Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina – FACAPE Curso: Ciência da Computação INTERFACE HOMEM COMPUTADOR IHC Profa. Cynara Carvalho [email protected] Ementa Fatores Humanos em Software Interativo: Teoria, Princípios e Regras Básicas; Estilos Interativos ; Linguagens de Comandos; Manipulação Direta; Dispositivos de Interação; Padrões para Interface; Usabilidade:Definição e Métodos de Avaliação; RealidadeVirtual: Natureza e Benefícios; A Natureza da Interação com o Usuário e AmbientesVirtuais. Conteúdo Introdução; Conceitos básicos ( Interação x Interface); Qualidades em IHC; Usabilidade e Experiência do Usuário Acessibilidade Comunicabilidade Design de Interação; Identificação de Necessidade dos Usuários e Requisitos de IHC Métodos de Avaliação Informações da disciplina Material disponível: http://cynaracarvalho.webnode.pt Avaliações: - Provas - Trabalhos/Projeto Bibliografia: - Design de Interaçao ( Preece, Rogers, Sharp) - Ergonomia e Usabilidade (Cybis, Betiol,Faust) Outras referências: - Design e Avaliação de Interfaces Humano-Computador (Rocha e Baranauskas) - Interação Humano – Computador ( Barbosa, S.D.J; Silva, B. S) Ed. Campus Conceitos de IHC IHC – é uma disciplina que trata do projeto, da implementação e da avaliação de sistemas interativos destinados ao ser humano. O termo human-computer interaction foi introduzido em meados dos anos 80 como um meio de descrever esse novo campo de estudo que se preocupa com o relacionamento entre o homem e o computador. O termo usabilidade é um conceito chave em HCI que diz respeito à produção de sistemas fáceis de aprender e de usar (Preece, 1994). Conceito de IHC Interação Humano-Computador (IHC): área de estudo que está na interseção das ciências da computação e informação e ciências sociais e comportamentais e envolve todos os aspectos relacionados com a interação entre usuários e sistemas. A interação humano-computador estuda tanto os fatores computacionais quanto os fatores humanos e surgiu como um campo autônomo de estudo na interseção das áreas de: Ciência da computação, fatores humanos ou ergonomia, engenharia industrial, psicologia cognitiva. Interdiciplinaridade Ciências da Computação Contribui provendo conhecimento sobre as possibilidades da tecnologia e oferecendo idéias sobre como explorar todo seu potencial. Também os profissionais de computação tem se preocupado em desenvolver ferramentas de software auxiliares ao design , implementação e manutenção de sistemas: linguagens de programação, ferramentas de prototipação, sistemas de gerenciamento de interfaces de usuário, ambientes de design de interfaces, ferramentas de debugging e testes, etc. Alguns esforços tem sido feito no sentido de prover métodos rigorosos de analisar a forma com IHC é projetada e incorporada em sistemas que incluem arquiteturas de sistemas,abstrações e notações Os sofisticados sistemas gráficos usados em visualização em realidade virtual também são resultados da ciência da computação. Interdiciplinaridade Fatores Humanos ou Ergonomia Fatores Humanos ou Ergonomia teve um grande desenvolvimento a partir da segunda guerra, atendendo a demanda de diversas disciplinas. Seu objetivo é conceber e fazer design de diversas ferramentas e artefatos para diferentes ambientes de trabalho, domésticos e de diversão, adequados as capacidades e necessidades de usuários. O objetivo é maximizar a segurança, eficiência e confiabilidade da performance do usuário,tornando as tarefas mais fáceis e aumentando o sentimentos de conforto e satisfação. As primeiras contribuições em fatores humanos para IHC foram no design de hardware( teclados mais ergonômicos, posições do vídeo, etc.) e nos aspectos de software que poderiam resultar em efeitos fisiológicos adversos nos humanos, como a forma de apresentação da informação na tela do vídeo. Interdisciplinaridade Engenharia Engenharia é uma ciência aplicada direcionada à construção e testes empíricos de modelos. Basicamente, a engenharia usa os resultados da ciência em geral na produção de artefatos. Na maioria dos aspectos, a grande influência da engenharia em IHC tem sido via engenharia de software. Interdisciplinaridade Psicologia Cognitiva A preocupação principal da psicologia é entender o comportamento humano e os processos mentais subjacentes. A psicologia cognitiva adotou a noção de processamento de informação como modelo para o comportamento humano e tenta colocar tudo que vemos, sentimos, tocamos, cheiramos, etc.,em termos desse modelo. Importantes tópicos de IHC são o estudo da percepção, atenção, memória,aprendizagem , solução de problemas, etc. O objetivo da Psicologia cognitiva tem sido o de caracterizar esses processos em termos de suas capacidades e limitações. Introdução Histórico & Aplicações Os primeiros estudos específicos de HCI apareceram nos anos 60 e faziam referência à simbiose Pessoa-Computador (Licklider, 1960). A investigação em HCI levou à “estandarização” da usabilidade, a sua melhora e o apoio empírico. A focagem científica da HCI inclui uma variedade de ferramentas e técnicas que ajudam a desenvolver melhores interfaces do utilizador. Os estudos nesta disciplina têm permitido dar uma base teórica ao design e à avaliação de aplicações computacionais. Introdução e conceitos Histórico & Aplicações Hansen (1971) em "User Engineering Principles for Interactive Systems" faz a primeira enumeração de princípios para o design de sistemas interativos: 1. Conhecer o utilizador; 2. Minimizar a memorização, substituindo a entrada de dados pela seleção de itens, utilizando nomes em lugar de números, usufruindo acesso rápido à informação prática do sistema; 3. Otimizar as operações através da rápida execução de operações comuns, da consistência da interface e organizando e reorganizando a estrutura da informação baseando-se na observação do uso do sistema. 4. Facilitar boas mensagens de erro, criar designs que evitem os erros mais comuns, fazendo possível desfazer aquelas ações realizadas e garantir a integridade do sistema no caso de uma falha do software ou hardware. – Apesar da lógica e antiguidade destes princípios é fácil encontrar nos em programas e sites da web, códigos inmemorizáveis para identificar produtos, mensagens de erros difíceis de entender e, de uma forma geral, um mal trato ao usuário. Conceitos importantes em IHC Interface: O conceito de interfaces tornou-se importante desde que se percebeu a necessidade de uma área comum de interação homem-máquina para a navegação nos hiperdocumentos. Quando alguém utiliza uma ferramenta, e interage com um sistema, costuma existir "algo" entre ele e o objeto de interação. Num automóvel, o "algo" podem ser os pedais. Num elevador os botões. Num computador consiste no teclado, na tela, o mouse e o resto de periféricos. Interface: Este "algo" informa-nos sobre as ações que são possíveis, o estado atual do objeto e as mudanças produzidas e permite-nos, ainda, atuar sob o sistema ou a ferramenta. Isto é interface! É ao mesmo tempo, um limite e um espaço comum entre ambas as partes. A interface não é só o programa ou o que se vê na tela. Desde o momento que o usuário abre a caixa, começa interagir com o produto e portanto, começa a sua experiência. Característica de uma interface Affordance – é um termo que se refere às propriedades percebidas e reais de um artefato, em particular as propriedades fundamentais que determinam como este artefato pode ser utilizado. As affordances fornecem fortes pistas ou indicações quanto à operação dos artefatos. Interface versus Interação Interface: Parte de um sistema computacional com a qual a pessoa entra em contato – física, perceptiva ou conceitualmente Interação: Processo de comunicação entre pessoas e sistemas interativos Interação entre pessoas e Sistemas Interface Resumidamente, pode-se dizer que uma interface deve atender a três requisitos básicos: o o o SER ÚTIL: ter uma função clara, bem definida e apropriada. SER UTILIZÁVEL: o homem deve ser capaz de encontrar e executar as funções esperadas sem dificuldades. SER UBÍQÜA: seu uso deve ser transparente para o usuário. Exemplos de interfaces Evolução das interfaces Xerox Alto (1972) Interação c/ computador através de sons e imagens Evolução das interfaces Apple-Macintosh (1983-84) INTERFACE WIMP: · Windows: janelas independentes que podem ser manipuladas de qualquer modo; · Ícones: símbolos icônicos que representam visualmente os arquivos e os programas; · Menus: listas de comandos organizadas em categorias, apontando para sub-menus e apresentando aos usuário todos os comandos disponíveis, de modo consistente em todos os programas (copy, delete, open, etc.); · Pointers: indica o ponto de ação. Um manipulador virtual e ferramenta de feedback. Evolução das interfaces Primeira Versão do Windows (1985) Interação Humano Computador Evolução das interfaces Apple Macintosh II (1987) – 256 cores, 24 bits. Evolução das interfaces Segunda Versão do Windows (1987) Evolução das interfaces Mac OS - GUI (1988) Evolução das interfaces Mac OS - GUI (1988) metáfora do desktop (interf. gráfica); · menu-bar e pull-down menus; · manipulação direta (ver e apontar); · feedback (aparência e ação); · display WYSIWYG;(“What You see is What you get”) · uso de comandos “universais”; · simplicidade amigável (fácil de usar); · caixas de diálogo e alerta, · compromisso com o design; · consistente, independente do aplicativo, e estável; · todas as ações centradas no uso de um mouse de um único botão; · personalização do desktop ; · uso de múltiplas fontes; A interface Macintosh alterou de forma radical a interação usuário-computador. A Microsoft, atualmente, ainda tenta emulá-la nas múltiplas versões do Windows. Evolução das interfaces Windows 3.0 (1990) Evolução das interfaces Windows 95 Evolução das interfaces Mac OS 8.0 – 1995 – 1,25 milhões de cópias em 2 semanas Evolução das interfaces Windows 2000 Evolução das interfaces Mac OS 10 – Aqua (2000) Evolução das interfaces Windows XP (2001) Evolução das interfaces Windows Vista (2006) Evolução das interfaces Windows 7 (2010) Evolução das interfaces Mac OS 10.5 – Leopard (2007) Tudo tem interface.