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Prof. Cláudio Albuquerque
SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS
INTRODUÇÃO
A palavra segurança vem do latim segurus, que
significa aquilo que se encontra firme, seguro, livre de
perigo, da ansiedade.
A segurança, conforme capitulado pela
Constituição Federal, é considerada dever do Estado.
Considera como preceito fundamental e ainda garante ao
cidadão a condição mínima para sua liberdade.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade...”
“Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o
trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição”
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio...”
Diante desta situação a sociedade clama por
uma sensação de segurança que o Estado deveria, por
força da lei, oferecer. Entretanto, diante da inércia ou
ineficiência do poder estatal, surge uma nova modalidade
que, a passos largos, ganha cada vez mais espaço como
medida de segurança e proteção: a segurança privada.
Deste modo, temos hoje, uma nova opção na
garantia de nossa liberdade. Ocorre que, através dessa
delegação de proteção concedida pelo Estado aos
agentes de seguranças privados abre-se espaço para a
atuação ilegal de profissionais não qualificados ou
aproveitadores. Com isso torna-se imperiosa a
regulamentação do Estado sobre essa atividade
profissional.
Em nosso trabalho veremos um ponto mais
peculiar sobre a atuação da segurança privada: aquela
que se destina a pessoas com notório reconhecimento ou
exposição pública, razão pela qual estão mais sujeitas a
ocorrências que comprometam a sua segurança.
Toda e qualquer pessoa que se encaixe nesse
perfil tais como chefes de estado, celebridades, grandes
empresários, pessoas com forte apelo social, etc., se
sentirão indefesas diante dos perigos que a sociedade
lhes impõe.
CONCEITOS
De acordo com os mais diversos dicionários
podemos definir dignitário como sendo a pessoa que
exerce alta função ou possui alta graduação honorífica.
Porém de maneira mais prática podemos definir como
qualquer pessoa que, por sua exposição, capacidade
social, cargo exercido, entre outros, ocupe posição de
destaque no meio social, político, empresarial que
necessite de suporte para sua proteção. Ainda podemos
defini-lo de acordo com a sigla V.I.P. oriunda do inglês
(very important person).
A segurança de dignitários envolve um aparato
muito grande, não visto comumente nos meios de
segurança mais conhecidos. Ao ser realizada a
segurança de dignitários demandará estudos e
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Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
treinamentos sem os quais todo o procedimento estará
comprometido. Essa segurança, em muitos casos, ainda
necessitará do apoio estatal, o que geralmente ocorre em
deslocamentos em vias públicas que necessitarão do
controle do trânsito e de auxilio de batedores.
Do mesmo modo que estudamos na matéria de
Segurança Física e Patrimonial, na segurança de
dignitários se faz imperiosa a elaboração de um Plano de
Segurança. Esse Plano de Segurança deverá levar em
consideração as particularidades que envolvem o dia-adia do dignitário, prevendo os riscos existentes (o risco é
eminente), a identificação de possíveis agentes
agressores em potencial, prevendo os recursos para a
execução do trabalho de segurança, o histórico de
acontecimentos envolvendo dignitários e diversos modus
operandi possíveis.
Além de todos os requisitos relacionados à
elaboração do Plano de Segurança temos ainda outros
pontos cruciais na segurança de dignitários: a escolha de
pessoal e o treinamento constante dos mesmos. A
escolha dos profissionais deve levar em consideração
fatores como experiência na área, tipos de conhecimento
adquiridos, referências profissionais, existência de
antecedentes criminais e capacidades pessoais
referentes à lealdade, iniciativa, discrição, entre outros.
Uma vez escolhidos os profissionais que farão
esse trabalho cabe o treinamento adequado e a
compatibilização com o Plano de Segurança da
autoridade. Cada profissional deverá saber sobre seu
papel e importância na execução desse serviço. Para
tanto deverão estar atentos aos pontos elencados no
Plano de Segurança, principalmente quanto a possíveis
agentes agressores. São eles:
•
matadores profissionais ou assassinos de
aluguel
•
partidos ou grupos políticos de oposição
•
organizações terroristas
•
antigos desafetos
•
criminosos comuns
•
loucos ou psicopatas
Cabe lembrar ainda que na execução do trabalho
de segurança a dignitários não existe margem para falha.
Caso ela ocorra a equipe de segurança certamente não
terá uma segunda chance de agir. O planejamento,
portanto, sempre será o principal ponto a ser obedecido
pelos agentes.
Ainda no que concerne aos conhecimentos
necessários para atuação na área de segurança privada
precisamos definir os graus de proteção, os tipos de
segurança existentes e os princípios basilares que regem
o trabalho de segurança.
Segundo especialistas a própria segurança se
defina de outra forma mais peculiar como sendo o
conjunto de medidas tomadas com o objetivo de evitar a
surpresa, a espionagem, a sabotagem ou qualquer outro
tipo de perturbação á integridade física e moral da
autoridade.
Ainda há que se diferenciar entre segurança e
defesa, sendo a primeira um estado sem ameaça e a
segunda como um tipo de resposta contra a ameaça.
Os graus de segurança são proteção, cobertura
e vigilância.
•
Proteção: é a ação proporcionada ao dignitário,
de forma a impedir a observação direta, o fogo direto e o
ataque surpresa de um oponente. É obtida graças à
atuação de posicionamento dos Agentes de Segurança
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Pessoal (ASPs): nos flancos, na vanguarda e na
retaguarda.
•
Cobertura:
é
a
ação
de
segurança
proporcionada ao dignitário, com agentes de segurança
pessoal distanciados e orientados em sua direção, que
procuram interceptar, desorganizar e enganar o oponente
antes de sua atuação.
•
Vigilância: é a ação que permite dar o alerta
oportuno de um perigo; normalmente, realiza-se mediante
a observação discreta e sem manifestação de força.
A segurança em torno de uma autoridade, de
acordo com conceitos mundialmente consagrados,
desenvolve-se em três círculos concêntricos:
•
Segurança ostensiva: é formada pelo
policiamento ostensivo e de trânsito apoiados por
bombeiros e médicos. Os encarregados dessa segurança
trabalham uniformizados e com trajes de atividade-fim. O
policiamento ostensivo é responsável, em princípio, pelo
aprisionamento dos agressores.
•
Segurança velada: é representada por
especialistas de inteligência da própria assessoria de
segurança. Muito utilizada na preservação de ambientes
após inspeção técnica ou varredura ou descontaminação,
assim como infiltrada no público em geral.
•
Segurança física aproximada ou pessoal: é a
que atua mais diretamente com o dignitário, conhecendo
suas peculiaridades, podendo, inclusive, haver um vínculo
afetivo. É o seu escudo humano e tem a missão de
mantê-lo vivo. Neste caso, há um agente de segurança
(normalmente o chefe da equipe) próximo dele, a uma
distância máxima igual ao comprimento do braço.
PRINCÍPIOS
A atividade de segurança pessoal necessita de
algumas regras para sua correta execução. Por esta
razão existem alguns princípios que devem ser
observados pelo agente de segurança para garantir a
integridade da autoridade.
•
Principio do objetivo: a atividade de segurança
tem um objetivo principal, claro e definido que é preservar
a integridade física e moral da autoridade.
•
Principio da segurança: consiste nas medidas
necessárias para se manter a inviolabilidade e liberdade
de locomoção do dignitário. É toda medida que visa
impedir uma influência externa, qualquer que seja.
•
Principio da ofensiva: através da obtenção de
informação a equipe de segurança se municia. Ela poderá
tomar a iniciativa em situações emergenciais sem dar
qualquer oportunidade ao oponente.
•
Principio da surpresa: a equipe de segurança
deve procurar surpreender sempre, evitando que o
oponente obtenha resultado em sua ação. A surpresa
permite alcançar o êxito em desproporção ao esforço
dispensado. Com as informações obtidas formulam-se
novos meios de planejamento não esperados pelo
agressor.
•
Principio da simplicidade: devem-se evitar
planos complexos quando não necessários. A segurança
pauta-se em ordens e atitudes claras e simples para
evitar confusão quanto ao entendimento. Somente
quando a situação exigir aumenta-se a complexidade das
ações.
•
Principio da unidade de comando: as forças
investidas na prevenção e na reação de um possível
ataque são otimizadas quando somente uma pessoa é
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Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
responsável por coordenar a equipe. Assim evitam-se
desentendimentos quando a realização das tarefas.
•
Principio de massa: mesmo utilizando-se de
uma equipe numericamente inferior pode-se obter uma
força superior. Isso ocorrerá se as ações forem
desenvolvidas no momento e no local oportuno e na
medida correta.
•
Principio da economia de forças: caracterizase pelo emprego menor de força nos pontos não
considerados como principais na defesa do dignitário.
Concentrar uma equipe proporcionalmente maior ao
entorno do dignitário e espalhar agentes de segurança
em meio ao público seria um exemplo deste principio.
•
Principio da manobra: além de saber quando
agir e como empregar a força utilizada é necessário que a
equipe saiba trabalhar em conjunto com o apoio
adequado e com flexibilidade para enfrentar alterações
nas situações mais criticas.
FUNDAMENTOS
Além dos princípios a serem observados, devese obedecer alguns fundamentos também necessários a
correta atuação do profissional de segurança. São eles:
•
Utilização apropriada do terreno: cabe a
equipe de segurança avaliar as condições do terreno em
que a segurança vai se desenvolver aproveitando pontos
estratégicos ou, quando da impossibilidade de
aproveitamento pela equipe, procurar caminhos ou locais
alternativos para circulação da autoridade.
•
Necessidade de segurança em todas as
direções: procurar verificar todas as direções para evitar
uma surpresa que comprometa a segurança.
•
Defesa em todas as direções: demanda o
preparo da equipe para responder a qualquer ataque
venha de onde vier.
•
Defesa em profundidade: a partir da criação de
anéis de segurança em volta do protegido, visa
desengajar uma situação de problema e impedir um
ataque oriundo da retaguarda, retirando o dignitário para
um local seguro.
•
Flexibilidade: equipe de segurança preparada
para se adaptar e combater com tranqüilidade qualquer
situação nova que surgir.
•
Dispersão: a priori o trabalho da equipe de
segurança desenvolve-se como atividade defensiva e,
portanto, a equipe deve estar preparada para dispersar a
fim de proteger a autoridade.
•
Apoio mútuo: o posicionamento da equipe de
segurança deve permitir que na ausência de um dos
agentes outro possa assumir o seu lugar e manter o nível
de segurança desejado.
•
Máximo uso da ação ofensiva (iniciativa): a
neutralização do agressor deve ser imediata e
proporcionar a cessação da ofensiva para preservar a
vida do dignitário.
•
Integração e coordenação das medidas de
segurança: não somente a equipe de segurança
participa da ação de proteção a autoridade. Outras
equipes devem auxiliá-los tais como equipes de primeiros
socorros, de policiamento de trânsito, de comunicação
social, de cerimonial, dentre outras, devendo haver
integração para execução das ações.
Ainda podemos destacar outros quesitos na
atividade de segurança que são os métodos de atuação
ou de ação tática que serão utilizados pelos agentes de
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segurança. Referem-se ao modo de agir e irão determinar
todas as atitudes da equipe.
•
Prevenir – A melhor forma de proteção à pessoa
é não se colocar em uma situação difícil quando isto pode
ser evitável.
•
Não Reagir – Existem situações que não
aconselham a reação, normalmente quando não foi feita
ainda a avaliação do risco para a reação, quando a
desvantagem é evidente, as perdas serão apenas
materiais ou quando não temos capacitação emocional,
física ou técnica para dominar o(s) adversário(s).
•
Negociar – A negociação serve para minimizar
as perdas materiais ou de vidas, mudar uma situação
desfavorável evitando a violência, dissuadir ou render o
adversário.
•
Fugir – A fuga é uma opção válida quando a
desvantagem é muito grande em relação ao(s)
adversário(s) ou quando queremos evitar o conflito.
•
Reagir – para uma reação efetiva é necessário
controlar a si mesmo, controlar o adversário e controlar a
situação.
SELEÇÃO DE PESSOAL
Trata-se de um ponto crucial a ser observado no
trabalho de segurança voltado para autoridades.
Contratar um profissional que não possui experiência ou
qualidades essenciais implica em colocar em xeque o
objetivo principal da missão: a manutenção da paz do
dignitário. Não se admite de forma alguma que a pessoa
responsável pela segurança dessa autoridade seja
despreparada e truculenta.
Dentre
as
qualidades
necessárias
desempenho da função podemos citar:
•
Resistência à fadiga
•
Lealdade
•
Honestidade
•
Discrição
•
Manejo de armas
•
Coragem
•
Dedicação
•
Educação
•
Serenidade
•
Inteligência
•
Decisão
•
Noções de defesa pessoal
•
Nível intelectual e cultural
ao
Deve-se observar ainda se o candidato a função
de segurança possui um passado sem antecedentes
criminais através de certidões expedidas pela Justiças
federal, estadual, militar e eleitoral.
Para aquele que almeja desenvolver a atividade
é necessário também verificar suas condições físicas e de
saúde, realizar estágio básico de segurança pessoal e
reciclar-se periodicamente através de um treinamento
adequado haja vista a atividade não admitir erro.
TREINAMENTO
Para que o agente de segurança pessoal esteja
apto a desempenhar com eficiência e eficácia suas
funções de proteger a vida do dignitário ele deve passar
por um treinamento que o habilite a responder toda e
qualquer ação que ocorra.
O
treinamento
constante
e
adequado
possibilitará ao agente de segurança desenvolver
habilidades que acabarão se massificando e criando uma
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Segurança Aula 4
memória muscular. Dificultar os treinos e aproximá-los da
realidade fará com que o agente esteja preparado para
todas as adversidades ocorridas.
Com esse treinamento o agente conseguirá
desenvolver novas qualidades que o farão saber quando
agir e reagir e qual gradiente de força empregar para
eliminar a agressão. Serão valorizadas as atitudes mais
coerentes com cada caso. As qualidades possibilitarão ao
agente saber quando prevenir, quando reagir e perceber
situações suspeitas.
Ainda assim o agente de segurança deverá ter
outros conhecimentos que não só referentes à psicologia
adotada na esfera de segurança. Habilidades relativas à
defesa pessoal, utilização de armamento letal e menos
letal, técnicas de condução de veículos, apresentação
pessoal e etiqueta, entre outras, complementam a
atuação do agente.
PREVENÇÃO
Antes de pensar em reagir em uma situação de
confronto, devemos mudar nossos hábitos de vida e
começar a adotar pequenas regras no dia-a-dia para
diminuir o risco de nos tornarmos vítimas. A regra é ainda
mais importante para o profissional de segurança que
cuida da vida das pessoas que confiaram em seu
trabalho. A proteção contra a violência deve ser uma
estrutura sólida que trabalha em diferentes níveis para
consolidar uma segurança plena. Muitas pessoas temem
a violência, mas não devemos ser dominados por este
medo.
Os elementos preventivos são:
•
Conhecimento – de como o criminoso pensa e
age. Conhecer torna possível antecipar e evitar.
Existem vários tipos de criminosos: Amadores,
profissionais, loucos, por paixão, etc. que em um próximo
trabalho descreverei com mais detalhes, que em geral
estudam a sua vítima, busca uma oportunidade de agir,
atacam, alcançam o objetivo e fogem.
•
Barreiras Físicas e Eletrônicas
Barreiras físicas: muros, cercas, blindagem em veículos,
etc. – Barreiras eletrônicas: alarmes, CFTV, rastreadores,
etc.
•
Mudança de Hábitos – as pessoas se apegam a
hábitos no seu dia-a-dia, muitas vezes seguindo rotinas
rígidas, como sair de casa sempre no mesmo horário, ou
utilizar o mesmo percurso para ir ao serviço. Mudanças
de hábitos ou quebras na rotina evitam sermos escolhidos
como vítimas. Hoje, em São Paulo, é comum ver pessoas
mantendo a distância de outros carros e se posicionando
de maneira inteligente em faróis, deixando o carro no
estacionamento ao invés de deixá-lo na rua, etc.
•
Atenção – esperar o inesperado é o ditado da
pessoa prevenida. Ter a mente alerta pode salvar a sua
vida. Muitas vezes, apenas o fato do marginal perceber
que a potencial vítima percebeu sua intenção, já
desestimula sua investida.
•
Barreiras Humanas – o “fator de impedimento”
oferecido pela presença do profissional de segurança é
inestimável. Se a equipe está alerta e firme em suas
responsabilidades o controle da situação será evidente.
REAÇÃO
Reagir com sucesso depende de vários fatores.
Os animais em situações de perigo preparam o seu corpo
para fugir ou lutar. O ser humano em sua complexidade
tem muitas outras saídas. A reação em geral é dividida
em reação passiva e reação ativa.
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A reação passiva é a maneira como o indivíduo
reage a uma situação de risco, mudando de forma
consciente ou inconsciente seu metabolismo frente a uma
situação de stress.
Antes de falarmos da reação ativa, é importante
saber o momento para efetuar este tipo de reação. A
mídia em geral, a polícia e até especialistas
desaconselham uma reação. A “não reação” parece ser a
palavra de ordem do dia, mas a marginalidade não
respeita esta regra, muitas vezes pessoas que não
efetuaram reação alguma contra o marginal foram
estupradas ou mortas. Para saber o momento da reação
é importante considerar:
•
Intenção – ter a capacidade de perceber qual é a
real intenção do marginal é o fator mais importante para
pensar em uma possível reação. O marginal que deseja
apenas tirar os bens materiais da vítima não deve ser
confrontado. O problema surge quando existe a
motivação para cometer um crime sexual ou, pior, para
matar a vítima, é neste contexto que a reação se torna
impreterível e seu sucesso crítico;
•
Comportamento – a leitura dos sinais verbais e
não verbais do marginal é importantíssima. Um indivíduo
drogado, bêbado ou com nervosismo excessivo, pode
mesmo por descuido, acidente, ou imperícia matar a
vítima. Quanto mais sinais forem demonstrados pelo
marginal, maior a necessidade de uma possível reação;
•
Avaliação do Risco – é a noção exata de nossa
capacidade de reação em relação ao(s) adversário(s),
considerando: Número e distância (sozinho/Grupo –
longe/perto) e o Tipo de ameaça (faca/arma de fogo).
A reação Ativa compreende dois tipos principais:
Reação com Meios Letais e Reação com meios Menos
Letais.
Reação Letal
A maior parte dos profissionais de segurança
prefere pensar em reagir com suas armas, embora de
suma importância, existem algumas considerações a
serem feitas antes de empregá-las:
•
Disponibilidade de armas: seguranças não
podem portar armas em muitos locais quando
acompanham o Principal – aviões, locais de aglomeração,
casas noturnas, etc.
•
Análise da ameaça – exemplificando: um bêbado
não requer o uso de armas.
•
Local da missão – um local público, onde o fogo
cruzado pode causar baixas em espectadores inocentes
deve ser uma preocupação constante.
•
Diretrizes do Cliente – o emprego de armas deve
ser consistente com a política interna da empresa e com
as leis de cada país onde o Principal esteja.
Reação Menos Letal
Existem várias opções de reação não letal,
embora a maior parte dos agentes de segurança
menospreza esta opção, dando prioridade ao uso da
arma de fogo. Técnicas menos letais é uma ferramenta
muito importante para o agente de segurança, já que ao
contrário da arma de fogo, visam preservar a integridade
física do agressor, com técnicas e equipamentos
apropriados, seguindo os modernos preceitos adotados
ao redor do mundo em relação ao uso da força. O uso
excessivo, indevido ou arbitrário de força que cause
danos físicos ou morais, deve ser evitado para isto
necessitando de soluções inovadoras que aliem
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Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
aplicabilidade e eficiência, evitando ações penais ou
indenizatórias, além de evitar situações que causem
constrangimento ao dignitário, por exemplo, em uma festa
o segurança controlar um convidado bêbado com uma
imobilização ao invés de apontar a arma para ele.
Dentre as técnicas e equipamentos que
podem ser utilizados estão:
•
Defesa pessoal utilizando-se de alguma arte
marcial
•
Técnicas de imobilização através de pontos de
pressão
•
Uso de bastões retráteis
•
Uso de munições e espargidores fulmígenos
PERCEPÇÃO
Uma das mais importantes habilidades que
devemos desenvolver é a leitura corporal. O corpo
humano emite constantemente “sinais” que podem ser
interpretados para prever as atitudes que serão tomadas
pelas pessoas.
O marginal procura pesar os riscos e os
benefícios que terá se agir. A primeira etapa é o
levantamento para a ação criminosa, onde há a escolha
da vítima. Neste momento de estudo, há vários
indicadores que chamam a atenção e que devem ser
percebidos:
Roupas – uma pessoa que utiliza casaco em um dia de
calor pode estar escondendo uma arma;
Acessórios - objetos podem ocultar ou dissimular uma
arma, sacolas, jornais, caixas, etc;
Posicionamento – o marginal escolhe um local onde
pode observar a vítima e escolhe o melhor ponto para
agir, procura também uma posição protegida para
aumentar o grau de risco para o agressor;
Movimentação – olhar ao redor (para ver se não há
ninguém que ofereça risco na hora da ação criminosa),
movimentos bruscos (colocar a mão por dentro do casaco
rapidamente), passar sinais ou olhares para outros
membros da quadrilha, etc. O principal a ser observado
é sempre as mãos!
Indicadores de Tensão e Ansiedade:
- Face ficar vermelha
- A boca semi-aberta
- Os dentes cerrados
- Respiração rápida
- Movimentos repetitivos e/ou exagerados
- Apontar com o dedo
- Fechar o punho
- Estalar as articulações
- Colocar as mãos atrás da cabeça ou pescoço
- Olhar fixamente ou encarar
- Tiques nervosos (piscar insistentemente)
- Movimentos nítidos de aliviar a tensão (alongar o tronco
ou pescoço)
Porte Físico – O nível de ameaça depende de vários
fatores, inclusive do tamanho do adversário.
Distância/Aproximação – o marginal deve se aproximar
da vítima, imobilizando-a, física e psicologicamente,
alcançando seu objetivo e fugindo. É importante
desenvolver a noção de distância, quando há a
aproximação do elemento, pois possibilita:
- Evitar ser surpreendido
- Evadir-se do local de risco
- Melhorar a condição de defesa
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Segurança Aula 4
- Efetuar uma reação mais eficaz quando o confronto é
inevitável.
•
Quadrilhas com pelo menos quatro integrantes,
com ligações com o crime organizado.
Há 4 áreas distintas:
- Área Íntima (0,01 a 0,50m): é a área crítica, onde
apenas as pessoas de maior confiança (membros da
família e amigos muito próximos) podem se aproximar;
- Não profissionais
•
Juventude;
•
Amadorismo;
•
Ousadia;
•
A maioria não tem ficha criminal;
•
Falta de planejamento;
•
Imprevisibilidade;
•
Agem em dupla;
•
A maior parte desses criminosos age armada;
•
Agressividade.
- Área Pessoal (0,51 a 1,50m): é a segunda área de
confiança, destinada às pessoas do nosso convívio diário;
- Área Social (1,51m a 3,60m): área onde tratamos a
maior parte das pessoas, nos possibilitando ter campo de
visão e capacidade de reação, o círculo final da área
social, compreende o que é chamado círculo interno;
- Área Pública (acima de 3,61m): qualquer pessoa que
deixe a área pública e avance em nossa área social é um
indicativo de perigo que deve ser observado e se
necessário, neutralizado.
O segurança deve aperfeiçoar seus sentidos, ao
mesmo tempo em que deve ter um olhar amplo de todo o
cenário procurando não ser pego de surpresa, ele deve
buscar o específico (nervosismo/atitudes), avaliando as
opções e tomando as medidas necessárias. É necessário
um trabalho em conjunto onde não apenas deve-se
detectar a ameaça e sim, informar aos outros elementos
da equipe de segurança.
Círculos de Proteção
- Perímetro de Proteção Primário ou Círculo Interno (Até
3,6m): É a área delimitada para assegurar a integridade
física do VIP, impedindo qualquer tipo de ameaça.
- Círculo Médio (de 3,6 até 20 m): é a área de visão onde
o agente de segurança deve identificar ameaças que
entrarão rapidamente em sua área de ação.
- Círculo Externo (de 20 a 200 m): é a área destinada à
antecipação de ameaças, tais como ruas obstruídas ou
com trânsito intenso que facilitam a abordagem de
criminosos; neste caso, procuram-se rotas alternativas.
SITUAÇÕES DE RISCO MAIS COMUNS
Ação Criminosa
A ação criminosa se desenvolve através de um
trinômio compreendido por:
•
Habilidade – significa saber dominar a vítima
para alcançar seu objetivo com sucesso, que em geral
pode ser roubar ou matar.
•
Oportunidade – a maior parte das vezes, quem
oferece a oportunidade para o criminoso agir é a própria
vítima, por desatenção e não observar regras básicas de
segurança.
•
Intenção – O marginal já tem a mente preparada
para cometer o crime e está preparado para usar a
violência se necessário.
Os criminosos podem ser divididos em:
- Profissionais
•
Planejamento da ação criminosa;
•
Maior experiência;
•
Maior controle emocional;
•
Menos perigosos no geral, porém, tornam-se
cruéis se algo der errado;
•
Assume o risco de uma ação mais prolongada;
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O que o criminoso não profissional tem em comum com o
profissional? Em geral, querem subjugar a vítima,
imobilizando física e psicologicamente, não aceitando
serem contrariados. O dado é importante, já que a equipe
de segurança é um empecilho a ser removido e é sobre
ela que recairá a maior parte da agressividade do
criminoso.
Modus Operandi da Quadrilha
Seleção do Alvo: para isso ele levará em consideração
duas coisas, o risco que correrá enfrentando a equipe de
segurança que pode tirar sua vida ou mandá-lo para a
cadeia e qual será o lucro que poderá tirar de sua ação
criminosa. “O marginal sempre quer o mais fácil”.
Levantamento de Informações: é a fase onde a
quadrilha se aproxima do alvo, procurando conseguir o
maior número possível de informações, principalmente:
•
Residência – contato com empregados ou
infiltrando uma pessoa;
•
Trabalho – para obter informações privilegiadas;
•
Rotina Diária – horários de saída, chegada,
percursos, escola, academia, etc;
•
Familiares – cônjuge, filhos, parentes mais
próximos, etc;
•
Fins de Semana – saídas, passeios, diversão,
lazer, etc;
•
Aspecto Financeiro/Custos.
É a melhor fase para interromper a ação criminosa, as
dificuldades desestimularão a quadrilha.
Planejamento: a quadrilha fez a escolha do seu alvo e já
tem as informações necessárias, observadas as
vulnerabilidades,
principalmente
as
falhas
de
procedimento da equipe de segurança, é hora de:
•
Escolher/Contratar o pessoal e distribuir as
funções dos membros da quadrilha;
•
Local para abordagem e se necessário do
cativeiro em caso de seqüestro;
•
Melhor horário para a ação criminosa;
•
Quais os meios necessários;
•
Apoio logístico;
•
Modus Operandi, como será feita a ação
criminosa;
•
Quais alternativas em caso de alguma coisa sair
errada.
Execução da Ação Criminosa: a quadrilha escolheu seu
alvo e agora fará a abordagem. Não há como fazer
prevenção. Os marginais têm a vantagem do elemento
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surpresa e de escolher o horário e local que atacarão.
Nesta fase teremos:
•
Parar o alvo, preferencialmente neutralizando a
equipe de segurança;
•
Imobilizar, física e psicologicamente a vítima,
através da agressividade e ameaças;
•
Alcançar o objetivo;
•
Fugir, evitando perseguições.
Principais Riscos
1 – Seqüestro
Definição: É a forma primária de se restringir alguém a
liberdade, o direito de locomoções, forçando sua
permanência em espaços limitados, dos quais fica
impedido de sair.
Os seqüestros no Brasil tiveram quatro fases distintas:
•
A primeira iniciou-se em 1969, com o seqüestro
do embaixador Norte Americano, Charles Elbrick, tinha
motivações políticas.
•
Na segunda os alvos eram os grandes
empresários e banqueiros, passando de interesses
políticos para financeiros.
•
Na terceira os criminosos escolhiam pequenos e
médios empresários, comerciantes e profissionais
liberais. O número de casos cresceu.
•
A quarta foi marcada pela banalização do
seqüestro, onde pequenos criminosos escolhiam
indiscriminadamente qualquer pessoa, muitas vezes para
fazer pequenos saques ou pedir valores muito baixos.
2 – Atentados
Definição: É qualquer ação criminosa contra uma pessoa,
realizada com a finalidade de ferir a integridade física ou
moral, podendo o ataque ser direto ou indireto.
Formas mais comuns de atentados:
•
Arma de fogo a longa distância – John Fitzgerald
Kennedy;
•
Arma de fogo a curta distância – Ronald Reagan;
•
Arma branca a média ou longa distância – arcos,
balestras, lanças, etc;
•
Arma branca a curta distância – o ator Christian
Slater escapou de um atentado a faca na noite de sábado
em Londres. Slater deixava o teatro e foi atacado por um
homem não identificado de 44 anos.
•
Dispositivos Improvisados – bombas de bola de
gude;
•
Cartas Bomba;
•
Substâncias químicas letais de ação externa –
elementos radiativos, gases tóxicos, etc;
•
Substâncias químicas letais de ação interna –
venenos em alimentos;
•
Substâncias biológicas – cartas com Antrax;
•
Explosivos – no Brasil, dispositivos de fabricação
caseira, no exterior os de altos explosivos são mais
comuns.
Principais Tipos:
•
Maníacos depressivos;
•
Personalidade anti-social (psicopata);
•
Personalidade desajustada;
•
Fanáticos (políticos e religiosos).
6
Atualizada 30/10/2009
Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
Motivações:
•
Políticas – desestabilizar o governo, modificar o
regime ou situação política do Estado;
•
Religiosas – crimes em nome da religião são
comuns e tem chamado a atenção Internacional,
destacando os atentados de 11 de setembro e de Madri;
•
Raciais – o preconceito leva as pessoas a
atentar contra indivíduos por sua cor ou por defender ou
discordar de determinado segmento racial;
•
Econômicas – para ganhos pessoais ou
empresariais ou por não concordar com medidas
econômicas tomadas por determinada autoridade;
•
Ideológicas – por discordar da ideologia da
pessoa ou autoridade que entra em conflito com a área
de interesse do agressor;
•
Mercenária – o atentado ocorre por interesses
financeiros de quem executa o serviço;
•
Psicológicas – Indivíduos desequilibrados que
alimentam fantasias em relação a seus ídolos ou
simplesmente para chamar a atenção.
O que deve ser levado em conta para fazer a Proteção:
•
Grau de risco
•
A Conjuntura atual, em todos os seus aspectos:
֜ Políticos
֜ Culturais
֜ Econômicos
֜ Sociais
•
•
•
Importância da Autoridade
Comportamento da Autoridade
Disponibilidade de Recursos
PLANEJAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
As medidas de segurança são necessárias em
todos os locais em que dignitário transite. Elas ocorrerão
antes, durante e depois a presença dele. Esse
planejamento deverá conter todas as peculiaridades
relativas à autoridade, iniciando-se pelo levantamento dos
dados do local a ser visitado, possibilidade de forças
oponentes, forças aliadas, meios disponíveis, tarefa a ser
cumprida, execução, logística, comunicações, itinerários e
meios de deslocamento e comboio.
Características do ambiente a ser visitado: neste ponto
deverão ser verificadas as condições estruturais do local,
se as mesmas oferecem condições para um ataque
surpresa, pontos cegos para atiradores, proximidade de
pontos dominantes, proximidade de corporações policiais,
possibilidade de evasão por meio aéreo dentre outras.
Também é necessária varredura completa do
local, seja ela de rotina (ambiente conhecido pela equipe
de segurança), de visita (ambiente estranho à presença
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da autoridade), de vazamento ou infiltrações (com a
finalidade de evitar entrada de pessoas estranhas em
ambiente reservado), de perigo eminente (por ocasião de
ameaças, por carta ou telefonema, perturbação da
ordem) ou de instalação (quando o imóvel será
temporariamente ocupado pelo dignitário).
Sendo a ocupação realizada de forma definitiva
ou por período prolongado será necessária a segurança
física das instalações com elaboração de plano de defesa
que contemple riscos de invasão e medidas preventivas.
A segurança do imóvel será realizada como vimos no
material de Segurança Física e Patrimonial, tendo como
principio básico o controle de acesso para impossibilitar a
entrada de pessoas não autorizadas.
Situação das forças oponentes: toda e qualquer
possibilidade de atuação criminosa deve ser considerada.
O simples fato de existirem pontos dominantes na região
do evento irá mobilizar a equipe de segurança avaliar seu
poder de atuação/manifestação.
No caso de instalações temporárias ou
definitivas da autoridade devem-se escolher locais com o
mínimo de influência externa ou sem possibilidade de
ocorrências emergenciais.
Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
Comunicações: considerada como meio vulnerável no
trabalho de segurança pessoal de autoridades as
comunicações merecem atenção especial. Deve-se
atentar principalmente para as atividades de contrainteligência desenvolvidas no intuito de garantir o sigilo
necessário para o sucesso da atividade realizada.
A escolha do meio de comunicação utilizado
deverá levar em conta o grau de risco a que está sujeito.
Optar por equipamentos de qualidade e sistemas de
identificação de escutas clandestinas ajuda o profissional
a desenvolver sua atividade com mais eficiência.
Outro ponto crucial para esse item é a escolha
de uma codificação (geralmente alfa-numérica) que
garanta sigilo e clareza entre as informações trocadas
pelos agentes de segurança. Pessoas estranhas que
possam ter acesso a essa codificação podem
comprometer todo o planejamento.
Itinerários: um método de designá-los com maior
eficiência e discrição é estabelecer números para cada
itinerário escolhido. A escolha de somente um itinerário
compromete a segurança da autoridade. Existem varias
classificações para os mesmos:
Quanto à proteção:
Forças aliadas: deve-se verificar se nas instalações já
existem outros tipos de vigilância que poderão atuar
conjuntamente, sob o comando da equipe de segurança.
Forças policiais muitas vezes também são necessárias e
devem ser consideradas na escolha do local e na
organização de determinado evento que conte com a
presença do dignitário.
Coberto: possui um aparato de segurança por toda sua
extensão, garantindo a proteção necessária ao
deslocamento da autoridade.
Descoberto: não possui condições de segurança
necessárias ao deslocamento.
Quanto ao meio:
Meios disponíveis: trata-se de elencar no plano de
segurança quais os meios que serão utilizados para
garantir a segurança do dignitário. Podemos considerar
como exemplo uma viatura policial que fará a guarda
externa de forma ostensiva ou mesmo um helicóptero
preparado para uma saída emergencial.
Sendo o plano de segurança diário da
autoridade, neste ponto estarão descritos os meios
utilizados para deslocamento rotineiro.
Tarefa: deverá contemplar o objetivo principal: possibilitar
a liberdade de locomoção da autoridade, garantindo sua
integridade física e moral, sem ocorrência de
interferências externas ou internas.
Execução: parte do planejamento de segurança que
determinará a função de cada componente da equipe,
descrevendo procedimentos e atitudes a serem tomadas,
tal qual um manual de instruções, que deverá ser
estudado, discutido e treinado, estabelecendo prazos,
condições e possíveis técnicas de ação imediatas.
Logística: estabelecerá instruções sobre como será o
apoio logístico citando generalidades, suprimentos (de
alimentação, combustível, munição letal e menos letal,
água, documentos, remédios e equipamentos especiais),
meios de transporte (terrestre, aéreo, aquático ou misto),
saúde (plano de emergência para hospitais de apoio e
formas de evacuação), manutenção e pessoal
(composição das equipes de segurança pessoal, velada e
ostensiva, corpo de bombeiros, policia e paramédicos e
conduta em caso de incidente e acidente).
Atualizada 30/10/2009
Terrestre: aquele em que predomina este meio,
podendo ser deslocado a pé.
Aquático: aquele em que predomina este meio, podendo
ser em rios, lagos e mar.
Aéreo: realizado em aeronave de asa fixa ou móvel.
Misto: aquele que utiliza mais de um meio de locomoção.
Quanto à extensão:
Longo: realizado entre pontos
podendo ser considerado uma viagem.
Curto: realizado em trechos curtos.
distantes
Quanto ao sigilo:
Ostensivo: é de conhecimento público, normalmente
utilizando grande quantidade de meios e de efetivo.
Reservado: é de conhecimento restrito a assessoria de
segurança, normalmente utilizado quando se deseja a
máxima discrição.
Em razão de a maioria dos atentados e
incidentes diversos ocorrerem durante o deslocamento da
autoridade, deve-se atentar para inúmeros fatores que
podem influenciar o trabalho da equipe de segurança,
como: existência de apoio, existência de pontos críticos,
condições de trafegabilidade, etc.
Meios de deslocamento e comboio: pelo mesmo motivo
de exposição constante da autoridade a escolha do meio
adequado de deslocamento e o tipo de comboio realizado
merecem atenção especial.
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Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
Como já vimos, a escolha do meio de transporte
utilizado dependerá de cada situação ou da inexistência
de outro meio seguro, podendo inclusive ser realizada a
pé.
Com relação ao modo de comboio realizado
existem vários modelos a serem seguidos, sendo a opção
com cinco veículos o ideal mínimo a ser utilizado, e o
mínimo aceitável dois veículos.
No modelo com cinco veículos a distribuição
ficaria da seguinte forma:
•
Veiculo 01: realizará a varredura do itinerário
identificando
possíveis
pontos
vulneráveis
ou
anormalidades, podendo inclusive indicar caminho
alternativo. Segue a frente e afastado dos demais
veículos do comboio.
•
Veiculo 02: irá se deslocar logo a frente do
veiculo do dignitário com a missão de proteger a
vanguarda e os flancos, devendo possuir robustez para
desobstruir a passagem no caso de bloqueios.
•
Veiculo 03: veiculo que conduzirá a autoridade
devendo possuir características especiais como elevada
potência e blindagem.
•
Veiculo 04: proporcionará a segurança imediata
da autoridade deslocando-se logo a retaguarda do veiculo
03. Deverá ser um veiculo de maior porte para possibilitar
uma visão mais ampla sobre os demais veículos. É o
veiculo onde serão transportados os armamentos de
maior calibre no caso de uma ação imediata.
•
Veiculo 05: de mesmas características do veiculo
03, servirá como opção reserva no caso de alguma
emergência e também para cobrir a retaguarda do
comboio.
Técnicas de Evasão:
As técnicas descritas devem ser utilizadas com
extremo cuidado, em situações de perseguição onde a
vida do dignitário está em risco, já que a maioria das
manobras são proibidas pelo código nacional de trânsito,
além de serem muito arriscadas.
Para a condução adequada do comboio existem
algumas regras a serem observadas para impedir evento
adverso. Manter distância de segurança dos demais
veículos e dos demais do comboio considerando
condições da via, visibilidade e tráfego, trafegar na
velocidade máxima estabelecida para a via (considerar a
segurança
no
deslocamento),
deverão
ocorrer
movimentos simétricos e compassados entre os veículos
do comboio, estacionar os veículos de modo a permitir
manobras rápidas e seguras e manter as condições dos
veículos em ordem, inclusive realizando varreduras nos
mesmos, fazem parte dessa lista de regras.
֜ Puxar o freio de mão (tecla acionada, puxar forte,
Para a condução dos veículos no trabalho de
segurança o agente deverá possuir curso de direção
defensiva, evasiva e ofensiva.
O agende de segurança deve conhecer o
veículo, dominar técnicas de direção defensiva para evitar
acidentes e utilizando técnicas de direção evasiva que
auxiliam na fuga em caso de estar sendo perseguido por
marginais que querem seqüestrar o VIP.
Definições:
•
Direção Defensiva – visa evitar a ocorrência de
acidentes de trânsito, apesar dos erros dos demais
motoristas;
•
Direção Evasiva – é quando se utiliza o veículo
como meio de fuga (para evitar um seqüestro ou
atentando, por exemplo);
•
Direção Ofensiva – é a utilização do veículo para
perseguir outro, furar bloqueios, ou imobilizar outros
veículos (não se utilizará o veiculo em que se encontra a
autoridade para realizar esse tipo de condução em razão
do grau de perigo existente; quando o dignitário estiver
presente serão realizadas somente manobras evasivas).
8
Atualizada 30/10/2009
•
Avançar no sinal vermelho ou entrar na
contramão;
•
Cortar a pista procurando uma via de escape;
•
Fazer conversões de última hora em alta
velocidade;
•
Fazer uma curva e estacionar em local protegido
ou oculto;
•
Atravessar calçadas, gramados ou ilhas, faça a
manobra em um ângulo entre 30º e 45º;
•
Cavalo de Pau de Frente
֜ Pisar na embreagem;
֜ Acima de 60 km/h há possibilidade de o carro capotar;
֜ Girar o volante de 3 para 9 horas ou de 9 para 3 horas;
mantendo a tecla acionada até finalizar o giro de 180º);
֜ Câmbio automático, colocar no neutro.
•
Cavalo de Pau de Ré
֜ Pisar na embreagem;
֜ Girar o volante de 3 para 9 horas ou de 9 para 3 horas;
֜ Leve toque no freio de pé, se o veículo sinalizar que irá
tombar;
Temos ainda que destacar a importância dos
deslocamentos a pé, onde a segurança da autoridade
está reduzida ao escudo formado pela equipe de
segurança e por medidas preventivas nos arredores da
localidade.
Tipos de Formações
1 – Dignitário + Motorista segurança:
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No Brasil, muitas pessoas contratam um motorista que
tem funções de agente de segurança ou vice-versa. É um
erro muito grave que dificulta a correta proteção, tanto do
agente quanto do dignitário.
2 – Dignitário + Dois Agentes
É o mínimo necessário para a proteção do dignitário. O
líder permanece atrás na formação.
Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
Losango: Tipo de Formação cerrada usada quando há
risco de ataques, possibilita maior proteção.
Box ou caixa: Formação cerrada para formar “paredes” de
proteção para o dignitário
5 – Dignitário + Cinco Agentes
Também conhecida como formação em “S” por causa da
disposição dos agentes. É mundialmente empregada na
segurança como uma das mais compactas e eficientes
formas de se conduzir um dignitário a pé. Sendo que
praticamente todos os ângulos de ataque poderão ser
cobertos por qualquer dos agentes de segurança.
Chefe da equipe: responsável por combater a ameaça
de qualquer lado que venha.
Ponta: agente de segurança que segue mais a
vanguarda para identificar possíveis riscos e dar o
primeiro combate.
Mosca: responsável por retirar o dignitário da situação de
risco para o lado contrário da ameaça. Sendo que só
deve sacar a arma em último caso, ou em falha do chefe
de equipe.
TECNICAS DE AÇÃO IMEDIATA
3 – Dignitário + Três Agentes
Com três agentes é possível conferir maior proteção ao
dignitário, podemos subdividir em:
Triangulo: Tipo de Formação cerrada usada quando há
risco de ataques, possibilita maior proteção. O ala se
desloca para ficar sempre no lado de maior risco.
Cunha ou V: Formação utilizada quando a frente onde se
desloca o dignitário está protegida.
4 – Dignitário + Quatro Agentes
Neste caso proporciona-se maior segurança ao dignitário,
podendo ser dividida em:
Atualizada 30/10/2009
Ameaça: Agressão verbal.
Um suspeito começa a agredir verbalmente o Dignitário
causando constrangimento, podendo escalar uma ação
mais violenta.
1 – Ponta se aproxima do Agressor e deve evitar sua
aproximação do Dignitário
2 – Líder retira o Dignitário do local pelo lado oposto do
risco
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Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
3 – Posicionamento: Os Alas se aproximam do Dignitário,
um verifica possíveis ameaças e o outro protegerá a
retirada do Dignitário
4 – O Ponta deve ter amplo domínio de técnicas de
defesa pessoal, capacidade de neutralizar a ameaça e
procurar voltar o mais rápido possível à equipe
Ameaça: Arma branca
O Agressor porta uma faca, a ameaça representa alto
risco para o Dignitário.
1 – O Ponta deve: Detectar (a ameaça), Desviar (a arma
do Dignitário), Desarmar/Derrubar (imobilizar o agressor),
Debandar (voltar à equipe)
2 – Os Alas farão o “paredão de fogo” e só executarão
disparos se o Ponta falhar em imobilizar o agressor
3 – O Líder curva o Dignitário e retira-o do local do risco
1 – Ponta se aproxima do Suspeito e utiliza do bastão
retrátil para proteger o Dignitário
2 – Líder retira o Dignitário do local pelo lado oposto do
risco
3 – O Ala deve tomar cuidado para não apontar a arma
nas costas do ponta
Ameaça: Arma de Fogo Longa Distância (acima de 3
metros de distância)
O Agressor está a aproximadamente 6 metros de
distância e saca uma arma de fogo.
1 – Gritar: Arma de fogo 12 horas (perigo à frente)
2 – Ponta e o Ala da direita fazem o “paredão de fogo”,
para proteger a retirada do Dignitário
3 – O Líder curva o VIP e retira-o da área de risco
Ameaça: Arma de Fogo Curta Distância (até 3 metros de
distância)
Em uma solenidade o Agressor saca uma arma de fogo e
está a menos De 3 metros do Ponta.
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Atualizada 30/10/2009
ARMAMENTO
Portabilidade e confiabilidade: duas palavras que
bem poderiam resumir o porte seguro de armas de fogo.
A melhor arma é aquela com a qual estamos mais
habituados e com a qual treinamos freqüentemente.
O revólver e a pistola são as armas de fogo mais
comuns, utilizadas por agentes de segurança. Existem
limitações legais para os agentes de segurança privados
que podem utilizar revólveres, até o calibre.38 e pistolas
semi-automáticas, até o calibre .380 ACP (9mm curto).
Revólver
Menor
capacidade
de
munição 5 a 7 tiros em
média
Pistola
Maior
capacidade
de
munição
(depende
do
carregador, 7 a 19 tiros em
média)
Remuniciamento
mais Remuniciamento
mais
demorado (o ideal é utilizar rápido, apenas apertando
“Speed ou Jet loaders”)
um botão e trocando o
carregador
Maior confiabilidade
Maior risco de problemas de
mau funcionamento
Facilidade no manuseio e Requer mais técnica do
manutenção
atirador
Fuzis e Metralhadoras são armas apenas
permitidas para policiais e militares e o seu uso em
operações envolvendo segurança de autoridades em
áreas urbanas é uma questão que deve ser muito bem
estudada, a super penetração e o grande alcance útil das
munições de fuzil representa um problema grave em um
tiroteio na rua ou em uma perseguição no trânsito por
exemplo. Já os traficantes, ladrões de bancos e
seqüestradores, estão pouco ligando para quem morreu
ou deixou de morrer, cada vez mais utilizam esse tipo de
armamento em seus confrontos. Equipes de segurança
pública só devem pensar neste tipo de armamento em
situações onde há grande risco à autoridade, onde é
esperado um ataque com múltiplos atacantes. É
importante observar que não há histórico no Brasil desse
tipo de atentado, ficando restritos a locais de grande
tensão (Israel, Iraque, etc).
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As metralhadoras serão utilizadas para tiros de varredura,
procurando atingir vários agressores simultaneamente,
enquanto o fuzil servirá para uma eventual cobertura mais
ampla (com maior alcance) ou uma retirada rápida. Já em
um helicóptero o uso do fuzil é essencial pelo maior
alcance e a melhor precisão.
Munições
O importante é usar sempre munição nova, de
boa procedência e, preferencialmente, "de fábrica" (não
recarregada). Além disso, é bom conhecer as
características e exigências de cada arma para optar pela
munição correta. Por exemplo, revólveres antigos em
calibre .38 Special não devem usar cartuchos "+P".
Tiro
O tiro de defesa é um tiro instintivo, devemos
desconsiderar a cabeça como um alvo preferencial, além
de ser um alvo pequeno possui movimentos rápidos o
que a torna um alvo difícil de ser atingido, o mais correto
é visar a maior parte do corpo apresentada, o centro do
tórax.
Regras de Segurança
•
Trate sua arma sempre como se estivesse
carregada;
•
Faça sempre a Inspeção da Arma;
•
Fique com o dedo fora do gatilho;
•
Aponte a arma sempre para uma direção segura;
•
Mantenha sua arma longe de crianças e
curiosos;
•
A arma traz um grande poder, que vem com uma
responsabilidade ainda maior. O agente de segurança
pessoal deve evitar utilizá-la sem justificativa legal, por
exemplo, em uma discussão banal com um vizinho, ou
em uma briga de trânsito.
ETIQUETA E COMPORTAMENTO PROFISSIONAL
Profissionais de segurança devem acompanhar o
Dignitário em várias ocasiões e neste contexto, é
importantíssimo o conhecimento de normas de etiqueta
para evitar constrangimentos ou situações embaraçosas
que comprometam o trabalho da equipe de segurança.
O mercado exige um profissional diferenciado,
que não necessita fazer “cara feia” para ser respeitado.
Age com educação e elegância desenvolvendo algumas
habilidades básicas que são esperadas e serão cobradas,
ressaltando o aspecto de naturalidade e espontaneidade.
Apresentação Pessoal
Para começar o cuidado com a apresentação
pessoal é fundamental, já que nossa aparência é um
cartão de visitas. Visando este quesito, há três itens
essenciais que devem ser levados em consideração:
1 – Higiene – tomar banho, fazer a barba, unhas
cortadas, cabelos penteados, é o mínimo exigido. Além
do aspecto de limpeza, melhora a auto-estima, aumenta a
disposição e valoriza o profissional;
2 – Postura – Uma postura desleixada, dá um aspecto
extremamente negativo, é importante ficar atento à
maneira
como
andamos,
sentamos,
ficamos
posicionados, etc;
3 – Vestuário – a roupa deve estar adequada à situação,
respeitando características próprias, como local, horário,
determinações do Dignitário, etc.
Atualizada 30/10/2009
Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
Em geral no dia-a-dia, é importante observar:
3.1 – Ternos e camisa: limpos, bem passados e com
todos os botões. Cores sóbrias. Trocar a camisa
diariamente.
3.2 – Gravatas – pouco chamativas, com o nó bem feito.
3.3 – Sapatos – limpos, engraxados e sempre com meias.
3.4 – Prendedor de gravata (evita que ela fique voando no
rosto do agente de segurança em locais abertos).
3.5 – Sapatos com solado antiderrapante (fundamental
para o trabalho de segurança).
3.6 – Óculos escuro (principalmente se for preciso dirigir
em locais abertos, onde o sol pode comprometer a
visibilidade).
Comunicação
É importante considerar que as atitudes e gestos
podem auxiliar ou atrapalhar a convivência entre as
pessoas.
Devemos:
•
Ser discretos;
•
Educados;
•
Prestativos;
•
Pacientes;
•
Atenciosos;
•
Demonstrar equilíbrio e bom senso;
•
Ter um tom de voz adequado;
•
Evitar falar palavrões e gritar;
•
Fazer comentários maldosos, espalhar boatos ou
fazer fofocas;
•
Mostrar excesso de curiosidade;
•
Interromper ou se intrometer em conversas
alheias;
•
Ser inconveniente ou inoportuno.
Gafes:
•
Evite perguntar o óbvio;
•
Fazer comentários ou entrar em um assunto que
não conhece;
•
Contar a vida particular em grupo;
•
Falar mal das pessoas ou colegas de trabalho;
•
Desmentir pessoas;
•
Corrigir as pessoas;
•
Contar casos desagradáveis;
•
Fazer Grosserias;
•
Bocejar, tossir, espirrar, principalmente em
solenidades.
Fumantes:
•
Não fume em locais fechados;
•
Não fume dentro de veículos;
•
Não fume sem pedir licença ou verificar se outros
presentes não ficarão incomodados;
•
Não jogue o cigarro no chão;
•
Não fume escondido, principalmente em
banheiros ou salas da empresa;
•
Não fume no restaurante da empresa;
•
Evite criticar fumantes.
Relacionamento Interpessoal:
•
Respeite os colegas de trabalho;
•
Respeite a hierarquia;
•
Não faça insinuações ou namore colegas de
trabalho, a pessoa que está protegendo nem seus
familiares;
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•
Não discuta seus problemas pessoais ou
profissionais com o VIP, procure os canais adequados
dentro da empresa.
Horários:
Tenha pontualidade sempre, avise sempre que
for chegar atrasado e traga justificativas em caso de
faltas.
LEI No 11.036, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2004
os
(Altera disposições das Leis n 10.683, de 28 de maio de
2003, e 9.650, de 27 de maio de 1998, e dá outras
providências.)
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1o Os arts. 8o e 25 da Lei no 10.683, de 28 de
maio de 2003, passam a vigorar com a seguinte
redação:
"Art. 8º... Art. 8o Ao Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social compete assessorar o Presidente da
República na formulação de políticas e diretrizes
específicas, voltadas ao desenvolvimento econômico e
social, produzindo indicações normativas, propostas
políticas e acordos de procedimento, e apreciar propostas
de políticas públicas e de reformas estruturais e de
desenvolvimento econômico e social que lhe sejam
submetidas pelo Presidente da República, com vistas na
articulação das relações de governo com representantes
da sociedade civil organizada e no concerto entre os
diversos setores da sociedade nele representados.
§ 1o O Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social será presidido pelo Presidente da
República e integrado:
I - pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de
Relações Institucionais da Presidência da República, que
será o seu Secretário-Executivo; (Redação dada pela Lei
nº 11.204, de 2005)
II - pelos Ministros de Estado Chefes da Casa Civil,
da Secretaria-Geral e do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República; (Redação dada
pela Lei nº 11.204, de 2005)
III - pelos Ministros de Estado da
Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; do
Trabalho e Emprego; do Meio Ambiente; das Relações
Exteriores; e Presidente do Banco Central do Brasil;
(Redação dada pela Lei nº 11.036, de 2004)
IV - por noventa cidadãos brasileiros, e
respectivos suplentes, maiores de idade, de ilibada
conduta e reconhecida liderança e representatividade,
todos designados pelo Presidente da República para
mandatos de dois anos, facultada a recondução.”
"Art. 25. Art. 25. Os Ministérios são os seguintes:
...
Parágrafo único. São Ministros de Estado os titulares
dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil, o Chefe do
Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da
Secretaria-Geral da Presidência da República, o Chefe
da Secretaria de Relações Institucionais da
Presidência da República, o Advogado-Geral da
União, o Ministro de Estado do Controle e da
Transparência e o Presidente do Banco Central do
Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.204, de 2005)”
12
Atualizada 30/10/2009
Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
o
Art. 2 O cargo de Natureza Especial de
Presidente do Banco Central do Brasil fica
transformado em cargo de Ministro de Estado.
Parágrafo único. A competência especial por
prerrogativa de função estende-se também aos atos
administrativos praticados pelos ex-ocupantes do
cargo de Presidente do Banco Central do Brasil no
exercício da função pública.
Art. 3o O art. 5o da Lei no 9.650, de 27 de maio de
1998, passa a vigorar com as seguintes alterações: (Vide
Medida Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº
11.344, de 2006)
o
"Art. 5 ..........................................................
......................................................................
VIII - execução e supervisão das atividades de segurança
institucional do Banco Central do Brasil, relacionadas com
a guarda e a movimentação de valores, especialmente no
que se refere aos serviços do meio circulante, e a
proteção de autoridades. (Vide Medida Provisória nº 295,
de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006)
Parágrafo único. No exercício das atribuições de que trata
o inciso VIII deste artigo, os servidores ficam autorizados
a conduzir veículos e a portar armas de fogo, em todo o
território nacional, observadas a necessária habilitação
técnica e, no que couber, a disciplina estabelecida na Lei
no 10.826, de 22 de dezembro de 2003." (NR) (Vide
Medida Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº
11.344, de 2006)
Art. 4o O exercício das atividades referidas no art.
5o, inciso VIII, da Lei no 9.650, de 27 de maio de 1998,
com a redação dada por esta Lei, não obsta a execução
indireta das tarefas, mediante contrato, na forma da
legislação específica de regência. (Vide Medida
Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.344,
de 2006)
o
Art. 5 Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
LEI Nº 11.344, DE 8 DE SETEMBRO DE 2006.
(Dispõe sobre a reestruturação das carreiras de Especialista
do Banco Central do Brasil, de Magistério de Ensino
o
o
Superior e de Magistério de 1 e 2 Graus e da remuneração
dessas carreiras, das Carreiras da Área de Ciência e
Tecnologia, da Carreira de Fiscal Federal Agropecuário e
dos cargos da área de apoio à fiscalização federal
agropecuária, estende a Gratificação de Desempenho de
Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária - GDATFA
aos cargos de Técnico de Laboratório e de Auxiliar de
Laboratório do Quadro de Pessoal do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cria a Gratificação de
Desempenho de Atividade de Execução e Apoio Técnico à
Auditoria no Departamento Nacional de Auditoria do Sistema
Único de Saúde - GDASUS, e dá outras providências.)
Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA
adotou a Medida Provisória nº 295, de 2006, que o
Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan Calheiros,
Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para os
efeitos do disposto no art. 62 da Constituição Federal,
com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32,
combinado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-CN,
promulgo a seguinte Lei:
Carreira de Especialista do Banco Central do
Brasil
o
o
Art. 1 A Lei n 9.650, de 27 de maio de 1998,
passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5o São atribuições dos titulares do cargo de
Técnico do Banco Central do Brasil:
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Prof. Cláudio Albuquerque
Teoria e Noções de
Segurança Aula 4
I - desenvolvimento de atividades técnicas e
administrativas complementares às atribuições dos
Analistas e Procuradores do Banco Central do Brasil;
II - apoio técnico-administrativo aos Analistas e
Procuradores do Banco Central do Brasil no que se
refere ao desenvolvimento de suas atividades;
III - execução de atividades de suporte e apoio técnico
necessárias ao cumprimento das competências do
Banco Central do Brasil que, por envolverem sigilo e
segurança do Sistema Financeiro, não possam ser
terceirizadas, em particular as pertinentes às áreas
de:
a) tecnologia e segurança da informação voltadas ao
desenvolvimento, à prospecção, à avaliação e à
internalização de novas tecnologias e metodologias;
e
b) programação
e
execução
orçamentária
e
financeira, de contabilidade e auditoria, de licitação e
contratos, de gestão de recursos materiais, de
patrimônio e documentação e de gestão de pessoas,
estrutura e organização;
IV - operação do complexo computacional e da rede
de teleprocessamento do Banco Central do Brasil;
V - supervisão da execução de atividades de suporte
e apoio técnico terceirizadas;
VI - atendimento e orientação ao público em geral
sobre matérias de competência do Banco Central do
Brasil procedendo, quando for o caso, a análise e o
encaminhamento de denúncias e reclamações;
VII - realização
de
atividades
técnicas
e
administrativas complementares às
operações
relacionadas com o meio circulante, tais como:
a) distribuição de numerário à rede bancária e às
instituições custodiantes;
b) procedimentos de análise de numerário suspeito
ou danificado;
c) monitoramento do processamento automatizado de
numerário; e
d) monitoramento e execução dos eventos de
conferência e destruição de numerário;
VIII - elaboração de cálculos, quando solicitado, nos
processos relativos ao contencioso administrativo e
judicial;
IX - execução e supervisão das atividades de
segurança institucional do Banco Central do Brasil,
especialmente no que se refere aos serviços do meio
circulante e à proteção de autoridades internas do
Banco Central do Brasil; e
X - desenvolvimento de outras atividades de mesma
natureza e nível de complexidade.
o
§ 1 No exercício das atribuições de que trata o
inciso IX, os servidores ficam autorizados a conduzir
veículos e a portar armas de fogo, em todo o território
nacional, observadas a necessária habilitação técnica
e, no que couber, a disciplina estabelecida na Lei no
10.826, de 22 de dezembro de 2003.
§ 2o O exercício da prerrogativa prevista no § 1o
relativa ao porte de armas de fogo ocorrerá na forma
e nas condições fixadas pelo Departamento de Polícia
Federal.
o
§ 3 O exercício das atividades referidas no inciso IX,
não obsta a execução indireta das tarefas, mediante
contrato, na forma da legislação específica.” (NR)
Atualizada 30/10/2009
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