20, 21 e 22 de junho de 2013
ISSN 1984-9354
PROPOSTAS DE DIRETRIZES PARA
ANÁLISE DE SISTEMA DE GESTÃO DE
SAÚDE E SEGURANÇA. O CASO DA
INDÚSTRIA SIDERÚRGICA.
Marcos Jorge Gama Nunes
(UFF)
Robson Spinelli Gomes
(UFF)
Resumo
O fenômeno da globalização trouxe alterações substanciais na gestão
de todo o sistema produtivo das empresas e para que possa garantir
condições de trabalhos isentos de riscos, torna-se imprescindível ter
sistema de gestão que objetive a inntegridade física e mental do
trabalhador. Uma análise do sistema, direcionada ao diagnóstico real,
levará às medidas de redução dos riscos, com maiores chances de
prevenir a ocorrência de acidentes e doenças originadas a partir dos
processos de trabalho. O presente estudo visou identificar, através da
favorabilidade das ferramentas preventivas, a eficiência do sistema de
gestão na execução das atividades siderúrgicas. A metodologia
utilizada foi desenvolvida a partir do processo exploratório, por meio
de revisão da literatura e utilização de questionário, onde avaliou o
conhecimento dos trabalhadores a partir do conhecimento prático dos
aspectos preventivos do sistema. Da pesquisa realizada, resultaram
sugestões de melhorias para o sistema de gestão, liderança e as
condições dos postos de trabalho, e concluiu-se acerca da importância
do líder como exemplo, conhecedor das técnicas e do gerenciamento
das ferramentas preventivas. Neste contexto inserido, está a relevante
participação dos trabalhadores na concepção e aprimoramento de
sistemas de gestão de saúde e segurança do trabalho.
Palavras-chaves: Acidente. Siderurgia. Sistema de Gestão. Segurança
do Trabalho.
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1 INTRODUÇÃO
A preocupação com a Segurança do Trabalho no Brasil se deu por meio da
obrigatoriedade dos Serviços de Segurança e Medicina do Trabalho nas empresas,
regulamentada por intermédio do então Ministério do Trabalho e da Previdência Social, que
posteriormente transformou em Normas Regulamentadoras, baixadas pela Portaria n°
3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (ARAÚJO, 2002). Sabe-se que a Segurança
no Trabalho já se encontra verdadeiramente instituída em muitas empresas, embora em outras
se faça muito pouco, sendo descumpridas as regras mais elementares. O retrato disso aparece
nas estatísticas sobre acidentes e doenças do trabalho, as quais apresentam um quadro de dor e
sofrimento para as vítimas.
Segundo Oliveira (2001), os indicadores divulgados no Brasil dão indícios de que os
números de acidentes, mortes e doenças com seqüelas, aumentaram no decorrer de vinte anos
(1974 a 1994), acidentaram-se no Brasil, 23.905.916 trabalhadores, resultando em 91.656
mortes. Em estudos mais recentes, verifica-se que os acidentes fatais persistem mesmo com a
chegada dos sistemas de gestão (SANTANA et al., 2006), Correia ( 2007), verificou que entre
o ano 2000 e 2005, mais de 20.462 empresas tiveram algum tipo de certificação, o que não
resultou em uma variável positiva relativa a acidentes do trabalho, apesar das mais diversas
certificações, estas muitas vezes, não são fatores que inibem acidentes e muito menos que os
evitem.
Por que mesmo diante da existência de sistemas de gestão de saúde e segurança do
trabalho nas empresas, resistem os altos índices de acidentes de trabalho, já que os sistemas de
gestão são considerados instrumentos eficazes para a melhoria das condições no ambiente de
trabalho, configurando-se como uma alternativa possível para a evolução da gestão de saúde e
segurança nas empresas? (VIEIRA et al., 2009).
2 SITUAÇÃO-PROBLEMA
2
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As empresas para serem competitivas, têm em seus processos a busca por
trabalhadores mais especializados nos arranjos produtivos: os trabalhadores chamados
multifunções, onde predominam o domínio de padrões, processos operacionais e os
programas de manutenção autônoma. Os processos de reestruturação produtiva e globalização
da economia de mercado em curso têm acarretado mudanças significativas na organização e
gestão do trabalho, com repercussões importantes sobre a saúde e a segurança do trabalhador
(CARDELLA, 2009).
Vinte e um anos após a entrada da legislação em vigor, que ensejou as regras de saúde
e segurança do trabalhador, com a Portaria 3.214/78 do MTE, e mais de duas décadas da
chegada dos sistemas de gestão no Brasil, observa-se que não houve a redução dos números
de acidentes. Face a isso, o presente estudo pretende investigar as razões e motivos pelos
quais os indicadores não estão sendo alterados. Incluem-se nesse contexto, os acidentes
ocorridos na siderurgia, que contribuíram com altos índices de acidentes, totalizando 64.904
nos últimos 5 anos, tendo uma frequência de 36 acidentes por dia (MPS, 2010).
Muito além dos acidentes, famílias envolvidas e tributos pagos, a quantidade de casos,
assim como a gravidade geralmente apresentada como consequência dos acidentes do
trabalho, ratifica a necessidade emergencial de construção de melhores práticas nas empresas,
melhor assessoria na gestão de saúde e segurança do trabalho e novas ações para alterar esse
cenário (ALEVATO, 2004).
3 OBJETIVO
O presente estudo visa identificar, através da favorabilidade das ferramentas
preventivas do sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho, a eficiência no
atendimento aos requisitos do sistema, na Siderurgia.
4 METODOLOGIA
4.1 Método da Pesquisa
3
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A abordagem escolhida para este trabalho foi o estudo de caso exploratório de acordo
com Gil (2010, p. 27). Estas condições são pertinentes à realidade do conhecimento sobre os
acidentes do trabalho na Siderurgia, apesar de muito discutido por sua importância e
relevância, sistema de gestão de SST na Siderurgia é um fenômeno recente, experimentado
por um seleto grupo de empresas brasileiras, não havendo por essa razão, muitos trabalhos
explorando o assunto.
Foi realizado um plano de pesquisa, seguindo o esquema proposto por Gil (2010, p.
117), o qual procura focar as questões relevantes para o estudo. Os dados levantados foram
obtidos em duas etapas, por meio de análise de documentos e aplicação de questionário. A
primeira etapa foi obtida através dos laudos de Periculosidade e Insalubridade da empresa
selecionada para o estudo de caso, onde foi mapeada a existência das áreas com trabalhadores
executando atividades perigosas em locais insalubres, o pior cenário da Siderurgia.
Para a coleta de dados, foram utilizadas algumas técnicas: aplicação de questionário,
análise de padrões operacionais, análise de documentos legais e práticas preventivas do
sistema de gestão saúde e segurança do trabalho. Para a escolha da empresa, foram coletados
dados das siderúrgicas que praticam sistema de SST, por meio de consultas ao instituto que as
representam. A pesquisa considera a aplicação de um questionário com os trabalhadores que
assinalaram a execução de atividades descritas na Norma Regulamentadora -16 Atividades e
Operações Perigosas e que tiveram envolvidos nas práticas de gestão de saúde e segurança
integradas no dia a dia de trabalho.
Com relação à aplicação do questionário, seguem as seguintes observações:

Perguntas fechadas com cinco opções de marcações.

Perguntas relacionadas aos requisitos preventivos do sistema SST, transformados
em ferramentas de prevenção do sistema de saúde e segurança, com marcação de
três fatores: Liderança, Trabalhadores e Condições dos postos de trabalho;

Liderança: perguntas 1, 2, 3, 5, 8, 9, 12,14, 16 e 22.

Trabalhadores: perguntas 4, 6, 10, 11, 13, 15 e 18.

Condições dos postos de trabalho: perguntas 7, 17, 19, 20 e 21.

Vinte e duas perguntas no total.

A marcação é válida somente para uma opção.
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Em todas as ocasiões de aplicação do questionário, logo após a discussão inicial dos
objetivos da pesquisa, foi enfatizada a importância de as respostas serem dadas de forma
sincera e que os questionários por eles devolvidos não deveriam conter os seus nomes, ou
seja, a participação foi anônima.
Gil (2008b, p. 89-90) define universo ou população da pesquisa como “um conjunto
bem definido de elementos que possuem determinadas características”. Para os propósitos do
presente estudo, foi considerada uma amostragem em um universo de 356 trabalhadores
mapeados. O estudo considerou que, pelo fato de a empresa ter sistema de gestão de SST, a
população pesquisada corresponde a um padrão de gestão destacado, ou, no mínimo
equivalente, se comparado com as demais empresas que praticam SST no Brasil. Após os
ajustes necessários, os dados foram coletados em número suficiente para a manifestação de
todos os atores relevantes para entendimento da pesquisa. (GIL, 2010, p.121).
A análise dos resultados apresentados foram agrupados de acordo com a similitude, e
adaptado da metodologia Hay Group, por meio de respostas positivas denominadas
“favorabilidade”, a qual possibilita medir o nível de eficiência dos trabalhadores nas
ferramentas do sistema de gestão.
A seguir, são apresentados os agrupamentos analisados:

O Índice de Favorabilidade de cada fator refere-se à soma dos resultados
“frequentemente” e “sempre”, demonstrados separadamente no gráfico.

Favorabilidade por pergunta para cada fator.
Estes resultados foram comparados com a literatura existente para estabelecer cadeias
lógicas de evidências e construção da coerência conceitual e teórica (GIL, 2010, p.123).
5 ASPECTOS TEÓRICOS ENVOLVIDOS
5.1 A SIDERURGIA NO BRASIL
A Indústria Siderúrgica brasileira desenvolve posição competitiva bastante favorável
no cenário mundial, tendo por base elevados investimentos na modernização das usinas e
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importantes vantagens comparativas na estrutura de suprimento de suas matérias-primas
básicas (IBS, 2008). Por se tratar de um insumo básico da indústria de transformação e
construção civil, o consumo de aço depende do nível de investimento e do desempenho dos
demais setores da atividade econômica (KUPFER; HASENCLEVER, 2002). Segundo
Arcioni (2008), as indústrias siderúrgicas são de extrema importância para o país e a produção
de aço é um forte indicador do estágio de desenvolvimento econômico. O setor siderúrgico
emprega, traz divisas para o país, estimula o desenvolvimento e fortalece a independência
econômica, contribuindo assim, para a melhoria da qualidade de vida da população.
Paralelo a essas vantagens, encontra no sistema de gestão um meio para reduzir suas
perdas com reparos, multas, reprocesso e custos dos acidentes pessoais, contribuindo para a
competitividade e sustentabilidade da organização.
5.2 BENEFÍCIOS DE UM SISTEMA DE GESTÃO
Antes de debruçar sobre o tema é conveniente definir sistema de gestão, anotação
relatada por Pereira (2006): “Sistema de gestão é um conjunto de instrumentos interrelacionados, interatuantes e interdependentes que a organização utiliza para planejar, operar e
controlar suas atividades para atingir objetivos.”
Pela importância do cenário, implantar sistema de SST nas empresas foi estudado por
diversos pesquisadores. Segundo Benite (2004), sistema de gestão busca um ambiente de
trabalho seguro e saudável com a consequente redução dos acidentes, melhoria das relações
de trabalho e a redução dos passivos trabalhistas. Na mesma linha de raciocínio, Gazzi (2005)
descreve que as vantagens da implantação de sistema de gestão em SST nas empresas, sejam
tanto para a redução dos perigos e riscos, como para o acréscimo de produtividade, têm
conquistado um crescente reconhecimento da sociedade, governantes, empregadores e
trabalhadores.
As iniciativas observadas nas empresas que implementam sistema de gestão de SST, a
partir de requisitos de normas reconhecidas, têm sido creditadas pela mídia e comunidade
com resultados positivos na sua totalidade, descreve (OLIVEIRA, 2003). Concordando,
Fernandes (2005) coloca que sistema de gestão significa ter, de uma forma organizada e
modelada de controle, a utilização dos recursos da organização, monitorando, através de
indicadores, o resultado esperado. Na mesma direção, Rocha (2007) afirma que após a
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implementação de um sistema de gestão de SST, os indicadores reativos melhoraram, a partir
do conhecimento e participação dos colaboradores. Por fim, Althoff (2007 apud QUELLAS et
al., 2003) concorda com as abordagens acima e, de forma pragmática, sugere que ter sistema
de gestão vai além intramuros. Com relação ás questões sociais da comunidade de entorno e
aspectos ambientais relacionados à sua atividade, as organizações como forma de evitar
acidentes e garantir a saúde de seus trabalhadores, devem desenvolver sistemas de gestão de
SST num ambiente de “colaboração mútua entre os empregadores, trabalhadores e
comunidade”.
5.3 A PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES NO DESENPENHO DO SISTEMA DE
GESTÃO
Para o sucesso do sistema de gestão de SST, é importante ouvir os trabalhadores, fazer
com que conheçam e se conscientizem da importância do sistema para a melhoria da
qualidade dos ambientes. Estas são condições fundamentais, mas não suficientes para a
redução de perdas. Mais do que isso, é preciso que cada trabalhador esteja comprometido com
o processo desde sua implementação e que de forma permanente, contribua para que de fato,
seja eficaz (OLIVEIRA, 2005). Este estágio não é alcançado somente com informações e
treinamento, mas com mudança de visão, a qual conduza todos a crerem que a totalidade dos
perigos e riscos presentes nos ambientes pode e deve ser identificada e eliminada. É
necessário, portanto, que uma nova cultura seja incorporada por todos que compõem a
empresa. Condição escrita no Manual de auditoria em segurança e saúde no setor Siderúrgico
(2002) conforme abaixo:
A análise do sistema de gestão de riscos implementado pela empresa é o ponto de
partida para a inspeção de uma indústria siderúrgica. Alguns pontos básicos devem ser
identificados na análise do SGR de uma empresa, dentre os quais, destacam-se:

Comprometimento da alta direção.

Participação dos trabalhadores na elaboração, implementação e controle dos
programas.
Segundo Gazzi (2005), o não comprometimento expresso da alta direção da empresa e
o distanciamento dos trabalhadores na elaboração e na condução dos programas de SST
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dentro de uma empresa, implicam em uma provável falência de seu sistema de gestão. Nesta
direção, menciona como instrumentos participativos: reuniões gerenciais, reuniões de
produção, inspeções, auditorias internas e planos de sugestões.
6 RESULTADOS DA PESQUISA
O questionário foi aplicado em 126 trabalhadores executantes de atividades perigosas
em locais insalubres, sendo que destes, 122 são do gênero masculino e 4 do gênero feminino.
Da população pesquisada, 28% estão na empresa desde o início da implantação do sistema de
gestão de saúde e segurança e por ter o sentimento do antes e depois, são capazes de
determinar um viés positivo na pesquisa. Do total que respondeu à pesquisa, mais da metade
executa tarefas que envolvem energia elétrica e produto químico inflamável, por se tratar de
processos contínuos este resultado pode ser a combinação dos agentes estudados. Foram
ainda encontrados oito trabalhadores executando atividades envolvendo o agente radiação
ionizante, número que se torna expressivo por ter o risco significante perigoso e com
capacidade ilimitada de provocar danos (GOMES, 2007).
Observa-se a ausência do agente explosivo na empresa pesquisada e fica confirmada a
presença de atividades envolvendo energia elétrica, químicos inflamáveis e radiação
ionizante, bem como o claro conhecimento dos trabalhadores que a executam.
6.1 Distribuição da Síntese dos fatores
Os resultados a seguir, apresentam os percentuais obtidos através da síntese das
respostas de todas as perguntas referentes a cada um dos fatores que contribuem para a
eficiência do sistema. Esta análise indica o fator cujo índice de favorabilidade é o mais alto
em relação aos demais. Para facilitar a análise comparativa, os fatores foram organizados em
ordem decrescente.
O índice de favorabilidade, apresentado logo abaixo de cada fator, refere-se à soma
dos resultados das respostas "sempre" e "frequentemente", demonstrados no resultado. O
índice é adaptado da metodologia Hay Group, e se dá por meio das respostas positivas que
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compõem a favorabilidade. Assim, possibilita medir o nível de eficiência dos trabalhadores no
atendimento às ferramentas do sistema de gestão de SST.
Finalmente, considerar-se-á eficiente quando o resultado convergir mais de 70% para
favorabilidade do fator Condições dos Postos de Trabalho e a média dos fatores liderança e
trabalhadores mencionados na pesquisa superar 50% de favorabilidade, conforme sistema de
pontuação progressiva do sistema aplicado na empresa pesquisada (SCIS, 2000).
O fator trabalhador teve o melhor resultado com 77,56% de favorabilidade, o que
confirma que os requisitos preventivos do sistema são conhecidos pela maioria dos
trabalhadores.
O fator liderança, com a segunda melhor pontuação com 51,62% de favorabilidade,
fica próximo ao requisito mínimo para manter o nível de reconhecimento do sistema de
pontuação progressivo do SCIS, que é de 50%. E longe do melhor valor esperado para o
último nível, com 90% de atendimento aos requisitos do sistema (SCIS, 2000).
O fator condições dos postos de trabalho teve alta desfavorabilidade para as condições
do ambiente com 64,74%. Obteve, da soma das respostas favoráveis, somente 35,26% dos
trabalhadores não se importando em realizar atividades perigosas em condições envolvendo
ruído, calor e agentes químicos.
Por último, o valor encontrado para a empresa foi de 56,13% de favorabilidade, e
aponta que trabalhadores executantes de atividades perigosas necessitam de ajustes na forma
de conduzir suas atividades e não devem administrar os riscos.
Segundo Oliveira (2006), as percepções e práticas desenvolvidas no tocante à
segurança do trabalhador têm suas bases assentadas e consolidadas no valor conferido ao
assunto. Foi assim com a qualidade e agora deve ser relativo ao SST.
6.2 Distribuição das perguntas por fator e favorabilidade
Os índices a seguir, demonstram os percentuais de respostas favoráveis e
desfavoráveis obtidas em cada uma das 22 perguntas que compõem os três fatores, iniciando
em ordem decrescente.
 Fator - Trabalhadores;
 Fator - Liderança;
 Fator – Condições dos postos de Trabalho;
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Figura 1 – Distribuição por pergunta por categoria – Fator Trabalhadores
Fonte: Empresa objeto do estudo de caso.
O resultado das perguntas do fator trabalhador teve os valores direcionados às
respostas que representam alta eficiência na aplicação das ferramentas preventivas do sistema,
num total de 77,56% de favorabilidade. Percebe-se ainda, que mesmo a pergunta 11, com
melhor resultado 88,89%; alguns trabalhadores ao se depararem com uma situação de risco
considerado grave, não se recusam a realizar a tarefa, até que a situação seja corrigida. Esta
condição é de extrema relevância para o sistema.
Na continuação da análise, as perguntas: 6 - Independente da situação de produção ou
emergência, é eliminado ou reduzido o risco antes da execução de tarefas de maneira insegura
e pergunta 10 - Nas paradas por quebra/interrupção de equipamentos (manutenção corretiva)
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o atendimento das ferramentas do SST é facilitado pela preparação, tiveram resultados
semelhantes com 61,90% de favorabilidade. Não sendo uma coincidência, mas quando um
processo é interrompido “parado”, deveria ter no mínimo 90% de favorabilidade, o que torna
o resultado encontrado abaixo do esperado.
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Figura 2 – Distribuição por pergunta por categoria – Fator Liderança
Fonte: Empresa objeto do estudo de caso.
O resultado das perguntas do fator liderança teve os valores direcionados às respostas
que representam média eficiência para as ferramentas preventivas do sistema, num total de
51,62% de favorabilidade, o que indica média efetividade do líder. Espera-se de um bom líder
um resultado acima de 88,5% de favorabilidade (SCIS, 2000).
Percebe-se na pergunta 2 – Participação da matriz de capacitação, com 68,25% de
desfavorabilidade, uma não conformidade grave. Os trabalhadores executantes de atividades
perigosas têm suas necessidades de capacitação e habilidades decididas por outras pessoas
que nem sempre sabem da sua real necessidade.
Outro resultado negativo é a realização dos treinamentos exigidos para trabalhos
perigosos, pois mesmo planejados, não estão acontecendo. Fato percebido pelos trabalhadores
que apontam a desfavorabilidade dessa pergunta em 40,48%. Em outra oportunidade de
envolver o trabalhador na construção do sistema, pergunta 14 - Elaboração das regras de
trabalho específico e de conduta teve a participação de apenas 30,16%, essa oportunidade
também não foi aproveitada.
Por fim, o resultado da pergunta 22 – Sou reconhecido por meu desempenho em
segurança do trabalho - Retrata uma difícil tarefa para o analista de sistema, pois com 47,62%
de desfavorabilidade, pode ser a barreira a ultrapassar para a aplicação eficiente e eficaz das
outras ferramentas de prevenção. O reconhecimento por parte do trabalho é tema discutido em
diversos fóruns acadêmicos, o que se sabe é que para manter a motivação no trabalho, não
basta salário e outros benefícios, o trabalhador necessita ser reconhecido pelo seu desempenho
destacado ou coletivo. Esta troca pode ser o viés para ter processos estáveis e consolidados
(OLIVEIRA, 2003). No mesmo sentido, Alevato (2009) ressalta que os trabalhadores que
executam atividades perigosas, é essencial um líder conhecedor das tarefas e técnicas a serem
utilizadas para o sucesso. Estes conhecimentos vão facilitar a observação do liderado na
execução dessas atividades com intervenção nos momentos de falhas e erros de execução.
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Figura 3 – Distribuição por pergunta por categoria – Fator Condições dos postos de
trabalho
Fonte: Empresa objeto do estudo de caso.
O resultado das perguntas do fator condições dos postos de trabalho teve o menor
percentual entre os fatores pesquisados. Com apenas 35,26% de favorabilidade, reflete a real
percepção das condições ambientais atuais para a realização de atividades perigosas.
Segundo Cardella (2009) e Oliveira (2003), o fator tempo de convivência com
situações de risco, sem os controles devidos, é por demais relevante, visto que quanto mais
tempo o indivíduo convive com uma determinada realidade mais familiar ela se faz e mais
difícil se torna corrigi-la.
Esta combinação de resultados evidencia a correta visão dos
trabalhadores que anotaram baixa favorabilidade no fator liderança, talvez por entenderem
que o líder é o principal responsável pelas condições de trabalho, ou mais, quem tem o poder
de mudar o cenário e não mudou.
Na análise por agente ambiental, a favorabilidade, para trabalhos em atividades
perigosas concomitantes com o agente ruído foi de 30,95%, para o agente calor, diminui a
favorabilidade para 17,46% e para os agentes químicos, poeira, fumos metálicos e outros, a
favorabilidade foi de 18,25%. Por estarem em um processo siderúrgico, os agentes percebidos
com o tato e olfato, tiveram os piores resultados. As condições físicas do trabalho com
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inclusão dos agentes ambientais e ergonômicos há pela frente um grande desafio para a
empresa. Isto por se tratar de iniciativa onde não há limites para se avançar; por mais que se
invista na melhoria dos postos de trabalho siderúrgicos, sempre há muito mais a fazer. Ou
seja, realmente é um desafio constante em que a favorabilidade unânime quase certamente
não será atingida em tempo algum (ARCIONI, 2008).
7 CONCLUSÃO
O presente estudo identifica que a empresa pesquisada pratica o sistema de gestão
saúde e segurança do trabalho e tem investido em melhorias dos postos de trabalho e na
capacitação dos trabalhadores. Isso permitiu o reconhecimento do sistema como ficou
evidenciado quando da aplicação do questionário.
Confrontando os resultados analisados neste estudo de caso, com os objetivos
definidos, pode-se concluir que a empresa analisada tem se beneficiado do sistema de gestão
de SST. Contudo, observa-se que alguns fatores analisados apresentam-se desbalanceados, o
que compromete o sistema em itens como: manter resultados estabilizados, avançar de
reconhecimento de nível e passar para a fase de sistema independente. Ainda neste contexto,
observa-se a baixa capacidade de preservar no decorrer do tempo, as medidas de controles
implementadas e de manter os trabalhadores alinhados perante o que foi tratado, sem
paternalismo ou omissão das atitudes abaixo dos padrões desejados.
Entretanto, como objetivo principal da pesquisa, é possível afirmar através da
favorabilidade das ferramentas preventivas, a eficiência do sistema de gestão para as
atividades siderúrgicas, bem como, que o sistema é dependente da atuação da liderança, desde
o planejamento, implantação, gerenciamento das ferramentas preventivas e principalmente da
capacidade de praticar o discurso versus prática. Outros parâmetros indicam um desempenho
abaixo do esperado para empresa reconhecida com nível 8 em uma escala até 10; resultado em
auditoria realizada pela detentora do direito de comercializar o sistema. Os dados mostram
que algumas respostas primordiais na preservação do sistema e, consequentemente, redução
da probabilidade de acidente, não condizem com o conceito da pirâmide de segurança
utilizado pela empresa. Pelos dados analisados, nota-se uma relação pobre entre a eficiência
do sistema e o comportamento aceitável de alguns trabalhadores.
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Sendo assim, é um fator fundamental para o sistema, inserir o trabalhador na
construção das práticas preventivas para redução dos acidentes. Este, quando construtor,
aumenta a favorabilidade das práticas do sistema de gestão. Vale ressaltar que o
comportamento seguro pode ser muitas vezes, a ligação de causa e efeito das atitudes da
liderança, necessariamente um fator importante a ser trabalhado com o propósito de se evitar
acidentes. É importante salientar que a empresa pesquisada tem incluído parte dos
trabalhadores nas elaborações das ferramentas do sistema. Cabe ainda destacar, que para
implementar uma cultura de segurança com tolerância zero, todos devem fazer parte do
sistema, pois certamente vão contribuir para sucesso.
Com relação aos indicadores, há necessidade de direcionar esforços em controles e
checagem, mais precisamente nos indicadores preventivos envolvidos com as atividades
perigosas. Quando se trabalha com indicadores preventivos, os analistas de sistema não
abordam os erros numa visão de busca por culpado, mas sim, numa visão eminentemente de
ações sistêmicas para solução. Um aspecto observado, na análise da pesquisa, é não ter
indicadores preventivos que permitam a liderança ter maior confiabilidade antes da execução
de uma atividade perigosa. Alinhadas à visão pouco favorável dos indicadores preventivos,
várias sugestões de melhorias, envolvendo esses aspectos ora tratados, foram listados:

Indicadores de Análise Preliminar de Riscos.

Indicadores de Permissão de Trabalho.

Indicadores de condições de trabalho.

Indicadores de treinamento para atividades perigosas.

Indicadores de atos abaixo do padrão (comportamental).

Indicadores de incidentes e acidentes com danos materiais, entre outros.
Por fim, para baixa favorabilidade nas questões do Fator Condições dos Postos de
Trabalho, percebe-se um conjunto de fatores que concorrem para dificultar o avanço do fator
na empresa pesquisada. Figura-se em primeiro plano: a falta de informação sobre o tema; o
foco da competitividade em uma economia globalizada; a baixa eficácia dos programas PPRA
e Ergonomia; liderança pouco participativa e inspiradora e o convívio passivo de
trabalhadores expostos ao risco.
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As ferramentas preventivas, por mais aprimoradas que sejam, não são suficientes para
acabar com as condições ambientais apresentadas. Ou seja, seu uso correto depende
fundamentalmente do nível cultural dos ambientes, da liderança e do trabalhador, que quando
em situação de risco eminente sem o mínimo controle ou condição ambiental, se recusar a
trabalhar.
Por outro lado, é nos objetivos estratégicos que se define o foco das atenções e do
envolvimento das pessoas. Uma boa análise crítica da alta direção vai definir o envolvimento
desde a liderança até os trabalhadores do piso de fábrica no sistema de gestão de SST. Quando
o líder entender que segurança está intrínseca no processo produzir, não vai aguardar o
Técnico ou Engenheiro de Segurança resolver um problema que é de sua competência.
Referências
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ALEVATO, Hilda M.R. Gestão de pessoas, grupalidade e saúde no trabalho. Porto
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