BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS INTRODUÇÃO A palavra segurança vem do latim segurus, que significa aquilo que se encontra firme, seguro, livre de perigo, da ansiedade. A segurança, conforme capitulado pela Constituição Federal, é considerada dever do Estado. Considera como preceito fundamental e ainda garante ao cidadão a condição mínima para sua liberdade. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...” “Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” “Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio...” Diante desta situação a sociedade clama por uma sensação de segurança que o Estado deveria, por força da lei, oferecer. Entretanto, diante da inércia ou ineficiência do poder estatal, surge uma nova modalidade que, a passos largos, ganha cada vez mais espaço como medida de segurança e proteção: a segurança privada. Deste modo, temos hoje, uma nova opção na garantia de nossa liberdade. Ocorre que, através dessa delegação de proteção concedida pelo Estado aos agentes de seguranças privados abre-se espaço para a atuação ilegal de profissionais não qualificados ou aproveitadores. Com isso torna-se imperiosa a regulamentação do Estado sobre essa atividade profissional. Em nosso trabalho veremos um ponto mais peculiar sobre a atuação da segurança privada: aquela que se destina a pessoas com notório reconhecimento ou exposição pública, razão pela qual estão mais sujeitas a ocorrências que comprometam a sua segurança. Toda e qualquer pessoa que se encaixe nesse perfil tais como chefes de estado, celebridades, grandes empresários, pessoas com forte apelo social, etc., se sentirão indefesas diante dos perigos que a sociedade lhes impõe. CONCEITOS De acordo com os mais diversos dicionários podemos definir dignitário como sendo a pessoa que exerce alta função ou possui alta graduação honorífica. Porém de maneira mais prática podemos definir como qualquer pessoa que, por sua exposição, capacidade social, cargo exercido, entre outros, ocupe posição de destaque no meio social, político, empresarial que necessite de suporte para sua proteção. Ainda podemos defini-lo de acordo com a sigla V.I.P. oriunda do inglês (very important person). A segurança de dignitários envolve um aparato muito grande, não visto comumente nos meios de segurança mais conhecidos. Ao ser realizada a segurança de dignitários demandará estudos e Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 treinamentos sem os quais todo o procedimento estará comprometido. Essa segurança, em muitos casos, ainda necessitará do apoio estatal, o que geralmente ocorre em deslocamentos em vias públicas que necessitarão do controle do trânsito e de auxilio de batedores. Do mesmo modo que estudamos na matéria de Segurança Física e Patrimonial, na segurança de dignitários se faz imperiosa a elaboração de um Plano de Segurança. Esse Plano de Segurança deverá levar em consideração as particularidades que envolvem o dia-adia do dignitário, prevendo os riscos existentes (o risco é eminente), a identificação de possíveis agentes agressores em potencial, prevendo os recursos para a execução do trabalho de segurança, o histórico de acontecimentos envolvendo dignitários e diversos modus operandi possíveis. Além de todos os requisitos relacionados à elaboração do Plano de Segurança temos ainda outros pontos cruciais na segurança de dignitários: a escolha de pessoal e o treinamento constante dos mesmos. A escolha dos profissionais deve levar em consideração fatores como experiência na área, tipos de conhecimento adquiridos, referências profissionais, existência de antecedentes criminais e capacidades pessoais referentes à lealdade, iniciativa, discrição, entre outros. Uma vez escolhidos os profissionais que farão esse trabalho cabe o treinamento adequado e a compatibilização com o Plano de Segurança da autoridade. Cada profissional deverá saber sobre seu papel e importância na execução desse serviço. Para tanto deverão estar atentos aos pontos elencados no Plano de Segurança, principalmente quanto a possíveis agentes agressores. São eles: • matadores profissionais ou assassinos de aluguel • partidos ou grupos políticos de oposição • organizações terroristas • antigos desafetos • criminosos comuns • loucos ou psicopatas Cabe lembrar ainda que na execução do trabalho de segurança a dignitários não existe margem para falha. Caso ela ocorra a equipe de segurança certamente não terá uma segunda chance de agir. O planejamento, portanto, sempre será o principal ponto a ser obedecido pelos agentes. Ainda no que concerne aos conhecimentos necessários para atuação na área de segurança privada precisamos definir os graus de proteção, os tipos de segurança existentes e os princípios basilares que regem o trabalho de segurança. Segundo especialistas a própria segurança se defina de outra forma mais peculiar como sendo o conjunto de medidas tomadas com o objetivo de evitar a surpresa, a espionagem, a sabotagem ou qualquer outro tipo de perturbação á integridade física e moral da autoridade. Ainda há que se diferenciar entre segurança e defesa, sendo a primeira um estado sem ameaça e a segunda como um tipo de resposta contra a ameaça. Os graus de segurança são proteção, cobertura e vigilância. • Proteção: é a ação proporcionada ao dignitário, de forma a impedir a observação direta, o fogo direto e o ataque surpresa de um oponente. É obtida graças à atuação de posicionamento dos Agentes de Segurança Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1 BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque Pessoal (ASPs): nos flancos, na vanguarda e na retaguarda. • Cobertura: é a ação de segurança proporcionada ao dignitário, com agentes de segurança pessoal distanciados e orientados em sua direção, que procuram interceptar, desorganizar e enganar o oponente antes de sua atuação. • Vigilância: é a ação que permite dar o alerta oportuno de um perigo; normalmente, realiza-se mediante a observação discreta e sem manifestação de força. A segurança em torno de uma autoridade, de acordo com conceitos mundialmente consagrados, desenvolve-se em três círculos concêntricos: • Segurança ostensiva: é formada pelo policiamento ostensivo e de trânsito apoiados por bombeiros e médicos. Os encarregados dessa segurança trabalham uniformizados e com trajes de atividade-fim. O policiamento ostensivo é responsável, em princípio, pelo aprisionamento dos agressores. • Segurança velada: é representada por especialistas de inteligência da própria assessoria de segurança. Muito utilizada na preservação de ambientes após inspeção técnica ou varredura ou descontaminação, assim como infiltrada no público em geral. • Segurança física aproximada ou pessoal: é a que atua mais diretamente com o dignitário, conhecendo suas peculiaridades, podendo, inclusive, haver um vínculo afetivo. É o seu escudo humano e tem a missão de mantê-lo vivo. Neste caso, há um agente de segurança (normalmente o chefe da equipe) próximo dele, a uma distância máxima igual ao comprimento do braço. PRINCÍPIOS A atividade de segurança pessoal necessita de algumas regras para sua correta execução. Por esta razão existem alguns princípios que devem ser observados pelo agente de segurança para garantir a integridade da autoridade. • Principio do objetivo: a atividade de segurança tem um objetivo principal, claro e definido que é preservar a integridade física e moral da autoridade. • Principio da segurança: consiste nas medidas necessárias para se manter a inviolabilidade e liberdade de locomoção do dignitário. É toda medida que visa impedir uma influência externa, qualquer que seja. • Principio da ofensiva: através da obtenção de informação a equipe de segurança se municia. Ela poderá tomar a iniciativa em situações emergenciais sem dar qualquer oportunidade ao oponente. • Principio da surpresa: a equipe de segurança deve procurar surpreender sempre, evitando que o oponente obtenha resultado em sua ação. A surpresa permite alcançar o êxito em desproporção ao esforço dispensado. Com as informações obtidas formulam-se novos meios de planejamento não esperados pelo agressor. • Principio da simplicidade: devem-se evitar planos complexos quando não necessários. A segurança pauta-se em ordens e atitudes claras e simples para evitar confusão quanto ao entendimento. Somente quando a situação exigir aumenta-se a complexidade das ações. • Principio da unidade de comando: as forças investidas na prevenção e na reação de um possível ataque são otimizadas quando somente uma pessoa é 2 Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 responsável por coordenar a equipe. Assim evitam-se desentendimentos quando a realização das tarefas. • Principio de massa: mesmo utilizando-se de uma equipe numericamente inferior pode-se obter uma força superior. Isso ocorrerá se as ações forem desenvolvidas no momento e no local oportuno e na medida correta. • Principio da economia de forças: caracterizase pelo emprego menor de força nos pontos não considerados como principais na defesa do dignitário. Concentrar uma equipe proporcionalmente maior ao entorno do dignitário e espalhar agentes de segurança em meio ao público seria um exemplo deste principio. • Principio da manobra: além de saber quando agir e como empregar a força utilizada é necessário que a equipe saiba trabalhar em conjunto com o apoio adequado e com flexibilidade para enfrentar alterações nas situações mais criticas. FUNDAMENTOS Além dos princípios a serem observados, devese obedecer alguns fundamentos também necessários a correta atuação do profissional de segurança. São eles: • Utilização apropriada do terreno: cabe a equipe de segurança avaliar as condições do terreno em que a segurança vai se desenvolver aproveitando pontos estratégicos ou, quando da impossibilidade de aproveitamento pela equipe, procurar caminhos ou locais alternativos para circulação da autoridade. • Necessidade de segurança em todas as direções: procurar verificar todas as direções para evitar uma surpresa que comprometa a segurança. • Defesa em todas as direções: demanda o preparo da equipe para responder a qualquer ataque venha de onde vier. • Defesa em profundidade: a partir da criação de anéis de segurança em volta do protegido, visa desengajar uma situação de problema e impedir um ataque oriundo da retaguarda, retirando o dignitário para um local seguro. • Flexibilidade: equipe de segurança preparada para se adaptar e combater com tranqüilidade qualquer situação nova que surgir. • Dispersão: a priori o trabalho da equipe de segurança desenvolve-se como atividade defensiva e, portanto, a equipe deve estar preparada para dispersar a fim de proteger a autoridade. • Apoio mútuo: o posicionamento da equipe de segurança deve permitir que na ausência de um dos agentes outro possa assumir o seu lugar e manter o nível de segurança desejado. • Máximo uso da ação ofensiva (iniciativa): a neutralização do agressor deve ser imediata e proporcionar a cessação da ofensiva para preservar a vida do dignitário. • Integração e coordenação das medidas de segurança: não somente a equipe de segurança participa da ação de proteção a autoridade. Outras equipes devem auxiliá-los tais como equipes de primeiros socorros, de policiamento de trânsito, de comunicação social, de cerimonial, dentre outras, devendo haver integração para execução das ações. Ainda podemos destacar outros quesitos na atividade de segurança que são os métodos de atuação ou de ação tática que serão utilizados pelos agentes de Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque segurança. Referem-se ao modo de agir e irão determinar todas as atitudes da equipe. • Prevenir – A melhor forma de proteção à pessoa é não se colocar em uma situação difícil quando isto pode ser evitável. • Não Reagir – Existem situações que não aconselham a reação, normalmente quando não foi feita ainda a avaliação do risco para a reação, quando a desvantagem é evidente, as perdas serão apenas materiais ou quando não temos capacitação emocional, física ou técnica para dominar o(s) adversário(s). • Negociar – A negociação serve para minimizar as perdas materiais ou de vidas, mudar uma situação desfavorável evitando a violência, dissuadir ou render o adversário. • Fugir – A fuga é uma opção válida quando a desvantagem é muito grande em relação ao(s) adversário(s) ou quando queremos evitar o conflito. • Reagir – para uma reação efetiva é necessário controlar a si mesmo, controlar o adversário e controlar a situação. SELEÇÃO DE PESSOAL Trata-se de um ponto crucial a ser observado no trabalho de segurança voltado para autoridades. Contratar um profissional que não possui experiência ou qualidades essenciais implica em colocar em xeque o objetivo principal da missão: a manutenção da paz do dignitário. Não se admite de forma alguma que a pessoa responsável pela segurança dessa autoridade seja despreparada e truculenta. Dentre as qualidades necessárias desempenho da função podemos citar: • Resistência à fadiga • Lealdade • Honestidade • Discrição • Manejo de armas • Coragem • Dedicação • Educação • Serenidade • Inteligência • Decisão • Noções de defesa pessoal • Nível intelectual e cultural ao Deve-se observar ainda se o candidato a função de segurança possui um passado sem antecedentes criminais através de certidões expedidas pela Justiças federal, estadual, militar e eleitoral. Para aquele que almeja desenvolver a atividade é necessário também verificar suas condições físicas e de saúde, realizar estágio básico de segurança pessoal e reciclar-se periodicamente através de um treinamento adequado haja vista a atividade não admitir erro. TREINAMENTO Para que o agente de segurança pessoal esteja apto a desempenhar com eficiência e eficácia suas funções de proteger a vida do dignitário ele deve passar por um treinamento que o habilite a responder toda e qualquer ação que ocorra. O treinamento constante e adequado possibilitará ao agente de segurança desenvolver habilidades que acabarão se massificando e criando uma Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 memória muscular. Dificultar os treinos e aproximá-los da realidade fará com que o agente esteja preparado para todas as adversidades ocorridas. Com esse treinamento o agente conseguirá desenvolver novas qualidades que o farão saber quando agir e reagir e qual gradiente de força empregar para eliminar a agressão. Serão valorizadas as atitudes mais coerentes com cada caso. As qualidades possibilitarão ao agente saber quando prevenir, quando reagir e perceber situações suspeitas. Ainda assim o agente de segurança deverá ter outros conhecimentos que não só referentes à psicologia adotada na esfera de segurança. Habilidades relativas à defesa pessoal, utilização de armamento letal e menos letal, técnicas de condução de veículos, apresentação pessoal e etiqueta, entre outras, complementam a atuação do agente. PREVENÇÃO Antes de pensar em reagir em uma situação de confronto, devemos mudar nossos hábitos de vida e começar a adotar pequenas regras no dia-a-dia para diminuir o risco de nos tornarmos vítimas. A regra é ainda mais importante para o profissional de segurança que cuida da vida das pessoas que confiaram em seu trabalho. A proteção contra a violência deve ser uma estrutura sólida que trabalha em diferentes níveis para consolidar uma segurança plena. Muitas pessoas temem a violência, mas não devemos ser dominados por este medo. Os elementos preventivos são: • Conhecimento – de como o criminoso pensa e age. Conhecer torna possível antecipar e evitar. Existem vários tipos de criminosos: Amadores, profissionais, loucos, por paixão, etc. que em um próximo trabalho descreverei com mais detalhes, que em geral estudam a sua vítima, busca uma oportunidade de agir, atacam, alcançam o objetivo e fogem. • Barreiras Físicas e Eletrônicas Barreiras físicas: muros, cercas, blindagem em veículos, etc. – Barreiras eletrônicas: alarmes, CFTV, rastreadores, etc. • Mudança de Hábitos – as pessoas se apegam a hábitos no seu dia-a-dia, muitas vezes seguindo rotinas rígidas, como sair de casa sempre no mesmo horário, ou utilizar o mesmo percurso para ir ao serviço. Mudanças de hábitos ou quebras na rotina evitam sermos escolhidos como vítimas. Hoje, em São Paulo, é comum ver pessoas mantendo a distância de outros carros e se posicionando de maneira inteligente em faróis, deixando o carro no estacionamento ao invés de deixá-lo na rua, etc. • Atenção – esperar o inesperado é o ditado da pessoa prevenida. Ter a mente alerta pode salvar a sua vida. Muitas vezes, apenas o fato do marginal perceber que a potencial vítima percebeu sua intenção, já desestimula sua investida. • Barreiras Humanas – o “fator de impedimento” oferecido pela presença do profissional de segurança é inestimável. Se a equipe está alerta e firme em suas responsabilidades o controle da situação será evidente. REAÇÃO Reagir com sucesso depende de vários fatores. Os animais em situações de perigo preparam o seu corpo para fugir ou lutar. O ser humano em sua complexidade tem muitas outras saídas. A reação em geral é dividida em reação passiva e reação ativa. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3 BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque A reação passiva é a maneira como o indivíduo reage a uma situação de risco, mudando de forma consciente ou inconsciente seu metabolismo frente a uma situação de stress. Antes de falarmos da reação ativa, é importante saber o momento para efetuar este tipo de reação. A mídia em geral, a polícia e até especialistas desaconselham uma reação. A “não reação” parece ser a palavra de ordem do dia, mas a marginalidade não respeita esta regra, muitas vezes pessoas que não efetuaram reação alguma contra o marginal foram estupradas ou mortas. Para saber o momento da reação é importante considerar: • Intenção – ter a capacidade de perceber qual é a real intenção do marginal é o fator mais importante para pensar em uma possível reação. O marginal que deseja apenas tirar os bens materiais da vítima não deve ser confrontado. O problema surge quando existe a motivação para cometer um crime sexual ou, pior, para matar a vítima, é neste contexto que a reação se torna impreterível e seu sucesso crítico; • Comportamento – a leitura dos sinais verbais e não verbais do marginal é importantíssima. Um indivíduo drogado, bêbado ou com nervosismo excessivo, pode mesmo por descuido, acidente, ou imperícia matar a vítima. Quanto mais sinais forem demonstrados pelo marginal, maior a necessidade de uma possível reação; • Avaliação do Risco – é a noção exata de nossa capacidade de reação em relação ao(s) adversário(s), considerando: Número e distância (sozinho/Grupo – longe/perto) e o Tipo de ameaça (faca/arma de fogo). A reação Ativa compreende dois tipos principais: Reação com Meios Letais e Reação com meios Menos Letais. Reação Letal A maior parte dos profissionais de segurança prefere pensar em reagir com suas armas, embora de suma importância, existem algumas considerações a serem feitas antes de empregá-las: • Disponibilidade de armas: seguranças não podem portar armas em muitos locais quando acompanham o Principal – aviões, locais de aglomeração, casas noturnas, etc. • Análise da ameaça – exemplificando: um bêbado não requer o uso de armas. • Local da missão – um local público, onde o fogo cruzado pode causar baixas em espectadores inocentes deve ser uma preocupação constante. • Diretrizes do Cliente – o emprego de armas deve ser consistente com a política interna da empresa e com as leis de cada país onde o Principal esteja. Reação Menos Letal Existem várias opções de reação não letal, embora a maior parte dos agentes de segurança menospreza esta opção, dando prioridade ao uso da arma de fogo. Técnicas menos letais é uma ferramenta muito importante para o agente de segurança, já que ao contrário da arma de fogo, visam preservar a integridade física do agressor, com técnicas e equipamentos apropriados, seguindo os modernos preceitos adotados ao redor do mundo em relação ao uso da força. O uso excessivo, indevido ou arbitrário de força que cause danos físicos ou morais, deve ser evitado para isto necessitando de soluções inovadoras que aliem 4 Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 aplicabilidade e eficiência, evitando ações penais ou indenizatórias, além de evitar situações que causem constrangimento ao dignitário, por exemplo, em uma festa o segurança controlar um convidado bêbado com uma imobilização ao invés de apontar a arma para ele. Dentre as técnicas e equipamentos que podem ser utilizados estão: • Defesa pessoal utilizando-se de alguma arte marcial • Técnicas de imobilização através de pontos de pressão • Uso de bastões retráteis • Uso de munições e espargidores fulmígenos PERCEPÇÃO Uma das mais importantes habilidades que devemos desenvolver é a leitura corporal. O corpo humano emite constantemente “sinais” que podem ser interpretados para prever as atitudes que serão tomadas pelas pessoas. O marginal procura pesar os riscos e os benefícios que terá se agir. A primeira etapa é o levantamento para a ação criminosa, onde há a escolha da vítima. Neste momento de estudo, há vários indicadores que chamam a atenção e que devem ser percebidos: Roupas – uma pessoa que utiliza casaco em um dia de calor pode estar escondendo uma arma; Acessórios - objetos podem ocultar ou dissimular uma arma, sacolas, jornais, caixas, etc; Posicionamento – o marginal escolhe um local onde pode observar a vítima e escolhe o melhor ponto para agir, procura também uma posição protegida para aumentar o grau de risco para o agressor; Movimentação – olhar ao redor (para ver se não há ninguém que ofereça risco na hora da ação criminosa), movimentos bruscos (colocar a mão por dentro do casaco rapidamente), passar sinais ou olhares para outros membros da quadrilha, etc. O principal a ser observado é sempre as mãos! Indicadores de Tensão e Ansiedade: - Face ficar vermelha - A boca semi-aberta - Os dentes cerrados - Respiração rápida - Movimentos repetitivos e/ou exagerados - Apontar com o dedo - Fechar o punho - Estalar as articulações - Colocar as mãos atrás da cabeça ou pescoço - Olhar fixamente ou encarar - Tiques nervosos (piscar insistentemente) - Movimentos nítidos de aliviar a tensão (alongar o tronco ou pescoço) Porte Físico – O nível de ameaça depende de vários fatores, inclusive do tamanho do adversário. Distância/Aproximação – o marginal deve se aproximar da vítima, imobilizando-a, física e psicologicamente, alcançando seu objetivo e fugindo. É importante desenvolver a noção de distância, quando há a aproximação do elemento, pois possibilita: - Evitar ser surpreendido - Evadir-se do local de risco - Melhorar a condição de defesa Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque Teoria e Noções de Segurança Aula 4 - Efetuar uma reação mais eficaz quando o confronto é inevitável. • Quadrilhas com pelo menos quatro integrantes, com ligações com o crime organizado. Há 4 áreas distintas: - Área Íntima (0,01 a 0,50m): é a área crítica, onde apenas as pessoas de maior confiança (membros da família e amigos muito próximos) podem se aproximar; - Não profissionais • Juventude; • Amadorismo; • Ousadia; • A maioria não tem ficha criminal; • Falta de planejamento; • Imprevisibilidade; • Agem em dupla; • A maior parte desses criminosos age armada; • Agressividade. - Área Pessoal (0,51 a 1,50m): é a segunda área de confiança, destinada às pessoas do nosso convívio diário; - Área Social (1,51m a 3,60m): área onde tratamos a maior parte das pessoas, nos possibilitando ter campo de visão e capacidade de reação, o círculo final da área social, compreende o que é chamado círculo interno; - Área Pública (acima de 3,61m): qualquer pessoa que deixe a área pública e avance em nossa área social é um indicativo de perigo que deve ser observado e se necessário, neutralizado. O segurança deve aperfeiçoar seus sentidos, ao mesmo tempo em que deve ter um olhar amplo de todo o cenário procurando não ser pego de surpresa, ele deve buscar o específico (nervosismo/atitudes), avaliando as opções e tomando as medidas necessárias. É necessário um trabalho em conjunto onde não apenas deve-se detectar a ameaça e sim, informar aos outros elementos da equipe de segurança. Círculos de Proteção - Perímetro de Proteção Primário ou Círculo Interno (Até 3,6m): É a área delimitada para assegurar a integridade física do VIP, impedindo qualquer tipo de ameaça. - Círculo Médio (de 3,6 até 20 m): é a área de visão onde o agente de segurança deve identificar ameaças que entrarão rapidamente em sua área de ação. - Círculo Externo (de 20 a 200 m): é a área destinada à antecipação de ameaças, tais como ruas obstruídas ou com trânsito intenso que facilitam a abordagem de criminosos; neste caso, procuram-se rotas alternativas. SITUAÇÕES DE RISCO MAIS COMUNS Ação Criminosa A ação criminosa se desenvolve através de um trinômio compreendido por: • Habilidade – significa saber dominar a vítima para alcançar seu objetivo com sucesso, que em geral pode ser roubar ou matar. • Oportunidade – a maior parte das vezes, quem oferece a oportunidade para o criminoso agir é a própria vítima, por desatenção e não observar regras básicas de segurança. • Intenção – O marginal já tem a mente preparada para cometer o crime e está preparado para usar a violência se necessário. Os criminosos podem ser divididos em: - Profissionais • Planejamento da ação criminosa; • Maior experiência; • Maior controle emocional; • Menos perigosos no geral, porém, tornam-se cruéis se algo der errado; • Assume o risco de uma ação mais prolongada; Atualizada 30/10/2009 O que o criminoso não profissional tem em comum com o profissional? Em geral, querem subjugar a vítima, imobilizando física e psicologicamente, não aceitando serem contrariados. O dado é importante, já que a equipe de segurança é um empecilho a ser removido e é sobre ela que recairá a maior parte da agressividade do criminoso. Modus Operandi da Quadrilha Seleção do Alvo: para isso ele levará em consideração duas coisas, o risco que correrá enfrentando a equipe de segurança que pode tirar sua vida ou mandá-lo para a cadeia e qual será o lucro que poderá tirar de sua ação criminosa. “O marginal sempre quer o mais fácil”. Levantamento de Informações: é a fase onde a quadrilha se aproxima do alvo, procurando conseguir o maior número possível de informações, principalmente: • Residência – contato com empregados ou infiltrando uma pessoa; • Trabalho – para obter informações privilegiadas; • Rotina Diária – horários de saída, chegada, percursos, escola, academia, etc; • Familiares – cônjuge, filhos, parentes mais próximos, etc; • Fins de Semana – saídas, passeios, diversão, lazer, etc; • Aspecto Financeiro/Custos. É a melhor fase para interromper a ação criminosa, as dificuldades desestimularão a quadrilha. Planejamento: a quadrilha fez a escolha do seu alvo e já tem as informações necessárias, observadas as vulnerabilidades, principalmente as falhas de procedimento da equipe de segurança, é hora de: • Escolher/Contratar o pessoal e distribuir as funções dos membros da quadrilha; • Local para abordagem e se necessário do cativeiro em caso de seqüestro; • Melhor horário para a ação criminosa; • Quais os meios necessários; • Apoio logístico; • Modus Operandi, como será feita a ação criminosa; • Quais alternativas em caso de alguma coisa sair errada. Execução da Ação Criminosa: a quadrilha escolheu seu alvo e agora fará a abordagem. Não há como fazer prevenção. Os marginais têm a vantagem do elemento Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5 BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque surpresa e de escolher o horário e local que atacarão. Nesta fase teremos: • Parar o alvo, preferencialmente neutralizando a equipe de segurança; • Imobilizar, física e psicologicamente a vítima, através da agressividade e ameaças; • Alcançar o objetivo; • Fugir, evitando perseguições. Principais Riscos 1 – Seqüestro Definição: É a forma primária de se restringir alguém a liberdade, o direito de locomoções, forçando sua permanência em espaços limitados, dos quais fica impedido de sair. Os seqüestros no Brasil tiveram quatro fases distintas: • A primeira iniciou-se em 1969, com o seqüestro do embaixador Norte Americano, Charles Elbrick, tinha motivações políticas. • Na segunda os alvos eram os grandes empresários e banqueiros, passando de interesses políticos para financeiros. • Na terceira os criminosos escolhiam pequenos e médios empresários, comerciantes e profissionais liberais. O número de casos cresceu. • A quarta foi marcada pela banalização do seqüestro, onde pequenos criminosos escolhiam indiscriminadamente qualquer pessoa, muitas vezes para fazer pequenos saques ou pedir valores muito baixos. 2 – Atentados Definição: É qualquer ação criminosa contra uma pessoa, realizada com a finalidade de ferir a integridade física ou moral, podendo o ataque ser direto ou indireto. Formas mais comuns de atentados: • Arma de fogo a longa distância – John Fitzgerald Kennedy; • Arma de fogo a curta distância – Ronald Reagan; • Arma branca a média ou longa distância – arcos, balestras, lanças, etc; • Arma branca a curta distância – o ator Christian Slater escapou de um atentado a faca na noite de sábado em Londres. Slater deixava o teatro e foi atacado por um homem não identificado de 44 anos. • Dispositivos Improvisados – bombas de bola de gude; • Cartas Bomba; • Substâncias químicas letais de ação externa – elementos radiativos, gases tóxicos, etc; • Substâncias químicas letais de ação interna – venenos em alimentos; • Substâncias biológicas – cartas com Antrax; • Explosivos – no Brasil, dispositivos de fabricação caseira, no exterior os de altos explosivos são mais comuns. Principais Tipos: • Maníacos depressivos; • Personalidade anti-social (psicopata); • Personalidade desajustada; • Fanáticos (políticos e religiosos). 6 Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 Motivações: • Políticas – desestabilizar o governo, modificar o regime ou situação política do Estado; • Religiosas – crimes em nome da religião são comuns e tem chamado a atenção Internacional, destacando os atentados de 11 de setembro e de Madri; • Raciais – o preconceito leva as pessoas a atentar contra indivíduos por sua cor ou por defender ou discordar de determinado segmento racial; • Econômicas – para ganhos pessoais ou empresariais ou por não concordar com medidas econômicas tomadas por determinada autoridade; • Ideológicas – por discordar da ideologia da pessoa ou autoridade que entra em conflito com a área de interesse do agressor; • Mercenária – o atentado ocorre por interesses financeiros de quem executa o serviço; • Psicológicas – Indivíduos desequilibrados que alimentam fantasias em relação a seus ídolos ou simplesmente para chamar a atenção. O que deve ser levado em conta para fazer a Proteção: • Grau de risco • A Conjuntura atual, em todos os seus aspectos: ֜ Políticos ֜ Culturais ֜ Econômicos ֜ Sociais • • • Importância da Autoridade Comportamento da Autoridade Disponibilidade de Recursos PLANEJAMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA As medidas de segurança são necessárias em todos os locais em que dignitário transite. Elas ocorrerão antes, durante e depois a presença dele. Esse planejamento deverá conter todas as peculiaridades relativas à autoridade, iniciando-se pelo levantamento dos dados do local a ser visitado, possibilidade de forças oponentes, forças aliadas, meios disponíveis, tarefa a ser cumprida, execução, logística, comunicações, itinerários e meios de deslocamento e comboio. Características do ambiente a ser visitado: neste ponto deverão ser verificadas as condições estruturais do local, se as mesmas oferecem condições para um ataque surpresa, pontos cegos para atiradores, proximidade de pontos dominantes, proximidade de corporações policiais, possibilidade de evasão por meio aéreo dentre outras. Também é necessária varredura completa do local, seja ela de rotina (ambiente conhecido pela equipe de segurança), de visita (ambiente estranho à presença Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque da autoridade), de vazamento ou infiltrações (com a finalidade de evitar entrada de pessoas estranhas em ambiente reservado), de perigo eminente (por ocasião de ameaças, por carta ou telefonema, perturbação da ordem) ou de instalação (quando o imóvel será temporariamente ocupado pelo dignitário). Sendo a ocupação realizada de forma definitiva ou por período prolongado será necessária a segurança física das instalações com elaboração de plano de defesa que contemple riscos de invasão e medidas preventivas. A segurança do imóvel será realizada como vimos no material de Segurança Física e Patrimonial, tendo como principio básico o controle de acesso para impossibilitar a entrada de pessoas não autorizadas. Situação das forças oponentes: toda e qualquer possibilidade de atuação criminosa deve ser considerada. O simples fato de existirem pontos dominantes na região do evento irá mobilizar a equipe de segurança avaliar seu poder de atuação/manifestação. No caso de instalações temporárias ou definitivas da autoridade devem-se escolher locais com o mínimo de influência externa ou sem possibilidade de ocorrências emergenciais. Teoria e Noções de Segurança Aula 4 Comunicações: considerada como meio vulnerável no trabalho de segurança pessoal de autoridades as comunicações merecem atenção especial. Deve-se atentar principalmente para as atividades de contrainteligência desenvolvidas no intuito de garantir o sigilo necessário para o sucesso da atividade realizada. A escolha do meio de comunicação utilizado deverá levar em conta o grau de risco a que está sujeito. Optar por equipamentos de qualidade e sistemas de identificação de escutas clandestinas ajuda o profissional a desenvolver sua atividade com mais eficiência. Outro ponto crucial para esse item é a escolha de uma codificação (geralmente alfa-numérica) que garanta sigilo e clareza entre as informações trocadas pelos agentes de segurança. Pessoas estranhas que possam ter acesso a essa codificação podem comprometer todo o planejamento. Itinerários: um método de designá-los com maior eficiência e discrição é estabelecer números para cada itinerário escolhido. A escolha de somente um itinerário compromete a segurança da autoridade. Existem varias classificações para os mesmos: Quanto à proteção: Forças aliadas: deve-se verificar se nas instalações já existem outros tipos de vigilância que poderão atuar conjuntamente, sob o comando da equipe de segurança. Forças policiais muitas vezes também são necessárias e devem ser consideradas na escolha do local e na organização de determinado evento que conte com a presença do dignitário. Coberto: possui um aparato de segurança por toda sua extensão, garantindo a proteção necessária ao deslocamento da autoridade. Descoberto: não possui condições de segurança necessárias ao deslocamento. Quanto ao meio: Meios disponíveis: trata-se de elencar no plano de segurança quais os meios que serão utilizados para garantir a segurança do dignitário. Podemos considerar como exemplo uma viatura policial que fará a guarda externa de forma ostensiva ou mesmo um helicóptero preparado para uma saída emergencial. Sendo o plano de segurança diário da autoridade, neste ponto estarão descritos os meios utilizados para deslocamento rotineiro. Tarefa: deverá contemplar o objetivo principal: possibilitar a liberdade de locomoção da autoridade, garantindo sua integridade física e moral, sem ocorrência de interferências externas ou internas. Execução: parte do planejamento de segurança que determinará a função de cada componente da equipe, descrevendo procedimentos e atitudes a serem tomadas, tal qual um manual de instruções, que deverá ser estudado, discutido e treinado, estabelecendo prazos, condições e possíveis técnicas de ação imediatas. Logística: estabelecerá instruções sobre como será o apoio logístico citando generalidades, suprimentos (de alimentação, combustível, munição letal e menos letal, água, documentos, remédios e equipamentos especiais), meios de transporte (terrestre, aéreo, aquático ou misto), saúde (plano de emergência para hospitais de apoio e formas de evacuação), manutenção e pessoal (composição das equipes de segurança pessoal, velada e ostensiva, corpo de bombeiros, policia e paramédicos e conduta em caso de incidente e acidente). Atualizada 30/10/2009 Terrestre: aquele em que predomina este meio, podendo ser deslocado a pé. Aquático: aquele em que predomina este meio, podendo ser em rios, lagos e mar. Aéreo: realizado em aeronave de asa fixa ou móvel. Misto: aquele que utiliza mais de um meio de locomoção. Quanto à extensão: Longo: realizado entre pontos podendo ser considerado uma viagem. Curto: realizado em trechos curtos. distantes Quanto ao sigilo: Ostensivo: é de conhecimento público, normalmente utilizando grande quantidade de meios e de efetivo. Reservado: é de conhecimento restrito a assessoria de segurança, normalmente utilizado quando se deseja a máxima discrição. Em razão de a maioria dos atentados e incidentes diversos ocorrerem durante o deslocamento da autoridade, deve-se atentar para inúmeros fatores que podem influenciar o trabalho da equipe de segurança, como: existência de apoio, existência de pontos críticos, condições de trafegabilidade, etc. Meios de deslocamento e comboio: pelo mesmo motivo de exposição constante da autoridade a escolha do meio adequado de deslocamento e o tipo de comboio realizado merecem atenção especial. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7 BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque Teoria e Noções de Segurança Aula 4 Como já vimos, a escolha do meio de transporte utilizado dependerá de cada situação ou da inexistência de outro meio seguro, podendo inclusive ser realizada a pé. Com relação ao modo de comboio realizado existem vários modelos a serem seguidos, sendo a opção com cinco veículos o ideal mínimo a ser utilizado, e o mínimo aceitável dois veículos. No modelo com cinco veículos a distribuição ficaria da seguinte forma: • Veiculo 01: realizará a varredura do itinerário identificando possíveis pontos vulneráveis ou anormalidades, podendo inclusive indicar caminho alternativo. Segue a frente e afastado dos demais veículos do comboio. • Veiculo 02: irá se deslocar logo a frente do veiculo do dignitário com a missão de proteger a vanguarda e os flancos, devendo possuir robustez para desobstruir a passagem no caso de bloqueios. • Veiculo 03: veiculo que conduzirá a autoridade devendo possuir características especiais como elevada potência e blindagem. • Veiculo 04: proporcionará a segurança imediata da autoridade deslocando-se logo a retaguarda do veiculo 03. Deverá ser um veiculo de maior porte para possibilitar uma visão mais ampla sobre os demais veículos. É o veiculo onde serão transportados os armamentos de maior calibre no caso de uma ação imediata. • Veiculo 05: de mesmas características do veiculo 03, servirá como opção reserva no caso de alguma emergência e também para cobrir a retaguarda do comboio. Técnicas de Evasão: As técnicas descritas devem ser utilizadas com extremo cuidado, em situações de perseguição onde a vida do dignitário está em risco, já que a maioria das manobras são proibidas pelo código nacional de trânsito, além de serem muito arriscadas. Para a condução adequada do comboio existem algumas regras a serem observadas para impedir evento adverso. Manter distância de segurança dos demais veículos e dos demais do comboio considerando condições da via, visibilidade e tráfego, trafegar na velocidade máxima estabelecida para a via (considerar a segurança no deslocamento), deverão ocorrer movimentos simétricos e compassados entre os veículos do comboio, estacionar os veículos de modo a permitir manobras rápidas e seguras e manter as condições dos veículos em ordem, inclusive realizando varreduras nos mesmos, fazem parte dessa lista de regras. ֜ Puxar o freio de mão (tecla acionada, puxar forte, Para a condução dos veículos no trabalho de segurança o agente deverá possuir curso de direção defensiva, evasiva e ofensiva. O agende de segurança deve conhecer o veículo, dominar técnicas de direção defensiva para evitar acidentes e utilizando técnicas de direção evasiva que auxiliam na fuga em caso de estar sendo perseguido por marginais que querem seqüestrar o VIP. Definições: • Direção Defensiva – visa evitar a ocorrência de acidentes de trânsito, apesar dos erros dos demais motoristas; • Direção Evasiva – é quando se utiliza o veículo como meio de fuga (para evitar um seqüestro ou atentando, por exemplo); • Direção Ofensiva – é a utilização do veículo para perseguir outro, furar bloqueios, ou imobilizar outros veículos (não se utilizará o veiculo em que se encontra a autoridade para realizar esse tipo de condução em razão do grau de perigo existente; quando o dignitário estiver presente serão realizadas somente manobras evasivas). 8 Atualizada 30/10/2009 • Avançar no sinal vermelho ou entrar na contramão; • Cortar a pista procurando uma via de escape; • Fazer conversões de última hora em alta velocidade; • Fazer uma curva e estacionar em local protegido ou oculto; • Atravessar calçadas, gramados ou ilhas, faça a manobra em um ângulo entre 30º e 45º; • Cavalo de Pau de Frente ֜ Pisar na embreagem; ֜ Acima de 60 km/h há possibilidade de o carro capotar; ֜ Girar o volante de 3 para 9 horas ou de 9 para 3 horas; mantendo a tecla acionada até finalizar o giro de 180º); ֜ Câmbio automático, colocar no neutro. • Cavalo de Pau de Ré ֜ Pisar na embreagem; ֜ Girar o volante de 3 para 9 horas ou de 9 para 3 horas; ֜ Leve toque no freio de pé, se o veículo sinalizar que irá tombar; Temos ainda que destacar a importância dos deslocamentos a pé, onde a segurança da autoridade está reduzida ao escudo formado pela equipe de segurança e por medidas preventivas nos arredores da localidade. Tipos de Formações 1 – Dignitário + Motorista segurança: Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque No Brasil, muitas pessoas contratam um motorista que tem funções de agente de segurança ou vice-versa. É um erro muito grave que dificulta a correta proteção, tanto do agente quanto do dignitário. 2 – Dignitário + Dois Agentes É o mínimo necessário para a proteção do dignitário. O líder permanece atrás na formação. Teoria e Noções de Segurança Aula 4 Losango: Tipo de Formação cerrada usada quando há risco de ataques, possibilita maior proteção. Box ou caixa: Formação cerrada para formar “paredes” de proteção para o dignitário 5 – Dignitário + Cinco Agentes Também conhecida como formação em “S” por causa da disposição dos agentes. É mundialmente empregada na segurança como uma das mais compactas e eficientes formas de se conduzir um dignitário a pé. Sendo que praticamente todos os ângulos de ataque poderão ser cobertos por qualquer dos agentes de segurança. Chefe da equipe: responsável por combater a ameaça de qualquer lado que venha. Ponta: agente de segurança que segue mais a vanguarda para identificar possíveis riscos e dar o primeiro combate. Mosca: responsável por retirar o dignitário da situação de risco para o lado contrário da ameaça. Sendo que só deve sacar a arma em último caso, ou em falha do chefe de equipe. TECNICAS DE AÇÃO IMEDIATA 3 – Dignitário + Três Agentes Com três agentes é possível conferir maior proteção ao dignitário, podemos subdividir em: Triangulo: Tipo de Formação cerrada usada quando há risco de ataques, possibilita maior proteção. O ala se desloca para ficar sempre no lado de maior risco. Cunha ou V: Formação utilizada quando a frente onde se desloca o dignitário está protegida. 4 – Dignitário + Quatro Agentes Neste caso proporciona-se maior segurança ao dignitário, podendo ser dividida em: Atualizada 30/10/2009 Ameaça: Agressão verbal. Um suspeito começa a agredir verbalmente o Dignitário causando constrangimento, podendo escalar uma ação mais violenta. 1 – Ponta se aproxima do Agressor e deve evitar sua aproximação do Dignitário 2 – Líder retira o Dignitário do local pelo lado oposto do risco Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 9 BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque Teoria e Noções de Segurança Aula 4 3 – Posicionamento: Os Alas se aproximam do Dignitário, um verifica possíveis ameaças e o outro protegerá a retirada do Dignitário 4 – O Ponta deve ter amplo domínio de técnicas de defesa pessoal, capacidade de neutralizar a ameaça e procurar voltar o mais rápido possível à equipe Ameaça: Arma branca O Agressor porta uma faca, a ameaça representa alto risco para o Dignitário. 1 – O Ponta deve: Detectar (a ameaça), Desviar (a arma do Dignitário), Desarmar/Derrubar (imobilizar o agressor), Debandar (voltar à equipe) 2 – Os Alas farão o “paredão de fogo” e só executarão disparos se o Ponta falhar em imobilizar o agressor 3 – O Líder curva o Dignitário e retira-o do local do risco 1 – Ponta se aproxima do Suspeito e utiliza do bastão retrátil para proteger o Dignitário 2 – Líder retira o Dignitário do local pelo lado oposto do risco 3 – O Ala deve tomar cuidado para não apontar a arma nas costas do ponta Ameaça: Arma de Fogo Longa Distância (acima de 3 metros de distância) O Agressor está a aproximadamente 6 metros de distância e saca uma arma de fogo. 1 – Gritar: Arma de fogo 12 horas (perigo à frente) 2 – Ponta e o Ala da direita fazem o “paredão de fogo”, para proteger a retirada do Dignitário 3 – O Líder curva o VIP e retira-o da área de risco Ameaça: Arma de Fogo Curta Distância (até 3 metros de distância) Em uma solenidade o Agressor saca uma arma de fogo e está a menos De 3 metros do Ponta. 10 Atualizada 30/10/2009 ARMAMENTO Portabilidade e confiabilidade: duas palavras que bem poderiam resumir o porte seguro de armas de fogo. A melhor arma é aquela com a qual estamos mais habituados e com a qual treinamos freqüentemente. O revólver e a pistola são as armas de fogo mais comuns, utilizadas por agentes de segurança. Existem limitações legais para os agentes de segurança privados que podem utilizar revólveres, até o calibre.38 e pistolas semi-automáticas, até o calibre .380 ACP (9mm curto). Revólver Menor capacidade de munição 5 a 7 tiros em média Pistola Maior capacidade de munição (depende do carregador, 7 a 19 tiros em média) Remuniciamento mais Remuniciamento mais demorado (o ideal é utilizar rápido, apenas apertando “Speed ou Jet loaders”) um botão e trocando o carregador Maior confiabilidade Maior risco de problemas de mau funcionamento Facilidade no manuseio e Requer mais técnica do manutenção atirador Fuzis e Metralhadoras são armas apenas permitidas para policiais e militares e o seu uso em operações envolvendo segurança de autoridades em áreas urbanas é uma questão que deve ser muito bem estudada, a super penetração e o grande alcance útil das munições de fuzil representa um problema grave em um tiroteio na rua ou em uma perseguição no trânsito por exemplo. Já os traficantes, ladrões de bancos e seqüestradores, estão pouco ligando para quem morreu ou deixou de morrer, cada vez mais utilizam esse tipo de armamento em seus confrontos. Equipes de segurança pública só devem pensar neste tipo de armamento em situações onde há grande risco à autoridade, onde é esperado um ataque com múltiplos atacantes. É importante observar que não há histórico no Brasil desse tipo de atentado, ficando restritos a locais de grande tensão (Israel, Iraque, etc). Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque As metralhadoras serão utilizadas para tiros de varredura, procurando atingir vários agressores simultaneamente, enquanto o fuzil servirá para uma eventual cobertura mais ampla (com maior alcance) ou uma retirada rápida. Já em um helicóptero o uso do fuzil é essencial pelo maior alcance e a melhor precisão. Munições O importante é usar sempre munição nova, de boa procedência e, preferencialmente, "de fábrica" (não recarregada). Além disso, é bom conhecer as características e exigências de cada arma para optar pela munição correta. Por exemplo, revólveres antigos em calibre .38 Special não devem usar cartuchos "+P". Tiro O tiro de defesa é um tiro instintivo, devemos desconsiderar a cabeça como um alvo preferencial, além de ser um alvo pequeno possui movimentos rápidos o que a torna um alvo difícil de ser atingido, o mais correto é visar a maior parte do corpo apresentada, o centro do tórax. Regras de Segurança • Trate sua arma sempre como se estivesse carregada; • Faça sempre a Inspeção da Arma; • Fique com o dedo fora do gatilho; • Aponte a arma sempre para uma direção segura; • Mantenha sua arma longe de crianças e curiosos; • A arma traz um grande poder, que vem com uma responsabilidade ainda maior. O agente de segurança pessoal deve evitar utilizá-la sem justificativa legal, por exemplo, em uma discussão banal com um vizinho, ou em uma briga de trânsito. ETIQUETA E COMPORTAMENTO PROFISSIONAL Profissionais de segurança devem acompanhar o Dignitário em várias ocasiões e neste contexto, é importantíssimo o conhecimento de normas de etiqueta para evitar constrangimentos ou situações embaraçosas que comprometam o trabalho da equipe de segurança. O mercado exige um profissional diferenciado, que não necessita fazer “cara feia” para ser respeitado. Age com educação e elegância desenvolvendo algumas habilidades básicas que são esperadas e serão cobradas, ressaltando o aspecto de naturalidade e espontaneidade. Apresentação Pessoal Para começar o cuidado com a apresentação pessoal é fundamental, já que nossa aparência é um cartão de visitas. Visando este quesito, há três itens essenciais que devem ser levados em consideração: 1 – Higiene – tomar banho, fazer a barba, unhas cortadas, cabelos penteados, é o mínimo exigido. Além do aspecto de limpeza, melhora a auto-estima, aumenta a disposição e valoriza o profissional; 2 – Postura – Uma postura desleixada, dá um aspecto extremamente negativo, é importante ficar atento à maneira como andamos, sentamos, ficamos posicionados, etc; 3 – Vestuário – a roupa deve estar adequada à situação, respeitando características próprias, como local, horário, determinações do Dignitário, etc. Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 Em geral no dia-a-dia, é importante observar: 3.1 – Ternos e camisa: limpos, bem passados e com todos os botões. Cores sóbrias. Trocar a camisa diariamente. 3.2 – Gravatas – pouco chamativas, com o nó bem feito. 3.3 – Sapatos – limpos, engraxados e sempre com meias. 3.4 – Prendedor de gravata (evita que ela fique voando no rosto do agente de segurança em locais abertos). 3.5 – Sapatos com solado antiderrapante (fundamental para o trabalho de segurança). 3.6 – Óculos escuro (principalmente se for preciso dirigir em locais abertos, onde o sol pode comprometer a visibilidade). Comunicação É importante considerar que as atitudes e gestos podem auxiliar ou atrapalhar a convivência entre as pessoas. Devemos: • Ser discretos; • Educados; • Prestativos; • Pacientes; • Atenciosos; • Demonstrar equilíbrio e bom senso; • Ter um tom de voz adequado; • Evitar falar palavrões e gritar; • Fazer comentários maldosos, espalhar boatos ou fazer fofocas; • Mostrar excesso de curiosidade; • Interromper ou se intrometer em conversas alheias; • Ser inconveniente ou inoportuno. Gafes: • Evite perguntar o óbvio; • Fazer comentários ou entrar em um assunto que não conhece; • Contar a vida particular em grupo; • Falar mal das pessoas ou colegas de trabalho; • Desmentir pessoas; • Corrigir as pessoas; • Contar casos desagradáveis; • Fazer Grosserias; • Bocejar, tossir, espirrar, principalmente em solenidades. Fumantes: • Não fume em locais fechados; • Não fume dentro de veículos; • Não fume sem pedir licença ou verificar se outros presentes não ficarão incomodados; • Não jogue o cigarro no chão; • Não fume escondido, principalmente em banheiros ou salas da empresa; • Não fume no restaurante da empresa; • Evite criticar fumantes. Relacionamento Interpessoal: • Respeite os colegas de trabalho; • Respeite a hierarquia; • Não faça insinuações ou namore colegas de trabalho, a pessoa que está protegendo nem seus familiares; Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 11 BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque • Não discuta seus problemas pessoais ou profissionais com o VIP, procure os canais adequados dentro da empresa. Horários: Tenha pontualidade sempre, avise sempre que for chegar atrasado e traga justificativas em caso de faltas. LEI No 11.036, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2004 os (Altera disposições das Leis n 10.683, de 28 de maio de 2003, e 9.650, de 27 de maio de 1998, e dá outras providências.) O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Os arts. 8o e 25 da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 8º... Art. 8o Ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social compete assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes específicas, voltadas ao desenvolvimento econômico e social, produzindo indicações normativas, propostas políticas e acordos de procedimento, e apreciar propostas de políticas públicas e de reformas estruturais e de desenvolvimento econômico e social que lhe sejam submetidas pelo Presidente da República, com vistas na articulação das relações de governo com representantes da sociedade civil organizada e no concerto entre os diversos setores da sociedade nele representados. § 1o O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social será presidido pelo Presidente da República e integrado: I - pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que será o seu Secretário-Executivo; (Redação dada pela Lei nº 11.204, de 2005) II - pelos Ministros de Estado Chefes da Casa Civil, da Secretaria-Geral e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; (Redação dada pela Lei nº 11.204, de 2005) III - pelos Ministros de Estado da Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; do Trabalho e Emprego; do Meio Ambiente; das Relações Exteriores; e Presidente do Banco Central do Brasil; (Redação dada pela Lei nº 11.036, de 2004) IV - por noventa cidadãos brasileiros, e respectivos suplentes, maiores de idade, de ilibada conduta e reconhecida liderança e representatividade, todos designados pelo Presidente da República para mandatos de dois anos, facultada a recondução.” "Art. 25. Art. 25. Os Ministérios são os seguintes: ... Parágrafo único. São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado do Controle e da Transparência e o Presidente do Banco Central do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.204, de 2005)” 12 Atualizada 30/10/2009 Teoria e Noções de Segurança Aula 4 o Art. 2 O cargo de Natureza Especial de Presidente do Banco Central do Brasil fica transformado em cargo de Ministro de Estado. Parágrafo único. A competência especial por prerrogativa de função estende-se também aos atos administrativos praticados pelos ex-ocupantes do cargo de Presidente do Banco Central do Brasil no exercício da função pública. Art. 3o O art. 5o da Lei no 9.650, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações: (Vide Medida Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006) o "Art. 5 .......................................................... ...................................................................... VIII - execução e supervisão das atividades de segurança institucional do Banco Central do Brasil, relacionadas com a guarda e a movimentação de valores, especialmente no que se refere aos serviços do meio circulante, e a proteção de autoridades. (Vide Medida Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006) Parágrafo único. No exercício das atribuições de que trata o inciso VIII deste artigo, os servidores ficam autorizados a conduzir veículos e a portar armas de fogo, em todo o território nacional, observadas a necessária habilitação técnica e, no que couber, a disciplina estabelecida na Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003." (NR) (Vide Medida Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006) Art. 4o O exercício das atividades referidas no art. 5o, inciso VIII, da Lei no 9.650, de 27 de maio de 1998, com a redação dada por esta Lei, não obsta a execução indireta das tarefas, mediante contrato, na forma da legislação específica de regência. (Vide Medida Provisória nº 295, de 2006) (Revogado pela Lei nº 11.344, de 2006) o Art. 5 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. LEI Nº 11.344, DE 8 DE SETEMBRO DE 2006. (Dispõe sobre a reestruturação das carreiras de Especialista do Banco Central do Brasil, de Magistério de Ensino o o Superior e de Magistério de 1 e 2 Graus e da remuneração dessas carreiras, das Carreiras da Área de Ciência e Tecnologia, da Carreira de Fiscal Federal Agropecuário e dos cargos da área de apoio à fiscalização federal agropecuária, estende a Gratificação de Desempenho de Atividade Técnica de Fiscalização Agropecuária - GDATFA aos cargos de Técnico de Laboratório e de Auxiliar de Laboratório do Quadro de Pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cria a Gratificação de Desempenho de Atividade de Execução e Apoio Técnico à Auditoria no Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - GDASUS, e dá outras providências.) Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida Provisória nº 295, de 2006, que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Renan Calheiros, Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para os efeitos do disposto no art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, combinado com o art. 12 da Resolução nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei: Carreira de Especialista do Banco Central do Brasil o o Art. 1 A Lei n 9.650, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 5o São atribuições dos titulares do cargo de Técnico do Banco Central do Brasil: Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores BB+BACEN+CEF Prof. Cláudio Albuquerque Teoria e Noções de Segurança Aula 4 I - desenvolvimento de atividades técnicas e administrativas complementares às atribuições dos Analistas e Procuradores do Banco Central do Brasil; II - apoio técnico-administrativo aos Analistas e Procuradores do Banco Central do Brasil no que se refere ao desenvolvimento de suas atividades; III - execução de atividades de suporte e apoio técnico necessárias ao cumprimento das competências do Banco Central do Brasil que, por envolverem sigilo e segurança do Sistema Financeiro, não possam ser terceirizadas, em particular as pertinentes às áreas de: a) tecnologia e segurança da informação voltadas ao desenvolvimento, à prospecção, à avaliação e à internalização de novas tecnologias e metodologias; e b) programação e execução orçamentária e financeira, de contabilidade e auditoria, de licitação e contratos, de gestão de recursos materiais, de patrimônio e documentação e de gestão de pessoas, estrutura e organização; IV - operação do complexo computacional e da rede de teleprocessamento do Banco Central do Brasil; V - supervisão da execução de atividades de suporte e apoio técnico terceirizadas; VI - atendimento e orientação ao público em geral sobre matérias de competência do Banco Central do Brasil procedendo, quando for o caso, a análise e o encaminhamento de denúncias e reclamações; VII - realização de atividades técnicas e administrativas complementares às operações relacionadas com o meio circulante, tais como: a) distribuição de numerário à rede bancária e às instituições custodiantes; b) procedimentos de análise de numerário suspeito ou danificado; c) monitoramento do processamento automatizado de numerário; e d) monitoramento e execução dos eventos de conferência e destruição de numerário; VIII - elaboração de cálculos, quando solicitado, nos processos relativos ao contencioso administrativo e judicial; IX - execução e supervisão das atividades de segurança institucional do Banco Central do Brasil, especialmente no que se refere aos serviços do meio circulante e à proteção de autoridades internas do Banco Central do Brasil; e X - desenvolvimento de outras atividades de mesma natureza e nível de complexidade. o § 1 No exercício das atribuições de que trata o inciso IX, os servidores ficam autorizados a conduzir veículos e a portar armas de fogo, em todo o território nacional, observadas a necessária habilitação técnica e, no que couber, a disciplina estabelecida na Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003. § 2o O exercício da prerrogativa prevista no § 1o relativa ao porte de armas de fogo ocorrerá na forma e nas condições fixadas pelo Departamento de Polícia Federal. o § 3 O exercício das atividades referidas no inciso IX, não obsta a execução indireta das tarefas, mediante contrato, na forma da legislação específica.” (NR) Atualizada 30/10/2009 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 13