A cidade e as serras (1901) Eça de Queirós Estilo literário: Realismo português Terceira fase de Eça de Queirós (18881900); Três projetos para Portugal: valorização e desenvolvimento da agricultura; resgate da tradição heróica e monárquica de Portugal; incentivo do neocolonialismo na África. Espaço: Paris e Tormes (interior de Portugal) Tempo: final do século XIX Narrador deuteragonista: Zé Fernandes Protagonista: Jacinto de Tormes Ambos são portugueses radicados em Paris, filhos de famílias abastadas. Genealogia da família de Jacinto: EM PORTUGAL: CASARIO EM TORMES DATADO DE 1410 DOM GALIÃO E ANGELINA FAFES NA FRANÇA: “CINTINHO” E TERESINHA VELHO NASCIMENTO DE JACINTO DE TORMES MOTIVO DO EXÍLIO NA FRANÇA: GUERRA DOS DOIS IRMÃOS DOM MIGUEL DOM PEDRO CARACTERÍSTICAS DE JACINTO NA FRANÇA: DÂNDI POSITIVISTA: SUMA POTÊNCIA X SUMA CIÊNCIA = SUMA FELICIDADE “PRÍNCIPE DA GRÃ-VENTURA”: SORTE, BELEZA E FORTUNA NA JUVENTUDE AMOR E VENERAÇÃO ABSOLUTOS PELA CIDADE REPÚDIO COMPLETO À NATUREZA, CONSIDERADA PRIMITIVA E BESTIAL SOBRADO Nº 202 NOS CAMPOS ELÍSEOS: MÁQUINAS E LIVROS AVENIDA CHAMPS ELYSÈES A IGREJA DE MONTMARTRE AS ESCADARIAS DE MONTMARTRE BURGUESES FREQÜENTADORES DA CASA DE JACINTO : CARICATURAS DA PODRIDÃO URBANA GRÃO-DUQUE CASIMIRO DIANA DE LORGE (CORTESÃ) TODELLE (BON VIVANT) DANJON (HISTORIADOR) JUDEU EFRAIM (BANQUEIRO) DORNAN (POETA) JOVAN (CRÍTICO DE TEATRO) CONDESSA DE TRÈVES DUQUE DE MARIZAC MADAME DE ORIOL FALHAS PATÉTICAS DA CIVILIZAÇÃO: ROMPIMENTO DO TUBO DE AQUECIMENTO NO BANHEIRO; APAGÃO DAS LUZES ÀS VÉSPERAS DA FESTA; QUEBRA DO ELEVADOR DA COZINHA; CASO DE ZÉ FERNANDES COM A PROSTITUTA (DECADÊNCIA) MOTIVO DA IDA PARA PORTUGAL: QUEDA DA CAPELINHA COM OS RESTOS MORTAIS DOS ANTEPASSADOS. RECONSTRUÇÃO DO PASSADO PÁTRIO. VIAGEM: EXTRAVIO DAS MALAS SIMBOLOGIA: ABANDONO DAS INFLUÊNCIAS NEFASTAS DA CIDADE PROVA DE FOGO PARA JACINTO CONTATO ABSOLUTO COM A RUSTICIDADE DO CAMPO “...E AMBOS EM PÉ, ÀS JANELAS, ESPERAMOS COM ALVOROÇO A PEQUENINA ESTAÇÃO DE TORMES, TERMO DITOSO DAS NOSSAS PRIVAÇÕES.” A ESTAÇÃO DE TORMES: NINGUÉM À ESPERA “PARA OS VALES, PODEROSAMENTE CAVADOS, DESCIAM BANDOS DE ARVOREDOS, TÃO COPADOS E REDONDOS, DE UM VERDE TÃO MOÇO, QUE ERAM COMO UM MUSGO MACIO ONDE APETECIA ROLAR.” ADMIRAÇÃO DAS TERRAS PORTUGUESAS: O CAMINHO DE JACINTO A CASA DO LODEIRO “ATRAVÉS DE MUROS SECULARES, QUE SUSTÊM AS TERRAS LIGADOS PELAS HERAS, ROMPIAM GROSSAS RAÍZES COLEANTES A QUE MAIS HERA SE ENROSCAVA.. EM TODO O TORRÃO, DE CADA FENDA, BROTAVAM FLORES SILVESTRES.” “NOS CERROS REMOTOS, POR CIMA DA NEGRURA PENSATIVA DOS PINHEIROS BRANQUEJAVAM ERMIDAS. O AR FINO E PURO ENTRAVA NA ALMA, E NA ALMA ESPALHAVA ALEGRIA E FORÇA.” REFORMA DO CASARIO: REFORMA DE PORTUGAL TRASLADO DOS ANTEPASSADOS ATRAVÉS DOS CAMPOS E COLHEITAS: SIMBOLOGIA:UNIÃO DA TRADIÇÃO E DA AGRICULTURA PROJETOS DE JACINTO: INSTALAÇÃO DE UM LATICÍNIO (QUEIJARIA) PREPARAÇÃO DE UMA GRANDE HORTA; INSTALAÇÃO DE UM POMBAL; RECONSTRUÇÃO DOS CASEBRES; ASSISTÊNCIA MÉDICA (CARIDADE); CRECHE E ESCOLINHA; SALA DE PROJEÇÕES (CULTURA); RELIGIOSIDADE MISSA AOS DOMINGOS NA CAPELINHA COM O PADRE JOSÉ MARIA: DOCES PARAS AS CRIANÇAS E VINHO PARA OS HOMENS JOÃO TORRADO (ERVANÁRIO, ERMITÃO E ADIVINHO): “JACINTO É DOM SEBASTIÃO QUE VOLTOU”. DOM SEBASTIÃO ANIVERSÁRIO DE ZÉ FERNANDES EM GUIÃES MEMBROS DA SOCIEDADE VÊEM EM JACINTO UM MIGUELISTA, UM RESTAURADOR; AMBIENTE PESADO CRÍTICA AO PENSAMENTO RETRÓGRADO DE ALGUMAS ALAS DA BURGUESIA LUSITANA IDA PARA A “FLOR DA MALVA”: CASA DE JOANINHA E TIO ADRIÃO NO CAMINHO: PARADA NA TABERNA DE MANUEL TORTO E ENCONTRO COM O EREMITA SEBASTIANISTA JOÃO TORRADO: “BENDITO SEJA O PAI DOS POBRES!” JACINTO = DOM SEBASTIÃO CASAMENTO COM JOANINHA FILHOS: JACINTINHO E TERESINHA MANUTENÇÃO DA TRADIÇÃO FAMILIAR ÚLTIMA VIAGEM DE ZÉ FERNANDES A PARIS: TÉDIO E DECEPÇÃO; REGRESSO: ENCONTRO COM A FAMÍLIA DE JACINTO NA ESTAÇÃO ; JACINTINHO TRAZ A BANDEIRA DO “CASTELO” EM SUA MÃO “AH, PORTUGAL PEQUENINO, QUE AINDA ÉS DOCE AOS PEQUENINOS!”