Linha de cuidado da HAS e DM no Paraná Dr. André Ribeiro Langowiski Diabetes Mellitus • Epidemia mundial. • Estimativa de 300 milhões de indivíduos no mundo em 2030. • Brasil: prevalência de 7,6% entre 30 e 70 anos de idade. • 90% dos casos são de DM2. • Mortalidade crescente no Paraná Número de Óbitos por DM no PR 3.348 3.314 2010 2011 2.991 2.730 2008 2009 Hipertensão Arterial • Prevalência acima de 30% na população brasileira. • Mais de 50% nas pessoas entre 60 e 69 anos de idade. • Juntamente com o DM, é um dos principais fatores de risco cardiovascular na atualidade. • Houve redução do número de internamentos por HAS nos últimos anos. Frequência de internamentos por HAS no Paraná 8520 2008 8201 2009 7134 2010 6185 2011 Por que prevenir?? • A eliminação de fatores de risco como tabagismo, álcool, inatividade física e alimentação não saudável poderia prevenir 80% das cardiopatias, dos acidentes vasculares cerebrais e das diabetes tipo II e mais de 40% dos casos de câncer. • As doenças crônicas não transmissíveis corresponderam a 49% das internações, a maior taxa de internação está na região Sul e Sudeste, que apresentam maior proporção de idosos. Por que tratar de forma eficiente??? • O DM e a HAS são responsáveis pela primeira causa de mortalidade e de hospitalizações no SUS e representam mais da metade do diagnóstico primário em pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à diálise. • O diabetes é responsável por 50 a 70% das amputações não traumáticas de membros inferiores, e é a principal causa de cegueira adquirida. E como estamos atualmente?? Linha Guia de Hipertensão Arterial Diagnóstico da HAS • Duas medidas isoladas da PA >140/90 Classificação Avaliação clínica direcionada • Anamnese e exame físico • Medida da pressão arterial (cuidar com obesos) • Medida da circunferência abdominal • Exames laboratoriais Exames laboratoriais • Análise de urina; • Potássio plasmático; • Creatinina plasmática e estimativa do ritmo de filtração glomerular; • Glicemia de jejum; • Colesterol total, HDL, triglicérides plasmáticos; • Acido úrico plasmático; • Eletrocardiograma convencional. Estratificação do Risco Cardiovascular Global • É de fundamental importância a Estratificação do Risco Cardiovascular Global para orientar a conduta terapêutica e o prognóstico de cada paciente, que levará em conta, além dos valores de PA, a presença de fatores de risco adicionais, de lesões em órgãos-alvo e de doenças cardiovasculares. Fatores de risco cardiovascular adicionais nos pacientes com HAS • Idade (homem > 55 e mulheres > 65 anos) • Tabagismo • Dislipidemias: triglicérides > 150mg/dL; LDL colesterol > 100mg/dL; HDL < 40mg/dL • Diabetes Mellitus • História familiar prematura de doença cardiovascular: Homens < 55 anos e mulheres < 65 anos Identificação de lesões subclínicas de órgãosalvo (LOA): • Eletrocardiograma com sobrecarga ventricular esquerda; • Ecocardiograma com hipertrofia ventricular esquerda; • Espessura médio-intimal de carótida > 0,9mm ou presença de placa de ateroma • Índice tornozelo braquial < 0,9; • Depuração de creatinina estimada < 60 ml/min/1,72m2; • Baixo ritmo de filtração glomerular ou clearance de creatinina (< 60ml/min); • Microalbuminúria 30 – 300mg/24h ou relação albumina/creatinina > 30mg por g; • Velocidade de onda de pulso (se disponível) > 12m/s. Condições clínicas associadas à hipertensão • Doença cerebrovascular (AVE, AVEI, AVEH, alteração da função cognitiva); • Doença cardíaca (infarto, angina, revascularização coronária, insuficiência cardíaca); • Doença renal: nefropatia diabética, déficit importante de função (clearance < 60ml/min); • Retinopatia avançada: hemorragias ou exsudatos, papiledema; • Doença arterial periférica. Estratificação do risco cardiovascular global Tratamento na APS • Todos os pacientes de baixo e moderado risco. • Tratamento farmacológico e nãofarmacológico. • Abordagem SEMPRE por equipe multiprofissional (NASF). Equipe multiprofissional - APS • • • • • • • Enfermeiro Nutricionista Médico Psicólogo Fisioterapeuta/Educador físico Farmacêutico Odontólogo Fluxo Tratamento no CEP • • • • • Cardiologista Nefrologista Oftalmologista Angiologista Equipe multiprofissional Linha Guia de Diabetes Mellitus Diagnóstico de DM • Presença de sintomas e sinais clássicos de diabetes (poliúria, polidipsia e perda inexplicada de peso) + níveis de glicemia plasmática ao acaso ≥ 200 mg/dl; • Glicemia plasmática de jejum* ≥ 126 mg/dl (8 a 12h de jejum), mesmo na ausência de sintomas e sinais clássicos de diabetes; • Glicemia plasmática duas horas pós-sobrecarga (TOTG) ≥ 200 mg/dl, mesmo na ausência de sintomas e sinais clássicos de diabetes; • Hemoglobina glicada ≥ 6,5%; • Na ausência de evidências inequívocas de hiperglicemia, o resultado deverá ser confirmado pela repetição do teste. Avaliação clínica direcionada • Anamnese e exame físico • Medida da circunferência abdominal • Cálculo do IMC Exames laboratoriais e de rotina • • • • • • • • • • • Glicemia capilar na UBS Glicemia de jejum Glicemia pós-prandial Hemoglobina glicada Creatinina Lipidograma Potássio Rotina de urina Microalbuminúria Eletrocardiograma Fundoscopia Tratamento na APS • Todos os pacientes de controle metabólico bom ou regular. • Todos os pacientes de risco baixo e risco moderado. • Tratamento farmacológico e nãofarmacológico. • Abordagem SEMPRE por equipe multiprofissional (NASF). Tratamento no CEP • • • • • • Endocrinologista Cardiologista Nefrologista Oftalmologista Angiologista Equipe multiprofissional