MILITAR DA MAIA ESCONDEU GRAVIDEZ DE TODA A GENTE Mãe andou com cadáver do filho sete dias no carro • Mulher pediu a amigo para ajudá-la a queimar o recém-nascido. Acabou por ser denunciada Mãe andou com o corpo do bebé na mala do carro durante uma semana Família de amigo alertou a GNR, na Maia • MUTAR MANDA Alexandre Panda e Nuno Silva [email protected] Escondeu a gravidez e quando o bebé nasceu, ao que tudo indica já morto, a militar da Força Aérea meteu-o num saco. Andou com ele uma semana no carro até pedir a um amigo que o queimasse, na Maia. ter mais ninguém Sem a quem re- correr, a mulher, de AMP QUEIMAR CADÁVER DE FILHO 26 anos, solteira, natural de Santa Maria de Avioso, Maia, mas que passava a maior parte do tempo num curso de formação de sargentos, no Montijo, foi ter com um amigo próximo. Com ela trazia um saco do Exército com o recém-nascido, que já estava em estado de putrefação. Ao amigo disse que era apenas um cadáver de um animal e que tudo não passava de uma praxe do RECEM-NA» curso militar. Que lhe tinham deixado "aquilo" no carro, quando este estava estacionado no parque da base área do Montijo. Guardado num balde O jovem, de 26 anos, aceitou o estranho pedido e guardou o saco nas traseiras da habitação, em S. Pedro de Avioso, Pequeno cadáver foi encontrado num anexo da residência do amigo da militar, em S. Pedro de Avioso Maia, onde vive com um irmão e os pais. Ontem de manhã, a mãe dele estranhou um cheiro nauseabundo que vinha de um balde, onde o cadáver do recém-nascido es- tava camuflado. Chamou o marido e confirmaram que se tratava de um bebé, com indícios de estar chamuscado. Avisaram logo a GNR. À residência chegaram militares da GNR, elementos do INEM e da Polícia Judiciária (PJ) do Porto, o que chamou a atenção dos vizinhos, já que está situada num local bastante isolado e rural a habitação da freguesia. Aliás, esta poderá sido uma das razões pela em Santa Maria de Avioso, a poucos quilómetros do local, qual a mulher escolheu aquele amigo para fazer desaparecer o corpo. Ãs autoridades, o jovem contou que tinha sido a militar a dar-lhe o saco e garantiu ter acreditado na his- onde a militar apenas passa os fins de semana, na companhia da mãe e do padrasto. Confessou tudo e alegou que o bebé, com cerca de três qui- tória da praxe. Os elementos policiais foram depois a casa da mulher, va desesperada. Só não terá explicado porque escondeu los, nasceu a morto e que esta- gravidez durante tantos meses. A pressão do curso militar ou o bebé ser fruto de CENÁRIOS POSSÍVEIS PARA A MÃE No caso de infanticídio (mãe mata filho sob "influência perturbadora" do parto) incorre em pena de 1 a 5 anos de prisão. Se tiver sido um nado-morto, o crime é de profanação de cadáver (até 2 anos de prisão ou multa até 240 dias). uma relação proibida poderão explicar a atitude da mulher, que foi levada pela PJ ao Hospital de São João, no Porto, para realizar exames. Mata três recém-nascidos e atira-os ao lixo de Figueira dos Vinhos foi detida pela PJ, em setembro, por suspeitas de ter morto três filhos à nascença atirando os corpos para contentores do lixo. Uma mulher Morte natural ou crime? O corpo do bebé foi transportado para o Instituto de Medicina Legal do Porto para ser autopsiado. Só este exame irá permitir apurar se de facto o bebé nasceu morto, ou se foi morto depois de nascer. A mulher, que não chegou a ser detida, pode ser agora indiciada por vários crimes. • Há quatro dias numa caixa de papelão Um feto com cerca de 20 semanas foi encontrado numa caixa de papelão, em Perafita, Matosinhos, onde estava há quatro dias. A mãe é uma mulher de 31 anos. Feto escondido em frasco com álcool Um feto foi encontrado, em agosto, dentro de um frasem Vila Verde, Braga, numa arrecadação que já não era usada há bastante tempo. co com álcool