Fórum
de Oncologia Pediátrica
do Rio de Janeiro
Desafios atuais na gestão de centros de
excelência no tratamento do câncer
infanto-juvenil
BONITONA
Desafios atuais na gestão dos Centros de Excelência
• Estratégias de qualificação do cuidado
1. Modernização
equipamentos
das
instalações
físicas
e
dos
2. Aprimoramento técnico-científico da equipe dos
cuidadores
3. A Medicina translacional, do laboratório de pesquisa
para a clínica, será o grande diferencial
Desafio
Evitar procedimentos que não agreguem valores
significativos no diagnóstico, nem na avaliação do resultado
do tratamento
Desafios atuais na gestão dos Centros de Excelência
• Estratégias de qualificação do cuidado
 Incorporação de Protocolos Clínicos prospectivos
 Implantação da Gerência de Dados
 Reuniões de discussões
multiprofissional
clínicas
com
participação
 Programas de Residência e de Aprimoramento Profissional
(Programa PAP)
 Incentivo à pesquisa e pós graduação
Curva de Sobrevida Livre de Eventos em 15 anos em crianças com LLA
Óbito
Censura
Probabilidade cumulativa de sobrevida
1,0
Protocolados
Não protocolados
0,9
0,8
0,7
0,6
Curva de S
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0
5
10
15
20
25
30
Tempo de sobrev ida (anos)
Pereira, WV. Aspectos epidemiológicos, biotipologia e evolução do tratamento da leucemia linfocítica aguda na infância e
adolescência no Rio Grande do Sul. Tese Doutorado. Faculdade de Medicina USP, Departamento de Pediatria; 2010
Desafios
 Busca de financiamentos para pesquisas
 Obtenção sistemática dos melhores resultados
internacionais de tratamento dos cânceres pediátricos, que
traduzem “O Selo de Qualidade” do Centro Especializado
 Para reconhecimento nacional e internacional é mandatória
a publicação em revistas científicas de impacto reconhecido
 Participação do processo de inovação tecnológica, sendo
fundamental estabelecer projetos que permitam benefícios
bilaterais às instituições envolvidas
Indicadores de Qualificação do Cuidado

Taxas de Sobrevida Livre de eventos em 5 anos de 80% para a
LLA de Baixo Risco e de 60% para os de Alto Risco

Taxas de abandono ao tratamento : 1,5%

Taxas de infecção hospitalar : 2,4%

Média de permanência hospitalar: 5,7 dias

Inserção dos pacientes em protocolos prospectivos nacionais
(SOBOPE) ou internacionais (COG, SIOP)

Número crescente de pacientes Fora de Terapia
- Centro Boldrini -
Câncer na criança e no adolescente no Brasil. INCA, SOBOPE 2008
Humanização do cuidado multiprofissional
Centro Boldrini: 33 anos de práticas inovadoras (1978-2011)
 Evitar longas esperas
 Abolir horários de visita
 Anestesia ambulatorial
 Classe Hospitalar
 Brinquedoteca
 Artesanato
 Curso de informática
 Curso de curta metragem
 Suporte transporte (Estação Boldrini)
 Casas de Apoio
Desafio
 Otimização dos exames/procedimentos ambulatoriais
 Fontes de custeio dos programas socioculturais
Cuidados Paliativos
Quando a cura não é mais possível
 Minimizar a dor física, emocional e social do paciente
 Preservação da estrutura/conforto familiar
 Boldrini: Casa da Criança e da Família. São 30 chalés
individualizados, além das áreas coletivas
Desafio
 Conscientização da equipe de profissionais que buscam a
cura ˜a qualquer preço˜
 Estabelecimento de Programa aos Pais Enlutados
Casa da Criança e da Família
Instituto Ingo Hoffmann
Desafios atuais na gestão dos Centros de Excelência
•
Articulação com a Atenção básica
 Área local de cobertura: 6 milhões de habitantes
 Contato telefônico ou e-mail direto com o médico hemato/oncologista
( regime de trabalho em tempo integral)
 Sem fila de espera. Consulta imediata
 Encaminhamento na suspeita ou diagnóstico
 Abrangência: Recém nascido a 29 anos de idade (caso novo)
Desafios
 Diagnósticos tardios pelos profissionais das UBS
 Implantação de Rede hierarquizada para facilitação da
realização de exames mais complexos
 Reclassificação dos Centros de Atenção, com base na
avaliação técnica e operacional
Quão “precoce” é o diagnóstico do
câncer da criança ?
Diagnóstico
10 14 Blastos
Remissão
10 12 Blastos
Quando diagnosticamos o câncer da criança,
sempre o fazemos com atrasos
 Atrasos na implementação de políticas de prevenção
 Atrasos na suspeita diagnóstica
 Atrasos realizando exames desnecessários e demorados
 Atrasos por encaminhamento inadequado dos procedimentos
cirúrgicos / anatomo-patológicos
 Atrasos por encaminhamento a centros / serviços não
especializados
Desafios atuais na gestão dos Centros de Excelência
•
Articulação com redes público-privadas
Redes públicas (Secretarias Estaduais):
 Centro de Referência não deve ter Tetos para
atendimentos. Ajustes feitos com a Secretaria da Saúde,
pelo controle histórico
 Parcerias formais com as Universidades (UNICAMP) e
Institutos de Pesquisa (SINCROTON)
Redes privadas:
 Convênios com planos privados de saúde (25%)
 Parcerias formais com Faculdades privadas
Desafios
 Busca da auto-sustentabilidade do Centro de
Excelência, em decorrência das baixas receitas
advindas dos Serviços prestados
 Necessária inserção na Rede Municipal de Saúde,
para
formalizar
compromisso
do
Centro
Especializado, nas atividades da capacitação aos
profissionais das UBS e PSF
Parâmetros Financeiros relacionados com receitas médicas e
despesas operacionais. Centro Boldrini (1994-2010)
Milhões de Reais
40.000.000
35.000.000
30.000.000
25.000.000
20.000.000
Receita (R$)
15.000.000
Despesa (R$)
10.000.000
5.000.000
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
-
40.000.000
35.000.000
30.000.000
25.000.000
Receita (R$)
20.000.000
Despesa (R$)
15.000.000
10.000.000
5.000.000
USA
Journal of Oncology Practice 2011 Vol 7 (2S)
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
-
Receitas Médicas e Despesas Operacionais
Centro Boldrini 1994 - 2010
Despesas Operacionais do Centro Boldrini ( ano base 2010 )
8,9%
13,8%
15,8%
61,4%
Desafios na gestão de Centros de Excelência no
tratamento do câncer infanto-juvenil
•
Articulação com a Sociedade Civil
 Serviço de Voluntariado
 Parcerias com ONGs (IRM, Inst. Ingo
Hoffmann, Ayrton Senna, Rotary, etc.)
 Programa da Nota Fiscal Paulista
 Bazares, Promoções
 Central de captações

Sociedades Internacionais (ênfase na
Latinoamérica, W.I.T.H.)
Serviço de Voluntariado do Centro Boldrini
 Total de voluntários
390
 Área da Internação
76
 Brinquedoteca
60
 Casas de Apoio APACC/IRM
60
 Casa da Criança e da Família
30
 Casa David Rowe (transplantados)
10
 Grupo de Artesanato
33
 Força jovem
18
Desafio
 A articulação com a
Sociedade Civil se faz de
maneira complexa, exigindo além da visibilidade das
ações públicas e sociais, a transparência das
políticas de gestão
financeira da instituição, a
garantia do atendimento humanizado, universal e
igualitário
Gestão, como a Política, é antes de tudo,
exercício de escolha (Maquiavel, 1469-1522)
O A ação política (gestão) para ser eficaz e
responsável, exige informação correta, diagnóstico
oportuno, avaliação adequada dos resultados
previsíveis, capacidade de decisão e, sobretudo,
sabedoria
O Exercício da coragem de duvidar
O Fortalecimento da Vontade coletiva
O O desenvolvimento institucional deve ser conduzido
com rigor lógico, relêvo científico e busca da
autosustentabilidade
Considerações finais
 Mesmo tendo sido notável aquilo que já se
conquistou no Centro Infantil Boldrini, o que
resta por fazer é ainda de alta relevância
 Aliado às demais instituições brasileiras que
cuidam da criança com câncer, nosso objetivo
principal
será
conquistado,
quando
alcançarmos
nas
diferentes
regiões
geográficas do nosso país, as mesmas taxas
de cura registradas nos países desenvolvidos
Obrigada pela atenção
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Desafios atuais na gestão de centros de excelência no tratamento