idalina Fio lideraram a equipe que trabalhou entre o povo Mukuando por 12 anos.Hoje eles têm uma igreja, escola, clínica e novas plantações com rendimento. O administrador local reconhece que o trabalho da Jocum “trouxe transformação” para a tribo. Os Fios agora se mudaram para uma cidade próxima, compraram terra e estão no processo de estabelecer uma base de treinamento para missões e fronteiras. Este é o valor “fazer e ensinar” da Jocum na prática. Uma década de trabalho frutífero de missões e fronteiras os equipou de forma única para ensinar. A mesma história é verdadeira em Lobito. Inacio e Mila Kaneda adotaram 8 crianças das ruas, e têm liderado uma escola para as crianças locais por vários anos. Com o favor do prefeito eles obtiveram terra e estão construindo uma escola maior e um centro de treinamento. Ali usarão toda a experiência adquirida para treinar obreiros da Jocum para trabalharem com crianças em risco. A Jocum Angola colocou raízes profundas em cada comunidade onde trabalhou. Profundo compromisso com a igreja local e respeito pelas autoridades conquistou para eles favor e apoio em todos os níveis da sociedade. Eles usaram fielmente os recursos à sua disposição, trabalhando duro, e mostrando grande perseverança. Anos de fidelidade “fazendo” o ministério, preparou líderes angolanos para “ensinar”. Com a nova terra e os projetos de construção, a Jocum Angola está entrando numa estação de crescimento e multiplicação. Uma boa árvore, com boas raízes, está dando muito fruto. ndendo com Pioneiros por Tim Heathcote Learning from the pioneers I n 1991 a team of six Brazilians began the slow process of pioneering YWAM Angola. They had taken on a tough task, in one of the world’s poorest nations, suffering a devastating civil war. Twenty years later the war is over. YWAM’s work today is thriving. The team of six has grown to over sixty, working in seven locations. Forty of the staff are Angolans. Many Angolans have been in the mission over a decade, and are established leaders, financially supported by local churches. Several healthy ministries have recently bought land and are establishing training centres. Clearly YWAM Angola is doing something right. One of the keys is hard work. The original six worked for a Portuguese aid organisation, distributing food aid by day, running discipleship classes by night. They often worked 18-hour days. This work ethic has plainly been passed on. In 1993 their town, Ganda, was hit by war. Their building was destroyed and the team fled as refugees to Benguela, where they eventually established YWAM’s first training base. Their refusal to leave Angola won the trust of army and government officials. Over the years this favour has been priceless. In 1995 YWAM started building the Benguela base. This became the hub for training Angolans who moved out to pioneer children-at-risk ministries, and to work among unreached tribes. National Director, Ismael Mendes Ferreira, says the base was vital. “We used the simple buildings we had, keeping our costs low. We ate local food, and let students pay their fees with corn or beans if they had no money. We didn’t try to attract international students, so didn’t need to rent fancy buildings, and never depended on their finances to run our schools.” YWAM has built a strong link with the local church. Every year evening discipleship classes have been run – not to attract YWAM staff but simply to teach church members. This investment has won many friends, and created a passion for mission in the churches. Today Angola’s economy is growing. Oil has been discovered; jobs are being created. Church members discipled by YWAMers, earning good salaries, are now supporting many Angolan YWAM missionaries. Fledgling ministries started out of Benguela have been carefully supported and supervised. Inacio and Idalina Fio led the team that worked amongst the unreach Mukuando people for 12 years. The Mukuando tribe now have a church, a school and clinic, and new cash crops. The local administrator acknowledges that YWAM’s work has “brought transformation” to the tribe. The Fios have now moved to a near-by town, bought land, and are in the process of establishing a frontier missions training base. This is YWAM’s ‘do and teach’ value lived out. A decade of fruitful frontier missions work has uniquely equipped them to teach other frontier missionaries. The same story is true in Lobito. Inacio and Mila Kaneda adopted eight street kids, and have run a school for local children for several years. With the favour of the local mayor they have obtained land and are building a larger school and training centre. Here they will use the experience they’ve gained to train YWAM staff to work with children-at-risk. YWAM Angola has put down deep roots in every community where it works. Deep commitment to the local church and respect for local authorities has won them favour and support from every level of society. They have faithfully used the resources at their disposal, working incredibly hard, showing great endurance. Years of faithfully ‘doing’ ministry has prepared key Angolan leaders to ‘teach’. With new land and building projects in place, YWAM Angola is entering a season of growth and multiplication. A good tree, with good roots, is bearing much fruit. Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 11 Pioneiros brasileiros: Nascidos com um pé na África por Marcia Gomes, JOCUM Benguela Brazilian pioneers: Born with one foot in Africa N as últimas três décadas, cerca de 200 JOCUMeiros brasileiros têm servido na África, a maioria em situações de pioneirismo. Pelo menos cinco morreram aqui, o mais recente em 2009. Aqui está um pouco da nossa história. Era a virada da década de 1980 para 1990 e respirávamos desafios. Éramos jovens vindos de todos os cantos do Brasil e com raízes em várias denominações. Fizemos nossas ETEDs em diferentes bases do País e tínhamos algo em comum: o desejo de sair “além mar” para cumprir o IDE de Jesus. Queríamos abrir bases, implantar igrejas, abrir orfanatos e escolas, iniciar ETEDs, alcançar os não-alcançados, fazer teatro e coreografias, alimentar os famintos, cuidar de crianças. Planejávamos tudo isso com muita convicção. Acreditávamos mesmo que podíamos mudar o mundo. Estávamos altamente motivados e inspirados pelo testemunho do nosso líder Jimmy (Jim Stier), que, com sua vida nos ensinava a sermos perseverantes, ousados e destemidos. Tínhamos aprendido com ele que o que mais importava era ouvir a voz de Deus e obedecer; quanto ao resto, Ele mesmo o faria. Jimmy sabia que cometeríamos erros, mas ele acreditava em nós, e isso nos enchia de coragem. A primeira equipe partiu para São Tome e Príncipe – uma pequena nação na costa oeste Africana – no ano de 1988. Eram 14 brasileiros! Os primeiros pioneiros de JOCUM Brasil. Era o nosso grande sonho missionário de ganhar as nações para Jesus se tornando realidade! Em pouco tempo, os frutos do trabalho daquela pequena equipe de inexperientes JOCUMeiros já estava sacudindo aquelas ilhas. Percebemos que podíamos dar certo! Deus era conosco! Nos anos seguintes, outras equipes foram sendo treinadas e enviadas e, até 1993, já éramos 07 equipes espalhadas pela África, Europa e Ásia. Ao todo, 40 brasileiros trabalhando em São Tomé e Príncipe, Moçambique, Guiné Bissau, Angola, Albânia, Portugal e China. Nossa equipe, composta de 06 brasileiros, foi a quarta a ser enviada. Chegamos a Angola no mês de junho de 1991, bem em meio à Guerra Civil. Fomos morar numa região considerada zona de guerra, onde, para piorar um pouco as coisas, não chovia há 3 anos. A miséria era total, e os perigos enormes. Mas, tudo isso não era motivo para nos impedir! Afinal, estávamos ali dispostos a tudo, até mesmo morrer, e isso não parecia algo tão improvável de nos acontecer. Ao longo dos anos, à semelhança dos nossos amigos brasileiros espalhados por outras nações africanas, fizemos um pouco de tudo. Trabalhando ombro a ombro com os obreiros nacionais e também com outros brasileiros que foram chegando, nós evangelizamos, implantamos bases, treinamos missionários nacionais, multiplicamos ministérios, fundamos escolas, creches e orfanatos, chegamos aos não-alcançados, administramos campos de refugiados e também cometemos muitos erros. Alguns dentre nós desistiram no meio do caminho e voltaram pra casa. Outros cumpriram seu tempo aqui e depois seguiram para obedecer a Deus em outros lugares. E alguns dentre nós morreram em solo africano. Mas, muitos de nós ainda estamos aqui, firmes e fortes! Permanecemos porque acreditamos ser a vontade de Deus para nós. Mas, eu suspeito que o motivo de ainda estarmos aqui não é só esse, uma vez que, a própria História conta que nós, brasileiros, quase todos, se pesquisarmos cuidadosamente, vamos descobrir em nossa arvore genealógica que, de uma forma ou de outra, já nascemos com “um pé na Africa”. Quem sabe! Talvez seja por isso que amamos tanto esse povo e não conseguimos mais ir embora. O ver the last three decades some 200 Brazilian YWAMers have served in Africa, most in pioneering situations. At least five have died here, the most recent in 2009. Here is a little of our story. It was 1980, the turn of the decade, and we were ready to tackle any challenge. We were young people from all over Brazil, coming from many denominations. We had done our DTSes at different bases in the country and we had one thing in common: the desire to go “overseas” to fulfil the ‘GO’ of Jesus’ commission. We wanted to start bases, plant churches, open orphanages and schools, begin DTSes, reach the unreached, perform theatre plays and dances, feed the hungry, and take care of children. We had planned it all with conviction. We believed that we could change the world. We were highly motivated and inspired by the testimony of our leader, Jimmy (Jim Stier), who through his life taught us how to be steadfast, bold and fearless. We had learned from him that what mattered most was hearing the voice of God and then obeying Him; everything else He himself would take care of. Jimmy knew that we would make mistakes, but he believed in us, and it filled us with courage. The first team left in 1988 for São Tome and Principe, a small nation off the West African coast. There were 14 Brazilians, the first pioneers from YWAM Brazil. Our great missionary dream of reaching the nations for Jesus was coming true! Before long, the fruit from the labour of that small, inexperienced team of YWAMers was growing in those islands. We realised that we could be missionaries: God was with us! Over the next years, other teams were trained and sent, and by 1993 we already had seven teams spread across Africa, Europe and Asia. Altogether 40 Brazilians were working in São Tome and Principe, Mozambique, Guinea Bissau, Angola, Albania, Portugal and China. Our team, composed of six Brazilians, was the fourth one to be sent. We arrived in Angola in June 1991, right in the middle of the civil war. We went to live in a war zone, and to make things worse it hadn’t rained for three years. The misery was complete, and the dangers were enormous. But this was no reason to stop! After all, we were there ready for anything, even death, and this often seemed likely. Over the years, as our Brazilian friends spread across other African nations, we did a bit of everything. Working shoulder-toshoulder with African YWAMers as well as other Brazilians, we made many mistakes, but we evangelised, established bases, trained national missionaries, multiplied ministries, founded schools, kindergartens and orphanages, reached the unreached, and managed refugee camps. Some gave up halfway and returned home. Others fulfilled their time in Africa and then left to obey God in other places. And some died on African soil. But many of us are still here, alive and well. We stayed because we believe it is God’s will for us. But I suspect this is not the only reason we’re still here. History shows us our roots, and if any Brazilian searches their family tree carefully enough, they’ll most likely discover that, in one way or another, they were born with “one foot in Africa.” Perhaps that’s why we love this continent and its people so much and why we can’t leave! obstáculos “ A Deus ajudou-nos a nesta área através base da JOCUM em Benguela, Angola, é um próspero campo de atividade. Em somente 17 anos desde que foi fundada, JOCUMeiros tem equipado muitos missionários para levar o evangelho as comunidades não-alcançadas nas áreas ao redor. Mas as coisas não foram faceis desde o inicio. Quando a equipe da JOCUM chegou, eles enfrentaram o maior assassino da África: malária. O diretor da base, Liderisino disse: “No inicio do nosso trabalho, existia muita malária. Era uma epidemia; estava alejando o nosso trabalho. A maior parte dos nossos obreiros sofreram, e até mesmo levou a vida de dois de nossos obreiros brasileiros.” A base mandaram uma obreira para treinamento em Porto Velho, no Brasil. Ela voltou capacitade para diagnosticar e tracar malaria, e trainou uma equipa. Eles analisaram amostras do tipo de malária e estudaram maneiras diferentes de prevení-la. Eles desenvolveram uma clínica na base para pessoas que estavam sofrendo de malária e um laboratório de teste para investigar os tipos diferentes de malária. Eles instalaram redes para mosquitos e treinaram JOCUMeiros em métodos para teste e prevenção da malária. Treinamento foi desenvolvido na base para que a JOCUM pudesse ensinar pessoas, na comunidade em geral, a reduzir a infecção da malária “Deus nos ajudou a trazer mudança nessa local através da redução da malária,” disse Liderisino. Na comunidade ao redor da base, malária foi praticamente exterminada. Agora, a maioria dos obreiros morando na base não tem sofrido de malária em anos. 14 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa por Peter Clemison Overcoming the odds in Angola trazer mudança da redução da malária. T ” he YWAM base in Benguela, Angola, is a thriving hub of activity. In just 17 years since it was founded, YWAMers have equipped many missionaries to bring the gospel to the unreached communities in the surrounding areas. But things weren’t always easy. When the YWAM team arrived they faced the need to overcome Africa’s biggest killer: malaria. Base director, Liderisino Mariano Freitas said: “At the start of our work here, there was a lot of malaria. It was an epidemic; it was crippling our work. Most of the staff suffered, it even claimed the lives of two of our Brazilian staff.” The base sent a staff member for training, to Porto Velho in Brazil. She returned able to diagnose and treat malaria, and trained a staff team. The YWAM team carried out analysis of the strains of malaria and studied different ways of prevention. They developed a clinic for malaria sufferers on the base and a testing lab for investigating the different strains. They installed mosquito nets and trained YWAM staff in methods of malaria testing and prevention. Training was then developed from the base so that YWAM could help teach people in the wider community to reduce malaria infection. Other analysts were also trained to work in private clinics and hospitals. “God helped us bring about change in this area by reducing malaria,” said Liderisino. In the community surrounding the base, malaria has now been practically wiped out. Now, most of the staff living on the base have not suffered from malaria for years. Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 15 vinte anos de fidelidade de Deus...Twenty years of God’s faithfullness “Por muitos anos nós na África e, especialmente na África do Sul, apenas observamos Angola! Preocupados com toda a guerra e devastação que estavam ocorrendo neste lindo e atraente país, sabendo que muito pouco havia sido deixado intocado pela mágoa e destruição total. No entanto, Deus também estava preocupado e, no início dos anos noventa, Ele enviou um pequeno exército de Gideão composto de brasileiros na maior parte sob a liderança de Marcos e Marcia Azolin. Com tenacidade, fidelidade, trabalho duro e muitas vezes não se preocupando com suas próprias vidas, eles começaram a desbravar. Desbravaram não só com o evangelismo, mas com cuidados, a fim de ver a cura brotar em tantas áreas de uma nação destruída. Deus multiplicou essa pequena tribo, acrescentou aos seus números e eles cresceram até se tornar uma das mais fortes representações da JOCUM em sua região. Eu estava lá em seu décimo aniversário e aqui estamos caminhando para seu 20º! Quero saudá-los pela forma como eles vêm sacrificialmente servindo em Angola, especialmente àqueles que têm estado lá desde o início até agora.Oro para que Deus transfira seu espírito de servo e sua constância para muitos outros países, nações e tribos na África. Você são um grande exemplo para nós e confiamos que Deus estará com vocês por mais dez anos, nos quais muitas tribos, dentro e fora de Angola, serão tocadas através do seu ministério! Parabéns e que Deus os abençoe com muitas década mais!” “For so many years we in Africa and especially in South Africa watched Angola from the side! Concerned for all the war and devastation that were taking place in this beautiful, luscious country, knowing very little was left untouched by heartache and total destruction.Yet God was also concerned and in the early nineties He sent in a small Gideon’s army of primarily Brazilians under the leadership of Marcos and Marcia Azolin. With tenacity, faithfulness, hard work and many times fleeing for their lives, they started pioneering. Pioneering not only with evangelism, but pioneering to care, and to see healing come in so many areas of a destroyed nation. God multiplied this small tribe, added to their numbers and they grew to one of the strongest representations of YWAM in their region. I was there with their tenth anniversary and here we are heading for their 20th!! I want to salute them for the way in which they have been sacrificially serving in Angola, especially those that have been there from the beginning until now. I pray that God will impart your spirit of servanthood and tenacity to many more countries, nations and tribes in Africa. You are a great example to us and we trust God with you for another 10 years in which many more tribes inside and outside of Angola will be touched through your ministry! Congratulations and God bless you with many more decades!” - Kobus van Niekerk (Diretor de Campo da JOCUM África) “Foi com muito prazer que ouvi que a Jocum esta para celebrar mais un aniversario da sua existencia. Neste preciso momento estou pensando no trabalho que a Jocum tem feito para as igrejas e para o mundo alcancando os que ainda nao estao alcancados.Cumprindo assim a verdadeira missao evangelistica que Jesus deixou para sua igreja. Que Deus vos de sempre mais vida e mais forca para cumprir na integra a missao que vos foi incumbida pelo Senhor. Continue sempre firme na vossa missao. Obrigado.” “It was a great pleasure for me to hear that YWAM Angola is celebrating their 20th anniversary. I am thinking about the work YWAM has been doing to the churches and to the world reaching the ones still unreachead, fulfilling this way the evangelistical mission Jesus has left to His church. May the Lord give them more life and strenght to fulfil the mission the Lord has given them. Keep always committed to your mission. Thanks.” - Rev Simao Malanga Kinzona (Sociedade Bíblica em Angola) "Eu gostaria de parabenizar a JOCUM Angola por ter chegado ao seu 20 º aniversário. Tem sido um privilégio para mim ser parceiro de vocês nestes últimos seis anos ajudando a desenvolver o trabalho e a expandir. Estou maravilhado e encorajado por tudo que vocês realizaram. Apesar do difícil ambiente em que tem trabalhado, a JOCUM Angola tem, em minha experiência e opinião, conseguido com sucesso, mais do que qualquer outro local na África, levantar, equipar e enviar missionários locais para trabalhar entre grupos não-alcançados. Continuem com bom trabalho! Bênçãos.” “I would like to congratulate YWAM Angola on reaching its 20th anniversary. Its been a privilege for me to have partnered with you over the last 6 years to help your work develop and expand. I’m amazed and encouraged at all you have achieved. Despite the difficult environment you have worked in, YWAM Angola has, in my experience and opinion, been more successful than any other location in Africa in raising up, equipping, and sending out local missionaries to work among unreached groups. Keep up the good work! Blessings.” - Jon Armstrong (Coordenador do Projeto da JOCUM África) “Vinte anos atrás Angola era uma nação cheia de violência e perigo. A guerra civil se travava e as necessidades da população eram graves. Pessoas por todos os lados estavam morrendo de violência, doenças, e fome. A primeira equipe, sob a liderança de Marcos e Marcia, se lançou no meio destes perigos e necessidades de forma desinteressada, não pensando em si, mas se oferecendo para suprir comida para os famintos e pregar o evangelho da paz em meio da violência. Era um exemplo de amor dos mais impressionantes que eu já vi. Eu honro os membros daquela equipe e os obreiros que os seguiram. Se ofereceram a Jesus, encarando a ameaça da própria morte para servir o povo da Angola. Hoje Angola continua com necessidades. Daqui para o futuro veremos outros obreiros valentes levantados. Minha oração vem nas palavras de Jesus, “Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” Vamos em frente Jocum da Angola. Vamos ver o reino implantado nesta nação de forma inédita para a glória e satisfação do Senhor e para a felicidade e salvação do povo Angolano.” “Twenty years ago Angola was a nation full of violence and danger. The civil war was at rage and people’s needs were serious. People everywhere were dying from violence, disease and hunger. The first team under the leadership of Mark and Marcia unselfishly plunged into the midst of these dangers and the needs, not thinking about themselves, but offering to supply food to the hungry and to preach the gospel of peace in the midst of violence. That was one of the most impressive examples of love I’ve ever seen. I honor the members of that team and the workers who followed them. They offered themselves to Jesus, facing the threat of death to serve the people of Angola. Today Angola is still in need. From now on we will see other brave workers rising. My prayer comes from Jesus’ words, “Thy kingdom come. Thy will be done, on Earth as it is in Heaven.”Let’s move on YWAM Angola. Let’s see the kingdom implanted in this nation at such an unprecedented manner for the glory and satisfaction of the Lord and for the happiness and salvation of the Angolan people.” - Jim Stier (Ex-presidente da JOCUM) “É com grande prazer e honra que parabenizo a JOCUM em Angola, por ocasião do seu 20º aniversário. Nestes últimos vinte anos temos visto tanta mudança positiva em Angola e a equipe da JOCUM tem desempenhado um papel importante nesse capítulo encorajador da história de Angola. Se os livros de história registrarem ou não, suas contribuições permanecerão vistas. Mas isso não é tão importante quanto as milhares de pessoas que sabem o quanto elas foram ajudadas e quem as ajudou. Certamente nada é tão gratificante para uma pessoa quanto ver a vida de outras pessoas mudada para melhor como resultado de sua oração e labor. Que este trabalho maravilhoso continue por longo tempo!” “It is my great pleasure and honour to offer congratulations to YWAM in Angola on the occasion of their 20th anniversary. These past twenty years have seen so much positive change in Angola and the YWAM team have played an important part in that encouraging chapter of Angolan history. Whether or not the history books acknowledge their contribution remains to be seen, but that is not as important as the thousands of people who know how much they were helped and by whom. Surely nothing is as satisfying to one person as to see other people’s lives changed for the better as a result of the one’s prayer and labours. May this wonderful work long continue!” - C Lynn Green (Presidente do Conselho Internacional da JOCUM) “É com imenso júbilo e com gratidão sincera que o Governo de Benguela saúda os vinte anos da presença da JOCUM (Jovens Com Uma Missão) na Província de Benguela, nos seus aspectos missionários e evangélicos, da iniciação de saúde pública, educação, prática desportiva e cuidados primários de uma população carenciada. Cabe realçar que a JOCUM (organização evangélica presente em mais de cento e trinta países e com mais de dezasseis mil e quinhentos missionários), foi sempre sem desfalecimentos e durante o período cruel da guerra em Angola, um alento às populações fustigadas, colmatando fossos espirituais e trazendo uma palavra de esperança e refúgio. Deveremos com honestidade reconhecer que foram sempre os pastores das ovelhas mais sofridas nos locais mais recônditos, desde a Serra das Neves até às terras da Ganda, lutando com a magreza de auxílio tendo como estrela cintilante a fé religiosa. Honestamente, devemos dizer que durante estes vintes anos, a JOCUM teve como exemplo Cristo quando despertou Lázaro e o trouxe novamente à vida. Por isso as populações da Província de Benguela têm uma dívida de gratidão e estão eternamente reconhecidas pelo trabalho missionário prestado. Bem haja JOCUM para todo o sempre!” It is with great joy and sincere gratitude that the government of Benguela recognizes 20 years of YWAM (Youth With A Mission) missionary and evangelical service in the Province of Benguela in providing initial development of public health, education, sports and basic care of a desparate population. It should be emphasized that YWAM (an evangelical organization present in more than 130 countries with more than 16,500 missionaries) has, during the cruel period of war in Angola, without fail, always been a breath of fresh air to mistreated populations, fulfilling spiritual needs and bringing a word of hope and refuge. We should honestly recognize that they have always been shepherds of the sheep who have suffered most in the most hidden places, from the Serra das Neves to the lands of Ganda, challenged with little assistance but having their faith as a shining star. Honestly, we should say that during these 20 years, YWAM has had as its example Jesus Christ when He resurrected Lazarus and brought him back to life. For this, the people of the Province of Benguela have a great debt of gratitude and remember forever the missionary work that has be offered. May YWAM be forever blessed!” - Armando e Irmã Esmeralda da Cruz (Governo de Benguela, Angola) Neto ‘‘ ‘‘ A maioria das pessoas sobrevivem em um estilo de vida nômade, levando seu gado de lugar a lugar a procura de água. 18 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa Semeando entre o povo Mukubal de por Tim Heathcote Digging deep among the Mukubal of Angola S obrevivência no canto sudoeste da Angola é difícil. Colinas rochoosas e árvores Baobá enormes marcam a paisagem. O terreno é rochooso e árido, e pouca chuva e calor intenso significa que poucas hortas crescen. A escarcez de água e vegetação significa que a população continua pequena. A maioria das pessoas sobrevivem em um estilo de vida nômade, levando seu gado de lugar a lugar a procura de água. O desafio de sobreviver nessa terra infértil criou tribos tipo o mukubal. Criadores nômades de gado, eles são altos, fortes e orgulhosos; guerreiros prontos para defender seu gado. Eles são virtualmente analfabetos porque vivem isolados das cidades, e quase totalmente intocáveis pelo cristianismo. Sebastião ouviu do povo mukubal pela primeira vez em 1997 quando ele estava trabalhando com a equipe da JOCUM entre outra tribo não-alcançada da Angola. Ele começou a pesquisar a necessidade dois anos depois, e descobriu que um grupo de uns 20.000 mukubais moravam em uma área leste da cidade de Lubango. Nenhum missionários estavam trabalhando entre eles, e que não existia nenhum cristãos entre eles. As poucas Igrejas que tentaram trabalhar na área, acharam os mukubals totalmente resistentes. Levou 3 anos para Sebastião receber permissão do governo e oficiais locais para mudar para a área. Levou ainda mais tempo para ele ganhar a confiança do povo mukubal. Vendo o orgulho que eles tinham na sua lingua e cultura única, Sebastião passou outros 4 anos como um estudante. Morando sozinho na beira do território deles, ele se dedicou a estudar. Devagar, com tempo, ele aprendeu a língua e ganhou sua confiança. Pessoas o convidavam para suas reuniões, e ele começou a entender a sua cosmovisão animista e muito rituais. Um ano atráz Sebastião casou-se com Kami, outra angolana JOCUMeira. Agora eles são uma equipe de dois, e estão começando a usar narrativa cronológica da Bíblia para introduzir Jesus entre os mukubals. Os mukubals vivem em agregados em familia, com várias pequenas cabanas de barro ou grama dentro de uma curral, com uma cerca de espinhos para manter os animais afastados do seu gado. Várias vezes pela semana Sebastião visita diferentes currais, sentando com cada familia, contando histórias, e usando flanelógrafo. As pessoas estão se tornando muito interessados nos ensinos de Sebastião, e familias inteiras sentam-se juntas abertamente discutindo suas crenças. Enquanto >>p18 S urvival in the southwestern corner of Angola is tough. Rocky hills and huge baobab trees litter the landscape. The land is stony and arid, and the low rainfall and intense heat means that few crops grow. The scarcity of water and vegetation means that the population remains low. Most people survive through a nomadic lifestyle, leading their cattle from place to place in search of water. The challenge to survive in such a barren land has created tribes like the Mukubal. Nomadic cattle herders, they are tall, strong, and proud; warriors ready to defend their cattle. Living isolated from the cities they have remained virtually illiterate, and almost totally untouched by Christianity. Sebastiaõ first heard of the Mukubal in 1997 when he was working with a Youth With A Mission team amongst another of Angola’s unreached tribes. He started to research the need two years later, and discovered that a group of some 20,000 Mukubais people lived in an area west of the city of Lubango. No other missionaries were working amongst them, and there were no known Christian believers. The few churches that had tried working in the area found the Mukubal totally resistant. It took three years for Sebastiaõ to get permission from government and local officials to move into the area. It took him even longer to win the trust of the Mukubal themselves. Seeing the pride they had in their language and unique culture, Sebastiaõ spent another four years as a learner. Living on his own on the edge of their territory he dedicated himself to study. Slowly, over time, he learned the language and earned their trust. People invited him to their gatherings, and he began to understand their animist worldview and many rituals. In 2009, Sebastiaõ married Kami, another Angolan YWAMer. Now they are a team of two, and have begun using chronological bible storytelling to introduce Jesus amongst the Mukubal. The Mukubal live in family clusters, with several small grass or mud huts built inside a kraal, with a thorny fence keeping wild animals away from their cattle. Several times a week Sebastiaõ visits different kraals, sitting with each family, telling stories, and using visual story boards. People are becoming increasingly interested in Sebastiaõ’s teaching, and whole family clans sit together openly discussing his beliefs. As less than 1% of the people are literate there is a strong felt need to learn to read. Sebastiaõ and Kami have begun to work alongside some Mukubal children, who have started attending a school in the local town. In other parts of Angola literacy work and education has provided >>p19 Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 19 ‘‘ Um homem Mukubal recentemente disse a ele, ‘Vimos mudanças desde que voce chegou aqui. Agora, há menos violência por causa de sua presença. Seria maravilhoso ter outras pessoas como você aqui.’ ’’ 20 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa menos de 1% das pessoas são alfabetizadas, existe uma grande necessidade para aprender a ler. Sebastião e Kami começaram o trabalho entre algumas das crianças mukubal, que começaram a ir a escola na cidade local. Em outras partes da Angola o trabalho de alfabetização e educação tem providenciado uma ponte de entrada para o evangelho, juntamente com cuidados de saúde. A língua continua sem ser escrita, e Sebastião espera que enquanto a sua equipe cresca, um alfabeto seja criado. Na última década Sebastião tem sido um pioneiro, sobrevivento em uma ambiente dificil, vivendo como um estudante, ganhando a confiança do povo. Um homem mukubal me falou recentemente: “nós temos visto mudanças desde que você veio aqui. Agora tem menos violência por causa da sua presença. Seria maravilhoso ter mais pessoas igual a você aqui.” Um pequeno grupo tem respondido a sua mensagem e Sebastião tem achado uma abertura para discutir e aprender. Ele diz que, “agora a porta esta aberta para o povo mukubal.” Sebastião espera que novas parcerias sejam ser desenvolvidas com missões tipo Wycliffe internacional, para que especialista possam começar a trabalhar na tradução da Bíblia. Ele também espera que enquanto as pessoas escutem as suas histórias, eles possam ser atraidos a orarem pelo povo mukubal. No tempo de seca os poucos riachos rapidamente secam. Cada dia as pessos cavam a terra do rio em busca de água. Os buracos ficam mais profundos enquanto a seca continua. Sebastião ve um paralelo com os mukubais. “Pessoas aqui tem estado com sede de água, Eu entendo que também existe uma seca espiritual na suas vidas. Pessoas esão sedendos pela palavra de Deus. A resposta é a mesma. Nós precisamos cavar pra trazer água para eles. Anos atraz, quando eu primeiramente conheci o povo mukubal eu orei por eles, mas Deus me disse que eu era a resposta. Tem sido muito difícil, e eu sempre tenho feito desculpas, mas Deus disse “vá!” Sebastião e Kami estão determinados a continuar morando nessa área remota até que uma Igreja seja estabelecida entre o povo mukubal. Eles precisam que outros os ajudem, citando as palavras de Jesus que, “a seará é grande mas poucos são os ceiferos.” an entry point for the gospel, along with health care. The language remains unwritten, and Sebastiaõ hopes that as his team grows, a script will be created. For the last decade Sebastiaõ has been a pioneer, surviving in a tough environment, living as a learner, winning the trust of the people. A Mukubal man recently told him, “ We have seen changes since you came here. Now there is less violence because of your presence. It would be wonderful to have other people like you here.” A small number have responded to his message and Sebastiaõ has found an openness to discuss and learn. He says that, “The door is now open door into the Mukubal people”. Sebastiaõ hopes that partnerships will develop with other missions, like Wycliffe International, so that specialists can begin work on Bible translation. He hopes too that as people hear his story they will be drawn to pray for the Mukubal people. In the dry season the few streams quickly run dry. Each day people dig down into the river sand in search of water. The holes grow steadily deeper as drought continues. Sebastiaõ sees a parallel with the Mukubal themselves. “People here have been thirsty for water. I realized that there is also a spiritual drought in their lives; people are thirsty for God’s Word. The answer is the same: we need to dig to bring water to them. When I first met Mukubal people years ago I prayed for them, but God told me I was to be the answer. It has been very difficult, and I was always making excuses, but God said ‘Go!’” Sebastiaõ and Kami are determined to continue living in this remote location until a Church is established among the Mukubal people. They need others to help them, citing the words of Jesus that, “The harvest is great but the workers are few”. ‘‘ A Mukubal man recently told him, ‘We have seen changes since you came here. Now there is less violence because of your presence. It would be wonderful to have other people like you here’. ’’ Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 21 22 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa Riachos no deserto por Tim Heathcote Streams in the desert A razão pela qual viemos a Angola foi para ver os angolanos formados e liberados em missões, Quando eu vejo os angolanos Sabino e outros que têm trabalhado durante tantos anos, me sinto muito orgulhoso. Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 23 O sol estava se pondo em uma explosão de cores no final de um dia quente e empoeirado. Sabino Domingos sentou-se fora de sua casa em Chitado, com sua esposa Juliana. Ele ria com facilidade ao se lembrar de quando chegara à pequena cidade perto do rio Cunene em 1997, logo depois de fazer sua Escola de Treinamento e Discipulado em Benguela. “Quando chegamos, éramos dois casais, a situação aqui era muito difícil. Era logo após o fim da guerra. Não havia água corrente nem eletricidade. Era uma aldeia muito pequena. A igreja mais próxima ficava há 90 km de distância, e não havia missionários aqui. Viemos porque nos sentimos chamados a trabalhar com povos não-alcançados.” Sabino vive no sul de Angola, na área semidesértica perto da fronteira da Namíbia. É uma área que abriga cerca de 50.000 Himbas, bem como Madimbas e outros grupos étnicos. Os Himbas são um povo nômade de pastores que criam gado e cabras. Membros de famílias extensas tendem a viver juntos em herdades pequenos agrupamentos circulares de cabanas construídas dentro de um cercado espinhoso. Eles usam pouca roupa, e as mulheres são famosas pela mistura vermelha de gordura de manteiga com a qual se pintem. O clima semi-árido do deserto na região torna difícil a vida. A equipe da JOCUM instalou-se na cidade e começou a andar de lá para as aldeias e assentamentos periféricos. “Quando chegamos aqui havia um centro médico, mas não havia medicamentos. Trouxemos alguns conosco e as pessoas começaram a vir a nós para buscar ajuda.” O progresso foi lento; eles levaram mais de dois anos para aprender a língua não-escrita Oluhimba. Lentamente, ao longo dos anos, as pessoas se tornaram crentes e foram discipuladas. Foi um desafio; os Himbas são nômades, e os homens viajam com os seus rebanhos durante pelo menos nove meses ao ano, dependendo do tempo e onde as boas pastagens podem ser encontradas. “Quando chegamos aqui não chovia há muitos anos. O rio que corria nas proximidades estava seco. Logo depois, o rio começou a fluir novamente. Hoje há água e as pessoas vão lá para lavar suas roupas e nadar. A situação mudou; as pessoas testemunham que nossa presença tem sido uma bênção neste lugar. Vemos a fidelidade de Deus a água está fluindo nesta terra seca. A primeira crente Himba foi Camucayonha. Ela havia estado doente há anos e havia dado uma cabra ao feiticeiro a cada mês na esperança de uma cura. Um dia, ela visitou a equipe da JOCUM para receber oração, tendo ouvido que não lhe custaria nada, e para sua surpresa, ela foi definitivamente curada, e abraçou a fé. Muitas vidas mais têm sido tocadas desde então. A vida de Augusta mudou e hoje ela dá testemunho sobre Jesus: “Eu era alcoólatra. Eu quase perdi meu filho, eu não tinha tempo para cozinhar para meus filhos. Minha vida era só beber. Meu marido me deixou por causa da minha vida. Um dia cheguei a Sabino e Juliana e lhes pedi ajuda. Eu precisava de libertação. Daquele dia em diante eu parei de beber. Estou aprendendo a palavra de Deus. Estou livre, agora estou bem com Deus.” João Batista sofreu muito com vícios: “Eu costumava viver com dificuldade à margem do rio, minha vida era só beber e fumar. Agora eu tenho minha vida de volta e estou feliz.” Hoje, existem cerca de 30 crentes na cidade, e outros 50 em áreas vizinhas. Sabino gostaria de ver mais cuidados médicos, “Há um centro médico, mas sem médicos ou medicamentos. Então, se JOCUM tivesse uma clínica aqui com remédios e um obreiro treinado, isso seria ótimo. “Ele também gostaria de ver mais pessoas com acesso à água potável. A educação é um desafio entre as tribos nômades. Sabino sonha com uma escola móvel que possa acompanhar as pessoas enquanto elas viajam. “Há muito a ser feito aqui e um monte de oportunidades. Precisamos de pessoal, então eu encorajo vocês a virem nos ajudar a expandir. “ Sibeli Mendes comenta que, “A razão pela qual viemos a Angola foi para ver os angolanos formados e liberados em missões. Quando vejo Sabino e outros angolanos que têm trabalhado por tantos anos, me sinto tão orgulhosa. Orgulho de ser capaz de fazer parte de seu discipulado; orgulho de poder fazer parte de seu crescimento espiritual. Eu vejo seu trabalho e o fruto de sua visão como uma recompensa por todo o sacrifício que fizemos trabalhando aqui. Eles representam o nosso fruto, nossa recompensa.” Igrejas estão sendo plantadas entre os Himbas e outros povos não-alcançados anteriormente. Os angolanos estão trabalhando como missionários eficazes para seu próprio povo. Os ribeiros estão fluindo nos desertos. T he sun was setting in a blaze of colour at the end of a hot, dusty day. Sabino Domingos sat outside his home in Chitado, with his wife Juliana. He laughed easily as he recalled arriving at the small town close to the Cunene river in 1997, soon after doing his Cross-cultural School in Benguela. “When we arrived we were two couples; the situation here was very difficult. It was just after the end of the war. There was no electricity or running water. It was a very small village. The nearest church was 90 kilometres away, and there had been no missionaries here. We came because we felt called to work with unreached people.” Sabino lives in southern Angola, in the semi-desert area close to the Namibian border. It is an area that is home to some 50,000 Himba, as well as Mdimbas and other ethnic groups. The Himba are a nomadic, pastoral people, who breed cattle and goats. Members of extended families tend to live together in homesteads – small circular clusters of huts built inside a thorny kraal. They wear little clothing, and the women are renowned for the red mixture of butter-fat and clay that they daub themselves with. The harsh semi-desert climate in the region makes life hard. The YWAM team settled in the town, walking from there to outlying villages and settlements. “When we arrived here there was a medical centre, but there were no medicines. We brought some with us, and people started coming to us for help.” Progress was slow; it took them more than two years to learn the unwritten Oluhimba language. Slowly over the years people became believers and were discipled. This was a challenge; the Himba are nomadic, and men travel with their cattle for at least nine months of the year, dependent on the weather and where good pastures are to be found. “When we arrived here there hadn’t been much rain for many years. The river that ran nearby was dry. Soon afterwards the river started to flow again. Today there is water and people go there to wash their clothes and to bathe. The situation has changed; people testify that our presence has been a blessing in this place. We see God’s faithfulness – water is flowing in this dry land. The first Himba believer had been sick for years, and had given a goat every few months to the witchdoctor, in hope of a cure. One day she visited the YWAM team for prayer, having heard that it would cost her nothing, and to her surprise she was permanently healed, and came to faith. Many more people’s lives have been touched since then. Augusta’s life changed, today she testifies about Jesus. “I was an alcoholic. I almost lost my son; I had no time to cook for my children. My life was just drinking. My husband left me because of my life. One day I came to the team and asked them for help. I needed deliverance. From that day on I stopped drinking. I am learning God’s word. I am free, I am now fine with God.” Joao Batista suffered a lot with addictions, “I used to live rough by the river, my life was all about drinking and smoking. Now I’ve got my life back and I am happy.” Today there are some 30 believers in the town, and another 50 in neighbouring areas. Sabino would love to see more medical care, “There is a medical centre; but no doctors or medicine. So if YWAM had a clinic here with medicine and a trained worker it would be great.” He would also love to see more people with access to clean water. Education is a challenge amongst the nomadic tribes. Sabino dreams of a mobile school that could accompany people as they travel. “There is a lot to be done here and lots of opportunities. We need staff, so I encourage you to come and help us expand.” Sibeli Mendes comments that, “The reason we came to Angola was to see Angolans trained and released into missions, When I see Sabino and other Angolans who have been working for so many years, I feel so proud. Proud of being able to be a part of their discipleship; proud of being able to be part of their spiritual growth. I see their work and the fruit of their vision as a reward for all the sacrifice we made working here. They represent our fruit, our reward.” Churches are being planted amongst the Himba and other previously unreached peoples. Angolans are working as effective missionaries to their own people. The streams are flowing in the deserts. Treinado para salvar vidas por Tim Heathcote Trained to save lives D ezeseis anos atráz, Inacio Caneda estava no exército angolano, lutando com problemas de bebida. Um dia quando ele estava bêbado, ele tropeçou em um culto evangélico. Ele foi embora sentido chamado para missões. Dentro de meses ele se juntou a JOCUM. A vida de Inacio mudou dramaticamente da vida quebrantada da vida pós-exército que o levou ao álcool, para uma nova vida em Jesus. A ETED deu Inacio uma nova promessa: “Eu fui treinado para matar, mas agora estou sendo treinado para salvar vidas.” Ele e sua esposa, Mila, começaram a trabalhar com crianças de rua em um dos bairros mais pobres de Lobito. Eles levaram 8 crianças de rua para sua própria casa, criando eles ao lado de suas próprias quatro crianças. Inacio e Mila iniciaram uma escola para crianças na sua vizinhança. Por treze anos Inacio lidera o projeto El Shaddai. Agora a equipe JOCUMeira lidera uma pré-escola para 80 crianças, algumas das quais são orfãns. O prefeito da cidade de Lobito, recentemente declarou o projeto, o melhor projeto para crianças da cidade. Hoje os negociantes do local estão muito impressionado com o trabalho de que a maior parte da comida para a escola vem de graça. Tendo conseguido o favor do prefeito da cidade e nos negociantes locais, a JOCUM conseguiu alocar um novo pedaço 26 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa de terra recentemente, no topo de um monte, nos arredores de Lobito. A cada quinzena um caminhão pipa entrega água no local, sendo dado gratuitamente pelo municipio. A JOCUM esta construindo uma escola maior e uma clínica médica para a área ao redor. Tendo passado uma década no ministério, Inacio e sua equipe estão agora passando para uma fase de ensinamento. A experiencia deles os equipou para multiplicar, então ao lado da escola e clínica, sua nova base também irá servir para um local de treinamento para equipar mais pessoas que trabalham com crianças de risco. A grande familia de Inacio e Mila está crescendo. Um filho está sendo treinado na África do Sul para outros trabalhos missionários com a JOCUM. Outro é um soldador de qualidade, e está ajudando no local da contrução da escola. Somente a uma década atráz os dois eram crianças de rua, perambulando pelos lixões a procura de comida. Durante essa fase de crescimento econômica na Angola, Inacio poderia achar um trabalho que pague bem. Ainda ele continua a seguir seu chamado de cuidade de crianças, colocando fé em ação. Sua visão de contruir e treinar outros é contagiosa. Ele está liderando por exemplo. Eu fui treinado para matar, mas agora estou sendo treinado para salvar vidas. S ixteen years ago Inacio Kanenda was in the Angolan army, struggling with a drinking problem. One day he stumbled drunk into a church service. He left feeling called to full-time missions. Within months he joined YWAM. Inacio’s life changed dramatically from the brokenness of the postarmy life that drove him to alcohol, to a new life in Jesus. The DTS gave Inacio a new pledge: “I was trained to kill, but now I was being trained to save lives.” He and his wife, Mila, started working with street kids in one of Lobito’s poorest bairos. They took 8 street kids into their own home, bringing them up alongside their own four children. Inacio and Mila started a school for children in their neighbourhood. For thirteen years Inacio has run the El Shaddai project. The YWAM team now runs a pre-school for 80 children, some of whom are orphans. The Lobito city mayor recently called it the best children’s project in the city. Today local businesses are so impressed with the work that most of the food for the school comes for free. Having won the favor of the city mayor and local businesses, YWAM was recently allocated a new plot of land, on a hilltop, in the outskirts of Lobito. Every fortnight a tanker delivers water to the site, given freely by the municipality. YWAM is building a larger school and medical clinic for the surrounding area. Having spent a decade doing ministry, Inacio and the team are now moving into a phase of also teaching others. Their experience has equipped them to multiply, so alongside the school and clinic, their new base will also house a training facility to equip more children-at-risk workers. Inacio and Mila’s large family is growing up. One son is now being trained in South Africa for further missionary work with YWAM. Another is a skilled welder, and is helping on the school construction site. Just a decade ago they were both street kids, rummaging for food in rubbish dumps. During this season of economic boom in Angola, Inacio could find a high-paying job. Yet he continues to follow his calling to care for children, putting faith into action. His vision to build and train others is contagious. He’s leading by example. Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 27 O rápido crescimento de JOCUM Cabinda por Tim Heathcote Fast growth in YWAM Cabinda C abinda é um lugar de extremos. É um enclave angolano de pequeno porte, que faz fronteira com o Oceano Atlântico, com belas praias, florestas de madeira espessa, e alguns dos maiores campos de petróleo offshore no mundo. É também o lar de um grupo de jovens missionários energéticos da JOCUM que têm tido um crescimento interessante durante sua curta história. Manuel é um habitante local de Cabinda, que entende a cultura e as necessidades únicas da região. Depois de trabalhar com a JOCUM em Benguela, ele voltou para Cabinda em 2008, com sua esposa Sarah, e seus dois filhos. Manuel e Sarah foram pioneiros no trabalho da JOCUM aqui, e ele explica: “Cabinda está no norte, separada geograficamente de Angola. Sua cultura é muito diferente do resto de Angola. “O estreito corredor da República Democrática do Congo, que separa Cabinda do resto de Angola criou uma sensação de isolamento, dando a Cabinda cultura e história muito particulares. “Quando chegamos aqui em 2008, vimos que as pessoas não viajavam e não estavam envolvidas com missões em outras nações.Começamos a trabalhar com os jovens, dirigindo acampamentos e cursos de curta duração, dizendo-lhes que Deus não nos chamou para ficarmos em um só lugar. Começamos a enviar equipes de impacto. Muitos voltaram dizendo que haviam visto o quanto as pessoas estavam famintas pela palavra de Deus. Isto tem causado um grande impacto; muitas igrejas estão agora interessadas em fazer treinamentos”. Em apenas dois anos Manuel e Sarah viram seu time crescer de dois para 13 integrantes. Mais de 50 pessoas foram alunas na ETED ou na turma noturna da ENVIA. A ENVIA tem sido particularmente popular já que um número elevado de jovens de Cabinda trabalha durante o dia. Um grande número deles trabalha na indústria petrolífera e passa longos períodos de tempo nas plataformas de petróleo. 28 aoq Reporting the rhythms of YWAM Africa A equipe JOCUM está experimentando o formato de treinamento, promovendo escolas de duas semanas sim, duas semanas não, para atender esses trabalhadores do petróleo. Manuel está entusiasmado com o crescimento rápido, “Um dos nossos objetivos a longo prazo é o de mobilizar um bom número de cristãos aqui em Cabinda para se envolver com missões em Cabinda e nas nações vizinhas.” “Cabinda está idealmente posicionada para isso, como explica Loy Cidalio, membro da equipe, “Cabinda é um lugar muito estratégico. Temos a oportunidade de alcançar o Gabão, o Congo Brazaville e a República Democrática do Congo. Muitas das igrejas estão abertas para se juntar a nós, Deus deu JOCUM Cabinda uma grande oportunidade “. A equipe da JOCUM está em uma fase pioneira. Após dois anos de execução de programas em locais alugados apertados, eles recentemente compraram um lote de terra na periferia da cidade. Manuel planeja construir um centro de treinamento e ministério aqui. “Como estamos começando a nossa base, precisamos de pessoas para se juntar a nós. Pessoas que trabalham com cuidados de saúde, tecnologia e educação, pessoas que queiram servir a base com construções, intercessão ou evangelismo. Eu desafio você a se envolver a curto ou longo prazo, você não vai se arrepender do que você fizer para o bem deste povo e nação “. O Líder nacional Ismael Mendes Ferreira está encantado com o crescimento que tem visto entre os jovens da equipe: “É um projeto que está dando muitos frutos.” Ele reconhece, no entanto, que as necessidades específicas da área carecem de pessoas certas. “Há uma série de desafios em Cabinda, eu acredito que ela seja o lugar mais difícil de trabalhar em Angola. Se você tem um chamado para trabalhar em um ambiente multi-cultural, de uma forma radical, Cabinda é o seu lugar! “ C abinda is a place of extremes. It’s a small Angolan enclave, bordering the Atlantic Ocean, with beautiful beaches, thick hardwood rainforests, and some of the largest offshore oil fields in the world. It is also home to a group of young, energetic YWAM missionaries, who have seen exciting growth during their short history. Manuel is a local Cabindan, who understands the unique culture and needs of the area. After working with YWAM in Benguela, he returned to Cabinda in 2008, with his wife Sarah, and their two children. Manuel and Sarah pioneered YWAM’s work here, and he explains, “Cabinda is in the north, geographically separated from Angola. Its culture is very different from the rest of Angola.” The narrow corridor of the Democratic Republic of Congo that separates Cabinda from the rest of Angola has created a sense of isolation, giving Cabinda a very particular culture and history. “When we arrived here in 2008, we saw that people did not travel and were not involved with missions in other nations. We started working with the youth, running camps and short term courses, telling them that God has not called us to stay in only one place. We started sending teams on outreach. Many came back saying they saw how hungry people are for God’s Word. This has caused a great impact; lots of churches are interested now in having training.” In just two years Manuel and Sarah have watched the team grow from two to 13 staff. More than 50 people have been students on the DTS or ENVIA evening class. ENVIA has been particularly popular as a high number of Cabinda’s young people work in the daytime. A large number work in the oil industry and spend long periods of time on the oil rigs. The YWAM team are experimenting with their training format, running schools two weeks on, two weeks off, to cater for these oil workers. Manuel is thrilled by the fast growth, “One of our long term goals is to mobilize a good number of Christians here in Cabinda to get involved with missions in Cabinda and in the neighbouring nations.” Cabinda is ideally placed for this, as staff member Loy Cidalio explains, “Cabinda is a very strategic place. We have the opportunity to reach Gabon, Congo Brazaville and the Democratic Republic of Congo. Many of the churches are open to join us; God has given YWAM Cabinda a great opportunity.” The YWAM team has been in a pioneering stage. After two years of running their programmes in cramped rental properties, they have recently bought a plot of land on the edge of the city. Manuel plans to build a training and ministry centre here. “As we are starting our base, we need people to join us. People that work with health care, technology and education; people who want to serve the base with construction, intercession or evangelism. I challenge you to get involved short or long term; you will not regret what you do for the good of this people and nation.” National leader, Ismael Mendes Ferreira, is delighted at the growth he can see among the young team, ”It is a project that is bearing a lot of fruit.” He recognizes, however, that the unique needs of the area need the right people. “There are a lot of challenges in Cabinda, I believe it is the most challenging place to work in Angola. If you have a calling to work in a cross-cultural setting, in a radical way, Cabinda is your place!” Reportando os ritmos da JOCUM África qoa 29 Uma chamada de Macedônia por Sebastian J. Floor, Wycliffe Bible Translators A Macedonian Call N os tempos recentes ainda saem chamadas missionárias tipo Macedônia, como no Atos 16. Sabemos porque conhecemos. No início de 2010, Wycliffe Tradutores da Bíblia fez uma decisão dar consideração a entrar na área de tradução bíblica em Angola. O primeiro assunto era procurar parceiros. Existiam parceiros lógicos, como a Sociedade Bíblia de Angola, e logo entrámos numa amizade bem forte. Mas depois o Senhor nos supreendeu com mais um parceiro. Aconteceu assim: primeiro, soubemos duma tribo que viva numa montanha, os MuKwandu, com quem um casal missionário angolano de JOCUM começou de ministrar há anos. Acompanhamos que aquele povo precisa duma tradução da Bíblia na sua própria língua. Será possível vir ajudar? Mas isto não basta, porque no fim de 2010 uma colega de Wycliffe encontrou um artigo numa revista online chamada “Charisma”, acerca dum povo ainda não atingido chamado Mukubal (ou MuKuvale, na província de Namibe). No artigo ficamos supreendido quando lemos uma frase que nos abalou: o missionário de JOCUM ministrando entre os MuKuvale disse que espera que um dia a organização Wycliffe venha para ajudar na área de linguística e tradução da Bíblia... Foi a primeira vez que soubemos do MuKuvale e o trabalho de JOCUM entre eles. Assim, duas chamadas macedonias em successão breve! O resultado era uma viagem explorativa para aquelas mesmas zonas. Então, no Maio 2011, eu junto com o director de JOCUM Angola, Pastor Ismael Mendes Ferreira, e o secretário geral da Sociedade Bíblica, Rev Simão Malanga Kinzona, arrancamos numa das viagens mais amáveis da minha vida, visitando estas tribos remotas de suloeste de Angola. Depois de entrar Angola a pé das quedas magníficas de Ruacana e passando por quarto rios ainda em fluxo por causa das chuvas fortes deste ano, chegamos no Chitado na província de Kunene, a nossa primeira escala. Ali fomos bem recebidos pelos dois casais de JOCUM que estão a trabalhar com os povos Himba e Dhimba. Já falam a língua perfeitamente, desenvolveram uma ortografia, conhecem a cultura, são bem conhecidos com muitos relacionamentos, e já plantaram várias igrejas. Mas nos informaram que ainda exitem mais três tribos que precisam de atenção... Dali o nosso Toyota Hilux 4x4 Toyota nos levou até Lubango, depois descendo a passagem maravilhosa de Leba até Munhino, onde vive o casal que trabalha com o povo MuKuvale. Pela primeiro vez vimos os homens altos e orgulhosos MuKuvale com o seu gado, o maior que tinha visto na minha vida. Ainda passando mais rios e passagens bonitas, chegámos no município de Kamukuio. Encampámos no quintal dos missionários angolanos que tinham vivido 12 anos com a tribo MuKwandu na montanha. Kamukuio está num lugar estratégico, no meio de quatro povos ainda não atingidos, e JOCUM está para construir um centro de formação ali, um lugar completamente ideal para o Wycliffe também cumprir os seus trabalhos de tradução. Tudo parece ser preparado em antecedência para iniciarmos obras de tradução naquelas zonas quentes de suloeste de Angola. Deus já adiantou e preparou a terra. Que privilégio para nós vir ao lado de JOCUM, ver aquilo que já conseguiram fazer até agora, e nos encontrar com os seus missionários nacionais que o Senhor já tinha preparado há anos. E que privilégio será, em vez de trabalhar sozinhos como uma organização internacional, posicionarmos para trabalhar em parceria e assim, sob a liderânca de JOCUM Angola levar a Palavra de Deus para essas tribos. Durante esta viagem também descobrimos que existem muitas outras línguas em Angola que precisam de ter pelo menos porções (ou mais) da Bíblia nas suas próprias línguas maternas. Em total talvez 20 línguas, muito mais que somente uma organisação pode fazer sozinho. Precisamos de fazer uma pesquisa mais profunda para mapear cientificamente todas as línguas, alguma coisa que pretendemos fazer em parceria com o governo a partir do fim deste ano. Conforme for, isto é que sabemos: somente atravéz de ter parcerias fortes e eficazes a Palavra de Deus há-de chegar nos confins deste país vasto chamado Angola. Parece que agora chege o tempo. Projeto OneStory J por Pete Clemison e Tim Heathcote OCUM Angola está numa fase de multiplicação e crescimento. A parceria a desenvolver entre JOCUM e Wycliffe é um bom exemplo. Isso também faz parte duma coloboração entre organisações missionários no nível mundial. OneStory é uma parceria global entre quatro missões grandes, JOCUM, Campus Crusade for Christ International (CCCI), Alliança Global de Wycliffe, e RTI (Rádio Trans-mundial), usando o método de historiar a Bíblia para os povos orais ainda não atingidos. A parceria tem por objectivo traduzir histórias da Bíblia nas línguas maternas, e depois prensenta-las numa maneira apropriada culturamente. Cada missão contribue valores diferentes para a parceria. Em certos países muitas porções bíblicas eram traduzidas e colocadas nas máquinas MP3 – as vezes numa forma de contar histórias, outras vezes numa forma poética. Pessoas locais tem sido formado em workshops para utlilizar estas ferramentas para compartilhar histórias bíblicas e discipular pessoas. O processo de tradução e formação das pessoas leva tempo, mas já se vé que o método de contar histórias bíblicas dá muito fruto entre os povos orais com pouca tradição de alfabetização. Povos orais tem uma capacidade forte de memorizar e aprendem as histórias sem dificuldades. Em formas naturais logo contamnas aos amigos e vizinhos. Em pouco tempo estes grupos de narradores podem influenciar comunicades inteiras com histórias. Como os workshops levem uma forma cronológica, comunidades ganha um bom alicerce bíblico. No longo prazo estas traduções são imprimidos, dicionários criados, a formação para alfabetização ganha força, e a comunidade desenvolve mais. Ainda não é muito claro como a parceria OneStory entre o Wycliffe e o JOCUM Angola vai funcionar. Mas o que é muito interessante ver como os raízes da parceria já vêm de longe. Quando missionários de JOCUM começaram de trabalhar entre os MuKwandu nos anos noventa, foram formados no Porto Velho, Brasil, por pessoal de JOCUM que na sua vez foram formados por Wycliffe. O fruto desta formação se vê hoje no grande ministério entre os não atingidos. Um bom alicerce foi feito entre estas tribos antigamente não atingidas de Angola. Oremos que a ligação entre JOCUM e Wycliffe que se iniciou no Brasil nos anos noventa, aproveite este alicerce e seja forte e frutífero. I n modern times there are still missionary Macedonian calls going out, like the one in Acts 16. We know, it recently happened to us. In early 2010, Wycliffe Bible Translators made the decision to consider Angola as a possible area to do Bible translation. Our first issue was to look who to partner with. There were logical partners, like the Bible Society, who quickly became close partners. But then the Lord surprised us. First, we heard about a mountain people in Namibe province, the MuKwandu, that an Angolan YWAM missionary couple were working with. We heard that they needed the Bible in their own language. Could we come to help? As if that was not enough, late in 2010, a Wycliffe colleague read an article in an online newsletter, Charisma, about the unreached Mukubal people. In the article, to our astonishment, was a sentence that blew us away: the Angolan YWAM missionary among the Mukubal hoped that one day Wycliffe would come and help with Bible translation. So two Macedonian calls came in short succession! This resulted in an exploratory trip to those very areas. In May 2011, I travelled with YWAM Angola’s director, Ismael Mendes Ferreira, and the general secretary of the Bible Society, Rev Simão Malanga Kinzona. We set off on one of the most amazing trips of my life: visiting these remote and unreached peoples in southwestern Angola. After entering Angola at the magnificent Ruacana Falls and crossing four rivers still in flow after the heavy rains, the first place we visited was Chitado in Kunene province, where we were warmly received by the two YWAM couples working with the Dhimba and Himba tribes. They already spoke the language fluently, had developed an orthography, knew the culture, had many relationships, and had planted several churches. But they told us of three more tribes there that also need attention. From there our 4x4 Toyota took us to Lubango, down the awe-inspiring Leba Pass, to Munhino, where the YWAM couple working among the Mukubal live. For the first time we saw the proud, tall Mukubal herdsmen and their huge cattle, the tallest I have ever seen. Again crossing several wide but fortunately shallow rivers, we reached the município of Kamukuio. There we camped in the yard of the Angolan missionaries who had lived for 12 years on the mountain with the MuKwandu people. Kamukuio is the center of four unreached people groups, and YWAM is about to build a training centre there, a place altogether ideal for Wycliffe to do translation work as well. Everything seems to have been prepared for us to start translation work in these remote parts of southwestern Angola. God has gone ahead and years ago started to prepare the ground. What a privilege it is for us to come alongside YWAM in Angola, to see what they have already done, and to meet the people that the Lord has already prepared. And what a privilege it is, instead of just doing our own thing, to position ourselves to work alongside and under YWAM to bring God’s Word to these tribes. During this trip we also discovered that there are many other Bible translation needs in Angola, in all close to 20 languages, much more than any one organization can cope with. We need to do a more in-depth survey to map all those languages, something that will start later this year, this time in partnership with the government. Whatever it is going to take, this we know: only through effective partnerships will the Word of God come to the furthest outreaches of this vast country called Angola. It seems that the time has now come. OneStory Y by Pete Clemison and Tim Heathcote WAM Angola is in a season of multiplication and growth. The developing partnership between YWAM and Wycliffe is a good example of this. It is also part of a greater collaboration between missionary societies worldwide. OneStory is a new global partnership between the four large missions, YWAM, Campus Crusade for Christ International (CCCI), Wycliffe International, and Trans World Radio (TWR), using Bible story telling among the unreached. The partnership aims to translate Bible stories into mother tongues, and then deliver them in a culturally appropriate way. Each mission brings a different expertise to the partnership. In some nations large sections of the bible have been translated and put onto specially built MP3 players – sometimes in the form of story-telling, other times as poetry. Local people have then been trained in workshops to use these tools to share bible stories and disciple others. The process of translation and training takes some time, but the story-telling approach is very fruitful amongst oral tribes, with little history of literacy. Oral people tend to internalize and easily learn the stories. They naturally tell them to friends and neighbours. In a short time, groups of story-tellers can influence whole communities with stories. As the workshops take a chronological approach, communities gain a good biblical foundation. In the long-term these translations are printed, dictionaries are created, literacy training gathers pace, and community develops further. It is not clear yet what the developing OneStory partnership between Wycliffe and YWAM will look like in Angola. But interestingly the roots of this partnership already go deep. When YWAMers first began work amongst the Mukuando in the 1990s, they were trained in Porto Velho, Brazil, by YWAMers who had been trained by Wycliffe. The fruit of this training can be seen today in the thriving work among the unreached. A good foundation has been laid among several of Angola’s previously unreached tribes. Let’s pray that the link between YWAM and Wycliffe that began in Brazil in the 1990s, will build on this foundation and be strong and fruitful. Informações das bases Base contact details JOCUM PLANALTO CENTRAL, Huambo Líder da Base: Ismael Mendes Ferreira Email: [email protected] Telefones:00244 924132344/924 049212 JOCUM CATUMBELA PRAIA, Benguela Líder da Base: Lidersino Mariano de Freitas Email: [email protected] Telefones: 00244 923781630 e 00244 922985220 JOCUM EL SHADDAI, Lobito Líder da Base: Inácio Kanenda da Costa Email: [email protected] and [email protected] Telefones: 00244 926117069 Jocum Cabinda Líder da Base: Henrique Manuel José E-mail: [email protected] [email protected] Telefones: 00244 926746299 (Manuel) 00244 913894223 (Daniel) 00244 926133802/ 00244 918421258 (Comunicator) Jocum Camucuio Líder da Base: Inacio Fio Email: [email protected] Telefones: 00244 925782283