ATIVIDADES DE RECUPERAÇÃO PARALELA
1os e 2os anos do ENSINO MÉDIO
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
Observação:
Os exercícios devem ser resolvidos em folha timbrada e entregues no dia da
Prova de Recuperação.
Orientações do(a) professor(a):
Leia com atenção e respondas as perguntas abaixo relacionadas.
CONTEÚDO:
ENDORFINA é um neuro-hormônio produzido pelo próprio organismo na glândula
hipófise. Sua denominação se origina das palavras endo (interno) e morfina
(analgésico). A dificuldade na coleta desse hormônio na região de sua produção
explica muito das controvérsias a seu respeito.
O número de estudos sobre ele vem sendo bastante incrementado ultimamente,
mas, por essas pesquisas serem realizadas na maioria das vezes em animais,
muitas dúvidas ainda persistem. O que se sabe, com certeza é que a endorfina tem
uma potente ação analgésica e ao ser liberada estimula a sensação de bem-estar,
conforto, melhor estado de humor e alegria. Nos últimos trinta anos autores como
Harber & Sutton, McGowan , Shyiu , Hoffmann e Heitkamp muito contribuíram para
o que hoje se conhece sobre endorfina, como:
Além do seu efeito analgésico, acredita-se que as endorfinas controlem a reação
do corpo à tensão, regulando as algumas funções do sistema nervoso autônomo
como as contrações da parede intestinal e determinando o humor. Elas podem
também regular a liberação de outros hormônios.
Provavelmente parte da capacidade da acupuntura em aliviar a dor seja devida ao
estímulo da liberação de endorfinas. Uma vez estimulados pelas agulhas nos
terminais nervosos ("pontos") é gerado um impulso para aumentar a liberação de
neurotransmissores no complexo supressor de dor, ou seja, é produzido o efeito
analgésico na região cerebral. Além disso, ocorre liberação de endorfina no local
inflamado.
Algumas pesquisas afirmam que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou
duas horas após a sua liberação. É o que leva ao momento de tranqüilidade e paz
que os atletas encontram após as atividades físicas. Outros estudos observaram
aumento das dosagens desse hormônio até 72 horas após exercícios de
endurance como uma maratona.
Por ser um "analgésico natural" leva a uma sensação de bem-estar e tranqüilidade
podendo inibir o estresse.
Nos anos 70 estudos demonstraram a existência substâncias parecidas
quimicamente com peptídeos opiáceos (como a morfina) e que eram produzidas
pelo próprio cérebro. Essas substâncias, entre elas a endorfina, eram capazes de
realizar alterações comportamentais.
Apesar de alguns autores ainda não concordarem, hoje se atribui a endorfina
inúmeras funções que vão desde o controle da dor até a sensação de bem-estar
causada pela realização de uma atividade física.
Estudos recentes apontam que a endorfina pode ter tanto um efeito sobre áreas
cerebrais responsáveis pela modulação da dor, do humor, depressão, ansiedade
como pela inibição do sistema nervoso simpático (responsável pela modulação de
diversos órgãos como coração, intestino etc...).
Em experiências realizadas em ratos foi encontrado um aumento significativo nas
concentrações cerebrais de endorfina e conseqüentemente um aumento no limiar
da dor após um exercício prolongado de intensidade moderada.
Atualmente sabemos que a endorfina é produzida na hipófise e liberada para o
sangue juntamente com outros hormônios como o GH (hormônio do crescimento) e
o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) que estimula a produção de adrenalina e
cortisol. Após uma maratona observou-se aumento nos níveis sanguíneos de
ACTH e endorfina. Esse aumento ocorreu de forma muito semelhante nos dois
hormônios, alcançando seu pico no final da corrida (cerca de 5 vezes maior do que
no repouso) e retornando ao níveis de repouso após 24 horas.
Após exercícios de intensidade leve a moderada (menor que 60% do VO2max) não
foi verificado aumento da taxa de endorfina no sangue. Exercícios de musculação
também não provocaram aumento na concentração plasmática de endorfina. Assim
sendo, a intensidade e a duração do exercício parecem ser responsáveis pela
concentração de endorfina no sangue.
Um estudo comparativo entre um exercício aeróbio (com cargas crescentes de
intensidade) e outro anaeróbio (com duração máxima de 1 minuto) encontrou
concentrações plasmáticas aumentadas de endorfina de forma muito semelhante.
No exercício aeróbio esse nível alto de endorfina foi encontrado após ter sido
alcançado o limiar anaeróbio (cerca de 75% do VO2 máx). Observou-se também
relação direta entre as concentrações de endorfina e outros hormônios
relacionados à atividade física como o ACTH e adrenalina.
Não foram constatadas diferenças nas dosagens de endorfina entre homens e
mulheres.
A existência de uma possível dependência causada pela prática de atividades
físicas é atribuída às concentrações elevadas de endorfina circulante em atletas.
Tal fato explica as sensações desagradáveis com desconforto, irritabilidade,
ansiedade, depressão e alteração de humor em praticantes que por algum motivo
deixaram de se exercitar. Esse quadro é similar a síndrome de abstinência causada
por algumas drogas ao terem seu consumo interrompido abruptamente. Constatou-
se que o álcool estimula a produção de opióides endógenos, como a endorfina, em
certas áreas do cérebro.
Não existe um tempo de exercício pré-determinado a partir do qual a endorfina
começa a ser liberada mais intensamente. Estudos, já citados acima,
demonstraram que tanto exercícios aeróbios quanto anaeróbios podem provocar
um aumento de sua concentração. Apesar disso nos exercícios de musculação,
classificados como anaeróbios, não se observou alteração nos níveis de endorfina.
Apesar de todas as pesquisas realizadas, certos pontos ainda continuam
obscuros:
Não se determinou a intensidade e duração mínima de exercícios capaz de
incrementar a concentração de endorfina.
Desta forma, se torna importante fazer uma avaliação física antes de iniciar os
exercícios, para que você conheça o seu nível de condicionamento físico bem como
limiares aeróbio e anaeróbio, e possa trabalhar de forma correta e segura.
Insista nos exercícios aeróbios de 5x a 6x por semana, na musculação de 3x a 5x por
semana e nos alongamentos. Sinta este bem estar!
Fontes/sites: www.hcor.com.br/endorfinas; www.maisequilibrio.com.br
EXERCÍCIOS:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é endorfina?
Como ela é produzida?
Como ela age no organismo?
Qual é o seu efeito?
Endorfina vicia?
Qual é o tempo para a endorfina começar a ser liberada no
organismo?
7. Quais estudos já foram realizados sobre a endorfina.
8. Além das atividades físicas . que outras ações a produzem?
9. Com que frequência você pratica uma atividade física.
10.
Quais outros hormônios são liberados junto com a endorfina
no sangue?
Educação Física . Educação para a Vida!
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