AFOGAMENTO 2012 Dr. Santiago Servin UFMA CONCEITOS AFOGAMENTO . Resultado de asfixia por imersão ou submersão, com entrada de água nas VAs, dificultando ou impedindo total ou parcialmente a ventilação pulmonar, necessitando de técnicas corretas para reverter o quadro. . Asfixia em meio líquido EPIDEMIOLOGIA Cerca de 150.000 pessoas no mundo/ ano Brasil : 3ª causa de morte acidental (20 – 29 anos, masculino) 50 % - Álcool/ Drogas Verão Esportes náuticos são responsáveis por 90% dos óbitos EPIDEMIOLOGIA Locais de maior ocorrência/ faixa etária . Lactentes – banheiras (50%) . < 5 a – baldes, vasos sanitários, lavadoras,pias, piscinas . Crianças mais velhas e adultos – lagos, rios, mares Epidemiologia ▪ 75% das vítimas são do sexo masculino; ▪ 83% são solteiros; ▪ 83,5% ingerem alimentos três horas antes do acidente; ▪ 46,6% acham que sabem nadar; ▪ 71,4% moram fora da orla marítima. CAUSAS Afogamento primário: mais comum, sem mecanismo desencadeante. Simplesmente não sabe nadar. Afogamento secundária: patologia que precipita o afogamento possibilita a aspiração de água pela dificuldade da vítima em manter-se na superfície da água. (drogas/ álcool, convulsão, traumas, doenças cardíacas, câimbras, lipotímia) “Álcool é considerado como a causa mais frequente de afogamento secundário.” FASES Angústia (distress) – gritar, acenar Pânico – “ subindo a escada “ - fadiga Submersão Afogamento Morte O que fazer ? 1 - APROXIME-SE da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água; 2 - Procurar retirar os objetos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vitima dentro d’água; 3 - COLOQUE a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água; 4 - INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário; 5 - EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas; 6 - Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação; 7 - Remova IMEDIATAMENTE a vitima SALVAMENTO ou o hospital mais próximo. para o SERVIÇO DE Classificação e tratamento - ACLS Classificação e tratamento - BLS Classificação, mortalidade e internação Classificação neurológica de Conn e Modell GRAU 6 ressuscitados com êxito, recomendamos a utilização da tabela de Conn e Modell para classificação prognóstica. ASPIRAÇÃO LARINGOESPASMO / APNÉIA VOLUNTÁRIA ÁGUA NA LARINGE E PULMÕES ↓ OU AUSÊNCIA DE TROCAS GASOSAS HIPERCAPNIA HIPÓXIA AFOGAMENTO ÚMIDO (RELAXAMENTO LARÍNGEO, ASPIRAÇÃO LÍQ, ↑ HIPÓXIA, EDEMA PULMONAR) ANÓXIA MORTE Meio Água doce – meio hipotônico, causa deslocamento de líquido dos alvéolos para o interior dos vasos → hipervolemia. Alveolite → ↓ surfactante e pneumócitos → atelectasia ALVÉOLOS → VASOS Água salgada – meio hipertônico (NaCl 3%), causa passagem de líquido intravascular para o interior dos alvéolos → hipovolemia VASOS → ALVÉOLOS DIAGNÓSTICO Circunstâncias do acidente – ÁGUA; Exclusão de outra causa; Clínica: tosse, ausculta pulmonar anormal, secreção espumosa em vias aéreas; Exames: Grau 1 – Nenhum. Grau 2 – Gasometria arterial,ECG,e radiografia de tórax. Graus 3 a 6 – Gasometria arterial, hemograma completo, eletrólitos, uréia, creatinina, glicemia, elementos anormais no sedimento da urina, ECG, radiografia de tórax e tomografia computadorizada “Escopia das VAs e broncofibroscopia (corpo estranho, líquidos).” HOSPITALAR . Assistência respiratória . UTI . Tratar arritmias cardíacas . Medicações : barbitúricos, broncodilatadores, ATB, corticóides, antibioticos, hemoconcentrados, NaHCO3. FATORES QUE INFLUENCIAM AS CHANCES DE SOBREVIDA Duração da submersão Temperatura da água Idade da vítima Rapidez da ressuscitação “O atendimento imediato, adequado e eficaz, que deve ser prestado logo após o incidente ou mesmo, quando possível, durante o resgate, ainda dentro da água.” Corrente da vida no afogado OBRIGADA ! OBRIGADO