12º SICONBIOL, Simpósio de Controle Biológico - 18 a 21 de julho de 2011
“Mudanças climáticas e sustentabilidade: quebra de paradigmas”
PT.02.32
TOXICIDADE DOS INSETICIDAS THIAMETHOXAN E CLORPIRIFÓS SOBRE Isaria farinosa
VISANDO O CONTROLE DA COCHONILHA DO CARMIM Dactylopius opuntiae
Lopes RS1; Costa AF2; Correia MTS3; Luna Alves Lima EA4; Lima VLM1 - 1Universidade Federal de
Pernambuco - Departamento de Bioquímica; 2Instituto Agronômico de Pernambuco - Departamento de
Sementes; 3Universidade de Pernambuco - Departamento de Bioquímica; 4Universidade Federal de
Pernambuco - Departamento de Micologia
No Nordeste brasileiro, a cochonilha do carmim (Dactylopius opuntiae) vem causando danos expressivos
em plantações de palma forrageira (Opuntia ficus-indica), com perdas de até 100%, o que inviabiliza a
pecuária de corte e de leite. O controle de insetos-praga está baseado, principalmente, no uso de
inseticidas químicos, ocasionando prejuízos ao homem e ao meio ambiente, pelo alto custo e pela
contaminação ambiental. Em programas de Manejo Integrado de Pragas considera-se a utilização de
produtos químicos compatíveis a agentes biocontroladores, como fungos entomopatogênicos, visando
uma associação benéfica para o controle de pragas agrícolas. Este trabalho teve como objetivo verificar a
compatibilidade de Isaria farinosa (ESALQ1205 e ESALQ1355) com os inseticidas Thiamethoxan e
Clorpirifós, visando o controle integrado da cochonilha. O trabalho foi realizado no Laboratório de
Controle Biológico do Instituto Agronômico de Pernambuco. Os produtos químicos foram adicionados ao
meio de cultura Sabouraud (SAB), ainda líquido (±45ºC), nas concentrações mínima, média e máxima
recomendadas pelo fabricante para uso em campo. Em seguida, foi avaliado o efeito dos inseticidas no
crescimento micelial e na esporulação das linhagens. Para o crescimento micelial, as linhagens foram
inoculadas em placas de Petri contendo o meio e incubadas em BOD (26º±1C e fotofase 12 horas) por 12
dias. Após esse período, foi feita a medição do diâmetro da colônia, sendo essas posteriormente
recortadas e transferidas para solução Tween 80 (0,01%) e, em seguida, determinado em câmara de
Neubauer o número de esporos produzidos por colônia. O inseticida Clorpirifós foi incompatível com I.
farinosa ESALQ1205 e I. farinosa ESALQ1355 nas concentrações testadas, sendo que I. farinosa
ESALQ1355 não apresentou crescimento micelial e produção de conídios na concentração máxima.
Thiamethoxan foi compatível com o fungo em todas as concentrações, exceto para I. farinosa
ESALQ1355 quando crescida na concentração máxima do inseticida, comportando-se como
moderadamente tóxico. Portanto, Thiamethoxan pode ser testado em associação com I. farinosa no
controle de insetos-praga, o que pode aumentar a eficiência do fungo, utilizando pequenas doses do
inseticida na viabilização do controle de D. opuntiae.
Palavras-chaves: Palma forrageira, controle biológico, Isaria farinosa.
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