CARTA APOSTÓLICA
“PORTA FIDEI”
PF 1 –
A PORTA DA FÉ que nos introduz na
vida de comunhão com Deus e permite
a entrada na sua Igreja, está sempre
aberta para nós.
É possível cruzar este limiar, quando a
Palavra de Deus é anunciada e quando o
coração se deixa modelar pela graça que
transforma.
O caminho da fé tem início com o Batismo
e é concluído com a passagem através da
morte para a vida eterna.
PF 2 –
INQUIETAÇÃO:
A necessidade de re-descobrir o caminho da fé
para fazer brilhar, com evidência sempre
maior, a alegria e o renovado entusiasmo do
encontro com Cristo.
Acontece não poucas vezes que os cristãos têm
sentido maior preocupação com as
conseqüências sociais, culturais e políticas da
fé do que com a própria fé, considerando esta
como um pressuposto óbvio da sua vida
diária.
Para ele este pressuposto já deixou de existir e
tem sido frequentemente negado.
SINAIS DOS TEMPOS:
Relativismo = destruição de um tecido
social unitário;
Secularismo= fé condenada ao âmbito da
individualidade;
Materialismo= o valor do homem e da
humanidade é o que produz.
PF 3 –
Não podemos aceitar que o sal se torne
insípido e a luz fique escondida, pois
também o homem contemporâneo pode
sentir de novo a necessidade de ir como
a samaritana ao poço, para ouvir Jesus
que convida a crer n’Ele e a beber na sua
fonte, donde jorra água vida (cf. Jo 4,14)
e que devemos readquirir o gosto de nos
alimentarmos da Palavra de Deus,
transmitida fielmente pela Igreja, e do
Pão da vida, oferecidos como sustento
de quantos são seus discípulos.
PF 4 –
ANO DA FÉ:
de 11 de Outubro de 2012 a 24 de Novembro
de 2013, para celebrar os 50 Anos do
Concílio Ecumênico Vaticano II e
os 20 Anos da publicação do Catecismo da
Igreja Católica.
A preocupação de Bento XVI foi tão grande
que para o mês de outubro do ano passado,
ele convocou uma Assembléia Geral do
Sínodo dos Bispos, tendo por TEMA: A
nova evangelização para a transmissão da
fé cristã.
PF 5 –
“Nele (o Concílio) encontramos um
bússola segura para nos orientar no
caminho” (João Paulo II).
Papa Bento disse que “se lermos o
Concílio e o recebermos guiados por
uma justa interpretação, ele se
tornará cada vez mais uma grande
força para a renovação sempre
necessária da Igreja”.
PF 6 –
A renovação da Igreja realiza-se também através
do testemunho prestado pela vida dos crentes,
chamados a fazer brilhar, com a sua própria
vida no mundo, a Palavra de verdade que o
Senhor Jesus nos deixou.
Estes chamados = são pecadores e estão no seio
da Igreja, ao mesmo tempo santa e sempre
necessitada de purificação.
Assim o ANO da FÉ torna-se um convite para
uma autêntica e renovada conversão ao
Senhor, único Salvador do mundo.
PF 7 –
“é o amor de Cristo que enche os nossos
corações e nos impele a evangelizar” (2Cor 5,14)
... e é na descoberta diária deste amor, que
ganhará força e vigor o compromisso
missionários dos crentes.
“A FÉ CRESCE QUANDO É VIVIDA COMO
EXPERIÊNCIA DE UM AMOR RECEBIDO E
QUANDO É COMUNICADA COMO
EXPERIÊNCIA DE GRAÇA E DE ALEGRIA”.
Santo Agostinho dizia que os crentes
“fortificam-se acreditando”, isto é, só
acreditando é que a fé cresce e se revigora.
PF 8 –
Intensificarmos a reflexão sobre a fé, para
ajudar todos os crentes em Cristo a se
tornarem mais conscientes e a
revigorarem a sua adesão ao
Evangelho...
... confessando nossa fé no Senhor
Ressuscitado em nossos Santuários,
Catedrais, igrejas no mundo inteiro, nas
nossas casas e no meio das nossas
famílias.
PF 9 –
Devemos também intensificar a
celebração da fé na Liturgia,
particularmente na Eucaristia, que é
“a meta para a qual se encaminha a
ação da Igreja e a fonte de onde
promana toda a sua força”.
PF 10 e 11 –
ITINERÁRIO DA FÉ:
a) primazia da graça, do Deus que age e
transforma a pessoa, para que com o coração
acredite e com a boca professe a fé (Rm 10,10);
b) fé é adesão (pessoal), é decidir estar com o
Senhor, para viver com Ele (EU CREIO);
c) fé é adesão (eclesial) = comunitária, é inserirse na vida da Igreja (NÓS CREMOS);
d) a totalidade do conteúdo e o conhecimento
para o crescimento da fé encontramos no
Catecismo da Igreja Católica, “norma segura
para o ensino da fé e, por isso, instrumento
válido e legítimo ao serviço da comunhão
eclesial”;
e) a fé não é uma teoria, mas uma PESSOA, que
vive na Igreja, isto é, está presente n’Ela,
opera e continua a construí-La.
PF 12 e 13 –
IGREJA = fé tornada história
ENCARNAÇÃO = do Deus que se faz homem,
para dar sentido e razão à existência humana:
Maria e José
crentes da primeira hora
(Igreja, família que acredita);
Apóstolos e Discípulos
vida com o Senhor; Palavra e Sacramentos
(Igreja, seguidora/missionária);
Mártires
(Igreja, testemunha da Verdade);
Consagrados
pobreza, obediência e castidade
(Igreja, esposa expectante);
Homens e mulheres de todos os tempos e
idades
(Igreja, sinal da ressurreição).
“Pela fé, vivemos, também nós, reconhecendo o
Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e
em nossa história”.
Não somos os primeiros a crer:
há razões para empreender a vida
pela fé.
PF 14 –
“A FÉ SEM CARIDADE NÃO DÁ FRUTO, E A
CARIDADE SEM A FÉ SERIA UM
SENTIMENTO CONSTANTEMENTE À
MERCÊ DA DÚVIDA”.
“FÉ E CARIDADE RECLAMAM-SE
MUTUAMENTE”.
PF 15 –
“que ninguém se torne indolente (indiferente,
apático) na fé, e nos lembra que a fé obriga a
cada um de nós a tornar-se sinal vivo da
presença do Ressuscitado no mundo”.
Por fim, ele confia este Ano (= tempo de graça)à
Virgem Maria, proclamada “feliz porque
acreditou” (cf. Lc 1,45).
“A fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio de
demonstrar as realidades que não se vêem” (Hb 11,1).
“Forma de conhecimento pessoal mediante o qual, sob o impulso da
graça, acolhe-se a revelação de Deus em Jesus Cristo”
(Dicionário Teológico Enciclopédico, Ed. Loyola, SP, 2003).
“Fé (do latim fides, fidelidade e do grego pistia) é a firme opinião de
que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério
objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos
nesta idéia ou fonte de transmissão” (Wikipédia).
Fim !
Obrigado pela presença.
Pe. César Borges
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CARTA APOSTÓLICA “PORTA FIDEI” PF 1 – A PORTA DA FÉ que