Informativo
A mesa de honra foi composta pela Dra. Tereza Cristina Nascimento
Souza Secretária Adjunta da Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres, da Presidência da República, Dra. Adriana de Lourdes Ancelmo
Cabral, Primeira Dama do Estado, Dr Paulo Roberto Paixão Bretas,
Carlos Roberto de Oliveira, Carlos Eduardo Tavares de Andrade,
respectivamente diretores de Administração Técnico e de Produção da
CMB, da Profa. Helena Rosa Trope, Vice Presidente da Academia
Nacional de Música, Dr. Licio Araújo, Presidente da Associação Cultural
do Arquivo Nacional, que ladearam o Dr. José dos Santos Barbosa
Presidente da Casa da Moeda do Brasil
Pág.03
A Aula Inaugural de Marilena Paes
A
história da Casa da Moeda do Brasil,
que acaba de comemorar 313 anos,
confunde-se com a História do Brasil.
Fundada, portanto, há mais de três
séculos, em 1694, com o objetivo de
fundir e cunhar o ouro extraído em nosso território,
no período colonial, a Casa da Moeda tem sido uma
importante personagem da história nacional.
Entre tantos feitos que marcaram a trajetória da
empresa, coube a ela a primazia de imprimir o
primeiro selo das Américas e o terceiro do mundo:
o “olho de boi”, lançado em 1843. Entre os feitos
mais recentes está o novo passaporte brasileiro.
A empresa é a responsável em caráter de
exclusividade pela produção de cédulas e moedas
para o Banco Central; de selos postais, para os
Correios; de selos fiscais, para a Receita Federal e
de Títulos da Dívida Pública.
Atua em um mercado competitivo, confeccionando
bilhetes magnetizados, cartões telefônicos,
documentos de identidade, carteiras de trabalho, selos
cartoriais, além de medalhas, diplomas e muitos
outros produtos gráficos de segurança.
O mercado externo também recebe especial
atenção por parte da empresa. Entre cédulas,
moedas, passaportes e outros produtos, a Casa da
Moeda atende a países como: Paraguai, Uruguai,
Venezuela, Equador, Peru, Bolívia, Costa Rica,
Guiné, Cabo-Verde e Angola. O registro das
comemorações nas páginas desta Edição.
Nesta edição um registro da Aula Inaugural proferida
na UNIRIO para a turma de Arquivologia, pela
Dra. Marilena Paes
1
Informativo
Arquivo Nacional: atividades culturais
Márcio Médici
A
s atividades culturais desenvolvidas
pelo Arquivo Nacional, como parte de
sua missão institucional de
divulgação do acervo, envolve a
pesquisa histórica, a realização de exposições
e a implementação de um programa editorial. Foi
a partir de 1997 que a instituição direcionou uma
de suas linhas de pesquisa para a história
colonial, explorando, assim, uma das mais
valiosas parcelas do seu patrimônio.
O primeiro produto dessa iniciativa foi a base de
dados Roteiro de Fontes do Arquivo Nacional para
a História dos Descobrimentos Portugueses –
séculos XVI – XIX – parte de um projeto
implementado com recursos da Fundação Vitae,
da Comissão Nacional para as Comemorações
dos Descobrimentos Portugueses, da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ) e do programa de Apoyo Al Desarrollo de
Archivos Iberoamericanos – programa ADAI.
nacional e que repousa em bibliotecas e centros
de documentação do Brasil e do exterior.
A realização de exposições tem sido um dos
meios mais eficazes de divulgação do acervo da
instituição, para um amplo seguimento da
sociedade. Com esse objetivo, a partir da década
de 1990, foi intensificada a organização de
mostras temáticas, em importantes espaços
culturais do Rio de Janeiro e em outras cidades.
Exposições como Visão do Paraíso: o imaginário
europeu nos trópicos, de 1992; Imagens da
Mulher Brasileira, de 1996; Estampas do Rio, de
2001; Razão, Memória e Imaginação: 250 Anos
da Encyclopédie, de 2001; Nação Brasileira: 180
anos da independência, de 2002 e Cinqüenta
Anos de Desenvolvimento Nacional, de 2002; são
exemplos das diferentes abordagens e da riqueza
dos fundos documentais do Arquivo Nacional.
Desde 1991, vem sendo promovido o prêmio
Arquivo Nacional de Pesquisa – concurso de
monografias desenvolvidas com base no
universo documental da instituição. O evento
tornou-se um importante instrumento de
difusão do Arquivo Nacional, direcionado ao
público acadêmico, possibilitando, ao longo de
uma década, a publicação de trabalhos das
áreas de História, Ciências Sociais, entre
outras, produzidas no âmbito de programas de
pós-graduação das mais importantes
universidades do País.
Em 2002, teve início um programa de atividades
educacionais, que inclui visitas ao Arquivo
Nacional, destinado, sobretudo, aos estudantes
do ensino fundamental e do ensino médio. O
objetivo do programa é despertar o interesse pela
história do Brasil, apresentando aos alunos
exposições de documentos relativos a temas
previamente selecionados.
Visando o acesso à informação e à divulgação
do acervo e de novas tecnologias nas áreas de
documentação, o programa editorial inclui os
instrumentos de pesquisa, as publicações
históricas e de caráter técnico. Merece, ainda,
destaque à revista Acervo, que teve circulação
2
Informativo
A
ula Inaugural
na Unirio abre
ano letivo
A
pontando os novos
caminhos e a evolução
dos
sistemas
de
arquivamento
de
documentos, no Brasil e no Mundo, a
Dra. Marilena Leite Paes, assim deu
início à Aula Magna para os estudantes
de arquivologia da UNIRIO:
“Se fizermos um passeio retrospectivo
A Conceituada arquivista foi
pela história da humanidade, disse a
ouvida atentamente pelos
Coordenadora do Conselho Nacional de
universitários
Arquivos (CONARQ), vamos verificar
que o homem vem evoluindo técnica,
científica e culturalmente, num compasso de tempo
Os alunos foram
cada vez mais acelerado. São os fenômenos da
extremamente
modernidade – velocidade versus avanços
carinhosos com a
tecnológicos, que atingem em cheio o universo
mestra do Arquivo
Nacional
daqueles que têm como matéria-prima de seu
desempenho profissional a informação, dentre os
quais estamos nós arquivistas, bibliotecários,
documentalistas, analistas de sistemas, técnicos de
informação e tantos outros.
preconceitos, e que os arquivistas devem estar
preparados profissionalmente para utilizar todos os
Diante dessa nova realidade, surgem inúmeras meios disponíveis para se obter, rapidamente,
questões, não só sobre o papel dos arquivos face informações confiáveis, precisas e completas.
aos desafios tecnológicos do mundo contemporâneo
como também sobre o perfil do profissional capaz
de responder a tais desafios.
Modernização
Nos últimos dez anos, a explosão do uso de
microcomputadores em todas as suas versões e
aplicações vem-se constituindo no mais fantástico
de todos os instrumentos facilitadores do tratamento
e recuperação de informações. Em contrapartida,
se inadequadamente utilizados poderão ser
responsáveis pelo desaparecimento de registros e,
conseqüentemente, colocando em risco a
integridade dos acervos arquivísticos.
Tendo presente que a finalidade primeira dos
arquivos é servir à administração, é importante
lembrar que esta só será atingida se os arquivistas
procederem a uma eficaz gestão de documentos.”
As mudanças continuarão ocorrendo e sempre com
grande velocidade, o que nos impede de profetizar
sobre o futuro – disse a conferencista. E concluiu:
“Se o século XIX caracterizou-se pela revolução
industrial, o século XX será, com certeza, lembrado
como o portal de entrada na era da revolução da
informação. E o século XX!?”
Marilena Paes foi atentamente ouvida pelos
estudantes e no final afirmou que o processo de
transformação está nas mãos das novas gerações
e será melhor ou pior dependendo do uso que
fizerem dos fracassos e das conquistas que estão
recebendo de herança de seus antepassados.
Finalizou fazendo votos de que o século XXI se
transforme num marco para o engrandecimento da
humanidade e a salvação de nosso planeta.
Mais adiante recomendou aos alunos que o trabalho
nos arquivos deve ser desenvolvido sem
3
Informativo
O
quanto à cultura
brasileira é devedora da
monarquia portuguesa...
Por Fernando Abelha (Diretor Cultural – ACAN)
Com a transmigração da Corte
portuguesa ao Brasil iniciou-se a
história da nossa cultura
Visão da Academia Militar, na Praia Vermelha que fechava
totalmente a praia contra invasores inimigos
T
udo começou em outubro de 1807 quando
Napoleão I, déspota francês, inimigo
ferrenho da Inglaterra, que por sua vez era
tradicional aliada de Portugal, depôs a Casa
de Bragança ao determinar a invasão do
território português por suas tropas, como vingança à
neutralidade da Corte e suas posições políticas, vez por
outra, contrárias à fúria expansionista de Bonaparte.
Museu Real, além das primeiras escolas superiores,
destinadas à formação de cirurgiões e de engenheiros
militares.
Pedra angular
Ao Rei de Portugal cabe, ainda, a glória de ter assentado
a pedra angular de outras grandes instituições, como a
Biblioteca Nacional e o Museu Nacional, então criado sob
o título de Museu Real, por decreto de 06 de junho de
1818, e das escolas de ensino superior profissional, como
a Escola de Cirurgia, da Bahia, instituída por Carta Régia
de 18 de fevereiro de 1808 e transformada em 1815, no
Colégio Médico Cirúrgico; da Academia Médico Cirúrgica
criada por decreto em 1º de abril de 1813 e da Academia
Militar de que resultou em 1858, após transformações
sucessivas, a Escola Central do Rio de Janeiro.
A fim de preservar a existência da monarquia portuguesa,
ao Príncipe-Regente D. João, não restou outro recurso
senão acolher-se no Brasil, com toda Família Real e sua
nobreza, o mais importante domínio ultramarino da Coroa
portuguesa, aqui chegando ao alvorecer de 1808. No
entanto, a providência então adotada, segundo alguns
historiadores, não fora uma ação intempestiva e casuística,
de vez que em vários registros históricos constata-se que
de há muito, até mesmo séculos anteriores, a ação
estratégica havia sido aventada para hipótese de surgirem
dificuldades superiores às forças do pequeno Reino luso.
Não se pode dizer que D. João VI, com todas estas
magníficas iniciativas, tenha inaugurado,
calculadamente, uma política de desvio cultural,
descomprometendo-se com as letras e a alfabetização
do seu povo, ao transferir para primeiro plano a
migração do ensino das ciências, quase que
inteiramente desconhecida, e dando ao econômico e
ao técnico a primazia sobre o literário. O que antes
de tudo pretendia o Rei de Portugal, criando estas
escolas e instituições, era aparelhar a Colônia em que
instalava a sede da Monarquia, não somente de
cirurgiões e engenheiros, indispensáveis à defesa
sanitária e militar, e que já não podiam vir da Metrópole,
mas, também, de instituições com que proporcionasse
transformar a grande aldeia do Rio de Janeiro, na nova
capital do império português para o que, certamente,
deu grande impulso.
Via de mão dupla
A primeira medida de alcance comercial, político e cultural
foi inspirada por Visconde de Cairu, um dos nobres
residentes no Brasil. Assim, através de decreto assinado
por D. João VI, em Salvador, no dia 28 de fevereiro de
1808, foram franqueados os portos do Brasil à navegação
e ao comércio exterior. Em conseqüência, criaram-se
facilidades às nossas relações intelectuais com países
europeus. Desta forma, proporcionou-se uma via de mão
dupla com a chegada de novas culturas, em contrapartida
às exportações das riquezas naturais e poucos produtos
agrícolas. Foi sem dúvidas, a abertura dos portos da
Colônia às nações estrangeiras a primeira grande alavanca
ao nosso desenvolvimento cultural.
Seguiram-se, depois, algumas pressões políticas
desviando, assim, para questões de ordem e de
segurança, os principais cuidados do governo, desde
as lutas pela defesa do nosso território, às que
sobrevieram pela independência nacional, e perduraram
até o começo do segundo Império.
Mas não foi somente. É, ainda, na administração de D.
João VI, de 1808 a 1821, que surgiram as primeiras
instituições de caráter cultural como, entre outras, a
Imprensa Régia, a Biblioteca Pública, o Real Horto, mais
tarde, em 1819, denominado Real Jardim Botânico, e o
4
Informativo
Ciclo de Preservação histórica
Minha participação como Moderador
Manoel Carlos Pinheiro
Os arquitetos Alfredo Britto
e Augusto Ivan apoiados
pelo Moderador Manoel
Carlos
H
Honrado com o convite, participei do Ciclo de
Debates sobre Preservação Histórica e
Desenvolvimento Urbanístico, que o Arquivo
Nacional e a ACAN promoveram em oportuno
momento de sombrias expectativas urbanísticas. Os debates
começaram logo apos as exposições feitas por Augusto Ivan
e Alfredo Britto, que discutiram métodos e técnicas utilizados
na preservação histórica de edificações e suas interferências
nas transformações urbanísticas, tendo como referência o Rio
de Janeiro.
Pública, no primeiro Governo Socialista da Espanha. Também
evidenciavam a importância do INAP as responsabilidades
assumidas perante a comunidade européia, as bem equipadas
instalações e as metodologias ali desenvolvidas e
implementadas. Contudo, talvez apenas os especialistas ou
técnicos pudessem interpretar estes indicadores, mas havia
uma evidência da importância do INAP: a sua sede. O Instituto
se localizava na Calle Atocha, em um antigo casarão, quase
um palácio, muito bem recuperado e restaurado.
Quem chega ao Arquivo Nacional, antes mesmo de conhecer
a instituição e seu trabalho, percebe que se trata de importante
órgão, pois o belo palácio, antiga Casa da Moeda, foi
primorosamente restaurado. Não há lugar mais propício para
a discussão que travou naquela tarde, pois o próprio espaço
que nos recebia é um exemplo da importância da preservação
histórica e dos impactos que ela causa no desenvolvimento
urbanístico de uma cidade como o Rio de Janeiro.
Na maioria das vezes, ser moderador de debates é trabalhoso
e apresenta risco de parecermos atrapalhados, deselegantes
ou indelicados. Desta vez, não foi o caso, pois os debatedores,
ambos pesquisadores e professores de urbanismo, abordaram
o tema com pertinência, profundidade e naturalidade. Para
quem os conhece, não foi surpresa, pois ambos são muito
respeitados, mais do que isto, o nome de Augusto Ivan surge
sempre que alguém faz referência ao Corredor Cultural do Rio
de Janeiro, como seu criador, por mais que saibamos que a
criação foi um processo e contou com a participação de muitas
pessoas. Alfredo Britto foi responsável pela recuperação e
restauração de algumas importantes edificações cariocas,
inclusive o próprio prédio do Arquivo Nacional.
Em outras ocasiões, participei de debates sobre diversos
temas, tanto na condição de debatedor quanto na de
moderador. Como moderador, muitas vezes, tive que me valer
da presença de espírito e da capacidade de improviso para
evitar tumultos, confusões e constrangimentos. Naquela tarde
foi diferente, pois as coisas fluíam com naturalidade. Não
apenas havia a naturalidade como se conduziam os
debatedores, profundos conhecedores, teóricos e práticos do
tema. Mais do que isto. O que me chamava a atenção era a
naturalidade como fluía o evento, propiciada pelo seu rigoroso
trabalho de organização.
Há pouco mais de dez anos, eu visitei, em Madri, o INAP,
Instituto Nacional de Administração Pública. Lá fui recebido
pelo Diretor Geral da Instituição, Don Francisco Ramos
Fernández-Torrecilla. Na ocasião, o INAP preparava-se para
assumir o planejamento e a execução dos programas de
formação de dirigentes e servidores públicos da Comunidade
Européia. Na visita, pude constatar que o instituto contava
com excelentes, modernas e bem equipadas instalações; além
disto, desenvolvia e implementava metodologias e cursos de
capacitação, qualificação e formação, na área da
Administração Pública.
Durante o debate no Arquivo Nacional, eu me lembrei desta
visita. Por quê?
É que ficava claro, para quem visitava o INAP, que se tratava
de importante instituição européia, pois havia muitos indícios.
O primeiro deles era a importância de quem o dirigia: um exsenador e, por três legislaturas, deputado, além de porta-voz
do Grupo Parlamentar Socialista nas Cortes Constituintes,
bem como ex-Secretário de Estado para a Administração
Antes do início das atividades, cada participante recebeu uma
pasta personalizada contendo a programação detalhada e
instruções específicas; todo instante, a comissão organizadora
apoiava e orientava, de forma discreta e eficaz, o trabalho da
mesa diretora. Em momento algum eu precisei me preocupar
com detalhes organizativos e operacionais, pois tudo seguiu
como se comandado por controle automático. Pude
acompanhar as palestras, desfrutar das excelentes
companhias e até deixar-me embalar por agradáveis
recordações, às quais este evento se incorporou.
Ao fim do evento, recebi elogios do Presidente da ACAN e um
documento de agradecimento pela participação.
5
Informativo
F
esta dos
exalta valores humanos
O
presidente da Casa da Moeda do Brasil, Dr.
José dos Santos Barbosa, assim se
expressou durante a solenidade
comemorativa:
“ Hoje é uma data muito especial para a
Casa da Moeda do Brasil, e, por conseqüência, para mim,
que tenho a honra de presidir esta empresa que está
completando 313 anos. Uma data é marcada de significado
para todos nós. Além de ser a Fundação da Casa da
Moeda, é o Dia Internacional da Mulher e, também, a data
em que é realizada, anualmente, a cerimônia de premiação
do Programa de Reconhecimento Funcional da Casa da
Moeda, instituído em nossa gestão, em 2006, motivo de
muito orgulho para mim. São datas importantes, que
mantêm um forte elo entre si. Primeiro por que falamos de
uma empresa tricentenária, responsável pela fabricação
de nosso padrão monetário e de selos fiscais e postais,
passaportes, bilhetes magnetizados, selos cartoriais,
documentos de identificação e muitos outros.
A primeira dama representou o
Governador Sérgio Cabral
está sempre vencendo barreiras e buscando o “algo mais”,
pois sabe que é moedeiro e disso tem muito orgulho.
Posso imaginar, então, o que estão sentindo neste
momento as queridas moedeiras, essas mulheres
maravilhosas que, diariamente, através de seu suor e
sacrifício, nos ajudam a construir a história e a imagem
da Casa da Moeda. Mulheres guerreiras, de fibra, que
Uma empresa que é testemunha da história nacional, que
viveu as diversas fases do Brasil: a colônia, o império e a
república, sempre atuando com determinação, eficiência
e qualidade no engrandecimento do nome do Brasil. E,
todos àqueles que aqui trabalham ou que já tiveram a honra
de nesta empresa trabalhar, sabem do que estou falando:
do orgulho de ser moedeiro. Aquele empregado criativo,
determinado, que não conhece o limite do possível, que
A Secretária trouxe de Brasília uma mensagem especial
para as mulheres moedeiras
6
Informativo
sabem vencer todas as dificuldades e realizar seu trabalho
com a melhor qualidade possível. Que trabalham com
determinação aqui e, muitas vezes, ainda cumprem a
conhecida segunda jornada em seus lares. É para vocês
que hoje, especialmente, realizamos essa festa, pois
organizar um evento desta magnitude sem falar das
mulheres não teria o menor sentido.
Por isso, aproveito o momento para agradecer a presença
de nossas ilustres convidadas: Dra. Teresa Cristina,
representante da Excelentíssima Ministra Nilcea Freire,
Dr. Carlos Eduardo, diretor de Produção, entrega diploma
ao empregado destacado
de sua história e do motivo da medalha, deixar de
cumprir com nossa missão de cunhar essas medalhas
neste curto espaço de tempo.
Agradeço, também, a presença da Senhora Adriana
Ancelmo, primeira dama do Estado do Estado do Rio de
Janeiro, a primeira a visitar a Casa da Moeda aqui no parque
industrial de Santa Cruz e responsável por este belo
empreendimento que é o Rio Solidário. Que iniciativas
O Presidente homenageou a Dra. Maria Regina da Costa
Duarte, sua Chefe-de- Gabinete sob as vistas do Diretor
Técnico da CMB e do Presidente da ACAN Dr. Lício Araújo.
com quem tive a honra de estar ontem, no lançamento da
Organização Rio Solidário, entidade não governamental
do Estado do Rio de Janeiro, que vai atuar em defesa das
mulheres. Na ocasião, inclusive, tivemos a honra de
lançar a medalha em homenagem às atletas mulheres,
que já participaram de Jogos Olímpicos. Medalha esta
confeccionada em tempo recorde, apenas uma
semana, mas, não poderia a Casa da Moeda, diante
Uma destacada empregada recebe diploma pelas mãos
do Dr. Carlos Roberto de Oliveira
7
Informativo
como essa, em defesa da mulher brasileira, possa se
multiplicar por todo o país. Agradeço a presença do Dr.
Licio Araújo, presidente da ACAN, e também da Senhora
Helena Rosa Trope, vice-presidente da Academia
Nacional de Música, pois acredito que nada seja mais
simbólico em relação às mulheres do que uma música
suave e graciosa.
Esse evento é dedicado especialmente a cada mulher
que está aqui hoje e todas aquelas que estão
espalhadas por este imenso país, mulheres brasileiras.
É claro que, durante a cerimônia de premiação do
Programa de Reconhecimento Funcional, teremos
homens sendo agraciados, afinal de contas o intuito
deste programa é reconhecer o trabalho e a dedicação
de todos os empregados que ajudam e já ajudaram a
construir a história da Casa da Moeda, sem distinção
de sexo, mas hoje, não há como negar, o dia é de
todas as mulheres moedeiras.
Jovens percussionistas deram um Show com músicas
nativas fortes
mais cada um de vocês, empregados da Casa da Moeda. Por
isso, gostaria de aproveitar a oportunidade para pedir a todos os
moedeiros que não deixem de preencher os questionários que
vocês estarão recebendo a partir de amanhã.Através dele, vamos
pautar muitas ações do Programa, que vão, com toda a certeza,
influir na qualidade de vida de todos nós.
Diante deste fato, só me resta dizer o quanto me sinto
orgulhoso por presidir uma empresa que tem história, tem
passado, presente e futuro, e tem empregados que sempre
trabalharam com afinco para que essa história se
perenizasse. É esse orgulho de fazer parte desta família
moedeira que me faz buscar, cada dia mais, o bem-estar
de todos os moedeiros. Em função disso, estamos
aproveitando esta ocasião para lançar o Programa de
Qualidade de Vida, que vai buscar conhecer um pouco
Hoje, inclusive, tivemos a honra de inaugurar o novo parque para
as crianças, filhos de moedeiros, aqui na Casa da Moeda, no
espaço ocupado pela ACMB e que hoje recebeu crianças de
escolas do entorno, que são uma preocupação em nosso
programa de responsabilidade social.
Peço até mesmo desculpa a todos os presentes por estar me
alongando nesta fala, mas falar sobre a Casa da Moeda, às
mulheres, em especial as moedeiras, e o reconhecimento que
elas merecem – mais uma vez me desculpem os homens, pois
o dia é delas – muito me emociona.
Poderia ficar aqui por horas falando sobre vocês, mulheres, e
sobre a Casa da Moeda, sobre a importância de vocês em nossas
vidas, mas ainda temos muito a celebrar, por isso, vamos seguir
com o nosso evento.
Mais uma vez quero agradecer a presença de nossos convidados,
dos agraciados pelo Programa de Reconhecimento Funcional, e
de seus familiares, e, em especial, de vocês, mulheres moedeiras,
motivo maior de orgulho para esta empresa tricentenária.
As vozes modernas soaram bem ao gosto da nova
geração recebendo aplausos
Expediente
Informa
Visite o portal
do Arquivo
Nacional
Editado pela Diretoria Cultural
Jornalista Responsável: Fernando João Abelha Salles
Programação Visual: Cristine Silveira
Revisão: Fernanda Caraline
Fotos: Enéas G. Loreto, Ivanoé Gomes Perreira,
Flavio
Periódico de Circulação Interna e Via Internet
Praça da República, 173, prédio P, nível 2
CEP: 20211-350 Rio de Janeiro - RJ
www.arquivonacional.gov.br
8
Informativo
V isitantes Ilustres
Nelson Mufarrej
O presidente da Federação das Entidades LíbanoBrasileiras foi recebido pelos diretores da ACAN para visita
ao Arquivo Nacional. Percorreu as instalações
acompanhado dos diretores: Alfredo Seixas, José Gomes
de Almeida Netto, Charley Fayal de Lyra Junior e o
presidente Licio Araújo. Dr. Nelson tomou conhecimento
de que o Arquivo Nacional e a ACAN estão programando
publicação relativa à comunidade libanesa que emigrou
para o Brasil fixando-se e ampliando-se com seus
descendestes que aqui nasceram. O acervo da Instituição
é rico em informações sobre a a entrada de libaneses
pelos portos do país e dispõe de dados importantes para
as pesquisas de familiares, estudiosos e interessados.
Recentemente, foi apresentado ao Sr. Cônsul Geral do
Líbano, no Rio de Janeiro, Ministro Ali Daher. O ilustre
visitante teve a melhor impressão ao ver o trabalho de
restauração realizado pela ACAN no velho prédio que
abrigou a Casa da Moeda do Brasil por mais de 100 anos.
Carlos Eduardo
Em visita ao Arquivo Nacional, o Dr. Carlos Eduardo Tavares
de Andrade, Diretor de Produção da Casa da Moeda do
Brasil, teve oportunidade de falar de suas lembranças
sobre o passado do prédio tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que,
por várias vezes, o visitara, quando ainda nele era
funcionário do Banco Central do Brasil, atuando no
Departamento do Meio Circulante, principal cliente da
indústria moedeira. Foi como se estivesse matando
saudades. Durante sua estada esteve acompanhado do
Diretor Geral do Arquivo, Professor Jaime Antunes da
Silva, que lhe passou informações sobre a atividade
dinâmica que hoje é desenvolvida e dos projetos de
modernização do Arquivo, ora em processo de captação
de recursos pela ACAN.
Pesquisadores, Estudantes e Curiosos
É muito comum recebermos visitantes no Arquivo Nacional,
quer para realizar pesquisas que possam valorizar seus
estudos ou em busca de informações que dizem respeito à
sua descendência. O Arquivo possui rico acervo sobre todos
os estrangeiros que entraram no Brasil e seus registros foram
todos para ele encaminhados: caravanas de estudantes de
faculdades particulares ou públicas e ainda de escolas. Muitas
pessoas curiosas, em todos os níveis, querem conhecer o
prédio do Arquivo, hoje uma das atrações artísticas pelo belo
trabalho de restauração realizado de acordo com o projeto
do Arquiteto Alfredo Britto.
9
Informativo
Em Destaque
O Ministério da Cultura, o Arquivo Nacional eo
Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Ado
Malagoli - MARGS
Preferência Pelo
Arquivo Nacional
Convidam para a abertura da exposição
As Cidades Imaginadas de Érico Veríssimo
Os bacharelandos de 2006 do
Curso de Gestão em Recursos
Humanos da Universidade
Estácio de Sá, que acabaram de
“Colar Grau” em clima de festa,
exibiram em seu convite a foto
da turma, tirada em uma das
escadarias do Arquivo Nacional.
Ultimamente temos recebido pedidos de permissão
como o que nos foi feito pela bacharelanda Maria
Cristina Paes Monteiro (foto em destaque), para
usar o ambiente do Arquivo para a foto oficial da
turma. Estes pedidos são atendidos pelo Diretor
Geral, desde que os participantes se submetam
às regras estabelecidas para o uso temporário do
espaço da Instituição.
Trechos dos livros
Noite, o Senhor Embaixador, Música ao Longe e Um
Lugar ao Sol,
ilustrados por renomados artistas.
Inauguração
24 de abril de 2007 às 19 horas
Palestra sobre a mostra com
Maria da Glória Bondini, Edgar Vasques e Paula
Mastroberti
Entrada Franca
Praça da República 171 – Rio de Janeiro
Galeria dos Presidentes da ACAN
Profª. Celina Vargas do Amaral Peixoto - l987 a 1989
Eng. Israel Klabin - 1989 a 1990
Profª. Rosina Iannibelli de Almeida - 1990 a 1992
Dr. Cândido Guinle de Paula Machado - 1992 a 1993
Profº. Theophilo de Azeredo dos Santos -1993 a 1995
Ministro Renato B. Archer da Silva -1995 a 1998
Profº. Airton Young -1998
Gen Div Eng. Hermano Lomba Santoro - 1999
Ministro Rubens Bayma Denys - 2000 a 2005
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Informativo
Diretoria da ACAN
Bodas de Figaro
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Licio Ramos de Araújo
Vice-Presidente: Oscar Boëchat Filho
Diretor Administrativo-Financeiro: José Gomes de
Almeida Netto
Diretor Técnico – Operacional: Alfredo Sebastião Seixas
Diretora Adjunta Técnico-Operacional: Maria Regina da
Costa Duarte
Diretor Cultural: Fernando João Abelha Salles
Diretora Adjunta Cultural: Saskia Radino
Assessora: Iracema Souza Dotori von Uslar
Assessor: Charley Fayal de Lyra Jr.
CONSELHO FISCAL
Presidente: Wanderley Pinto de Medeiros
Vice-Presidente: Marijane Vasconcelos Tavares
Membros:
José Elias Jacob Aloan
Enéas Marzano
Gilson Neder Cunha
Lício
Bruno
CONSELHO DELIBERATIVO
Presidente: Licio Ramos de Araújo
Vice-Presidente: Oscar Boëchat Filho
Membros:
Jaime Antunes da Silva
Marilda T. Dias Alves
Vicente Luís Barbosa Marotta
Paulo Santos
Foi a primeira ópera escrita por Mozart a partir de
um texto de Lorenzo Da Ponte. O trabalho dos dois é
um marco na história da ópera pela perfeita integração
texto e música. A montagem atual é a mesma
de 2006 no Municipal Paulista, assinada por José
Possi Neto. Para interpretar Figaro, papel título, o
Municipal do Rio convidou o renomado baixo-baritono
Licio Bruno, recém chegado da Europa e da Colômbia.
Premio Carlos Gomes 2004, amigo da ACAN e do
Arquivo Nacional, é considerado pela crítica como um
dos mais completos e consagrados cantores
brasileiros da atualidade.
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: Hans Jürgen Fernando Dohmann
Vice-Presidente: Rubens Bayma Denys
Membros:
Airton Young
Álvaro Albuquerque Junior
Antonio Jorge Corrêa
Arnaldo Niskier
Celina Vargas do Amaral Peixoto
Charley Fayal de Lyra Jr
Eduardo Lessa Bastos
Geraldo Rezende Ciribelli
Haroldo Bezerra da Cunha
Hermano Lomba Santoro
Isaldo Vieira de Mello
Jaime Rotstein
José Carlos Barbosa de Oliveira
Marco Polo Moreira Leite
Maria Alice Barroso
Mauro José Miranda Gandra
Nelson Mufarrej Filho
Paulo Márcio Decart
Paulo Santos
Paulo Victor da Costa Monnerat
Pedro Luiz de Araujo Braga
Rui Barreto
Vicente Luiz Barbosa Marotta
A ópera, baseada na comédia teatral do francês
Beaumarchais, mostra as armadilhas que Fígaro, ao
lado da noiva Susanna, interpretada pela soprano
Gabriella Pace, inventam para impedir que o Conde
Almaviva, seu patrão, recupere a tradição feudal que
dá ao senhor o direito à primeira noite com a mulher
de seus servos. A peça foi um escândalo na época,
afinal, uma comédia sobre servos tramando contra
seus senhores, retratados como paspalhões, não
tinha muito como agradar à aristocracia da segunda
metade do século 18. A ópera, porém, desde cedo se
transformou em uma das favoritas do público.
Apresentações:
Dias 27 às 20h; 29 às 17h | 2, 4 e 9 de maio às 20h; 6 de
maio às 17h Theatro Municipal do Rio de Janeiro
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Informativo
C ertificação
P
ara o refino e titulação de ouro, a Casa da
Moeda do Brasil possui um certificado “Good
for Delivery” do London Gold Market e do
COMEX, nas Bolsas de Nova York e
Chicago.
Instalada no Distrito Industrial de Santa Crua, no Rio de
Janeiro, a Casa da Moeda ocupa uma área de 500 mil
metros quadrados, sendo 110 mil de área construída.
Nesse espaço, estão instaladas as fábricas de cédulas,
com capacidade anual de produção de quase dois bilhões
de unidades, por turno; de moedas e medalhas, com
capacidade para produção de um bilhão por ano; e a gráfica
geral, responsável pela fabricação dos demais produtos.
Compromisso Ecológico
Ciente das exigências da sociedade moderna, onde as
questões ambientais têm caráter prioritário, dentro da
condição de existência de nossas futuras gerações, a
Casa da Moeda firmou compromisso de conduzir ações
com base no respeito à natureza e ao meio ambiente,
integrando de forma responsável seus processos
produtivos, com princípios e objetivos, tais como: manter
postura permanente em busca da preservação do meio
ambiente; adotar, dentro do possível, tecnologias limpas
e seguras, minimizando ao máximo os impactos
ambientais; racionalizar o uso de recursos naturais e
combater o desperdício de energia; promover o contínuo
aperfeiçoamento de seus processos produtivos visando à
melhoria de seu desempenho ambiental; manter
permanente controle de sistemas de avaliação ambiental
de suas atividades potencialmente poluidoras, entre outros.
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Ano 2, boletim n. 5