Localização A Bacia Hidrográfica do Rio Descoberto (BHRD), localizada entre as latitudes 15°36'00" S e 16°05'00" S e as longitudes 48°18'00" W e 48°06'00" W, possui uma área de 895,9 km2 (Carmo, Boaventura e Oliveira, 2005). Tal região foi definida como Área de Preservação Ambiental (APA) pelo decreto nº 88.940, de 7 de novembro de 1983. Abrange grandes porções de cerrado, com rios e nascentes que abastecem a bacia do Paraná, entre outras. Bacia do Descoberto Visão Geral Legislação federal no 88.940 de 07 de novembro de 1983. Cria a APA do Descoberto com objetivo de proporcionar o bem-estar futuro das populações do Distrito Federal e de parte do estado de Goiás, bem como assegurar condições ecológicas satisfatórias às represas da região. Possui uma área de 35.588 ha. A APA do Descoberto conta com um lago de 17 km2, abastecendo, hoje, 60% do DF. Decreto Decreto nº 11.122, de 10/06/88 - Cria o Conselho Supervisor das Unidades de Conservação e Áreas Protegidas administradas pelo Distrito Federal e dá outras providências, conforme Decisão nº 39, de 24/05/1988, do Conselho de Arquitetura, Urbanismo e Meio Ambiente. Instrução Normativa SEMA/SEC/CAP nº 002/88 - estabelece normas de Implantação da Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto, visando a compatibilizar a utilização dos recursos naturais com a preservação da qualidade do meio ambiente e o equilíbrio ecológico. Este documento, dentre outras atribuições estabelece um zoneamento que divide a APA do Descoberto em 8 classes. O Parque Ecológico Veredinha está inserido na Zona de Contenção da área urbana Contexto geral: A APA do Descoberto conta com um lago de 17 km2. No entanto, seus rios e cabeceiras contam com baixa disponibilidade de água superficial e subterrânea. Apesar da grande extensão da Bacia do Descoberto, 444 km2, 225 Km2 da área do DF pertencem ao Projeto Integrado de Colonização Alexandre Gusmão, núcleo agrícola responsável por cerca de 50% do abastecimento de hortifrutigranjeiros do DF. Fonte: IBAMA. Sistema de Irrigação PICAG Sistema de Irrigação PICAG Quanto a vegetação da APA, apresenta quase todas as fitofisionomias do Cerrado. Com ênfase nas Veredas. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL DECRETO N° 14.783 DE 17 DE JUNHO DE 1993. Art. 1 ° - Estão tombadas como Patrimônio Ecológico do Distrito Federal as seguintes espécies arbóreoarbustivas:copaíba (Copaifera langsdorffii Desf.), buriti (Mauritia flexuosa L.f.),... ? Apesar das espécies nativas presentes, grande parte das áreas estão ocupadas por chácaras, que utilizam da monocultura intensiva, criação de gado, plantação de pinus e eucaliptos. Consequências: O emprego de agrotóxicos tem implicado em problemas relacionados à contaminação ambiental e à saúde pública. O uso abusivo de agrotóxicos no processo produtivo, seu impacto para a saúde e o meio ambiente, tem natureza complexa e envolve aspectos biossociais, políticos, econômicos e sócio-ambientais. Os trabalhadores estão expostos maciçamente aos agrotóxicos, assim como a população em geral por meio do consumo de alimentos contendo resíduos destas substâncias tóxicas ou associação de substâncias. Fonte: UnB. Uso irracional da água. Desvio irregular do canal Uso inadequado dos recursos hídricos; Lago Descoberto com margem totalmente desprotegida. Nascentes desprotegidas Manejo inadequado do solo. Crescimento das cidades sem planejamento. Cerca de 40% das casas em Águas Lindas foram construídas dentro da APA do Descoberto. O município não tem rede de esgoto. A sujeira lançada sobre o solo é absorvida e vai direto para o lençol freático, o que significa risco de contaminação do lago que abastece o Distrito Federal. Lago Descoberto Subdimensionamen to da ETE. Sub-dimensionamento da rede de esgoto. Estação de coleta de lixo inadequada. Sistema de captação de água limitado para a cidade. O que propomos: Programas de Educação Ambiental Formais e Informais. Políticas Públicas coerentes para as questões eco-sociais. Acesso democrático aos vários tipos de manifestações culturais. Efetiva Participação Popular. Capacitação agroecológica aos agricultores locais. Toada de viola, recolhida pelo João Guimarães Rosa, na história do Cara de Bronze. “Buriti minha palmeira, toda água vai olhar cruzo assim tantas veredas, alegre de te encontrar. Buriti vendeu seus cocos, tem família a sustentar ninho de arara vermelha, dois ovinhos por chocar. Buriti me deu conselho, mas adeus não quis me dar amor viaja tão longe, junta lugar com lugar”. Elaborado por: Antônio Maurício Bernardes- Biólogo/Especialista. Flávio do Carmo- Educador Ambiental Marco Antônio B.R. Silva- Pedagogo/Mestrando em Ecologia Humana e Ed. do Campo Mateus Fernardes de Oliveira- Pedagogo.