CONSERVAÇÃO E USO RACIONAL DA ÁGUA – Prof. Demetrios Christofidis A OFERTA ANUAL DE ÁGUA RENOVÁVEL: MUNDO Constante: Série histórica observada NEVE GRANIZO Precipitação E E E PRECIPITAÇÃO Precipitação 458.000 km3 110.000 km3 E Evapotranspiração E GRH 44.000 km3 66.000 km3 ETP 500.000 km3 = 458.000 km3 + 42.000 km3 Escoamento Superficial 41.800 km3 OCEANOS 2.200 km3 E 9.750 75 174 1 Oferta pela natureza ... constante Utilização por população ... AS DIVERSAS UTILIZAÇÕES DA ÁGUA ABASTECIMENTO HUMANO NAVEGAÇÃO PESCA E AQUICULTURA IRRIGAÇÃO ABASTECIMENTO INDUSTRIAL HIDROELETRICIDADE CONTROLE DE CHEIAS RECREAÇÃO E TURISMO DILUIÇÃO E REMOÇÃO DE EFLUENTES Oferta pela natureza... constante Uso doméstico 400 km3 / ano ( 10 %) Produção industrial 800 km3 / ano (20%) Produção de alimentos 2.800 km3 / ano (70%) Oferta pela natureza ... constante Consumo por população ... crescente Consumo crescente de uma população ... crescente AS POPULAÇÕES e as PRESSÕES sobre as ÁGUAS No Século XX a população cresceu em fator de 3 vezes 7,0 bilhões ... o crescimento de uso de água foi multiplicado por 7 O crescimento da população e dos padrões de consumo Águas e resíduos no meio urbano Manancial Precipitação Abastecimento doméstico de água potável às moradias Resíduos líquidos industriais e domésticos Manancial Águas Pluviais Urbanas Geração de resíduos em uma cidade com 1 milhão de habitantes O consumo exagerado Os rejeitos Fonte: Revista Veja 21/08/02 “ONU: Marca dos 7 bilhões de habitantes não deve ser comemorada.” “Serão sete bilhões de pessoas que vão precisar de alimentos em quantidade suficiente, assim como de energia, além de boas oportunidades na vida, de emprego e educação; direitos e a própria liberdade de criar seus próprios filhos em paz e em segurança.” Ban Ki-moon (Secretário-Geral da ONU) Assegurar água à produção de alimentos ?? 40 litros de água por fatia de pão de trigo 15.500 litros de água por quilograma de carne bovina Assegurar água à produção de alimentos ?? 70 litros de água na produção de uma maçã de 100 gramas 1.800 litros de água por quilograma de soja Assegurar água à produção agrícola ?? Água Virtual e Pegada da água A pegada de água do cafézinho é de 140 litros para cada xícara ! Fonte: http://www.waterfootprint.org Pegada de água: Fibras Algodão 2.700 litros de água por cada camiseta de algodão Fonte: http://www.waterfootprint.org MUNDO SITUAÇÃO EM 2003 CENÁRIO PROVÁVEL EM 2030 200 Abastecimento Humano 220 428 Produção Industrial 610 1.430 Produção Alimentos 1.210 2.058 TOTAIS 2.040 ÁGUA PARA CADA HECTARE IRRIGADO POR ANO 9.505 m3 6.210 m3 O Consumidor Consciente opta por produtos, práticas e manejos que afetem, cada vez menos, a quantidade, a qualidade e a dinâmica natural de água e bens naturais do planeta. Os consumidores podem influenciar Induzindo os produtores em alternativas para: Diminuir as quantidades de água empregadas nos processos de plantio e fabricação de produtos. Reduzir o uso e os lançamentos de resíduos. Evitar consumos excessivos em épocas de escassez. Praticando o reuso de águas servidas !!!! Calculando nossa pegada hídrica Podemos saber a quantidade de água que estamos consumindo com nosso padrão de vida www.waterfootprintkemira.com Podemos diminuir a quantidade de água de nossa pegada hídrica adotando medidas de redução de uso em … nossas atividades domésticas, … … utilizando produtos que não são hidrointensivos em sua produção … industrial, … agrícola, pecuária… AS DIVERSAS UTILIZAÇÕES ANTROPOCENTRICAS DA ÁGUA ABASTECIMENTO HUMANO NAVEGAÇÃO PESCA E AQUICULTURA IRRIGAÇÃO ABASTECIMENTO INDUSTRIAL HIDROELETRICIDADE CONTROLE DE CHEIAS RECREAÇÃO E TURISMO DILUIÇÃO E REMOÇÃO DE EFLUENTES Indicadores de disponibilidade “per capita” anual de água renovável A disponibilidade quantitativa Acima de 1.700 m3/habitante ano (> 4.650 litros/hab.dia) Suficiência hídrica Abaixo de 1.700 m3/habitante ano (< 4.650 litros/hab.dia) Alerta de escassez hídrica Abaixo de 1.000 m3/habitante ano (< 2.740 litros/hab.dia) Escassez crônica FONTE: M. Falkenmark (2004) BRASIL: A OFERTA DE ÁGUA PARA 94,7 População brasileira: 194 Milhões de pessoas Tratamento de esgotos: 34,6% 185 Milhões 9,0 Milhões 67 Milhões 127 Milhões % AS DIVERSAS FINALIDADES DA ÁGUA SOB O OLHAR DO CUIDADO: Desenvolvimento Sustentável ECOSSISTEMAS Vida Silvestre Ser: Natureza BENS PARA O BEM ESTAR SEGURANÇA ALIMENTAR HIDROSOLIDARIEDADE ENERGIA PARA TODOS AQUICULTURA TRANSPORTE ESPAÇO PARA > ÁGUAS LAZER E TURISMO REUSO E TRATAMENTO APROPRIADO DE EFLUENTES Resíduos sólidos lançados nas águas dos oceanos Bolhas de plástico em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Uma bolha de plásticos oriental e uma bolha ocidental. Um navegante que passou pela área das bolhas de plástico disse que ficou triste com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. “Como foi possível fazermos isso?” “ Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo”. Proteção das comunidades aquáticas Usos mais exigentes Abastecimento doméstico Dessedentação de animais Irrigação Usos menos exigentes Navegação Fonte: Marcelo Pires (ANA, 2007) CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS D’ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA EXCELENTE Classe Especial USOS MAIS EXIGENTES Classe 1 Classe 2 Classe 3 QUALIDADE DA ÁGUA PÉSSIMA Classe 4 USOS MENOS EXIGENTES Fonte: Marcelo Pires (ANA, 2007) ADOTAR ESTRATÉGIAS QUE ASSEGUREM ÁGUA NO FUTURO IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE Segurança hídrica = SE+SAH+SPA Segurança Ecológica EFETIVIDADE Assegurar água em quantidade, qualidade e em dinâmica (pulsos), para a diversidade biológica da natureza e vida futura. Segurança Abastecimento Humano Assegurar água para as necessidades básicas, Para atender nas moradias e propiciar saúde. POTENCIALIDADES Segurança da Produção de Alimentos Assegurar água para a produção agrícola (alimentos, fibras, energia...), agroindústria VULNERABILIDADE INSUSTENTABILIDADE IMUNIDADE E ADOTAR ESTRATÉGIAS QUE: SUSTENTABILIDADE POTENCIALIDADE EFETIVIDADE EFICIÊNCIA VULNERABILIDADE INSUSTENTABILIDADE EFICIÊNCIA EFETIVIDADE POTENCIALIDADE IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE ADOTAR VULNERABILIDADE, FRAGILIDADE INSUSTENTABILIDADE Sonho ? Utopia ? IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE VULNERABILIDADE, FRAGILIDADE INSUSTENTABILIDADE VULNERABILIDADE, FRAGILIDADE INSUSTENTABILIDADE IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE Sonho ? Utopia ? IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE VULNERABILIDADE, FRAGILIDADE, INSUSTENTABILIDADE Sonho ? Utopia ? IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE VULNERABILIDADE, FRAGILIDADE INSUSTENTABILIDADE IMUNIDADE E SUSTENTABILIDADE Gestão Integrada dos Recursos Hídricos Urbanos de Cingapura : The Singapore Water Story Mr Khoo Teng Chye Chief Executive, Public Utilities Board (PUB), Singapore World Water Week, 25 August 2006 45 anos atrás: a situação era caótica 5/30/2012 41 As instalações sanitarias não existiam … As condições de saúde pública eram inadequadas … 5/30/2012 42 As instalações sanitarias não existiam … As condições de saúde pública eram inadequadas … 5/30/2012 43 E os rios eram poluidos. 5/30/2012 44 Gestão sustentável dos recursos hídricos 4 Principais Medidas Captações locais Importação de águas Adoção de Reúso : NEWater Abordagem 3P “Conservar a água” “Valorizar nossas águas ” Desalinização de águas “Lazer em nossas águas” “Water for All” “Conserve, Value, Enjoy” 5/30/2012 45 PUB ( Public Utilities Board ) faz a gestão completa do ciclo da água. Da captação , coleta , purificação e suprimento de água potável, ao tratamento de água resíduária, seu reúso como NEWater, até os sistemas de drenagem urbana. Chuva Uso potável in Mar direto Uso direto não potável 5/30/2012 46 Água de bacias hidrográficas locais Punggol Proteção dos mananciais Mananciais ainda não protegidos Em 2006 a metade da área de Cingapura é para captação. A área da bacia de captação foi ampliada em dois terços até 2009, quando foram concluidos os novos sistemas. Urbanizaçao de captações de águas de chuva 5/30/2012 47 3-em-1 Barragem Marina : Suprimento hídrico, Controle de cheias, Atividades de melhoria da qualidade de vida “ Criando um reservatório no centro da cidade de Cingapura ” CANAL MARINA MAR Construção de estação de bombeamento de drenagem na Marina Sul 5/30/2012 Construção de barragem na Marina Leste 48 Tunel Profundo para condução de esgotos : Deep Tunnel Sewerage System (DTSS) Assegurando Assegurando aa Sustentabilidade Sustentabilidade na na Recuperação Recuperação de de Águas Águas TUNEL TUNEL PROFUNDO PROFUNDO Tunel profundo e caixa de chegada concluidos. Estação de tratamento programada e concluida em 2008 5/30/2012 Unidade Unidade de de tratamento tratamento de de esgotos esgotos 49 5/30/2012 50 5/30/2012 51 5/30/2012 52 5/30/2012 53 5/30/2012 54 Água: Tecnologia & Inovação to “Cingapura está comprometida em investir em CeT como sendo o caminho para o crescimento econômico e geração das bases para a competitividade. As prioridades são: 1. Construir e fortalecer as capacidades de CeT em áreas estratégicas; 5/30/2012 55 2. Atrair e desenvolver uma significante concentração de talentos para sustentar a massa crítica em pesquisa avançada de longa duração. “ 5/30/2012 56 Armazenador de Ruídos (A.R.) Instalação do A.R. Leitura em campo com U.R. A.R.s Àrea de Instalação Vazamento Perdas Físicas - Tipos de Vazamentos superfície Vazamentos Inerentes: nãovisíveis e não-detectáveis por equipamentos de detecção acústica (geralmente com vazão menor do que 250 l/h). Vazamentos Não-Visíveis: não-aflorantes à superfície, detectáveis por métodos acústicos de pesquisa. 25% dos volumes perdidos 30% dos volumes perdidos Ações Ações • Redução de Pressão • Qualidade dos Materiais e da Mão-de-obra • Troca de rede • Redução de Pressão • Pesquisa de vazamentos com equipes certificadas • A.R. (Armazenador de ruídos) Vazamentos Visíveis: aflorantes à superfície, comunicados pela população (195) e detectados pela SABESP. 45% dos volumes perdidos Ações • Redução de Pressão • Redução de Tempo de Reparo A SUSTENTABILIDADE DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS Concurso de idéias para sustentabilidade em edificações públicas - ECOCÂMARA Desenho: André Medeiros Alunos do Centro Universitário Unieuro: André Medeiros; Charlene Franco, Érika Magalhães, Tágide, Ana Carolina e Ricky Hudson Professoras: Liza Andrade, Catharina Macedo e Juliana Garrocho A SUSTENTABILIDADE DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS Concurso de idéias para sustentabilidade em edificações públicas - ECOCÂMARA Desenho: André Medeiros Alunos do Centro Universitário Unieuro: André Medeiros; Charlene Franco, Érika Magalhães, Tágide, Ana Carolina e Ricky Hudson Professoras: Liza Andrade, Catharina Macedo e Juliana Garrocho A SUSTENTABILIDADE DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS Concurso de idéias para sustentabilidade em edificações públicas - ECOCÂMARA Desenho: André Medeiros Alunos do Centro Universitário Unieuro: André Medeiros; Charlene Franco, Érika Magalhães, Tágide, Ana Carolina e Ricky Hudson Professoras: Liza Andrade, Catharina Macedo e Juliana Garrocho A SUSTENTABILIDADE DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS Concurso de idéias para sustentabilidade em edificações públicas ECOCÂMARA Desenho: André Medeiros Alunos do Centro Universitário Unieuro: André Medeiros; Charlene Franco, Érika Magalhães, Tágide, Ana Carolina e Ricky Hudson Professoras: Liza Andrade, Catharina Macedo e Juliana Garrocho A SUSTENTABILIDADE DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS Concurso de idéias para sustentabilidade em edificações públicas ECOCÂMARA Desenho: André Medeiros Alunos do Centro Universitário Unieuro: André Medeiros; Charlene Franco, Érika Magalhães, Tágide, Ana Carolina e Ricky Hudson Professoras: Liza Andrade, Catharina Macedo e Juliana Garrocho A SUSTENTABILIDADE DA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS Concurso de idéias para sustentabilidade em edificações públicas - ECOCÂMARA Desenho: André Medeiros Alunos do Centro Universitário Unieuro: André Medeiros; Charlene Franco, Érika Magalhães, Tágide, Ana Carolina e Ricky Hudson Professoras: Liza Andrade, Catharina Macedo e Juliana Garrocho Equipamentos Economizadores de Água Mictórios de fechamento automático Mictórios de Sensores (eletrônicos) Válvula de 6 litros por descarga com bacia de volume de descarga reduzido (VDR) Válvula de 6 litros por descarga Lavatório eletrônico anti-vandalismo, com esterelizador de talheres, dosador de sabão e misturador – restaurantes, hospitais e cozinhas. Equipamentos Economizadores de Água Chuveirinho dispersante Chuveirinho dispersante importado Chuveirinho/arejador Arejador importado Simples Misturador Torneiras com bica mó móvel e arejador para pia de cozinha Equipamentos Economizadores de Água Torneira eletrônica Torneiras de fechamento automático Torneira de fechamento automático Torneira de fechamento automático para deficientes físicos Arejadores - tipo econômico Equipamentos Economizadores de Água Sistemas de Descarga com duplo acionamento Equipamentos Economizadores de Água Válvulas de fechamento automático para chuveiro Elétrico ou aquecedor Água friapré misturada SOLUÇÕES PARA INFILTRAÇÃO DE ÁGUAS DE CHUVAS UNIVERSIDADE UNIVERSIDADE DE DE BRASÍLIA BRASÍLIA CENTRO CENTRO DE DE DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL SUSTENTÁVEL TEMA: TEMA: UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO DE DE ÁGUAS ÁGUAS PLUVIAIS, PLUVIAIS, PARA PARA FINS FINS NÃO NÃO POTÁVEIS POTÁVEIS NO NO EDIFÍCIO EDIFÍCIO SEDE SEDE DO DO MINISTÉRIO MINISTÉRIO DA DA CIÊNCIA CIÊNCIA E E TECNOLOGIA TECNOLOGIA Autor: Jaime Heleno Correa de Lisboa Orientador: Demetrios Christofidis Brasília, 05 de abril de 2011 METODOLOGIA METODOLOGIA APLICADA APLICADA i) visão global do projeto; Implantação de um sistema de utilização de águas pluviais para fins não potáveis no edifício Sede do Ministério da Ciência e Tecnologia. ii) procedimentos de campo; Comparação entre os prédios: • edifício Sede do Ministério da Ciência e Tecnologia; • edifício Sede do Ministério do Meio Ambiente – MMA, (Ambos localizados na Esplanada dos Ministérios – Brasília, DF) iii) determinação das questões; Questões relacionadas às etapas de concepção de um sistema de aproveitamento de águas pluviais. Conservação e Reúso de Água em Edificações, ANA/FIESP & SindusCon-SP (2005). ESCASSEZ ESCASSEZ DE DE ÁGUA ÁGUA NO NO BRASIL BRASIL AS AS 12 12 REGIÕES REGIÕES HIDROGRÁFICAS HIDROGRÁFICAS Tabela 01 – Vazão média por habitante, nas Regiões Hidrográficas e Brasil – 2007. Macrorregiões hidrográficas População (1.000 de Habitantes) Vazão média (m3/s) Vazão média (m3/hab/ano) Amazônia 7.806 131.947 533.096 Tocantins/Araguaia 7.178 13.624 59.858 Atlântico Nordeste Ocidental 5.302 2.683 15.958 Parnaíba 3.729 763 6.456 Atlântico Nordeste Oriental 21.465 779 1.145 São Francisco 12.796 2.850 7.025 Atlântico Leste 13.996 1.492 3.362 Vazão média por habitante Atlântico Sudeste 25.245 3.179 3.972 Atlântico Sul 11.634 4.174 11.316 Uruguai 3.834 4.121 33.893 Paraná 54.670 11.453 6.607 Paraguai 1.887 2.368 39.559 179.433 33.376 Brasil 169.542 Classificação < 500 m3/hab./ano Situação de escassez hídrica de 500 a 1.700 m3/hab./ano Situação de estresse hídrico > 1.700 m3/hab./ano Situação de conforto Quadro 03 – Indicadores de distribuição de água Fonte: Adaptado do PNRH, (2006) ESCASSEZ ESCASSEZ DE DE ÁGUA ÁGUA NO NO BRASIL BRASIL Tabela 02 – Estados brasileiros em situação de “escassez hídrica” (m3 / hab. ano) Fonte: Christofidis (2001) com adaptações. ESCASSEZ ESCASSEZ DE DE ÁGUA ÁGUA NO NO BRASIL BRASIL A média de perdas nos sistemas brasileiros de abastecimento de água é uma das maiores do mundo. SISTEMA DE PROVEITAMENTO DE ÁGUA PLUVIAL LANÇAMENTO LANÇAMENTODO DO EFLUENTE NA REDE EFLUENTE NA REDE PÚBLICA PÚBLICADE DEESGOTO ESGOTO COLETA COLETADE DEÁGUA ÁGUA PLUVIAL PLUVIAL USO NÃO POTÁVEL RESERVATÓRIO RESERVATÓRIO DE DEDESCARTE DESCARTE LANÇAMENTO LANÇAMENTODO DO EFLUENTE NA REDE EFLUENTE NA REDE PÚBLICA PÚBLICAPLUVIAL PLUVIAL SISTEMA SISTEMADE DE TRATAMENTO TRATAMENTO RESERVATÓRIO RESERVATÓRIODE DE ARMAZENAMENTO ARMAZENAMENTO SISTEMA SISTEMAPREDIAL PREDIAL DE ÁGUA DE ÁGUADE DE REÚSO REÚSO O ESTUDO DE CASO MMA CARACTERÍSTICAS DOS PRÉDIOS •MMA – Telha metálica •MCT – Telha de fibrocimento •Área de captação 1.920m2 •Captação é feita por meio de calhas de concreto •Precipitação média anual 1.258mm • População: 1.600 pessoas MCT O ESTUDO DE CASO MMA MCT O ESTUDO DE CASO MMA & MCT O ESTUDO DE CASO SISTEMA DE DESCARTE DAS PRIMEIRAS CHUVAS O ESTUDO DE CASO QUALIDADE DA ÁGUA DO RESERVATÓRIO DO MMA CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS FINAIS CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capacidade de produção de água pluvial no MCT = 1.930,75m3/mês DEMANDA DE ÁGUA PARA USO NÃO POTÁVEL Demanda diária de água nas descargas de bacias sanitárias = 38.400 Litros 844,8m3/mês (hoje, utiliza água potável). 72% do consumo médio de água potável Considerando somente o uso de água pluvial em bacias sanitárias, a instalação do sistema representaria uma economia da ordem de R$ 11.238,62 mensais (épocas de chuvas) RECOMENDAÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA NO MCT •Substituição das telhas de fibrocimento por telhas metálicas •Instalação de reservatório para descarte das primeiras águas •Utilização do reservatório subterrâneo existente, para armazenamento de águas pluviais •Adaptação do reservatório da cobertura para receber água do reservatório subterrâneo. CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS FINAIS • Verificou-se que a utilização de águas pluviais para fins não potáveis trata-se de uma oportunidade de redução do consumo de água potável por órgãos públicos • Verificou-se que o consumo de água potável em bacias sanitárias pode chegar à mais de 70% do consumo total em prédios como o edifício sede do MCT • Existe a necessidade de que sejam efetuados mais estudos quanto às práticas de utilização de águas pluviais para fins não potáveis que abranjam todos os prédios da esplanada dos ministérios, no intuito de se propor compras conjuntas para um projeto padrão tendo em vista a similaridade dos prédios. • É recomendado o estudo de outras práticas de reúso para a compensação do sistema nos períodos de seca, tais como: reúso de águas cinzas por exemplo: Agradecimento Agradecimento de de Jaime Jaime Heleno Heleno Correa Correa de de Lisboa Lisboa OPÇÕES DE CONTROLE NA FONTE • pavimentos permeáveis • trincheiras e planos e bacias de infiltração • detenção • evitar a ligação direta com a rede pluvial PAVIMENTOS PERMEÁVEIS RESOLUÇÃO CNRH Nº 54, de 28 de novembro de 2005 RESOLVE: Art. 1º Estabelecer modalidades, diretrizes e critérios gerais que regulamentem e estimulem a prática de reúso direto não potável de água em todo o território nacional. Art. 2º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições: I - água residuária: esgoto, água descartada, efluentes líquidos de edificações, indústrias, agroindústrias e agropecuária, tratados ou não; II - reúso de água: utilização de água residuária; III - água de reúso: água residuária, que se encontra dentro dos padrões exigidos para sua utilização nas modalidades pretendidas; IV - reúso direto de água: uso planejado de água de reuso, conduzida ao local de utilização, sem lançamento ou diluição prévia em corpos hídricos superficiais ou subterrâneos; V - produtor de água de reúso: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que produz água de reúso; VI - distribuidor de água de reúso: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que distribui água de reúso; e, VII - usuário de água de reúso: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, que utiliza água de reúso. RESOLVE: Art. 3º O reúso direto não potável de água, para efeito desta Resolução, abrange as seguintes modalidades: I - reúso para fins urbanos: utilização de água de reuso para fins de irrigação paisagística, lavagem de logradouros públicos e veículos, desobstrução de tubulações, construção civil, edificações, combate a incêndio, dentro da área urbana; II - reúso para fins agrícolas e florestais: aplicação de água de reúso para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas; III - reúso para fins ambientais: utilização de água de reúso para implantação de projetos de recuperação do meio ambiente; IV - reúso para fins industriais: utilização de água de reuso em processos, atividades e operações industriais; e, V - reúso na aqüicultura: utilização de água de reúso para a criação de animais ou cultivo de vegetais aquáticos. § 1o As modalidades de reúso não são mutuamente excludentes, podendo mais de uma delas ser empregada simultaneamente em uma mesma área. § 2o As diretrizes, critérios e parâmetros específicos para as modalidades de reúso definidas nos incisos deste artigo serão estabelecidos pelos órgãos competentes. Art. 4º Os órgãos integrantes do SINGREH, no âmbito de suas respectivas competências, avaliarão os efeitos sobre os corpos hídricos decorrentes da prática do reúso, devendo estabelecer instrumentos regulatórios e de incentivo para as diversas modalidades de reúso. RESOLVE: Art. 5º Caso a atividade de reúso implique alteração das condições das outorgas vigentes, o outorgado deverá solicitar à autoridade competente retificação da outorga de direito de uso de recursos hídricos de modo a compatibilizá-la com estas alterações. Art. 6º Os Planos de Recursos Hídricos, observado o exposto no art. 7º, inc. IV, da Lei n°9.433, de 1997, deverão contemplar, e ntre os estudos e alternativas, a utilização de águas de reúso e seus efeitos sobre a disponibilidade hídrica. Art. 7º Os Sistemas de Informações sobre Recursos Hídricos deverão incorporar, organizar e tornar disponíveis as informações sobre as práticas de reúso necessárias para o gerenciamento dos recursos hídricos. Art. 8º Os Comitês de Bacia Hidrográfica deverão: I – considerar, na proposição dos mecanismos de cobrança e aplicação dos recursos da cobrança, a criação de incentivos para a prática de reúso; e, II - integrar, no âmbito do Plano de Recursos Hídricos da bacia, a prática de reúso com as ações de saneamento ambiental e de uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica. Parágrafo único. Nos casos onde não houver Comitês de Bacia Hidrográfica instalados, a responsabilidade caberá ao órgão gestor de recursos hídricos, em conformidade com o previsto na legislação pertinente. RESOLVE: Art. 9º A atividade de reúso de água deverá ser informada, quando requerida, ao órgão gestor de recursos hídricos, para fins de cadastro, devendo contemplar, no mínimo: I - identificação do produtor, distribuidor ou usuário; II - localização geográfica da origem e destinação da água de reúso; III - especificação da finalidade da produção e do reúso de água; e, IV - vazão e volume diário de água de reúso produzida, distribuída ou utilizada. Art. 10º Deverão ser incentivados e promovidos programas de capacitação, mobilização social e informação quanto à sustentabilidade do reúso, em especial os aspectos sanitários e ambientais. Art. 11º O disposto nesta Resolução não exime o produtor, o distribuidor e o usuário da água de reúso direto não potável da respectiva licença ambiental, quando exigida, assim como do cumprimento das demais obrigações legais pertinentes. A DINÂMICA DA GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS: ESPAÇO DE IMUNIDADE E MOVIMENTOS DO GESTOR DE ÁGUAS EFETIVO SUSTENTABILIDADE EFETIVIDADE TRANSPOSIÇÃO DE ÁGUAS POTENCIALIDADES LOCAIS INSTRUMENTOS DE GESTÃO USO, REÚSO, EVITAR O ABUSO Redução das perdas Qualitativas O que fazer ? EFICÁCIA Redução das perdas Quantitativas EFICIÊNCIA ESPAÇO DE VULNERABILIDADE E INSUSTENTABILIDADE RESOLUÇÃO CNRH Nº 121, de 16 de dezembro de 2010 Estabelece diretrizes e critérios para a prática de reúso direto não potável de água na modalidade agrícola e florestal, ... RESOLVE: Art. 1o Estabelecer diretrizes e critérios para a prática do reuso direto não potável de água para produção agrícola e cultivo de florestas plantadas. Art. 2o As características físicas, químicas e biológicas para a água em todos os tipos de reúso para fins agrícolas e florestais deverão atender os limites definidos na legislação pertinente. Art. 3o A caracterização e o monitoramento periódico da água de reúso serão realizados de acordo com critérios definidos pelo órgão ou entidade competente, recomendando-se observar: I – a natureza da água de reuso; II – a tipologia do processo de tratamento; III – o porte das instalações e vazão tratada; IV – a variabilidade dos insumos; V – as variações nos fluxos envolvidos; e VI – o tipo de cultura. Parágrafo único. O produtor da água de reúso é responsável pelas informações constantes de sua caracterização e monitoramento. Art. 4o A aplicação de água de reúso poderá ser condicionada, pelo órgão ou entidade competente, à elaboração de projeto que atenda os critérios e procedimentos por estes estabelecidos. RESOLVE: Art. 5o A aplicação de água de reúso para fins agrícolas e florestais não pode apresentar riscos ou causar danos ambientais e a saúde pública. Art. 6o As concentrações recomendadas de elementos e substâncias químicas no solo, para todos os tipos de reúso para fins agrícolas e florestais, são os valores de prevenção que constam da legislação pertinente. Art. 7o A caracterização e o monitoramento periódico do solo que recebe a água de reúso serão realizados de acordo com critérios definidos pelo órgão ou entidade competente. RESOLVE: Art. 8o Qualquer acidente ou impacto ambiental decorrente da aplicação da água de reuso que possa comprometer os demais usos da água no entorno da área afetada deverá ser informado imediatamente ao órgão ou entidade competente e ao respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica, pelo produtor, manipulador, transportador e ou responsável técnico. Art. 9o Os métodos de analise para determinação dos parâmetros de qualidade da água e solo devem atender às especificações das normas nacionais que disciplinem a matéria. Art. 10. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. No futuro , nossa sociedade será reconhecida não somente pelo que criamos, mas pelo que nos recusamos a modificar. A escolha é nossa “As soluções estão em nossas mãos.” Prof. Demetrios Christofidis [email protected]